Resumen de la Ponencia:

Durante varias décadas, vivir en las grandes urbes ha sido sinónimo de acceso a la modernidad (Lefebvre, 1949). Desde principios del siglo XX, la atractividad de las ciudades chilenas condujo a su expansión y densificación, siendo el éxodo rural la principal causa de dicho proceso (Espinoza, 1988). Sin embargo, actualmente la alta concentración de población en las principales ciudades del país ha producido efectos perversos en términos ambientales. La densificación y pavimentación de la superficie, junto con la reducción de los espacios verdes produjo un deterioro en la calidad de vida de los habitantes: las temperaturas y la contaminación atmosférica, lumínica, acústica y visual aumentaron, las infiltraciones de agua se redujeron, el acceso desigual a amenidades ambientales se acrecentó, entre otros (Romero-Lankao, 2013; Aliste & Stamm, 2016). A eso se suman los efectos del cambio climático que, en el caso de Chile, agudiza las olas de calor y las sequías (Alvarez et al., 2021). La pandemia aparece como un catalizador de estas tensiones. Desde 2019, se observa una movilidad de la población hacia las localidades rurales periféricas, en búsqueda de un cierto grado de amenidad ambiental, sostenida por una parcelación de tierras agrícolas. Este flujo es alimentado por el aumento de liquidez obtenido por los dispositivos estatales para solventar la crisis de las economías familiares (retiro de fondos de pensiones e ingreso familiar de emergencia – IFE-). Ahora bien, este flujo poblacional produce una contradicción: la instalación de nuevas poblaciones en búsqueda de amenidades ambientales en espacios rurales o periurbanos deteriora el medioambiente y la calidad de vida de dicha población. La propuesta conceptual hace dialogar enfoques de estudios urbanos con la geografía política de los recursos naturales (Heynen et al., 2006; Lukas et al., 2020; Merlinsky et al., 2013). Interrogamos la noción de contradicción ecológica (O’Connor, 1991), habitualmente usada en los estudios sobre el extractivismo ambiental (Bustos-Gallardo et al., 2021), para analizar las tensiones entre la especulación urbana (Kan & Chen, 2021), basada en la valorización del medioambiente en la interfaz urbano-rural, y la sobrexplotación de los recursos hídricos. La metodología de investigación es de índole cuantitativa y cualitativa. Se basa en la comparación de tres estudios de casos de localidades rururbanas chilenas situadas en las comunas de Paihuano, Colina y Corral. 

Resumen de la Ponencia:

Os estudos sociológicos e antropológicos ainda são escassos no campo da Mobilidade Urbana em São Paulo e no Brasil, de maneira geral. A Mobilidade Urbana parece receber mais atenção por parte das disciplinas associadas às ciências exatas e tecnológicas. Em muitas cidades, o planejamento, a operação e a gestão da mobilidade urbana parecem não suscitar o interesse dos estudiosos desses campos. Entretanto, a mobilidade urbana, entendida como a relação social de mudança de lugar de indivíduos e grupos, pode ser vista como um “fato social total” (Marcel Mauss e Jacques Lévy), à medida em que atinge todos os campos da vida humana, em extensão e intensidade de uma dada sociedade. Tal perspectiva, abre espaço para análises ligadas às experiências cotidianas (Michel de Certeau) frente às desigualdades socioespaciais das cidades (Milton Santos e Marc Augé) e à apropriação do espaço por determinados grupos sociais. São possíveis ainda, desenvolver estudos sobre os hábitos e regimes corporais, e às interseccionalidades entre gênero e raça (Kimberlé Crenshaw). A partir de tais considerações, pretendemos analisar as características sociodemográficas dos usuários, os tipos de viagens que realizam, finalidades e tempos dispendidos, como também as dimensões de segurança envolvidas nas viagens das mulheres negras, em especial nos ônibus urbanos, que são os responsáveis pelo transporte diário de 9 milhões de passageiros na cidade de São Paulo.  A presença maciça das mulheres frente aos perigos da mobilidade durante a pandemia justifica a escolha do título deste artigo “Beleza e Perigo”, que, de alguma forma alude à obra Pureza e Perigo de Mary Douglas.  O artigo propõe-se a identificar as mudanças dos hábitos de viagem advindos pelo isolamento social decorrente da Pandemia do COVID-19, agravado pela institucionalização do Teletrabalho na cidade.

