Resumen de la Ponencia:
Este trabalho retoma em parte as discussões do artigo “Território Quilombola Lagoas, lutas sociais e Políticas Públicas”, apresentado no 20º Congresso Brasileiro de Sociologia, Comitê de Pesquisa 02, realizado em Belém/PA, entre 12 a 17 de julho de 2021.1 Aqui desenvolvo as realizações da Associação Territorial do Quilombola Lagoas, melhorando a qualidade de vida do Quilombo, e mantendo e conquistando direitos sociais. As críticas ao processo da construção das Políticas Públicas são importantes, mas não serão tratadas com centralidade aqui. Para maiores informações sobre isso em relação ao Quilombo Lagoas, sugiro o artigo citado acima.O Território Quilombola Lagoas/PI é a segunda maior área quilombola do País em terras contínuas com seus aproximadamente 62.400 hectares. Este Território Quilombola possui 119 comunidades, em doze núcleos, com cerca de 1.776 famílias (conforme dados da vacinação em primeira dose contra COVID/19), localizado no Sudeste do Piauí, mais precisamente nos municípios de São Raimundo Nonato, Fartura do Piauí, São Lourenço, Bomfim do Piauí, Dirceu Arcoverde e Várzea Branca. Pertencentes ao Território de Desenvolvimento Sustentável Serra da Capivara, composto por 18 municípios. A sua forma de representação político/social é a Associação Territorial do Quilombo Lagoas, fundada em 12/11/2014.A Associação labora desde 1999, quando Claúdio Teófilo Marques, do Quilombo Lagoas, recebe técnicos sociais e pesquisadores de fora da região interessados em quilombos, este senhor passa a compreender a narrativa dos pesquisadores e técnicos sociais e começa a lutar por Direitos e qualidade de vida. Este processo envolveu o reconhecimento do quilombo pelas próprias pessoas que nele vivem e a luta pela titularização que, apesar de estar em sua fase final, ainda não acabou. Muitas outras conquistas e decepções ocorreram. Desde a morosidade com o reconhecimento fundiário, até as lutas mais recentes com as mineradoras que tentam invadir o Quilombo Lagoas. Entretanto, ações bem sucedidas foram realizadas como a vacinação prioritária das comunidades quilombolas e, no caso deste Quilombo, o reconhecimento dele como ator político no Território Serra da Capivara a partir dessa conquista, mas também, a participação proativa de representantes do Quilombo na construção e posterior revisão (em 2021) do Plano Plurianual 2020-2023, do Estado do Piauí.Destas situações de conquistas e de recuos emergiram vários projetos, hoje em discussão com o Governo do Estado do Piauí, uma vez que o Governo Federal do Brasil sem mantém em atitude inacessível e de clientelismo político, o que restringe ou praticamente anulam as possibilidades de diálogo com a atual administração federal brasileira (2018-2022). Estes projetos visam a construção de Políticas Públicas a partir das necessidades das comunidades quilombolas, ou seja, invertendo a ordem tradicional de tê-las desde um plano governamental, sem ouvir a comunidade.1 Este artigo pode ser acessado através do seguinte endereço eletrônico: https://www.sbs2021.sbsociologia.com.br/atividade/view?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNDoiYToxOntzOjEyOiJJRF9BVElWSURBREUiO3M6MToiNCI7fSI7czoxOiJoIjtzOjMyOiJhZDczMzdiOWU5ZDk0YTQ1OGQ4ODA0NGQ2MTY4NDljMiI7fQ%3D%3D&ID_ATIVIDADE=4