Resumen de la Ponencia:

El estudio de hibridación del idioma español-quechua, es un tema esencial en los imaginarios, puesto que plantea un interés fundamental para la comprensión de las significatividades del mundo andino, en la cual tienen vigencia los términos quechuas en los nombres de los distritos, caseríos, pueblos, quebradas, cerros, actividades, cosas, entre otros que al combinarse con el castellano mantienen su vigencia. Así, el tema muestra la visión del mundo andino adecuado al mundo hispano y el mundo hispano adaptado al mundo andino, la simbiosis lingüística es la parte esencial para comprender la cosmovisión, la herencia cultural, la identidad actual, la situación colectiva local y la relación con el mundo moderno. En consecuencia, no solo ayuda a entender y recuperar los recuerdos que los pueblos tienen arraigados de su pasado histórico, sino que también abre el escenario para un mundo moderno que enfrenta cambios sociales permanentes. Aquí se combinan de manera permanente las diversas miradas del territorio, los grupos culturales, el género, las identidades étnicas, comunales, generacionales.  Para el desarrollo del presente trabajo se utilizará la investigación participante en la recolección de la información de los signos y códigos en el habla del lenguaje cotidiano, que será contrastado con diccionarios, para los nombres de los distritos y centros poblados se utilizará el atlas del departamento de Cajamarca, así como el listado de nombres del anexo de tesis de Torres Menchola. La muestra se seleccionará a juicio de expertos, para determinar los sujetos de observación y cumplir con los objetivos propuestos. En el trabajo de campo se describirán nombres de distritos, centros poblados, cerros, ríos y lagunas de origen quechua, así como términos mixtos o híbridos en el habla cotidiana de las personas. Los nombres de los lugares geográficos, son relevantes, porque determinan el gentilicio de las personas, y los signos quechuas del habla cotidiana determinan su identidad lingüística regional en el castellano andino de la región, por lo cual es necesario estudiar con urgencia este hecho social a la luz de las ciencias sociales.

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A literatura participa da construção das memórias coletivas em variadas dimensões. Dentro de todas as culturas, como escreve o crítico literário francês Roland Barthes (1915-1980), “inumeravéis são as narrativas do mundo […], a narrativa está presente dentro todos os tempos, dentro de todos os lugares das sociedades: a narrativa começa com a história da humanidade […], ela não é jamais nula, não existe nenhum povo sem narrativa […]; todas as classes, todos os grupos humanos têm suas narrativas[1]”. Os negros da América latina  são historicamente privados de memória, pois desde o momento que foram trazidos e escravizados, foram impedidos de pensar como pessoas e também impedidos da produção literária. Eles perderam até mesmo o direito de seu  nome. Todavia, segundo Priska Degras o nome é uma obsessão dentro do Romance das Américas[2].As mulheres negras são triplamente discriminadas pela raça, gênero e classe social. Porém, elas desempenham um papel de pioneiras na literatura, pois atuam como construtoras de memória. Durante o período da escravidão a religiosa  peruana escreveu “Diario Espiritual[3]”, conhecida como  Úrsula de Jesús (1604-1666), escrava do convento de Santa Rosa de Lima. Essa foi a primeira produção publicada por uma mulher negra peruana de língua espanhola. Uma outra novelista é Maria Firmina dos Reis, brasileira, que publicou “Úrsula” em 1859, em plena a escravidão. Este romance é considerado o primeiro romance de língua portuguesa. Com estes dois exemplos citados, seguimos com novas mulheres que encarnam e aprofundam a literatura ao lado das escritoras negras latino americanas, tal como Conceição Evaristo e Lucía Charún Illescas. Essas duas escritoras, em seus romances, tem de fato reconstituído narrativas que buscam  retomar suas raízes  que foram apagadas pela colonização, pela escravização e hoje, relegadas socialmente, elas  retomam através de suas escritas  a vida e história de seus personagens que são ficcionados  dentro  de suas narrativas nas cidades e nas zonas rurais. [1] [1]Roland Barthes,  «Introduction à l'analyse structurale des récits ». In: L’aventure sémiologique : l'analyse structurale du  récit, Paris, éditions du Seuil, 1985, p.167.[2] Priska Degras, L’obsession du nom dans le roman des Amériques, Paris, Karthala, 2011.[3] Nancy E. van Deusen. «Diario Espiritual de la Venerable Úrsula de Jesús, escrita por ella misma, Convento Santa Clara de Lima, Perú» in Nancy E. Van Deusen, Las Almas del Purgatorio, et diario espiritual y vida anónima de Úrsula de Jesús, na mística negra del siglo XVII, Lima, Fondo Editorial, Pontificia Universidad Católica del Perú, 2012.

