Resumen de la Ponencia:
A cafeicultura em Maciço de Baturité - Ceará não ocupa espaço mais expressivo do que décadas passadas, pois alguns produtores resistem à pressão da especulação imobiliária e das adversidades climáticas e continuam produzindo. Nesse contexto, ou presente artigo Proponho uma discussão sobre as questões do espaço rural e urbano, na dimensão territorial e o turismo histórico como processo de cultivo, manejo, manifestações culturais e as práticas utilizadas por agricultores locais reconhecidos por oferecerem seus cafés e seus produtos refletindo a possibilidade de manter cultura do café como atração turística. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e de campo com uso de dados primários e secundários que busca descobrir e compreender o movimento da agricultura familiar atrelada à cafeicultura, como fenômeno sociológico e complexo, na composição das práticas de cultivo agroecológico do café. da sombra. Ao todo, foram entrevistados 30 cafeicultores, dentre eles, apenas 4 pertencem à Rota Verde do Café – RVC (programa de incentivo promovido pelo SEBRAE/CE). Tenho como hipóteses: i) no contexto territorial-ambiental, que os agricultores atentem para a promoção do cuidado como cultivo, agroecologia e produção sustentável de café, e; ii) no contexto de um turismo rural local, a história do café busca revitalizar memórias afetivas, preservando a importância das manifestações culturais, respeitando seus valores e crenças tendendo ou o turismo empreendedor como suporte. Os resultados alcançados abordam o entendimento de que somente os produtores que estão inseridos no RVC recebem incentivos e visibilidade para continuar produzindo e comercializando seus cafés. O empreendedorismo de oportunidade se destaca nesse processo, pois nós agricultores, além da produção de café, para nos mantermos, fabricamos diversos produtos baseados na história do café na região, que são: livros contando a história de dois sítios e suas cozinha local, diversos artesanatos, utensílios e trilhas ecológicas para poder manter viva a história do café na região e promover o turismo local. Os produtores que não participam do RVC, que em sua maioria, tentam ingressar nas Associações do Café Local não pretendem obter mais orientações sobre incentivos do governo, etc., outros ou enfrentá-los por conta própria, pois reconhecemos que muitos “ gargalos” ainda persistem devido à falta de investimento em cultivo, manejo, técnicas de produção e tecnologia para torrefação e embalagem do café. Bem como uma forte presença da especulação imobiliária que a cada dia explora as terras férteis para a construção de hotéis e resorts. No entanto, esses mesmos agricultores buscam manter a centenária safra de "café sombra", plantada à sombra da Ingazeira, de forma agroecológica, sem uso de agrotóxicos, preservando a tradição centenária de seus antepassados.