Resumen de la Ponencia:
A presente reflexão problematiza o uso de aplicativos de autocadastramento para acesso a programas sociais do Governo Federal brasileiro, enquanto estratégia gerencial que toma vulto no campo da política de assistência social, sobretudo, no cenário de crise sanitária inaugurada pelo novo Coronavírus, o qual passa a fazer parte da realidade de todo o mundo a partir do ano de 2020. O estudo é resultado ainda parcial da pesquisa em andamento em nível de doutoramento, na Escola de Serviço Social da UFRJ iniciado em 2019, o qual se debruça sobre o uso intensificado de novas tecnologias na seguridade social brasileira, denotando uma forte tendência de nova roupagem ao controle, a moralização, a manipulação, fiscalização potencializando e organizando estratégias servis à dominação. Partimos do suposto de que esse atual modelo plataformizado aprofundado na intervenção do Estado no contexto de grave crise sanitária, social e econômica, traz em seu bojo uma racionalidade instrumental autoritária, negligenciadora das severas barreiras tecnológicas existentes no país, responsabilizando sujeitos por seu fracasso, alimentando ainda, a recursiva narrativa do esforço individual, assim, mistificando o real, ora ocultado sob o discurso da eficiência e de um acesso mais democrático. Neste enlace, sob o julgo modernizador se afiançam tendências regressivas que se encaminham fragilizando a política social e fortalecendo a tônica neoliberal a quem pouco importa barreiras de acesso, o potencial e bom uso da inteligência que portam os dados colhidos nestes aplicativos para a formulação de políticas públicas, quiçá a priorização de acesso a direitos, tratados neste meandro sem pactuação com gestores locais e de modo bastante opaco. As reflexões aqui realizadas recorrem à tradição marxista por meio de pesquisa bibliográfica e análise documental, onde se percebe uma clara modernização conservadora, cujos elementos nem sempre explícitos determinam requisições constrangedoras, acríticas apoiadas em modernas tecnologias, cuja aderência ingênua se afirma protagonizando intervenções servis a moralização, controle e modulações que se dão atravessadas por interesses dominantes interessados em manter a submissão de uma classe pela outra.Resumen de la Ponencia:
ATTUAÇÃO DO ESTADO NA CONDUTA DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO GT04: Estado, Legitimidade , Governança e Democracia Autor: Luísa Amanda Oliveira de SousaNa cidade de São Luís, Maranhão, Brasil, há conflitos causados pela forma como têm sido orientada a política habitacional (LIMA, 2009), onde se percebe que a posição do poder público está vinculada aos interesses do capital financeiro mundial e da economia neoliberal, através, localmente, do repasse do controle da expansão urbana para o setor imobiliário. A Comunidade do Maracanã, zona rural da cidade, vem sendo incorporada por empreendimentos imobiliários, por meio da construção de quatro conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) que têm reconfigurado o espaço. Nesse sentido, o objetivo do estudo é refletir sobre a atuação do Estado no processo de expansão urbana em relação às políticas habitacionais no contexto do PMCMV. A metodologia é baseada no modelo teórico de Walter Mignolo (2003), que consiste na estratégia de ouvir os discursos que produzem mudanças. A formação do Maracanã se dá no final do século XIX e apresenta uma rica diversidade de recursos naturais e culturais, dentre os quais se destacam os juçarais, bem como a Festa da Juçara que ocorre sempre no auge da colheita da juçara (MORAES, 2017). A partir da ameaça de degradação ambiental que o Maracanã sofria com as ações antrópicas, devido ao crescimento do Parque Industrial de São Luís, o governo estadual, por meio do Decreto Estadual 12.103 de outubro de 1991, criou a Área de Proteção Ambiental do Maracanã - APA (MARANHÃO, 1991). Com a instalação dos conjuntos PMCMV, visando maiores lucros e obtenção de maior rentabilidade, o poder público municipal o encaminhou à iniciativa privada, que fez a compra de terrenos mais baratos, localizados na zona rural da cidade. Segundo Castells (1983), o espaço urbano é construído sobre uma ideologia desenvolvimentista desigual, provocando o fortalecimento do neoliberalismo a partir do Estado, na forma de planejamento e gestão de acordo com o padrão de mercado. Desde então, o Maracanã vem sofrendo impactos socioambientais, como a devastação de florestas, a morte dos recursos hídricos, que agridem principalmente os juçarais, que são a principal fonte de renda e economia do Maracanã, impossibilitando o consumo água e peixes. Nessa conformação neodesenvolvimentista no contexto do PMCMV, o Estado determina o “preço social” e garante a demanda, tornando-a mais atrativa para a produção mais cara das piores terras. (GUERREIRO, 2017). Portanto, conclui-se que, a implantação do PMCMV no Maracanã, causou impactos para os antigos moradores, gerando transtornos de ordem política e ambiental. Diante disso, o Estado não vem garantindo as demandas desse grupo, tendendo a assegurar os interesses da parceria público-privada, baseada na expansão imobiliária voltada para o setor produtivo e o capital financeiro mundial.Resumen de la Ponencia:
En este trabajo se aborda la cuestión de la salud como eje central de la gubernamentalidad en las sociedades modernas occidentales, para ello se tomará como punto de partida El nacimiento de la medicina social, una conferencia que Michel Foucault dictó en Brasil en 1974, donde desarrolló la noción de biopolítica incluso antes de la publicación de La voluntad de saber, el primer tomo del proyecto Historia de la sexualidad, única aparición de este concepto clave en un libro publicado en vida por el autor. En este sentido se realizará un análisis de los textos donde el autor aborda la política de la salud como estrategia biopolítica surgida a partir del siglo XVIII, junto con el origen de la medicina clínica moderna gestionada por las autoridades del Estado. La manifestación hiperbólica de esta política de la salud se ha manifestado de forma global a partir de la pandemia de covid-19 donde los Estados afrontaron la decisión política de cómo encarar la crisis sanitaria.Resumen de la Ponencia:
Governança tem sido termo e conceito chave na condução da gestão pública e das políticas públicas nas últimas décadas. Após os processos de redemocratização nos países latino-americanos, houve uma série de reformas do setor público e do Estado ainda na década de 1980, que levou à implementação de políticas inspiradas nos princípios neoliberais e da Nova Gestão Pública como modelo de gestão. A partir da crise de legitimidade do Estado, a governança cresce nos governos como forma de aprimorar o funcionamento estatal com a justificativa de promoção do desenvolvimento. As diretrizes de governança utilizadas no contexto latino-americano geralmente são oriundas de consultas a documentos de organismos internacionais. Esses propõem modelos de governança pouco flexíveis, baseados em hierarquia e que atendem a uma lógica da agenda de governança global (entendida como uma maneira global de entregar governança aos países, como uma estrutura baseada em princípios e normas). Essa lógica reproduz uma antiga relação de poder que os estudos pós-coloniais apontam como uma nova forma de imperialismo. As instituições latino-americanas tendem a se vincular aos propósitos das organizações internacionais como forma de fazer parte da liga das nações desenvolvidas, entre outras razões. Assim, a partir do discurso de promoção do desenvolvimento e da melhoria da performance da gestão, há um alinhamento dos governos às diretrizes e princípios de governança dos organismos internacionais, o que faz com que a lógica da avaliação e do monitoramento dêem espaço e protagonismo para os órgãos de controle.Nesta pesquisa, em uma abordagem crítica-analítica, analisamos quais são as diretrizes de governança criadas por organismos internacionais e como são apresentadas à América Latina, considerando suas influências no processo de tomada de decisões dos governos latino-americanos. A investigação se volta a três organismos internacionais: o Banco Mundial; a Organização das Nações Unidas; e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.Resumen de la Ponencia:
O Brasil, ainda está longe de alcançar a universalização dos serviços de saneamento básico. Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB, 2019), seriam necessários R$ 373 bilhões, entre 2019 e 2033 (R$ 25 bi/ano), para alcançar a meta a tempo do que foi estabelecido no Plano. Com os baixos níveis de investimento, também com a mudança de perspectiva de governo e, consequentemente, de agenda pública, o Brasil passou por um processo de ruptura e instauração de um novo marco legal do saneamento básico no País, o qual dá maior possibilidade de investimentos do setor privado para o serviço, representado pela Lei 14.026/2020. Há intensos debates acerca dessa política. De um lado, o argumento principal é de que o novo marco trará mais investidores e proporcionará descentralização de gestão que estariam concentradas no Estado. Do outro, discute-se o perigo à privatização da água no Brasil, do fim de políticas como o subsídio cruzado e o aumento dos preços do serviço. Dentro desta dualidade, este trabalho objetiva analisar a implementação da Lei 14.026/2020, através, especificamente, do processo de Leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do estado do Rio de Janeiro (CEDAE-RJ). O caso foi chamado, pelos apoiadores da Lei 14.026, como a “joia da coroa” do Ministro da Economia Paulo Guedes, por se tratar de um primeiro grande passo dentro do pacote de privatizações desejadas pelo governo Bolsonaro. Assim, a partir da abordagem do Neoinstitucionalismo, esta pesquisa divide-se em três partes: Na primeira, discute-se a promulgação da Lei 11.445/2007, marco legal substituidor do PLANASA, sua constituição e seus princípios; a constituição dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) e a perspectiva de metas das ações para universalização dos serviços. Na segunda parte, discutimos o enfraquecimento da visão pública às ações da Política de Saneamento Básico, as discussões quanto a insuficiência do Estado brasileiro no papel de liderança e investimento no setor e a chegada do novo marco legal do saneamento básico no Brasil: a Lei 14.026/2020, marcado por polêmicas e controvérsias no seu processo de instauração. E na terceira e última parte, detalha-se o primeiro grande momento de implementação do novo marco: o leilão da CEDAE-RJ também chamado como a “Joia da coroa” do ministro Paulo Guedes, apontando suas principais controvérsias e se foi totalmente de acordo com o que foi estabelecido no novo marco legal.Resumen de la Ponencia:
O presente artigo tem como objetivo analisar a racionalidade neoliberal a partir da ideia de um Estado fiador do mercado, enquanto forma utilizada para definição das vidas rentabilizáveis e das vidas falidas. Para isso, examinará a linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), bem como o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, ambos do governo brasileiro.A racionalidade neoliberal constituída por uma governamentalidade, atravessada por teorias científicas e modelos econômicos, organiza uma normatividade que hierarquiza em nome da fortificação do mercado. O mercado, enquanto matéria suprema, serve como referência peremptória na definição de quais vidas podem ser negociadas e quais podem ser eliminadas. O problema do neoliberalismo é compor uma forma de regulação do poder político global parametrizada nos princípios fundamentais da economia de mercado. “Não se trata, portanto, de liberar um espaço vazio, mas de relacionar, de referir, de projetar numa arte geral de governar os princípios formais de uma economia de mercado” (FOUCAULT, 2008, p. 181). Isso quer dizer que o neoliberalismo é uma arte de governar baseada em uma vigilância permanente, um Estado incisivo na regulação perfeita à concorrência desejada pelos neoliberais, em que os indivíduos devem ter liberdade de escolher, daí a ojeriza produzida em relação aos direitos sociais como se fossem restritivos e limitadores da autonomia individual. No neoliberalismo, a cidadania é dada pelo consumo.No que se refere à governamentalidade neoliberal, a intervenção desse modelo de gestão da vida se dá em todos os espaços da sociedade, por meio de seu principal regulador, o mercado. Ao contrário de uma relação que se quer separada do Estado, independente, o mercado no neoliberalismo se traduz como a única modulação possível na regência tanto das práticas governamentais, quanto de outras esferas da vida social. O conjunto de medidas financeiras adotadas pelo governo federal brasileiro para conter a crise, agravada pela pandemia da COVID-19, fortalece o mercado financeiro, aposta na prorrogação do pagamento de dívidas e no aumento do crédito para segurar a economia. Passados dois anos da instituição daqueles programas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic para 11,75%. Desse modo, degradou ainda mais as condições daqueles que se socorreram nos programas acima, endividaram-se e agravaram ainda mais as suas dificuldades financeiras, ao mesmo tempo em que os bancos tiveram lucro recorde no pior ano da pandemia.Resumen de la Ponencia:
O objetivo desse trabalho é discutir a seguridade social, particularmente as políticas de previdência e da assistência social, no contexto de uma crise sócio econômica e política, a partir do golpe institucional no país, ocorrido em 2016 e que se intensifica com ascensão de um governo de extrema direita desde 2018. Referida A Seguridade Social no Brasil no contexto da crise sócio econômica e política agrura se coloca em um quadro estrutural de crise do sistema capitalista internacional e tem como alvo as contrarreformas trabalhistas e as políticas sociais, acirrada com ajustes de austeridade ultraneoliberais. Acrescida a essa crise se soma a pandemia da Covid – 19, a partir de março de 2020. É nesse cenário que discutiremos as contrarreformas da previdência social, principalmente a que ocorreu em 2019, que significam a destruição da previdência social pública; e a precariedade da política de assistência social no enfrentamento das consequências da pandemia – Covid -19. Elegemos como categorias de análises: A configuração do Estado brasileiro na conjuntura de 2016- 2022: Contrarreformas da previdência social versus impactos na população brasileira; A política de assistência social versus a Covid- 19. Nesse sentido, destacamos a degradação da democracia brasileira, cujos valores contidos na carta Constitucional de 1988, vêm sendo vilipendiados de forma sistemática e contrapostos a outros, de cariz neofascistas religioso incompatíveis com a sociabilidade humana. A pobreza se alastra e face aos altos índices de inflação os preços dos produtos básicos de alimentação crescem impactando a sobrevivência de grande parte de população. As florestas estão sendo depredadas com grandes áreas sendo desmatadas, sob a força de Decretos-Leis que objetivam atender demandas capitalistas de extração das suas riquezas e desrespeito aos seus habitantes originais. As políticas sociais são penalizadas com redução dos seus orçamentos e, sobretudo à Política de Assistência Social, configurada historicamente, como uma prática da caridade impõe-se o resgate dessa concepção sucateando-a e relegando-a ao exercício da solidariedade, beneficência e filantropia descaracterizando, assim, o perfil de Política Pública determinado pela constituição de 1988. A metodologia do trabalho está baseada em uma pesquisa bibliográfica e documental. Temos como hipótese norteadora que os ajustes de austeridade com as contrarreformas nas políticas sociais numa conjuntura de crise do sistema capitalista, agravado pela pandemia da Covid-19 tem concorrido para o aumento da desigualdade social e da extrema pobreza em um país estruturalmente desigual. Esperamos contribuir para reflexão de pesquisadores na área social e política, e ao mesmo tempo possibilitar que outros estudos e pesquisas aprofundem os limites desse artigo.Resumen de la Ponencia:
O objetivo central deste trabalho é discutir o quanto a Justiça de Transição no Brasil foi falsa e ineficaz na garantia do Direito à Memória e à Verdade, dando margem ao discurso de negação dos Direitos Humanos e desrespeito ao Estado Democrático de Direito. Nessa perspectiva, será realizada uma análise do discurso de Jair Messias Bolsonaro, que ganhará visibilidade sobre suas falsidades que consolidam esse discurso perante a sociedade brasileira, principalmente, na exibição de seu voto de não impeachment de Dilma Rousseff, discurso que será fortalecido durante o período eleitoral No ano de 2018, que foi eleito para o cargo de Presidente da República Federativa do Brasil. A pesquisa utiliza um referencial teórico com foco em Direitos Humanos, Ciência Política, História, discursos midiáticos e o ordenamento jurídico nacional. O artigo concluiu que o destino de um político eleito democraticamente para promover ofensas à Democracia e Direitos Humanos na Câmara do Povo e posteriormente ser eleito presidente com os mesmos argumentos refletidos em dois discursos veiculados na sociedade brasileira durante o período ditatorial entre os anos de 1964 e 1985 , demonstrando que o processo de transição no País não garante que seja efetivado diretamente na Memória e na Verdade, desencadeando, também, diversos problemas não resolvidos na estrutura social do País. Palavras-chave: Justiça de Transição; Ditadura Militar Brasileira; direitos humanos; Democracia; Análise do discurso.Resumen de la Ponencia:
Pensar el tema del Estado fallido, a la luz de los datos, implica pensar su actuación en muchos contextos, además permite discurrir no solo el campo del poder y su construcción conceptual, sino anclarlo a la realidad social, para hacer notar una explicación que pueda ayudar a redefinir su posición y nivel de compromiso, así como para ubicar a nuestro país en el nivel de compromiso con el desarrollo y seguridad tanto social como jurídica. En este sentido, nuestra reflexión plantea en primer momento el escenario de responsabilidad del Estado y su papel en el desarrollo y la justicia social, como una de sus principales responsabilidades, después exponemos que se entiende por Estado fallido y las características que lo describen, para finalmente responder si México es un Estado fallido. PALABRAS CLAVEEstado, desarrollo, violencia, criminalidad, sociedad.Resumen de la Ponencia:
En este trabajo se analizan las organizaciones agrarias ante el conflicto de 2008 en dos localidades del sudoeste bonaerense. A partir del análisis de la prensa gráfica local, se analizan las organizaciones agrarias, considerando sus portavoces, sus repertorios de protesta y las relaciones con otros actores. Los portavoces de estas organizaciones se distinguen entre autoconvocados y ruralistas. Los primeros son portavoces de grupos de productores que surgieron al calor del conflicto (en el marco de la Resolución 125 sobre el aumento de retenciones), y los segundos son autoridades de la Sociedad Rural de ambas localidades. Estas últimas pertenecen a CARBAP, que a su vez pertenece a CRA, una de las cuatro entidades de la Mesa de Enlace. En diálogo con la literatura y a partir del análisis de la prensa gráfica local, los protagonistas en estas localidades no solo fueron los autoconvocados, sino también las sociedades rurales locales, evidenciándose diferencias entre ambas localidades: en una localidad los autoconvocados desbordaron el mapa institucional gremial local, pero en la otra localidad los ruralistas organizaron y canalizaron la protesta. En línea con la construcción de hegemonía de las asociaciones profesionales que no se limita a la gimnasia corporativa, las organizaciones locales desplegaron repertorios de protesta en los cortes de ruta y al interior de las comunidades interviniendo como actores locales.
Introducción:
Este trabajo propone un análisis de las organizaciones agrarias ante el conflicto de 2008 (Balsa y Liaudat, 2019) en dos localidades del sudoeste bonaerense. Sin desconocer la articulación mediática y social (Vommaro, 2010) y considerando la relevancia de las localidades de la región pampeana (Giarracca y Teubal, 2010), aquí se focaliza en los productores agropecuarios protagonistas de los cortes de ruta, que tuvieron la capacidad de movilizar a otros productores y vecinos (Gras, 2010).
Los partidos de estas agrociudades (Albaladejo, 2013) del sudoeste bonaerense tienen una menor rentabilidad agraria comparada con el núcleo pampeano, en donde se implanta menos soja y más trigo en comparación con el total bonaerense (Censo Nacional Agropecuario, INDEC, 2002, 2018), aunque también están atravesadas por la agriculturización (Gras, 2012, p. 466). Además, tienen diferencias relevantes para su análisis en clave comparativa: indicadores sociolaborales favorables a la localidad A (Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas, INDEC, 2010); y diferencias en los regímenes de tenencia de la superficie agropecuaria: en el partido de la localidad A, en comparación con el partido de la localidad B, hay menos propietarios personas físicas (y más sociedades anónimas y sociedades de hecho), y un mayor tamaño promedio de las explotaciones agropecuarias (Censo Nacional Agropecuario, INDEC, 2002, 2018).
En diálogo con los estudios sobre pueblos sojeros (Gras y Bidaseca, 2010), este trabajo comparte la hipótesis sobre la relevancia política, económica y social del “campo” en la configuración histórica de estas agrociudades, aunque con una progresiva complejización social. Desde esta hipótesis del “campo” como horizonte de sentido, aquí se propone un matiz en base al análisis de las organizaciones agrarias en 2008 que implica diferenciar la hegemonía ruralista de la localidad A de la impronta de los autoconvocados de la localidad B.
Si bien la categoría “campo” es empleada por los medios de comunicación (Cremonte, 2010), también es una autoidentificación de las organizaciones de productores instalándose como un actor político al activar sus fronteras externas y desplazar sus diferencias en la estructura agraria (Gras, 2011, pp. 58-61), considerando los procesos sociohistóricos de largo plazo –la hegemonía del agronegocio (Gras y Hernández, 2016) y el fenómeno del rentismo (Balsa y López Castro, 2011)– que hicieron menos nítidas las fronteras internas del sector (Gras, 2011, p. 56).
En este marco, durante el conflicto de 2008 los diarios de estas localidades funcionaron como verdaderos espacios sociales de manifestación de diferentes actores. No obstante, aquí solo se analizan las organizaciones agrarias locales (mediante solicitadas, cartas de lectores, entrevistas y notas informativas) que se distinguen entre autoconvocados y ruralistas. Los primeros son portavoces de “grupos de productores autoconvocados que surgieron a lo largo del conflicto” (Gras, 2010, p. 281), y los segundos son autoridades de la Sociedad Rural de cada localidad. Estas sociedades rurales pertenecen a la Confederación de Asociaciones Rurales de Buenos Aires y La Pampa (CARBAP) –que a su vez pertenece a la CRA, integrante de la Mesa de Enlace– creada en 1936, inicialmente conformada por antiguos socios de la Sociedad Rural Argentina (Gras, 2012, pp. 469-470). Sin embargo, los autoconvocados pueden también pertenecer a alguna de las entidades del sector (Gras, 2010, p. 297).
En función de este problema, se analizan las organizaciones agrarias considerando quiénes se erigen como sus portavoces, cuáles son sus repertorios de protesta y cómo se relacionan con otros actores (la Mesa de Enlace y los partidos locales). Este abordaje permite comprender, por un lado, diferentes modalidades de conformación de las organizaciones agrarias en relación con las particularidades locales y, por otro, cómo las organizaciones se constituyen en límites porosos tanto entre los productores autoconvocados y las entidades agrarias como entre estas y los partidos políticos. En este sentido, este trabajo no se interesa por realizar un análisis ideológico, sino en analizar los modos de organización de las organizaciones agrarias. En virtud de ello, aquí se aboga por una noción amplia de organización política en diálogo con la relación circular de la representación (Bourdieu, 1981, 2000[1984]) y las fronteras difusas de los entornos partidarios (Sawicki, 2011), pero para el abordaje de las organizaciones agrarias. Se entiende que el portavoz representa al grupo que, a su vez, contribuye a producir por el acto de representación legítimamente reconocido (Bourdieu, 1981) y, a su vez, esta organización “descansa en redes relacionales que se entrecruzan, que son basadas en valores o intereses compartidos, y alimentadas mediante interacciones en diversos lugares de sociabilidad” (Sawicki, 2011, p. 43). Por lo tanto, y justamente porque durante el conflicto se constituyen grupos de autoconvocados (Gras, 2010, 2011) que se relacionan con (y se diferencian de) las entidades tradicionales, en este trabajo se emplea una noción amplia de organización agraria, teniendo presente que son organizaciones con intereses materiales –que no resultan de un mero reflejo del sistema productivo– (Gras, 2012, p. 462) orientadas a incidir en las decisiones públicas (Gras, 2012; Solís Delgadillo, 2017) y pueden buscar traducir el capital económico en capital político (Gras, 2012, p. 485).
En lo que sigue, primero se analizan las organizaciones agrarias de cada ciudad focalizando en los portavoces y los modos de organización de la protesta, y luego se analizan las relaciones de las organizaciones agrarias con los partidos locales. A la luz de los hallazgos presentados, se proponen una serie de reflexiones finales. Cabe aclarar que se han modificado los nombres de las localidades, así como los nombres de las personas y las fuentes. Asimismo, en la escritura se emplea el masculino cuando no sepa eludirlo sin repetición.
Desarrollo:
Los repertorios de protesta de las organizaciones agrarias
En ambas localidades los productores agropecuarios se instalan en las rotondas y organizan los cortes de ruta con mayor o menor grado de prohibición de circulación en distintas etapas del conflicto. Además, en línea con “la búsqueda de construcción de consensos y de legitimación de las demandas sectoriales” (Gras, 2011, p. 50), se produce una ampliación de los repertorios de protesta: se organizan “tractorazos”, “cacerolazos” y “bocinazos” al interior de las ciudades, se realizan actos y asambleas en las plazas céntricas acompañados por paros de la Cámara de Comercio con cierre de comercios, se juntan firmas para tratar las retenciones en el Congreso, se realizan actos y reuniones con los concejales para que adhieran al reclamo, se difunden folletos explicativos y se realizan misas católicas y encuentros interreligiosos en las rotondas.