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Este trabalho tem o objetivo de discutir alguns entendimentos sobre o conceito de memória, suas possibilidades coletivas e pós-coloniais, um diálogo teórico-epistemológico entrelaçado a partir das produções artísticas “Memorial to 418 palestinian villages destroyed depopulated and occupied by Israel in 1948” (2001) e “Where we came from” (2001-2003) de Emily Jacir, juntamente à instalação “Tempo Presente” (1996) de Mona Hatoum, a fim de pensar sobre as memórias da diáspora do povo palestino, este que resiste à invasão territorial pelo movimento sionista. Trata-se de uma análise de obras artísticas, partindo da memória como conceito analítico, por ser fruto do trabalho final do Curso Internacional que compõe a Especialização em “Epistemologias do Sul” do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais, o referencial teórico utilizado está centrado nas aulas: “Memórias, patrimônios, passados: Reflexões poscoloniais” de Mario Rufer, “Colonialismo y estéticas feministas (pos) descoloniales frente a la nueva razón imperial moderna” de Karina Bidaseca e “Compreender Palestina - Israel desde uma perspectiva decolonial” de Jorge Ramos Tolosa. A ciência moderna reconheceu a existência do colonialismo histórico estabelecido com a invasão colonial de territórios estrangeiros no além mar, mas não reconheceu o colonialismo como parte fundante de uma sociabilidade patriarcal e capitalista, esta que não terminou e segue em permanente manutenção e nos impõe hoje um dos momentos mais destrutivos compartilhados em nossa história recente. Inseridos neste sistema global, há não só a violência exploratória sob a natureza, mas também há a violência contínua exercida sobre os corpos de pessoas consideradas inferiores e até não humanas. Essa temporalidade linear e homogênea instaurada pelo Estado moderno assentado em uma lógica de dominação é constantemente desafiada por narrativas que pensam de outra forma a memória e sua transmissão. Nesse sentido, tais narrativas acabam por ser desejadas por órgãos reguladores de narrativas hegemônicas, que de algum modo empenham-se em reprimir, frustrar e violentar tais povos, deslegitimando seus saberes. Como consequência percebemos que instrumentos institucionais coloniais de uma forma estratégica tem sempre colocado a memória em um lugar de uma abstração narrativa sobre o passado, mas nunca como produções históricas feitas no presente de um povo. Deste modo, a fim de estabelecer uma análise mais ampla da memória, à luz da crítica pós-colonial, recorreremos a outras formas metodológicas e conceituais de compreender e analisar o mundo, nas quais a arte é uma possibilidade. Sendo assim percebe-se como Emily Jacir e Mona Hatoum realizam apropriações contra hegemônicas de espaços museais, urbanos e dispositivos estatais para realizar trabalhos artísticos e políticos, nos iluminando sobre o quanto pensar acerca da memória não se faz apenas como um trabalho de rememoração, mas também, de conexão por meio de registros sensíveis que possam abrir novas compreensões do tempo presente.

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Este trabalho é parte de minha pesquisa de doutorado, ainda em curso, cujo cerne reside numa hermenêutica da obra Romance da Pedra do Reino (1971), de Ariano Suassuna, buscando circunscrevê-la num paradigma cultural e epistêmico local que estamos denominando por Cordel/Cantoria. Nosso recorte, aqui, consiste em investigar os meandros constitutivos que informam esse paradigma, nos permitindo enxergar o conjunto das expressões culturais que daí emergem, ao invés de um subproduto do nacional – “regionalista” e/ou “popular” e/ou “folclórica” – em sua unidade estética que se instaura na “peleja”, informando, assim, a autonomia discursiva dessas expressões. Para tanto, faremos uma apropriação criativa da concepção de “sistema literário”, de Antônio Candido (2000), da noção de “literatura heterogênea”, de Antônio Cornejo Polar (1978), e de “texto”, da hermenêutica fenomenológica de Paul Ricoeur (2014). No que se refere, mais especificamente, a Candido, não obstante a sua proposta estar, mais imediatamente, comprometida com uma literatura “nacional brasileira”, buscaremos um “rearranjo” conceitual dessa ideia, em que a unidade “nação” se pulverize cedendo espaço para a pluralidade de cosmogonias e histórias locais das comunidades (nações) que o constitui, ultrapassando, assim, as fronteiras simbólicas e territoriais da abstração de Brasil (Estado-nação “monocultural”). A metodologia dessa pesquisa reside em uma hermenêutica do texto, de caráter fenomenológico e, portanto, se constitui indissociável do campo teórico, o qual estabelece uma articulação, além da supracitada, a hermenêutica das tradições de Hans-Georg Gadamer (“tradição” [1997]), a filosofia política de Roberto Espósito (“comunidade” [2003]) e as abordagens epistemológicas e sociológicas pós-coloniais, com destaque para Walter Mignolo (“dupla tradução” [2003]), e Enrique Dussel (“transmodernidade” [1993]). Presumimos que nessa perspectiva,  que se insere no contexto mais amplo das experiências contemporâneas decoloniais latino-americanas que tem reivindicado - ou apontado para - a pulverização do princípio eurocêntrico da unidade “Estado-nação”, essa pesquisa poderá contribuir com os debates na área de pensamento social e político latino-americano. Palavras-chave: Estado-nação; regionalismo; estética do cordel/cantoria.

