Nuestro trabajo de investigación se inserta en el debate de los límites entre el acoso sexual y el halago, buscando comprender los efectos del piropo callejero sobre la vida cotidiana de las mujeres. Se escogió para esto, la teoría de las representaciones sociales, la cual, en diálogo con la sociología, permite un acercamiento al análisis de los factores sociales que significan la vida cotidiana. De este modo, se obtuvo una investigación con cuatro capítulos, tres de los cuales son teórico-metodológicos y el último corresponde a la aplicación de la técnica de grupos focales con la participación de mujeres estudiantes de sociología de la FCPyS. En el entendimiento de que el piropo constituye una forma de comunicación en el espacio público, se deduce que este, al igual que toda interacción en la vida cotidiana, es significativo para quien lo recibe. Esta interacción encuentra su sentido en la dimensión simbólica de un intercambio ritual histórico-temporal e influye en la imagen que tienen las mujeres del espacio público y de los hombres que lo habitan, así como en la construcción de su identidad, generando pautas para la acción que dictan formas específicas de relacionarse con las demás personas y con el entorno urbano. Otorgarle peso a los elementos afectivos de la cotidianidad implica comprender que tanto las representaciones como las prácticas en torno a la violencia de género son reveladoras de la experiencia de las mujeres y se convierten en un elemento central de su condición.
#03226 |
Lesbianas y violencia heteropatriarcal perpetrada por hombres: Un estudio de caso en la Ciudad de México.
Desde la Psicología Social, se plantean dos objetivos: Hacer una revisión crítica sobre las formas de problematizar la existencia lesbiana en relación con las violencias, y, a través de un estudio de caso, explorar la dimensión de la experiencia de una mujer lesbiana de la Ciudad de México, en relación con las violencias heteropatriarcales y las formas de resistir a ellas.La selección del caso se realizó a partir de los siguientes criterios de inclusión: 1) Mujer que se enuncie lesbiana, 2) Que habite en la Ciudad de México, 3) Que se enuncie feminista, 4) Que haya vivido experiencias de violencia heteropatriarcal.La aproximación al fenómeno se realizó desde la epistemología del sujeto conocido y cognoscente, la decolonización epistémica y epistemologías feministas. Metodológicamente, se recurrió al apoyo de metodologías cualitativas, específicamente a la utilización del relato autobiográfico en su modalidad de historia de vida.Los hallazgos relevantes son los siguientes: la violencia heteropatriarcal perpetrada por hombres en detrimento de las mujeres lesbianas ocurre por una doble condición de subordinación: el de ser mujer y el de ser una mujer lesbiana. Una de sus principales manifestaciones es la violencia sexual: Violación, acoso y abuso sexual. Las condiciones de ocurrencia incluyen espacios públicos y privados; y los perpetradores pueden ser pares, figuras de autoridad y parejas masculinas cuyo vínculo se generó en algún momento de la vida. Las estrategias de resistencia son individuales y colectivas, a partir del establecimiento de vínculos comunitarios con otras mujeres y la evitación de los perpetradores.
#03303 |
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A PARTIR DA CONCEPÇÃO DAS MULHERES ATENDIDAS PELO NÚCLEO MARIA DA PENHA (NUMAPE) NA CIDADE DE PARANAVAÍ, NO ESTADO DO PARANÁ/BRASIL
Maria Inez Barboza marques1
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Adriele de Souza da Silva
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1 - Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Fundação Araucária do Paraná.2 - Núcleo Maria da Penha (NUMAPE/UNESPAR). Unidade Gestura do Fundo (UGF) - Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
O presente resumo tem como objeto “a concepção das mulheres atendidas pelo Núcleo Maria da Penha (NUMAPE) sobre a violência doméstica”. O NUMAPE é um projeto de extensão, que se encontra em funcionamento na Universidade Estadual do Paraná, na cidade de Paranavaí, no estado do Paraná, no Brasil. A partir do objeto, foi estabelecido como objetivo geral: compreender a concepção das mulheres atendidas pelo Núcleo Maria da Penha (NUMAPE) sobre a violência doméstica. Foram realizadas entrevistas com questões semiestruturadas, organizadas em três eixos de análise: O que é violência doméstica? O que leva as mulheres a sofrerem violência doméstica? O que levou você a sofrer violência? Esses eixos possibilitaram apreender a concepção de três mulheres entrevistadas sobre o objeto pesquisado. A pesquisa foi de natureza essencialmente qualitativa. A discussão pautou-se na violência doméstica e familiar contra as mulheres