Sin embargo, más allá de esta ampliación de repertorios, el epicentro de la protesta fueron los cortes de ruta en las rotondas. A continuación, se analizan entonces los distintos modos de organización de las organizaciones agrarias de ambas localidades.
El desborde institucional de los autoconvocados de la localidad B
En la localidad B, en línea con el desborde del mapa institucional gremial (Gras, 2010, 2011), la movilización de los productores toma por sorpresa a la Sociedad Rural local. En este sentido, el presidente de la Sociedad Rural de la localidad B manifiesta su incertidumbre: “la dirigencia está muy desorientada sobre los pasos a seguir, tampoco queremos hacer un deporte de los paros y de las movilizaciones para no molestar a la gente, además nosotros estamos acostumbrados a trabajar, no a quejarnos” (Diario localidad B, 17/03/2008, p. 2), y se sorprende por el grado de adhesión de la protesta: “las bases están superando a los dirigentes” (Diario localidad B, 25/03/2008, p. 2). Este desborde también se observa en el lugar en donde se reúnen los productores de la localidad B para organizar la protesta, una institución no ruralista, a diferencia –como se verá– de los productores de la localidad A. De este modo, para el presidente ruralista “esta reunión es convocada por los productores autoconvocados, quienes nos invitaron a participar, y este tipo de reuniones nosotros las apoyamos totalmente para escuchar un poco el corazón de la comunidad” (Diario localidad B, 21/04/2008, p. 2).
Además, durante una de las etapas de suspensión de los cortes de ruta a nivel nacional, en la localidad B se produce un desacople en las modalidades del corte desconociendo la decisión de la Mesa de Enlace. No solo continúa el corte, sino que se profundiza al detener por momentos a todo tipo de transportes de carga (Diario localidad B, 02/06/2008, p. 2). Como explica un productor autoconvocado:
Nosotros como autoconvocados vamos a seguir siendo lo suficientemente orgánicos como para apoyar a las entidades, y lo suficientemente disidentes como para empujarlos cuando ellos patinen; es por ello que decidimos hacerle caso con algo normal y lógico, como es el paso de la carne, no así con la postura de estar al lado del camino. (…) Vamos a seguir cortando el tránsito de los camiones para verificar la carga porque somos la última línea de defensa (Diario localidad B, 19/05/2008, p. 3).
En este sentido, como explica Gras (2010), los autoconvocados entienden sus acciones como legitimación de la protesta para fortalecer la negociación, pero también como presión sobre la propia Mesa de Enlace (p. 297). Y así lo expresa un autoconvocado de la localidad B: “la idea del autoconvocado, más que salir a protestarle a Cristina, fue salir a protestarle a las entidades. (…) Creo que salimos más a presionar a las entidades que al mismo gobierno” (Sergio en Diario localidad B, 23/06/2008, p. 9).
Ahora bien, las organizaciones de la localidad B no están exentas de las tensiones sobre su institucionalización, esto es, las discusiones sobre si “involucrarse activamente en las entidades para desde allí (‘desde adentro’) cambiar dirigentes, funcionamientos internos, etc., o bien pugnar por la construcción de una nueva entidad” (Gras, 2010, pp. 305-306). En el marco del conflicto, la Sociedad Rural de la localidad B realiza una asamblea para renovar cargos “con una participación inédita” en donde varios de los productores autoconvocados son electos para integrar la Comisión Directiva. Si bien el presidente ruralista renovó el cargo, varios productores autoconvocados asumieron cargos, como los de Secretario, vocales y revisores de cuentas (Diario localidad B, 07/07/2008, p. 4).
A pesar de este indicio de institucionalización, los autoconvocados continuaron con sus acciones colectivas. De hecho, luego del rechazo de las retenciones en el Congreso se produce una serie de reconfiguraciones de los autoconvocados que señalan el desbordamiento del mapa institucional. Ante una serie de iniciativas de los productores del distrito, como una reunión de “autoconvocados del distrito” (Diario localidad B, 11/08/2008, p. 6), la iniciativa de los autoconvocados de un pueblo vecino de formar una Sociedad Rural propia (Diario localidad B, 06/10/2008, p. 2) y la idea de los productores de otro pueblo vecino de crear una filial de la Federación Agraria (Diario localidad B, 06/10/2008, p. 3), el presidente ruralista los invita a participar: “hemos visto que los autoconvocados de los pueblos durante el período de protesta, han seguido en actividad, y nos gustaría invitarlos a que nombren delegados y participen en las reuniones de la Sociedad Rural” (Diario localidad B, 11/08/2008, p. 6). Estas iniciativas pueden pensarse como indicios de las tensiones y el dinamismo de las organizaciones agrarias de la localidad B. Como explica un productor de un pueblo vecino:
Al principio del conflicto venía gente de [pueblo C], luego nos dijeron los autoconvocados de [localidad B] que hacía falta más gente, por lo que comenzamos a reunirnos y organizamos para venir por turnos y rotarnos; ese contagio de participación que nos surgió a muchos, pensamos que lo teníamos que canalizar (Diario localidad B, 06/10/2008, p. 2).
De hecho, esta fluidez y “contagio” entre los autoconvocados también se observa en la variación de su autodenominación en las firmas de solicitadas y cartas de lectores.
En definitiva, si bien los autoconvocados se incorporan a la Sociedad Rural de la localidad B, fueron los grupos de autoconvocados quienes organizaron la protesta más allá de los repertorios tradicionales de los ruralistas, desbordando así el mapa institucional gremial local y generando modalidades de acción autónomas (Gras, 2010, 2011).
La hegemonía ruralista de la localidad A
Como explica Gras, en varias localidades bonaerenses se conformaron “grupos de Autoconvocados, que comenzaron a identificarse por el nombre de sus localidades y a establecer vínculos entre ellos a partir de la organización de asambleas” (2011, p. 51). Sin embargo, en la localidad A, a diferencia del desborde institucional de la localidad B, los productores agropecuarios en la rotonda conforman una comisión de enlace “integrada por dos miembros de la Sociedad Rural, tres productores independientes, dos de la Cooperativa [A], dos del rubro camioneros y representantes de dos acopiadoras que cada día se reúnen en asamblea para tratar las mociones que van surgiendo acerca de la mecánica del corte” (Diario localidad A, 31/03/2008, p. 2). Esta comisión es replicada con representantes de las mismas instituciones cada vez que se reinicia el conflicto. A diferencia de los autoconvocados de la localidad B, si bien la comisión de la rotonda de la localidad A se reúne periódicamente en asamblea para decidir las medidas de acción, las decisiones sobre a qué tipo de transporte impedir la circulación (cereal, ganado, alimentos) o sobre si levantar o no el corte, siempre se toman en sintonía con las decisiones de la Mesa de Enlace nacional. Así, según el presidente ruralista:
Desde la Sociedad Rural vamos a acatar el mandato propuesto por las cuatro entidades, intentamos seguir alineados a ellas y por eso pedimos la colaboración de los autoconvocados. (…) Tomaremos las resoluciones como lo veníamos haciendo en la protesta anterior, es decir, por asamblea y consenso de la Comisión de Enlace. Por parte de la Sociedad Rural, la idea es mantenernos unidos todos, que nadie se nos escape y haga algo por fuera de este círculo (Diario localidad A, 08/05/2008, p. 3).
Además, en los diferentes “cacerolazos” y “bocinazos” realizados por los “grupos autoconvocados” al interior de la ciudad se observa reiteradamente la autoridad ruralista en la organización de estas modalidades de protesta más allá del corte de ruta. Particularmente se destaca la figura del ruralista Mariano como organizador: “[Mariano] ordenó la protesta y señaló que todos debían seguir a una camioneta, que iban a marchar, a puro bocinazo” (Diario localidad A, 17/06/2008, p. 2). La portavoz de Mariano de los autoconvocados no le impide dejar de ser representante de la Sociedad Rural (era vocal, asume como vicepresidente durante el conflicto). De este modo, los ruralistas de la localidad A organizan y canalizan la protesta. Sin embargo, ello tampoco le impide sostener la idea de la manifestación espontánea de los autoconvocados:
Observé por primera vez en mis 41 años de vida a las cuatro entidades del campo unidas y convencidas de lo que estaban haciendo, apoyados por una inmensa masa de productores, familiares y comerciantes que salieron a la calle sin miedo a manifestarse para defender algo que sentían muy suyo y que no eran los 10 puntos de más de las retenciones sino defender un estilo de vida, al interior y que la plata quede en los pueblos (Mariano en Diario localidad A, 05/04/2008, p. 2).
En el marco de la redefinición de las fronteras internas del sector (Gras, 2011, p. 56), esta lectura del conflicto en términos de una manifestación espontánea de “la gente” (Vommaro, 2010), esto es, “una inmensa masa de productores, familiares y comerciantes”, se relaciona con la idea de la “familia del campo” que defiende “un estilo de vida, al interior y que la plata quede en los pueblos”, contribuyendo a producir al “campo” como actor político con una amplia base social y geográfica que puede hablar en nombre del “interior” del país (Gras, 2012, p. 477).
Además, a diferencia de los autoconvocados de la localidad B, que se reúnen en una institución no ruralista (y en donde el presidente ruralista es invitado), los productores de la localidad A se reúnen en la Sociedad Rural en diferentes momentos del conflicto para canalizar las acciones “de una manera orgánica” (Diario localidad A, 21/04/2008, p. 11), “para canalizar la impotencia” (Diario localidad A, 05/07/2008, p. 28), para organizar el viaje al “supermartes” en la capital (Diario localidad A, 12/07/2008, p. 28) o para festejar el rechazo del proyecto de retenciones (Diario localidad A, 19/07/2008, pp. 2-3). Asimismo, las solicitadas en contra del gobierno nacional son firmadas por “la Comisión de Enlace de [Localidad A]” (integrada, entre otros, por los ruralistas Norberto y Mariano y el autoconvocado Juan) (Diario localidad A, 21/04/2008, p. 11) o conjuntamente por la “Sociedad Rural de [localidad A]” y “Productores Autoconvocados de [localidad A]” (Diario localidad A, 21/06/2008, p. 3). En este sentido, la relación mimética (o redes relacionales) entre autoconvocados y ruralistas de la localidad A es tal que las acciones de los “productores autoconvocados” se componen de ruralistas y autoconvocados, con el caso paradigmático de multiposicionalidad de Mariano “productor autoconvocado y dirigente rural” (Diario localidad A, 26/04/2008, p. 2). Así, en el festejo en el predio de la Sociedad Rural por el rechazo del proyecto de ley, los primeros oradores son el presidente y el vice, y luego son presentados los autoconvocados por el presidente ruralista:
Por ahí en algunos lugares no fue tan buena la armonía de alguna de las entidades con los autoconvocados, no porque pensaban en cosas diferentes, sino porque llegaron a desacuerdos en determinados momentos y sabemos que todos vivimos momentos muy feos y difíciles y de discusiones muy ásperas. Nosotros por suerte tuvimos aquí, a [Juan] y [Facundo] entre muchos de los que actuaron y dentro del movimiento logramos ponernos de acuerdo y funcionamos conjuntamente (Diario localidad A, 19/07/2008, p. 3).
Finalmente, luego del conflicto aquí también se producen reorganizaciones de los autoconvocados. En línea con las acciones de responsabilidad social empresaria para mejorar la vida de la comunidad que contribuye a transformarlos en actores locales (Gras, 2010, pp. 292-293), se crea Productores Agropecuarios Solidarios (PAS), una iniciativa surgida en las asambleas de la rotonda y que se propone “intervenciones puntuales en grupos de riesgo social y económico” (Diario localidad A, 27/09/2008, p. 7). En una carta de lectores firmada como PAS, un productor autoconvocado explica que son “un grupo de productores agropecuarios, vecinos de [localidad A], con el compromiso de trabajar por nuestra Comunidad a través de acciones que generen una visión responsable y solidaria de todos los problemas que atraviesa nuestra sociedad” (Diario localidad A, 29/11/2008, p. 9).
Las organizaciones agrarias y los partidos locales
En la localidad A, el debate nacional por las retenciones se produce a la par del debate local por el aumento de las tasas municipales. La Sociedad Rural y la oposición del Concejo Deliberante se oponen al aumento “desmesurado” propuesto por al gobierno municipal. Aunque finalmente el intendente consigue el aumento de tasas, aquí interesa resaltar la relación entre las organizaciones agrarias y los partidos políticos locales. En este marco, Unión PRO, con las firmas de Hernán y Mariano, publica una nota de lectores en repudio al aumento de las tasas municipales (Diario localidad A, 13/03/2008, p. 28), y en una reunión de Unión PRO ambos dirigentes solicitan que el intendente y el gobernador “se comprometan con el campo” (Diario localidad A, 17/03/2008, p. 8). Luego, Mariano vuelve a solicitar el apoyo del intendente mediante una carta de lectores, pero esta vez como “productor agropecuario” (Diario localidad A, 20/03/2008, p. 5). En esta línea, cuando inicia el primer corte de ruta de la localidad A, Unión PRO vuelve a publicar una carta de lectores en contra de las retenciones (Diario localidad A, 27/03/2008, p. 8). En mayo, durante la segunda etapa del conflicto, se publica una carta de lectores de la “Mesa Directiva del PRO [Localidad A]” en apoyo al sector agropecuario, pero sin firmas individuales (Diario localidad A, 05/05/2008, p. 24). Finalmente, después del rechazo del proyecto de retenciones en el Congreso, “[Fernando] y [Hernán] del PRO fueron recibidos en la Sociedad Rural por su vicepresidente, [Mariano]” (Diario localidad A, 28/07/2008, p. 12).
Esta serie de publicaciones es relevante por varios motivos. Por un lado, se evidencia la multiposicionalidad (Boltanski, 1973) como indicio de las fronteras difusas (Sawicki, 2011) entre las organizaciones: Mariano integrante de Unión PRO será luego portavoz de los ruralistas como vicepresidente de la Sociedad Rural y, a su vez, de los autoconvocados en la comisión de productores de la rotonda. Por otro lado, se especifica el conflicto de 2008 a partir del debate local: más allá del debate nacional, las organizaciones agrarias intervienen en el debate local sobre las tasas municipales. Así, luego del rechazo del proyecto de ley en el Congreso y en el marco del conflicto ganadero, los ruralistas de la localidad A producen una serie de acciones para presionar el rechazo de un nuevo aumento de tasas municipales: se reúnen con los concejales opositores (Diario localidad A, 18/09/2008, p. 9) y publican solicitadas alineando el aumento municipal con las políticas kirchneristas (Diario localidad A, 20/09/2008, p. 9).
Por el contrario, en la localidad B los debates nacional y local no se solapan (las tasas municipales se habían aprobado en enero), y las relaciones entre el oficialismo y los ruralistas son más fluidas: el intendente pertenece a la Coalición Cívica y apoya a los productores agropecuarios, el hermano del presidente ruralista es “participante de la mesa de productores y a la vez de la Coalición Cívica” (Diario localidad B, 14/07/2008, p. 2) y durante la etapa legislativa del conflicto los productores autoconvocados organizan una charla con una diputada nacional de la Coalición Cívica (Diario localidad B, 30/06/2008, p. 8).
Conclusiones:
En este trabajo se realizó un análisis de las organizaciones agrarias de dos localidades del sudoeste bonaerense en el marco del conflicto de 2008, haciendo énfasis en sus portavoces, sus repertorios de protesta y sus relaciones con otros actores. Ante todo, si bien los productores y autoconvocados de estas localidades también se relacionan con los grupos CREA, en línea con la sociabilidad en asociaciones profesionales de los protagonistas del conflicto (Gras, 2010, 2011), a partir de esta aproximación desde la prensa gráfica local se entiende que en estas localidades las organizaciones agrarias protagonistas del conflicto de 2008 no solo fueron los grupos de autoconvocados, sino también las sociedades rurales locales pertenecientes a CARBAP a nivel regional y CRA a nivel nacional, que se conforman como “entidades de defensa y negociación de intereses sectoriales” (Gras, 2012, p. 462), pero también, como se desprende del análisis a nivel local, con repertorios de acción que no se limitan a la tradicional gimnasia corporativa, y con límites porosos con el campo político (Bourdieu, 1981), mostrando indicios de entrecruzamiento de redes relacionales (Sawicki, 2011) con los partidos políticos: en la localidad B con la Coalición Cívica y en la localidad A con el PRO.
Ahora bien, aunque las organizaciones agrarias (ruralistas y autoconvocados) desplegaron una serie de repertorios de protesta hacia el interior de las ciudades y de intervenciones como actores políticos de las comunidades locales, en línea con la construcción de hegemonía de las asociaciones profesionales (Gras y Hernández, 2016) que no se limita a la gimnasia corporativa de las entidades tradicionales (Gras, 2012, p. 476), el epicentro de la protesta estuvo en los cortes de ruta en las rotondas, con distintos modos de organización en ambas localidades.
En la localidad B los autoconvocados desbordaron el mapa institucional gremial local y tomaron decisiones sobre los cortes de ruta desconociendo decisiones de la Mesa de Enlace. En línea con el análisis de Gras (2010, 2011), el mapa institucional gremial no canalizó unívocamente el descontento y los autoconvocados no se alinearon completamente con las entidades del sector (Gras, 2010, p. 281), sino que justamente, al validar las decisiones de la Mesa de Enlace “desde abajo” en las asambleas, sus acciones legitimaban el reclamo y, a la vez, presionaban sobre la Mesa de Enlace (Gras, 2010, p. 297), incluyendo “un significativo grado de autonomía local en relación con las modalidades de la acción” (Gras, 2010, p. 305).
En cambio, en la localidad A se conformó una comisión de enlace entre ruralistas y autoconvocados que, si bien realizaban asambleas en la rotonda para decidir las medidas de acción, estas siempre iban en sintonía con las decisiones de la Mesa de Enlace. En este sentido, los ruralistas de la localidad A organizaron y canalizaron la protesta, incluso en acciones colectivas por fuera de los cortes de ruta en la rotonda, como los “cacerolazos” y “bocinazos”. Por ello, aquí no son dos figuras significativas, la Mesa de Enlace y los autoconvocados (Gras, 2011, p. 49), sino tres, ya que los ruralistas locales se diferencian y relacionan con ambos. Esta hegemonía ruralista de la localidad A habla de un contorno (Sawicki, 2011) que desfigura los límites entre ruralistas y autoconvocados, justamente por la capacidad ruralista local de canalizar y organizar la protesta de las organizaciones agrarias.
En tal sentido el interrogante abierto es: ¿por qué en la localidad A los ruralistas se convirtieron en portavoces de los autoconvocados y en la localidad B se vieron desbordados por los autoconvocados? A modo de hipótesis, aunque en ambas localidades la sociabilidad se vincula con el “campo”, la distinción de la hegemonía ruralista de la localidad A –atravesada igualmente por la hegemonía del agronegocio (Gras y Hernández, 2016)–, que implica considerar un mundo social de pertenencia (Vommaro, 2017) que se relaciona con el horizonte de sentido del “campo” en la producción sociopolítica de las clases altas locales, no solo se comprende al considerar las diferencias socioeconómicas ilustradas en la introducción, sino también al considerar la larga tradición de instituciones ligadas a la reproducción de las clases altas locales (de principio de siglo XX), que implicaría indagar la objetivación de formas de decir y hacer en instituciones permanentes socialmente reconocidas (Bourdieu, 1981) y los modos en que tiene lugar el intercambio de dones (Bourdieu, 2015[1980]). Por el contrario, la Sociedad Rural de la localidad B se crea pasada la mitad del siglo y podría indagarse la sociabilidad de las organizaciones agrarias más ligada a la presencia de asociaciones profesionales (Gras, 2012, pp. 462-463). Ello no implicaría diferencias sustanciales entre ambas localidades, sino matices analíticos en los modos de (re)producción social del sudoeste bonaerense.
Bibliografía:
Albaladejo, C. (2013). Dinámica de la inserción territorial de la agricultura pampeana y emergencia del agribusiness. En C. Gras & V. Hernández, El agro como negocio (pp. 67-96). Biblos.
Balsa, J., & Liaudat, M. D. (2019). Cuestiones teórico-metodológicas para analizar los niveles de eficacia en la construcción de la hegemonía. Theomai, 40, 211-230.
Balsa, J., & López Castro, N. (2011). Transformaciones socioproductivas, actores sociales y modelos de desarrollo rural en disputa. Reflexiones en torno al conflicto agrario reciente en la Región Pampeana. En J. Muzlera, M. Poggi, & X. Carreras Doallo, Aportes, sujetos y miradas del conflicto agrario argentino (1919-2010) (pp. 141-162). CICCUS.
Boltanski, L. (1973). L’espace positionnel: Multiplicité des positions institutionnelles et habitus de classe. Revue française de sociologie, 14(1), 3-26.
Bourdieu, P. (1981). La représentation politique. Eléments pour une théorie du champ politique. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, 36-37, 3-24.
Bourdieu, P. (2000[1984]). La delegación y el fetichismo político. En Cosas Dichas (pp. 158-172). Gedisa.
Bourdieu, P. (2015[1980]). El sentido práctico. Siglo XXI.
Cremonte, J. P. (2010). Cada cual atiende su juego. La construcción del conflicto entre el Gobierno Nacional y las entidades agropecuarias en Clarín, La Nación y Página/12. En R. Aronskind & G. Vommaro, Campos de batalla. Las rutas, los medios y las plazas en el nuevo conflicto agrario (pp. 227-265). Prometeo.
Giarracca, N., & Teubal, M. (Eds.). (2010). Del paro agrario a las elecciones de 2009. Antropofagia.
Gras, C. (2010). Actores agrarios y formas de acción política en la Argentina contemporánea. Un análisis a partir de grupos de «autoconvocados» en la región pampeana. En R. Aronskind & G. Vommaro, Campos de batalla. Las rutas, los medios y las plazas en el nuevo conflicto agrario (pp. 279-312). Prometeo.
Gras, C. (2011). Conflicto agrario, actores sociales y la construcción política del «campo». En J. Muzlera, M. Poggi, & X. Carreras Doallo, Aportes, sujetos y miradas del conflicto agrario argentino (1919-2010) (pp. 39-64). CICCUS.
Gras, C. (2012). Empresarios rurales y acción política en Argentina. Estudios Sociológicos, 30(89), 459-487.
Gras, C., & Bidaseca, K. (Eds.). (2010). El mundo chacarero en tiempos de cambio. Herencia, territorio e identidad en los pueblos sojeros. CICCUS.
Gras, C., & Hernández, V. (2016). Radiografía del nuevo campo argentino. Del terrateniente al empresario transnacional. Siglo XXI.
Sawicki, F. (2011). Para una sociología de las redes y los entornos partidarios. Revista de Sociología, 25, 37-53.
Solís Delgadillo, D. (2017). Hacia una definición del concepto grupo de interés. Perfiles Latinoamericanos, 25(50), 83-101.
Vommaro, G. (2010). «Acá el choripán se paga»: Movilización política y grupos sociales en el reciente conflicto en torno a las retenciones a las exportaciones de granos. En R. Aronskind & G. Vommaro, Campos de batalla. Las rutas, los medios y las plazas en el nuevo conflicto agrario (pp. 181-226). Prometeo.
Vommaro, G. (2017). Los partidos y sus mundos sociales de pertenencia: Repertorios de acción, moralidad y jerarquías culturales en la vida política. En G. Vommaro & M. Gené (Eds.), La vida social del mundo político (pp. 35-62). Universidad Nacional de General Sarmiento.
Palabras clave:
Organizaciones agrarias, conflicto de 2008, sudoeste bonaerense.
