Resumen de la Ponencia:

A taxa de feminicídio na América Latina e no Caribe cresceu cerca de 25.41% entre os anos de 1990 e 2018. Em média, 4.38 a cada 100 mil mulheres foram assassinadas por ano na região. Enquanto a República Bolivariana da Venezuela, Antígua e Barbuda, e México apresentaram alarmantes taxas de crescimento, respectivamente, de 457.85%, 260.69%, e 62.73% no número de feminicídios a cada 100 mil mulheres, Colômbia, Belize e Cuba apresentaram taxas significantes de redução no número de feminicídios: respectivamente, -61.66%, -42.7%, e -35%. Por outro lado, El Salvador liderou com uma média de 13.34 feminicídios a cada 100 mil mulheres por ano durante o período, com o terrível recorde regional de 19.17 feminicídios a cada 100 mil mulheres em 2011, enquanto o Chile manteve a média próxima de 1.03. Apenas as Ilhas Cayman mantiveram a média de 0 feminicídios, em todos os anos observados. Com base em dados transversais de 29 países da América Latina e do Caribe e séries históricas que cobrem um período de três décadas, fornecidos pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), este artigo busca identificar a variação das taxas de feminicídio por país e seus fatores determinantes de forma comparativa. A agenda 2030 global de desenvolvimento sustentável, através do Objetivo 5 de Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, conta com o compromisso assumido por todos os países da região em (meta 5.1) Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda partes e (meta 5.2) Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos. No entanto, as evidências empíricas baseadas no número de mulheres assassinadas demonstram que a América Latina e o Caribe estão longe de alcançar o objetivo de igualdade de gênero. Na realidade, as heranças patriarcais coloniais e não-coloniais em países da América Latina e do Caribe contemporâneo torna atual a pertinente precisão da eco-feminista Françoise d’Eaubonne, segundo a qual o feminismo não é sobre igualdade, é sobre vida ou morte. Essa pesquisa visa contribuir, com base em evidências empíricas recentes, com a compreensão de como o patriarcado pós/neo-colonial reproduz a agressão colonial ao direito das mulheres permanecerem vivas, transformando a política contemporânea em uma gestão do morrer seletivo. Contudo, não apenas identificaremos as práticas do permanente patriarcado pandêmico como genocídio e como terrorismo ontológico contra as mulheres, mas também práticas feministas de construção de comunidades que reforçam que o feminismo é a descolonização pendente do século XXI.

Resumen de la Ponencia:

Este resumo  apresenta  elementos preliminares acerca da problematização do objeto de pesquisa à luz do debate das categorias, Mulher, Práticas Populares de Saúde Popular, Sujeitos Coletivos, Semiárido de Sergipe,   cuja objetivo visa apreender as tensões entre a perspectiva política de mulheres em comunidade rurais na luta pela materialização de públicas de saúde sob a dimensão popular. No contexto de desinvestimentos da saúde pública e crescente exponencializaçao da saúde privada, as práticas populares de saúde são estratégias de mulheres no espaço rural que em seus coletivos políticos constroem estratégias num território marcado por alto índice de pobreza, desigualdade social e racial, as quais rebatem ao longo de décadas, expropriando trabalhadores(as)  do direito à saúde. Assim, emergem a questão diretriz:  mulheres, natureza, valor de uso: plantas medicinais e suas práticas pedagógicas antimercado. Logo, a questão norteadora do estudo procurar apreender: Quais  as formas e estratégias de políticas públicas governamentais e não governamentais que processam o acesso e a troca de saberes científicos e tradicionais com  a finalidade de reprodução da cultura da saúde popular na correlação com a categoria gênero ?. Daí, sinalizamos que o objetivo geral é  realizar um levantamento  das experiências de práticas populares em saúde a partir  dos bioprodutos  identificados na região do  semiárido sergipano, mediante o protagonismo de mulheres do/no  campo. Para qualificar o tratamento teórico elencamos autores como: George, LUKÁCS (1981), KARLS, Marx (2013), LESSA, Sérgio (2007),  MÉSZÁRO, István,  (2002), SAFIOTTI, Heleieth, (2013), entre outros. Quanto ao processo metodológico seguimos as etapas de  apreensão e análise do material: Levantamento Bibliográfico e Documental: Repositório Institucional da UFS, UNIT, EMBRAPA, EMDAGRO E MOPES à luz da abordagem da teoria social crítica.  Dentre os resultados das análises desse estudo,  sinalizamos para o aprofundamento da dinâmica atual do capitalismo sob o eixo da centralização e concentração  em busca de mais-valor, em que os bens e serviços, tal como a saúde, tem sido alvo direto da lógica da mercantilizado, e portanto, a resistência de mulheres camponesas, é a reafirmação do sentido  da reprodução do trabalho sob  a perspectiva para além do capital. Assim, no território do Alto Sertão de Sergipe é possível registrar práticas populares de saúde  através das lutas coletivo de mulheres, tendo em vista, a busca por  possibilidades  de disputas de projetos de classes. Palavras-chave: Saúde Popular, Semi-Árido, Sergipe, Valor de Uso.

