Resumen de la Ponencia:

La pregunta general que motiva esta investigación es ¿Cómo se han construido las condiciones del mercado laboral en Chile y España? ¿Cuáles son las condiciones actuales del mercado laboral en respuesta a la crisis generada por el CovidSar2? La investigación busca realizar un análisis comparativo entre las trayectorias laborales de trabajadores autónomos de ambos países, como modelos sociales contrastados, con el objetivo de establecer similitudes y diferencias en los patrones de configuración de dichas trayectorias, así como los factores explicativos específicos y comunes de su estructuración, bajo un análisis longitudinal de corto recorrido abarcando los años 2019, 2020 y 2021. En la búsqueda de las configuraciones y factores explicativos de la heterogeneidad de trayectorias laborales de los dos países se trata de investigar los aspectos dinámicos de la actividad laboral desde la perspectiva teórica de la segmentación del mercado de trabajo para estudiar principalmente: tiempos de ocupación y desempleo, rotación, calidad del empleo y nivel de precariedad laboral, niveles de cualificación, contexto de empresa, relación entre la esfera productiva y reproductiva, el contexto institucional y de crisis. En primer lugar, la investigación se plantea bajo un enfoque cuantitativo con un diseño de análisis con objetivos descriptivos y explicativos donde el análisis sociológico comparativo de las trayectorias laborales en Chile y España se realizará con fuentes de datos secundarios; y, en segundo lugar, una aproximación cualitativa con análisis biográfico como principal herramienta para producir datos primarios.Con este trabajo se busca delimitar teórica, metodológica y conceptualmente el trabajo autónomo en sus diversas formas -en Chile y en España- con un análisis longitudinal de corto recorrido abarcando los años 2019, 2020 y 2021.Por tanto, desde la disciplina se pretende aportar a la descripción y a la construcción de la tipología de estos trabajadores, entregando y clarificando elementos teórico conceptuales, y finalmente a la comprensión de este fenómeno. En síntesis, aportar elementos teóricos y empíricos para un análisis sociológico que arroje luz sobre la realidad social de este colectivo escasamente estudiado. Tanto Chile como España presentan una estructura del mercado de trabajo con importantes similitudes en términos de su estructuración segmentada. Un segmento primario alto que corresponde a trabajo estable, bien remunerado, con seguridad social y salud, y con ingresos altos en el sector servicio, en Chile este sector representa un 24% y en España un 35%. Un segmento primario inferior con una incidencia del 47% y 46% respectivamente, estos también son trabajos estables, con ingresos medios y corresponde a los sectores de la industria y la construcción. Finalmente, el segmento secundario en Chile alcanza un 29% y en España un 19%. Al observar la tipología de la segmentación del empleo ambos países muestran una forma análoga de la segmentación del mercado laboral. 

Resumen de la Ponencia:

Este resumo apresenta uma pesquisa de doutorado que está em desenvolvimento no Programa de Educação Matemática e Tecnológica na Universidade Federal de Pernambuco - Brasil, na linha de educação tecnológica e a pesquisadora está inserida no grupo de pesquisa de Mídias Digitais e Mediações Interculturais. A pesquisa que estamos desenvolvendo trabalha com letras de músicas populares brasileiras que tocam no tema do feminismo e pretende analisar os discursos produzidos pelos estudantes a partir da ampliação dessas letras em narrativas transmidiáticas (NT). As letras das canções servem como ponto de partida para a produção de novos textos, através de novos arcos narrativos em diferentes mídias e são selecionadas pelos próprios alunos. Na atualidade, não há mais a separação entre produtores e consumidores de conteúdo, mesmo que nem todos consigam produzir e consumir da mesma forma. Há uma liberdade maior para criação e compartilhamento de tudo o que é produzido, e isso se revela uma experiência enriquecedora em um ambiente de aprendizagem. Ao pensar em recurso pedagógicos disponíveis, elencamos não apenas toda a gama de dispositivos e aplicativos tecnológicos, mas também todos os conteúdos e formas de arte produzidos pela sociedade e compartilhados nas diversas plataformas. Nessa perspectiva, vivendo esse momento histórico, com tantas informações e recursos à disposição, os professores tornam-se curadores de conteúdos e guias dos alunos em seus processos individuais de aprendizagens. Destarte, eles não podem perder a oportunidade de compartilhar, em suas interações, as inúmeras possibilidades que o mundo digital e a sociedade em rede nos apresentam. A aplicação prática de NT em atividades pedagógicas ainda é um campo pouco explorado na Educação. Vislumbramos então uma pesquisa exploratória quanto aos seus objetivos, dado que se quer analisar os discursos feministas produzidos pelos alunos a partir da ampliação de narrativas transmidiáticas relacionadas às letras das músicas.  Com relação aos procedimentos, optamos pela cartografia como método dessa intervenção, pois a professora regente e a pesquisadora atuaram como guias no processo, apresentando a atividade proposta e orientando os grupos na criação de arcos narrativos. Todo o trabalho criativo, entre planejamento e execução, foi realizado pelos estudantes, em seus respectivos grupos. Neste artigo descrevemos essa experiência e demonstramos algumas possibilidades de utilizar as NT como ferramenta pedagógica parar o fomento de práticas que estimulam o pensamento crítico.  (O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001)

Introducción:

Introdução

Esse artigo é um recorte de uma pesquisa de doutorado que está sendo desenvolvida no Programa de Educação Matemática e Tecnológica da Universidade Federal de Pernambuco, na linha de Educação Tecnológica. A pesquisa trata da análise do discurso de estudantes do ensino médio a partir da ampliação das narrativas transmidiáticas feministas com origem em letras de canções brasileiras. 

Entretanto, o delineamento selecionado para esse artigo dá conta da descrição da proposta que levamos para a sala de aula e das observações que fizemos dos resultados conquistados nessa etapa. Como dito, a pesquisa está em andamento e os discursos dos estudantes ainda estão sendo analisados, sendo esse o objetivo fim do projeto.

A proposta desse trabalho constitui-se transdisciplinar, pois quer trazer para sala de aulas temas que perpassam diversas áreas do conhecimento e ainda que atravessem os muros da escola, trazendo para sala de aula situações do cotidiano da sociedade. Para tanto, foi escolhido o tema feminismos para ser o fio condutor dessas discussões e letras de canções da MPB para serem o ponto de partida da empreitada.

Como ferramenta pedagógica, apresentamos aos alunos as narrativas transmidiáticas (NT), recurso muito usado por grandes conglomerados de entretenimento e marketing para expandir histórias nos mais diversos segmentos midiáticos. Trazer um universo de infinitas possibilidades para a sala de aula é ao mesmo tempo instigante e amedrontador. Instigante porque nos deparamos com muita liberdade para criar arcos narrativos a partir da letra de uma canção, utilizando qualquer um dos recursos tecnológicos que dispúnhamos. Amedrontador porque ficamos sempre com as grandes produções midiáticas como parâmetro e sem querer, podemos ser levados a crer que as produções mais simples, realizadas em sala de aula, não somam algum valor.

O percurso do nosso trabalho tem nos mostrado o contrário. Apesar de sermos bombardeados pela necessidade do uso das tecnologias em nossas aulas, o que mais importa está na nuvem de ideias que circula enquanto os alunos discutem e produzem seus textos midiáticos. Mais do que o produto final altamente tecnológico, esse trabalho tem mostrado o seu valor naquilo que provoca o pensamento crítico e a formação de cidadãos mais preparados para lidar com os conflitos do cotidiano.

Para dar conta de apresentar nosso trabalho, dividimos esse artigo da seguinte forma: depois dessa introdução, relacionamos na segunda seção os temas que embasam nossas discussões. Defendemos a importância de um maior investimento em projetos transdisciplinares e apresentamos os conceitos de NT e seu uso para fins pedagógicos. Trazemos também uma breve reflexão sobre o uso de canções como instrumento pedagógico e as possibilidades de trabalhar esses temas transdisciplinares com as letras da MPB. Como mencionado anteriormente, escolhemos o tema feminismo para o nosso trabalho. Sendo assim, adentramos um pouco nos conceitos de alguns feminismos e como as canções podem ser usadas como pontapé para reflexões que ampliem suas visões de mundo.

Na terceira seção detalhamos como foram feitas as atividades em sala e compartilhamos algumas produções realizadas. E terminamos o artigo apresentando algumas observações no que diz respeito às provocações e reflexões que a proposta trouxe para o grupo de jovens à luz da pedagogia crítica.

Desarrollo:

Referencial teórico-metodológico

Nesta seção trazemos os temas que estão relacionados à ideia central do trabalho. Quando imaginamos propor a pesquisa, pensamos desde o momento embrionário que ela teria um caráter transdisciplinar.

