Resumen de la Ponencia:

A presença das redes sociais na esfera pública brasileira nos desperta para a pulverização do debate público sobre o cenário político nacional e a escalada da polarização.  Esse processo expôs novas fragilidades da democracia por dar repercussão a discursos (de ódio, principalmente) que alcançam uma população insatisfeita com o Estado e que questiona suas instituições. O aparente anonimato das redes cria espaço para a exposição sem filtro de tais narrativas ao mesmo tempo em que contribui para a intensificação da influência de agentes econômicos em questões públicas, assim automatizando a esfera pública (Pasquale, 2017).As táticas de desestabilização de democracias, com base no uso inteligente das plataformas virtuais, foi uma estratégia adotada em países como a Itália, os Estados Unidos e na campanha de Bolsonaro no Brasil (Da Empoli, 2020). Dentre as razões para a vitória de Bolsonaro aponta-se a forte mobilização dos seus seguidores que compõem o que se denominou bolsonarismo, movimento bem-sucedido de organização de massas e forte articulador da esfera pública. Suas características se voltam a desestabilização do debate público por meio da disseminação de discursos de ódio, forte alinhamento às pautas liberais e nacionalistas (que ganharam novas interpretações) e assíduo engajamento pelas redes sociais. A força política de Bolsonaro se concentra em sua força simbólica como representante daqueles que se veem antissistema, “anti-partidários”, “anti-burocráticos”, “anti-intelectuais”, defendem valores conservadores e se sentem abandonados pelo sistema político tradicional (Solano, 2019). Aqueles apoiadores e sujeitos políticos que dão as respostas com maior autenticidade e espontaneidade, ambas características importantes para o sucesso de influenciadores digitais, possuem mais chances de serem reverberados, ainda que se aproximem de um populismo autoritário (Cesarino, 2020). Para a concretização desse projeto político é necessário gerar primeiramente uma espécie de caos informacional, de forma a dispersar organizações contrárias e criar (in)verdades palatáveis o suficiente a ponto de intensificar o apoio de seus seguidores. Operar a partir do caos não é algo despretensioso, mas sim um método político (Nobre, 2019) que gerou profundas mudanças nas maneiras de se praticar o jogo eleitoral. “Essas mudanças incluem um novo regime de produção de verdades que (...) é diferenciado de outros, como o do liberalismo político e da ciência nos moldes do século XX” (Cesarino, 2021, s.p). Vemos o reflexo dessa ruptura no debate de pautas básicas, como o forte movimento contrário à vacinação e às medidas de prevenção à COVID-19 que tem gerado conflitos entre cidadãos e o Estado pelo mundo. A presente pesquisa tem como objetivo analisar o papel da esfera pública – com ênfase na influência das redes sociais virtuais – na formação política dos cidadãos de grandes centros urbanos.

Resumen de la Ponencia:

Después de casi dos años del inicio de la emergencia sanitaria derivada de la COVID-19 y por la que se restringieron de manera significativa las reuniones masivas, el presidente de México, Andrés Manuel López Obrador, convocó el 1 de diciembre de 2021 a ciudadanas y ciudadanos a reunirse en el Zócalo de la Ciudad de México con el objetivo de dar un mensaje a propósito de los tres años de su gobierno. Esto significó el reencuentro presencial de AMLO con sus simpatizantes en la plaza pública. En este discurso de más de una hora el presidente mexicano hizo un recorrido temático de lo que considera los puntos centrales de su agenda política y cómo ha llevado al frente dicha agenda a partir de estrategias, programas y acciones concretas. Lo anterior, resulta relevante de cara a la narrativa de la mayoría de los medios de comunicación masiva en tanto que se registra un contraste significativo con lo expresado en dicho discurso.En tal sentido, la presente propuesta tiene por objetivo analizar el discurso del titular del ejecutivo, así como lo que se dijo en torno a éste a través de tres preguntas guías, a saber:¿Cuál ha sido la narrativa que Andrés Manuel López Obrador ha enarbolado como eje de su gobierno?, ¿Cuál ha sido la narrativa de los medios de comunicación masiva respecto al gobierno encabezado por AMLO?, ¿Cómo ha sido la resonancia de las y los ciudadanos respecto a cada una de ellas?En este orden de ideas, se busca estudiar el discurso pronunciado en la fecha señalada, así como los que surgieron en los análisis posteriores en los diversos medios de comunicación. Asimismo, y con base en entrevistas realizadas a asistentes a dicho mitin, se examinará la resonancia de las narrativas enarboladas por estas visiones en disputa. Para realizar este análisis se utilizará el enfoque teórico-metodológico de los Procesos de enmarcado, particularmente, a partir de la propuesta de Snow y Benford. Asimismo, serán de utilidad analítica las categorías emanadas de la política agonista de Chantal Mouffe.   