Resumen de la Ponencia:
El estatuto democrático que recae sobre el Estado Mexicano es puesto en cuestión por la reproducción de la violencia generalizada a través de las desapariciones forzadas, los desplazamientos forzados, ejecuciones extrajudiciales y los feminicidios, sólo por citar las expresiones más exacerbadas. El marco de los tres primeros casos se relaciona con la guerra contra el crimen organizado y la estrategia de seguridad desplegada durante el sexenio de 2006–2012 (y los dos sexenios posteriores), a diferencia de la incidencia de los feminicidios, cuya aparición data de la década de los noventa del siglo pasado, iniciada fundamentalmente en la fronteriza Ciudad Juárez. Probablemente, el colofón para que, sin importar la temporalidad, no se ponga punto final se refiere a la impunidad que refleja parálisis, ineficacia e ineficiencia de las instituciones del Estado. Esto a pesar de que ha habido, a lo largo del periodo estudiado (2006-2022), diversas iniciativas gubernamentales para atajar y tratar de resolver este flagelo que lastima a la sociedad mexicana. A partir de esta situación queremos problematizar este fenómeno en el marco de lo que entendemos por democracia y cómo es que estas problemáticas de violencia afectan el funcionamiento de este tipo de régimen. En este sentido, entendemos por democracia no sólo aquella que disfruta de elecciones periódicas, legales, legítimas y universales, y en donde se da un Estado de Derecho, sino que además el régimen promueve el bienestar humano, la libertad individual (y de grupos o colectivos), la seguridad e integridad de la población, la equidad, la igualdad social, la deliberación pública y la resolución pacífica de los conflictos (Tilly, 2010: 38), es decir, concebimos una democracia sustantiva. Siendo así, ésta se ha visto enormemente dañada en México por el surgimiento de una violencia desenfrenada que trastoca la tranquilidad, la paz, la integridad y la vida misma de millones de personas a lo largo y ancho del territorio nacional. Referencia Tilly, Charles (2010). Democracia. Madrid: Ediciones Akal.Resumen de la Ponencia:
Cabe señalar que aunque el tema propuesto originalmente para el Congreso ALAS México 2022 era: “¿Existe en México un proceso histórico que inicia con los movimientos sociales de 1968 y culmina con el proceso electoral de 2018?”, decidí, para la publicación, presentar sólo una parte de dicha investigación; la cual aborda el tema: “Los jóvenes punks mexicanos y sus formas organizativas después del levantamiento del Ejercito Zapatista de Liberación Nacional en 1994.”, toda vez que, al estarse aún desarrollando la investigación, no me era posible presentar un resumen viable y, sobre todo, conclusiones aceptables para ser publicadas.
Introducción:
En la segunda mitad de la década de los noventa se observó un proceso de convergencia y acompañamiento entre el recién aparecido Ejercito Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) y los jóvenes punks de las zonas marginales de México; particularmente de la Ciudad de México y su Zona Metropolitana. El fenómeno señalado se originó a raíz del levantamiento armado del EZLN, el 1 de enero de 1994 en Chiapas, estado suroriental del país latinoamericano. Dicho movimiento, conformado mayoritariamente por indígenas mayas de aquella entidad, sacudió la vida del país, redefiniendo las relaciones de poder en toda la geografía política y social. (Gilly, 1997, p. 24)Dicho cambio también afectó las formas de participación, pues modificó el discurso político e hizo evidente el desgaste de las estructuras políticas tradicionales (partidos políticos, sindicatos y organizaciones sociales ortodoxas) (Vázquez y Vommaro, 2008:, p. 490), como estaba sucediendo en esos momentos en toda la geografía latinoamericana (Regalado, 2006, p. 228). Aquel levantamiento logró la simpatía de amplios sectores de la población, muchos de los cuales no tenían experiencia de participación política, pues habían sido marginados de las estructuras políticas tradicionales; entre estos grupos encontramos a los jóvenes punks de las zonas marginadas de México. (Velázquez, 2016, p. 44).Entender ¿cómo? y ¿por qué? sucedió aquel proceso de convergencia entre indígenas organizados en un ejercito levantado en armas y cientos de jóvenes reunidos en grupos o pandillas representado sus barrios, es el eje central de esta investigación. Sobre todo, porque se intenta entender el fenómeno más allá del contexto de precarizacion provocado por las medidas neoliberales en todo el mundo y, en particular en la región. (Trejo, 2012, p. 99). En este sentido, se apuntará a estudiar el fenómeno desde la convergencia de la condición de subalternidad y marginalidad, así como de nuevos movimientos y actores sociales.
Desarrollo:
Definiciones y precisiones.En esta investigación entendemos a los jóvenes como un grupo social bien diferenciado y activo a partir de la segunda mitad del siglo XX, sobre todo en occidente (Feixa, 1999, p. 41), y que más allá de identificarse por un rango de edad determinado, lo hace desde una perspectiva generacional (Vázquez y Vommaro, 2008, p. 492). Dicha enunciación nos sirve para entender la situación de los jóvenes autoidentificados como punks en México, pues cumplen con tal caracterización; sin embargo, comprender la particularidad de estos jóvenes implica, más allá de escuchar música punk y entender el proceso histórico del cual surge esté fenómeno musical, analizar cómo un fenómeno social y cultural europeo y norteamericano (Marcus, 2005, p. 30) se asimila con tanta rapidez entre los jóvenes latinoamericanos y, en particular, mexicanos, hasta lograr un mimetismo casi sincrético. (Feixa, 1998, pp. 107-108).En este punto, vale recuperar las reflexiones que comparte Rossana Reguillo (2000a) en el sentido de cuestionar los modos en los cuales se ha abordado el tema de la culturas juveniles en el campo de la cultura, toda vez que el punk es una de las distintas culturas que se aborda desde la generalización homogénea, como si todxs lxs jóvenes fueran iguales y tuvieran el mismo comportamiento (p. 103). En este sentido también se manifiesta Maritza Urteaga (2019), al señalar que la aparición de lo joven como sujeto social tiene mas de un siglo, pero lo que entendemos hoy en día por “joven” o “juventud” dista mucho de lo que se entendías en aquellos años; por lo cual, es necesario siempre considerar la evolución de los conceptos y entender al sujeto en su contexto. (p. 60). Tema que Sandra Souto Kustrín (2018) aborda desde la evolución historiográfica. (p. 16)Los actores abordados en la investigación tienen su punto de contacto o convergencia dentro de los movimientos sociales; entendiendo como movimientos sociales a una diversidad de de actores que se organizan en torno a una problemática en colectivo que chocaría con los intereses de otras personas; en donde, generalmente, los gobiernos son los destinatarios de dichas peticiones o árbitros de tales disputas (Tilly y Wood, 2001, p. 21); aunque estos autores tratan de hacerlo desde fuera del Estado (Gramsci, 2000, p. 182) y desde la vida cotidiana (Vanegeim, 1998, p. 19), por lo cual, se pueden identificar como movimientos sociales autónomos, desde una óptica territorial (Almeyra, 2004, p. 71) y no institucional (Vázquez y Vommaro, 2008, p. 492).El elemento autónomo, ademas, resuelve la dicotomía rural-urbano que suele acompañar a la definición tradicional del termino; sobre todo porque la organización neozapatista es en definitiva rural y los colectivos de jóvenes punks son un fenómeno urbano. Por otro lado, se podría dudar que los jóvenes punks conforman un movimiento, como si son los miembros del EZLN, pero quienes han tejido redes de solidaridad en la marginalidad de las ciudades mexicas así lo consideran (Comunidad Punk, 2008, p. 1); por lo cual, en la investigación utilizamos dicha caracterización para describirlos. Por último, es importante entender desde donde se encuentran y convergen los actores señalados en la investigación. Si bien se comentó en el párrafo anterior que los actores convergen en un espacio mixto, tanto rural como urbano, como movimientos sociales, también es importante entender que lo hacen desde un espacio de exclusión y rechazo, por lo cual definir la situación como marginal o desde de la marginalidad social es imperativo (Delfino, 2012, p. 19) y, como ya la habíamos comentado con anterioridad, reformando a Gramsci, autónomo y subalterno (Gramsci, 2000, p 179); pues si bien han sido excluidos, estos se organizan y resisten para transformar su realidad.
Antecedentes históricos (Punks por todo el mundo).Comenta Greil Marcus (2005) que el hecho de que Malcolm McLaren se tomara en serio los desplantes de un chico, casi adolescente, que se hacia llamar Johnny Rotten y le construyera una imagen de “póster viviente” con la vestimenta que encontró en la tienda de ropa que regenteaba en el centro de Londres, cambió la historia de la escena musical y, posiblemente, el de la juventud occidental del último cuarto del siglo XX (p. 38). Como sea, se sabe que, en términos musicales, la aparición de Sex Pistols no fue la primera manifestación musical de punk-rock, pues ya antes Los Saicos, en el Perú de 1964, habían tocado la histórica canción “Demolición” y un grupo llamado Death lo había hecho en Detroit a inicios de los años 70. (Howlett y Covino, 2012)Ya fuera que la palabra punk haya sido una invención atinada proveniente del ingenio de los publicistas Malcolm McLaren y Vivienne Westwood; ya sea que haya sido el impulso de una parte de la juventud estadounidense e inglesa a mediados de los sesentas, lo que es una realidad es su insubordinación a las normas establecidas por las generaciones que les anteceden. El punk nació asociado con lo subterráneo, lo sucio, lo marginal, lo sórdido. Esa fue la manera como los jóvenes de una generación querían verse identificados frente a una sociedad consumista, hipócrita y sumamente conservadora. (Marcus, 2005, p. 42)El punk nace de un espíritu contestatario contra lo establecido. En aquella generación está más que viva la frase de Roaul Veneigem (1998) “No queremos un mundo en el que la garantía de no morir de hambre equivalga al riesgo de morir de aburrimiento”. (p. 8). Bandas de música de toque electrizante cambiaron para siempre la escena musical a la que estaba acostumbrada la audiencia, y con esta forma tan peculiar de tocar y trasmitir sus mensajes, dieron origen al movimiento musical punk y a todos sus derivados y asociaciones. (Lydon, 2007, p. 8)La música surge como una manera de transmitir la sensación de hastío prevaleciente en el cotidiano caótico de las urbes occidentales. Mientras el capitalismo entra en una de sus peores crisis después de su “época dorada” de pos guerra, los jóvenes marginales amanecen con una nueva realidad: desempleo, inflación, falta de libertades democráticas, desintegración social. (Gilly, 2002, p. 65). No es fortuito que el primer grito cohesionador punk, como nos lo recuerda Greil Marcus, haya sido aquel alarido de Johnny Rotten: “No hay futuro!”. Este parecía ser el concepto que una parte de la juventud inglesa tenía de la vida, y este fenómeno o estado de animo no tardó en expandirse por todo el mundo con su disco Anarchy in the UK. (Marcus, 2005, p. 13)Para los jóvenes punks, provenientes en su gran mayoría de las clases subalternas, el enojo contra el mundo era total, el no futuro tendía hacia la autodestrucción… Pasarían algunos años más para que el punk volviera a la senda del do it yourself, (hazlo por ti mismo, a tu manera) con mayor politización y fuerza. A partir de varias experiencias alrededor del mundo, los punks se van consolidando como un movimiento en el que sus integrantes se saben participes de un proceso global. Es así como surgen múltiples expresiones de una experiencia punk transformada en movimiento internacional, las cuales intentan autodefinirse para potenciar su alcance e influencia política. Aquella anarquía de aparador pregonada por The Sex Pistols se convierte en una mas consistente, ideológicamente hablando, y por ella hablan grupos como Crass y un movimiento underground articulado en varias partes del mundo. (Comunidad Punk, 1997, p. 1)
Levantamiento zapatista y los punks en la Ciudad de México.Ya sea que el punk se iniciara en Londres o en New York City (en el legendario CBGB donde tocaron, antes de los Sex Pistols entre otros: New York Dolls, y Ramones), lo cierto es que con la aparición del punk se dio voz a un sector de la juventud que no había tenido la oportunidad de expresar su frustración después de la derrota de los movimientos del 68 y la consecuente reestructuración del capital desde el neoliberalismo (Anderson, 2003, p. 11). Aún así, el punk inició como un proceso europeo y estadounidense; es decir, del centro a la periferia y, en ese sentido, siguió formando parte de ls procesos de “domesticación” cultural, pues fueron las clases medias acomodadas quienes tenían acceso a la música Rock and Roll y, posteriormente, al Punk Rock (Agustin, 2017, p. 144); es decir, aunque el punk comunicaba un discurso contestatario, agresivo y rebelde, no reflejaba las condiciones de marginalidad y represión por el cual atravesaba la juventud mexicana.Es hasta la década de los 80 que el punk se recupera en los barrios marginales de las grandes ciudades latinoamericanas y, poco a poco, se va convirtiendo en parte de la cultura popular. (Feixa, 1998, p. 156). En México el punk se afianzó en las zonas marginales de la Ciudad de México y en su Zona Metropolitana; también lo hizo en ciudades fronterizas como Tijuana y Mexicali y en otras urbes importantes como Guadalajara y Monterrey. (Comunidad Punk, 2008, p. 6). En la voz de los punks de aquella primera época, las primeras referencias y acordes que llamaron a los punks, fueron los del punk proveniente del Estado Español y el país Vasco, porque comentaban acerca de la marginalidad, la represión social y estatal, la cerrazón de la familia; en fin, que la sociedad estaba podrida y los jóvenes “No eran nada”. (Comunidad Punk, 2001, p.1)Entre un proceso dinámico de marginalidad, toma de consciencia y organización los punks mexicanos hacen contacto con el EZLN, pues los primeros se levantan en armas y le dan vos a “todos los sin voz” (Documento del EZLN recuperado en Comunidad Punk, 2003, p. 13). Después del 1 de enero los jóvenes punks de inmediato se sienten identificados con el neozapatismo, por su discurso, sus planteamientos de autogestión y autonomía, por ser parte de ls marginados de la historia y por plantear un “mundo en el que quepan muchos mundos” (Zenk, 2008, 30). Desde ese momento los jóvenes punks acompañaron las iniciativas del EZLN y, en el proceso, forjaron su identidad como Comunidad Punk; tejieron redes de solidaridad de alcance nacional e internacional, con otros punks y otros movimientos sociales. (Comunidad Punk, 2003b, p. 2).En sus inicios el punk fue un impulso musical y estético emanado del estado de animo de una parte de la población, esta primera manifestación se fue transformando en sus motivaciones y objetivos, pasando de ser una forma de vida indisciplinada, la cual rondaba los ámbitos de la delincuencia y la degradación (Falcón, 2008, p 11), hasta convertirse en un movimiento articulado que pugnaba por una transformación social y se sumaba a otras rebeliones para protestar en contra de un sistema asfixiante y excluyente. (Comunidad Punk, 1996, p. 1).
Comunidad Punk como colectivo y otras experiencias.En México surgen fanzines, revistas independientes, tocadas organizadas por los mismos punks –Francisco Valle, el Iti, asegura que al movimiento punk se le debe la primera tocada plebeya en el Zócalo de la Ciudad de México-. Se da vida al Tianguis Cultural del Chopo (lugar de encuentro de punks con otras expresiones juveniles), surgen bandas de música representativas de los punks mexicas: YAPS, Rebel´d Punk, Síndrome del Punk, Atoxxico, MELI, Vómito Nuclear, Masacre 68, que proliferan en un ambiente donde está en pleno apogeo el fenómeno de las bandas juveniles: Los Panchitos, Los Mierdas Punk, Los Rotos, Los PND (Punk Not Death), el MPN (Movimiento Punk de Neza) y las BUN (Bandas Unidas de Neza). (Detor y Hernández, 2011: 38).A finales de los años ochenta y principios de los noventa el punk dio un vuelco, convirtiéndose en un fenómeno social con aspiraciones claras y objetivos a largo plazo. Si bien aún no se ha llegado a contar con un programa y plan de acción en común, los punks han estado trabajando en este sentido, fundando experiencias como la Internacional Anarkopunk, creada en 2002 en la ciudad de Toluca, Mexico, y tratando de encontrarse un par de ocasiones más en encuentros internacionales y múltiples encuentros regionales y nacionales. Particularmente en México, los jóvenes punks dieron un giro y llenaron de mayor sentido su rebeldía, al vincularse con movimientos sociales en resistencia, que van desde el movimiento urbano popular hasta el zapatismo. (Comunidad Punk, 2002, p. 2). También los punks han participado y convocado acciones en contra de políticas impositivas en distintos partes del mundo y han fortalecido su posición en el movimiento anarquista internacional y el hacktivismo. (Chiwy, 2012, 10).Para los jóvenes punks articulados, por ejemplo, en las Juventudes Antiautoritarias Revolucionarias (JAR), el levantamiento zapatista fue el corolario de un proceso organizativo que se venía gestando desde la tragedia del sismo del 19 de septiembre de 1985, el cual devastó la Ciudad de México. Como muchas personas en la Ciudad de México -conocido como Distrito Federal en ese momento- los punks de distintas latitudes de esa ciudad y, sobre todo, de su zona metropolitana, salieron a auxiliar a quienes habían perdido sus casas, a un familiar o a quienes estaban en shock por la enorme destrucción causada por el sismo. Como muchos otros y otras, los punks se fueron conociendo en el proceso de apoyo y se articularon con otros movimientos sociales (Monsiváis, 2001, p. 19), sobre todo con el incipiente movimiento urbano popular y, con quienes serían “como sus hijos” o ellas su madres, según lo cuentan algunxs de quienes vivieron ese proceso: Las costureras (Comunidad Punk, 2008, p. 3. Las mexica punks)Las costureras fueron un grupo de mujeres dedicadas a la costura industrial afectadas por el sismo de 1985 en el Distrito Federal, quienes se quedaron sin trabajo porque el lugar donde laboraban se vino abajo y muchas de ellas quedaron atrapadas en ese sitio. Larga fue su lucha por recuperar su fuente de trabajo, exigir compensaciones para su compañerxs desaparecidas y castigo a los culpables de las negligencias que provocaron el colapso del lugar y la imposibilidad de salir del mismo. En ese proceso lxs jóvenes punks se acercaron a las costureras y aprendieron el proceso de autogestion y, en general, toma de consciencia política desde espacios autónomos e independientes. (Garcia-Zapata, 2008, p. 32).Poco a poco fueron siendo “parte de algo”, aprendiendo a organizarse con otros colectivos y formando parte del incipiente movimiento urbano popular (Monsiváis, 1987, p. 237). En eso años aprendieron a reconocerse como punks, a saberse marginados y entender que estaban por todos lados, en casi todas las ciudades; fueron años de aprendizaje y crecimiento político; iniciando con la creación de colectivos punks locales, luego ampliando las redes de solidaridad a otros territorios o zonas y, finalmente, coincidiendo con el EZLN. Mi primer colectivo se llamó “liberación autónoma”. Participamos en las protestas de 1992 por los 500 años de opresión por la conquista de América. También participamos en la Radio Pirata que coordinaba Marco Rascón, en Insurgentes y Reforma. No estábamos de acuerdo con él, pero siempre tuvimos libertad para decir lo que queríamos. Al mismo tiempo trabajábamos en una ocupación de los Panchos Villa en Iztapalapa. Buscábamos espacios de participación en todas partes.Siempre marchábamos el 2 de octubre recordando la masacre de 1968. Para la marcha de 1993 nos juntamos con otros colectivos: Acción Libertaria, del Estado de México, y Contra lo Establecido, de San Bernabé, juntos decidimos llamarnos Juventud Antiautoritaria Revolucionaria (JAR). Poco tiempo después fue el levantamiento de los zapatistas. Primero los apoyamos por su ímpetu rebelde, luego nos dimos cuenta que tenían un planteamiento autónomo y vimos que podíamos coincidir con ellos en muchos aspectos. Eramos tantos punks que en la Convención Nacional Democrática de 1994 que el sub tuvo que mencionarnos. Fue la primera vez que un movimiento social de alto perfil se fijaba en nosotros. (García-Zapata, 2008, p. 30).
El relato describe y sintetiza con claridad el proceso por el cual transitaron los punks mexicanos en un corto tiempo; mismo que se podría describir de la siguiente manera: autoidentificación, organización autónoma y convergencia con diferentes movimientos sociales; entre ellos el movimiento aglutinador que resultó ser el EZLN. En este sentido, varios procesos protagonizados por la juventud latinoamericana se observaron en distintos países de la región; similares en complejidad e “intensidad”, reflejan un tiempo de grandes transformaciones en todo el mundo; como lo comenta Sergio Rodríguez Lazcano (2010, desde la reestructuración del capital, el neoliberalismo y el papel del EZLN, en México (p. 69), y desde la experiencia argentina, a finales de los años noventa (Vázquez y Vommaro, 2008, p. 486).La participación de los jóvenes en el Movimiento de los Trabajadores Desocupados (MTDs) es un reflejo de la situación de crisis política desencadenada por la caída del bloque soviético y la proliferación del neoliberalismo en todo el mundo. Ante la “desaparición” de las utopias revolucionarias y el desgaste de las estructuras políticas tradicionales, los jóvenes, tachados de apáticos y nihilistas, buscan y construyen nuevos espacios de militancia, formas de organización autónoma y estrategias de autogestión política (Vázquez y Vommaro, 2008, p. 493). Miriam Krieger (2017), refiere que se da una “recuperación” de “la política” a inicios del siglo XX, sobre todo porque aumenta el interés de los jóvenes por “lo político”, detonando distintos ciclos de participación juvenil en la argentina (p. 71). Politización juvenil que tiene su sustento en las primeras incursiones de los jóvenes y las jóvenes de la Argentina en los MTDs autónomos y de organizaciones independientes como Hijos por la Identidad y la Justicia contra el Olvido y el Silencio (H.I.J.O.S) (Vázquez y Vommaro, 2008, p. 494). Es decir, el fenómeno de participación política de las y los jóvenes de la Argentina en colectivos y organizaciones autónomos, creación de procesos de convergencia y construcción de redes sociales autogestivas es similar al que sucedió entre los jóvenes mexicanos, particularmente autodefinidos como punks, y el EZLN.Por otro lado, Laura Kropff (2011) documenta como jóvenes mapuche incursionan en las organizaciones y espacios autónomos de los poblados argentinos de Barriloche, Río Negro, Neuquén y Chubut (p. 78). Dicho participación política es de relevancia para la presente investigación, porque los jóvenes mapuche referidos en se autoidentifican como punks o metaleros, y se organizan autónomamente desde dicha condición. Estos jóvenes, excluidos de las “bondades” de la modernidad capitalista y, mas recientemente, de las promesas del capitalismo, comparten con los jóvenes punks mexicanos su condición de marginalidad y subalternidad. (p. 71).Como lo describe Kropff, la situación de los jóvenes argentinos mapuche se explica desde su gusto por la música contestataria punk, pero también por un proceso de perdida de identidad y desterritorialización a la que se han visto sometidos desde hace mucho tiempo, pero que se agravó en los últimas décadas por las políticas neoliberales que se han descrito en la presente investigación. Este es el espacio de convergencia que pueden tener los jóvenes punks mapuches y mexicanos, y desde ahí construyen una politicidad contestataria, subalterna y autónoma: la música punk les dio la oportunidad de organizarse y reconocerse entre iguales, además de brindarles argumentos ideológicos desde las canciones y los discursos, y el contexto de explotación capitalista y marginación histórica las condiciones para el ímpetu rebelde. Sin embargo, no podemos dejar de lado que dichas similitudes y convergencias tienen limitantes. La primera, Laura Kropff la describe dentro de la aboriginalidad; es decir, “una construcción de alteridad caracterizada por interpelaciones etnizadas y racializadas que se basa en la presunción de autoctonía de sujetos colectivos” (p. 80); es decir, la pertenencia a una comunidad originaria de los jóvenes mapuches, lo que les da esa condición de etnicidad que los jóvenes punks mexicanos no tienen, pues son abrumadoramente mestizos -característica que si comparten con el EZLN. Segundo, la dualidad campo/ciudad que caracteriza a los jóvenes punks mapuches no es condición de los jóvenes mexicanos; pues provienen de un contexto netamente urbano, y la condición de campo/ciudad caracteriza a sus padres, no a ellos. Por otro lado, a parte de compartir la condición de marginados y subalternos, lo hacen desde el punk, siendo jóvenes y, es necesario recalcarlo, como activistas autónomos, autogestivos y libertarios. Estos elementos hacen posible la convergencia de estos jóvenes en redes de solidaridad más amplias, regionales, continentales e internacionales, como los encuentros punks internacionales o las iniciativas “intergalácticas” convocadas por el EZLN.
