Resumen de la Ponencia:

O objeto deste artigo são as políticas sociais implementadas no Brasil durante o governo de Michel Temer (2016/2018) e nos dois primeiros anos do governo de Jair Messias Bolsonaro (2019/2020) acerca dos Direitos Sexuais e Reprodutivos para mulheres cisgêneros. Tem-se como principais objetivos: realizar um panorama sócio-histórico dos Direitos Sexuais e Reprodutivos dentro de uma sociedade capitalista, racista e cisheteropatriarcal e analisar o investimento político, financeiro e social que os respectivos governos tiveram sobre a temática através dos Planos Plurianuais (PPAs), dos programas e ações implementadas e da análise do orçamento público.Para compreender o contexto em que se inserem essas políticas sociais, realizou-se uma pesquisa bibliográfica perpassando pelos seguintes pontos: a interseccionalidade dos sistemas de dominação/exploração capitalista, racista e cisheteropatriarcal; a contextualização dos Direitos Sexuais e Reprodutivos; as políticas sociais e o fundo público; e a análise específica das políticas e dos dados coletados sobre os Governos de Temer e Bolsonaro.Utilizar a interseccionalidade como prisma é analisar de forma imbricada e indissociável as opressões estruturais. A aplicação dessa categoria enquanto conceito e método permite a estruturação de ideias e ações a partir da noção de integralidade, fundamental para o entendimento das questões que perpassam os direitos sexuais e reprodutivos dentro de uma sociedade capitalista, racista e cisheteropatriarcal. A ausência dessa perspectiva de integralidade na área dos direitos e da saúde atualmente revela o projeto político que baseia a lógica orçamentária da suposta falta de recursos, além do epistemicídio da teoria do feminismo negro.O tema é de extrema importância, principalmente neste momento político de avanço do conservadorismo e de retirada de direitos já previamente conquistados. Além de uma crescente demanda por políticas sociais que assegurem os direitos e a saúde sexual e reprodutiva das mulheres e da população LGBTQIA +, visando sua emancipação social e política.A partir dos estudos realizados, pode-se concluir que os direitos sexuais e reprodutivos não foram priorizados pelos respectivos governos, tampouco considerados como essenciais para a manutenção da vida dos indivíduos. Algumas ações foram oficialmente apresentadas, mas pouco ou nada implementadas. Surgem e se aprofundam medidas que vão no sentido contrário dos direitos já previamente conquistados, com viés moralista, religioso e conservador. Isso se deve principalmente ao aprofundamento do projeto neoconservador e ultraneoliberal que vem sendo colocado em prática tanto por Michel Temer quanto por Jair Bolsonaro, desconsiderando importantes pautas que versam sobre o direito das mulheres, negros/as, indígenas, LGBTQIA+, entre outros.

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Pesquisa qualitativa pautada no reconhecimento que a história das mulheres é marcada pelo controle e dominação de seus corpos, exercidos nas mais diversas situações. A religião é tomada como um dos agentes de controle que, muitas vezes, almeja uniformização da experiência sexual feminina, estando presente na construção da subjetividade dos sujeitos. É nesse sentido que se busca compreender as significações, ressignificações e agenciamentos de três mulheres religiosas de uma mesma família e de diferentes gerações que participaram do estudo, do discurso religioso e dos discursos contemporâneos e de possíveis embates entre eles em torno de questões de igualdade de gênero. O trabalho também assume que o livre exercício da sexualidade pelas mulheres é parte de seus direitos sexuais e reprodutivos. Entende também que dimensões geracionais são estratégicas para operar mudanças no modo como as mulheres compreendem o mundo dentro de uma mesma família, que é uma instituição central nas escolhas subjetivas dos sujeitos, inclusive em relação à religião e sexualidade. O objetivo do estudo é compreender a vivência da iniciação e trajetórias sexuais de diferentes gerações de mulheres socializadas em uma família adepta de religiões cristãs. Busca compreender os agenciamentos feitos por elas em relação à religião e possíveis limitações e conflitos derivados para vivência da sexualidade, assim como compreender a dinâmica familiar no aprendizado da sexualidade e nas escolhas ao longo de suas trajetórias. As três entrevistas em profundidade foram realizadas com uma mulher de 69 anos, uma de 44 anos e outra de 22 anos, respectivamente mãe-avó, filha-mãe, filha-neta de distintas gerações de uma mesma família religiosa, em formato remoto, via plataforma Google Meet que foram gravadas e  transcritas integralmente. A  análise, ainda em andamento,  permitiu identificar dois eixos analíticos, todos atravessados pela questão geracional. O primeiro eixo aborda a dimensão da sexualidade e gênero, seus significados e experiências; o segundo discute o modo como a religião participa dessas dimensões. Até o momento, a análise sugere os modos como as mulheres agenciam a religiosidade na vida: por conveniências e utilizando estratégias. Reconhecem a presença do aprendizado social sobre sexualidade em suas subjetividades, inclusive de modo mais importante do que a presença de moralidades religiosas cristãs. Destacou-se também a presença de debates sobre orientação sexual, ainda que de modo mais indireto e a  virgindade, que emerge como um valor na trajetória de vida das três mulheres entrevistadas. Certamente, outros aprendizados sobre gênero, iniciação sexual e geração surgirão, na medida que análise avance que, de algum modo, pretendem contribuir para os debates no campo. Palavras-chave: iniciação sexual, gênero, mulheres, geração, religião. 

