La actividad minera en Panamá es una realidad reciente, que con sus beneficios económicos y afectaciones ambientales, de no ser reguladas tendrán alto impacto social. Por esta razón, hay que resaltar que la institucionalidad en nuestro país debe ser reformada en lo concerniente al tema minero y energético. En la actualidad, en la Asamblea Legislativa existe un proyecto de Ley, fechada el 20 de abril del 2020, por la que se busca regular el dominio patrimonial y la propiedad del Estado sobre los recursos minerales metálicos en la república. Es importante señalar que en Panamá la Dirección Nacional de Recursos Minerales forma parte del Ministerio de Comercio e Industria y la Secretaría Nacional de Energía del Ministerio de la Presidencia.La nueva ley busca crear una Corporación Estatal de Fomento y Desarrollo de la Industria Minera Metálica (CORESFODEMIN), que contará con una Junta Directiva presidida por un director, nombrado por un periodo de nueve años y que tendrá condición de ministro de Estado, con derecho a voz y voto en los consejos de gabinete. Relacionado a la Junta Directiva y al hecho de que la Dirección Nacional de Recursos Minerales pertenece al MICI, llama la atención que se proponga como directivos al ministro de Economía y Finanzas (MEF), el ministro de Desarrollo Social y el ministro de Ambiente, mas no el de Comercio e Industria. Como antecedente de CORESFODEMIN se puede mencionar la creación de la Corporación de Desarrollo Minero Cerro Colorado (CODEMIN) en 1975, en donde se estipulaba claramente que pertenecía al MICI y que el ministro de Planificación y Políticas Económica (antecesor del MEF) era uno de los directivos. En el presente, existe una Dirección Nacional de Recursos Minerales, por lo que una solución razonable podría ser elevarla a ministerio, y de forma que se dedique a los proyectos mineros metálicos, sean empresas de capital estatal o mixto. Dentro de las funciones de la Junta Directiva de CORESFODEMIN también estará proponer los límites de las cuencas hidrográfica de las empresas mineras de capital estatal y mixto. Siendo el Canal de Panamá otra de las instituciones que históricamente se han dedicado a una actividad extractivista importante para la país, de realizarse la ampliación programada de la cuenca hidrográfica del Canal, al construirse la represa del río Indio, queda el cuestionamiento de si siendo Minera Panamá exclusivamente de capital privado canadiense, a cuál institución le corresponderá la coordinación con la Autoridad del Canal de Panamá, responsable a nivel constitucional de la administración, mantenimiento, uso y conservación de los recursos hídricos de la cuenca hidrográfica del Canal de Panamá, en coordinación con los organismos estatales que la Ley determine.
#03632 |
Processos de mercantilização e apropriação capitalista no contexto de crise: as terras, as águas e a fome no Brasil.
Juliana de Oliveira Sales1
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Daniele de Oliveira Lazzeres
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1 - Universidade Federal do Tocantins.2 - Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
O Brasil presenciou nos últimos anos uma escalada neoliberal de cunho extrativista predatório. As florestas e seus povos foram crescentemente ameaçados pelo garimpo, pela mineração de grandes empresas, pelo desflorestamento do comércio ilegal de madeira e pelo agronegócio, com o aumento das fronteiras agrícolas e enfraquecimento do arranjo institucional de controles socioambientais. Nesse contexto, ao qual se adiciona a tragédia sanitária ocasionada pela pandemia de Covid-19, presenciou-se a volta da fome como problema social amplo. Enquanto as causas mais imediatas desse fenômeno são facilmente observadas pelos aspectos político-econômicos, da ausência de medidas de assistência, amparo e fortalecimento à segurança alimentar, outras implicações adjacentes podem ser estudadas. Este artigo pretende relacionar processos de mercantilização e de apropriação capitalista das terras e das águas com o que pode ser compreendido como uma política de fome e de morte. Por meio do levantamento bibliográfico e de dados, emprega-se o método dialético visando a estudar como a radicalização da exploração das terras e o ingresso das águas na lógica de mercado podem acentuar o problema da fome e trabalhar em prol do aumento das desigualdades sociais, gerando cidadãos de segunda espécie, que não possuiriam acesso às instâncias mais básicas da existência. Para tanto, teóricos como Karl Polanyi e Karl Marx contribuem na base das discussões, enquanto a literatura clássica brasileira como a de Jacob Gorender e Alberto Passos Guimarães é conciliada à bibliografia contemporânea sobre os temas. Sabe-se que o Brasil é um país agroexportador, no qual as elites latifundiárias assentaram seu poder e, por meio da grilagem e da tomada violenta, passaram a explorar as terras em uma reinvenção das plantagens escravagistas. A exploração dessas terras em caráter capitalista e predatório não é novidade, produz-se nelas comodities e não alimento. O chamado agronegócio, quando fortalecido, não representa combate à fome, mas ao contrário, sua agudização, uma vez que toma o lugar e sufoca uma outra agricultura (a familiar/camponesa), produtora de alimentos saudáveis. Por outro lado, a novidade aqui reside no alargamento da mercantilização sobre outro bem essencial: as águas. Em julho de 2020 foi promulgada no Brasil a Lei nº 14.026/2020, chamada de “marco legal do saneamento básico”, que estabelece uma gestão das águas e do saneamento básico centralizada em mãos particulares. Embora muito distintos os processos, eles parecem fazer parte de um mesmo movimento: de passar às mãos das classes capitalistas a hegemonia de bens que deveriam ter acesso universalizado – seja por meio da reforma agrária integral, seja por meio do reconhecimento da água como bem de todos, não apropriável economicamente. O ciclo capitalista parece se retroalimentar, ocasionando consequências graves – da destruição da natureza e seus povos, da acentuação das diferenças, da geração da fome e subnutrição como problemas de difícil superação.
#03647 |
Neoextrativismo e conflitos socioambientais: considerações a partir do caso da Serra do Curral, Brasil
Ricardo Carneiro
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Flávia de Paula Duque Brasil
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Bruno Dias Magalhães1
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Clara de Oliveira Lazzarotti Diniz
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A Serra do Curral configura-se como uma referência para a cidade de Belo Horizonte – capital do estado de Minas Gerais. Estendendo-se geograficamente aos municípios circunvizinhos de Sabará e Nova Lima, a Serra tem sido objeto de crescente ocupação antrópica, com destaque para a atividade minerária, cujo histórico deixa um rastro de degradação, sem os devidos cuidados de preservação e reparação, o que se faz acompanhar de diversos conflitos socioambientais. Assim, desde os anos 1960, a área tem suscitado mobilizações da sociedade civil em torno de sua proteção, das quais resultaram, dentre outras medidas, o tombamento por parte dos governos federal e municipal. Ocorrido em 1961, o tombamento federal envolveu uma parte do complexo da Serra localizada em Belo Horizonte. O tombamento municipal engloba a área da Serra pertencente ao território de Belo Horizonte e ocorreu em 1996. A partir desse último tombamento, as atividades minerárias locais foram paralisadas, mas não descartadas como forma de exploração econômica. No contexto do neoextrativismo que (re)impulsiona as atividades primárias na América Latina, a exploração mineral tem experimentado crescente saliência na estrutura produtiva das economias nacionais. No caso brasileiro, esse movimento vê-se favorecido, em anos mais recentes, pelo progressivo desmantelamento dos arranjos legais e institucionais de proteção ambiental, que ganha contornos críticos no mandato do atual presidente Jair Bolsonaro, ilustrado pela extinção do Ministério do Meio Ambiente.O estado de Minas Gerais, que se destaca historicamente pela exploração de seus recursos naturais, tem ocupado posição de relevo na expansão recente da mineração no pais. Responsável pelo licenciamento das atividades mineradoras no território estadual, por meio da Câmara de Atividade Minerária do Conselho Estadual de Política Ambiental (CMI/COPAM), o governo estadual autorizou, em maio de 2022, a mineração de uma área da Serra do Curral, localizada em Nova Lima. O empreendimento licenciado, com oito votos favoráveis, incluindo os representantes do Executivo estadual, e quatro contrários, todos de representantes da sociedade civil, valeu-se do vácuo de tombamento da Serra pelo governo estadual, cujo projeto, pronto desde 2020, continua pendente de aprovação pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural. O licenciamento da atividade mineradora mobilizou a sociedade civil de Belo Horizonte e de sua região metropolitana, com repercussões no nível nacional, articulando atores coletivos atuantes em conflitos socioambientais e culturais ao lado de outros atores de perfil variado em torno da revogação da decisão favorável à extração minerária na área e a proteção da Serra por meio do tombamento no nível estadual. Diante deste cenário, o artigo tem por objetivo examinar o licenciamento e seus desdobramentos, problematizando o largo escopo de conflitos socioambientais potencializados pelo neoextrativismo e suas implicações para o processo de políticas públicas. A análise empreendida lastreia-se em pesquisa documental e levantamento da cobertura da mídia.