Conclusiones:
La crisis económica de los años setenta, en comparación con la relativa bonanza que aún se vivía en la década anterior, provocó una enorme inconformidad y desencanto entre grandes sectores de las sociedades occidentales, incluidos los jóvenes. Sumado a lo anterior, en la represión como respuesta gubernamental a los movimientos de protesta de los sesenta, particularmente los del 68: los jóvenes vieron clausurada la posibilidad de participación política por vías pacificas y, sin llegar a la opción armada –a la que sí recurrieron muchos jóvenes de todo el mundo, optaron por una actitud de confrontación y abierta rebeldía.Entonces, el desencanto provocado por la crisis económica, la respuesta autoritaria a las reivindicaciones democráticas y la insatisfacción frente a un sistema mundo promotor del consumo y las guerras, el cual se legitimaba desde una supuesta superioridad moral civilizadora, deslegitimaron las formas de dominación, desgastadas de por sí por el crack del 29 y la primera y segunda guerra mundiales. Es decir, la crisis de dominación en la que había caído el sistema liberal dejaba claro que el capitalismo tendía a destruirse a si mismo y, con esa dinámica, ponía en riesgo a toda la humanidad: el énfasis de la protesta no estaba ya en querer crear un mundo diferente, sino destruir desde su base una sociedad inocua y represiva.Fue necesario que los punks se vincularan conscientemente a los movimientos sociales, que volvieran a sus raíces para que se convirtieran en un movimiento contracultural y antisistémico. En algún momento del camino hubo conciencia del mercadeo del que eran objeto por parte del sistema, el cual se estaba apropiando de sus símbolos y aspiraciones; fue entonces que vincularon sus luchas con los procesos estructurales de protesta y se politizarse aún más. Ante la posibilidad de ser confundidos con modas intrascendentes y oportunista, creadas por el mercado, los punks se vieron en la necesidad de tomar consciencia de su marginalidad y su historia subalterna, voltear a ver su pasado y revisitar las calles que los vieron crecer.Las condiciones de marginalidad y exclusión en las cuales crecieron los jóvenes punks a finales de los años 90 en América Latina los obligaron a organizarse, cuestionar sus condiciones de marginalidad y exclusión, a la vez que ampliaron sus horizonte de acción y fueron construyendo una red de alianzas y solidaridades que los llevaron a confluir en espacios de convergencia urbanos y, posteriormente, en territorio zapatista. En los primeros momentos del levantamiento del EZLN y durante varios años más, los jóvenes punks mexicanos los acompañaron en sus iniciativas y en ese proceso fueron conociendo más como ellos que, en otros países, construían movimientos juveniles basados en la horizontalidad y la autonomía. Creo que una parte considerables de los jóvenes punks de aquellos años tenía clara la actitud que Veneigem (1998) sintetizó en la frase: “Los que hablan de revolución y de lucha de clases sin referirse explícitamente a la vida cotidiana, sin comprender lo que hay de subversivo en el amor y de positivo en el rechazo de las obligaciones, tienen un cadáver en la boca” (p. 19). En ese sentido, creo que han intentado moverse a un ritmo distinto al elaborado por la filigrana del poder y darse el tiempo para vivir a su manera. O, como lo comenta Rossana Reguillo (2000b), construir una subjetividad diferente, desde modos colectivos de gestión, desde lo cotidiano. (p. 5)
Bibliografía:
Referencias.
Agustn. J. (2017). La contracultura en México: la historia y el significado de los rebeldes sin causa, los jipitecas, los punks y las bandas. México: Debolsillo.Almeyra, G. (2004). La protesta social en la Argentina (1990-2004). Argentina: Continente-Peña Lillo.Anderson, P. (2012). “Neoliberalismo: Un balance provisorio”, en Sader, E. y Gentili, P. La trama del Neoliberalismo. Mercado, Crisis y exclusión social. Argentina: CLACSO.Comunidad Punk, (1996), enero, No. 0.Comunidad Punk, (1997), junio, No. 4.Comunidad Punk, (2001), mayo, No. 14.Comunidad Punk, 2002, Febrero, No. 16.Comunidad Punk, (2003), julio, No. 17.Comunidad Punk, (2003), diciembre, No. 17 y 1/2.Comunidad Punk, (2008), diciembre 2007-enero 2008, No. 21 Chiwy (2012). “Hakmitin 2011”. En RRR, No. 1, Ciudad de México, México.Detor, A. y Hernández, P. (2011). México punk: 33 años de rebelión juvenil. México: Sin Editorial.Feixa, C. (1999). “De púberes, efebos, mozos y muchachos”, en Jóvenes, bandas y tribus. Barcelona; Arial, pp. 15-45.Falcón, E. (2008). “La escena 1980-1990”. En Generación Alternativa, No. 73, Ciudad de México, México.Feixa, C. (1998). El reloj de arena. Culturas juveniles en México. México: Causa Joven.Garcia-Zapata, V. (2008). “Del UTA al Under. Entrevista a Raúl Zenk”. En Generación Alternativa, No. 73, Ciudad de México, México.Gilly, A. (1997), Chiapas, la razón ardiente. México: ERA.Gilly, A. (2202). El siglo del relámpago. México; Ítaca.Gramsci, A. (2000). Cuadernos de la cárcel, México: Era-BUAP, Vol. 6.Howett, J. y Covino, M. (Directores) (2012). A band called death. [Documental], Estados Unidos: Drafhouse Films.Kriger, M. (2017). Juventud y política en la Argentina contemporánea. En La tercera invención de la juventud. Dinámicas de la politización juvenil en tiempos de la reconstrucción del Estado-Nación (Argentina, 2002-2015) (pp. 41-70). Buenos Aires: GEU-CLACSO. Kropff, L. ((2011). Los jóvenes mapuche en Argentina: ente el circuito punk y las recuperaciones de tierras. Alteridades, vol. 21, num 42, julio-diciembre, 2011, pp. 77-89. UAM-Iztapalapa, Mexico. Kustrín Souto, S. (2018). Historiografía y jóvenes: la conversión de la juventud en objeto de estudio historiográfico. Páginas, 10, (22), pp. 16-38. Lydon, J. (2007). Rotten. No Irish, no blacks, no dogs. Madrid: Recorridos. Monsiváis, C. Cónicas de la sociedad que se organiza. México: ERA.Marcus, G. (2005). Rastros de Carmin, Barcelona: Anagrama.Regalado, R. (2006). América Latina ente siglos, México: Ocean Sur.Reguillo, R. (2000a). La clandestina centralidad de la vida cotidiana. En Lindon, A. (coord). La vida cotidiana y su espacio-temporal. México: Anthropos.Reguillo, R. (2000b). Reguillo Cruz, R. (2000). Las culturas juveniles: un campo de estudio; breve agenda para la discusión. En Carrasco Medina, G. (2000). Aproximaciones a la diversidad juvenil. Colegio de México: México. Revista. Generación Alternativa, No. 78.Rodríguez Lazcano, Sergio. (EZLN). La crisis del poder y nosotros. México: Rebeldía.Tilly, C. y Wood, J. (2010) Los movimientos sociales, 1768-2008. Barcelona: Crítica.Trejo, R. (2012). Despojo capitalista y privatización en México, 1982-2010). México: Ïtaca. Urteaga. M. (2019). Adolescencia y juventud: reposicionamientos teóricos. Investigaciones Sociales, Vol.22, N°40, pp.59-72. Vaneigem, R. (1998). Tratado del saber vivir para uso de las jóvenes generaciones,.Barcelona: Anagrama.Vázquez, M. y Vommaro, P. (2008). La participación juvenil en los movimientos sociales autónomos. El caso de los Movimientos de Trabajadores Desocupados (MTDs). En Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales. Niñez y Juventud, N° 6. Manizales: Colombia.Velázquez, M. (2016). “En las huellas de la protesta. Surgimiento y permanencia del punk en el escenario contracultural mexicano” En Generación Alternativa, No. 107, Ciudad de México, México.
Palabras clave:
Movimientos Sociales, 1968, Levantamiento Zapatista (EZLN), Jóvenes.
Resumen de la Ponencia:
Después de 30 años de haber firmado el fin al conflicto armado por la vía política negó ciada, en El Salvador se ha generado un fuerte debate acerca de cuales son las principales características que actualmente definen la realidad sociopolítica del país. Con los resultados electorales de febrero de 2019, en El Salvador se ha configurado una nueva realidad política y social, la decadencia de los proyectos políticos y electorales tradicionales, ha generado una especie de incertidumbre en la población que al final se ha orientado a buscar alternativas electorales que se presentan como “nuevos proyectos” “sin ninguna vinculación con los proyectos políticos del pasado” y que se ofrecen como los nuevos políticos, y pertenecientes a una generación con una mejor visión de desarrollo económico y social.A partir de junio de 2019 a la fecha, las actuales estructuras políticas y económicas que concentran el poder del Estado han ido concentrando y hegemonizando su esfera de control de todo el aparato institucional, controlan el órgano ejecutivo, las decisiones del congreso y en los últimos meses han tomado el control de todo el sistema judicial y de la fiscalía y los aparatos de seguridad pública y el ejército. Con base a lo anterior, se han configurado todos los rasgos de un régimen autoritario el cual concentra en manos del presidente de la república todas las determinaciones de las distintas instituciones del Estado, impulsando todo un proceso sistemático de persecución y encarcelamiento de opositores, cerrando espacios de participación ciudadana, de opinión pública, de periodismo científico y de investigación, tratando con ello de generar una visión única, hegemónica del Estado.Estas nuevas estructuras de regímenes autoritarios, caracterizadas por lideres jóvenes “millenial” que se presentan como las nuevas generaciones de políticos, sin vinculación con los actores tradicionales, abre un debate importante para las ciencias políticas y la sociología en particular, en el sentido de la forma teórica y epistemológica para comprender estas nuevas realidades que están trastocando las viejas concepciones para el estudio del Estado, la democracia, el poder político, etc. El abordaje teórico y metodológico para la construcción de la presente ponencia atraviesa por tres momentos fundamentales: en primer lugar, comprender desde la teoría de las ciencias sociales y políticas las nuevas dinámicas surgidas con estos nuevos proyectos emergentes con fuerte componente autoritario, en segundo lugar, identificar los mecanismos implementados desde el Estado autoritario para desarticular las expresiones de la diversidad de actores sociales y políticos, en particular el de los movimientos sociales, y finalmente, analizar y evidenciar con datos y fuentes de investigación empírica los retrocesos generados en materia de derechos humanos y democracia.Resumen de la Ponencia:
La crisis de hegemonía del Estado neoliberal tuvo su origen en su carácter estructuralmente neooligárquico, cuya representación política fue exclusivamente orientada en pos de los intereses de las burguesías trasnacionales y financieras, excluyendo de ella al grueso de las clases subalternas.
Ese carácter neooligárquico hizo proclive al Estado neoliberal a múltiples crisis políticas coyunturales y a impugnaciones de los movimientos subalternos en distintas ocasiones, hasta que, en 2006 se abrió una crisis de hegemonía que, provocaría el declive de la legitimidad y de la autoridad del Estado neoliberal, ante lo cual, el movimiento subalterno habría de organizar un nuevo bloque de poder, capaz de disputar la conducción estatal.
El punto más álgido de aquella crisis de hegemonía se dio en 2018, con la arrasadora victoria de la izquierda en las elecciones presidenciales y parlamentarias, abriendo un nuevo ciclo de disputa que se mantiene abierto hasta el día de hoy.
Introducción:
En México, la hegemonía del Estado neoliberal implicó fuertes conflictividades entorno a la representación política, teniendo en este eje una de sus debilidades estructurales más serias debido a su carácter constitutivamente neooligárquico, desnacionalizante y de extrema subordinación, lo que le envolvió en conflictos constantes de legitimidad, representación y autoridad. El Estado neoliberal no pudo desplegar una hegemonía estable y se enfrentó recurrentemente a fuertes conflictos para sobrellevar la conducción universal de la comunidad, negándose a abrir su proyecto para incorporar a otras clases distintas a la suya.
El Estado neoliberal terminó de horadar las mediaciones construidas a lo largo del siglo XX por el Estado nacional-desarrollista, debido a la extrema concentración del poder político y al encumbramiento de un proyecto que puso en marcha un saqueo desmesurado de los recursos naturales y energéticos, con los capitales trasnacionales y financieros como principales beneficiados, excluyendo al grueso de la población del funcionamiento de la democracia mexicana y también de las ganancias del patrón de reproducción del capital, provocando una profundización de la pobreza y una generalización de la precarización de las condiciones de vida mientras el bloque dominante disfrutaba de los beneficios del saqueo.
La capacidad de representación general del bloque neoliberal mexicano fue recurrentemente débil, provocando una hegemonía enfrentada a constantes impugnaciones de otras clases excluidas de su proyecto. La dificultosa y débil capacidad de representación política nacional es lo que se ubica como una explicación central para entender la crisis de hegemonía del Estado neoliberal mexicano.
Desarrollo:
El papel de la neooligarquización de la representación política en la crisis de hegemonía del Estado neoliberal mexicano
Desde la concepción gramsciana, las crisis de hegemonía son crisis de autoridad del Estado en su conjunto, en la que los dirigentes dejan de representar al resto de la comunidad, dando lugar a una oposición entre ambos.
“En cierto punto de su vida histórica los grupos sociales se separan de sus partidos tradicionales, o sea que los partidos tradicionales en aquella determinada forma organizativa, con aquellos determinados hombres que los constituyen, los representan y los dirigentes no son ya reconocidos como su expresión por su clase o fracción de clase. Cuando estas crisis tienen lugar, la situación inmediata se vuelve delicada y peligrosa, porque el campo queda abierto a soluciones de fuerza, a la actividad de potencias oscuras representadas por los hombres providenciales o carismáticos. ¿Cómo se crean estas situaciones de oposición entre representantes y representados, que del terreno de los partidos (organizaciones de partido en sentido estricto, campo electoral-parlamentario, organización periodística) se refleja en todo el organismo estatal, reforzando la posición relativa del poder de la burocracia (civil y militar), de la alta finanza, de la Iglesia y en general de todos los organismos relativamente independientes de las fluctuaciones de la opinión pública? En cada país el proceso es distinto, si bien el contenido es el mismo. Y el contenido es la crisis de hegemonía de la clase dirigente, que se produce ya sea porque la clase dirigente ha fracasado en alguna gran empresa política para la que ha solicitado o impuesto con la fuerza el consenso de las grandes masas (como la guerra) o porque vastas masas (especialmente de campesinos y de los pequeño burgueses intelectuales) han pasado de golpe de la pasividad política a una cierta actividad y plantean reivindicaciones que en su conjunto no orgánico constituyen una revolución. Se habla de ‘crisis de autoridad’ y esto precisamente es la crisis de hegemonía, o crisis del Estado en su conjunto” (Gramsci, 1984, cuaderno 13, nota 23).
En México, bajo la hegemonía del Estado neoliberal, la representación política y la articulación de consensos generales se dieron de manera acotada, por el carácter neooligárquico, desnacionalizante y particularmente excluyente de su proyecto, lo que suscitó recurrentes impugnaciones subalternas y crisis políticas coyunturales (1988, 1994, 2006, 2014, 2018), que en su conjunto fueron gestando una crisis de hegemonía mayor, de larga duración, que el bloque dominante fue sorteando a través de estrategias represivas y propaganda ideológico-cultural.
A lo interno del país, la hegemonía neoliberal, se sostuvo debido a que, en términos culturales se desarrolló sobre el auge de una ideología de consumismo exacerbado, individualismo meritocrático y endeudamiento como sinónimo de estatus clasista, constituyendo un ambiente de despolitización generalizada y una posición de pasividad y conservadurismo por parte de las capas medias urbanas.
Aunque la cultura individualista, consumista y meritocrática de la globalización capitalista fue uno de los pilares más importantes de legitimidad y arraigo de la hegemonía neoliberal, al pasar de los años, esos elementos se fueron haciendo insuficientes para mantener la gobernabilidad política. El carácter neooligárquico, excluyente y desnacionalizante del Estado neoliberal, conllevó una constante debilidad estructural en términos de representación política. El bloque dominante actuó siempre de manera instrumental en beneficio del gran capital trasnacional y financiero, negándose a generar una representación política más amplia que abarcara a sectores de las clases dominadas.
Si en el siglo XX, la hegemonía del Estado mexicano tuvo la capacidad de hacer pasar al desarrollo capitalista industrializador como interés general de la nación, en el siglo XXI, el Estado neoliberal no tuvo la misma iniciativa. Por hallarse anclada a la fuerza cultural del capitalismo trasnacional y representando exclusivamente los intereses de las burguesías trasnacionales y financieras, la hegemonía neoliberal no construyó consensos nacionales duraderos.
De la relación de subalternidad de la sociedad bajo el autoritarismo nacionalista del Estado del siglo XX, se pasó a una subalternidad autoritaria e instrumentalista del Estado frente al proyecto empresarial del siglo XXI. Durante el auge del Estado nacional-desarrollista, el presidencialismo estatal fue un modo de desarrollar una conducción política autoritaria hacia adentro, que aunque reproducía la dependencia económica, se mantenía con cierta autonomía relativa respecto de los países extranjeros. En el régimen neoliberal el presidencialismo subsistió pero como institución al servicio de la conducción del capital trasnacional financiero, menguando las antiguas bases sociales del presidencialismo del Estado nacional-desarrollista.
Las clases subalternas, profundamente desarticuladas, golpeadas y desorganizadas por el embate neoliberal, dejaron de tener órganos de mediación con el Estado y pasaron a incorporarse a los grandes mercados de informalización laboral, sin posibilidades para la organización política. El Estado neoliberal fue anulando los consensos desarrollados por el nacionalismo del siglo XX, lo que le llevó a perder la apariencia de representación general, asumiendo la representación instrumental de la burguesía bajo el auspicio de un proyecto gerencial. La propuesta de consumo e individualización[1], sirvió para excluir a la sociedad de la toma de decisiones, aislándola de la política, aunque esta se rebeló en distintos episodios de impugnación subalterna.
En 1988, ante la imposición de la candidatura. Neoliberal de Carlos Salinas de Gortari, se suscitó una nueva alianza de grupos nacionalistas que salieron del PRI y partidos socialistas que lanzó una candidatura propia neocardenista. En las elecciones se impuso un fraude electoral y eso provocó una masiva movilización impugnadora, que, aunque se vio incapacitada para impedir la llegada de Salinas, articuló un nuevo partido de izquierda institucional opositora al régimen neoliberal.
En 1994, ante la crisis económica, el gobierno zedillista devaluó la moneda, aumentó la deuda externa, realizó un gran rescate bancario con cargo al erario público y arreció el programa de privatizaciones, consolidando la representación exlusivamente empresarial del Estado neoliberal y cargándole a las masas el peso del rescate bancario. Tanto la persistencia del conflicto indígena en Chiapas como sus demandas impugnadoras al neoliberalismo, inspiraron movilizaciones populares que clamaron por el fin de la guerra, haciendo que el papel de la representación del Estado se viera cuestionado.
No bastaron las reformas electorales ni las concesiones a los otros partidos (cuando se cedió al PAN y al PRD diversas gubernaturas) que estableció el zedillismo, la presión fue tan fuerte que el bloque dominante tuvo que flexbilizar la conducción y transitar a una rotación en el partido gobernante, bajo el orquestamiento de la gran burguesía trasnacional y financiera.
Partiendo desde esa reflexión se puede apreciar que en los últimos años del siglo XX, las clases subalternas no tuvieron una posición pasiva en todo momento, desarrollaron movimientos de impugnación, aunque se vieron imposibilitados para disputar la conducción estatal. El bloque dominante reaccionó proponiendo la supuesta “transición a la democracia”, con tal de conservar el poder y asegurar la continuidad neoliberal. Sin embargo, la alternancia de 2000 no fue una “transición democrática”, sino un proceso de apertura a la competencia multipartidista, que perpetuó la exclusión neooligárquica de las clases subalternas de la conducción estatal.
A poco de iniciar su gobierno, Fox se negó a desmontar las estructuras estatales del priísmo y prefirió consolidar el PRIAN como “partido del orden mexicano” (Oliver, 2016, pág. 67), que, paradójicamente, a pesar de ser una ampliación multipartidista, se cerró aún más en términos de la canalización de las demandas sociales[2] y se autoestableció como un partido unificado al servicio de las burguesías trasnacionales y financieras. La política de Vicente Fox se concentró en profundizar la ideología de empresarialización e individualización de la sociedad, fomentando al máximo la lógica de consumo y endeudamiento, a la par de recrudecer la política económica de privatización, dedesnacionalización económica y de subordinación ante EUA.
Bajo el gobierno de Fox, tuvo lugar un proceso de frustración social, el gobierno foxista demostró no tener la capacidad de representación popular que se quiso hacer ver, pues se dio la flagrante continuidad del proyecto neoliberal. Con el intento de gravar el Impuesto sobre el Valor Agregado (IVA) a alimentos y medicinas y las privatizaciones de carreteras, ingenios azucareros y aeronáuticas se evidenció la continuidad neooligárquica del bloque neoliberal.
Las esperanzas populares de “transición democrática” se disolvieron y las miradas entonces se enfocaron en el gobierno de Andrés Manuel López Obrador en la Ciudad de México, quien desarrolló un amplio programa de apoyos sociales a adultos mayores, madres solteras y estudiantes que ayudó a la población a paliar los estragos de las políticas económicas neoliberales foxistas y que abrió un boquete de posibilidad de redistribución del ingreso a contrapelo de la doctrina tecnócrata.
En 2005, las multitudinarias protestas y concentraciones contra el desafuero de AMLO en la Ciudad de México y las movilizaciones contra el fraude electoral del año siguiente dieron nacimiento a un movimiento de masas que repudió la imposición antidemocrática, manifestando con ello, la falta de representación política de la conducción estatal.
El año 2006 marcó un punto de inflexión pues con la irrupción en el escenario nacional del movimiento obradorista y con las revueltas populares en Oaxaca y Atenco, cuajó un nuevo ciclo de movilización subalterna que se mantuvo constante y que, en el caso del obradorismo, dio pie a una incursión de las masas en el escenario de la disputa institucional de la conducción estatal.
El obradorismo llamó a la construcción de un “gobierno legítimo” para hacer sombra al gobierno de Calderón, y a la organización de comités ciudadanos cuya principal tarea fue romper el “cerco informativo”. Ese movimiento de ampliación de las bases de la izquierda electoral marcó el inicio de la conformación de un nuevo poder que señaló la ilegitimidad del nuevo gobierno, y por consiguiente, de la neooligarquización de la representación política neoliberal.
Para resolver la crisis política de 2006, Felipe Calderón pactó la Iniciativa Mérida, y de la mano de los estrategas de EUA instaló un estado de shock represivo que desplegó al ejército en todo el territorio nacional e inició una “guerra contra el narcotráfico” que paralizó a la sociedad. La guerra y el estado de shock sirvieron como salida autoritaria para neutralizar militarmente la ilegitimidad que cargaba nuevamente el Estado neoliberal.
El sexenio de Calderón se tradujo en un período crítico para el bloque neoliberal. A pesar de que la alianza entre el PRI y el PAN fue central para sostener a Calderón, ni uno ni otro partido pudieron proponer una nueva ruta que proveyera de mayor estabilidad hegemónica al Estado neoliberal, ni siquiera intentaron aparentar ser correas de representación general, solo reprodujeron su papel de instrumentos de representación de las clases dominantes[3] y apostaron por la violencia con el fin de garantizar al gobernabilidad.
Frente a ese panorama y de cara a las elecciones de 2012, el bloque neoliberal se negó a plantear una reconfiguración del Estado y se empeñó en continuar por el camino de la gobernabilidad autoritaria, volviendo al PRI, para abrir una válvula de escape que aligerara la crisis de hegemonía que se venía acumulando.
A pesar de que, con el movimiento #YoSoy132 hubo importantes brotes de resistencia; y de que, con el Movimiento de Regeneración Nacional (Morena) se sostuvo el respaldo a Andrés Manuel López Obrador, el grueso de la sociedad mexicana se encontraba agotada, empobrecida, precarizada, despojada de organización y desarticulada por la guerra, por lo que no pudo plantear un camino alternativo. Grandes sectores de las clases subalternas cedieron ante la frustración y desesperanza y se decantaron por vender o intercambiar su voto o sencillamente por votar por “el viejo conocido”, esperando que así volviera un poco de la vieja estabilidad desarrollista del siglo XX.
La compra de votos en las elecciones fue efectiva y también lo fue el Pacto Por México (PPM) que además del PRIAN, incorporó al PRD luego de la salida de López Obrador y el encumbramiento de la corriente afín al bloque neoliberal. Sin embargo, la creación del PPM y el regreso del PRI a la presidencia no significó la recuperación del proyecto nacionalista, porque la llegada a la presidencia no fue para desarrollar un proyecto nacional de desarrollo como lo fue antaño, sino para ponerse al servicio de la hegemonía del capital trasnacional financiero.
La ideología nacionalista fue uno de los principales ejes de articulación de la hegemonía del Estado nacional-desarrollista del siglo XX, sin ese eje, el corporativismo, el clientelismo y el presidencialismo se redujeron a ser formas de control político de contención, pero perdiendo su utilidad de mediación y legitimación del Estado. No se buscó incorporar subordinadamente a las masas al proyecto del Estado, solo contener el descontento para ganar tiempo y apresurar el saqueo. El proyecto de retorno del PRI a la presidencia mantuvo la exclusión de la sociedad de la representación política de manera neooligárquica.
