Resumen de la Ponencia:

As mulheres garis engendram práticas laborais, corporais, afetivas dentro do contexto de exclusão, invisibilidade, pandemia e sofrimento na Região Nordeste do Brasil. Nesse cotidiano de dor, doença, morte, desafios e possibilidades, as mulheres garis labutam, elaboram arranjos afetivos, constroem modos de viver, lutar, sonhar e de resistir.  O trabalho pretende analisar e delinear as dificuldades encontradas na trajetória de vida da mulher Gari de Sobral-CE. Realizar-se- a uma abordagem sociológica e antropológica das dimensões sociais, afetivas, culturais, laborais e de saúde das agentes sociais em destaque. Pretende-se dialogar com os dispositivos da Teoria da complexidade. Além da utilização metodológica de elementos necessários para se pensar as relações entre classe, gênero, corpo e classe a partir de saberes complexos e das epistemologias decoloniais. O exercício do saber acadêmico se configura através de experiências espontâneas, geradas pelas condições risomáticas das produções do sujeito ecológico. A pesquisa é resultante da análise de como a mulher gari nordestina lida com situações de conflito ou luta pela existência em plena pandemia. Ou seja, como ela transforma os espaços abissais de exclusão e miséria, em ambientes habitáveis. Como elabora estratégias e alternativas para os problemas sociais que afeta-lhe no cotidiano de trabalho e de exclusão, no setor de limpeza da cidade de Sobral no Ceará. A proposta desta pesquisa é contribuir para o questionamento sobre os estudos de gênero, corpo, classe, trabalho e saúde. Além de realizar o debate acerca da ausência de estudos decoloniais, relacionados ao cotidiano da mulher gari. Desta perspectiva, é importante ressaltar como o processo de vida, trabalho e saúde gera aspectos fundamentais na constituição e composição das dinâmicas e organização de vida da mulher trabalhadora no Brasil. Destaca-se que a vida da mulher gari foi organizada a partir da precarização desse campo profissional, que gera dor sofrimento físico e psíquico e acelera o processo de desigualdade, invisibilidade e mal-estar social. Por último, a pesquisa focaliza as múltiplas experiências vivenciadas pelas mulheres garis do Nordeste Brasileiro numa situação de pandemia com forte impacto para todas as pessoas. Buscou-se, através desta análise, esboçar algumas problemáticas que, em função deste contexto pandêmico, assumem lugar do político. Aqui, compreende-se a vida como redes de sociabilidades geradas pelos processos construídos no palco da história humana. Trata-se, assim de uma identificação ecofeminista de processos culturais e políticos formadores de identidades, bem como de outras subjetividades políticas privilegiadas pelas esferas de significações que constituem modelam os estigmas, experiências, possibilidades, inclusão, lutas e vitórias.

Resumen de la Ponencia:

Como construir mobilizações e lutas a partir dos corpos-territórios, em tempos de pandemia? E como fazer etnografia nesse cenário? Esse trabalho tem como objetivo discorrer sobre a proposição de que mulheres organizadas (CRUZ, 2020; PIRES, 2021) “contra ocuparam” o espaço virtual, entre os anos de 2020 e 2021, na defesa dos corpos-territórios. Enfoco a atenção em quatro atividades virtuais realizadas no período, das quais participei como pesquisadora e militante, e que emergiram como alternativa de enfrentamento ao postulado do isolamento social e às diversas violências enfrentadas nos territórios e corpos. O engajamento e acompanhamento desses processos levaram-me a compreender essas conversas como lócus de enunciação e produção de conhecimentos no e através de um campo feminista latino-americano (ALVAREZ, 2014), expressando pedagogias políticas próprias de debate e construção de alianças, além de formas de ocupação de conceitos e de fazer nascer a palavra (HOLANDA, 2021). Busco aprender essas conversas como processos relacionais de confrontação de sentidos, por exemplo, sobre os diferentes significados atribuídos aos corpos-territórios e às lutas. Atento, assim, aos diálogos entre ontologias que constroem alianças e que expressam particularidades que lhes são próprias (HOLANDA, 2021) às diversas mulheres participantes, entendendo que o corpo-território ademais de uma epistemologia e metodologia latino-americanas (CRUZ HERNÁNDEZ, 2015; 2016) expressa também uma relação ontológica de indissociabilidade entre os termos (ZARAGOCIN, 2020). Como forma de costurar a discussão, situo primeiro a emergência dessas conversas e minha participação como pesquisadora militante; em seguida, descrevo as atividades e o perfil das mulheres organizadas envolvidas; para então abordar as questões aqui postas através de quatro mapas construídos para a pesquisa em curso, que buscam contrapor os sentidos, cores e traçados das pedagogias, ecologias e ontologias demarcados pelas mulheres organizadas frente àqueles referentes aos fluxos instituídos pelo extrativismo colonial, (hetero) patriarcal e racista na região. Concluo com questionamentos sobre a plausibilidade de compreender tais lutas no marco dos conflitos ecológicos-ontológicos tratados pela Ecologia Política Feminista Latino Americana e pela Ontologia Política (ESCOBAR, 2017), contrapondo, por um lado, tais fluxos e logísticas de extração, escoamento e exportação das vidas mercantilizadas, que cortam e conectam inúmeros territórios pelo Pará e Maranhão e, por outro, os mundos das mulheres organizadas na defesa dos corpos-territórios, que “contra-ocuparam” o espaço virtual a partir do chão de suas lutas.

Resumen de la Ponencia:

Haití conquistó su independencia antes de la descolonización africana y latinoamericana. Pero sufró desde entonces el yugo de potencias neocoloniales. En efecto, la fragilización del estado haitiano y de sus estructuras institucionales se debe en gran parte a intervenciones directas e indirectas de Inglaterra, Francia, España, de los Estados Unidos y de la dicha comunidad internacional representada por el core group (que integran también la ONU, la OEA y Canadá). La economía nacional, la arena política, la seguridad interior, la seguridad sanitaria y social han desde siempre sido objeto de intervenciones de todo tipo de parte también del FMI, del Banco mundial, del FBI norteamericano, y de diversas agencias y organizaciones nacionales e internacionales de desarrollo.De bloqueos político-económicos a medidas de libre comercio, de invasiones a dictaduras apoyadas por las grandes potencias, de negativas a intervenir al envío de fuerzas internacionales de estabilización, Haití siempre ha sido y sigue siendo un campo de experimentación emblemático para la aplicación de políticas neocoloniales, neoliberales y humanitarias que han contribuido al empobrecimiento de su población y al debilitamiento de sus infraestructuras. Además, las catástrofes naturales, incluidas las recientes de 2010 y 2021 (terremoto), 2016 (huracán) han aumentado sucesivamente la vulnerabilidad de su población.Estas intervenciones extranjeras se inspiran en gran medida del paradigma modernista del desarrollo, que hace recaer la responsabilidad de la situación únicamente en los Haitianos (Smith, 2008). El despliegue humanitario que sucedió al terremoto de 2021 en el Gran Sur haitiano tuvo lugar en un contexto particularmente difícil: pandemia de la COVID-19, deterioro de la seguridad interna, crisis política provocada por la movilización de PetroCaribe entre 2018 y 2021, bandas armadas que controlan sectores enteros del territorio (Olivier, 2021), asesinato del presidente Moïse. Sin embargo, la distancia entre las agencias internacionales de ayuda y las comunidades receptoras no parece haber disminuido: sólo el 0,01% de la ayuda se siguió entregando a las comunidades locales (Le Nouvelliste, 3 de septiembre de 2021). Llevamos varios años estudiando la intervención con mujeres víctimas de la violencia en Haití y ya hemos acumulado un banco de más de 90 entrevistas cualitativas. Esta ponencia presentará la falta de vínculos entre las organizaciones humanitarias y las organizaciones e instituciones feministas haitianas que trabajan en este campo. Mientras que los medios de comunicación masivos del Norte presentan imágenes victimizantes de las mujeres haitianas dirigidas principalmente a los donantes, las propias organizaciones haitianas fueron y quedan hasta cierto punto descapitalizadas y relegadas a un segundo plano. Y la ayuda humanitaria sigue poniendo obstáculos al trabajo de las organizaciones feministas en medio de esa desestabilización provocada por las catástrofes naturales y las multiples crisis. Esos son algunos de los temas que serán analizados en esa ponencia.