Resumen de la Ponencia:

A proposta do artigo é refletir sobre o papel político da comunicação de massa na atual configuração pós-democrática. No ideário liberal, a mídia em geral e a imprensa em particular deveriam garantir a efetivação dos ideais democráticos, por meio do fornecimento de informações verídicas sobre os acontecimentos da vida pública, para que os cidadãos exercessem seus direitos com plena consciência. Porém, examinado à luz dos acontecimentos políticos recentes do país, as instituições midiáticas de fato funcionaram com o intuito de promover a derrocada da democracia brasileira. O entendimento dos processos que permitiram a mudança de regime em curso deve considerar o papel fundamental desempenhado pelas instituições da democracia liberal e o protagonismo da grande imprensa (aliada ao poder judiciário) na promoção e sustentação do novo regime. O artigo parte de um exame crítico de quatro termos que têm sido utilizados nas tentativas de caracterização do atual cenário político: neofascismo, neoliberalismo, neoconservadorismo e neocolonialismo; e propõe também uma discussão sobre os neologismos pós-democracia, pós-verdade e fake news.  A discussão sobre as noções de pós-verdade e fake news emerge em um contexto que se caracteriza pelo declínio dos padrões de cobertura do jornalismo profissional, pela perda do controle da narrativa sobre os acontecimentos da vida pública diante da emergência da internet - que possibilitou a produção e circulação de interpretações alternativas dos eventos - pela ausência de marcos regulatórios ou qualquer forma de controle social das grandes plataformas ou da grande imprensa, e pela alta concentração da propriedade dos meios tradicionais. As agências brasileiras de checagem de informações falsas são dedicadas principalmente a verificar falas de políticos e de personalidades públicas, mas não costumam checar a veracidade de informações veiculadas na imprensa corporativa. Diante deste cenário, o intuito é analisar a disseminação de informações falsas na narrativa noticiosa da grande imprensa, tendo como exemplo a conspiração midiático-judicial conhecida como Operação Lavajato. A ideia é entender como instituições basilares da democracia liberal conspiraram pelo seu fim. A análise se concentra na configuração narrativa da Operação Lavajato na cobertura da imprensa tradicional, em confronto com as informações reveladas pela série de reportagens Vazajato (Intercept Brasil) e pela chamada Operação Spoofing.  O objetivo é avaliar a capacidade explicativa das noções hegemônicas de democracia sobre o papel político dos meios de comunicação, diante das questões colocadas pela ruptura institucional no ordenamento democrático em 2016, e o aprofundamento do regime de exceção na eleição fraudada de 2018. O debate será desenvolvido por meio de um exame crítico de algumas correntes da teoria política (e da teoria da comunicação) que têm contribuído para fundamentar diferentes compreensões de democracia, de pesquisas sobre mídia e política no Brasil, bem como das discussões recentes sobre lawfare como ferramenta de guerra híbrida.