#04195 |
México y la financiarización de los minerales estratégicos: una perspectiva geopolítica.
La minería es un sector productivo que no escapa al proceso de financiarización. Al menos en las últimas dos décadas, las finanzas han ido determinando el proceso productivo de la minería, a través de mecanismos especulativos sobre la configuración del espacio mediante concesiones mineras para los procesos extractivos, así como por papel de los minerales como activos financieros, resultando en la acentuación de la compraventa de estos productos en las principales bolsas de valores del mundo por parte de bancos comerciales, sociedades de inversión, fondos de cobertura, y demás conglomerados financieros que buscan ganancias rápidas sin necesidad de tener una participación directa en la producción. Dentro de este horizonte, la expansión de las finanzas ha tenido un empuje claro que se deja entrever a partir de la necesidad por adquirir un mayor porcentaje de ganancias para las firmas –tanto pequeñas, medianas y grandes–, que se involucran en el sector minero, dentro de un período de tiempo menor. Sin embargo, este impulso ha tenido actualmente un nuevo aliciente, ya que la especulación dentro de la minería se ha reconfigurado gracias al papel que ha desempeñado el tema del “calentamiento global” y de la búsqueda por transitar a un nuevo patrón energético. Según un informe emitido por la Agencia Internacional de Energía de Estados Unidos, dicha transición hacia el uso de nuevas energías no basadas en el patrón fósil, requiere del aumento exponencial y acelerado en el uso de minerales considerados como “críticos” o “estratégicos”. Entre estos minerales, se consideran aquellos que tienen un uso esencial en el proceso productivo de tecnologías de energía “limpia”, principalmente autos eléctricos, baterías y dispositivos de energía eólica y solar. El presente trabajo busca dar cuenta sobre el fenómeno de la financiarización de los minerales estratégicos en un contexto geopolítico de “transición energética”, mismo a partir del cual México adquiere una relativa importancia de acuerdo a los intereses del capital financiero minero-extractivista.
Introducción:
Minería y financiarización de la naturaleza
La financiarización supone un fenómeno que ha tomado particular relevancia a partir de la larga fase de crisis global capitalista iniciada en 2007. Por financiarización, se debe comprender en primer lugar un concepto que tiene alcances y límites concretos, para poder afirmar sus condiciones de posibilidad como fenómeno particular. En ese sentido, la comprensión de dicho concepto implicaría no tratar a las finanzas como un conjunto de actividades “parasitarias” o “especulativas”, para poder trascender hacia el argumento de que la financiarización expresa un fenómeno con normas y actividades específicas. Esto sugiere que tales actividades deben ser comprendidas en su contexto histórico concreto, considerando aquellos actores y agentes que definen dicho fenómeno en diversas esferas de la cotidianidad, incluyendo las económicas, políticas, e inclusive las culturales (Lapavitsas, 2016). En suma, por financiarización debe entenderse aquella fase o etapa histórica dentro del capitalismo, a partir de la cual el capital que deviene interés, tiene un lugar predominante dentro del proceso de acumulación, extendiendo ese predominio de manera intensiva y extensiva, a cada vez más áreas de la reproducción social y económica (Fine, 2013).
Si buscamos simplificar este concepto, nos daríamos cuenta de que las finanzas han alcanzado un lugar prioritario en actividades económicas y sociales que antes se suponían diferenciadas en tanto actividades propias de las esferas de producción o circulación económicas. De ese modo, se puede afirmar que la financiarización significa el aumento de los motivos, agentes y mercados financieros en las operaciones de la economía doméstica e internacional (Meireles & Villavicencio, 2019), lo que implica un mayor grado de inestabilidad, especulación y desigualdad dentro del sistema global capitalista (Guevara, 2013). Esto incluiría aquellos mecanismos partir de los cuales el capital que deviene interés se inserta y toma el control de los procesos productivos a nivel macro, así como aquellos que se sitúan en las economías locales. En esa medida, se puede tener en cuenta que estas determinaciones de carácter financiero atraviesan actividades como las de la producción de bienes de capital, industria, y sectores estratégicos, o aquellas que tienen un impacto directo en el ámbito cotidiano, tales como el sistema alimentario, transporte o de servicios, donde los recursos naturales fungen como elementos prioritarios dentro de este fenómeno.
Por consiguiente, la minería es un sector productivo que no escapa al proceso de financiarización. Al menos en las últimas dos décadas, las finanzas han ido determinando el proceso productivo de la minería, a través de los procesos de inversión financiera y de los mecanismos especulativos sobre la configuración del espacio mediante concesiones mineras para los procesos extractivos, así como por el papel de los minerales como activos financieros, resultando en la acentuación de la compraventa de estos productos en las principales bolsas de valores del mundo por parte de bancos comerciales, sociedades de inversión, fondos de cobertura, y demás conglomerados financieros que buscan obtener ganancias en cada vez menores cantidades de tiempo, sin necesidad de tener una participación directa en la producción (Tellez & Sánchez, 2022). El mercado de dichos activos financieros –conocidos como over-the-counter– se basa en contratos cuyo valor se deriva del precio de otro activo financiero conocido como valor de referencia, de ahí el nombre de “derivados”. Entre estos, se encontrarían los llamados futuros o los fondos de inversión cotizados (ETF por sus siglas en inglés), por mencionar los más comunes y relevantes.