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Dentre o grande volume de conteúdos e repercussões após o assassinato da vereadora carioca, a Agenda Marielle Franco (2020) desperta essa tese. É um material a indicar o “modo de fazer política” da parlamentar, bem como um guia e também um convite às candidatas a aderirem os feitos de sua breve “mandata”. O objetivo é analisar sociologicamente a existência ou não de um legado Marielle Franco no Estado do Rio de Janeiro. A partir da identificação desse “outro” modo de fazer política torna-se possível a constatação de sua oposição: uma prática hegemônica, limitada e excludente. A hipótese é de que “mulheres-políticas-negras” se opõe à conduta típica de um grupo de homens brancos, herdeiros de postos de poder desde os processos do empreendimento colonial no Brasil, ousando assim perturbar, desestabilizar, abalar, o que Maria Aparecida Silva Bento denomina de pacto narcísico (BENTO, 2002). Pretende-se dessa maneira, de um lado, apontar as violências e, de outro, as resistências. A pesquisa focaliza nas atuações de Dani Monteiro, Mônica Francisco e Renata Souza, que foram assessoras de Marielle Franco, eleitas deputadas estaduais em suas primeiras candidaturas (POSL-RJ/2018), praticamente seis meses após a execução. Marielle Franco, nascida em 27 de julho de 1979, foi assassinada em 14 de março de 2018, no centro da cidade do Rio de Janeiro. De origem da Zona Norte da capital carioca, se autodenominava “mulher, negra, mãe, filha, irmã, esposa e cria da favela da Maré”. Socióloga (PUC-Rio/2007), mestra em Administração Pública (UFF/2014), foi eleita em 2017 com 46.502 votos, sendo a quinta candidata mais votada no Estado, e a segunda mulher mais votada ao cargo de vereadora do país, em sua primeira (e única) candidatura. O crime ainda não foi solucionado. A metodologia utilizada é a Análise Crítica do Discurso (ACD) das falas registradas em plenário, disponibilizadas no site da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nomeados como “ordem do dia” e “discursos” (ordinários e extraordinários). Foram filtrados 70 documentos, de um total de 179, a partir da palavra-chave “Marielle Franco”, do ano de 2019, para serem analisados. Tensões sobre gênero e raça, que adentram aos cargos públicos e à política institucionalizada, são experienciadas pelas crias das favelas que, em mandato coletivo e diversificado “eu sou porque nós somos” -lema da campanha de Marielle Franco- insistem em descentralizar o poder que perpetua na Alerj, a ecoar a colonialidade na democracia atual formalizada. A base teórica-epistemológica é elaborada a partir do lugar de fala da intelectual Djamila Ribeiro (2019), a desenvolver os lugares das falas: das mulheres-políticas-negras marcadas pela escrevivência (EVARISTO, 2007, 2017), dos homens brancos no poder à manutenção da branquitude (Bento, 2002), e da ciência, enquanto uma pesquisa sociológica.

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El carácter multidimensional de la pandemia –cuyo entramado/efecto biopolítico no posee límites– ha puesto a las familias  –y a las personas– en el centro de la reflexión: toda la complejidad pandémica; las consecuencias económicas, las medidas sanitarias, la planificación educacional, el ocio y la entretención; también y sin duda, la enfermedad y la tragedia de la muerte recaen, finalmente, en la familia. A partir del estudio “Familias en Tiempos de Covid-19” –desarrollado en las regiones Metropolitana, Biobío, Valparaíso y Tarapacá en Chile-, la presente ponencia, desde lo que se ha dado llamar el “estado pandémico”, da cuenta de cómo, desde el entramado de la vida cotidiana, se han venido configurando significaciones, valoraciones e imaginarios sobre, por una parte, el confinamiento y las restricciones y, por la otra, sobre una serie de mecanismos y procesos sociomateriales de resistencia pandémica. Desde una impronta (post)fenomenológica, ello ha intencionado una especial subjetividad que frente al caos pandémico ha resignificado lo familiar, el sacrificio y el riesgo. Para el caso, la ponencia se centra, principalmente, en Tarapacá, extremo norte de Chile.