Resumen de la Ponencia:

En Abril del 2017, un grupo de legisladores vinculados a un partido ‘evangélico’ y a unas iglesias de corte pentecostés, presentaron una iniciativa de ley ‘5272’. La propuesta ofrecía modificar el codito civil para hacer constar que un matrimonio es un acto entre “un hombre y una mujer asi nacidos”, con el claro objetivo de hacer imposible cualquier proyecto que permitiría el reconocimiento de parejas del mismo sexo a futuro. Se define a la diversidad sexual como algo “incompatible con los aspectos biológicos y genéticos del ser humano”. En la misma propuesta, se agravaban también penas contra los abortos ‘culposos’ y de cualquier tipo y se prohíbe la enseñanza de educación sexual en las escuelas. Este proyecto de ley paso las tres etapas de comisión, y estuvo cada vez promovido por pastores, agrupaciones sociales vinculadas con sectores conservadores y personas publicas. En septiembre del 2018 se realizo una marcha publica pro-familia donde la presencia de iglesias evangélicas estuvo clave. En este sentido, esta iniciativo representa el ‘momento político’ (Prearo, 2014) de esta corriente religiosa en su voluntad de influir en el campo político. Esta actitud contrasta con la tradicional, donde los pentecostés solían mostrar prudencia hacia lo político, pero tampoco es tan novedosa como para sorprender, si uno toma en cuenta los cambios que se produjeron desde mas de tres décadas. La ponencia, basada en la investigación doctoral que el autor esta llevando a cabo desde 6 anos, pretender dar cuenta de esta transformación de actores religiosos en actores políticos (Dary, 2019). Como bien se ha señalado en otros países, como en Chile (Mansilla, Panotto, Orellana, 2018), Brasil (Marin, 2017 ; Da Costa Farias, 2021), o México (Delgado-Molina, 2019), estamos frente a una reconfiguración de la relación religión-política por parte de un sector de las iglesias evangélicas. Esta transformación descansa en buena parte en una visión nacional-evangélica de la nación (Del Campo, Resina, 2020 ; Perry , Whitehead, 2020, Gorsky, Perry, 2022). El presente trabajo se basa en el relevamiento de fuentes secundarias (comunicados de prensa, post en redes sociales) asi como en una sociología visual (Pauwel, 2010, Harper, 2012) de las demostraciones callejeras (panfletos, pancartas). Intento trazar los vínculos entre los actores de la controversia con el fin de establecer una cartografía de conexiones (Latour, 2007) entre los participantes de la polémica. 

Resumen de la Ponencia:

En el marco de las actuales discusiones sobre le papel de las religiones en el espacio público, la lucha y disputa por los derechos de las mujeres, los derechos sexuales y reproductivos y las minorías sexo-genéricas. Mi propuesta se centra en los entrecruces entre religión y disidencias sexo-genéricas, con el propósito de reflexionar sobre la manera en la que las mujeres evangélicas de la disidencia sexual y de género en México, compaginan sus preceptos religiosos y sus disidencias. Los cuestionamientos que guiarán dicha reflexión son los siguientes: ¿cómo se posicionan, las mujeres evangélicas de la disidencia sexual y de género, frente a la defensa de sus derechos dentro de sus congregaciones?, ¿cómo negocian entre su creencia religiosa y su activismo político? En ese sentido, ¿cuáles son las posturas de las mujeres evangélicas de la disidencia sexo-genérica frente a la laicidad?, ¿cómo resuelven las tensiones entre los marcos del Estado y los de sus congregaciones religiosas, cuando sus derechos son disputados y/o negociados?La información será primordialmente de carácter etnográfico, intentaré responder a  estas cuestiones a partir de las experiencias concretas de mujeres evangélicas de la disidencia sexo-genérica activas dentro y fuera de sus congregaciones religiosas.