Resumen de la Ponencia:

O trabalho parte do referencial teórico sobre a ideia de Guerra Cultural, que foi fartamente publicado pelas ciências sociais estadunidense dos anos 1990/2000, em exemplos como Hunter (1991), Wolfe (1996) e Fiorina (2001), e que vem ganhando visibilidade na literatura brasileira em análises como a de Rocha (2021) e outros intelectuais responsáveis por refletir sobre o seu reaproveitamento por setores das novas direitas no Brasil. Sua importância é debater como a fomentação de narrativas em torno da existência de uma crise da moralidade, provocada por uma degeneração moral produzida pela suposta infiltração de “marxistas culturais” nas universidade, meios de comunicação e instituições do país, funcionou como gatilho para a construção de alianças entre setores, com interesses variados, que pautaram sua ação em uma estratégia de busca por “inimigos”, na fomentação de uma divisão da sociedade entre pessoas “boas” e “más” e na construção de um discurso pautado no ódio e na necessidade de eliminação dos adversários. Essa estratégia se intensificou, no caso brasileiro, após as manifestações de junho de 2013, culminou no impeachment de Dilma Rousseff (2016), na eleição do autocrata Jair Bolsonaro (2018) e ampliou-se durante a sua presidência. Dentro dessas inquietações, o objetivo desse trabalho é demostrar como a fomentação dessa ideia de Guerra Cultural está interligada a um esforço, cada vez mais presente, na publicação de traduções e transposições de autores que propagaram ao longo das últimas décadas teorias conspiratórias sobre a crise de um determinada “Cultura Ocidental”, resultado direto dessa suposta infiltração de ideários marxistas nos EUA e na Europa. Dentro desse cenário textos como o de Horowitz e Campolino (2012), Allen e Graham (2017), Horowitz (2018), Burnham (2020), Hicks (2021), Levin (2021), entre outros autores, que produziram obras de destaque dentro da lógica da fomentação da Guerra Cultural nos EUA das últimas décadas, ganharam visibilidade nas estantes de livrarias brasileiras e reforçaram com isso ideias populistas que se atrelam a existência de uma elite invisível que faz de marionetes os cidadãos comuns.Dessa forma, esse artigo traz resultados, a partir de uma análise bibliográfica crítica dessa literatura, a contextualização e o aprofundamento das características conspiratórias presentes nessa literatura, demonstrando também como elas são refletidas em posicionamentos e falas de lideranças e comentadores das novas direitas no Brasil e servem de base teórica para suas mobilizações.   

Resumen de la Ponencia:

El texto revisa los discursos del presidente chileno Sebastián Piñera durante los meses de marzo a octubre del año 2020, en medio del desarrollo de la crisis sanitaria producida por la COVID-19. En sus dos presidencia dirigiendo el país andino (2010-2014 / 2018-2022) Piñera ha debido sortear varias crisis sociales: un movimiento estudiantil, entre 2011 y 2012; un estallido de violencia social, en octubre de 2019, y luego la llegada de la COVID-19, en marzo de 2020.  Dentro de este contexto el objetivo del artículo es establecer cuáles fueron los elementos discursivos más relevantes dentro del período de crisis sanitaria. Para ello se utilizaron conceptos provenientes de la teoría de representación social y del análisis político del discurso para analizar un conjunto de 27 discursos.El resultado muestra que la crisis de la COVID-19 se utilizó como una oportunidad para reforzar los fundamentos programáticos e ideológicos de la coalición gobernante, con el aval de la eficiencia, la idea de patria y referencias religiosas. Se concluye que el discurso de Piñera constituye un intento de manejar la agenda pública y política basado en la estrategia retórica del devil-angel shift.