Resumen de la Ponencia:

Este trabalho busca refletir sobre a divisão capitalista do trabalho em sua dimensão generificada e racializada, especialmente à luz das contribuições de feministas negras brasileiras, como Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento e Sueli Carneiro, de feministas negras estadunidenses, como Angela Davis e bell hooks, das feministas decoloniais, como Yuderkys Espinosa e Ochy Curiel, e feministas materialistas ou marxistas heterodoxas, como Danièle Kergoat, Helena Hirata e Elisabeth Souza-Lobo. Nessa esteira, pretendemos examinar a incorporação do segmento de trabalhadoras e trabalhadores trans na divisão sexual do trabalho em sua face brasileira. Esta reflexão é parte integrante de resultados da dissertação de mestrado intitulada "Diversidade de gênero no trabalho: trajetórias de inserção e permanência de homens trans no mercado de trabalho" (BRITO, 2019), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Com o objetivo de analisar as condições de inserção e permanência de trabalhadores homens trans no mundo do trabalho brasileiro, a investigação possibilitou observar dificuldades exacerbadas e particulares vivenciadas por homens trans no mercado de trabalho informal e formal (inclusive o serviço público), devido às concepções hegemônicas de masculinidade e feminilidade (cuja referência reside na ordem cisheteronormativa e racista de gênero) informarem a ordem capitalista do trabalho e o modo como a classe é vivida. Ao longo do tempo, produções feministas críticas e contra-hegemônicas têm questionado e desafiado categorias e paradigmas nas ciências sociais e nos próprios feminismos que separam o trabalho de seu conteúdo de gênero e raça, que ignoram ou conferem menos relevância a hierarquias raciais e de gênero no interior das relações de produção, e que invisibilizam ou abordam lateralmente as atividades realizadas gratuitamente pelas mulheres na esfera doméstica como trabalho e sua importância para a reprodução do capitalismo. Trata-se, portanto, de questionar qualquer homogeneização do ponto de vista do pensamento e da prática política sobre o trabalho e a classe trabalhadora, o que significa pensar que a divisão de classes está inteiramente entrelaçada com a divisão racial e sexual do trabalho. Nessa perspectiva, Reconhecemos a insuficiência teórico-política das visões dicotômico-binárias permanecerem predominantes nas análises das relações de gênero, da classe trabalhadora e da divisão sociossexual e racial do trabalho. A nosso ver, uma rediscussão do conceito e do debate contemporâneo sobre a divisão sexual do trabalho, no sentido de ser sensível às questões trans, permite análises mais acuradas do mundo do trabalho, da dinâmica de exploração-dominação a que a classe trabalhadora é submetida em sua heterogeneidade e do próprio conceito de gênero e divisão sexual do trabalho.