Segundo a autora Maria Cândida Moraes (2015), transdisciplinaridade precisa ser compreendida como algo com um dinamismo que está além das disciplinas e dos objetos de conhecimento. Para ela, seria considerar o sujeito, o ser humano em toda sua multidimensionalidade e complexidade. Nesse sentido da transdisciplinaridade e alinhados ao pensamento de Batalloso Navas (2015), pretendíamos propor uma experiência de educação personalizada e libertadora, já que a ideia foi trazer para a sala de aula práticas de abertura, autonomia, responsabilidade, solidariedade, flexibilidade e liderança dos alunos. A ideia foi integrar os estudantes num conjunto de atividades de transformação que estimulassem o desenvolvimento pessoal e comunitário de cada um deles, tratando de temas importantes da nossa atualidade.          

Nesse sentido, dialogamos também com Morin (2003, p. 74), que difunde a teoria do pensamento complexo, seguindo nosso desejo de propor um trabalho que tenha um caráter responsável e solidário. Em suas palavras ele nos diz que “solidariedade e responsabilidade não podem advir de exortações piegas nem de discursos cívicos, mas de um profundo sentimento de filiação (affiliare, de filius, filho), sentimento matripatriótico que deveria ser cultivado de modo concêntrico sobre o país, o continente, o planeta.” 

Concordamos ainda com o entendimento de transdisciplinaridade exposto em Gomes e Carvalho (2020). Eles defendem que é necessário pensar na educação como um todo, de forma transdisciplinar, para além das habilidades e competências dos alunos, de forma a contemplar as diferentes dimensões do ser humano e sua complexidade. Como diz Morin (2003, p. 89), “é preciso substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento que distingue e une. É preciso substituir um pensamento disjuntivo e redutor por um pensamento do complexo, no sentido originário do termo complexus: o que é tecido junto.”

Para tanto, ao nos depararmos com o conceito de narrativas transmidiáticas pensamos que poderíamos adaptar as ideias que vêm sendo utilizadas pelos gigantes do entretenimento para versões mais acessíveis às salas de aula. Acessíveis, mas não menos poderosas ou criativas.

Uma narrativa transmidiática parte de uma história base que é expandida em outros arcos narrativos em gêneros diversos e independentes entre si e que são veiculadas em várias plataformas midiáticas. Tem também como preceito a sua construção de maneira colaborativa. É importante, no entanto, deixar esclarecido que esse termo tem sido enunciado com nuances diferentes ao longo dos tempos. 

Jenkins (2009) estrutura a base desse fenômeno quando fala da cultura da convergência, onde todas as mídias convergem parar trabalhar em prol da comunicação, seja ela qual for, de forma participativa e coletiva. Observamos isso em grandes sucessos de aceitação e abrangência mundiais, como a saga de Harry Potter, onde o livro se transformou numa série de produtos midiáticos, com universos de histórias que se entrelaçam, com experiências de entretenimento em diversos lugares e através de diversas mídias, ora produzidos pela indústria do entretenimento, ora produzidos pela comunidade de fãs. 

Entretanto o próprio Jenkins (2011) afirma que não há uma fórmula única para determinar o que são as NT. Com isso ele não quer dizer que qualquer coisa pode ser considerada uma NT. No entanto, há de se ter uma definição que abranja diferentes exemplos e deve-se considerar que esta definição não é estanque, visto que a tecnologia sempre apresenta novas mídias em novas plataformas que tendem a convergir. Para além disso, não há um requisito mínimo de quantidade de gêneros ou tipos de mídias a serem explorados, desde que construídos colaborativamente. Foi daí que surgiu a ideia de aplicarmos o conceito ao nosso trabalho.

Por que não criarmos narrativas a partir de canções da música popular brasileira? Músicas e letras têm sido usadas em salas de aulas para os mais distintos fins pedagógicos, nas mais diversas áreas do conhecimento há bastante tempo. Encontramos na literatura argumentos que falam da importância do seu uso para facilitar os processos de ensino e aprendizagem, pois é capaz de atribuir prazer ao processo de construção do conhecimento (Tennroller & Machado, 2012). Nesse sentido, Rocha, Gonzaga e Santos (2019) colaboram com a ideia quando dizem que a música está frequentemente presente na vida das pessoas e explora sentimentos como alegria ou tristeza e acreditam que a motivação que ela empenha nos estudantes pode ser explorada em sala de aula a fim de melhorar o aproveitamento destes.

Podemos ainda aproximar essa discussão para o que propomos no nosso trabalho trazendo uma citação de Duarte (2019, p. 116) que nos diz que “uma música, afinal de contas, não se restringe à sua letra e à sua melodia. Trata-se de algo que foi criado a partir de todo um contexto social, com todas as contradições que lhe são inerentes.” O professor e pesquisador Marcos Napolitano (2002) acredita que as canções são um rico recurso didático e que é fundamental articular texto e contexto, já que para ele as canções têm sido “termômetro, caleidoscópio e espelho não só das mudanças sociais, mas sobretudo das nossas sociabilidades e sensibilidades coletivas mais profundas.” (Napolitano, 2002, p. 53)

Pretendemos então trabalhar com as canções dentro de uma perspectiva crítica, alinhada com o conceito de pensamento crítico e com a pedagogia crítica. Para Bassham et al. (2011), o pensamento crítico é um termo geral dado a uma ampla gama de habilidades cognitivas e intelectuais que são necessárias para identificar, analisar e avaliar argumentos, descobrir e superar preconceitos, formular e apresentar razões convincentes e tomar decisões razoáveis sobre o que se acredita ser correto fazer. Já a pedagogia crítica e os estudos da educação crítica, segundo Apple, AU e Gandin (2011), podem ter seu conceito genérico assemelhado ao próprio conceito de democracia, ao mostrar como as relações de poder e desigualdade (social, cultural, econômica) são postas, nesse caso, na educação formal e informal do cidadão de qualquer idade. Ainda, segundo os autores, a pedagogia crítica “está fundamentada em mudanças radicais dos compromissos de cada um com o social. [...] Temas que dizem respeito à política de redistribuição (processos e dinâmicas econômicas de exploração) e à política do reconhecimento (lutas culturais contra a dominação e lutas pela identidade) [...].” (Apple, AU, & Gandin, 2011, p. 14).

Para Freire, segundo Moreira (2015, p. 98), “a criticidade é a capacidade do educando e do educador refletirem criticamente a realidade na qual estão inseridos, possibilitando a constatação, o conhecimento e a intervenção para transformá-la.” Diante dos conceitos expostos, a pedagogia crítica tem alicerçado a pesquisa e nos lembrar a todo instante o caráter protagonista que educadores e educandos precisam dispor para compreender e transformar a realidade, em um desafio concreto e contínuo em busca de justiça social.

No sentido da transdisciplinaridade e da criticidade propostos para a pesquisa em curso, trabalhamos sob o foco dos feminismos, trazendo para a sala de aula essa questão ainda tão merecedora de elaboração, análises e superação de preconceitos. Segundo Hooks (2018, p. 19), “desde o seu início, o movimento feminista foi polarizado.” Ela nos esclarece as diferenças entre as pensadoras reformistas que preferiam enfatizar a igualdade de gênero, enquanto as pensadoras revolucionárias queriam acabar com o patriarcado, sistema que permite que as violências contra as mulheres continuem a existir na nossa sociedade. Podemos dizer que colocar esse tema em debate em uma sala de aula com jovens do ensino médio gerou falas riquíssimas que comprovam a necessidade desse espaço para reflexão e crescimento, que entenda de onde veio o feminismo e onde pretendemos levá-lo. Nesse sentido, é bem próprio dos jovens uma conclusão imediata sob a condição de subserviência e desprestígio da mulher na sociedade e logo aparecem falas de violência e revanchismo. Hooks (2018, p. 21) também nos alerta para algo que ela denomina “feminismo como poder”. Segundo ela não se pode permitir uma noção de poder suscitada através da “exploração e opressão de outras pessoas”. 

Destarte, a construção de um ambiente que explore o debate respeitoso, propositivo e que promova a investigação da história do feminismo, neste caso, e seus reflexos atualmente, permite que os objetivos pedagógicos sejam mais satisfatoriamente atingidos. Precisamos sempre lembrar que as salas são compostas por pessoas de diferentes gêneros, raças, classes e que, portanto, trazem consigo vivências e expectativas diversas. Concordamos então com a filósofa contemporânea Chimamanda Adichie (2015, p. 30) que nos diz que “a questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos.” 

