Resumen de la Ponencia:

A raíz de una investigación etnográfica doctoral en la Ciudad de México y Lima, con población indígena evangélica migrante en ambas urbes, entre los años 2014 y 2017, se encontraron particularidades en la situación de vida de las mujeres que experimentan violencia de distintos tipos. Por medio de entrevistas a profundidad se pudo reconocer que en las iglesias evangélicas la obligatoriedad de mantener, en muchos casos, el matrimonio, hasta sus últimas consecuencias con la finalidad de que la familia sobreviva como un buen testimonio y descansando este orden en el sometimiento de las mujeres al mandato patriarcal. Dichas mujeres que practican un cristianismo evangélico conservador interpretan su situación de violencia y la enfrentan por medio de una narrativa de mayor acatamiento a la voluntad divina, antes que al cónyuge, con lo que disminuyen o eliminan su condición de violentamiento, así como acrecientan su libertad de acción, que se legitima, en diversas ocasiones, por una mayor participación en actividades eclesiales formales e informales. De este modo, se presentan las condiciones de vida de las mujeres casadas en su condición de migrantes en dos urbes latinoamericanas, el discurso normativo en sermones, talleres y retiros para ser “una mujer verdadera” o “conforme a la voluntad de Dios”, y la reinterpretación de los textos bíblicos para darle un giro menor o mayor al mandato patriarcal evangélico y generar mejores condiciones de vida para ellas y sus hijos. Finalmente, se presenta una reflexión de los alcances y limitaciones de las condiciones y experiencias de las mujeres evangélicas migrantes en ambas urbes.

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O objetivo deste trabalho é a análise das estratégias e discursos desenvolvidos por mulheres que aderiram ao movimento católico ultraconservador em contraposição ao feminismo e à igualdade de gênero. Desde fins dos anos de 1990 e início de 2000, pesquisadores começaram a se ocupar com a questão da participação das mulheres em movimentos religiosos tradicionalistas. Por que mulheres bem-educadas das camadas médias da sociedade brasileira são atraídas e envolvidas com grupos religiosos que parecem destinados a perpetuar as desigualdades de gênero? Para tentar responder a essa pergunta, toma-se o caso da moda modesta tal como descrita nos blogs de moda modesta católica. Os dados foram coletados em 30 blogs de moda modesta católica, em publicações de 2013 a 2021, além de 20 vídeos sobre o tema em canais do YouTube. A análise foi temática: identificação, análise e descrição de padrões de moda modesta na amostra do estudo. Os resultados sugerem, para essa amostra, que as mulheres criaram estratégias e se apropriaram da religião para outros fins, além do religioso: distinção, afiliação cultural e ideologia política. Além disso, os blogs de extrema-direita católica celebram as crenças e não o conteúdo delas. As jovens parecem fundar a validade da sua religiosidade na reputação espiritual, daí a importância da aparência e das marcas identitárias. A pergunta subjacente à moda modesta não é mais “o que devo acreditar”, mas “como devo acreditar?”

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Este artigo é um recorte de pesquisa de mestrado desenvolvida entre (2019-2021) e tem por objetivo compreender o ativismo antigênero de coalização no Brasil entre segmentos religiosos e políticos que reafirmam a cisgeneridade enquanto norma social.  A partir de um estudo bibliográfico sobre neopentecostalismo brasileiro, interpelando Ricardo Mariano (1996, 2010), Patrícia Birman (1996; 2012),  Jacqueline Teixeira (2012; 2016; 2018). E nas redes sociais da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), apreendeu-se imagens e discursos neopentecostais que circulam como linguagens de poder e disciplinamento estabelecendo fronteiras performáticas e binárias entorno do “feminino” e “masculino”.  Judith Butler (2015; 2016; 2018), Teresa de Lauretis (1994) e Anne Mcclitock (2010) somam-se como referências teóricas para análise neste trabalho. Busca-se, problematizar como essa marca discursiva neopentecostal pautada na constituição da família cisheterossexual tem sido utilizada como parte de uma ofensiva antigênero no Brasil contemporâneo (BIROLI; VAGGIONE; MACHADO, 2020). Uma reação conservadora que contradiz o direito à cidadania alcançado nas últimas décadas no Brasil por resistências feministas e LGBTI+ (por exemplo, reconhecimento do casamento de pessoas do mesmo sexo e aprovação de leis de identidade de gênero. No contexto brasileiro, a promoção desse ideário reacionário, tem sido mobilizada por pânicos morais e fake news, ganhando cada vez mais expressividade no Congresso Nacional sob a retórica da “ideologia de gênero” e como esta é uma ameaça à “família tradicional brasileira”. Embora, essa agenda antigênero não seja uma particularidade brasileira e nem tenha surgido nos dias de hoje, é a partir da gestão do presidente do país, Jair Bolsonaro (2019-2022), que se verifica uma intensificação das pautas que legitimam essa agenda conservadora e que por consequência negam direitos sociais. Nesse sentido, pautas como gênero e direitos humanos têm se tornado eixos centrais nas disputas narrativas e políticas empreendidas pelo governo federal. “Um Brasil terrivelmente evangélico”, frase proferida pelo Presidente da República Jair Bolsonaro (PL), ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de um Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ou “o Estado é laico, mas essa ministra é terrivelmente cristã”, frase pronunciada pela ministra Damares Alves responsável pelo Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos são expressões reacionárias no país, distanciando-se da laicidade como princípio da Constituição Federal de 1988.  Dessa forma, percebe-se em curso um projeto antidemocrático e difuso, que ora se mostra desfavorável ao desenvolvimento dos direitos humanos ao se posicionar contra identidades de gênero e sexualidades, ora por redefinir os limites dos direitos humanos reposicionando quem estaria apto a direitos e do outro lado quem seriam subcidadãos. A pesquisa tem caráter qualitativo e faz uso da sociologia digital, durante o período de março de 2020 a março de 2021, nas redes sociais da Igreja Universal, no Instagram, Facebook e reportagens no Youtube.  

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Bajo el contexto de un sistema social capitalista, caracterizado también por la racionalidad, el utilitarismo y la legitimidad del campo científico, el ámbito médico se ve permeado por lógicas como las anteriores sin dar cabida o legitimación a otro tipo de prácticas médicas. Bajo el mismo contexto, dentro de las múltiples formas de religiosidad presentes en las dinámicas sociales, una de ellas es la de las interacciones que surgen y se presentan en torno a la ginecología natural.Se puede considerar una forma de religiosidad en tanto que muchas de las prácticas dentro de la ginecología natural apelan a interacciones que implican rituales, trabajo colectivo, individual, trabajo con la materialidad y también con la sanación interna. Teniendo un grado de impacto, mayor o menor, en la cotidianeidad, forma de ver el mundo y de estructurar desde las decisiones más mínimas hasta las más trascendentales. En el caso de los llamados rituales de “El ajo” o “El huevo de obsidiana” se presentan de manera más materializada estas pautas debido a que hay objetos de por medio a los que se les carga de simbolismo y de ahí emanan muchas de las interacciones que permiten desde la mirada teórica y metodológica, considerar muchas prácticas de la ginecología natural dentro de los procesos a los que podemos categorizar como formas de religiosidad. De esta manera, muchas mujeres al optar por métodos, medicinas, prácticas o rituales de la ginecología natural, tienen pautas para ver, vivir y relacionarse con su entorno, la naturaleza y las interacciones sociales de maneras particulares.