Resumen de la Ponencia:

  En Chile, El “trabajo sin patrón” es una de las consignas que popularmente se conocen a partir de quienes levantan el cooperativismo y la autogestión. Una de las experiencias conocidas por promoverlo es la Federación de Cooperativas de Trabajo Trasol que, desde hace ya 6 años, ha reunido un conjunto significativo de unidades cooperativas principalmente de Santiago, Temuco y Valparaíso.   El trabajo sin patrón es planteado como una forma de lucha contra el sistema capitalista, con el objetivo de contribuir en los procesos de organización de los trabajadores, a partir de la autogestión de los medios de producción, eliminando al patrón y con ello, las condiciones de explotación del trabajo.   Sin embargo, estos objetivos no necesariamente son pensados y puestos en práctica desde un enfoque de género y feminista, que mira también las condiciones sobre cómo el sistema patriarcal ha organizado las relaciones sociales, que subordinan y expropian a las mujeres sus cuerpos y sus trabajos.  Por ello, asumiendo la existencia y configuración de un orden heteropatriarcal en la organización capitalista del trabajo, esta ponencia se enmarca dentro de un proceso de investigación de maestría, que busca problematizar el trabajo sin patrón, tratando de preguntar ¿cuáles son  aquellas prácticas patriarcales y por qué se nos hace tan difícil reconocerlas y nombrarlas como tales? ¿bajo qué formas se presentan, se esconden y se reproducen? ¿cómo podemos hacerlas visibles y encarar luchas colectivas contra ellas? Todo para detonar acciones y reflexiones abiertas y parciales, que contribuyan a la despatriarcalización de estos espacios cooperativos, autogestionados y militantes. 

Resumen de la Ponencia:

Repensar desde los abordajes feministas las definiciones de modelo de desarrollo en tiempos de crisis, situando elementos críticos de la re-producción social de la economía feminista para diálogos incidentes.

Resumen de la Ponencia:

La movilización social de las últimas décadas ha sido marcada por la denuncia sobre los límites del capital y la persistente expoliación de los modos de vida – profundizada aún más por la forma financiarizada del capitalismo neoliberal. Pero por otra parte, se ha establecido un terreno muy fértil en la disputa de alternativas para garantizar la existencia, especialmente desde América Latina. En ese ámbito la teoría feminista, con sus elaboraciones acerca de la reproducción social y los cuidados, ha contribuido fuertemente para la reformulación de los ejes analíticos del pensamiento político y social. Entre las preguntas que impactaron ese movimiento figuran a la elaborada por el marxismo feminista sobre cómo se (re)produce a la fuerza de trabajo, y sobre todo, a la gestada en el marco de los feminismos negro, indígena/comunitario y ecológico, acerca de quién sostiene la vida en el capitalismo y cómo lo hacen. En ese marco, el feminismo revela que la separación político-ideológica entre la producción y la reproducción es menester para el funcionamiento del sistema capitalista, una vez que se posibilita el desplazamiento de los costos de mantenimiento de la población – y de la vida en general – a la esfera doméstica. Por su vez, se demuestra que el trabajo de reproducción está organizado bajo criterios sexistas y racistas, siendo las mujeres negras e indígenas de naciones periféricas las más responsabilizadas por esta labor. Con eso, nos encontramos frente a un punto de renovación de la crítica a la Economía Política, donde la reproducción asume el lugar de epicentro de la comprensión sobre el capitalismo. Como resultado, tales cuestionamientos alentaron no solo una innovación teórica, pero sobre todo, fomentaron la construcción de nuevos “campos de batalla” en contra el capital, ampliando así lo que se entiende por lucha de clases. Más allá de los galpones fabriles, se defiende que la lucha anticapitalista reside también en los espacios de reproducción – en los hogares, en las cocinas, en las escuelas. El objetivo de esta ponencia es tratar sobre cómo el feminismo, al enfocarse en la reproducción, impactó las Ciencias Sociales de la última década. En el mismo sentido, también se buscará reconocer en qué medida esa nueva mirada colabora en la lucha política para la superación del capital y todas sus maldiciones – el extractivismo, el racismo, el patriarcado y el colonialismo.