Decidimos usar as letras das canções brasileiras por ser uma fonte rica de exemplos de machismos e exaltação de feminismos. Também é possível encontrar trabalhos acadêmicos que esmiuçam como esse tema está tão fortemente presente nessa nossa expressão cultural. Santos e Dias (2021) afirmam que ao estudarmos a História Cultural a partir de fontes diversas, construímos a possibilidade de pensarmos a música como meio de divulgação do feminismo. Para elas, a música é capaz de interagir com as nossas emoções, sejam elas no sentido de alegrar ou de mover-nos para manifestações e indignações. Já Ribeiro e Ponciano (2018, p. 22) ao discutirem o discurso patriarcal através da música popular brasileira concluem que: 

é importante que se discuta a influência que estas letras possuem na construção da consciência coletiva sobre os papéis de gênero. Além disto, o fato de a escolha das canções buscar uma diversidade de estilos que representam culturas populares específicas, faz com que a possibilidade de compreensão de diferentes culturas regionais compreendam o patriarcado e as representações acerca das mulheres.

Observamos que essa ligação entre música e feminismos ocorre para além do nosso território. Lanteri (2019, p. 6) nos diz que “podemos ver como artistas de todo o mundo e de todos os gêneros musicais conseguem, de uma forma ou de outra, se posicionarem neste mundo que sempre esteve regido por homens e se apropriam do espaço fazendo música com temas feministas e empoderadores.” (tradução nossa)  

Diante do exposto, explicaremos o percurso didático que usamos para explorar o tema dos feminismos e construir novas narrativas a partir de uma canção da MPB. Nesse sentido, os estudantes puderam expressar seus conceitos, ouvir exemplos de situações vividas por colegas e por mulheres em suas famílias. A partir daí, foi possível indagar posicionamentos, entender comportamentos históricos, suscitar mudanças, demonstrar solidariedade, sentir juntos e construir juntos. São essas propostas de construções que exploraremos na próxima seção. 

 

Relato da Experiência

Essa experiência foi conduzida com jovens da 3ª série do ensino médio de uma escola pública de referência da cidade do Recife. Como mencionado anteriormente, o objetivo seria criar narrativas transmidiáticas a partir de letras de canções brasileiras que tocassem no tema do feminismo.

Realizamos duas propostas de intervenção com os jovens. Seguimos como procedimento o método cartográfico, pois

pressupõe uma orientação do trabalho do pesquisador que não se faz de modo prescritivo, por regras já prontas nem com objetivos previamente estabelecidos. No entanto, não se trata de uma ação sem direção, já que a cartografia reverte o sentido tradicional de método sem abrir mão da orientação do percurso da pesquisa (Passos, Kastrup, & Escóssia, 2015, p. 17)

Na primeira intervenção, a canção e as atividades realizadas foram guiadas pela professora-pesquisadora. Sugerimos o trabalho com a música “com açúcar, com afeto” de 1967, escrita por Chico Buarque a pedido da cantora Nara Leão. A partir da letra da música, e utilizando outros recursos como fontes históricas da época da sua criação, foi possível promover discussões acerca do tema proposto na letra: a submissão feminina.

Preparamos uma atividade introdutória com a canção ‘Com açúcar, com afeto’, aproveitando uma postagem do perfil do Instagram @histórias_em_retalhos[1]  que propunha uma discussão sobre a fala de Chico Buarque que se negara a cantar essa canção novamente, em respeito aos movimentos feministas. Lemos a postagem e selecionamos alguns comentários, sempre contando com a participação interessada dos estudantes. Depois, mostramos um vídeo, extraído do documentário ‘O canto livre de Nara Leão’, da plataforma de streaming Globoplay, onde Chico Buarque fala sobre a sua decisão e sobre a música ter sido concebida a pedido de Nara Leão. Em seguida, lemos e escutamos a letra da canção, em sala de aula para depois perguntar se eles achavam que ainda hoje havia mulheres com essas histórias. A resposta dos estudantes foi positiva e se iniciou um debate sobre essa situação vivida por muitas mulheres. 

Aproveitamos o debate sobre a música e solicitamos que eles se dividissem em grupos de 3 a 4 estudantes e criassem uma narrativa para essa canção. Demos algumas sugestões de como poderiam trabalhar em seus grupos e falamos que precisariam usar algum recurso de mídia nessa nova narrativa, como podcast, vídeo, webtoon ou meme, por exemplo. Os estudantes demonstraram bastante interesse pelos temas abordados e pelo trabalho proposto, e se reuniram na sala para iniciar seus projetos. Algumas produções foram concluídas em momentos extraclasse, pois eles precisaram editar seus vídeos e áudios em um local mais adequado, tanto com relação aos recursos tecnológicos e acesso à rede de Internet, quanto com relação aos ruídos e interferências que atrapalhariam as produções em sala de aula.

Em um novo encontro, os alunos puderam assistir ou escutar as produções realizadas por todos os grupos. Os grupos ficaram livres para explorar a narrativa da forma que preferissem, assim como escolheram livremente a mídia que utilizariam para registrar suas produções. Essa primeira atividade foi realizada nas 4 turmas da 3ª série do ensino médio. Ao final, conseguimos reunir 22 produções diferentes feitas pelos estudantes.

Com a experiência dessa primeira atividade, propusemos aos estudantes que agora a canção seria escolhida por eles. Para essa segunda atividade, nos restringimos a apenas um dos quatro grupos da 3ª série. A turma escolheu então duas canções para serem exploradas e ampliadas em narrativas transmidiáticas: Mulher do fim do mundo, de Elza Soares e Melhor sozinha, de Luísa Sonza. De início já nos chamou a atenção as escolhas feitas. Dois perfis de cantoras bem distintos. A primeira, uma mulher madura, de carreira consolidada, mas de origem muito humilde e com uma história de vida bastante sofrida. A segunda, uma jovem artista, que desde sua estreia precisou se defender do machismo estrutural que associava suas conquistas ao fato de estar casada com um homem rico e famoso. Os gêneros musicais de ambas também são bem distintos. As letras das canções escolhidas nos guiam por histórias e sentimentos diferentes. Mas aí, cabia a cada grupo de estudantes explorá-las como preferissem. O que se pediu foi o mesmo de antes, que imaginassem novos roteiros a partir da canção e preparassem seus produtos.

Orientamos os estudantes para que definissem o universo das duas músicas. Eles deveriam estabelecer o tempo, o local as relações dos personagens que eles imaginavam para cada canção. Pedimos para que os estudantes se organizassem em dois grupos de acordo com a música que tinham escolhido. Então, se juntaram em dois círculos para que desenvolvessem os debates e as tomadas de decisões sobre as narrativas, um para a música ‘Mulher do fim do mundo’ e outro para a música ‘Melhor sozinha’.

O grupo da canção “Mulher do fim do mundo” começou explicando a ideia que viram surgir da música: uma mulher preta periférica é assediada durante o carnaval de rua e ao se defender, mata o homem. Ela é acusada e segue a luta para provar sua inocência. Ela é presa e condenada. Então, na cadeia ela passa a estudar direito para depois poder ajudar mulheres que passam pela mesma situação. 

Os estudantes decidem fazer um curta e um blog interativo. No curta eles contam a história da agressão, morte, julgamento e prisão. No blog, a protagonista conta o decorrer do caso dela, o julgamento e a sua saída da prisão. A ideia desse blog interativo era que todos pudessem interagir com a história. Além disso, pensaram em duas vertentes para a história: a primeira seria baseada na mãe do agressor que via o filho como inocente até entendê-lo como culpado. E a outra, baseada na mãe da vítima real, vendo a filha sendo presa injustamente. Enquanto debatiam, os estudantes colocaram várias ideias de cenas, propuseram um final surpreendente, pensaram em gravar cenas de testemunhas com a face e voz distorcidos, dando vazão a criatividade para montar vídeos interessantes. Ainda sugeriram ‘Lágrimas de samba’ como título do filme.

O grupo da canção “Melhor sozinha” precisou de mais apoio para pensar no universo, pois já queriam pensar na história e no desfecho, sem criar possibilidades de narrativas. Depois foram construindo a personagem da música. Descreveram a mulher da música, como ela chegou à conclusão que era melhor ser sozinha. A personagem seria, então, uma mulher que sofre agressão do marido. Ela procura os amigos e não obtém ajuda. Após muito sofrimento entende que ela não merece aquilo e que é melhor estar sozinha. Pensaram também em encaixar outras músicas cujas letras se aproximassem do contexto, como nas telenovelas que trazem uma trilha sonora que ajuda na compreensão da narrativa. A história começa no interior, quando a menina conhece um rapaz e se apaixona por ele. A família não aprova o relacionamento e ela sai de casa para viver com ele na cidade grande. Há uma diferença de idade entre eles. O relacionamento começa bem, mas com o passar do tempo ele começa a ser agressivo. Ela descobre que está grávida. Ela não encontra apoio com as amigas da sua cidade. Ela é influencer e conhece uma amiga no mundo virtual. Essa amiga é quem a aconselha a sair dessa situação. Ela ergue a cabeça e busca sua independência. Passa a viver só e entende que deve se amar em primeiro lugar. Hoje ensina ao filho a respeitar as mulheres. Esse grupo quis preparar um vídeo com a encenação da história e um perfil em uma rede social, já que a personagem principal é uma influencer. Nesse perfil, outras histórias poderiam ser contadas, compartilhadas e comentadas.      

