Resumen de la Ponencia:
A apresentação pretende refletir sobre a descontinuidade e os entraves às ações de salvaguarda relacionadas aos Patrimônios Afro-Ameríndios, previstas nas políticas públicas patrimoniais, e garantidas pela Constituição brasileira de 1988 como fundamentos para a plena cidadania e inclusão da contribuição dos povos de matriz africana e indígena. Levando em consideração o conjunto bem sucedido de políticas públicas patrimoniais, em especial a partir dos anos 2000, com a introdução do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, a mesa focalizará algumas ações alternativas de identificação, reconhecimento, registro, promoção e difusão relativas ao Patrimônios Afro-Amerindios, bem como ações de construção de suportes e ferramentas para a memória social e coletiva como museus, inventários, bancos de dados, Observatórios. Tendo em vista a fragilidade destes patrimônios num contexto de tempos extremos, marcado por pandemias e sindemias, aliada a descontinuidade das políticas públicas, o objetivo consiste em apontar caminhos e novas formulações que contribuam para a sustentabilidade e continuidade de patrimônios afro-ameríndios reconhecidos pelo Estado e/ou pela sociedade civil e considerados centrais para a construção da igualdade social e racial no âmbito da Democracia brasileira. Especial atenção será conferida ao papel dos dententores destes patrimônios, dos movimentos sociais, da sociedade civil, da Universidade, dos museus presenciais e/ou virtuais/digitais, Observatórios e de iniciativas que visam a construção e a dinamização de acervos e registros em diferentes plataformas ou lugares, bancos de dados, inventários e mapeamentos (no cyber espaço ou em espaços físicos) no sentido do agenciamento, circulação, preservação e disponibilização das referências afro-ameríndias na sociedade brasileira.