Dentro de este horizonte, la expansión de las finanzas ha tenido un empuje claro que se deja entrever a partir de la necesidad por adquirir un mayor porcentaje de ganancias para las firmas –tanto pequeñas, medianas y grandes–, que se involucran en el sector minero, dentro de un período de tiempo cada vez menor. Sin embargo, este impulso ha tenido actualmente un nuevo aliciente, ya que la especulación dentro de la minería se ha reconfigurado gracias al papel que ha desempeñado el tema del “calentamiento global” y de la búsqueda por transitar hacia un nuevo patrón energético. Esto es así, debido a que el modo de producción capitalista requiere incesantemente de un cambio en la estructura tecnológica que permita impulsar nuevamente el ciclo de valorización de capital, pero además, porque las condiciones materiales planetarias imponen un límite al desmedido consumo que propaga el modo de producción capitalista y que conlleva al colapso mismo de la especie humana (Bruckmann, 2022). Aunque no se tenga certeza de la posibilidad real sobre el tránsito hacia un régimen de uso de energías “totalmente limpias”, es sabido que dicha transición supone la demanda de grandes cantidades de bienes naturales, entre los que destacan minerales metálicos y no metálicos que intervienen en el proceso productivo de tecnologías de energía “limpia”, tales como autos eléctricos, baterías y dispositivos de energía eólica y solar, por mencionar los más comunes.
Desarrollo:
La financiarización de los recursos estratégicos
Tomando en consideración el informe publicado por la Agencia Internacional de Energía de Estados Unidos en mayo de 2021 y que lleva por nombre The role of the critical minerals in energy transicions, se puede llevar a cabo un análisis general de lo que implica para algunas naciones centrales, el proceso de transición hacia el uso de nuevas energías no basadas en el patrón fósil, tomando en cuenta como punto de partida el aumento exponencial y acelerado en el uso de minerales considerados como “críticos” o “esenciales”.[1] Entre estos bienes naturales que se muestran en dicho informe y que forman una lista de 32 minerales, destacan aquellos que se consideran de mayor necesidad o que tienen una participación mayor en los procesos productivos de cambio tecnológico, y que se encuentran dentro de la categoría de focus minerals (AIE, 2021). Tales materiales, conjuntan además del litio y las tierras raras –minerales que han merecido una gran atención por parte de los estudiosos en la materia–, otros de suma relevancia como el cobalto, grafito, manganeso, cobre y níquel, por mencionar solo algunos.
Imagen 1: Proyección del aumento de la demanda de minerales estratégicos en dos posibles escenarios
Fuente: Agencia Internacional de Energía, 2021.
Los datos presentados por la Agencia Internacional de Energía, muestran una proyección sobre el aumento exponencial en el consumo de minerales, que va de tres, hasta seis veces más el porcentaje de aquellos que son utilizados para las energías convencionales. Las expectativas proyectadas en este informe, que giran en torno a una posible transición energética, considera dos escenarios que tienen como meta el año 2040. El primero de estos escenarios, estaría caracterizado por un consumo que tenga como lineamientos generales las políticas actualmente establecidas en torno al patrón energético fósil. El segundo, en cambio, asume un patrón de consumo donde se imponen los limites considerados en el Acuerdo de París propuesto en 2015 en el marco de la Convención Marco de las Naciones Unidas sobre el Cambio Climático (Véase imagen 1).
Los problemas a los que apunta este informe, se centran en la proyección acelerada del aumento en el consumo de los materiales mencionados, la centralización de los países y empresas en donde se concentra la producción y procesamiento de los mismos, la dirección del consumo destinada a los países que tienen capacidad de compra de las nuevas tecnologías de transición energética, así como sobre el problema del acceso a dichos mienrales –principalmente en la zona de la periferia capitalista– y el impacto ambiental generado por su extracción y producción. Esto supone no solo un cambio en el escenario geopolítico y espacial que implica la disputa por los territorios ricos en estos minerales estratégicos para el futuro, sino además, en el aumento de la dinámicas y procesos de financiarización dentro de los mercados de commodities de tales minerales, en el financiamiento e inversión para dinamizar los procesos extractivos, y en la determinación de los precios que inciden en la rentabilidad de dichos procesos, teniendo un efecto directo en la esfera de la producción, así como en los territorios donde acontecen conflictos y disputas en torno a los procesos extractivos (Clapp, 2014).
Esto quiere decir que la financiarización de la actividad minera implica una intensificación de las actividades de actores, mercados y transacciones financieras en relación con la prospección, exploración, producción y consumo de los minerales mencionados, a través de agentes y compañías a escala local y global en aquellos espacios donde se encuentran localizados dichos materialss. En un panorama como este, donde el régimen de acumulación capitalista asume un dominio financiero (Guillén, 2015), es de destacar el papel y las actividades de las empresas y naciones centrales en la búsqueda, acceso y uso de los bienes naturales considerados críticos o estratégicos, y el de aquellas naciones que tienen un alto potencial en cuanto a las reservas que se sitúan dentro de sus territorios, así como en el ejercicio de la administración, gestión, soberanía y control de los mismos.
Por otro lado, la relevancia geoestratégica sobre la administración de los bienes naturales que muestra la Agencia Internacional de Energía de Estados Unidos a través del presente Informe, se deja entrever a través de los usos que los llamados focus minerals tienen en los procesos productivos de industrias como la de motores eléctricos, energía eólica, paneles solares, energía nuclear, e inclusive en la industria del gas natural (Véase imagen 2).
Imagen 2: Minerales utilizados y requeridos en algunas tecnologías de “transición energética”
Fuente: Agencia Internacional de Energía.
Para poner un ejemplo, el cambio tecnológico en los procesos productivos de los autos eléctricos, supone el aumento exponencial y diversificado de minerales considerados como críticos o estratégicos, de una a seis veces más que en los autos convencionales, incluyendo materiales como cobre, litio, níquel, manganeso, cobalto, grafito y tierras raras. Esto quiere decir que el cambio tecnológico no sólo requiere de baterías eléctricas donde se le ha dado mayor importancia al litio, sino de todo un “paquete” de minerales sin los cuales no sería posible dicha “transición”. Lo mismo se puede decir para todos y cada uno de los diferentes mecanismos o tecnologías de transición energética, mismos que suponen altos porcentajes de minerales en torno a los procesos productivos que los hacen posibles (Véase imagen 3).
Por dicha razón y teniendo en cuenta la lista de minerales presentada por el Informe emitido por la Agencia Internacional de Energía que se basa en los requerimientos de tales tecnologías, se debe comprender la importancia geoestratégica que tiene la región de América Latina en torno a los objetivos e intereses mencionados. Es de destacar el caso de Brasil que concentra dentro de su territorio el 84.6% niobio, el 37.7% de tantalio, el 24% de grafito, el 18.5% de hierro, el 18.3% de tierras raras, el 17.2% de manganeso, el 14.8% de estaño, el 12.3% de níquel y el 8.6% de bauxita, por mencionar algunos materiales. También es de gran relevancia el lugar que ocupa Perú ya que concentra el 16.1% de las reservas mundiales de molibdeno, así como el 13.1% de las reservas de selenio. Por su parte, Chile concentra en su territorio el 54.1% de las reservas mundiales de renio y el 22.9% de las de cobre. Además, se puede considerar también el caso de Bolivia que conserva una gran cantidad de las reservas mundiales de litio así como el 20.6% de las reservas de antimonio. Para el caso de México este tema debe ser de vital importancia, ya que, tal y como se presenta en diversos estudios e informes emitidos por diversas instituciones como el Servicio Geológico Mexicano o el Departamento del Interior de Estados Unidos, el territorio mexicano resguarda grandes reservas probadas de materiales como cobre, cobalto, grafito, litio y níquel (Mineral Commodity Summaries, 2022).
Imagen 3: Uso de minerales críticos y estratégicos en vehículos eléctricos en comparación con vehículos convencionales.