As discussões levadas a partir da leitura e análise das letras das canções envolveram muito os estudantes. Opiniões, compartilhamento de experiências e histórias trouxeram à tona situações para que se refletissem os erros e acertos, os meios da justiça, as dificuldades encontradas, a busca pelo respeito. Esses momentos foram gravados e as falas serão alvo de análise no trabalho final do doutorado. Para este artigo, preferimos nos atentar nas análises das atividades desenvolvidas pelos estudantes à luz da pedagogia crítica.

Produzir vídeos e blogs e outros produtos midiáticos não foi algo simples para os estudantes. Passamos por dificuldades no percurso como problemas na infraestrutura da escola que sofreu com as fortes chuvas que atingiram a cidade no período em que se realizou a pesquisa de campo. Para além disso, os alunos tinham outros compromissos com trabalhos de várias disciplinas e a necessidade de cumprir as agendas, ajudaram a desviar o foco para a realização daquilo que eles haviam idealizado. Conseguimos por fim que o grupo da canção ‘Mulher do fim do mundo’ escrevesse o roteiro do filme e produzisse o blog. Já o grupo ‘Melhor sozinha’ conseguiu criar apenas o perfil da conta da personagem em uma rede social. 

Na próxima seção trazemos algumas análises da vivência dessas atividades com os estudantes, assim como nossas considerações sobre o uso de NT para fins pedagógicos em temas transdisciplinares.

 

[1] @histórias_em_retalhos é um perfil do Instagram que traz fatos históricos e culturais com linguagem acessível.

Conclusiones:

Considerações

Ao propor atividades transdisciplinares, preocupamo-nos em prover dentro do ambiente escolar um momento para refletirmos sobre questões que nos afetam fora dos muros da escola. Aproveitamos dessas atividades para ampliar o repertório cultural dos estudantes, com a análise de letras de músicas, estudos sobre momentos históricos, debates, produções textuais, produções orais e produções de conteúdos midiáticos.

Apesar das dificuldades encontradas no percurso, foi possível apreciar discussões que ajudaram a quebrar preconceitos e a estimular solidariedade. Na primeira intervenção, as quatro turmas da 3ª série do ensino médio produziram 22 trabalhos a partir da canção ‘Com açúcar, com afeto’. Foram podcasts, memes, contos, paródia e poemas que surgiram em formatos de áudio, vídeo e história em quadrinhos digital.

Na segunda intervenção notamos que as discussões e a elaboração do plano para criação das NT foram mais ricas do que os produtos apresentados. Mesmo assim, acreditamos que atingimos a nossa intenção maior: estimular o pensamento crítico para a formação de cidadãos mais preparados para lidar com os conflitos do cotidiano.

A própria metodologia escolhida nos dá essa possibilidade. Passos, Kastrup e Escóssia (2015, pp. 17-18) nos dizem que “a cartografia como método de pesquisa é o traçado desse plano da experiência, acompanhando os efeitos (sobre o objeto, o pesquisador e a produção do conhecimento) do próprio percurso da investigação”.

Além disso, essas produções nos revelaram que houve uma colaboração participativa para que fossem criadas, além do estímulo à inteligência coletiva e a preocupação com questões éticas, humanas e políticas do nosso tempo, como é o caso dos feminismos. Observamos também a utilização de diferentes recursos tecnológicos na produção dos trabalhos. Ou seja, os conceitos que definem a cultura da convergência podem ser verificados nessa experiência.

Já no que diz respeito ao uso crítico das NT para fins pedagógicos, acreditamos que atingimos o objetivo de provocar os jovens a observarem seu cotidiano através das letras das canções e a agirem sobre ele, com intuito de promovermos discussões críticas em ambientes de aprendizagens, na busca de uma sociedade harmoniosa, justa e com equidade para todos.

Finalizamos com um trecho do livro de Paulo Freire (1967, p. 102), Educação com Prática da Liberdade, que diz muito do nosso desejo ao realizar esse trabalho durante o doutoramento. 

Experimentáramos métodos, técnicas, processos de comunicação. Superamos procedimentos. Nunca, porém, abandonamos a convicção que sempre tivemos, de que só nas bases populares e com elas, poderíamos realizar algo de sério e autêntico para elas. Daí, jamais admitirmos que a democratização da cultura fosse a sua vulgarização, ou por outro lado, a doação ao povo, do que formulássemos nós mesmos, em nossa biblioteca e que a ele entregássemos como prescrições a serem seguidas.

As construções e reflexões acerca dos papeis sociais, das diferenças de gênero, dos machismos e feminismos aos quais estamos imbricados, precisam estar presentes nas salas de aula e podem ser estimuladas a partir do nosso acervo cultural. Buscamos esse intento ao trazer as canções e fazer delas narrativas transmidiáticas, construídas a partir da criticidade e da coletividade. E desejamos que essa experiência tenha contribuído para a formação desses jovens.

Bibliografía:

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Ribeiro, A. I., & Ponciano, J. K. (Jan-Jun de 2018). O discurso patriarcal através da música popular brasileira: uma análise das canções misóginas do século XX. Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília, pp. 9-24.

Rocha, G. M., Gonzaga, R. M., & Santos, Á. R. (Julho-Dezembro de 2019). A música como ferramenta motivacional na aprendizagem de língua inglesa. Revista de Letras, pp. 01-23.

Santos, V. C., & Dias, A. L. (2021). O discurso feminista na música brasileira: uma leitura das canções de Ana Cañas. Interdisciplinaridades, pp. 60-80.

Tennroller, D. C., & Machado, C. M. (Dezembro de 2012). MÚSICA E EDUCAÇÃO: a música no processo ensino/aprendizagem. Revista Eventos Pedagógicos, pp. 33-43.

 

Palabras clave:

Transdisciplinaridade, Narrativas Transmidiáticas, Feminismos

Resumen de la Ponencia:

Desde a década de 1960 se elaborou na América Latina uma teoria da dependência, comumente dividida em diferentes correntes, sendo uma delas a teoria marxista da dependência (TMD), protagonizada por intelectuais como Ruy Mauro Marini, Theotonio dos Santos, Vania Bambirra, dentre outros e outras. A TMD tratou a dependência enquanto uma totalidade e compreendeu a partir dela a particularização do modo de produção capitalista na América Latina. No entanto, dentro dessa totalidade de análise, pouco espaço foi dado à cultura e à dependência cultural. Sendo assim, o objetivo desse trabalho é apresentar alguns apontamentos para uma teoria marxista da dependência cultural.Partindo da definição de Marx para o modo de produção da vida material, pode-se entender que um modo de produção na verdade se configura como um modo de vida particular, isto é, uma cultura. Por outro lado, a TMD compreende o capitalismo dependente como uma particularização do modo de produção capitalista em formações sociais dependentes. Dessa forma, pode-se refletir sobre a relação entre cultura e capitalismo dependente, percebendo que os países dependentes estão sujeitos a um modo de vida particular, condicionado pela dependência cultural.Em Marx, a análise do modo de produção enquanto modo de vida tem um ponto fundamental na produção dos meios de subsistência e no trabalho como mediação universal entre ser humano e natureza, formando assim uma cultura. No entanto, esta cultura não está isenta de contradições. A transição ao modo de produção capitalista promove a difusão da relação social do capital e instaura contradições específicas no seio da cultura, formando diferentes classes sociais, cada qual com sua cultura de classe. No caso da classe trabalhadora, essa cultura de classe envolve tanto a cultura laboral quanto o modo de vida fora do espaço de trabalho, elementos importantes na dinâmica da luta de classes. Nos marcos do capitalismo dependente a cultura da classe trabalhadora apresenta particularidades, determinadas pela superexploração da força de trabalho. Marini entende a superexploração do trabalho como fundamento da dependência e apresenta seus elementos centrais: intensificação do trabalho, prolongação da jornada de trabalho e expropriação de parte do trabalho necessário à reprodução da força de trabalho, com a remuneração da força de trabalho abaixo de seu valor de reprodução. Tais fatores impõem à classe trabalhadora do capitalismo dependente condições muito rebaixadas de vida, em termos de sua reprodução social, e sua cultura de classe se coloca como um fator de luta pela manutenção do valor da força de trabalho. A cultura da classe trabalhadora se torna um ponto chave para a dinâmica da luta de classes nos países dependentes – uma cultura de resistência contra a superexploração.