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Con este trabajo pretendo hacer una reflexión sobre la ideología de género y la manera en la que es concebida y difundida por esta religión. Se expone aquí el caso de México, como una sociedad en algunas latitudes sumamente conservadora y apegada a la Iglesia católica. La religión, como agente espiritual, que brinda consuelo, bienestar, una razón de ser a los sujetos y una guía moral, puede ser problemática. Paradójicamente, la ideología que la Iglesia católica ha propagado en los últimos lustros, con respecto a la relación entre hombres y mujeres, y sobre todo a la sexualidad, va en contra de lo que ellos han explicado como “ideología de género”.pretendo dilucidar que la “ideología de género” que la Iglesia católica ataca, es en realidad un constructo que surge dentro de esta misma institución y que se ha propagado por medio de distintos mecanismos. Para ello, la teoría de representaciones sociales que Moscovici propuso, así como Jodelet y Abric, ayudan a explicar cómo es que se van difundiendo estas concepciones.Lo expongo a partir de mi trabajo de observación participante con el grupo “Choose life”. Con ello, busco responder a la pregunta sobre cómo es que se propagan estas concepciones dentro de ciertos grupos sociales, ejemplificando el caso de la “ideología de género” de la que habla la religión católica y que en la región occidental de México tiene una fuerte injerencia.La propuesta del grupo en el que realicé mi observación analiza al feminismo como la postura que agrede a la Iglesia, al promover el aborto, así como reconocer a personas que forman parte de la diversidad sexual, especialmente en casos que podríamos señalar como más complejos por ser rechazados con mayor frecuencia por la sociedad: personas no binarias, transexuales, entre otros. Las representaciones sociales se difunden por medio de distintos elementos que se hacen presentes en el curso: señalar a los participantes como salvadores, el uso de colores rosa y azul en las presentaciones, la insistencia con la misión de salvar a la sociedad ante los ataques que van en contra de la naturaleza, y por lo tanto (desde su lógica como grupo), de Dios. ¿Los feminicidios? Ni siquiera se nombran.

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O trabalho apresentará os resultados do estudo sobre o chamado “movimento contra a ideologia de gênero” e seus desdobramentos nas universidades públicas brasileiras. Para tanto, apresenta o resultado de uma pesquisa documental sobre ou autointitulado “Movimento Escola sem Partido”, site mantido por uma promotora pública, entre 2004 e 2020. Fui criado para lutar contra professores que seriam “ professores de esquerda”, obteve mais sucesso, quando “acamparam” para lutar “contra a ideologia de gênero”. A fim de verificar sua repercussão nas Universidades, destacam-se fóruns de análise de duas seções do referido site, por nos permitir observar a recepção e relação entre o autor e os “denunciantes” contra professores de Universidades Públicas e Institutos Federais. Trate-se dão as rubricas "corpo do crime" e "Depoimentos". Busca, portanto, identificar as concepções de dois autores/denunciantes sobre gênero e orientação sexual, bem como sobre raça/etnia e classe social, a fim de observar os fundamentos de seus discursos como acesso direto e permanência em uma universidade pública , tanto para ensinar, quanto para estudar. O material é submetido à análise com base nas premissas dos Estudos Críticos do Discurso (CDS), propostos por Teun Van Djik. Essas perspectivas – teóricas e metodológicas – nos parecerão adequadas, de fato ambas partirão de premissas epistemológicas vinculadas ao exercício do poder, sendo que Djik propõe uma análise crítica da reprodução discursiva, através da categoria de abuso de poder. No último ano, proponho para debate a conclusão de que, mais do que uma "cruzada moral", trata-se de um movimento social difuso, de natureza retrógrada, que se transforma em fascismo institucionalizado, em face de ter se tornado atos administrativos, praticados por Juízes, Assembleias Legislativas, Câmara Federal, Ministros, inclusive o ex-ministro “da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos” e o próprio presidente da atual República Palavras-chave: ideologia de gênero; antifeminismo; anti-LGBTIA+; neofascismo.