A pesar de que el bloque neoliberal inyectó grandes sumas de dinero a propaganda en los grandes medios de comunicación (Badillo, 2019) y se respaldó en el proyecto cultural de consumo individualizado como eje de contención del descontento, con todo y eso no se pudo evitar la continuidad del declive hegemónico del Estado neoliberal. La desesperación del gobierno del PRI para mantener la gobernabilidad devino en mero control político, que lejos de estabilizar la situación nacional, aceleró un proceso de rebelión, impugnación y movilización popular que a su vez ahondó todavía más la crisis hegemónica que el Estado neoliberal venía arrastrando.
Las movilizaciones de 2014 y 2015 en donde se exigió la aparición de los 43 estudiantes desaparecidos de la Escuela Normal Rural de Ayotzinapa, colocaron con la frase “Fue el Estado”, un gran debate sobre el grado de descomposición estatal y de los pactos de impunidad entre los distintos partidos del Pacto Por México y de las fuerzas policiaco-militares locales y federales. La movilización popular acabó con la luna de miel del relato de gobernabilidad del regreso del PRI.
Las protestas de 2014 hicieron presente una crítica profunda al modo de articulación del Estado, explicitando que no existía una conexión de representación política con la generalidad de la sociedad. A pesar de su despliegue y fuerte arraigo, los sentidos comunes de la cultura de consumo, individualismo, meritocracia y aspiracionismo, no fueron suficientes como método de contención de la crisis de autoridad, representación y legitimidad del Estado neoliberal.
Cuando se dieron a conocer los escándalos de la fastuosa mansión de Angélica Rivera, esposa del presidente y se empezaron a sentir los efectos de la privatización del petróleo con el aumento de los precios de las gasolinas, el descontento se aceleró. El del PRI era un gobierno antipopular, corrupto y degradado, incapaz de expresar a la sociedad en su conjunto.
La presunción de que la vuelta del PRI al gobierno federal traería la recomposición de las mediaciones de gobernabilidad quedó en el suelo. La crisis desarrollada no fue una crisis política coyuntural, sino una crisis de hegemonía de un Estado que ya no era comprendido como representación general de la sociedad, sino como representación particularizada de una oligarquía cerrada de burguesías trasnacionales y financieras. Ya no era visualizado como un Estado nacional general, sino como un Estado instrumentalizado, orientado a la privatización, al desfalco del erario público y al saqueo en manos del capital trasnacional, dado a las concesiones entre compadres, políticos y empresarios del más alto rango en la administración pública.
El PRI no planteó una reconstrucción nacional del Estado, sino la continuación del proyecto neooligárquico privatizador para beneficio del capital trasnacional a costa del empobrecimiento de las mayorías. Durante el sexenio de Peña Nieto se arreció la iniciativa privatizadora del petróleo y la electricidad con la reforma energética de 2013, redactada desde el despacho de Hillary Clinton -entonces secretaria de estado de Estados Unidos- (Villamil, 2015), lo que provocó alzas desmedidas en los precios de las gasolinas al final de su gobierno. Eso y el escándalo de la casa blanca de su esposa, que desnudaba la suntuosidad de los privilegios adquiridos gracias a la estrecha relación con los grandes empresarios, contrastaron con una situación de extrema precarización y pobreza alarmantemente generalizada en la mayoría de la población.
En 2012, año de la llegada de Peña Nieto a la presidencia existían 53.3 millones de personas en situación de pobreza y para 2014, ya eran 55.3 millones, es decir, la mitad de la población. Mientras tanto, Carlos Slim se encontraba entre las personas más ricas del mundo: el Estado neoliberal se mostraba como un Estado neooligárquico.
La hegemonía del Estado neoliberal era una hegemonía débil porque no había una capacidad de representación de los intereses generales bajo la lógica neooligárquica del bloque dominante, cuyo proyecto de Estado se sustentó en hacerle funcionar como una sociedad anónima de capital variable, una empresa que redituara los negocios de los actores dominantes bajo la noción de lucro a expensas del erario público sin recato. Su institucionalidad se había organizado instrumentalmente, oligárquicamente, salvaguardando exclusivamente los intereses del bloque dominante, sin intentar aparentar representar los intereses de las clases subalternas.
En ese sentido, es importante recuperar el planteamiento de Gramsci respecto al problema de la representación:
Los partidos nacen y se constituyen en organización para dirigir la situación en momentos históricamente vitales para su clase; pero no siempre saben adaptarse a las nuevas tareas y a las nuevas épocas, no siempre saben desarrollarse según se van desarrollando las relaciones totales de fuerza (y por lo tanto la posición relativa de sus clases) en el país determinado o en el campo internacional. Al analizar estos desarrollos de los partidos hay que distinguir: el grupo social; la masa del partido; la burocracia y el estado mayor del partido. La burocracia es la fuerza consuetudinaria y conservadora más peligrosa; si esta acaba por constituir un grupo solidario, que se apoya en sí mismo y se siente independiente de la masa, el partido acaba por volverse anacrónico, y en los momentos de crisis aguda queda vacío de su contenido social y queda como apoyado en el aire.” (Gramsci, cuaderno 13, nota 23)
El regreso del PRI a la presidencia cumplió con el objetivo de recuperar mecanismos de control para reforzar la gobernabilidad autoritaria, sin embargo, lo hizo sin proponer mediaciones de representación, reproduciendo la política de pauperización de las grandes masas bajo una política neooligárquica. El partido del orden agrupado en el Pacto Por México reunió a la burocracia conservadora que se creyó independiente de las masas y que planteó no representar nada más que a los intereses de la oligarquía económica, quedando apoyada “en el aire”, convirtiéndose en un “partido anacrónico”, rebasado por las demandas de clases subalternas que de plano no se sintieron representadas en ese proyecto de Estado.
Las elecciones presidenciales de 2018 dieron cuenta de un hartazgo acumulado de la sociedad, que rebasó su límite de tolerancia, solo que esta vez el bloque dominante se encontraba debilitado por el avance de la crisis de hegemonía y por la descomposición de sus propias alianzas internas.
Durante la campaña electoral, el partido del orden se desgajó. La carta fuerte del gobierno peñista fue José Antonio Meade, exsecretario de hacienda y de energía durante el gobierno de Felipe Calderón y secretario de hacienda, de desarrollo social y de relaciones exteriores de Peña Nieto. Meade fue la viva expresión del PRIAN, hecho que hundió la candidatura.
Por su parte, el candidato del PAN, Ricardo Anaya impuso al interior de su propio partido, rompiendo consensos y provocando la salida intempestiva de la corriente de Felipe Calderón, que lanzó a su propia candidata, Margarita Zavala. Aunque Anaya hizo múltiples intentos de reavivar su campaña con mecanismos de demagogia discursiva, no logró remontar en las simpatías, pues era un personaje de alcurnia que había vivido su infancia en EUA, que no representaba al grueso de una población precarizada, y que al confrontarse en un pleito con Peña Nieto, terminó siendo involucrado públicamente en un conflicto de lavado de dinero. Anaya finalmente quedó en segundo lugar y reconoció su derrota la misma noche de la elección.
A poco de iniciar la campaña, Margarita Zavala, esposa del expresidente Felipe Calderón y candidata independiente, fue presionada por distintos empresarios y terminó declinando en favor de Ricardo Anaya. Lo mismo se intentó con José Antonio Meade, sin lograr persuadirlo, pues Peña Nieto se encontraba bastante distanciado del candidato panista.
El relato del “viejo conocido” llegó a su fin y amplias capas optaron por un cambio, encontrando en la izquierda una opción de representación. Andrés Manuel López Obrador, el actor que se posicionó desde 2006 como el opositor al bloque neoliberal ganó finalmente la presidencia de la república, gracias al movimiento subalterno que se había organizado para disputar la conducción estatal durante todos esos años. Su propuesta de regeneración nacional tocó la necesidad de recomponer las mediaciones nacionales afectadas por el proyecto neoliberal desnacionalizante y canalizó el descontento popular.
La candidatura de AMLO suscitó el apoyo de las clases populares obreras y campesinas; de diversos estratos de las capas medias precarizadas, flexibilizadas y empobrecidas, hartas del modo corrupto de gobernar y sin posibilidades de ascenso de clase; e incluso de algunas fracciones de las burguesías mexicanas, descontentas por la distribución desigual de la tajada del pastel, en beneficio de los allegados a los grupos políticos dirigentes del bloque neoliberal[4].
La noche de la elección, Meade y Anaya reconocieron su derrota y los cómputos anunciaron la victoria de López Obrador con el 53.19% de los votos, equivalente a 30 millones 113 mil sufragios (INE, 2018), la mayor votación de la historia. El triunfo de AMLO fue acompañado por una victoria contundente de mayoría parlamentaria de Morena en las cámaras de diputados y senadores y en numerosos gobiernos municipales y locales.
El 1º de diciembre, al tomar protesta, AMLO declaró el fin del neoliberalismo (López Obrador, 2018) como política pública e hizo un llamado a desarrollar una 4ª transformación del país, tomando como referentes los tres grandes paradigmas de la historia nacional (la independencia de 1821, la reforma de 1857 y la revolución de 1910).
La crisis de hegemonía del Estado neoliberal no se tradujo, sin embargo, en el derrocamiento per se del Estado neoliberal ni en la constitución de una nueva forma de Estado, aunque esa intención se ha manifestado desde 2018, con el despliege de un conjunto de programas sociales con carácter universal para la disminución de la pobreza y la desigualdad con miras a la inclusión de masas precarizadas al proyecto de Estado. Aún es temprano para adelantar si eso ha significado el fin del Estado neoliberal.
[1] Durante la alternancia presidencial entre el PRI y el PAN, Fox planteó que la sociedad misma debía calcar el modo de vida empresarial como eje de articulación, asegurando que lo importante era la pequeña propiedad de un “changarro” o negocio individual, lo que no solo acentuó la individualización atomizada, sino también la informalización de la mano de obra y la autoexplotación.
[2] El PRIAN actuó unificadamente en múltiples operativos de represión a movimientos sociales en Atenco, Oaxaca, Michoacán y Coahuila, sumando fuerzas policiales y paramilitares federales y locales, como confesó Enrique Peña Nieto en la Universidad Iberoamericana el 11 de mayo de 2012.
[3] El PRD por su parte, durante ese sexenio se enfrentó a una crisis interna que dividió a sus tribus entre los afines al obradorismo y los que propusieron una relación más tersa con el gobierno de facto para garantizar la estabilidad gobernante. Ganaron los segundos con el triunfo cuestionado de Jesús Ortega en 2008 y ahí inició su propio proceso de tambaleo que fue dificultando su capacidad de mediación en la relación Estado-sociedad hasta que finalmente López Obrador renunció y dio inicio a la creación de un partido propio que aglutinara al movimiento que había cultivado desde 2006 y que tuvo por nombre Movimiento de Regeneración Nacional (MORENA).
[4]La burguesía mexicana también se había visto presionada ante la magnitud de la crisis y algunos de sus integrantes cambiaron de barco a última hora bajo el llamado de Alfonso Romo y Tatiana Clouthier, dos personajes cercanos a la burguesía de Nuevo León que se incorporaron a la campaña de AMLO.
Conclusiones:
La crisis de hegemonía del Estado neoliberal mexicano se suscitó debido a su carácter estructural neooligárquico, que, al estar enfocado a favorecer exclusivamente a las burguesías trasnacionales y financieras, excluyó de la representación política a las clases subalternas, a quienes se les cargó el costo del giro neoliberal.
Fueron las clases subalternas quienes cargaron los grandes rescates financieros, las privatizaciones, las transferencias de valor a partir de sus impuestos, la pulverización de los salarios mínimos, el aniquilamiento de las conquistas laborales y la guerra interna contra el narcotráfico. Esas clases subalternas se rebelaron en numerosos movimientos de impugnación a lo largo del ciclo del Estado neoliberal, comenzando en 1988 con el movimiento neocardenista y continuando con el levantamiento neozapatista de 1994, sin embargo, dichas primeras impugnaciones no lograron el declive del Estado neoliberal, debido a la imposibilidad para hacerse de la conducción estatal.
La hegemonía del Estado neoliberal se erigió sobre una irradiación cultural de la globalización capitalista de principios de la década de los 90s, que difundió valores como el consumo individual, la meritocracia del esfuerzo o la riqueza como horizontes civilizatorios a los cuales aspirar y a través de los cuales se podría alcanzar la felicidad. Esa cosmovisión cultural se arraigó fuertemente en la diversidad de las clases sociales mexicanas, generando un ambiente de competencia interna y diluyendo la organización política, sin embargo, con el paso del tiempo, esa cosmovisión cultural resultó insuficiente frente a la descomposición de la representación política.
Con la reestructuración estatal de principios del siglo XXI, las mediaciones del Estado nacional-desarrollista del siglo XX se desgastaron, pues se agotó el discurso de inclusión general de todas las clases sociales dentro de la unidad nacional. Mediaciones como el corporativismo, el clientelismo o el presidencialismo subsistieron, sin embargo, ante la ausencia de una inclusión nacional de la diversidad clasista, el Estado neoliberal adoptó una forma neooligárquica y excluyente, lo que fue mermando su capacidad de representación política, de mediación entre Estado y Sociedad civil y restringió su legitimidad social.
El Estado neoliberal desplegó una representación exclusiva de las burguesías trasnacionales y financieras, lo que paulatinamente fue articulando la conducción estatal bajo una orientación autoritaria y represiva, lo que se expresó sobretodo luego del fraude de 2006, con el deterioro de la legitimidad del Estado y la guerra de shock de Felipe Calderón.
Esa situación de degradación de la legitimidad y de ruptura de la relación de representación política provocó una descomposición estatal que gestó la crisis de hegemonía del Estado neoliberal. La autoridad estatal entró en período de intenso declive y las clases subalternas excluidas de la conducción estatal incrementaron las impugnaciones comenzadas en 1988.
El movimiento contra el fraude electoral y por la democratización nacional de 2006 dio pie al inicio de un ciclo de movilización sociopolítica antineoliberal que se planteó seriamente a disputa de la conducción estatal, construyendo un nuevo bloque de poder a partir de una alianza entre algunos sectores de las clases subalternas, una izquierda institucional y sectores de la burguesía descontenta, lo que habría de construir un nuevo partido, el Movimiento de Regeneración Nacional (MORENA), que irrumpió en el sistema de partidos en las elecciones intermedias de 2015.
La constitución de un nuevo movimiento sociopolítico antineoliberal alcanzó su punto álgido en 2018, con la llegada de MORENA a la presidencia y con la victoria de la mayoría en las cámaras del poder legislativo. Sin embargo, a pesar de esas victorias, eso no quiere decir el fin del Estad neoliberal. Llegar a la presidencia y a la mayoría legislativa no ha implicado per se, la desarticulación del Estado neoliberal ni el fin de sus crisis de hegemonía, al contrario, ha implicado la apertura de un nuevo ciclo de disputa que aún sigue vigente.
Bibliografía:
López Obrador, A. M. (2018). Secretaría de Economía de México. Obtenido de Secretaría de Economía de México: https://www.youtube.com/watch?v=OFEbDQwka5A
Córdova, A. (1994). La formación del poder politico en Mexico. México: Era.
Badillo, M. (03 de febrero de 2019). Festín de medios con publicidad oficial: Peña les dio 52 mil millones. Obtenido de Contralínea: https://contralinea.com.mx/festin-de-medios-con-publicidad-oficial-pena-les-dio-52-mil-millones/
DeSousa Santos, B. (2020). Diálogos por la democracia. (J. Ackerman, Entrevistador)
Esquivel, G. (2015). Desigualdad extrema en México. Concentración del Poder Económico y Político. México: Iguales/Oxfam.
Expansión. (05 de febrero de 2019). Calderón, Zedillo y otros exfuncionarios que han usado 'la puerta giratoria'. Obtenido de Expansión: https://politica.expansion.mx/mexico/2019/02/05/calderon-zedillo-y-otros-exfuncionarios-que-han-usado-la-puerta-giratoria
Forbes. (20 de julio de 2016). Felipe Calderón estrena trabajo en filial de Iberdrola. Obtenido de Forbes: https://www.forbes.com.mx/calderon-estrena-trabajo-se-suma-filial-eu-iberdrola/
Gramsci, A. (1984). Cuadernos de la Cárcel. Era: México.
INE. (06 de julio de 2018). Central Electoral /INE. Obtenido de Central Electoral /INE: https://centralelectoral.ine.mx/2018/07/06/da-conocer-ine-resultados-del-computo-de-la-eleccion-presidencial-2018/
Medina, T. (2003). Ideología y praxis política de Lázaro Cárdenas. México: Siglo XXI.
Oliver, L. (2016). México. El Estado integral en el siglo XXI: crisis de hegemonía, y cambios en la ecuación Estado sociedad. Una mirada con Gramsci. En L. Oliver, Transformaciones recientes del Estado integral en América Latina. Críticas y aproximaciones desde la sociología política de Antonio Gramsci. México: UNAM/ La biblioteca.
Roux, R. (2005). El príncipe mexicano. Subalternidad, historia y Estado. México: Era.
Villamil, J. (2015). La caída del telepresidente. De la imposición de las reformas a la indignación social . México: Grijalbo.
Palabras clave:
crisis de hegemonía, Estado neoliberal, representación política
Resumen de la Ponencia:
La investigación, es un estudio de caso del “motín” ocurrido en la Unidad n°1 en noviembre de 2007, en relación a la responsabilidad del Estado. Teniendo en cuenta las violaciones a los derechos humanos, el tratamiento del caso por parte de la justicia provincial y debatiendo la responsabilidad estatal de muertes en contexto de encierro y más aun muertes traumáticas como en este caso. En el “motín”, ocurrido en la Unidad n°1 de Santiago del Estero Argentina, en noviembre de 2007, fallecieron al menos 39 internos, los cuales habitaban el pabellón 2. Si bien, oficialmente el incendio que terminó con las vidas de estas personas, se enmarca en un contexto de amotinamiento e intento de fuga, los familiares y sobrevivientes sostienen que no existió tal acontecimiento. Sino, una protesta por violaciones a los derechos humanos de forma sistemática y vejaciones a los familiares durante las visitas. Por lo ocurrido, fueron condenados en 2015 tres agentes penitenciarios y absueltos seis. La Cámara del Crimen de Tercera Nominación sentenció a Carlos José Salomón a cinco años de cárcel; a Mariano Arturo Cuellar a cuatro y a Manuel Ocampo a tres, además de inhabilitarlos para ejercer cargos públicos por 10, 7 y 5 años, respectivamente. Por otra parte, el tribunal integrado por los camaristas José Luis Guzmán, Federico López Alzogaray y Elida Suárez de Bravo condenó al Estado provincial a pagar una indemnización de 130.000 pesos a familiares de una de las víctimas, Carlos Oscar Bustamante, y 230.000 pesos a los padres de los hermanos Oscar y Eduardo Orellana, que murieron quemados. Se lleva a cabo un análisis desde la perspectiva subnacional, teniendo en cuenta el contexto de reconfiguración de la política provincial. El motín, ocurrió a solo tres años de la intervención federal en 2004, que incluyó al sistema penitenciario y un año después del ingreso del régimen zamorista al poder en 2005. En este sentido, debatir sobre la responsabilidad estatal en muertes en contexto de encierro, resulta un ejercicio relevante, en tanto que podríamos decir existe una deuda con respecto a pensar estás muertes en marcos de Estados democráticos. Como método, se emplea el análisis documental de medios de comunicación y del juicio, reflexionando sobre los fundamentos de la sentencia, la tipificación y el desdibujamiento de la responsabilidad estatal. También, se tendrá en cuenta el testimonio de los familiares, sobrevivientes y profesionales que trabajaron en los años previos y durante el motín.Resumen de la Ponencia:
Planteamiento y objetivo. En México la desaparición forzada es un proceso relacionado con el Estado porque puede iniciar como una detención policial o militar. Se trata de una consecuencia de políticas inicialmente ligadas a la presunta guerra contra el narcotráfico. En esta ponencia se analizan los testimonios de estudiantes universitarios que, bajo diferentes argumentos, fueron privados de su libertad y amenazados de muerte y desaparición forzada por policías de la Ciudad de México y del Estado de México en actos extrajudiciales. Método. Estudio cualitativo basado en entrevistas con seis estudiantes de educación superior que fueron privados ilegalmente de su libertad por policías del Estado de México o de la Ciudad de México. Discusión. Todos los casos dan cuenta de faltas periciales al debido proceso y revelan la producción social de la criminalización y sobre todo el riesgo de desaparición como una amenaza inherente a la condición social de ser joven y estudiante. Conclusiones. Los jóvenes que han sobrevivido a las detenciones ilegales juegan un papel decisivo para aportar evidencia explicativa respecto a la magnitud de la desaparición forzada, quizá la crisis humanitaria más grave en México en materia de violaciones a Derechos Humanos.Resumen de la Ponencia:
El trabajo que se expone tiene el objetivo de realizar un análisis reflexivo sobre la relación social entre el Estado y la sociedad campesina acotada a quienes producen café de especialidad, a partir de las transformaciones del Estado nacional de México en su contexto histórico y del despliegue de políticas públicas de desarrollo. El análisis se acota a campesinos que se dedican a la producción de café, quienes dan cuenta del impacto que tuvieron las políticas neoliberales en su dinámica productiva y de reproducción social, ya que fueron fuertemente afectados a partir del año 1989, cuando la aplicación del neoliberalismo se profundizó. Sin embargo, en el sexenio 2018-2018 existe un discurso de estar en contra de procesos neoliberales al tiempo que fortalecen la relación con la sociedad rural de manera individual, en tanto, se eliminaron las intermediaciones con las organizaciones campesinas, por lo cual, este trabajo pretende identificar la relación que se perfila en este periodo, en contra posición con sexenios pasados.
Introducción:
Debido a los cambios que se presentan en las políticas de desarrollo, en particular las que se dirigen al sector rural durante el sexenio actual (2018-2024), consideramos importante realizar un análisis que parte de reflexionar sobre la relación Estado-sociedad, debido a que el actual gobierno federal parece contar con elevada legitimidad en la sociedad con menos recursos económicos, entre ellos, el sector rural. Ahora bien, este análisis se centra eminentemente en la dinámica del Estado con respecto a la sociedad campesina, de manera particular los campesinos que se dedican a la producción de café, asimismo se busca exponer las acciones y las estrategias que se configuran desde este sector social en este cambio de la relación.
Esta situación se dio de acuerdo a nuestra perspectiva porque aumentó la desigualdad en nuestro país entre 1980 y 2014, en ese sentido, es por demás sabido que entre mayor desigualdad existe en un país, menor es su capacidad democrática porque el Estado de derecho es débil y porque la ciudadanía no puede participar en igualdad de condiciones en la vida política del país. Sin embargo, en el año 2018 se elevó la participación ciudadana en los comicios, en gran medida porque se presentó como la única vía posible para generar cambios y con ello, se observa que el gobierno federal volvió a cobrar legitimidad entre la sociedad rural.
El análisis de la relación del Estado con la sociedad se mantiene, en particular los campesinos que están involucrados en procesos productivos comerciales, aquellos que se dedican a la producción de café, un grupo de productores de relevancia en México porque el café es un grano de exportación por excelencia y de gran importancia para la economía familiar de los campesinos del sur de nuestro país.
Por otra parte, los campesinos que mencionamos, dan cuenta del impacto que tienen las políticas neoliberales en su dinámica productiva y de reproducción social, ya que fueron fuertemente afectados a partir del año 1989, cuando la aplicación del neoliberalismo se profundizó, por ejemplo, con la liberalización comercial de la producción agropecuaria.
En un primer apartado se discute el origen del Estado moderno, con sus particularidades en México y sus transformaciones, para cumplir su función principal que es posibilitar la reproducción de capital, por ello, los cambios del Estado se marcan por este proceso.
En un segundo apartado se analiza la relación que el Estado establece con campesinos que se dedican a la producción de café, que están organizados en colectivos que se configuraron por las dinámicas propias que genera su relación con el Estado, al tiempo que también es la pauta para modificar sus colectivos en ciertos momentos; sin embargo, los campesinos han sido capaces de sostener esa relación a pesar de sus rupturas coyunturales.
En esa dinámica, los campesinos permanecen en su forma de reproducción y producción campesina, aun cuando históricamente desde el Estado persiste la intención de integrarlos a la reproducción del capital, o bien, convertirlos en agroempresarios y cuando no cumplen con dichas expectativas los consideran únicamente población en situación de pobreza.