Resumen de la Ponencia:

Como parte de un proyecto más amplio titulado “La exploración geográfica de San Cristóbal de las Casas·”. Se analizaría la percepción que tienen los ciudadanos de San Cristóbal d sobre la violencia e inseguridad, las cuales se han incrementado últimamente debido a varios factores. Nuestro interés se limita a explorar lo que algunos ciudadanos perciben al respecto y no tanto profundizar en causas o consecuencias. Sin embargo, puede ser un buen inicio para la implementación de acciones y medidas. Por otra parte me interesa analizar la “respuesta” de los ciudadanos, que implica carteles también violéntenos como uno que dice: “Cuidado. Ladrón atrapado será garroteado. Vecinos vigilando".Dejo fragmento de entrevistaEntrevistador: Hola cómo estás oye te pido un favor necesito entrevistar a alguien sobre la inseguridad y la violencia en san cristóbal entonces sentí que. quería que me dijeras algo así como general cómo percibes la violencia en la seguridad de tu sona cuáles consideras que son los las zonas más peligrosas y. los horarios que tienen más temor o o si te ha pasado algo en la familia o conocidos puedes mandármelo en unos dos o tres audio si quieres simplemente déjate llevar por lo que piensas y sientesEntrevistada: ok en san cristóbal de las casas bueno se ha vuelto una ciudad insegura más que nada conflictiva o esto qué bueno siempre en la zona norte sea considerado una de las zonas más problemáticas de la ciudad más que el sur del sur sea considerado por ser un poco más calmado zona centro y sur pero. Bueno yo así como vivo en la zona norte de la ciudad si se siente un poco la inseguridad en la cual tienes que esté bueno caminar a ciertas horas de la noche ya se. qué groso por ejemplo como las nueve y media a las nueve ya se torna algo peligroso las ocho todavía puedes ver familias caminando y tranquilos de las tiendas aquí. Al norte pues sí este todavía siguen abiertas a esa hora pero ya las nueve y media ya están cerradas lo que es bodega Aurrerá y bueno Destilados del norte hay muy muy pocos que se puede contar por lo mismo de que han tratado de este de podría decirse saqueado han tratado de saquear o han saqueado las tiendas entonces podemos encontrar muchas tiendas a la zona sur pero aquí al norte es como que muy contadas pero si  la gente es amable la verdad no puedo quejarme es decir no son muy groseros esto la familia no nos han hecho. casi ningún daño pero este sí sí ha habido esté ultimadamente un poco más de inseguridad de en lo que es zona norte norte. 

Resumen de la Ponencia:

O presente artigo tem como objetivo analisar a ação dos movimentos sociais e organizações populares, frente a  situação de pandemia causada pelo Coronavírus, iniciada em março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o quadro de gravidade da situação sanitária no mundo, se concretizando por uma realidade de pandemia, fato que exigiu medidas de isolamento social nos vários países do mundo e, consequentemente, a paralização das atividades econômicas nos períodos de quarentena. No Brasil, em função do quadro de crise política, econômica e social, com um governo que minimizou a pandemia, pôs em risco a saúde coletiva, afetando de forma mais profunda as famílias empobrecidas  que vivem em territórios de periferias em condições de desigualdades sociais. Na ausência do Estado nesses territórios, os movimentos sociais populares, logo que percebeu o risco à vida da população pobre, causada pela insegurança alimentar e as condições sanitárias inadequadas para a proteção individual e coletiva, passou a desenvolver ações solidárias e comunitárias de enfrentamento a essa situação, de modo a proteger a vida no contexto pandêmico. O trabalho é resultado de pesquisa realizada junto aos movimentos sociais na Paraíba, com o objetivo de analisar como as organizações, grupos e movimentos sociais  enfrentaram a situação de precariedade social na área de segurança alimentar, cuidados e proteção à saúde, por meio da realização de práticas comunitárias e solidárias. Metodologicamente, a pesquisa é do tipo quantiqualitativa com um caráter exploratório, por se constituir em um fenômeno pouco estudado e se tratar de uma situação que estava sendo vivenciada no tempo presente. O estudo identificou iniciativas comunitárias e solidárias desenvolvidas pelas organizações populares e movimentos sociais de enfrentamento a situação de precariedade no campo da saúde e segurança alimentar, que revelaram a luta pelo direito a vida da população empobrecida e a irresponsabilidade do Estado.

Resumen de la Ponencia:

Antecedentes.-Este proyecto proviene de una trayectoria de trabajo y estudio con organizaciones civiles, instituciones y proyectos de iniciativa tanto pública como privada, con el propósito de contribuir en la construcción de una sociedad más justa y amigable con la naturaleza y las comunidades, para caminar hacia un nuevo imaginario turístico más sostenible, solidario y respetuoso de los espacios y territorios rurales, tomando como bases teóricas las herramientas de la Antropología y la Sociología principalmente, y a partir de lo que propone el modelo de desarrollo endógeno y su configuración en el sector turístico, como lo plantea Melisa y. Roldán: “El turismo, al igual que las artesanías, el patrimonio edilicio, la animación cultural, la música, la literatura, el cine y la televisión, es una de las ricas manifestaciones del hombre y, de igual manera, ha sido un punto de partida para generar el desarrollo económico, social y cultural de diversas ciudades del mundo.”Dicho modelo se basa en un cambio estructural que debe darse desde la comunidad. Sin embargo, siempre desde un enfoque tanto transversal, como interseccional para que respetuosa y adecuadamente podamos aportar y contribuir sin perder de vista la voz, la realidad y las necesidades de la comunidad misma.   Síntesis o problemática a presentar.-Uno de los propósitos, es el de participar y de resolver (al menos parcialmente) la problemática económica y social que dio como resultado la crisis detonada por la actual pandemia mundial a causa del COVID-19 en Oaxaca, uno de los estados con más potencial y presencia turística a nivel nacional e internacional, y en Mitla uno de sus municipios particularmente denominado como pueblo mágico, que sufrieron brutal y considerablemente los impactos de la baja o casi nula (tomando en cuenta los inicios de 2020), derrama económica de la cual dependían miles de personas y cientos de familias a causa de esta actividad.  Conclusión o propuesta.- Lo anterior, a través de un proyecto titulado: La cocina de Mamá Carmen.Es una propuesta gastronómico-cultural que requiere de una plataforma como la que representan los viajes, los cuales a través de actividades y servicios, cuentan con los elementos necesarios para contribuir al proceso de reactivación económica del pueblo que tiene como principal colocar los saberes y la cocina tradicional de la abuela Mamá Carmen y la familia Méndez dentro del Turismo Rural, como uno de los motivos más solicitados para visitar Mitla en el paso de los turistas por Oaxaca y crear una tienda en línea ofertando no solo la experiencia turística, sino también promoviendo la venta de artesanías, textiles, mezcal, chocolate, entre otros productos de elaboración artesanal de la producción familiar.

Resumen de la Ponencia:

Este resumo é parte indissociável do estudo que desenvolvo no Programa de Doutorado em Educação da Universidade de São Paulo - FEUSP. Com o objetivo geral de investigar a identidade racial de dois alunos, eles foram mobilizados a partir do tema ou omissão de respeitar as questões raciais nos currículos de dois cursos de pedagogia da Universidade Federal da Bahia - UFBA, na cidade de Salvador - Bahia - Brasil e na Universidade Enrique José Varona- UCPEJV em Havana – Cuba. Compreender como o Brasil, com as políticas de ação afirmativa, por meio de dois sistemas de cotas raciais para acesso às universidades em Cuba, com políticas universalistas de acesso ao ensino superior, permitem que a população negra pertença aos currículos. As análises iniciais estão ancoradas nos conceitos de lugar e de lugar socioantropológico, A partir dos estudos de Marc Augé (2009), Grada Kilomba (2019) e compreender a ausência de dois corpos negros dialoga com os estudos de Boaventura de Souza Santos, (2018). Pesquisar o lugar entrelaçado com a ideia de pertencimento ou não pertencimento insere a ausência como categoria fundadora para compreender as formas de representações raciais e as ideologias de legitimidade de duas disciplinas aos espaços e ao currículo desses cursos. A tradição sistêmica da educação comparada na América Latina me levou a priorizar os aspectos políticos, históricos e culturais que atravessam esses países. Entre eles, ou destino de terem sido os últimos países das Américas a abolir a instituição da escravidão. Cuba, após o triunfo da revolução de 1959, construiu uma trajetória muito singular em relação a valores, práticas políticas e projetos de integração social e racial, que serão divididos em diferentes formas de distribuição de renda, promoção e acesso ao emprego, saúde, educação básica e, principalmente, educação superior. Por outro lado, temos o Brasil, que viveu ao longo de sua história republicana desigualdades absolutas, processos políticos pelo liberalismo, introdução de políticas sociais, ciclos de reformas neoliberais, além de uma identidade nacional baseada na “cordialidade” e outra formulação de “democracia racial”. Trabalhar através de uma abordagem qualitativa com a história de grupos tradicionalmente silenciados requer uma perspectiva metodológica que evidencie e valorize as experiências por meio de uma análise detalhada. Como propõe Nóvoa (1998) ao afirmar que a educação comparada deve romper com o tradicionalismo. Esse tipo de exploração permite identificar como as mudanças e os mecanismos utilizados pelas políticas antirracistas têm contribuído para ampliar a percepção social de como as assimetrias de raça, classe e educação são socialmente assimiladas e denunciadas Palavras-Chave: Universidade. lugar antropológico. racismo.