Fuente: Agencia Internacional de Energía.
Si se considera que los grandes grupos mineros nacionales y trasnacionales han controlado la producción minera mexicana alrededor de los últimos cincuenta años, es necesario tener en cuenta sus formas de operación, tanto productiva como financiera, para determinar sus impactos en términos territoriales, ambientales, económicos, sociales y culturales.
Empresas y financiarización de la minería en México
Aunque las grandes empresas mineras tanto nacionales como extranjeras han sido los conglomerados más importantes a nivel histórico que operan dentro del territorio mexicano, es necesario considerar para el fenómeno de la financiarización de los minerales estratégicos, aquellas compañías “junior” que tienen un papel determinante en las operaciones de configuración espacial y de relación social con las comunidades y territorios en donde se localizan las reservas de los minerales mencionados. Esto debido al hecho de que dichas compañías, se dedican a la venta de concesiones y proyectos mineros con base en el trabajo de exploración y prospección del territorio, determinando si existen condiciones potenciales para su explotación. De ese modo, logran el financiamiento necesario en las grandes bolsas de valores donde cotizan las empresas mineras que operan en México, y que en su mayoría son de capital extranjero, donde figuran principalmente empresas provenientes de países como Canadá, Estados Unidos, Australia, Reino Unido y más recientemente de China.
Al respecto, se puede decir que la actividad minera en México considera tres categorías para las empresas que se dedican al proceso extractivo, entre las que se encuentran las grandes, medianas y pequeñas. Una empresa grande es aquella compañía o corporación cuyos ingresos derivan de la explotación de minas a gran escala. Por su parte, las empresas medianas son consideradas como tales, debido a que se incorporan a la fase de producción sobre la base de sus propios hallazgos prospectivos. Finalmente, las pequeñas empresas, nombradas también como empresas junior, son aquellas firmas que restringen sus actividades a la identificación y exploración de yacimientos, con la finalidad de vender sus proyectos a una empresa mediana o grande (Téllez & Sánchez, 2022). Aunado a ello, las grandes empresas se caracterizan por su elevada capacidad operativa y financiera en todas las fases del proceso productivo, integrándose de manera sencilla en otras ramas industriales, lo que contrasta con las pequeñas y medianas empresas que carecen de la capacidad de financiamiento de las primeras (Urías, 1980).
No obstante, las empresas junior tienen un papel de suma relevancia en los procesos productivos mineros, ya que éstas inciden de manera prioritaria en las etapas de exploración, principalmente por su capacidad de penetración en regiones aisladas o que suponen un alto “riesgo” en la generación de conflictos sociales. Además, estas empresas poseen un elevado grado de especialización que se manifiesta en la calidad y experiencia de sus equipos de exploración (Torres, 2015), o en la experiencia de su planta productiva, que generalmente es reducida (Téllez & Sánchez, 2002). En muchos sentidos, el objetivo de las compañías junior, consiste en proveer a las grandes empresas de proyectos mineros para su posterior explotación, adquiriendo el financiamiento necesario y la posibilidad de obtener una rentabilidad positiva dentro de los límites de sus actividades.
Ejemplos de este movimiento se pueden reconocer en diversas empresas que pasaron del proceso de prospección y exploración, a la venta de proyectos con un grado alto de rentabilidad a empresas medianas o grandes dentro del territorio mexicano, tanto en el pasado como en el presente. Este es el caso de la compañía junior, de nombre Kennecott, misma que en 1994 a través de diversos procesos de prospección y exploración, descubre el yacimiento de “Peñasquito”, ubicado en el valle de Mezapil en Zacatecas. Dicho yacimiento fue cedido posteriormente a la compañía Western Silver a través de la obtención y compra de los derechos de concesión en el año de 1998. Posteriormente, en 2006, la compañía Glamis Gold, compra el proyecto minero de Peñasquito, para pasar al año siguiente a ser absorbida por la transnacional canadiense, Goldcorp Inc., quien obtuvo todos los derechos y beneficios para extraer oro y otros minerales considerados como críticos dentro de dicha región (Garibay et. al., 2014).
De la misma forma, al interior de la Costa Chica de Guerrero, se localiza la mina “San Javier”, en el ejido de Zitlaltepec, descubierta a mediados del siglo XX y cerrada en ese mismo momento por considerarse una actividad no redituable. Hasta 2009, la concesión fue otorgada a Diana Rebeca Castillo a través del Gobierno Federal y la Secretaría de Economía, de ahí el nombre de la mina “La Diana”. Esta, sin embargo, fue vendida posteriormente a la empresa canadiense Cam Sin Mining, en el año 2009 (Ramírez, 2014). Cabe destacar que las operaciones actuales de la zona son llevadas a cabo por la compañía Vedome Resources Corp., originaria de Canadá, quien compró las concesiones de los pequeños empresarios, teniendo participación en la extracción de cobre, hierro, oro, magnesio, mercurio y zinc (Servicio Geológico Mexicano, 2020).
Lo mismo ha sucedido para el caso de empresas que se han dedicado a la extracción del litio, y que iniciaron como proyectos derivados de las actividades de empresas junior, pero que finalmente han pasado a manos de corporaciones que pueden considerarse como grandes empresas mineras. Entre estos proyectos se pueden mencionar el proyecto Sonora Lithium, y el proyecto Elktra, ubicados en Sonora., los proyectos de la empresa Silver Valley Metals, ubicados en Zacatecas y San Luis Potosí; los proyectos de la Zenith Minerals Limited, que se localizan principalmente en Zacatecas; el proyecto Lithium Brine, en Coahuila; o el proyecto Cerro Prieto, ubicado en Baja California, solo por mencionar algunos de los existentes actualmente en la zona norte del país (Olivera, Tornel & Azamar, 2022).
Pero a pesar de las posibilidades que se tienen para vender un proyecto y obtener una rentabilidad positiva a través de la exploración minera, el riesgo más grande al que se enfrenta una compañía junior, es el de la obtención de capital para inversión, ya que depende del financiamiento de las instituciones nacionales y bancarias, así como del financiamiento bursátil o de inversionistas privados que buscan obtener ganancias en períodos cortos de tiempo, y en muchas ocasiones sin tener ningún tipo de interés en la producción misma. Esta situación incide directamente en el proceso productivo a través de la constitución de los precios, la especulación de los mismos y en las directrices mismas del financiamiento que determinan las prioridades extractivas de las grandes firmas. De ese modo, el papel de las compañías junior en cuanto a los procesos de prospección y exploración mineras, suponen el primer nivel, dentro de la escala del fenómeno de financiarización, que rige la producción de recursos considerados como estratégicos en el panorama global.
En ese sentido, es importante mencionar el caso de compañías como Carbón Mexicano S.A y la Cía. Minera Caopas que tienen actividades en Coahuila en la producción de mineral de manganeso; la Compañía Minera Carson, Grafitos Mexicanos, o la Minera Real de San Javier, que operan en territorio de Sonora en relación a la producción de grafito. Asimismo, es de considerar las actividades de compañías como Minera y Metalúrgica del Boleo, que opera en Baja California Sur, o la de Representaciones Técnicas, mismas que tienen actividades en Nuevo León y que se involucran directamente en la producción de cobalto, minerales que en todos los casos, tienen una incidencia directa en la búsqueda por alcanzar un nuevo régimen energético de acuerdo con el consumo de dichos materiales para la producción de plantas de energía eólica, baterías, autos eléctricos, entre otros (Directorio del Sector Minero, Secretaría de Economía, 2020).