Resumen de la Ponencia:

¿Cómo se vive siendo lesbiana al interior de una iglesia evangélica?, en esta pregunta se plantea un análisis que cruza las dimensiones religiosas, sexuales y de identidad sexual, cuestiones profundamente complejas de abordar aún en pleno siglo XXI.Esta ponencia presenta resultados y hallazgos  preliminares, apartar del estudio de ocho casos de mujeres lesbianas que participan o han participado como tales en comunidades de iglesias evangélicas y protestantes en Chile.Las trayectorias vitales de quienes participaron en esta investigación, muestran de manera nítida experiencias de dificultad , rechazo y profundos cuestionamientos que impactan psicosocialmente en la construcción identitaria  como lesbianas y como cristianas evangelicas.  No obstante, también ellas identifican experiencias de autoafirmación como lesbianas y sus experiencias abren  posibilidades  de cambios profundos en la espiritualidad así como también  en las iglesias  evangélicas en las que participan.  

Resumen de la Ponencia:

O processo de colonização no território brasileiro produziu a racialização dos corpos indígenas e negros, colocando-os em posição de inferiorização frente aos corpos de pessoas brancas europeias colonizadoras. A racialização é essa hierarquização das raças que oriundam-se do processo de colonização no continente americano (QUIJANO, 2005). Essa é uma das consequências da opressora e genocida história de invasão do Brasil, que não poupou esforços no processo de escravização dos corpos indígenas e negros. Explorações essas, que vão desde a usurpação dos direitos básicos, dos questionamentos sobre a humanidade desses povos, à exploração sexual dos corpos femininos e à manutenção do racismo no contexto atual.  No entanto, o artigo tem como objetivo destacar a presença feminina negra nos espaços de terreiros das religiões de matrizes indígenas (Jurema Sagrada), afro-brasileiras (Umbanda) e africanas (Candomblé), através das estratégias de enfretamentos dos povos originários do Brasil e daqueles corpos que foram arrancados de África na diáspora. Enfrentamentos esses, que reverberaram na manutenção e produção de práticas religiosas. É através da manutenção dessas práticas religiosas que encontramos a potente presença e destaque das mulheres negras. São elas que conduzem e sustentam a energia vital (o Axé) desses cultos religiosos. São nos espaços de terreiros, que compreendemos as perspectivas e significados do enfrentamento das estruturas racistas e sexistas enraizadas na sociedade brasileira. Os terreiros são espaços de equilíbrio das diferenças, são territórios de acolhimento dos contrários, da diversidade (BOTELHO, 2005), não havendo lugar para a reprodução do racismo e do sexismo. Refletir sobre a inserção das mulheres negras nos terreiros é compreender as potencialidades de suas práticas, que contradizem o dito imposto pela colonização. Quando essas mulheres negras se reúnem em comunidades, na coletividade dos terreiros, elas produzem sentidos, significados e práticas que as fazem perceber, enfrentar e desconstruir essas estruturas de opressão, fomentando práticas educativas e antirracistas. Esses corpos negros femininos que dançam nas ritualísticas de terreiros representam o movimento que enfrenta o racismo estrutural e garante a permanência das práticas religiosas da Jurema Sagrada, da Umbanda e do Candomblé enquanto manifestações culturais e religiosas no Brasil.Palavras – Chave: Mulheres Negras; Jurema Sagrada; Umbanda; Candomblé.  