Resumen de la Ponencia:

En esta ponencia se expone la (in)movilidad como una conjunción resultante entre la dimensión espacial y la dimensión individual, yendo más allá de la concepción de inmovilidad como defecto de la movilidad (Massey, 1993; Kaufmann, Bergman, & Joye, 2004) y analizando la manera en qué las características del espacio y de la persona dan forma a una dinámica dialéctica entre moverse y no moverse (Hannam, Sheller & Urry, 2006; Adey, 2006; Dalakoglou & Harvey, 2012). Una (in)movilidad como punto intermedio, dinámico y de diversas intensidades, que funciona apropósito de una interacción problemática y “liminar” (Turner, 1980) entre moverse y no moverse. Se trata de analizar la (in)movilidad desde la dimensión espacial y la dimensión individual, lo cual permite entender cómo ambas dimensiones conforman “espacios vividos” (Lefebvre, 2013) de forma diferenciada, tensa y muchas veces difusa. Nos enfocamos en el caso de la territorialidad insular, lo que permite evidenciar cómo el componente espacial configura (in)movilidades dependientes a la relación entre el mar y la tierra, donde se tiene la complejidad de las fluctuaciones marítimas, climáticas y de lo accidentado de su propia geografía (Baldacchino, & Clark, 2013). Una insularidad que hace que las movilidades se den en extensos tiempos, y que de forma cotidiana los viajes estén en tensión entre realizarse o no (Sepúlveda, 2017) por la normal suspensión de viajes. En particular vamos a exponer el caso de las (in)movilidades por salud de los habitantes de las islas del archipiélago de Quinchao en Chiloé, a objeto de entender como son realizadas las prácticas de movilidad e inmovilidad por salud en este territorio, poniendo en relieve tanto la condición territorial, como también las experiencias vividas de (in)movilidad en contextos de atención por salud; entendiendo que desde ahí se entienden las diferentes tensiones a la hora de moverse por estos servicios y las complejidades mismas de cada enfermedad a la hora de enfrentar estas (in)movilidades. Las islas de Quinchao son pequeñas, con baja densidad residencial y poblacional (INE, 2017) y se constituye como un territorio fragmentado y “aislado crítico” (PLADECO, 2019), lo que repercute en estas prácticas de (in)movilidad por salud. Desde un trabajo de análisis de "entrevistas en profundidad" (Valles, 2003) realizadas a habitantes de diversos perfiles y territorios de este archipiélago, se intenta evidenciar la intersección o conjunción problemática entre los diferentes espacios y posibilidades de (in)movilidad por salud y las diferentes experiencias vividas que, darán cuenta (eventualmente) de los diferentes puntos e intensidades de la (in)movilidad en este territorio de análisis.  

Resumen de la Ponencia:

No Brasil, um grupo de pesquisadores tem se dedicado a pensar sobre novas possibilidades das cidades e do urbano que não estão diretamente associadas a cidades específicas, mas a um complexo urbano de cidades médias e pequenas, além de incluir territórios fronteiriços. Esse complexo urbano não é definido por cada unidade administrativa separadamente, mas pelas relações que essas cidades estabelecem entre si e pelas maneiras pelas quais pessoas e coletividades circulam e as classificam. Segundo esses pesquisadores, o complexo urbano aparece como uma única cidade na experiência de travestis que habitam a cidade, quando pensada a partir da estreita relação entre a gênero, produção de beleza, transformação corporal, economias sexuais e deslocamentos espaciais. Desse modo, corpo e espaço estão embutidos em um jogo permanente de desejo, consumo e mobilidade. E, assim, entre corpo e espaço, são produzidas subjetividades e afetividades. Nesse sentido, ofereço uma contribuição para essa proposta ao propor um diálogo entre este complexo urbano e as formas como as travestis se apropriam, experienciam e criam cidade. A pesquisa etnográfica realizada por mim entre 2016 e 2020 em três cidades brasileiras: São Carlos/SP, Franca/SP e Campo Grande/MS, ajudou a perceber que as travestis estão em constante deslocamento entre lugares e cidades. Ao longo desses deslocamentos elas desenvolvem uma epistemologia própria, a qual revela que a urbe das travestis é uma soma de cidades, um espaço contínuo que dissolve os lugares em imagens sucessivas de cidade. Decorrente da consideração das cidades na perspectiva das travestis, é possível pensar uma cidade que é um montante de outras cidades, um holograma construído pelas travestis que habitam a cidade para além dos limites geopolíticos, um espaço continuado. Ou ainda, uma cidade devir, uma cidade que se dá nos interstícios, não apenas localizada em um mapa político administrativo, mas em territorialidades que são feitas e refeitas por experiências urbanas materializadas dentro e fora das “cidades oficiais”, que tomam forma em sua mobilidade e heterogeneidade. Ou seja, a cidade travesti não é um palimpsesto, não é dada, imposta, mas construída nos movimentos. Com esse aporte, espero contribuir com os estudos sobre o urbano que consideram as transformações nos modos de vida e experiência urbana para reflexão sobre o passado, presente e futuro das cidades latino-americanas.

Resumen de la Ponencia:

As cidades brasileiras estão em constante processo de urbanização, ampliando a área residencial por meio da implantação de novas centralidades ou mesmo de loteamentos e conjuntos habitacionais. Neste sentido, é necessário investir nos meios para a mobilidade do cidadão, que se torna dependente da infraestrutura viária e de transportes públicos. Assim também, nessa necessidade de locomoção encontram-se as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, que por suas limitações estão sempre enfrentando maiores dificuldades nos deslocamentos que nem sempre estão em condições favoráveis de uso de acordo com as normas específicas de acessibilidade. Nos últimos vinte anos, a legislação e os gestores públicos, depois de muita pressão por parte da população e movimentos sociais, vêm transformando esta situação no sentido de garantir o direito de ir e vir de todos, inclusive pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Contudo, o saldo negativo de anos sem uma condição favorável de mobilidade urbana traz inúmeros problemas nos percursos urbanos, como calçadas deterioradas e com dimensões inadequadas, locais com ausência de rampas de acessibilidade, equipamentos de transporte público inacessíveis, barreiras físicas e atitudinais, entre outras condições que dificultam a locomoção segura e confortável de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Em relação aos meios de transportes públicos, existe o esforço de implantação de novos meios, como o sistema metroviário, por ser um tipo de transporte de qualidade e de longo alcance pela extensão da via férrea a ser implantada. Neste sentido, para este artigo buscou-se verificar as condições de acessibilidade no entorno da Estação Conjunto Esperança do Metrô de Fortaleza, visto que não basta o veículo e o terminal ou estação estarem acessíveis, mas todo um entorno de acesso da circunvizinhança. A metodologia se constitui de três etapas: uma revisão de bibliografia sobre questões de acessibilidade e transportes metroviários (Ceará, 2020; Santiago, Morano e Lima, 2021; Brasil, 2004, 2015; Vasconcelos, 2016; Balbim, Krause e Linke, 2016); análise das condições do entorno da estação em três percursos e da própria estação; e por fim, resultados e discussão sobre a análise, no sentido de contribuir para o debate a cerca de políticas públicas relativas à acessibilidade dos moradores com deficiência e mobilidade reduzida de bairros da periferia em grandes cidades.