Estas y otras compañías, significan el primer paso para la introducción financiera a los territorios y comunidades que son afectados de manera directa por la producción minera y que afectan los marcos legales y normativos que permiten facilitar la gestión, administración y soberanía de los territorios en donde se ubican aquellos bienes naturales considerados como estratégicos al interior de la periferia y semi-periferia capitalistas, incluido por supuesto el territorio mexicano. De ese modo, la ampliación del marco de conocimiento de estas actividades, debe ser una respuesta para crear escenarios que puedan generar una alternativa para el avance del capital financiero tanto a nivel local como a nivel global. Esto quiere decir que las alternativas, solo tendrán lugar en la medida en la que se pueda conocer a profundidad la forma a partir de la cual operan las finanzas y el capitalismo en su condición actual.
[1] El concepto de recurso crítico, supone el desplazamiento de la categorización del uso del concepto “recurso estratégico” que fue una constante en el panorama geopolítico de la Segunda Guerra Mundial y el mundo de la Guerra Fría. Esto implica la necesidad por analizar las implicaciones que tiene el uso del concepto de recurso estratégico como fundamento para buscar encubrir los verdaderos requerimientos o necesidades de dichos bienes naturales en un panorama de conflicto hegemónico y de disputa por su administración y aseguramiento. Al respecto puede verse Alvarez, 2020 y Ceceña & Barreda, 1995.
Conclusiones:
Consideraciones finales
Más que dar una respuesta sobre los problemas que se desprenden a partir del fenómeno de la financiarización de los minerales estratégicos, o de dar cuenta de los conflictos territoriales que actualmente se manifiestan dentro del territorio mexicano como consecuencia propia del problema, lo que se pretende con esta intervención, es mostrar la relevancia geopolítica de dichos minerales en un panorama de transición energética y de colapso climático tal y como se asume actualmente, con el objetivo de explorar posibles rutas de investigación que den cuenta de las condiciones actuales con las que opera el capital financiero. Una de estas posibles rutas puede situarse en el estudio de los fenómenos acontecidos en el pasado, y que proyectan un problema similar en relación a la necesidad de los países centrales y de las empresas y corporaciones transnacionales que articulan sus esfuerzos mutuamente, en la búsqueda por adquirir y asegurar bienes naturales considerados como “recursos estratégicos” en distintos momentos históricos de crisis, cambio tecnológico o fases de acumulación capitalista (Álvarez, 2020).
Este panorama histórico plantea un desafío para el análisis y reconocimiento estructural de los actores que tienen un papel directo en los procesos de administración, extracción, comercialización y consumo de tales bienes naturales en contextos de dependencia estratégica (Saxe, 2009). En esa medida, cabría preguntarse por todos y cada uno de los actores que tienen una incidencia en las cadenas productivas que van desde la prospección y reconocimiento del territorio hasta el procesamiento y consumo de los diferentes minerales estratégicos requeridos en el presente cambio tecnológico, pasando por los procesos de adquisición, comercialización y traslado de los mismos. Por tanto, las respuestas se podrían enfocar en las instituciones, empresas, gobiernos o grupos de poder que facilitan el acceso a tales bienes naturales, a las actividades específicas a partir de las cuales les permiten a dichos actores el acceso a los territorios y comunidades donde se localizan tales minerales y que preparan el terreno para la depredación y colonialismo extractivos.
Acaso la pregunta central que pudiera guiar dicho análisis, podría situarse desde el cuestionamiento de la diferencia con la cual se plantean estos problemas en la actualidad, en contraste con aquellos que se localizan en el pasado. En otras palabras, ¿cuáles serían las características que toma el actual patrón de acumulación capitalista con régimen financiero, y cómo es que éste determina los procesos productivos que giran en torno a la administración, extracción, comercialización y consumo de los minerales considerados como estratégicos? Desde esta perspectiva, un análisis como el que se plantea, sugiere por tanto un intercambio constante entre los acontecimientos histórico-geopolíticos que han supuesto los fenómenos del colonialismo, del extractivismo, el imperialismo o la dependencia entre los países capitalistas centrales y la periferia y semi-periferia globales, es decir, un intercambio constante y crítico entre la historia y el presente.
Bibliografía:
Bibliografía
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Nos encontramos ante una crisis sin precedentes, una crisis planetaria o civilizatoria que se percibe en todos los ámbitos de la vida; ambiental, económico, social, político, ético, cultural y espiritual. Un sistema económico sustentado en la devastación del medio natural, la precariedad laboral y la espiral incesante del consumo. Una parte reducida de la población vive en el llamado “estado del bienestar”, mientras otra se enfrenta a niveles de pobreza, exclusión social, desempleo, despojo de sus territorios y situaciones de violencia. Es urgente plantear respuestas más allá del desarrollo, buscando una profunda reorganización de las relaciones dentro y entre las sociedades, y de las relaciones entre la humanidad y la naturaleza. (Kothari, Salleh, Escobar, Demaria, & Acosta, 2019). La crisis climática no se percibe como tal; décadas de negociaciones internacionales han demostrado que los objetivos climáticos trazados son insuficientes, y que las voluntades políticas continúan enfrascadas en el desarrollo económico de unos pocos. Han tenido que transcurrir más de treinta años para que la cuestión medioambiental se sitúe en el debate público, aunque no con el grado de urgencia requerido, debido en gran medida a la inyección de capital proveniente de los lobbies de la industria fósil y energética (Mayer, 2016; Mckie, 2018, Oreskes, Conway, 2010; Michaels, 2008; Beder, 2014; Bonds, 2011). La transición ecológica requiere de un proceso de sensibilización y transformación sin precedentes, de una comunicación ética, una que recupere su significado más primigenio; “poniendo en común, construyendo colectivamente, con la comunidad y para la comunidad, tejiendo puntos de encuentro y estableciendo signos de reconocimiento” (Velásquez, 2009). La comunicación debe servir como un medio para la transformación social y no como un fin en sí misma, escapando de las lógicas actuales del hiperconsumo y la economía de la atención que está en detrimento de la calidad de la información, en beneficio de una rentabilidad económica. De esta manera una problemática multicausal, con repercusiones en todas las esferas de la vida humana y no humana queda muchas veces reducida a lo “noticiable”, sin que sean abordadas las causas, consecuencias y posibles iniciativas de soluciones que aboguen por una transición ecológica y social. Esta investigación realiza un análisis descriptivo y una revisión sistemática de la literatura sobre comunicación de la crisis climática, destacando los principales enfoques investigativos (estudios de medios, de discurso, de emisores y/o receptores), teorías, aportaciones, retos y estrategias comunicativas para la transición ecosocial. Como resultados de los enfoques investigativos destacan: estudios de la cobertura mediática (Boykoff, 2016), efectos psicológicos de los mensajes en las audiencias (Garcés Prieto., et al, 2020), contenidos centrados en iniciativas y movimientos ciudadanos y de base (Chaparro., et al, 2020), discursos ético-animalistas ( Moreno y Almirón, 2021) entre muchos otros.