Resumen de la Ponencia:

Las redes sociales han devenido espacio privilegiado para la “construcción social de lo real”, esto es para realizar procesos de producciòn de sentido o producciòn discursiva sobre diversos fenómenos sociales. Desde marzo de 2020, durante los intercambiosentre los usuarios cubanos en Facebook, los discursos que ponen en circulaciòn, han estado produciendo, socialemente, sentido sobre la pandemia por el SARS-CoV-2. Produciéndola discursivamente como un asunto de orden público. Esto es, y siguiendo la concepciòn de “lo público” de Chantal Mouffe, como entorno de desarrollo de la relación de la comunidad política. “Lo público”, en esta ponencia, y con ello la producción discursiva de la pandemia, es un espacio de resolución de antagonismos a partir de la estructuración performativa de “lo político” y “lo público” como la relación entre diferencias irreductibles y antagónicas, donde la confrontación no es entre enemigos sino entre adversarios.   De este proceso de producción discursiva sobre el fenómeno de la pandemia como asunto público se analiza su dimensión ideológica en el contexto de la sociedad cubana. Con ello nos referimos a las huellas que han dejado en estos conjuntos discursivos, durante las operaciones de producción, los mecanismos de base del funcionamiento de la sociedad cubana que constituyen sus condiciones sociales de producción. En Cuba Los intercambios discursivos sobre la pandemia, ocurren enmarcados por la existencia de un sistema mediàtico, todavía, hegemónico, sujeto a la regulación de la única organización política constitucionalmente reconocida: el Partido Comunista. En un espacio público fiscalizado por entidades gubernamentales subordinadas, directa o indirectamente, a la organización partidista. Ello ha generado la falta de espacios que expresen la heterogeneidad de su espectro político. Sin embargo, desde principios de siglo se ha producido una emergencia de ambientes alternativos de producción online donde proliferan los espacios de discusión y conversación social no siempre bajo control estatal, que tensionan el modelo hegemónico. La producción discursiva de la pandemia como asunto público refleja ciertas restricciones al engendramiento que son: el carácter “socialista” del sistema polìtico y socioeconómico, la tradición de Estado centralizado y la pèrdida de hegemonía del modelo sociopolítico. Las relaciones tensas entre los gobiernos cubano y estadounidense, la polarización de las relaciones Estado-ciudadanía. También dejan sus huellas en estos discursos el funcionamiento del sistema sanitario y el científico-tecnológico; el carácter planificado de la economía , su crisis estructural y los procesos de reformas económicas en curso desde 2007. Otras condiciones de producción a tener en cuenta son los déficits en la política social cubana que implican el deterioro de los mecanismos de protección, la desaparición de espacios de igualdad y el crecimiento de grupos sociales vulnerables. Dada la amplitud de discursos se estudian aquí los diálogos entre tres líderes de opinión y los usuarios cubanos en Facebook.  

Resumen de la Ponencia:

El presente estudio da cuenta de la cobertura mediática de la desaparición en México a partir del análisis de encuadre en dos medios impresos con agendas aparentemente diferenciadas: los diarios La Jornada y Reforma en el periodo de enero a junio de 2022. La elección del corte temporal se refiere al interés mostrado por los medios de comunicación en general por casos de desaparición en diversas regiones del país y que obedecen a ciclos noticiosos que van de la aparición de la información como acontecimiento, su desarrollo al incoprorar nuevos elementos hasta su progresiva desaparición por otra nota que busque acercar al interés de la audiencia.Aunado a la anterior, la utilización de la cifra proyectada de 100 mil personas desaparecidas en el país, de acuerdo con el propio Registro Nacional de Personas Desaparecidas y No Localizadas (RNPDNO)  ha servido como un elemento de presión política al Estado Mexicano por un sector de los medios o como un instrumento de crítica constante para otros grupos sin que eleven necesariamente a la discusión pública, los reclamos de familiares, colectivas, organizaciones de búsqueda o grupos de interés.Para ello, se utiliza el acercamiento del encuadre noticioso para visualizar los acentos principales en las unidades de análisis consideradas (piezas informativas) en el periodo establecido y que permita visualizar algunos elementos del interés informativo latente o manifiesto del propio medio sobre esta situación.