Resumen de la Ponencia:

O desenvolvimento da maestria de um artesão se relaciona a um aprendizado que surge da prática, durante o processo de incorporação de uma habilidade. Ser mestre artesão refere-se à identidades, profissional e pessoal, e esta relacionada às habilidades que ele aprendeu a realizar de modo prático, e identifica um envolvimento afetivo e uma satisfação com o seu trabalho. As novas profissões artesanais são como uma vocação que depende de um "senso de arte" é uma combinação de habilidades de produção com a materialidade dos ingredientes, sensorialidade, da avaliação subjetiva, a identidade com local onde é produzido e a capacidade de comunicar autenticidade e singularidade dos produtos através de narrativas. Neste estudo exploro como a maestria é construída, aprendida e desenvolvida através do engajamento prático e subjetivo cotidiano com a fabricação artesanal, no qual as dimensões tangíveis, afetivas e incorporadas do trabalho o tornam significativo. Realizamos um estudo de caso sobre os mestres cervejeiros brasileiros, utilizando de uma perspectiva etnográfica, através de observação participante, longas entrevistas, conversas informais e acompanhamento de comunidades cervejeiras on-line. Exploramos neste estudo o significado da aprendizagem fundamentada em uma prática situada, em que as práticas são compartilhadas entre seus integrantes, os entendimentos sobre o que estão fazendo, sobre as competências, sobre a produção de produtos com qualidade e o que isso significa em suas vidas e para suas comunidades. A incorporação de uma habilidade não é apenas um conhecimento que descreve sua formação profissional, em que o conhecimento prático é uma experiência definidora, mas uma forma pela qual as identidades, profissionais e pessoais, são narradas como uma paixão que é incorporada em uma busca pessoal de domínio e reconhecimento. Nossos estudos demonstraram que os artesãos valorizam coletivamente a capacidade de estabelecer seus próprios horários, a autonomia criativa, a flexibilidade, o aprendizado de novos conhecimentos e a participação na comunidade cervejeira. Ao investigar o trabalho, o aprendizado e as práticas do fazer artesanal nos orientamos para o trabalho futuro, que se distingue pela sua criatividade e abertura à inovação, decorrentes da capacidade de improvisar à medida que as situações vão acontecendo.  Argumentamos que o imaginário artesanal pode contribuir para a formação e transformação de formas alternativas de trabalho e de aprendizado de modo prático, e tem o potencial de possibilitar oportunidades de inovação, inclusão e ruptura.

Resumen de la Ponencia:

La ponencia presenta la experiencia relacionada con las actividades desarrolladas en una región del Estado de Veracruz en México, a través de más de 10 años de promover e implementar procesos de desarrollo rural encaminados a contribuir a mejorar la calidad de vida de los habitantes del medio rural más vulnerables. Las estrategias han sido diversas, desde establecer alianzas estratégicas con actores locales, regionales o nacionales, buscar una inserción en las comunidades rurales del equipo de trabajo, promover el empoderamiento de los campesinos, comuneros, ejidatarios o ciudadanos que han sido partícipes de estas acciones, además, para facilitar la aceptación de los proyectos o programas se ha promovido la participación de estudiantes de la Universidad Autónoma Chapingo de varias especialidades, quienes al realizar estancias o servicio social con la población por un lado generan confianza y por otro lado fortalecen su formación profesional al ser parte importante en la solución de problemas reales y concretos. Una estrategía para el desarrollo de estas actividades en la región, lo ha sido el buscar la inserción y la aceptación en las comunidades, y mediante ese modelo que va más alla de la investigación-acción, la investigación participativa o militante, se busca que los promotores de las actividades esten desde dentro de las organizaciones, con una total aceptación. Como resultado de este modelo de intervención comunitaria, se ha logrado que varias organizaciones impulsen actividades para contribuir a detener el deterioro ambiental de la región, algunas actividades han sido: campañas de educación ambiental, limpieza de ríos y lagos, impartición de cursos y talleres de concientización ambiental en escuelas de educación básica, eventos públicos y organización de seminarios. En la ponencia se presentan a detalle las actividades realizadas, además se hace un recuento del proceso histórico que ha pemitido que las organizaciones en la actualidad estén fuertemente comprometidas con el cuidado del ambiente. 

Resumen de la Ponencia:

Se eligió como objeto de estudio a la comunidad de una escuela de control público que cuenta con el auspicio de la Fundación Ford (quienes consideran a la educación como uno de los pilares fundamentales para el desarrollo de la sociedad), la elección se hizo con base en las características socioeconómicas de las y los alumnos de esta escuela.El objetivo es indagar sobre tres aspectos: las condiciones humanas y materiales a las que se enfrentaron las y los miembos de la comunidad escolar durante el confinamiento por la pandemia de Covid-19 en los meses que trabajaron fuera de su aula, especificando los recursos disponibles y utilizados; además del uso del tiempo en el mismo periodo; y las percepciones sobre el aprendizaje no realizado inmediato y acumulado para las y los estudiantes, dando importancia al impacto socioemocional. Analizando las pistas de investigación actor por actor tenemos que las madres y padres de familia invirtieron de manera diferenciada en la educación de sus hijos, buscando minimizar la pérdida de aprendizajes, destinando tiempo y/o dinero para ello. Por lo que la pérdida de aprendizajes fue heterogénea, incrementando así las brechas de desigualdad social. Las y los docentes recibieron e implementaron las estrategias educativas propuestas por los Gobiernos Federal, Estatal y de su zona escolar. Sin embargo estas estrategias no responden a las necesidades específicas de la población objetivo y del cuerpo docente, por lo que hubo una adecuación a los disponibles y conocidos. Por ello indagar las coincidencias y diferencias entre el ámbito federal de planeación y la operación local para sugerir adecuaciones que rompan con la lógica centralista y que impulsen la lógica de la federalización educativa, para adecuarse a los problemas de cada región. La experiencia de los estudiantes dará pista de la cobertura de necesidades, previamente caracterizadas, y se hará especial énfasis en las habilidades socioemocionales, las experiencias y socialización que se perdieron en estos dos años, incluso en el impacto que tendrá para la primera infancia haber estado aislada en su desarrollo temprano.La metodología es cualitativa, está compuesta por entrevistas a profundidad con: 6 madres y padres de familia, 4 docentes, una directiva, y encuestas a 20 alumnos de diversos grupos.Se considera que además del análisis de costos, recursos y eventuales beneficios experimentados por la comunidad escolar, es pertinente indagar en torno a los elementos que permitirían mejorar las condiciones de las y los infantes, para proponer planes de acción que abonen a incrementar su bienestar, o minimizar el impacto de la pandemia por Covid-19 en el entorno específico de escasez de recursos y alta vuonerabilidad. 

Resumen de la Ponencia:

La comunicación presenta los avances de un trabajo de investigación en curso que tiene como objetivo analizar la desigualdad social desde la perspectiva de la movilidad social comparando España y Chile, países que presentan en común un proceso de industrialización tardía.  En este sentido, se plantea un diseño cuantitativo utilizando fuentes de información secundarias, con bases nacionales para Chile (Encuesta Nacional de estratificación social de 2009 y la International Social Survey de 1999 -2009 y 2019), para el caso español se utiliza la ECV (Encuesta Condiciones de Vida del 2005- 2011- 2019). Se realiza un análisis por cohortes (entre 1939 a 1994) y por sexo. Se utiliza la clase social como eje analítico desde la perspectiva de EGP (Erikson, Golthorpe y Portocarrero, 1979, 1993) y los ajustes propuestos por Ganzeboom y Treiman (1996) que apoyan la comparación internacional, para ello se utiliza una categorización de 6 clases. Respecto de los análisis se realiza movilidad absoluta para observar la estructura social en ambos países y para analizar las oportunidades se utilizan modelos loglineales multiplicativos y unidiff.  Los primeros análisis de los datos disponibles se encuentran similitudes y diferencias en los contextos sociales chileno y español. Como resultado de esta práctica se observan diferencias por género en los procesos de movilidad intergeneracional absoluta. Las mujeres presentan mayores niveles de movilidad ascendente sostenida a través de las cohortes. Tanto en hombres como en mujeres la educación aporta a movimientos ascendente de clase y la experiencia laboral reporta, aunque en menor medida, a la movilidad social ascendente. Con los análisis no podemos concluir que el peso del origen social ha disminuido, pero continúa presente en los movimientos intergeneracionales de clase.