Resumen de la Ponencia:

Este trabajo tiene como objetivo demostrar la relevancia teórico-metodológica del ecofeminismo y los estudios en Ciencia, Tecnología y Sociedad (CTS) para estudiar las implicaciones de la pandemia por la COVID-19 en la vida de las mujeres campesinas. Para tal fin, se describe la relevancia de la perspectiva CTS para estudiar las problemáticas socioambientales derivados de la agroindustria, tales como, pérdida de la biodiversidad, contaminación de cultivos, pérdida del conocimiento local, la pérdida de la soberanía alimentaria, entre otros; y se discute la manera en la que la pandemia dichas problemáticas. Posteriormente, se expone al ecofeminismo como una propuesta teórico-metodológica que nos permite reflexionar sobre la experiencia de las mujeres en un contexto afectado por la agroindustria en tiempos de pandemia. Para ello, se analiza la relación que existe entre la explotación de las mujeres y la naturaleza, así como su correlación con la agroindustria y las afectaciones por la pandemia. Finalmente, se retoman las propuestas ecofeministas para comprender el papel de las mujeres en el sostenimiento de la vida durante la pandemia.  

Resumen de la Ponencia:

Desde que inició la pandemia los desplazamientos humanos en el mundo se modificaron profundamente; el turismo y los viajes de negocios se paralizaron por más de un año; la migración por causas económicas y para huir de la violencia  disminuyó por los riesgos sanitarios y cierre de fronteras, pero el tránsito de personas por el corredor Centroamérica-México permaneció constante y dio origen a nuevas problemáticas sociológicas, a conflictos y graves violaciones a Derechos Humanos. 2021 nuevamente fue un año muy complejo para México como resultado del repunte y la crisis migratoria internacional. A pesar de los riesgos que sufren los migrantes, nuestro territorio volvió a ser escenario del tránsito de numerosas caravanas que reclamaban protección humanitaria, no ser deportados, salir de la pobreza, la violencia y, quizá sin conocerlo, a exigir el cumplimiento del Pacto Global por la Migración. (Acuerdo ONU-2018 sobre el derecho a migrar). Ante este panorama la respuesta del gobierno mexicano fue muy errática, la detención record de más de 250 mil migrantes en 2021. Mientras observamos imágenes dramáticas como la volcadura de un tráiler en Chiapas que provocó la muerte de 57 personas; cuerpos calcinados en Tamaulipas ejecutados por el crimen organizado, violaciones a los Derechos Humanos cometidas por agentes de migración y de la Guardia Nacional. Muchas mujeres no escapan a extorsiones, robos, violaciones y muertes; los ataques a haitianos fueron una constante, así como conflictos en las “Estancias Migratorias” (centros de detención). El gobierno mexicano endureció sus políticas migratorias en consonancia con las exigencias de Estados Unidos, México tuvo que aceptar nuevamente que Estados Unidos regresara a nuestro país a los solicitantes de asilo independientemente de su nacionalidad. En 2021, 654,418 mexicanos fueron deportados de Estados Unidos, mientras las remesas recibidas en México fueron 52,743 millones de dólares, solo detrás de las recibidas por China e India. Otro dato relevante sobre el tema migratorio fue la creciente petición de refugio: 123,187, para 2021, tres veces más que en 2020. El tráfico de personas y el negocio que representan los migrantes crecieron, así como los estigmas, el racismo, la xenofobia y la discriminación que se promueve en su contra.Regiones del país se han vuelto un infierno para los migrantes, ciudades como Tijuana o Tapachula se han convertido en cárceles a cielo abierto de los llamados “ilegales”.