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 Lugar de Primazia, é um projeto em que a artista e pesquisadora Raquel da Silva Souza, também estudante do curso de Bacharelado em Dança pela Universidade Federal da Bahia. Investiga os movimentos, amplitudes e dimensões da região do quadril, assoalho pélvico e bunda, assim como os corpos - "corpas" que ousam se expressar através  desta região, tendo como foco as mulheres cis e trans pretas e periféricas.No Brasil 75% de pessoas negras beiram a pobreza, boa parte desta população  reside nas periferias, local onde se originam os estilos musicais do Funk Brasileiro,  Pagode, Pagode Baiano, O Samba, Arrocha e Twerk ( estilo Jamaicano aderido no Brasil).  É neste núcleo que pode ser encontradas a maioria das mulheres que movimentam os quadris, que se expressam a partir dessa região corpórea, trazendo uma linguagem de poder e não de submissão.Contudo o mexer dos quadris era, e ainda é interpretado como algo além da diversão e da expressão, para uma sociedade colonialista patriarcal e fundada no Cristianismo como a brasileira, o rebolar é algo impuro, sujo e pervertido. Ao emergir no livro Pensamento Feminista Negro da Autora Patricia Hill Collins (2019) algo muda em minha dança o que antes era vergonhoso e não adequado, aos poucos se transforma em empoderamento e autoconhecimento, principalmente sobre a figura da mulher negra. O  rebolar não significa submissão e sim poder de mexer seu corpo, sua bunda. Sendo assim  a mulher inicia o processo de redescoberta de si, através dos movimentos de seus quadris.A mulheres ao longo de sua existência tem seu corpo sempre sob controle de instituições; seja da família, escola, religião, conjugue e até mesmo do estado que define nossa condição de vida reprodutiva. O pensamento machista inferioriza e desvaloriza o poder feminino. "Como mulheres, acabamos desconfiando do poder que emana de nossos conhecimentos mais profundos e irracionais. Temos sido advertidas contra eles durante a vida inteira pelo mundo masculino." ( Lorde, 2020, p.68).Desta maneira o presente trabalho inicialmente se aprofundara em estudos direcionados a região Pélvica, e ao Feminismo Negro, porque entende a importância da conexão da mulher com seu eu interior. A região pélvica assim como foi dito nesse texto, é uma das regiões corporais que maior sofre com a censura e opressão, talvez por nessa área do nosso corpo estar localizada um dos principais órgãos direcionados ao prazer, que devido ao pensamento conservador patriarcal e capitalista foram reduzidos a símbolos de procriação. Não é que o prazer seja somente relacionado á órgão sexuais isso é pornografia. Mais existe o conhecimento íntimo que nos leva a acessar lugares em nós mesmas ainda não conhecidos.  

