Resumen de la Ponencia:
Este trabalho é resultante de uma pesquisa de mestrado, em andamento, do Programa de Pós-graduação em Educação, da Universidade Federal de Goiás. Ele se desenvolve a partir de um prisma de roteiro, com vivências e ideias para discutirmos a arte urbana do grafite sob a perspectiva de suas possibilidades educativas, de produção poética e suas intersecções em variados espaços educativos. Aliado a esse contexto, compreendemos a arte urbana, como provocadora de ligações entre os moradores do espaço onde essas manifestações ocorrem, com vistas a criação de outras paisagens humanas (AMARAL, 2020). O grafite que procuramos discutir aqui, é um tipo de arte que não se adequa somente aos espaços de museus ou galerias de arte, tendo trânsito livre entre os mais variados espaços, a começar pelo seu lugar de surgimento nas urbes. Situamos o grafite a partir da perspectiva da Cultura Visual (MARTINS, 2006; TOURINHO, 2011; VICTORIO, 2013). Assim sendo, o grafite é reconhecido como imagem ou obra de arte, repleta de valorações sociais e culturais. Compreender e reconhecer a arte do grafite, no contexto urbano, nos trouxe a necessidade de considerar as relações insofismáveis entre o que acontece nas escolas e nos espaços exteriores a elas. Almejamos discutir e conhecer, na medida do possível, aspectos que envolvem a figuração estética, com o recorte na arte do grafite, que os alunos e professores trazem à pauta nos momentos de ensino e aprendizagem nas aulas. A partir disso, buscamos identificar subjetividades individuais e coletivas e formas com que se territorializam e se diferenciam, em seu percurso educativo. Para tanto, tomamos como campo de investigação o Colégio Estadual Jardim América (CEJA), da cidade de Goiânia, estado de Goiás, no Brasil, mais precisamente, o projeto de grafite, “Proposta em tela”. Este projeto, aconteceu na escola com o apoio de vários artistas da cena do grafite de São Paulo, Brasília e Goiânia, que coordenados pelo artista Celinho, desenvolveram ações de expressões artísticas no interior da escola, em cada sala, e nas dependências no exterior da escola. Nosso olhar, nesse contexto educativo pesquisado, se estrutura em uma metodologia de pesquisa participante (BRANDÃO, 2006), por compreender que ela se fundamenta em uma concepção da realidade social, considerada em sua totalidade, com toda sua estrutura e dinâmica. Considerando que a pesquisa ainda está em fase de conclusão, pretendemos, por meio de entrevistas guiadas e conversas informais incluindo professores e alunos, coletar dados, conhecer histórias, gostos, relatos e depoimentos, que possivelmente dizem ou contradizem sobre a importância da arte urbana do grafite, contida no interior do espaço escolar. Buscaremos anelar as narrativas e experiências dos sujeitos, ligados com o objeto em questão, juntamente com os enfoques teóricos e as experiências práticas, que constituem o material substancial dessa pesquisa.