Resumen de la Ponencia:

La ponencia que sometemos a evaluación del XXXIII Congreso Latinoamericano de Sociología, para participar del Grupo de Trabajo 11, Eje 2, tiene como objetivo compartir los resultados de una investigación culminada, que se encuentra en estado de evaluación de una revista académica, cuyo título fue ausencias críticas y desigualdades no resueltas en la organización social de los cuidados en Panamá:  dos escenarios y una pandemia.En este estudio analizamos el contexto en el que se enmarca el trabajo doméstico “cama adentro” realizado por mujeres extranjeras e indígenas en Panamá, poniendo el foco en los impactos que dicho contexto ha experimentado durante la pandemia. Utilizamos para ello un marco de análisis que permite visibilizar dos escenarios críticos en la actual organización social de los cuidados, donde se ubican la empleadora y la empleada. Partimos del entendimiento de que los cuidados es el trabajo que incluye actividades necesarias para mantener y sostener la vida (Fischer y Tronto, 1990; Carrasco, 2001; Arriagada, 2010; Rodríguez – Enríquez, 2015). Incluye actividades tales como el cuidado directo a otras personas, la provisión de condiciones para el cuidado como la limpieza de la casa y la preparación de los alimentos.   Al mismo tiempo, reconocemos que a pesar de que es generalizada la demanda de cuidados en diferentes etapas o momentos de nuestras vidas y en diversa intensidad, estos no son asumidos igualmente por todos y todas, ni en las mismas condiciones; quiénes las realizan y bajo qué relaciones sociales lo hacen es central para el análisis de género (Thomas, 1993; Torns, 2008, 2001). Cada sociedad produce, organiza y distribuye de manera particular las tareas de cuidados entre diversos actores, configurando lo que se conoce como la organización social de los cuidados (social care) (Daly y Lewis, 2000). Entre esos actores figuran el Estado, los hogares, el mercado y la comunidad. Es en dicha organización donde se pueden observar al menos dos escenarios interrelacionados en los que las mujeres ocupan posiciones protagónicas. El primero corresponde al escenario en el que se dan las demandas no resueltas de cuidados, marcado por desigualdades de género, donde la mujer madre y esposa se convierte en empleadora. El segundo escenario lo conforma el trabajo doméstico remunerado como nicho laboral precario para mujeres migrantes (extranjeras e indígenas), las empleadas, marcadas por desigualdades no resueltas de género, clase social o etnicidad.Los resultados indican que las condiciones de servidumbre doméstica en las que se encuentran estas trabajadoras no se resuelven exclusivamente con normativas laborales más justas para esta ocupación, sino que dependen más bien de medidas transformadoras sobre las ausencias críticas y las desigualdades no resueltas en la actual organización social de los cuidados.

Resumen de la Ponencia:

La pandemia de la COVID-19 trajo grandes consecuencias a nivel económico, político y social. Las medidas de confinamiento acentuaron desigualdades preexistentes, entre ellas las de género y las étnico-raciales. En materia laboral el aumento de la desocupación perjudicó de forma significativa a las mujeres. La estrategia del teletrabajo aumentó, pero su acceso fue diferencial. El cierre de los centros educativos, como una de las medidas de reducción de la movilidad, generó mayor tiempo de dedicación de las mujeres a las tareas domésticas y de cuidados.Las situaciones de vulnerabilidad se profundizan cuando se las analiza desde una perspectiva interseccional, como es el caso de mujeres migrantes y afrodescendientes.A partir de este diagnóstico, y del acumulado de trabajo y la formación académica de las integrantes de la colectiva, decidimos realizar el curso: “Mujeres: ser y habitar en tiempos de pandemia”. Se llevó adelante a través de la Unidad de Educación Permanente de la sede de Paysandú del Centro Universitario Regional Litoral Norte de la Universidad de la República, Uruguay, en los meses de noviembre de 2020 y marzo de 2021, con una totalidad de ocho encuentros. Se estructuró en dos módulos. En el primero se abordó lo relacionado a género y desigualdades; profundizando en las del trabajo remunerado y no remunerado, y la violencia. El segundo módulo fue sobre las mujeres y su relación con los territorios, la identidad étnico-racial y el patrimonio. En las distintas temáticas se incorporó un abordaje desde las normativas jurídicas. En esta ponencia presentaremos el proceso de la colectiva, el contenido del curso y las principales reflexiones que emergieron de la experiencia.