#03926 |
“O DEVORADOR DE TUDO”: mudanças climáticas e a Lagoa do Piató, um olhar sobre as intervenções humanas e não humanas no contexto da bacia do rio Piranhas-Açu/RN. "
Objetivamos fazer uma reflexão sobre as relações humanas e não humanas, suas interações, na perspectiva de grandes projetos de desenvolvimento, transpassando as questões de mudanças climáticas (GIDDENS,2010) na bacia do Rio Piranhas-Açu, considerado o maior reservatório fluvial da bacia, que atravessa os Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, no semiárido nordestino. As intervenções humanas no espaço geográfico têm sido marcadas por relações de alteração de fluxo de rios, florestas artificialmente produzidas, árvores exóticas plantadas, conduzindo a mudanças de clima, temperatura, paisagem e modos de vida, com influências na esfera das relações sociais, ambientais e na psique dos povos (GUATTARI, 1990). As intervenções provocam aspectos positivos e negativos, propõem-se aqui ressaltar a reflexão “não domesticada” do “pensamento selvagem”, utilizando de reflexões antropológicas sobre a questão presente em LÉVI STRAUSS, 1997, ALMEIDA, 1979, MORIN, 2008, INGOLD, 2015, entre outros. Além do que, são perpassadas por conflitos e diferentes interesses, a dialética social e as insurgências de movimentos sociais, numa perspectiva de construção de direitos emancipatória e de transformação social (JUNIOR, 2019). O trabalho de campo foi de abordagem etnográfica, a partir de entrevistas semiestruturadas com moradores do entorno da Lagoa do Piató, evidenciando o conhecimento naturalístico e memorialístico, com destaque para a história oral na perpetuação de saberes (BENJAMIN, 1994), presente nas relações estabelecidas de longa data e, ao mesmo tempo, a presença das externalidades do desenvolvimento sobre a natureza nos relatos, ressaltando a luta por direitos, as subjetividades, e a importância histórica, sociocultural e econômica da Lagoa para toda a região. Referências BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. in: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 197-221.GIDDENS, Anthony. A política da mudança climática / Anthony Giddens ; apresentação à edição brasileira: Sérgio Besserman Vianna ; tradução: Vera Ribeiro. - Rio de Janeiro: Zahar, 2010.GUATTARI, Félix. As três ecologias. — Campinas, SP : Papirus, 1990.JUNIOR, José Geraldo de Sousa. O Direito Achado na Rua: condições sociais e fundamentos teóricos. Rev. DireitoPráx., Rio de Janeiro, V.10, N.4, 2019, p. 2776-2817. INGOLD, Tim. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição / Tim Ingold ; tradução de Fábio Creder. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.LÉVIS-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem / Claude Lévi-Strauss ; [tradução de Tânia Pellegrini]. - Campinas: Papirus, 1997.MORIN, Edgar. Ciência com consciência / Edgar Morin ; Tradução: Maria D. Alexandre, Maria Alice Sampaio Dória. - 10. ed. - Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2008.MOURA, Maria da Conceição de Almeida. Agricultura de subsistência no Rio Grande do Norte: produção e reprodução da força de trabalho / Maria da Conceição de Almeida Moura. - São Paulo: s.n., 1979.
#04182 |
A transição energética brasileira e os desafios da sustentabilidade frente à emergência climática
Atualmente o debate global sobre os impactos causados pela dependência de combustíveis fósseis tem contribuído decisivamente para o interesse mundial buscar soluções sustentáveis para geração de energia. Esforços para limitar as emissões de GEE pelas atividades humanas têm direcionado as pesquisas em torno de tecnologias mais eficientes e fontes de energia renováveis e/ou não emissoras. Outrossim, mudanças tecnológicas caminham na direção de padrões que degradem menos o meio ambiente e quepromovam uma racionalização dos recursos naturais. No programa ‘Agenda 2030’ para o Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas, o objetivo de número 07 trata da promoção da energia limpa (energia renovável), visando assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preços justos para todas as pessoas, e essa agenda convida os governos a alinharem suas políticas públicas a esse objetivo, de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável. Diante disso, a nova ordem mundial é a busca pela eficiência energética e, para isso, se faz necessário um planejamento energético que possibilite o atendimento da demanda de energia de forma eficiente, econômica, segura e confiável e que cause o mínimo possível de danos à natureza. Por possuir uma matriz energética com alto grau de inserção de recursos energéticos renováveis, principalmente, por usinas hidrelétricas, o Brasil, fica cada vez mais susceptível às variações climáticas que, à medida que afetam o volume das chuvas, agravam a situação hídrica e o volume de água disponível para a geração de energia. Essa alta concentração da matriz energética do país em fonte hidráulica, compromete a segurança energética e frequentemente envolvem impactos socioambientais de grandes proporções. No entanto, para que a participação de energia de fonte renovável cresça na velocidade desejada e na direção dos objetivos do desenvolvimento sustentável, da segurança energética e combate às mudanças climáticas é preciso superar diversas barreiras. Diante desse contexto, esse artigo tem como objetivo central refletir sobre a transição energética brasileira e os desafios da sustentabilidade frente a emergência climática partir de um levantamento bibliográfico especializado e com apoio de dados estatísticos, fornecidos pelo MME/EPE e outros. Conclui-se então que os novos desafios ambientais contemporâneos exigem que o Brasil, enquanto produtor de energias renováveis, adote políticas de governança alinhadas às questões climáticas globais e compatíveis com a sustentabilidade. Logo, essas políticas necessitam ser acompanhadas e delineadas em torno de um sistema energético que expresse ações concretas de bem estar social, econômico e ambiental, numa perspectiva de mitigação e adaptação face ao contexto climático.
13:00 - 15:00
GT_14- Medio Ambiente, Economías Solidarias y Desarrollo Sostenible
#00653 |
La agricultura alternativa y su comercialización en la Zona Metropolitana del Valle de México vista como movimiento social
El sistema agroalimentario hegemónico ha llevado a la agricultura hacia un modelo industrial con fuertes impactos ambientales y sociales; al mismo tiempo, el crecimiento urbano de la Ciudad de México y la Zona Metropolitana del Valle de México (ZMVM) ha presionado constantemente a las superficies agrícolas hasta el punto de reducirlas significativamente. Ante lo cual, la agricultura urbana yperiurbana y los movimientos agroalimentarios alternativos han surgido como respuesta ante tales conflictos socioambientales, encontrando en su composición interna, estructura organizativa, en las formas de acción e identidad, las estrategias de reproducción, adaptación y permanencia adecuadas ante el panorama agrícola adverso.Desde el punto de vista de la teoría de Movilización de recursos, se reconoce que los movimientos sociales no son espontáneos ni desorganizados, sino que analiza la acción colectiva como creación, pérdida, intercambio o redistribución de recursos, y que es movilizado por los actores para la consecución de sus objetivos. Asimismo, y de fundamental importancia, más que en el análisis desde las organizaciones, considera la participación de los individuos en la acción colectiva como un acto racional basado en el cálculo de costos y beneficios frente al modelo agroalimentario hegemónico. Precisamente, es mediante la movilización por los propios actores en torno a la creación, pérdida, intercambio o redistribución de recursos en beneficio propio; en este caso, ampliamente visible el fenómeno detonante en la presión de la mancha urbana sobre sus agroecosistemas, la falta de apoyos gubernamentales de fomento productivo, el coyotaje, la mala distribución de ganancias a través de la cadena productiva de alimentos y finalmente, como medida de mejora en salud y conservación ambiental.En este trabajo se analizan las diversas amenazas y oportunidades que derivan en el panorama de reproducción o abandono de la agricultura urbana y periurbana enfocada a los mercados alternativos en la Ciudad de México y su área metropolitana, desde el enfoque de la teoría de movilización de recursos partiendo del punto de vista de los actores que intervienen en dicho proceso.
