Resumen de la Ponencia:
Este trabalho traz como recorte teórico temas clássicos da sociologia como espaço público, educação, e patrimonialismo utilizando como referencial teórico Max Weber, Hanna Arendt, Sergio Buarque de Holanda, Raymundo Faoro, Simmel e como a educação que será tratada aqui, tem um lócus, a educação profissional, os teóricos utilizados serão Frigotto, Marise Ramos e Ciavatta. Sobre o espaço público este projeto trata de um lugar de todos e que por isso deve ser tratado como o lugar comum e que por isso deve ser respeitado, tendo como base a definição de Arendt “o termo público centra-se na ideia de comum. A realidade do mundo tem um bem comum ou interesse comum do artefato e dos negócios humanos, na medida em que é partilhado por indivíduos que se relacionam entre si” (ARENDT APUD ANTUNES p.8).No Brasil, pela formação social e econômica, o espaço público e o espaço privado acabaram sendo confundidos e são tratados de formas trocadas, um público se torna privado e muitas vezes instrumentalizado de acordo com o interesse do líder, aqui neste projeto o líder é a pessoa que assume cargos comissionados e eletivos nas instituições públicas.A Educação Profissional é uma modalidade de Ensino que tem sua origem no Brasil desde o período colonial, quando os colonizadores ensinavam ofícios aos índios e posteriormente aos escravos, devido a esta situação, sempre foi vista como uma educação para os menos favorecidos (BRASIL, 2009). Nesse contexto, a Educação profissional, ainda que ela estivesse em destaque, mas ainda não havia sido aprovada como uma forma de educação instituída pelo Estado, esta só acontece em 1909 por meio de Decreto.Durante muitos anos a Educação Profissional no Brasil foi destinada ao ensino de um ofício, uma especialização profissional, somente a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9394 de 1996, que: dispõe sobre a Educação Profissional num capítulo separado da Educação Básica, superando enfoques de assistencialismo e de preconceito social contido nas primeiras legislações da educação do país, fazendo uma intervenção social crítica e qualificada para tornar-se um mecanismo para favorecer a inclusão social e a profissional ganha relevância no cenário brasileiro pela capilaridade que alcança em todo o Brasil, chegando em 2008, com a Lei 11.982 a status de Institutos Federais, com autonomia para gerir suas ofertas de cursos e produção científica, voltada para Ciência, para o desenvolvimento regional e local e para o mundo do trabalho. Tem uma preocupação com a formação do trabalhador e a elevação de sua escolaridade e ainda com os princípios de uma gestão transparente e democrática. No entanto na prática, nem sempre a gestão é transparente ou democrática e isso faz com que a pesquisa analise essas contradições da gestão do IFPa.