a partir dos atendimentos realizados com as mulheres entre 2018 e 2019, sendo que elas expressaram a sua concepção sobre a violência doméstica, fenômeno este que vem se evidenciando como um desafio para as políticas públicas no contexto da violência estrutural originada no sistema de opressão patriarcal e de exploração capitalista. Os resultados evidenciaram que as hipóteses inicias, de que a violência sofrida pelas mulheres estaria ligada a condição econômica, faixa etária e uso de substâncias psicoativas não foram confirmadas na íntegra. As entrevistadas deixaram claro que esses não são elementos definidores, tendo em vista que a violência cometida por seus algozes está relacionada à violência estrutural que não tem fronteiras, e atinge mulheres do mundo todo em contextos sociais diversos. Ressalta-se que há uma legitimação da violência contra as mulheres justamente pelo modo como a sociedade está estruturada, o que significa que as mulheres não devem ser culpabilizadas, pois a legitimação é consequência das desiguais relações de poder entre os gêneros (masculino e feminino), decorrentes do patriarcado, que acabam naturalizando a violência sofrida. Compreende-se, portanto, que a violência de gênero (que consequentemente origina a violência contra mulheres), é resultado de relações desiguais e hierárquicas, que tem na sua essência a dominação masculina aliada a outros elementos como o machismo, sexismo, misoginia, entre outros, que a legitimam. Conforme apresentado por Moro (2009) a violência de gênero tem por base uma ordem social androcêntrica, caracterizada por relações de dominação, exploração, hierárquicas e discrepantes. As mulheres estão mais propensas a sofrer violência de gênero, independente da condição econômica, social, política, cultural, étnico-racial e geracional. Esse é um grande desafio para a sociedade no mundo, em pleno século XXI.
#03370 |
A guerra das mulheres: uma análise generificada da violência infraestrutural na Palestina
Pensar a Palestina, tradicionalmente, significa pensar em guerra e terrorismo. De forma interdisciplinar, a questão Palestina tem sido analisada a partir de suas irrupções de violência e da forma como estas produzem a guerra. Ainda, são pautados os efeitos disso na política e na sociabilidade israelense e palestina ao longo de quase oito décadas, tendo como temas centrais a militarização e o fluxo de refugiados produzidos. Já pensar mulheres na Palestina se traduz usualmente em pensar resistências e os atravessamentos que o conflito produz. Os principais trabalhos de campo são centrados na análise da vida de mulheres refugiadas, na forma como o medo afeta a vida cotidiana e nas resistências, armadas ou não, destas mulheres. Na literatura de guerra há uma lacuna em pensar a forma como esta se traduz no cotidiano e na construção de políticas públicas e das cidades palestinas. Sendo um conflito de décadas se entremeou na vida e se confundiu com a própria constituição do Estado palestino, que teve a sua infraestrutura construida em uma imbricação da colonização de Israel e auxílios de instituições internacionais, como o Banco Mundial. Nesse sentido, a guerra na Palestina é analisada a partir da sua forma enquanto estado de excessão, não de seu cotidiano. Os outros trabalhos que tratam sobre mulheres, gênero e a questão Palestina fazem uma importante análise dos impactos do conflito sobre a vida das mulheres, mas possuem pouco diálogo com os estudos citados anteriormente.Considerando essa lacuna de pesquisa proponho analisar a violência infraestrutural em uma perspectiva generificada, observando o conflito a partir da sua tradução nas infraestruturas de guerra que afetam diretamente a vida de mulheres. Partindo de uma análise sobre a vida cotidiana de três mulheres em Ramallah, Palestina, e produzindo um diálogo entre o debate sobre infraestrutura (Anand, 2017; Larkin, 2020; Von Schnitzler, 2016; Pierobon, 2021) e violência (Das, 2007; 2004; Das & Poole, 2004; Cavalcanti, 2008) observo que o conflito diluiu a sua situação de excessão em infraestruturas, que só poderiam ser observadas como algo central na questão palestina a partir da fala de mulheres. Isso porque essa forma de violência tem a sua invisibilidade como um princípio, ela é escondida, entremeada em canos, redes de esgoto, elétrica, rodovias e postos de controle. Em sua grande maioria, essa violência faz parte do ambiente doméstico, não é espetacular, não chama atenção da mídia e é muitas vezes percebida como um problema relacionado à pobreza e não necessariamente à guerra. Nesse sentido, a partir de uma perspectiva generificada das infraestruturas é possível observar violências que são construídas para não serem vistas e para desmobilizar todo um grupo social.