#02851 |
Consumo de alimentos naturais e a dinâmica produção agrícola na metrópole paulistana
Este trabalho tem como objetivo explorar as relações de hábitos de consumo da população urbana da metrópole paulista com a preservação dos recursos e da produção agrícola natural, identificando os efeitos diretos e indiretos por meio da comercialização entre os agricultores, território e população paulista, que visa nessas relações a manutenção do território ambientalmente importante na porção sul da metrópole paulista, território, esse que abriga as áreas de proteção ambiental do Município. Para estimar estes efeitos o presente estudo adotou bases cartografias de uso e ocupação do solo, dados de pesquisa de campo, publicações da prefeitura de São Paulo acerca dos programas e projetos desenvolvidos nos últimos anos. A produção agrícola na porção sul sofre o enfrentamento com os espaços urbanos, beneficia-se das práticas e das demandas urbanas, favorecendo e possibilitando a produção de cultivos diferenciados direcionados para o consumo da metrópole. Consumo esse, de produtos orgânicos que tem aumentando a cada ano, hoje mais de 40% dos alimentos consumidos nas escolas municipais são orgânicos e provenientes da agricultura familiar, além da consolidação das feiras orgânicas que se espalham pela cidade. O que possibilita uma dinâmica singular na relação rural-urbano nesse espaço metropolitano, colocando em movimento um processo de reprodução da agricultura familiar, em momentos distintos da história da evolução da metrópole, passando do cinturão caipira, ao cinturão verde e atualmente a diversidade produtiva e populacional num espaço de Áreas de Proteção Ambiental. A preservação dos serviços ecossistêmicos o capital natural e sua importância para o equilíbrio ambiental frente a crescente degradação e depleção do mesmo, tem sido possível por conta da produção agrícola, por meio dos agricultores familiares em suas pequenas propriedades, por meio de projetos individuais e programas públicos, de assistência aos agricultores familiares e garantias nos processos de comercialização, especialmente por canais diretos com os consumidores, buscou-se revelar os processos de redes de resistência e permanência, contrariando toda uma lógica da metrópole urbana num embate cotidiano com o processo de urbanização, que se revela como eficaz, e dinâmico garantidor de renda, e empregos, produtor de serviços e como fim preservação do capital natural.
#03612 |
“O BENEFÍCIO DO PÉ À XÍCARA”: cultivo sustentável do café e o turismo histórico local em Baturité – Ceará.
Sylene Ruiz de Almada Melo1
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Kadma Marques Rodrigues
1
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Josefa Salete Barbosa Cavalcanti
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1 - Universidade Estadual do Ceará.2 - Universidade Federal de Pernambuco.
A cafeicultura em Maciço de Baturité - Ceará não ocupa espaço mais expressivo do que décadas passadas, pois alguns produtores resistem à pressão da especulação imobiliária e das adversidades climáticas e continuam produzindo. Nesse contexto, ou presente artigo Proponho uma discussão sobre as questões do espaço rural e urbano, na dimensão territorial e o turismo histórico como processo de cultivo, manejo, manifestações culturais e as práticas utilizadas por agricultores locais reconhecidos por oferecerem seus cafés e seus produtos refletindo a possibilidade de manter cultura do café como atração turística. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e de campo com uso de dados primários e secundários que busca descobrir e compreender o movimento da agricultura familiar atrelada à cafeicultura, como fenômeno sociológico e complexo, na composição das práticas de cultivo agroecológico do café. da sombra. Ao todo, foram entrevistados 30 cafeicultores, dentre eles, apenas 4 pertencem à Rota Verde do Café – RVC (programa de incentivo promovido pelo SEBRAE/CE). Tenho como hipóteses: i) no contexto territorial-ambiental, que os agricultores atentem para a promoção do cuidado como cultivo, agroecologia e produção sustentável de café, e; ii) no contexto de um turismo rural local, a história do café busca revitalizar memórias afetivas, preservando a importância das manifestações culturais, respeitando seus valores e crenças tendendo ou o turismo empreendedor como suporte. Os resultados alcançados abordam o entendimento de que somente os produtores que estão inseridos no RVC recebem incentivos e visibilidade para continuar produzindo e comercializando seus cafés. O empreendedorismo de oportunidade se destaca nesse processo, pois nós agricultores, além da produção de café, para nos mantermos, fabricamos diversos produtos baseados na história do café na região, que são: livros contando a história de dois sítios e suas cozinha local, diversos artesanatos, utensílios e trilhas ecológicas para poder manter viva a história do café na região e promover o turismo local. Os produtores que não participam do RVC, que em sua maioria, tentam ingressar nas Associações do Café Local não pretendem obter mais orientações sobre incentivos do governo, etc., outros ou enfrentá-los por conta própria, pois reconhecemos que muitos “ gargalos” ainda persistem devido à falta de investimento em cultivo, manejo, técnicas de produção e tecnologia para torrefação e embalagem do café. Bem como uma forte presença da especulação imobiliária que a cada dia explora as terras férteis para a construção de hotéis e resorts. No entanto, esses mesmos agricultores buscam manter a centenária safra de "café sombra", plantada à sombra da Ingazeira, de forma agroecológica, sem uso de agrotóxicos, preservando a tradição centenária de seus antepassados.
15:00 - 17:00
GT_14- Medio Ambiente, Economías Solidarias y Desarrollo Sostenible
#01344 |
Naturaleza y mundo social ¿una relación conflictiva? ¿Cómo impactan los cambios de la sociedad en la naturaleza y en la vida cotidiana de los individuos?
Pareciera como si la relación sociedad/naturaleza se planteara de manera excluyente y conflictiva, como si en la realidad estuvieran separados cuando, en realidad, se interrelacionan fuertemente gracias el humano. La existencia humana se inscribe en dos entornos, el entorno como medio material que le estimula físicamente (naturaleza) y el entorno inmaterial que orienta su conducta y le permite auto observarse con relación a la acción de otros semejantes (sociedad). Si aceptamos objetivamente esta precisión, podemos descomponer la dualidad sociedad/naturaleza para hacer un análisis sociológico que añada precisión a la observación de los fenómenos y la construcción de problemas: 1) partimos de la relación sociedad/naturaleza, entendiendo sociedad como el sistema comunicativo que crea una comunicación sobre la naturaleza según la forma de la sociedad, es decir nos preguntamos ¿qué dice la sociedad acerca de la naturaleza? 2) Derivado de la imagen creada acerca de la naturaleza nos preguntamos ¿cómo interpreta y asimila la sociedad un fenómeno natural? En la actualidad los fenómenos son percibidos como riesgo 3) Las consecuencias en la orientación de la acción individual que tiene la experiencia de un evento natural, es decir ¿cómo se asimilan la experiencia de un fenómeno en la vida cotidiana moderna? La forma histórica actual de la relación sociedad/naturaleza creó el concepto de Recursos Naturales para referirse a la naturaleza, un concepto propiamente económico, lo cual nos da una idea de las implicaciones que tiene su uso. Los conceptos nos dicen sociológicamente cómo es la sociedad y analizando el concepto de Recursos naturales quizá podamos entender el hecho de la Mercantilización de la Naturaleza y porqué esto se convierte es un problema socioambiental. Casi de la mano con el concepto de Recursos Naturales están los de desarrollo económico y desarrollo social, pero bajo esa idea se ignora la pregunta de si ¿Es posible mantener el mismo ritmo de desarrollo por siempre, considerando los límites naturales? ¿Los límites de la naturaleza se han ignorado por desconocimiento o por desinterés?Vivimos en una constante adaptación al entorno, nosotros mismos nos presionamos para adaptarnos a los cambios, cada vez más frecuentes, que provocamos en el ecosistema global. Es cada vez más evidente que existe un deterioro ambiental o deterioro de la naturaleza y de los ambientes creados por el humano, problemas relativos a los efectos de la degradación, de estos problemas surge la pregunta de ¿quiénes resultan más afectados? ¿qué grupos, de qué territorios, de qué clases? Hay un empeoramiento paradójico de la calidad de vida.