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Este trabalho disserta acerca da relação entre as entidades de cuidado locais Tsonga do sul de Moçambique entre si e com o Estado. Essas entidades são constituídas por vários grupos desde aqueles que comercializam os materiais de cuidado, as entidades que prestam os cuidados. Tinyanga e Zione são os dois grandes grupos de entidades de cuidado mais notáveis entre os Tsonga, que se confrontam entre si. A questão de confronto entre estas entidades é acerca de que qual entidade tem mais legitimidade na prestação de cuidados Tsonga. Em Moçambique as práticas de cuidado em saúde ofertadas pelas redes locais de cuidado vem sendo combatidas pelas políticas estatais desde o período colonial. Durante vários anos essas entidades operavam na clandestinidade. Atualmente o combate estatal em torno dessas práticas de cuidado se faz a partir do Ministério da Saúde, que não leva a sério a ontologia desses coletivos, que não compartimenta o corpo, sociedade e natureza, ser humano e máquina, ser material e espiritual e enfrenta a doença sob o ponto de vista de conjunto. O Ministério da Saúde em Moçambique tenta impor às entidades de cuidado local a introdução de práticas de médicas ocidentais, como o uso do receituário e a recomendação do encaminhamento de seus pacientes para as unidades de saúde. As disputas estatais com as redes locais de cuidado se circunscrevem no campo epistemológico, as práticas de cuidado locais são consideradas inválidas por se embasarem na tecnologia do conhecimento local, ao conhecimento ocidental. Mesmo com a ascensão da independência o estado moçambicano continuou combatendo estas formas de atenção a saúde. Os modos de enfrentamento estatais destas práticas desde a independência podem se subdividir em dois momentos. O primeiro momento de combate mais acirrado deste período acontece desde o início da formação da primeira república moçambicana, especificamente quando o partido estado se assume marxista-leninista em 1977. Em ações estatais de continuidade, o outro momento de enfrentamento contra as práticas de cuidado Tsonga acontece, a partir da década de 90 com a política de aproximação com entidades de cuidado, se cria a Associação de médicos tradicionais de Moçambique-Ametramo, a partir disso se forja uma interação com intuito de se estabelecer ações com o intuito de operar a purificação do conhecimento Tsonga.Na tecnologia do primeiro confronto, se intensificam os discursos do projeto que se propuseram a forjar o homem novo, livre o obscurantismo, da feitiçaria, da superstição e principalmente a submissão ao sobrenatural “inexistente”, como apresentava Samora Machel (CABAÇO, 2007). O estado moçambicano independente não foi capaz de constituir o que Mignolo chama de “pensamento crítico da fronteira”. Políticas, um esforço de simetrização entre o conhecimento moçambicano e ocidental GROSFOGUEL, 2008).  Palavras Chaves: Cuidado, Endidades locais, Práticas de saúde, Tsonga, Moçambique    

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A presente comunicação tem como principal objetivo a análise dos rituais religiosos indígenase afro-brasileiros da Casa de Aruanda Toca do Pajé, templo religioso situado na Usina Santana,Zona Sudeste de Teresina-Piauí-Brasil que é parte da pesquisa intitulada Tecnologias emTerapêuticas Neoesotéricas: religiosidades e cuidados paliativos em Teresina-PI.PIBIC/UFPI/2011/2012. A vivência da espiritualidade e a relação saúde-doença-curaneste espaço religioso estão intimamente ligadas às práticas rituais que são denominadas aquipor terapias alternativas. Elas são procuradas principalmente por indivíduos que buscamexpansão de consciência, autoconhecimento, relação de parceria com a natureza, experiênciasmísticas, tratamentos de várias doenças, dentre elas destaca-se a busca para a cura dedependência química, de cânceres em geral e por mulheres que têm problemas paraengravidar e que desejam. Destacam-se dois rituais em que a magia espiritual e o poder dasplantas são acionados a partir das bebidas sacramentais: Jurema Sagrada e Ayahuasca ouVinho das Almas. A primeira, feita a base de folhas e raízes de uma planta da família deleguminosas do nordeste brasileiro (Magnoliopsida, espécie: Acacia Jurema) que é cultivada noespaço religioso e a segunda, preparada a partir do cozimento de um cipó(Banisteriopsiscaapi) com a folha da chacrona, também chamada folha rainha(Psicotriaviridis). Nesta perspectiva, chama-se atenção para o diálogo entre os sistemasreligiosos das religiões do santo daime e da umbanda que se caracteriza pela constituição deum novo segmento religioso denominado umbandaime. A partir da abordagem específica detais práticas rituais no referido espaço religioso com destaque para a importância central damusicalidade, da manipulação das plantas para finalidades terapêuticas e do transe religioso,pretende-se evidenciar os seus saberes originários da cultura africana e indígena, bem comodiscutir as dimensões espirituais, culturais e holísticas da relação saúde-doença-cura destaexperiência religiosa e espiritual.