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 Na atual conjuntura social e política brasileira avessa as liberdades, aos princípios democráticos e a alteridade ecoam os discursos religiosos cristãos reivindicando a defesa da família tradicional da matriz cis-heteropatriarcal. Esse cenário tende ao agravamento com o curso da agenda antigênero que une segmentos sociais diversos autointitulados de conservadores e patriotas, sob a égide institucional do governo federal em vigência.  Com efeito, a política curricular da Educação Básica é afetada através de disputas acirradas, visto que os desdobramentos eclodiram na Base Nacional Comum Curricular – BNCC, a exemplo da instituição do Ensino Religioso como uma área de conhecimento no currículo escolar. O referido documento orienta os Projetos Políticos Pedagógicos – PPP  das escolas, consoante as demais legislações vigentes estabelecem a ampla coautoria curricular dos/as professores/as, desta forma a participação docente aponta para tomadas de decisões políticas e agenciamentos didático pedagógicos. Considerando a feminização do magistério, bem como a conjunção entre a atuação veemente dos/as fiéis e seus/suas líderes promovendo fortes influxos na educação pública, busco compreender e cartografar os saberes e fazeres religiosos agenciados em sala de aula pelas professoras filiadas ao protestantismo evangélico. Neste ínterim começo as caminhadas etnográficas numa igreja evangélica nomeada pela sua pastora como casa de oração, onde duas professoras do município citado frequentam. Aqui pretendo analisar a história de vida da pastora compondo com seus saberes e fazeres enquanto líder religiosa com o poder de governança e a interlocução com diversas esferas sociais. Nas primeiras impressões observei que a mesma não re/produz a narrativa hegemônica e conservadora, assim como aborda as questões de gênero tecendo aproximações com as moralidades cristãs heterodoxas. Desta forma, podemos pensar que as interlocuções das professoras protestantes evangélicas no âmbito escolar podem ser mais complexas e ambivalentes, do que presa ao discurso monolítico no qual demonizar a diversidade sexual, de gênero e cultural tornou-se recorrente. Em síntese, o campo teórico da pesquisa versa sobre expressões de religiosidades e educação, reconhecendo como a intersecção entre religião, gênero, raça e classe nas suas dimensões políticas possibilitam o construto de uma ética e estética para a ação coletiva dos/as sujeitos/as, dos grupos ou agrupamentos. E deste modo, pensar as disputas hegemônicas do presente e em movimento na educação brasileira, nos contextos locais, nacional e internacional.

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Los movimientos de mujeres y feministas surgieron y se consolidaron especialmente en sociedades de postguerra como El Salvador -y Guatemala- en el marco del giro neoliberal en la región centroamericana, como parte de los procesos de resistencia y lucha frente a los límites a la participación política de las mujeres, durante los primeros años de la década de los noventa. (Navas, Orellana y Umaña, 2007).En el proceso de crecimiento de estos movimientos se observa su resistencia a conservadurismos que desde el interior de organizaciones revolucionarias en la guerra civil así como sociales y políticas luego, han procurado sostener la hegemonía del poder patriarcal, al que han enfrentado con estrategias de acción y lucha creativas para incidir en el sistema político, con importantes logros en incorporación de sus demandas y su representación, lo que contribuyó a avanzar en derechos hasta finales de la década anterior. Sin embargo, y pese a la capacidad de incidencia desarrollada por estos movimientos, las estructuras patriarcales de poder no lograron sortear el desafío de gobernar en una oportunidad histórica de apertura y cambio político para las izquierdas en el nuevo siglo (Grégori 2017), corrompiéndose a la usanza habitual,  lo que les desgastó como partidos políticos tradicionales y abrió la puerta para un giro neoconservador, fortaleciendo los fundamentalismos en la región (Sagot, 2019).De esta forma, en los últimos gobiernos en la mayor parte de la región, así como particularmente en El Salvador, los movimientos feministas encaran procesos de regresión autoritaria, con una estigmatización, persecución, judicialización y represión de la movilización y las protestas. En el caso de El Salvador y Nicaragua se observan procesos de desmantelamiento de organizaciones sociales a causa de regímenes dictatoriales y de excepción, incluidas organizaciones de mujeres, que en contexto de pandemia han sido las primeras en organizar y sostener sus protestas de calle, recuperándose muy rápidamente de la desmovilización enmarcada en el  confinamiento por COVID-19 durante el 2020. Así, las mujeres siguen resistiendo desde diversos frentes: en las casas, en las redes sociales, en las calles,en la investigación social feminista, y en la comunicación social, política y científica, haciendo visibles las históricas desigualdades y violencias que se expresan en  “la división sexual del trabajo, el sistema reproductivo y el trabajo doméstico” (Batthiány, Coord. 2020). y se profundizan y agudizan para las mujeres en este contexto.  Como metodología, el abordaje se realiza cualitativamente a partir de experiencias de  observación participante en El Salvador y Centroamérica a través de trabajo gremial  y como parte de redes académicas de mujeres y feministas desde el año 2018 a la fecha. Complementariamente se ha realizado análisis de contenido como base para sistematizar información sobre el desarrollo, avances y análisis sobre movimientos feministas.