#02611 |
Semióticas de la resistencia de las mujeres waorani en el Ecuador frente a los regímenes de verdad gubernamentales
La presente ponencia tiene como objetivo hacer un análisis de las semióticas de la resistencia que las mujeres waorani realizan como parte de su forma de vida y de su convivencia cotidiana con la selva, también evidenciar que sus actividades cotidianas se convierten en formas de resistencia frente a las amenazas constantes del gobierno ecuatoriano para la explotación petrolera, su territorio se traslapa por el catastro petrolero denominado Ronda Sur Oriente en la cual se delimita que las comunidades de Awenkaro, Toñampare y Kenaweno, las cuales se encuentran en peligro ya que lo que el gobierno Ecuatoriano determinó como el Bloque 22, es el espacio en donde estas comunidades se encuentran habitando, a su vez que las mujeres waorani buscan formas de resistir, ante una latente amenaza a la explotación petrolea y el deterioro de la selva y su forma de vida.
#03418 |
La clave “desarrollo sostenible” como disputa hegemónica en el territorio amazónico
La idea de “Amazonía” o “Selva Amazónica” nunca estuvo aislada de los contextos sociopolíticos a partir de los cuales se fueron dibujando los conceptos y concepciones que la caracterizaron. Las mismas nociones de medio ambiente, conservación, preservación y riqueza natural que permean los debates socioambientales partieron fundamentalmente de un sistema semántico propio de la Modernidad, que ha operado como base discursiva hegemónica de la dominación material y subjetiva en esta y otras partes del planeta.Desde el período colonial, la visión que se fue construyendo de este espacio en el imaginario social de las “naciones del nuevo mundo” trató de interpretar a la Selva Amazónica y a sus pueblos originarios como un vacío geográfico, cultural y de sentidos, invalidando y oscureciendo las innumerables comprensiones y auto-imágenes de sus culturas milenarias. En el ámbito académico, el reconocimiento tardío de estas voces y de sus planteamientos refleja su rasgo colonial y eurocéntrico constitutivo.Históricamente, esto resultó en una disputa narrativa asimétrica. En el centro de este debate se encuentra la concepción de lo que es y lo que debe de ser el “futuro” de la Selva Amazónica. Como en los imaginarios colectivos locales y globales, también en la esfera pública se articulan narrativas y proyectos sociopolíticos. Así es que tales cuestiones involucran luchas simbólicas en torno a la definición y la imposición de ciertos significados, con implicaciones concretas para los distintos actores, en diferentes escalas y contextos políticos.Esta agenda de politización también refuerza silenciamientos y posturas paternalistas, en las que se considera a los pueblos originarios como sujetos incapaces de deliberar sobre su propio destino y el de su espacio vital. La negación del poder decisorio es enmascarada por el argumento de que su territorio tiene una importancia para todo el planeta y por tanto, configura un interés y una responsabilidad compartida. En ese sentido, la visión hegemónica es pautada por la necesidad capitalista de rediseñar y actualizar un discurso desarrollista sustentable para la región. Sin embargo, otras narrativas y significaciones contra-hegemónicas también actúan en este mismo juego, produciendo inestabilidad en la narrativa hegemónica y abriendo espacio para la posibilidad de rupturas.Este trabajo se propone, por tanto, a identificar el proceso de construcción de una narrativa hegemónica acerca del “futuro” de la Selva Amazónica, de acuerdo al aporte teórico de Antonio Gramsci y a partir de la metodología del Análisis Político del Discurso, elaborada por Ernesto Laclau y Chantal Mouffe. La propuesta es parte de mi investigación doctoral, actualmente en curso, en el Posgrado en Estudos Latinoamericanos de la UNAM. Se pretende con la presente exposición intercambiar ideas y promover debates sobre el tema con vistas a contribuir para el desarrollo de la propia investigación.
#04781 |
Acción colectiva por la defensa del territorio la propuesta del CNI y CIG ante la gobernanza ambiental
Susana García Jiménez1
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Carlos Juan Núñez Rodríguez
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En México la lucha por el territorio históricamente ha estado vinculado a las clases subalternas, entre ellas los campesinos y los pueblos indígenas, lo cual fue emblema de la Revolución Mexicana a inicios del siglo XX. En las últimas décadas del siglo XX podemos identificar dos aspectos contradictorios en cuanto a la concepción del territorio, por un lado, con los cambios políticos y económicos a nivel global, y México fortaleciendo la etapa neoliberal, con la apertura comercial en 1994 mediante el Tratado de Libre Comercio de América del Norte, se establecía la concepción del territorio como fuente riqueza. Por otro lado emergía el Ejercito Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) como un colectivo cuya visión del territorio es más amplia, el territorio como espacio de vida, fuente y repositorio de los bienes comunes, de las culturas, y de la historia de los pueblos que en él habitan.Es en este contexto que las luchas de los pueblos originarios toman una característica particular: aportan, desde una mirada histórica, compleja y comunitaria, una lectura multidimensional de la problemática, al tiempo que comparten experiencias de resistencia y prácticas concretas para imaginar alternativas, lo cual se impulsará a través de dos colectivos de los pueblos indígenas: el CNI y el CIG.El presente trabajo tiene como objetivo analizar la defensa del territorio como parte del proyecto político del Congreso Nacional Indígena (CNI) surgido en 1996 y reiterado veinte años después con la conformación del Consejo Indígena de Gobierno (CIG).Un aspecto importante del proyecto del CNI y del CIG está en la construcción de las autonomías de los pueblos, donde cada pueblo originario gestione su territorio y ejerza su cultura, tradiciones usos y costumbres, por otro lado esa postura frente al despojo da cuenta de una concepción del territorio como espacio de vida y esperanza, lo que representa la lucha por la vida como ellos mismos lo indican, al reconocerse como los pueblos, naciones, tribus y barrios originarios que “hacemos, con organización, al CNI- CIG; hablamos con la lucha colectiva de quienes en nuestras geografías no han dejado de soñar en extensos territorios, en colectivos de decenas, cientos o de miles de familias que hacemos eso que nosotros llamamos comunidad. Nos hablamos con nuestras luchas por defender la vida y en ese lenguaje nos entendemos, porque es el que nos abre la puerta para vernos y entendernos.”Con ello los grupos indígenas reivindicaron el derecho a la autonomía en sus territorios, a tener sus propias formas de seguridad y justicia, de agricultura y defensa de cultivos tradicionales, de formas propias de educación y comunicación.