#03508 |
Y ¿Quién me va a creer? : Experiencias y resistencias ante la violencia de género de jóvenes universitarias
Se presente una investigación realizada en Chile, que aborda violencia de género en la juventud universitaria chilena. Desde una óptica feminista se indaga en la prevalencia de violencia contra las mujeres y en los valores patriarcales que la sustentan. Los hallazgos preliminares señalan la alta prevalencia de violencia en relaciones de pareja (pasadas o presentes) tales como que del total de la muestra (n:725) más del 30 % indicó que al menos alguna vez alguna pareja (o ex) le ha amenazado con hacerse daño o suicidarse si no accede a sus peticiones. Este dato es altamente relevante, dado que la estrategia de los agresores de autoinfligirse daño es una práctica documentada en los estudios en el área pues así se ubica la atención en las acciones que puede o no realizar la víctima como una manera de responsabilizarla de la agresión. A nivel de violencia física y sexual, aproximadamente el 28 %indicó que alguna pareja o expareja la ha abofeteado o tirado algún objeto con el fin de hacerle daño y prácticamente el 30 % destacó que ha sido obligada a mantener relaciones sexuales cuando no quería. A estos datos se suman los hallazgos revelados por la realización de más de una veintena de entrevistas semiestructuradas a jóvenes universitarias chilenas que han vivenciado este tipo de violencia. Para ello, por medio de una metodología cualitativa y la realización de 21 entrevistas semiestructuradas, se profundizó en las diversas manifestaciones de este tipo de violencia y, además, se analizaron las repercusiones emocionales que conlleva ser supervivientes de agresiones machistas. También, se visibilizan las trayectorias y dificultades que las jóvenes deben enfrentar para conseguir finalizar las relaciones de pareja en las que han vivenciados múltiples malos tratos. Por otra parte, se exploraron la incidencia de las redes de apoyo formales e informales con las que cuentan las jóvenes y los diversos niveles de confianza que estas proyectan. De manera preeminente, destacan aquellas redes que, desde dentro de los espacios educativos, fomentan la agencia y autonomía de las estudiantes y las impulsan a abandonar las relaciones con los agresores. Consecuentemente, las experiencias recogidas visibilizan el papel ineludible que cabe a las instituciones de educación superior en la lucha contra la violencia de género.El análisis de este estudio, integra el enfoque interseccional, pues comprende que en los diversos colectivos de mujeres se imbrican distintas desigualdades, en un complejo entramado de conexión entre las dimensiones estructurales de la violencia de género con ejes particulares según contextos; en este caso, de mujeres jóvenes latinoamericanas.
#04694 |
VIOLENCIA DE GÈNERO: SITUACIONES EXPERIMENTADAS POR ESTUDIANTES UNIVERSITÀRIOS EN BRASIL.
Las universidades latinoamericanas no son espacios ajenos a la reproducción de las relaciones de poder, vislumbrando prácticas violentas ejercidas dentro y alrededor de ellas. Así, se delinean algunos abordajes teóricos que describen su existencia y reproducción: 1) Las estructuras de poder que posicionan a los hombres en una relación de superioridad frente a las mujeres, 2) la tolerancia y naturalización de la violencia, su hostilidad hacia las víctimas y 3) la presencia de estereotipos sexistas. Este estudio tuvo como objetivo describir las diversas situaciones de violencia de género y acoso, experimentadas en el contexto universitario y/o ejercidas por parte de la comunidad universitaria. El estudio es de carácter cuantitativo, descriptivo y transversal. La recolección de datos estaba estipulada de manera presencial, cuestión que cambió la modalidad remota debido al contexto de urgencia sanitaria de Covid-19. Los instrumentos utilizados fueron: i) Formulario de caracterización de las participantes en Google Form; y ii) Formulario de victimización en ambiente universitario. Participaron 29 estudiantes de graduación y post graduación, con edades comprendidas entre 18 a 38 años (M=24,2; DP=4,36). Los datos obtenidos permitieron verificar una mayor frecuencia de violencia sexual (recibir besos y caricias sin consentimiento), violencia moral (comentarios sexistas) y psicológica; las cuales, de acuerdo con sus participantes, estaban relacionadas por la jerarquía (entre agresor y víctima), los hábitos/estilo de vida, características físicas e identidad de género de la víctima. Casi la mitad de los episodios reportados (42,2%) ocurrieron dentro del campus universitario y la mayoría de las participantes (65%) vivió más de tres episodios. Una de las principales manifestaciones de violencia en las universidades es aquella enlazada al género, por tanto, cuestionar las relaciones desde esa categoría, implica que sean ampliamente debatidas, involucrando en su desarrollo a las instituciones de educación superior. Los estereotipos de género en ese sentido, contribuyen a la perpetuación de la violencia y las desigualdades de género, por ejemplo dentro de la sala de aula las estudiantes deben lidiar en varias ocasiones con comentarios o bromas sexistas que afirman la menor capacidad intelectual y técnica de ellas solo por el hecho de ser mujeres. De esta manera, es importante que las instituciones de educación aborden dicho fenómeno y formulen e implementen acciones afirmativas que inhiban y prevengan estos comportamientos.