La metodología de investigación se basa en general en una perspectiva histórico estructural, en tanto, se reconoce al Estado como una estructura que surgió como una necesidad de la reproducción del capital para solventar los conflictos entre las clases existentes en una sociedad, así mismo es una estructura que se transforma de acuerdo con la etapa histórica del capitalismo. También se retoma la perspectiva metodológica del Estado integral de Gramsci que explica en términos contemporáneos Oliver (2009) con su concepto de Estado ampliado, que en esencia lo que plantea como eje de análisis metodológico es considerar que la sociedad civil es una ampliación del Estado porque es la sociedad quien legitima y en dónde se ejerce la hegemonía del Estado, esto último es de fundamental importancia porque consideramos que desde esta perspectiva se reconoce que los cambios en las lógicas del Estado también dependen de la sociedad civil y no sólo de la sociedad política.
Desarrollo:
El Estado en México y la sociedad civil rural
El Estado surgió derivado de la desigualdad de las clases sociales y debido a la conflictividad fundada en un antagonismo de carácter económico, esta situación genera que algunas clases predominantes con mayor poder económico desarrollen acciones casi de exterminio de otras clases sociales. Por esta razón, una de las funciones fundamentales del Estado es evitar ese exterminio sin sentido, por lo cual, esta estructura se vuelve necesaria como un instrumento para ejercer poder sobre la sociedad en general, para fungir como intermediario en los conflictos y mantener un orden en las relaciones sociales (Engels como se citó Fábregas, 1976).
El Estado como instrumento de control refleja una continuidad de la desigualdad de clases antagónicas (Fábregas, 1976). Sin embargo, el Estado moderno capitalista es algo más que un aparato de poder, también es un espacio de construcción político-ideológico y político-militar que se encuentra en constante disputa, es decir, una relación de fuerzas permanente, pese a ello, “…el Estado es ante todo una necesidad de la historia, en tanto es el poder necesario para organizar orgánicamente a la sociedad moderna” (Gramsci como se citó Oliver, 2013,57).
Es así como el origen del Estado se encuentra inmerso en una contradicción porque, por un lado, tiene el objetivo de poner orden en una sociedad y por otro pretende eliminar las desigualdades sociales de las cuales precisamente surgió.
En el contexto de América Latina, la formación y desarrollo de los Estados nacionales surgieron de la empresa del colonialismo, con la premisa de que los colonizadores tenían que lograr la civilización de las sociedades consideradas primitivas, mismas que solo podían hacerlo a través de la construcción de un Estado nacional, así las sociedades colonizadas primitivas o de la barbarie podían superar esta condición y lograr la civilización de carácter occidental (Fanon, 2001).
En este sentido, el colonialismo también permite explicar el surgimiento de los Estados nacionales en América Latina, rasgo que se expresa, entre otras características, en las actitudes coloniales de su clase política. El Estado Nacional Mexicano es pues producto del colonialismo, en tanto que fue creado para civilizar a la población originaria bajo la cultura occidental, refiriéndose a occidente en términos culturales y no como un referente geográfico.
El Estado nacional mexicano es parte de ese contexto, por lo que aún se pueden observar dinámicas coloniales en las diversas instituciones del Estado, porque el nuevo colonialismo o lo que algunos autores llaman colonialidad del poder[1], se puede observar a través del servilismo del Estado hacia los poderes económicos del sistema capitalista en el que estamos inmersos. Es decir, en los últimos cincuenta años, bajo la lógica de impulsar el desarrollo económico, se privilegió a las empresas con mayor poder económico del mundo para que se establecieran en el espacio nacional, mediante la generación de las condiciones que dichas empresas exigieron.
Desde la perspectiva económica, el Estado moderno resultó del impulso del capitalismo como régimen de acumulación, es decir, surgió recién con la sociedad burguesa capitalista y es un emblema característico del sistema económico capitalista (Hirsch, 2001). Asimismo, reconocemos que, si bien, expresa la relación de capital, también es una entidad de poder institucional para establecer una relación poder-sociedad, de tal forma que el Estado no puede determinarse solo por un poder económico productivo, sino también político, cultural y social (Oliver, 2009).
El Estado expresa la relación del capital a través del establecimiento de un poder legítimo único basado en el uso de la violencia, es decir, un entramado de relaciones sociales plasmado en “la dominación y el acuerdo, la obediencia y el reconocimiento, el consenso y la fuerza” (Roux, 2009 “264”; Hirsch, 2001); para que se logre esto se requiere de la hegemonía del grupo social que tiene el poder en la sociedad (Oliver, 2009), porque se requiere la aceptación del grupo dominado en una suerte de convicción.
El Estado es una relación social entre individuos, grupos sociales y clases, la condensación material de una relación de fuerzas sociales (Poulantzas, 1978); no obstante, de ninguna manera esa reflexión debe reducir al Estado a una correlación de fuerzas, porque el Estado contiene aspectos de gobierno, aspectos jurídicos para ordenar a la sociedad y de legitimación para aceptar a la élite política, (Hirsch, 2001).
En ese plano de discusión, el Estado es el momento político de la sociedad, en tanto, la política se entienda como el conjunto de deliberaciones, decisiones y ejecución de normas y prácticas que afectan a toda una comunidad. En ese sentido, el Estado adquiere el monopolio de la violencia física tal como refiere Weber, porque sobre todo implica monopolizar las acciones de gobernar con el objetivo de mandar y exigir el cumplimiento de normas (Ávalos, 2015).
En esencia, el rasgo característico y fundamental del Estado es la autoridad legítima que posee (Ávalos, 2015; Roux 2005), porque toda la comunidad reconoce y acepta esa autoridad ajena a ella misma muchas veces, y a partir de esta situación se establece una relación de mando obediencia entre gobernantes y gobernados (Roux, 2005).
De esta forma, si bien, el Estado incluye a la sociedad civil básicamente para representarla porque se constituye de ciudadanos, al mismo tiempo la excluye porque el proceso estatal concentra la política (Ávalos, 2015), por tanto, a partir de esta inclusión y exclusión desde su origen se genera una relación orgánica entre la sociedad y el Estado, siempre determinada por el proceso histórico capitalista porque el Estado moderno es una construcción histórica, política y cultural (Oliver, 2013). Es decir, constituye la existencia de relaciones de dominación y poder.
Pese a las contradicciones de origen, la sociedad civil seguirá apelando a un futuro de Estado social en México, que sobreponga la justicia social como un objetivo prioritario de la agenda, que en todo caso la política económica encaminada a buscar estabilidad y crecimiento económico tenga como objetivo primordial el bienestar de la población porque es apremiante recordar que el Estado no sólo es un espacio de poder, pues también su función institucional es hacerse cargo de la redistribución de riquezas y, por tanto, de derechos (Cordera, 2014).
En este sentido, la relación de la sociedad con el Estado en México ha estado determinada en gran medida por el momento mundial del modelo económico y también por el devenir histórico que conformó al Estado en México, por lo que en la década de los treinta del siglo XX en particular con el presidente Lázaro Cárdenas, se apoyaron sectores sociales de la sociedad rural, se fortalecieron instituciones gubernamentales incluso para tutelar a los campesinos.
Desde 1940 y hasta mediados de 1970, existió un capitalismo de Estado con el que las instituciones gubernamentales no sólo intermediaban en los procesos productivos, incluso estaban a cargo de algunos procesos como la producción de fertilizantes, las telecomunicaciones, entre otros procesos.
Sin embargo, a finales de la década de los setenta el modelo económico en el mundo cambió porque los mercados del mundo se abrieron, derivado del exceso de capitales en países altamente industrializados, por lo que, el Estado mexicano se integró a ese proceso en una forma subordinada y se abrieron los mercados, enseguida devino una crisis por precios en el petróleo y con ello se argumentó la necesidad de cumplir con la “recetas” dictadas por el Consenso de Washington, con lo cual, se profundizó el neoliberalismo en México.
En el siglo XXI, se mantuvieron esas reglas del neoliberalismo dogmático, al mismo tiempo que se dio un proceso de alternancia política; sin embargo, mantuvieron la misma lógica de ser un Estado eminentemente al servicio del capital transnacional, al mismo tiempo se profundizó el uso de la violencia no sólo desde el Estado, debido a que avanzaron los procesos de organizaciones violentas.
En el periodo presidencial actual (2018-2024) se presentan algunas reformas del Estado, volcándose por un capitalismo de Estado, con la producción energética y para el caso agropecuario se está reactivando Seguridad Alimentaria Mexicana (Segalmex), entre otros procesos. A esta situación se agrega que en el imaginario de una parte importante de la sociedad nacional, existe la expectativa de que el Estado actual en México les restituya sus derechos, por tanto, están apelando a la construcción de un Estado Social Mexicano.
La relación del Estado con la sociedad campesina de México
En el caso particular de México, históricamente el Estado terminó de constituirse en la década de los treinta y se institucionalizó la relación de mando-obediencia entre gobernantes y gobernados. Misma época en que prevalecía el periodo presidencial de Cárdenas, en el cual se integraron a los trabajadores, campesinos y empresarios a través de corporativos, por lo que se generaron las condiciones para configurar un Estado corporativo, siempre centralizando el poder en la figura presidencial, además con un partido de Estado que hacía la función de intermediario con los diversos corporativos. Ahora bien, esta configuración fue resultado tanto del momento histórico del capitalismo como de la intensa lucha de la sociedad para ser incluida en el aparato estatal (Roux, 2005).
De esta forma, tenemos que en el caso de México la relación entre el Estado y la sociedad civil se fincó sobre la base de un corporativismo estatal. Por su parte, la sociedad aceptó desarrollarse en esa lógica de relación y el Estado logró controlar a la sociedad por ese medio. De manera más específica, la sociedad campesina históricamente se generó la idea de que el Estado mexicano se configuró con representantes de la base popular, debido a que surgió a raíz de una revolución mexicana y después, en la década de los años 30 del siglo XX, el Gral. Lázaro Cárdenas logró ser presidente por el apoyo masivo de la clase campesina principalmente (Ortiz, 2001). Por tanto, el presidente de esa época representaba intereses populares, al menos en términos simbólicos o imaginarios y la sociedad rural lo consideró así.
A partir de este contexto, la relación entre la sociedad campesina y el Estado puede analizarse a través de los rasgos gubernativos, por ejemplo, con el diseño de políticas públicas que se encaminan a impulsar el campo porque dichas políticas afectan o benefician intereses de los campesinos.
En el caso del sector cafetalero, después de haber sido tutelados desde 1956, a través del Instituto Mexicano del Café (Imecafé), fueron abandonados por el Estado a partir de 1989. En ese mismo año se anunció la desaparición del Inmecafé, por tanto, desapareció también el sistema de subsidios, asistencia técnica, crédito y comercialización de su producto.
Por otra parte, el Estado dejó de cumplir funciones de regulación ante el mercado internacional porque había demandas para que México abriera sus mercados al tiempo que debía dejar de subsidiar a los productores del aromático para integrarse a la competencia de libre mercado.
En el plano internacional, el mercado del grano se ajustó a la liberalización comercial, por el cambio de funciones de la Organización Internacional de Café (OIC), que era el organismo internacional por medio del cual se regulaba la oferta del grano para evitar la depresión de los precios, o que algunos países productores obtuviesen mayores ventajas. De esta manera, la liberación de las cuotas de exportación, fue un mecanismo propicio para que la ley de oferta y demanda comenzara a definir los parámetros de las relaciones comerciales entre países productores de café y países consumidores del grano.
Esta situación puso al sector cafetalero en total indefensión ante el libre mercado, puesto que a finales de la década de los ochenta, los caficultores minifundistas dependían en buena medida de la tutela del Estado, por lo que enfrentaron una de las crisis más devastadoras, los cafeticultores minifundistas tuvieron que buscar formas de sobrevivencia de manera rápida porque además se presentó un momento de bajos rendimientos productivos por los impactos climáticos.
Con esta crisis se evidenció que las políticas enfocadas a convertir a los campesinos en agroempresarios para satisfacer la demanda de café de países principalmente fríos, sólo se convirtió en una falsa promesa, puesto que la dinámica de libre mercado nunca permitió que los productores alcanzaran grandes beneficios, mientras tanto, los precios del aromático se deprimieron, la producción decayó por los efectos del clima y la tecnología no estuvo al alcance de todos, por lo cual tampoco fue posible superar la crisis ante los impactos del clima y tampoco lograron recuperar la producción perdida (Santoyo, et al.,1992).
Pese a los grandes fracasos que se observaron, los campesinos fueron quienes vivieron las consecuencias desastrosas y el Estado mexicano continúo su dinámica de cumplir con funciones para generar las condiciones de la reproducción del capital. Más aún, se profundizó el libre mercado mediante el establecimiento de convenios internacionales que pusieron de manifiesto el retiro del Estado en procesos productivos rurales. Este hecho se evidenció con la entrada del Tratado de Libre Comercio de América del Norte (TLCAN).
De esta manera, a través de las políticas públicas dirigidas al campo, en este caso, se refleja la actuación del Estado de acuerdo con el contexto del sistema económico internacional, lo cual impacta en su forma de relacionarse con la sociedad porque como describimos antes, el Estado llegó a tutelar al campesinado y generó dependencia, al grado de que los campesinos hacían lo que les pedían para contar con los mínimos apoyos.
Una vez que el Estado generó tal contexto de dependencia, los arrojó al libre mercado y los campesinos que ya eran cafeticultores se mantuvieron, se reinventaron mediante sus organizaciones, para afrontar la aplicación de políticas neoliberales; ya que si bien, estos cambios provocaron una ruptura entre el Estado y el sector campesino dedicado a la producción de café, estos procesos de crisis también demostraron que dicho sector fue capaz de generar respuestas, estrategias y luchas particulares ante las grandes transformaciones de su relación con el Estado.
Pese a que la relación entre este sector campesino y el Estado mexicano se volvió tensa, los campesinos dedicados a la producción de café, nunca deslegitimaron al Estado, por tanto, continuaron realizando demandas para obtener apoyos en sus procesos productivos. De esta manera, la experiencia de los campesinos cafeticultores permite reflexionar sobre las transformaciones del Estado mexicano, y cómo incide en la relación con la sociedad campesina. Porque en primer término para el Estado fue propicio controlar a la sociedad a través de relaciones corporativas que obligaron a muchos campesinos a insertarse en procesos productivos dirigidos al mercado exterior. Posteriormente, con los cambios en la lógica de reproducción capitalista, el Estado dejó de tutelar a los cafeticultores que éste mismo alentó en su momento, posteriormente los orilló a insertarse en la competencia de libre mercado, ya que eran las exigencias internacionales.
Por un lado, con los cambios que se observaron en el Estado a partir del año 1990, los campesinos organizados empezaron a definir formas diferentes de relacionarse con dicha estructura, ya que derivado de sus tensiones, se produjo una ruptura con quienes se autodefinieron independientes.
Esta coyuntura propició la oportunidad para conformar una alianza entre diversas organizaciones campesinas que se proclamaron por la autonomía, con la Unión Nacional de Organizaciones Regionales Campesinas Autónomas (UNORCA). Aunque declinó muy pronto porque en 1990 dejó de funcionar, con esta alianza los campesinos aprendieron a trabajar en colectivo, alejarse del corporativo oficial y continuar con su producción para el mercado internacional, manteniendo su reproducción social (Rubio, 2007).
Las organizaciones independientes que agrupaban a los caficultores minifundistas se mantuvieron mediante la apropiación de su proceso productivo, por tanto, su autonomía estaba acotada a la autogestión, al tiempo que sostuvieron la relación con el Estado sin caer en el carácter corporativo de otras agrupaciones, porque buscaron independizarse en términos políticos, ideológicos y organizativos. En general se plantearon que el Estado dejara de intervenir en sus procesos privados de organización (Moguel, 1992).
Por estas razones, consideramos que el desarrollo histórico del capitalismo marca la relación entre el Estado y la sociedad, sin que por esto implique anular por completo las estrategias que los campesinos –en este caso- construyen para mantener su reproducción social.
Las organizaciones campesinas de café orgánico, que comercializan bajo condiciones de comercio justo, forman parte de las organizaciones que se manifestaron para ser autónomas; sin embargo, estos colectivos presentan transformaciones que se deben a la tensa relación con el Estado, no obstante, mantienen su objetivo en el plano productivo; en consecuencia sus demandas son de carácter sectorial con la finalidad de preservarse dentro de un sistema que les permita mantener su economía campesina junto con su experiencia organizativa.
A pesar de la ruptura inicial de las organizaciones con el Estado y su declaración de independientes frente a este, las demandas de dichas organizaciones se mantienen vigentes, las cuales se definen por el acceso al crédito bancario y el fortalecimiento de su infraestructura con la finalidad de mantener la apropiación de su proceso productivo[2] y continuar con su inserción en el mercado internacional, en ese sentido, la relación con el Estado se mantiene de forma permanente.
Sin duda, la sociedad campesina, en este caso los cafeticultores, en su constitución como organizaciones independientes adquirieron conocimientos que les permiten definir una agenda organizativa, productiva y comercial, por ello, sus demandas las estructuran de acuerdo con estas necesidades, con tensiones constantes, puesto que, en ciertos momentos se han manifestado de frente al Estado, como en el año 2000 cuando inició la segunda etapa del TLCAN con la desgravación masiva de las importaciones agroalimentarias, ante lo cual, los campesinos se manifestaron a través del movimiento “El campo no aguanta más” (Quintana, 2004) y lo hicieron como sociedad organizada.
Los cafeticultores se distinguieron en ese movimiento, por ejemplo con la Coordinadora Estatal de Productores Cafetaleros de Oaxaca (CEPCO) y la Coordinadora Nacional de Organizaciones Cafetaleras (CNOC), ésta última agrupa a casi todas las organizaciones de pequeños productores del país. Con este hecho se muestra que las organizaciones cafetaleras tienen una trayectoria de acción política, que en algunos momentos puede ser mediante movilizaciones y en otros casos, con la disputa o negociación en el diseño de políticas públicas sectoriales; en cualquier caso no abandonan su relación con el Estado a pesar de las tensiones derivadas de las políticas públicas que en general buscan reproducir el capital privado internacional. Precisamente por eso último, los campesinos organizados despliegan acciones de rechazo a diversas políticas, por lo que, la relación del Estado con la sociedad campesina es tensa y compleja.
Otro elemento del despliegue de las políticas dirigidas al campo permite analizar que en la medida en que se privilegia que el gasto público se dirija al combate a la pobreza y no al fomento de la producción agrícola, se generan tensiones con la sociedad campesina organizada, lo cual se pudo observar desde finales de 1980 y hasta el año 2018, ya que estos campesinos tienen una agenda productiva y organizativa, misma que tratan de exponer ante el Estado porque tampoco renuncian a esa relación.
Se observan contradicciones; sin embargo, es parte de las actuaciones tanto del Estado, como de la sociedad campesina, en la medida en que, en ambos espacios se ejecutan estrategias para cumplir sus objetivos. Algunas organizaciones campesinas de los estados de Chiapas y Oaxaca, dan cuenta de sus formas de relacionarse con el Estado con el objetivo de establecer demandas en beneficio del sector cafetalero.
Por otra parte, las tensiones que se generan en la relación orgánica Estado-sociedad campesina responde a las exigencias que el Estado cumple en la reproducción del capital, en tanto ha favorecido los objetivos de empresas multinacionales en los últimos cincuenta años, con las condiciones que genera para que éstas amplíen sus tasas de rentabilidad en México, aunque muchas de éstas condiciones demeritan los procesos campesinos.
Lo anterior, se argumenta en términos empíricos con el caso de la empresa Nestlé que se instaló en el año 2011 en Puerto Madero, Chiapas porque el Estado facilitó su instalación, entre las facilidades incluso otorgó recursos públicos para la infraestructura de la industria, con el argumento de impulsar un proceso de desarrollo regional (Sánchez, 2015).
Por su parte, la sociedad campesina procura integrarse en el diseño de las políticas públicas, ya que con ello tienen la posibilidad de contar con mínimos beneficios. No obstante, este proceso es complejo porque el diseño de las políticas dirigidas al campo depende de las corrientes político-ideológicas que prevalecen en cada momento histórico del Estado.
Hasta el año 2018 lo que observamos es que la relación entre el Estado y la sociedad estuvo determinada por los procesos económicos mundiales, en tanto la política que se adoptó de manera dogmática fue la integración al proceso de globalización neoliberal, que significó eminentemente subordinarse a los intereses de las empresas multinacionales porque se argumentó que esa era la vía para atraer capital privado al espacio nacional y por tanto estas generarían empleos que a su vez dinamizara la economía nacional. Sin embargo, nada de esto sucedió, en cambio la relación entre el Estado y la sociedad campesina se tensó porque se vulneraron muchos derechos para darle preferencia a los derechos empresariales.
A partir del relevo de gobierno el 1 de diciembre del 2018 en México, se presentaron algunos cambios con respecto a la función del Estado para la reproducción de capital, ya que si bien, no hubo cambios en el modelo económico, se observan reformas, en tanto que el aparato estatal dejó de ser subordinado ante los capitales transnacionales.
Por tanto, la relación entre el Estado y la sociedad da la impresión de ser más directa porque las políticas dirigidas al campo están centralizadas, los apoyos son individualizados, aún para aquéllos colectivos que tienen legitimidad por la histórica independencia que han tenido del Estado, ya que en el caso de los cafeticultores organizados, se pronunciaron como organizaciones autónomas.
Esta situación genera algunas tensiones porque los apoyos al campo son individualizados y por otra parte, desde las instituciones gubernamentales se mantuvieron los acuerdos con una empresa multinacional que ya estaba posicionada en territorio nacional. Éste es el caso de la industria de Nestlé, que concluyó su instalación en el año 2019 en el estado de Veracruz con una planta de café soluble. La instalación de dicha industria va en detrimento de los pequeños productores porque tendrá impactos negativos de orden ambiental, productivo y por tanto económico para las familias campesinas.
No obstante, desde las instituciones gubernamentales, si bien, no se apoyó directamente como en periodos anteriores, se alentó la instalación de la industria multinacional, con lo cual, se observa que no estamos de frente a cambios en la reproducción de capital, sólo se observan reformas que procuran mantener la estabilidad económica principalmente mediante políticas sociales que pueden abarcar amplios sectores de la sociedad, entre ellos, los campesinos.
Así las tensiones se mantienen entre la sociedad campesina y el Estado, por las decisiones de mantener la relación con empresas como Nestlé, asimismo avalar su dinámica productiva y comercial que afecta directamente a los cafeticultores campesinos que están organizados y que exportan cafés de alta especialidad.
[1] Colonialidad del poder, es un término al que se refiere Anibal Quijano, quien lo define en un contexto de historia de colonización; sin embargo, en la actualidad no se vive la violencia que existió en la época de colonización y las formas de colonizar son diferentes, debido a que en la actualidad están enfocadas en especial al plano económico con impacto en todos los demás ámbitos de la vida cotidiana de una sociedad, principalmente en las políticas del Estado, la cultura y las formas de crear conocimiento (Quijano, 1988).
[2] La apropiación del proceso productivo, de acuerdo a Bartra (1991), no sólo debe considerarse como una forma en donde las organizaciones se hacen cargo de su aparataje técnico-administrativo, ya que debe considerarse también como una nueva forma de hegemonía popular en el ámbito regional.
Conclusiones:
Observamos que el Estado sigue siendo una estructura que moldea a la sociedad, por tanto, se generan tensiones en su relación porque esto cambia de acuerdo con las exigencias de la reproducción del capital. Pese a ello, los campesinos no deslegitiman al Estado, sólo expresan demandas para que se les incluya o considere en la definición de las políticas públicas del campo porque esto les puede permitir mantener y continuar con su reproducción social campesina.
En este sentido, la sociedad campesina no da muestras de reflexionar sobre la legitimación que hace del Estado, sólo mantiene las tensiones, por lo que, valdría la pena valorar si en este periodo pueden superar esto para que la sociedad logre analizar que también construye al Estado al relacionarse con éste.
Finalmente, los cafeticultores organizados han demostrado tener la capacidad para adaptarse a los vaivenes del Estado; por ejemplo, en este periodo que los apoyos al campo son individualizados, contrario a lo que se pueda pensar, van a repercutir benéficamente porque en la medida en que estos pequeños productores de café puedan mantener sus procesos productivos, en esa medida pueden sostener su proceso organizativo que fundamenta su legitimidad en la realización de procesos productivos y comerciales, porque a través de sus colectivos continúan exportando el grano aromático.