Resumen de la Ponencia:

La presente ponencia tiene un objetivo doble: analizar la evolución espacial de las concesiones mineras otorgadas a la corporación mexicana Industrias Peñoles por periodo presidencial (1982 -2018); y revisar su efecto sobre el desarrollo de conflictos territoriales. La metodología consistió en tres pasos: 1) la identificación de las concesiones otorgadas a la empresa dentro de un universo de 31,567 títulos mineros; 2) la cuantificación de los conflictos sociales ocasionados por la corporación por medio de la revisión de notas periodísticas y fuentes como el Observatorio de Conflictos Mineros de América Latina; y 3) la interpretación cartográfica de los resultados con el apoyo del programa QGis. Los resultados muestran que Industrias Peñoles es la segunda empresa con mayor superficie concesionada del país, con un total de 3.3 millones de hectáreas distribuidas en 22 entidades federativas, la mayoría para explotar metales preciosos. Se evidencian dos irregularidades identificadas: el impago de impuestos por las concesiones pese a que hasta 2013 el gravamen fue de entre 5.7 y 124.7 pesos por hectárea, sin cobro de regalías; y el control de títulos sin haber sido renovados pese haber sido expedidos hace más de 50 años, límite señalado en la Ley minera vigente. Finalmente, se expone que Peñoles registra el mayor número de conflictos territoriales ocasionados por empresas mexicanas con diez casos. Además de brindar algunas recomendaciones, se concluye que la expansión territorial de Peñoles ha estado sustentada en el acaparamiento del subsuelo, proceso territorial que recuerda a las grandes extensiones rurales apropiadas por unos cuantos latifundistas durante la dictadura porfirista.

Resumen de la Ponencia:

La pregunta general que motiva esta investigación es ¿Cómo se han construido las condiciones del mercado laboral en Chile y España? ¿Cuáles son las condiciones actuales del mercado laboral en respuesta a la crisis generada por el CovidSar2? La investigación busca realizar un análisis comparativo entre las trayectorias laborales de trabajadores autónomos de ambos países, como modelos sociales contrastados, con el objetivo de establecer similitudes y diferencias en los patrones de configuración de dichas trayectorias, así como los factores explicativos específicos y comunes de su estructuración, bajo un análisis longitudinal de corto recorrido abarcando los años 2019, 2020 y 2021. En la búsqueda de las configuraciones y factores explicativos de la heterogeneidad de trayectorias laborales de los dos países se trata de investigar los aspectos dinámicos de la actividad laboral desde la perspectiva teórica de la segmentación del mercado de trabajo para estudiar principalmente: tiempos de ocupación y desempleo, rotación, calidad del empleo y nivel de precariedad laboral, niveles de cualificación, contexto de empresa, relación entre la esfera productiva y reproductiva, el contexto institucional y de crisis. En primer lugar, la investigación se plantea bajo un enfoque cuantitativo con un diseño de análisis con objetivos descriptivos y explicativos donde el análisis sociológico comparativo de las trayectorias laborales en Chile y España se realizará con fuentes de datos secundarios; y, en segundo lugar, una aproximación cualitativa con análisis biográfico como principal herramienta para producir datos primarios.Con este trabajo se busca delimitar teórica, metodológica y conceptualmente el trabajo autónomo en sus diversas formas -en Chile y en España- con un análisis longitudinal de corto recorrido abarcando los años 2019, 2020 y 2021.Por tanto, desde la disciplina se pretende aportar a la descripción y a la construcción de la tipología de estos trabajadores, entregando y clarificando elementos teórico conceptuales, y finalmente a la comprensión de este fenómeno. En síntesis, aportar elementos teóricos y empíricos para un análisis sociológico que arroje luz sobre la realidad social de este colectivo escasamente estudiado. Tanto Chile como España presentan una estructura del mercado de trabajo con importantes similitudes en términos de su estructuración segmentada. Un segmento primario alto que corresponde a trabajo estable, bien remunerado, con seguridad social y salud, y con ingresos altos en el sector servicio, en Chile este sector representa un 24% y en España un 35%. Un segmento primario inferior con una incidencia del 47% y 46% respectivamente, estos también son trabajos estables, con ingresos medios y corresponde a los sectores de la industria y la construcción. Finalmente, el segmento secundario en Chile alcanza un 29% y en España un 19%. Al observar la tipología de la segmentación del empleo ambos países muestran una forma análoga de la segmentación del mercado laboral.

Resumen de la Ponencia:

Las investigaciones en torno a la salud  adquieren un primer plano en la escena regional de las ciencias sociales.  ¿Cómo afectó la pandemia una situación que ya era crítica, desigual, contradictoria? ¿Qué pasó con las reformas de la salud en el continente? ¿Qué efectos tuvieron el agravamiento de la situación social y sanitaria, los cambios de gobiernos, los diferentes paradigmas societarios en pugna? ¿Cómo se vincula la investigación-acción-participación  hacia una salud integral con las luchas  para democratizar la sociedad, contra las estructuras hegemónicas coloniales, neoliberales,  patriarcales, depredadoras de la naturaleza?Tradicionalmente las investigaciones en  la salud han recurrido a metodologías cuantitativas con  fuerte impronta positivista dejando de lado metodologías cualitativas y participativas que tienen mucho para aportar. Los fenómenos en materia de salud incorporan valores y sentidos que deben ser comprendidos, dando cuenta de sus significados para la sociedad y los diferentes actores. Son procesos históricos donde las percepciones de los protagonistas son un elemento clave.La IAP investigación-acción participación, desde Orlando Fals Borda, Paulo Freire y otros, propone superar la separación entre sujeto y objeto. Las personas y comunidades  no solo son la fuente de información sino sobre todo  protagonistas fundamentales  en la generación, validación y uso del conocimiento para la acción.Investigación y formación del personal de salud son dos caminos que se entrecruzan . La interdisciplina  no surge de los discursos que la invocan. La formación no se limita a los/las trabajadores de la salud, sino que incluye necesariamente a usuarios, organizaciones sociales, comunidades y sus diversos actores institucionales y sociales. Fortalecer el accionar social en la salud requiere formación de los actores, de las personas y los colectivos. No  es el aprendizaje de conceptos y doctrinas ya elaboradas, sino que exige investigación sobre la realidad. Formación-investigación-acción no son separables, se potencian entre sí y se necesitan para constituirse. La experiencia de la Red de Municipios y Comunidades Saludables en Uruguay desde 2020 y varias investigaciones relacionadas son  un ejemplo interesante de esas potencialidades.La horizontalidad de las relaciones y los procesos de generación de conocimientos, las metodologías horizontales buscan democratizar el proceso de investigación y  contribuir a la descolonización del campo académico. Históricamente el sector salud no ha sido preparado para liderar una respuesta integral-intersectorial a los problemas de la población. La producción de conocimientos nuevos y mayores sobre estos procesos es un elemento esencial para que los actores puedan reflexionar, corregir, ampliar, insistir, pensar el largo plazo y también la crisis actual.La realización del  IX Congreso Iberoamericano de Investigación Cualitativa en Salud  en 2021, cuyos ejes fueron Calidad, Ética y Transformación Social, fue un paso relevante en estas reflexiones y debates .

Resumen de la Ponencia:

En la experiencia de encarcelamiento participan diversos actores, no obstante, para la presente ponencia pretendo enfocar la mirada en las mujeres que a lo largo de un tiempo determinado han experimentado la cárcel desde dos escenarios distintos y confluyentes. Uno de estos escenarios da cuenta de la realidad de las mujeres encarceladas en las tres principales cárceles del norte de Chile. Y que se congregan en las distintas actividades organizadas a través de las capellanías evangélicas en los penales de mujeres. Logrando describir su experiencia de conversión y religiosa dentro de la cárcel, identificando sus principales dificultades y bienestar establecido por medio de su nueva vida como convertidas frente al resto del penal, sus familias, congregación. Esto es, como viven la cárcel y la propia religión.Y desde el otro escenario se observa a las mujeres que integran las capellanías carcelarias evangélicas, las agentes pastorales que asisten espiritualmente a las mujeres encarceladas. Mujeres con una amplia trayectoria en distintas congregaciones evangélicas y que tras diversas experiencias carismáticas inician su trabajo en el ministerio carcelario. En su mayoría son mujeres acordes al perfil ampliamente descrito de la mujer pentecostal, de clase baja o media baja, dueñas de casa o trabajadoras dependientas a cargo del cuidado de sus familias y ampliamente activas en sus congregaciones. Mujeres de diversas edades, de diversas congregaciones, de primera o segunda generaciones en el pentecostalismo. Junto con esto, la mayoría de los relatos de estas mujeres muestra una experiencia religiosa y espiritual que marca la decisión de iniciar en este trabajo carcelario.Pero lo que se pretende sobresaltar es la construcción de una comunidad de mujeres basado en la fe pero también en la solidaridad desde las experiencias en comunes desde su género. Las mujeres encarceladas no son solo almas pecadoras que necesitan redención, no son solo personas que necesiten ser ayudadas para su rehabilitación y posterior reinserción, son mujeres como ellas mismas, como las propias agentes pastorales, que han experimentado sus mismas condiciones de pobreza, de sufrimiento y se enfrentan a los mismos riesgos y condiciones de género. Pero entienden que la gran diferencia está en su experiencia de conversión, en donde ven en sus hermanas encarceladas la vida que pudieron tener sin Dios. Y para las encarceladas las hermanas agentes pastores les muestran la vida que pueden tener con Dios. Y en esta dinámica de posibles alternativas de cambios de roles en una proyección en la vida de la otra, construyen una red social y simbólica basada en la mutua compasión y solidaridad desde la construcción como mujeres pentecostales. 