Bibliografía:
Ávalos Tenorio, G. (2015). La estatalidad en transformación. Colección Teoria y análisis Universidad Autónoma Metropolitana – Unidad Xochimilco, Editorial Itaca, México.
Cordera Campos, R. (2014). El Estado social en México: vialidades y debilidades en Aguilar Villanueva, L. F. y Alatorre J. A. (Coord.) El futuro del Estado social. (pp.99-113) Universidad de Guadalajara Centro Universitario de Ciencias Económico administrativas, Instituto de Investigación en Políticas Públicas y Gobierno, Miguel Ángel Porrúa Librero-Editor, México.
Engels, Friedrich, (1976). Notas sobre el estado y la política, en, Andrés Fábregas, Antropología Política opus citada, Editorial Prisma, pp. 34-39.
Fanon, F. (2001). Sobre la cultura nacional, en Los condenados de la tierra, Fondo de Cultura Económica, pp. 188-227.
Hirsch, J. (2001). El Estado Nacional de Competencia. Estado, democracia y política en el capitalismo global. Universidad Autónoma Metropolitana - Unidad Xochimilco.
Marx, Karl, “Antropología de la política”, en Andrés Fábregas, Antropología Política (1976), opus citada, Editorial Prisma, pp. 29-34.
Moguel, J. (1992). Crisis del capital y reorganización productiva en el medio rural, en Moguel, Julio, Botey Carlota y Hernández, Luis (Coords.) Autonomía y nuevos sujetos sociales en el desarrollo rural, primera edición, siglo XXI editores, pp. 15-24.
Oliver, L. (2016). México. El Estado Integral en el siglo XXI: crisis de hegemonía, y cambios en la ecuación Estado sociedad. Una mirada con Gramsci, en Transformaciones recientes del Estado integral en América Latina. Críticas y aproximaciones desde la sociología política de Antonio Gramsci, Lucio Oliver (Coord.), Universidad Nacional Autónoma de México, Editorial Biblioteca Arte y Letras, México.
Oliver, L. (2013). Gramsci. La otra política. Descifrando y debatiendo los cuadernos de la cárcel. Universidad Nacional Autónoma de México, Editorial Itaca.
Oliver, L. (2009). El Estado ampliado en Brasil y México. Radiografía del poder, las luchas ciudadanas y los movimientos sociales, Universidad Nacional Autónoma de México.
Poulantzas, N. (1980), Estado, poder y socialismo, Siglo XXI editores, tercera edición en español, México.
Rubio, Blanca (2007). Las organizaciones independientes en México: semblanza de las opciones campesinas ante el proyecto neoliberal, en González Ayerdi, Francisco y Reveles Vázquez, Francisco (Coords.) Sistema Político Mexicano. Antología de lecturas, primera edición 2007, Universidad Autónoma de México, Facultad de Ciencias Políticas y Sociales, pp. 301-322.
Roux, Rhina (2005). El príncipe mexicano. Subalternidad, historia y Estado, Editorial Era.
Quijano, Aníbal (1988), Modernidad, Identidad y Utopía en América Latina.
Víctor, Q. (2004). El movimiento campesino mexicano y su impacto en las políticas pública. ponencia presentada en el Foro de la Sociedad Civil en Sao Paulo, Brasil.
Sánchez Juárez, G. K. (2015). Los Pequeños Cafeticultores de Chiapas. Organización y Resistencia Frente al Mercado, Centro de Estudios Superiores de México y Centroamérica de la Universidad de Ciencias y Artes de Chiapas.
Santoyo, et al. (1992). El café en la perspectiva del tratado de libre comercio (Universidad Autónoma de Chapingo. Memoria del seminario de investigación. Metepec, Pue. México, 1991), en Revista Cafés de México, No. 73.
Weber, Max (2008). Poder y dominación en Economía y Sociedad, Fondo de Cultura Económica, p. 43.
Palabras clave:
Estado, cafeticultores, políticas públicas, democracia.
Resumen de la Ponencia:
¿Cómo resiste el poder a la Crisis? ¿Cómo la resistencia deviene en poder de legitimación de toda clase política durante la Crisis? La resistencia ha sido básicamente comprendida como “fuerza”, tanto en el ámbito de la política como de la física, la inmunología y el militar (Caygill, 2016). En general , la literatura sobre resistencias entiende a estas dentro del campo de los estudios sobre movimientos sociales y acción colectiva, como expresión de un contrapoder M. Foucault (1999, 1979) y M. De Certeau (2000). En cambio, es menos estudiado el uso de la resistencia como estrategia hegemónica de los grupos en el poder. Las experiencias socialistas reales han sido contextos políticos por excelencia para observar qué ocurre con esta transfiguración de la relación poder-resistencia como correlato uno del otro: el poder de la resistencia sobre la resistencia al poder.La ponencia propone presentar los resultados de una investigación doctoral a partir de un caso específico: la experiencia del Socialismo cubano en el período histórico posterior al derrumbe de la URSS/CAME y hasta el restablecimiento de las relaciones con los Estados Unidos en 2014. El objetivo del mismo es analizar los modos y estrategias mediante los cuales el relato político oficial construyó un tipo de resistencia en la experiencia del socialismo cubano entre 1989 y 2014, durante el llamado Período Especial y presentar cuáles son los elementos entre Crisis y Resistencia que desde este caso específico, podemos repensar dentro de los estudios sociopolíticos y de gubernamentalidad.Resumen de la Ponencia:
La sociedad chilena esta viviendo un proceso de debate y rediseño institucional que presumiblemente terminará con el modelo neoliberal implantado por la dictadura militar entre fines de los años 70 y fines de los 80, e instalará un nuevo esquema de coordinación social. Dicho proceso de re diseño es la consecuencia del quiebre del consenso neoliberal que duró 30 años, y que el estallido social del 2019 y los hechos políticos posteriores, echaron por tierra. La ponencia intenta dar a conocer algunas notas de estudio que se proponen responder preliminarmente a una serie de interrogantes que vienen circulando en la opinión pública -académica- desde hace por lo menos tres años. Agrupamos las interrogantes en dos niveles de análisis: el micro y el macro. Intentaremos dar respuesta a las siguientes interrogantes. A nivel micro: ¿quienes son los movilizados o quienes se manifiestan por un nuevo orden político, económico y cultural?, ¿qué quieren los movilizados / manifestantes?, por ejemplo. Cuando decimos movilizados / manifestantes nos referimos no solo a quienes protestan / protestaron en la calle durante el estallido, nos referimos a quienes aprueban los cambios en la dirección de terminar con el neoliberalismo. Por otro lado, a nivel macro, por ejemplo: ¿Cuál es el contexto de la crisis y del propio proceso de re diseño?, ¿cuáles son las causas directas?, ¿Cuáles son las consecuencias previsibles de corto, mediano y largo plazo? La ponencia se inscribe dentro del estudio de la acción colectiva y el diseño institucional y se escribirá desde la sociología analítica y el diseño institucional republicano democrático. Tomamos la definición de diseño institucional neo republicana de Philip Pettit quien lo define como el conjunto de “intervenciones en todos los acuerdos que coordinan la conducta de los individuos dentro de la sociedad (y que) incluyen los procedimientos establecidos a nivel constitucional o legalmente, pero también abarcan cuestiones que están apenas sujetas a normas y convenciones o que están fijadas únicamente por presiones y perspectivas tácitas o registradas acaso ocasionalmente”. Consideramos el rediseño institucional como lo concibe el autor, es decir como “el conjunto de procesos de reorganización de las reglas del juego y de estructura de incentivos que reencamine la obtención de ciertos resultados económicos y sociales y no de otros. A veces incluye el recambio de los grupos que ejercen la hegemonía sociocultural, política y económico en un contexto de intercambio específico”. Se excluyen las fuentes por falta de espacio.Resumen de la Ponencia:
Desde 2019, se llevaron a cabo varios estallidos sociales en Latino América, dejando en claro muchas de las problemáticas vividas en los territorios, para el caso colombiano, la movilización social se da debido al descontento generalizado frente a la reforma tributaria, la reforma pensional y la reforma laboral durante el Gobierno de Ivan Duque, esto sumado a otros motivos como el incumplimiento de los acuerdos de paz, el asesinato de líderes sociales y excombatientes, la corrupción, la defensa del derecho a la protesta, entre otros.Estas problemáticas y descontentos se agudizaron a raíz del confinamiento por el COVID-19, se evidenció la gran brecha de la desigualdad, la fuerte represión estatal, el abuso de autoridad por parte de la fuerza pública, y el gran inconformismo por parte de la población y los movimientos sociales, lo cual desencadenó en una gran movilización y estallido social en 2021, generando grandes marchas, enfrentamientos, y organización popular. En este orden de ideas, esta ponencia analizará la influencia de la música en la movilización social, a partir de las representaciones y discursos construidos desde una estética musical y popular como forma de protesta. En un primer momento, se realiza un acercamiento a los antecedentes socio históricos de la música en relación con los movimientos sociales y la protesta social en el contexto latinoamericano tomando como referente los postulados de Touraine y Castells entendiendo la movilización social como terreno de disputa de la historicidad y “la organización colectiva de los modos de vida”, esto en relación con la noción de Eco de “canción distinta” como sinónimo de protesta a las condiciones históricas en las que se enmarca cada canción. En un segundo momento, partiendo de lo que W. Benjamin denomina la politización del arte desde la experiencia estética, se realiza un acercamiento a colectivos musicales, músicos independientes y “parches de músicos”, se evidencian las características de su activismo musical y la articulación colectiva de estos en torno al acompañamiento de los plantones, movilizaciones y acciones colectivas realizadas en el marco del paro nacional en dos puntos claves como lo fueron el Portal Resistencia, el Punto de Resistencia del Suroriente en la ciudad de Bogotá, esto para en un tercer momento desarrollar un análisis discursivo con un enfoque crítico de algunas producciones y composiciones musicales que se generaron en torno al paro nacional en 2021 y que tuvieron influencia en la opinión pública de los protestantes, referenciados por los postulados de Theodor Adorno y sus consideraciones respecto a las relaciones entre contenido, estética e ideología inherentes a cada obra musical.Resumen de la Ponencia:
El 2021 no solo dejó los estragos de la denominada pandemia por la Covid-19 para Colombia: aconteció el estallido social más largo, consistente y efervescente en toda la historia republicana. La ponencia que se propone para el ALAS 2022 es resultado de una investigación sistemática –que sigue en curso– de tal acontecimiento, cuyo método es el análisis de coyuntura política con perspectiva sociológica, esto es, categorías (estructura, clases sociales, lucha de clases, poder político, Estado, actores) y métodos (dialéctica materialista) que en esta disciplina se circunscriben a su tradición más rigurosa y constitutiva. Para ello, en un primer momento se mostrará, de forma general, los contenidos centrales del análisis de coyuntura como método sociológico a partir de legados marxistas situados en la contemporaneidad, puntalmente, el papel de la estructura y la coyuntura, lo que configura una acontecimiento contradictorio que se constituye en detonante, la mirada de corta, media y larga duración, los actores y la correlación de fuerzas. Ya en lo concerniente a la coyuntura concreta Estallido social de 2021 se describen y reconstruyen analíticamente sus detonantes a partir de: 1- el acontecimiento, esto es, el intento de reforma tributaria, la deuda externa y la corrupción; 2- una mirada de media duración, es decir, el análisis en perspectiva dialéctica partiendo de la última década del siglo XX, incluyendo un repaso breve a los gobiernos más incidentes en esta coyuntura hasta llegar a Duque. De este último gobierno se tratan sus principales rasgos políticos que demuestran la concentración del poder, con la cual se ha ido forjando un armazón jurídico (leyes, políticas, normas) e institucional (monopolio de los entes de control ) que sienta las bases de un Estado cuyas prácticas parecieran bordear el fascismo (limitación de las libertades y la protesta). La historia del Estallido Social 2021 la completan las masas, el pueblo, los actores populares que se alzaron con valentía durante más de 100 días confrontando de múltiples maneras el poder del Estado: campesinado, juventudes, pueblos étnicos, docentes, estudiantes y clases oprimidas en general. Pero también, como lo exige un análisis de coyuntura en clave sociológica, debe incluirse el papel del capital global, el imperialismo en sí que irradia y, dadas ciertas condiciones, determina las relaciones sociales incluyendo las manifestaciones concretas de lucha de clases. Preguntas a debatir en la ponencia: ¿Qué balances sociológicos pueden hacerse de esta coyuntura? Con base en tal balance ¿podrían presentarse, en el corto plazo, nuevos estallidos de este tipo en Colombia? ¿Hay aprendizajes que puedan sintetizarse y aportar a las futuras luchas populares colombianas ? ¿Cómo se ha reconfigurado el Estado (política, jurídica e ideológicamente) a partir de este acontecimiento? ¿Fueron más determinantes las contradicciones internas (miseria, hambre, desempleo…) que las leyes-tendencias del capital global?Resumen de la Ponencia:
La participación comunitaria es fundamental para atender las necesidades e intereses de la población, busca mejorar las condiciones de vida de los habitantes, y esta tiene un impacto en la transformación del espacio público en El Relleno de Finca San Juan, asentamiento informal localizado en las periferias de la capital de San José, Costa Rica. Este artículo busca comprender la relación entre las formas de participación de esta comunidad y las mejoras en el espacio público, a través de una investigación con un enfoque cualitativo, conformado por un análisis documental y trabajo de campo; con la aplicación de la observación participante, la fotografía social, entrevistas semiestructuradas, grupo focal y revisión bibliográfica. Estas técnicas permiten mostrar las transformaciones en el espacio público, y las formas de participación que se manifiestan por parte de las personas partícipes. Además, se expone dentro de estas formas participativas el rol del gobierno local y su influencia en la comunidad.Resumen de la Ponencia:
Esta entrega es parte de un trabajo de tesis más amplio que pregunta ¿cómo influyen los movimientos sociales en la aprobación de las leyes de despenalización del aborto en Uruguay (2012) y en Argentina (2020)?, como casos paradigmáticos de estudio en América Latina. En esta medida, se presentan los resultados del capítulo número dos que sería el estado del arte de la cuestión. Se recorren las principales fuentes teóricas y metodológicas que arrojan luz respecto al aborto en el continente-con mayor atención en Uruguay y Argentina-, desde las acciones colectivas y los movimientos sociales. Así, se intenta responder a preguntas que siguen este esquema de análisis: ¿cómo se ha trabajado el tema del aborto, de los movimientos sociales? ¿cuáles perspectivas son las más recurrentes y cuáles las menos? ¿qué autoras (es) y actoras (es) sociales son mencionadas (os)? ¿cómo se han investigado los países objeto de estudio en estas temáticas? ¿qué huecos de información persisten alrededor del tópico? En definitiva, desarrollar un acercamiento descriptivo y dialógico a aquellas fuentes que brindan herramientas más próximas al tema que se trabaja. En función de ello, se revisan fuentes teóricas organizadas periódicamente, que profundizan la temática. Para lograr este objetivo y organizar la información, también se sigue la estructura lógica siguiente: Ideas principales del texto.Conclusiones a las que arriba quien o quienes escriben.Nuevos enfoques o elementos que aportaría yo y no se incluyen en el texto citado.Se pretende recopilar, no cada uno de los textos que ya han brindado miradas al objeto de estudio, sino más bien identificar los enfoques, las dimensiones, las escuelas de pensamiento o autoras (es) fundamentales, que se emplean para encuadrarlo. En este entendido, se realiza una revisión bibliográfico-documental. La búsqueda comprende desde 1994, fecha en la que cobran más relevancia las cuestiones de los derechos sexuales y reproductivos y se hace el corte de búsqueda en el mes de noviembre de 2021. Se usaron como etiquetas o descriptores de búsqueda: aborto, acción colectiva, movimientos sociales, movimientos feministas, movimientos conservadores (religiosos, ola celeste, providas), mujeres, Uruguay, Argentina, combinándolos de acuerdo al apartado en cuestión. Se recurrió a bases de datos que pudieran brindar confiabilidad de la información encontrada, por ejemplo SciELO, Redalyc, Google Académico, Jstor, Scopus, EBSCOhost, PubMed, Academia.edu, Dialnet, Latindex. Se recogió la diversidad de pliegues y aristas desde donde se han trabajado los temas al colocar ejemplos significativos de esas coordenadas. Además, se obtuvo como resultado fundamental que existe poca literatura que trabaje el tópico del aborto desde los movimientos conservadores, y que existen más investigaciones que abordan a Argentina que a Uruguay.Resumen de la Ponencia:
La pandemia de la COVID-19 empujó a la parálisis y colapso de la actividad económica global. La recesión provocada por la pandemia es la más profunda desde finales de la Segunda Guerra Mundial. Con más de 500 millones de casos confirmados de coronavirus hacia mediados de abril de 2022 y más de 6 millones de muertos, la pandemia vino a constituir un hito y abrió paso a escenarios inéditos, obligando a formular nuevos análisis para responder a los desafíos teóricos y prácticos que enfrentan las Ciencias Sociales.En el caso de América Latina, los impactos de la crisis de la COVID-19 se dieron en todos los órdenes de la vida económica, política, social y cultural de la región. En materia económica, algunos de los principales efectos se dieron en la caída del PIB regional y per cápita; en el descenso del comercio mundial y la disminución de la inversión extranjera directa; así como en el aumento del desempleo, el incremento de la pobreza y de la desigualdad en sus múltiples manifestaciones. Pero más allá de lo económico, la crisis abarcó todas las dimensiones de la vida social y personal: precarizando el empleo y aumentando el trabajo a destajo y en casa; incrementando los niveles de ansiedad, estrés y depresión de la población; aumentando las tasas de suicidios; exacerbando la violencia y agresividad intrafamiliar y social; y generando trastornos de distinto orden debido al encierro y alteración de las formas de convivencia y socialización.Es en este entorno complejo, que se hace indispensable repensar el papel del Estado como uno de los espacios donde se dirime y procesa el conflicto social. Siendo el Estado un espacio de lucha y disputa por la reproducción o reforma del orden social, y al ser la concentración particular de las redes y relaciones de fuerza en una sociedad, se impone volver al análisis del Estado y de las relaciones tanto entre Estado y sociedad, como entre Estado y mercado. Si la pandemia ha abierto horizontes para repensar la realidad social, ello debe incluir el estudio de lo político y de la política, y, dentro de ello, del papel que debe y puede llegar a jugar el Estado. Con sistemas de salud desmantelados y una seguridad social pulverizada, la pandemia volvió a poner en el centro de la discusión la necesidad de un Estado que promueva una política garantista de derechos e inclusión social.La necesidad de reconstrucción de lo social, debe incluir el debate respecto al tipo de Estado que es necesario impulsar, en momentos en que se recrudecen las visiones neoconservadoras a nivel global y regional y tienden a tomar renovada fuerza las tendencias hacia la implantación y/o consolidación de regímenes autoritarios.Resumen de la Ponencia:
¿La ley y la cárcel como medidas de castigo y represión? Colombia en 2021 presentaba una situación crítica a nivel económico, está siendo la segunda nación más desigual de Latinoamérica, un país con crisis económica y un descontento en la gente de colombiana por lo que la propuesta de la reforma tributaria fue un detonante de irá colectiva que llevo a las personas a salir masivamente a las calles contra dicha reforma, así es como se identifica que este descontento no es del último año, sino que la brecha social y económica es histórica entre las elites colombianas y sectores populares a partir de factores como la concentración de la tierra, capital económico, cultural y social. Por lo que se evidencia la brecha entre clases sociales, entendiendo las clases sociales como una división de la sociedad de acuerdo su acceso a los capitales (económico, cultural, social, simbólico e intelectual), que nos da apertura a entender el estallido social con petición de formas de equidad y accesibilidad a oportunidades.En este estallido social se entiende como petición de equidad y justicia, durante el paro nacional se vivió una criminalización de protestas social por lo que se da una deshumanización y por lo tanto no hay un reconocimiento como sujetos de derechos, por ende se identifica persecución y judicialización a las personas que hacen parte de las protestas a nivel nacional desde el 28 de abril 2021 hasta septiembre de 2021, un ejemplo, solamente el 20 de Julio son 70 capturas por “hechos vandálicos” o conductas contrarias a la ley (El Tiempo, 2021).Está investigación hace un análisis de la persecución y judicialización a los jóvenes de clase popular en la ciudad de Bogotá durante el paro nacional de 2021 con un enfoque mixto a partir de datos del ministerio de defensa, prensa y testimonios de los jóvenes judicializados, por lo que la presente investigación es basada en el análisis documental, análisis del discurso y entrevistas.Lo que se busca con esta investigación es encontrar un patrón de persecución a manifestantes de clases populares desde las judicializaciones, pues si bien la protesta fue criminalizada en general, las brechas de clase se hacen notorias incluso en el nivel de persecución que se llega a sufrir, por otro lado la judicialización, si bien es un método legal para procedimientos en casos de incumplimiento de la ley, se ha convertido en un instrumento politizado para perseguir a los manifestantes de clases populares.
Introducción:
En el año 2021 hubo un estallido social con causas como la pandemia, la desigualdad y la cereza del pastel, una reforma tributaria que impactaba la canasta familiar con IVA del 19% en una situación de crisis y de una pobreza con indicadores bastante altas, esto sin duda impactando a las clases populares que tienen una inestabilidad económica y social conocidas como lumpenproletariado y precaridado de acuerdo al autor, ya que cumplen con unas condiciones en el país colombiano con una informalidad, donde no tienen la seguridad social de estar en una empresa estable, de esta manera las clases proletarias tuvieron un importante papel en el estallido social y la movilización social, esta como un derecho internacional se vio violentado por la fuerza pública afectando los derechos humanos de los manifestantes, en este sentido se analiza el papel que tiene la Policía Nacional de Colombia y es Escuadrón Anti Disturbios (ESMAD) en todo esto y su accionar frente a entidades internacionales de derechos humanos.
Siguiendo en esta lógica es pertinente la mención de la criminalización de los medios de comunicación como dispositivo de control, por lo que los medios de comunicación se ven involucrados en legitimas las acciones violentas e irregulares de la policía. Estas fueron legitimadas por los medios de comunicación enfocadas en propagar el miedo del COVID-19 y la validación de la violencia policial para llevar a procesos irregulares, de esta manera en el desarrollo se describirá como se desarrolla este proceso, además de llagar a los falsos positivos judiciales que son ejecuciones extrajudiciales y practicas ilegitimas.
Desarrollo:
La investigación se realiza a partir de un análisis documental, análisis del discurso de medios de comunicación e interpretación de experiencias cercanas a procesos de judicialización por medio de entrevistas, para este análisis se comprende lo anterior a partir de una estructura lingüística y acumulativa, esta estructura está sometida al análisis e interpretación por lo que este es una expresión de lo externo, al analizar varios documentos científicos y teorías se puede realizar un planteamiento sobre la situación en este caso de la judicialización y persecución durante el paro nacional en Colombia 2021.
En el estallido social del 2021 es importante entender el contexto de un año después de la pandemia, además de la situación socioeconómica de Colombia, la crisis sanitaria, la cual fue afectada por el confinamiento social y la disminución productiva de una ciudad capital como Bogotá. En este sentido, según datos oficiales, en 2020 la pobreza llegó a niveles del 42% y la pobreza extrema al 15,1%” (Valdés, 2021. pág. 2). Por lo que el país enfrentaba una inestabilidad del modelo socioeconómico neoliberal con una gran desigualdad, poca inversión social en sectores como salud, educación que empeoraba cada vez más las condiciones de vida. Además, en esta situación un referente del inicio del estallido social fue la reforma tributaria que, entre muchas variantes, lo que impactó en los sectores populares fue que la reforma plantea subir el IVA de los alimentos de la canasta familiar por lo no era sustentable que con la difícil situación socioeconómica les subieran a los alimentos, esto a groso modo fue fundamental para salir a las calles.
De esta manera, se habla de un concepto de análisis que son las clases sociales ajustadas a la actualidad de la situación colombiana; en este sentido, comprender que la categoría de las clases sociales basada en ingresos deja muchos vacíos, ya que al basarse sólo en los ingresos monetarios de una familia o de una persona están ignorando todo lo que esta persona pueda tener a su alcance para ubicarse dentro de la sociedad de clases, por lo que se ajusta para comprender esta complejidad por medio de Erick Ollin Wright presenta un esquema de clases que toma en cuenta la propiedad, pero también el nivel de cualificación, siendo este otro factor determinante a la hora de comprender no sólo los niveles de vida sino las posibilidades de movilidad social, por lo que en este sentido hay una clase que no tiene empleo y tampoco medios de producción está llamada como precariado, incluyendo altos niveles de trabajo “informal” que hay en Colombia, encaja a la perfección para un análisis de clase en este país. Las clases populares son las que viven de su propio trabajo unas asimetrías que marcan la diferencia entre quien pertenece a las clases populares y quien no, pero claro, falta un elemento para dar forma finalmente al concepto, además se presta poca atención a las personas que viven de la economía ilegal, que son mayormente quienes viven en la pobreza, y que por cierto esta economía presenta también una división estratificada y diversa, a duras penas se les concibe dentro del lumpenproletariado en el esquema de clases de Hernán Cueva, pero viéndolo así podrían sumarse estos al concepto de las clases populares.
En este sentido al hablar de clases populares y la relación con la movilización social hay que leer lo que la Organización de los Estados Americanos (OAS por sus siglas en inglés, OEA en español) ya que la protesta social tiene cierto nivel de reglamentación, en primer lugar destacar que tanto en la OEA como en el Estado colombiano la protesta social es un derecho, a partir de allí ya se pueden hacer distinciones, pues hay muchas formas de protesta, una que es muy común que usen los manifestantes en los estallidos sociales e incluso en países con crisis como en el caso de Venezuela es la protesta violenta, revueltas en las que se destruyen bienes públicos y privados, por lo que estas son reprimidas por la fuerza pública para reducir los daños. La carta de derecho a la protesta que presenta la OEA tiene unos principios rectores dentro de los cuales resulta interesante contrastar el segundo principio rector de la protesta con las prácticas represivas que se han presentado, pues en ocasiones tomar una calle para protestar sin previo aviso al gobierno colombiano implica la intervención del ESMAD, con “en ocasiones” se hace referencia a que realmente no siempre es problema bloquear la calle, pues en algunos otros eventos lo hacen distintos grupos manifestantes por distintos motivos y el resultado es una protesta pacífica que no recibe represión, o en su defecto pueden llegar uniformados a intentar disuadir a los manifestantes para que dejen de obstruir la vía.
en términos de los medios que se pueden usar, más específicamente a hablar de los actos violentos y los actos pacíficos, hay que mencionar también qué formas son aceptables para un Estado democrático de defender el bien público y privado cuando las protestas se tornan muy violentas, y entonces nos remitimos al principio 12
La CIDH también reconoce en este informe que, cualquiera sea la modalidad de la protesta, los instrumentos interamericanos establecen que el derecho de reunión debe ejercerse de manera pacífica y sin armas. En el mismo sentido, la Comisión reconoce que los Estados tienen el deber de adoptar las medidas necesarias para evitar actos de violencia, garantizar la seguridad de las personas y el orden público. Sin embargo, al hacer uso de la fuerza en estos contextos los Estados deben adoptar medidas proporcionales al logro de estos objetivos y no obstaculizar de manera arbitraria el ejercicio de los derechos en juego en las protestas. (OEA, 2019. pág. 7)
Como se puede ver, ya empieza a haber ambigüedades complejas, pues la protesta debe ser pacífica pero hay casos en que la vulneración de los derechos ocurre de forma violenta, entonces es imposible que la protesta se lleve a cabo de forma pacífica, por lo que entonces acá, si bien deja algunas ambigüedades da una claridad fundamental y es la proporcionalidad de fuerzas, lo cual es muy importante, pues es claro que todo Estado tiene que velar por el orden público, pero esto no puede llevar a que mueran manifestantes en grandes cantidades cuando muchas veces la violencia de la protesta de hecho no llega a tener el mismo nivel de letalidad con el que está siendo reprimida.
Otro punto muy importante es el que se toca en el artículo 83, pues justamente plantea que el hecho de que unos manifestantes usen la violencia debe ser individualizado y restringido de la misma manera, el resto de la manifestación debe ser respetada si esta es pacífica, punto que es fundamental mencionar ya que muchas veces una masa de manifestantes pacíficos es atacada en conjunto aunque sólo tres o cuatro personas sean las que cometen actos violentos, y además en desproporcionalidad de fuerzas, ya que llega un grupo de varios agentes con armas no letales adulteradas, con las que superan ampliamente al manifestante violento y llegan a herir o hasta matar al manifestante no violento.
En el artículo 88 se menciona que el uso de capuchas, bandanas y otros elementos no son suficiente razón para dispersar la protesta ni enjuiciar a un manifestante, ya que esto por sí mismo no representa una amenaza al orden público, hasta que no ocurran hechos violentos no debería usarse la fuerza y como ya se mencionó, aun cuando estos ocurran, la fuerza debe ser proporcional a la situación, contra los individuos violentos.
La Comisión ha considerado que “una detención es arbitraria e ilegal cuando es practicada al margen de los motivos y formalidades que establece la ley, y cuando se ha incurrido en desviación de las facultades de detención, es decir cuando se practica para fines distintos a los previstos y requeridos por la ley. La CIDH también ha considerado que la detención para fines impropios es, en sí misma, una forma de pena sin proceso o pena extralegal que vulnera la garantía del juicio previo, y propicia que el término arbitrario sea considerado como sinónimo de irregular, abusivo, contrario a derecho”318. Asimismo, la privación de la libertad de una persona debe basarse en un hecho concreto que justifique el arresto. Dicho hecho concreto debe ser delictivo y estar previsto como tal en la ley, por lo que no puede fundarse en el peligro de que una persona pueda incurrir en delito. (OEA, 2019. Pág. 74)
Acá el artículo 226 toca un punto que apela muy bien a lo que en esta investigación se pretende demostrar, pues si bien no ha entrado en el terreno de las irregularidades en lo judicial, sí plantea un inicio en estos procesos de persecución judicial, que son las detenciones arbitrarias, no hay mucho que agregar más que el hecho de que estos actos no suelen ser aislados y ocurre con frecuencia.
La Comisión Interamericana, en su informe de 2015 sobre la criminalización de las defensoras y defensores de derechos humanos, ha destacado que las causas penales son precedidas en ocasiones de investigaciones previas secretas. Éstas “pueden incluir actividades e informes de inteligencia por parte del ejército o la policía, y pueden ser previas a, parte de, o incluso [ocurrir] a falta de una investigación penal en contra de un o una defensora de derechos humanos”. De hecho, persisten en la región los casos de espionaje ilegal con motivaciones políticas. Entre las víctimas se cuentan defensores de derechos humanos y organizaciones de diverso tipo, como sindicatos, movimientos sociales y medios de comunicación. (OEA, 2019. Pág. 76)
Para finalizar, repasamos el artículo 234 el cual también reconoce la práctica ilegítima de espionaje y persecución a activistas de derechos humanos, que complementa lo mencionado anteriormente respecto a los falsos positivos judiciales, y deja suficiente material para hablar de las irregularidades que llevan a judicializaciones contra manifestantes, producto de investigaciones secretas, persecución e incluso entrampamientos.
Estos procesos irregulares que se llevaron a cabo de la protesta social se legitiman; El gobierno de Colombia durante las movilizaciones sociales se enfocó en transmitir el miedo de lo que estaba pensando con el virus COVID -19, todo esto para que no salieran los manifestantes a demostrar inconformidades, esta situación la difundió por medio de los medios de comunicación que tienen una gran influencia en los pensamientos de los colombianos. Lo que se propaga al mismo tiempo es una difusión de mantener el status quo, que se plantea en el país sobre evitar cualquier manifestación o protesta para realizar un cambio y así ejercer poder para que se den condiciones propias para evitar cualquier tipo de intervención para la producción, reproducción con el fin de la acumulación del capital. Entonces de acuerdo a lo mencionado en la era del nuevo liberalismo es donde se empieza a ampliar el marco jurídico y la tipificación de los delitos para identificar qué es lo que se puede criminalizar que atente a la producción con fin de acumular capital, por ejemplo, en este caso puntuar las manifestaciones por medio de un cargo llamado obstrucción de la vía en una noticia se argumenta:
la ley 1453 de 2011 artículo 44 que adiciono el 353 al código penal "contempla que toda persona o grupo de personas con el conocimiento de su actuar, obstruyan, obstaculice, dificulten o impidan el libre tránsito de los vehículos y personas por la calle, carreteras o autopistas estarán cometiendo el delito de Obstrucción de Vía Pública" (Autoridades deben cumplir con su deber, 2019)
En esta noticia se argumenta que, para acatar esta ley, se debe actuar por medio de un mando unificado de la policía nacional y así cumplir con el deber constitucional. Así es como se defiende una lucha contra el delito por medio de la represión jurídica y por lo tanto también se justifica en la población por medio de la sanción colectiva que transmiten los medios de comunicación. Entonces al tipificar en el marco jurídico normativo en la política criminal en Colombia y se da una legalidad de represión, como el ejemplo mencionado y allí es donde se respalda por medio del monopolio del estado una legítima violencia ejercida por las instituciones del estado, en este caso el ESMAD, está definida por Foucault como una estrategia de control para conseguir una sociedad disciplinar a partir del castigo "las sociedades disciplinarias … no dejan operar más de un solo mundo, impiden furiosamente una infinidad de otros mundos posibles a la realidad. Bloquean y controlan el devenir y la diferencia" (Rozo & Enrique, 2010)
Por lo que es como se encuentra una legitimidad de la judicialización de la protesta por vía jurídica, por lo tanto una seguridad jurídica para realizar este tipo de juicios y por lo tanto los mal llamados "falsos positivos judiciales" y entonces allí, los jueces y funcionarios públicos por medio de sus juicios cometen irregularidades "detenciones ilegales, declaraciones ilegales, manipulación de pruebas contra detenidos, allanamientos ilegales, actos de tortura y condenas excesivas" (Rojas & Rodríguez, 2019)
Falsos positivos judiciales.
En Colombia se habla de falsos positivos comúnmente para referirse a las ejecuciones extrajudiciales que tuvieron lugar durante el periodo presidencial de Álvaro Uribe, en las cuales las Fuerzas Armadas de Colombia masacraron civiles a los que después hacen pasar por guerrilleros que fueron dados de baja en combate, se les llama así a estas ejecuciones extrajudiciales porque a los guerrilleros dados de baja en combate se les llamaba “positivos”, ahí nace la forma de nombrarlos como falsos positivos. Dicho eso, un falso positivo judicial es una persona capturada por los delitos de rebelión y de concierto para delinquir a activistas, defensores de derechos humanos y militantes de organizaciones de izquierda no alzadas en armas, utilizando montajes u otras prácticas para enjuiciarles y hacerles pasar por “terroristas” capturados, es por eso que se habla de falso positivo judicial. El Colectivo de Abogados José Avelar Restrepo, que es un colectivo cuyo objetivo es abanderar las disputas jurídicas contra los falsos positivos judiciales, asegura que esta práctica ha sido invisibilizada y ha quedado impune, además agrega que:
Se destacan por sus irregularidades, el papel clave de supuestos desmovilizados de las organizaciones guerrilleras, la recolección ilegal de información por parte del DAS y otros organismos de inteligencia y la fabricación de informes de inteligencia dentro de instalaciones militares que luego son usados por las fiscalías para la apertura de los procesos. Movice, (2010) Colectivo de abogados.org.
Para finalizar, repasamos el artículo 234 el cual también reconoce la práctica ilegítima de espionaje y persecución a activistas de derechos humanos, que complementa lo mencionado anteriormente respecto a los falsos positivos judiciales, y deja suficiente material para hablar de las irregularidades que llevan a judicializaciones contra manifestantes, producto de investigaciones secretas, persecución e incluso entrampamientos.
Conclusiones:
En el estallido social del 2021 se presentó de forma sistemática la persecución a manifestantes con falsos positivos judiciales, represión brutal por parte de la policía y el ESMAD y criminalización a la protesta desde los medios de comunicación, esto se puede evidenciar con uno de los casos mencionados anteriormente, donde una persona fue judicializada en una URI sin ningún tipo de procedimiento legal institucionalizado, o en el que un jóven fue brutalmente golpeado y posteriormente llevado a la UPJ.
Como segunda conclusión se puede decir que estas prácticas no son exclusivas del estallido social 2021, es decir, no corresponden únicamente al gobierno de Iván Duque, sino que en general son prácticas que llevan casi dos décadas ocurriendo, si bien el amedrentamiento y persecución contra las izquierdas vienen desde el siglo XX, la diferencia es que las fuerzas políticas de izquierda eran mayormente clandestinas, además, en los casos en que durante el siglo XX se dieron persecuciones a fuerzas políticas legales, se hizo por medios ilegales, como la utilización del paramilitarismo o el narcotráfico, mientras que a partir de los años 2000 cuando asume el poder el ex-presidente Álvaro Uribe, empiezan a institucionalizarse prácticas como las interceptaciones de comunicaciones desde el DAS, entrampamientos, falsos positivos judiciales y una criminalización contra los manifestantes y activistas de Derechos Humanos independiente de su postura política, por lo que entonces podríamos decir que estas formas de persecución son un modus operandi característico del uribismo.
Ahora bien, de todas formas se debe mencionar que el uribismo deriva de muchos procesos políticos que ocurrieron en Colombia, como la guerra con las FARC-EP, la guerra contra el narcotráfico y el desencanto por las fuerzas políticas tradicionales, por lo que el uribismo llega como una fuerza innovadora que promete medios más brutales para acabar con el narcotráfico y el terrorismo (palabras que terminaron reemplazando la lucha contra el comunismo ya que a partir de 1991 el comunismo había llegado a la legalidad, por lo que el enemigo interno debía cambiar), por ello no hubo un dialogo con las FARC-EP tras el fracaso de los diálogos en el 2001, sino que se endureció la guerra y se desplegó contra cualquier político opositor, lo que hace saltar las alarmas para los activistas de Derechos Humanos, quienes al denunciar las prácticas violentas del uribismo también son perseguidos por el mismo; pero, si bien todos estos sucesos corresponden a condiciones muy específicas, lo cierto es que comparten un elemento que es una generalidad en la mayoría de países en la actualidad, que son países capitalistas, y es el componente de las clases sociales, por un lado la lucha contra las izquierdas corresponde a las contradicciones de clase, donde las burguesías y oligarquías buscan acabar con cualquier tipo de organización que busque agrupar o representar a las clases populares, generando como consecuencia una internalización de la aporofobia en los agentes de la fuerza pública e incluso en los mismos integrantes de la trama judicial, trayendo como consecuencia una mayor criminalización y persecución a los activistas políticos de clases populares, esto independiente de qué tan sólidas o justas intenten ser las instituciones de la república liberal del Estado moderno, siempre van a caer en este error, y es algo que se puede intentar mitigar, pero no eliminar de estas instituciones.
Bibliografía:
Rozo, R., & Enrique, C. (2010). Sociedades disciplinarias y sociedades de control. Del sujeto a la subjetiva-acción. 21. https://www.aacademica.org/000-027/467.pdf
Rojas, L. D. B., & Rodríguez, C. C. Z. (2019). Criminalización de la Protesta Social como Dispositivo de Control en el marco de la. 132. https://repository.udistrital.edu.co/bitstream/handle/11349/23578/Monografía%20FINAL_C%26L.pdf?sequence=1&isAllowed=y
El patrón socioeconómico del COVID-19 en Bogotá | Uniandes. (2020). https://uniandes.edu.co/es/noticias/economia-y-negocios/el-patron-socioconomico-del-covid19-en-bogota
El Tiempo. “20 de Julio: Son 70 las capturas por vandalismo en el país - Delitos - Justicia.” El Tiempo [Bogotá], 21 07 2021, https://www.eltiempo.com/justicia/delitos/20-de-julio-son-70-las-capturas-por-vandalismo-en-el-pais-604764. Accessed 21 April 2022.
Palabras clave:
Judicialización, clases sociales, persecución política
Resumen de la Ponencia:
La sociedad colombiana en los últimos años avanza hacia la construcción de paz como horizonte de sentido colectivo, sin embargo, el debilitamiento de la democracia, el aumento de la pobreza y la desigualdad, la crisis humanitaria y de derechos humanos, unido a la baja e inadecuada implementación del acuerdo de paz, han generado una nueva ola de violencia y el fortalecimiento de actores armados. La participación ciudadana en sus diversas expresiones institucional, electoral, movilización y protesta social sigue impulsando cambios en niveles locales y nacionales. Las instituciones estatales continúan en deuda, la ciudadanía tiene la bandera del cambio. El pasado noviembre se conmemoró los primeros cinco años de la firma de Acuerdo Final de paz entre el Estado Colombiano y las FARC con un balance bastante negativo de la implementación del mismo. La construcción de paz contiene por lo menos cuatro elementos: Implementación del acuerdo final de paz: El acuerdo desde una concepción integral supone desarrollos normativos, institucionales, designación de recursos y avances efectivos en la reforma rural integral, la modificación del sistema político electoral colombiano, avanzar en la gestión del sistema integral de verdad, justicia, reparación y garantías de no repetición, asignación y ejecución de recursos y por supuesto, parar de inmediato la muerte de excombatientes. Avanzar en la salida negociada al conflicto armado colombiano: lo que supone reactivar y llevar a feliz término un proceso de diálogo y negación con la guerrilla del ELN. Si bien se han esfuerzos en el pasado, el actual gobierno cerró la mesa negación, negando los avances en agenda y procedimientos que el gobierno anterior, el ELN y la sociedad civil destacaron como avance. Garantías para el liderazgo social y la defensa de los DDHH: Colombia sigue ocupando el primer lugar en el mundo de asesinatos de líderes ambientales y sindicalistas. Aunque existen algunas contradicciones con la sistematización de los casos y cifras, los medios de comunicación continúan presentando diariamente las muertes, hostigamientos y amenazas contra lideres y lideresas sociales al igual que defensores de derechos humanos, justificando la situación con conflictos personales o distractores, sin cuestionar la responsabilidad por omisión o acción de agentes estatales en esta vulneración sistemática de los derechos humanos en el país. Desmantelar el paramilitarismo: Construir la paz también supone reconocer la refundación, reconstrucción y centralización de estructuras narco-paramilitares bajo el liderazgo de las Autodefensas Gaitanistas de Colombia (AGC) y el Clan del Golfo. Con relación a esto, el acuerdo de paz presenta como principal compromiso desmantelar las estructuras paramilitares, llevar seguridad y garantías de participación a las regiones y municipios afectados por el conflicto.Resumen de la Ponencia:
El presente trabajo se inscribe en una triangulación de larga trayectoria en la sociología económica: empresariado, Estado y política pública. Si bien es un trabajo aún exploratorio, define lineamientos teóricos que pretenden aportar a la literatura incipiente de esta relación mencionada. El impacto de la pandemia del COVID-19 en las unidades productivas -sobre todo, las PyMES- ha sido devastadora con la paralización de su capital, por lo que, en este proyecto, se retoman entrevistas realizadas a productores del sector de cerveceros artesanales argentinos y al presidente de la cámara de cerveceros artesanales. ¿Por qué particularmente este sector? En Argentina, las cervecerías artesanales están en un proceso de ampliación de su mercado desde hace un tiempo, con lógicas de organización alternativas a las cervecerías industriales multinacionales y formas de representación gremial con una singularidad enriquecedora desde la sociología. El objetivo es, como primera medida, vislumbrar las estrategias de supervivencia adoptadas por el sector, pero también su articulación entablada con agentes institucionales del Ministerio de Desarrollo productivo para la implementación de Asistencia de Emergencia al Trabajo y la Producción (ATP). La política pública, no cerrada en sus bordes, con límites nunca suturados por completo, es el producto también de este tipo de redes organizacionales, sectoriales y estatales. El trabajo, por lo tanto, está dedicado a caracterizar el sector de cervecerías artesanales en Argentina, el mercado en el que están inscriptos, el impacto real que tuvieron a causa de la pandemia, sobre todo las estrategias de supervivencia que adoptan frente a una crisis sin precedentes. Además, la investigación intenta mencionar diferentes marcos teóricos sobre el Estado desde la sociología económica para comprender una lógica interna y externa del mismo, y su relación histórica con el empresariado argentino. De esta manera, abordaremos un problema situado -la paralización del capital-, una articulación de universos sociales distintos -agentes institucionales y sector cervecero- y una resolución desde la política pública -Asistencia de Emergencia al Trabajo y la Producción (ATP)-.Resumen de la Ponencia:
El siguiente documento tiene como objetivo presentar el resumen de una investigación asociada al papel y las formas de representación territorial local de partidos movimientos, esto es el caso del Frente Amplio chileno durante el periodo 2021-2022 en la zona sur de Santiago.El proyecto investigativo está asociado a las profundas transformaciones políticas producidas por las significativas manifestaciones sociales acontecidas en Chile durante las últimas dos décadas y que encuentran su punto cúlmine con las protestas del año 2019; así como también, de forma posterior, por el efecto de la crisis pandémica asociada al COVID-19. Ello, asociado a transformaciones institucionales sobre las reglas electorales en Chile, sumado a la convocatoria al plebiscito por una Nueva Constitución, produjeron cambios relevantes en la composición política formal de diferentes órganos de representación popular, con la emergencia de nuevas actorías políticas-sociales, así como también la consolidación de partidos-movimientos que sólo recientemente habían desarrollado su emergencia política como lo es el Frente Amplio.La investigación profundiza sobre las formas de institucionalización y representación popular que se intentan producir en el sector sur de Santiago por parte de los representantes locales de este partido-movimiento. Dicha zona cuenta con una composición social heterogénea pero con presencia importante de sectores populares, así como también con un alto nivel de anclaje y relevancia histórica de las fuerzas políticas predominantes del periodo post dictatorial (1990-2021). La metodología del proyecto investigativo es tipo cualitativa, la cual se realiza por medio de entrevistas semi estructuradas a participantes de los equipos y también autoridades electas electas el año 2021 en el distrito 13 de la Región Metropolitana de Chile, así como también a representantes políticos de los comunales de los movimientos de la coalición que cuentan con representación política en dicho sector. La técnica utilizada para el análisis de las unidades de información es el análisis de contenido a través del software atlas.ti. El trabajo espera contribuir al estudio de las formas de institucionalización y representación política formal de los partidos-movimientos, así como también de los mecanismos de participación popular y re legitimación institucional en tiempos de crisis.Resumen de la Ponencia:
En el marco de la actual crisis hidro-social chilena marcada por la megasequía (2009-2022), la Convención Constituyente surgida después del estallido social de octubre de 2019 ha declarado, en abril de 2022, que “las aguas en todos sus estados son bienes comunes inapropiables” (artículo 12A). Esto significa que los bienes comunes están “resurgiendo” como una alternativa legítima para enmarcar nuevos modos de gobernanza del agua que reconozcan la existencia de otros actores más allá del mercado y el Estado. En esta ponencia, y basándome en entrevistas etnográficas, presento un análisis socioambiental de la lucha que han venido levantando diversas comunidades y movimientos socioancestrales en tres regiones del país (Santiago, Biobío y Araucanía), que son quienes han venido movilizando la agenda del agua como un bien común, que denomino los hidro-comunes. Esta agenda socioespacial ha desembocado en la actual Convención Constituyente, pero tiene expresión en diversos territorios del país. Se basa en nuevos modos de gobernar el agua y los territorios desde una racionalidad ambiental. A diferencia de los mercados de agua, los hidro-comunes y su racionalidad ambiental no buscan colonizar ni subsumir a otros actores del agua bajo su propia lógica. Los hidro-comunes son una política de la diferencia, un espacio abierto para construir un debate político-ecológico sobre el agua, en el que los enfoques jerárquicos, tecno-gerenciales y de mercado pueden participar, pero en el que no dominan a partir de su poder económico. La democratización de la gobernanza del agua no está subordinada a los mercados. El actual proceso transformador que vive Chile, donde el agua es estratégica, propone una amplia agenda política de los hidro-comunes como un enfoque igualitario, sostenible y democrático para la gobernanza del agua para el siglo XXI. Desafía la neoliberalización de la naturaleza y el agua que se impuso durante la dictadura de Pinochet, contribuyendo a crear nuevas formas de gobernar los territorios de vida. De manera significativa, la agenda de los hidro-comunes puede explicarse por la reapropiación socio-ancestral de la naturaleza, que consiste en reconstituir saberes y memorias ancestrales, a partir de una episteme ecológico-cultural orientada a la sustentabilidad de la vida. Este proceso de reapropiación socio-ancestral de la naturaleza está proponiendo nuevos horizontes de vida para la reexistencia sustentable de los Pueblos de la Tierra en el siglo XXI, buscando promover una noción amplia de sustentabilidad hídrica que integre lo ecológico y lo cultural, no sólo lo económico.