Resumen de la Ponencia:

Este trabajo tiene como objetivo demostrar la relevancia teórico-metodológica del ecofeminismo y los estudios en Ciencia, Tecnología y Sociedad (CTS) para estudiar las implicaciones de la pandemia por la COVID-19 en la vida de las mujeres campesinas. Para tal fin, se describe la relevancia de la perspectiva CTS para estudiar las problemáticas socioambientales derivados de la agroindustria, tales como, pérdida de la biodiversidad, contaminación de cultivos, pérdida del conocimiento local, la pérdida de la soberanía alimentaria, entre otros; y se discute la manera en la que la pandemia dichas problemáticas. Posteriormente, se expone al ecofeminismo como una propuesta teórico-metodológica que nos permite reflexionar sobre la experiencia de las mujeres en un contexto afectado por la agroindustria en tiempos de pandemia. Para ello, se analiza la relación que existe entre la explotación de las mujeres y la naturaleza, así como su correlación con la agroindustria y las afectaciones por la pandemia. Finalmente, se retoman las propuestas ecofeministas para comprender el papel de las mujeres en el sostenimiento de la vida durante la pandemia.  

Resumen de la Ponencia:

 TRANSFORMACIONES EN LA GOBERNANZA Y LA COORDINACION GLOBAL DEL OBJETIVO DE DESARROLLO SOSTENIBLE DE EDUCACION (ODS 4) GRUPO:          Sociología de la Educación y Políticas Educativas (GT23 -Ciudad de México) El Objetivo de Desarrollo de Sostenible de Educación (ODS 4) constituye un compromiso mundial crucial para hacer frente a los desafíos actuales de los sistemas educativos, como las desigualdades en el acceso respecto al origen social, étnico o de género, la necesidad de adaptar los contenidos de aprendizaje, infraestructuras inadecuadas, la escasez y falta de oportunidades para profesores... Sin embargo, el mundo está lejos de cumplir dichos compromisos a pesar de las numerosas iniciativas y plataformas creadas desde 2015 hasta ahora en el marco del ODS 4. Los limitados avances en el ODS 4 pueden explicarse por un probable desajuste entre el conjunto de metas e indicadores comunes acordados por los 193 Estados miembros de la UNESCO en 2015 y su puesta en práctica en contextos nacionales específicos. También podría significar que la lógica que subyace en el proceso de fijación de objetivos y la promoción de normas universales a través de objetivos globales, muestra sus límites cuando se trata de satisfacer las demandas que surgen a nivel local (King, 2016, 2017; Jansen, 2005; Akkari, 2018). En este contexto, la calidad de la educación puede entenderse entonces como una cuestión de resultados cuantitativos en lugar de procesos complejos de orden cualitativo. Véase Unterhalter (2017, 2019); Plá (2019), Cussó, (2019).Haciendo uso de las herramientas teóricas de la sociología política de lo internacional, estoy realizando una investigación de orden etnográfico de las negociaciones en torno a la coordinación global del ODS 4 al interior de la UNESCO. Por lo cual, esta ponencia buscar retrasar los distintos cambios que ha enfrentado y enfrenta el objetivo global de educación, identificando los actores, ideas, herramientas y discursos utilizados dentro de la gobernanza del ODS 4. En particular, se hará una reflexión sobre la “transformación del ODS 4” en el marco de la Cumbre Mundial de la Transformación de la Educación en el contexto de pos-pandemia que tendrá lugar en la Sede de las Naciones Unidas en septiembre de 2022.*Magister en Estudios del Desarrollo. Candidato a Doctor en Sociología en co-tutela entre la Universidad de Paris 1 Panthéon - Sorbonne y la Universidad de São Paulo (USP). Correo. Jhon-Jairo.Ocampo-Cantillo@etu.univ-paris1.fr Miembro del Grupo de Investigación en Políticas Públicas de Educación Superior de la Universidad Nacional de Colombia. Asistente de Programas en la Delegación Permanente de Chile ante la UNESCO. 

Resumen de la Ponencia:

El fenómeno de la fragmentación presente en los sistemas de partidos políticos, pueden impactar los ámbitos electoral y legislativo. La investigación de este asunto es relevante para Identificar algunas metodologías y sus variables empleadas; esta investigación expone las propuestas de Rae, Taagepera y Molinar, para comprender el problema. Ya que la fragmentación se presenta de manera constante en el sistema político mexicano, las propuestas elegidas permitieron comprender cómo la fragmentación impacta en el caso mexicano.La revisión permitió identificar que las variables frecuentes en el estudio son los resultados electorales, la distribución de escaños y la configuración de coaliciones electorales.En esta investigación de corte cualitativo se utilizaron técnicas documentales.

Resumen de la Ponencia:

La Zona Fronteriza del Norte de Chile (ZFNC) se encuentra habitada por poco más de 1.1 millón de personas, según el Censo de 2017. Su principal característica geográfica es el desierto de Atacama, entre el Altiplano y el Océano Pacífico. La minería es el motor de la actividad económica regional y del país. Alrededor de un 10% de la población es migrante, más que el 4.4% registrado en el conjunto del país. Un 14% de la población se considera indígena, la mayor parte (86%) como aymara. En esta etnia transfronteriza, el porcentaje de migración alcanza el 15%. De ello se infiere que la movilidad y la migración son parte de sus estrategias de reproducción demográfica y económica, hipótesis sustentada en la literatura etnohistórica.La ZFNC es un territorio que atrae a la migración fronteriza por la heterogeneidad estructural que se produce en la zona fronteriza entre Bolivia, Perú y Chile. Las facilidades migratorias que se dan en el marco del Mercosur permiten esta movilidad y migración con un componente étnico importante. La migración interna aporta fuerza de trabajo al mercado laboral. Esta diversidad étnica y de orígenes nacionales ¿genera segmentación étnica en el mercado laboral de la ZFNC?Esta pregunta se aborda desde el concepto de informalidad, que se discute desde las perspectivas estructuralista e institucionalista. Chile se caracteriza por mostrar un crecimiento con altos niveles de desigualdad. No obstante, también se ha mantenido con niveles de informalidad más bajos que otros países. Con base en estos conceptos, se genera un indicador de informalidad, usando los datos de la encuesta CASEN en Pandemia 2020. La informalidad se modela usando un modelo de regresión logística binaria en la población de ocupados de la ZFNC (n=8,489). Se obtienen los odds ratio para las variables predictoras de la informalidad en cuatro modelos: el primero, con el sexo, la edad y la edad cuadrada de los individuos; el segundo agregando la variable de interés, la etnia; el tercero y cuarto con las variables de control: migración y nivel educativo. Todos los estimadores muestran ser estables entre los modelos. El modelo con el mejor ajuste, usando el BIC más bajo como criterio, es el modelo ajustado por las variables de control. En este modelo ajustado, quienes pertenecen a la etnia aymara tienen una probabilidad un 38% mayor de estar ocupados en un empleo informal, respecto de los no indígenas. De esta forma, se apoya la hipótesis de la segmentación étnica del mercado laboral de la ZFNC. Otras variables del modelo inicial, como el sexo y la edad; y de control, como la migración y el nivel educativo, también fueron significativas.

Resumen de la Ponencia:

La siguiente ponencia aborda la gestión comunitaria del agua, en contexto de escasez hídrica, a partir de una experiencia de organización comunitaria rural en Monte Patria, región de Coquimbo, Chile.  Se ahonda en las diversas percepciones que las y los habitantes poseen sobre la escasez hídrica en la zona, las diversas formas en que han enfrentado la problemática y los modos de organización que la comunidad ha llevado a cabo. Todo ello abordado desde la mirada conceptual que contempla enfoques relacionados con el hidropoder y la gobernanza del agua desde una mirada cualitativa con enfoque etnográfico, centrada en entrevistas semiestructuradas y observación participante.Para ello, la ponencia aborda en primer lugar el contexto sociopolítico y legal de Chile en relacionada la escasez hídrica, luego se aborda el contexto particular de la zona de Monte Patria en región de Coquimbo, una de las zonas de Chile más afectada por la escasez hídrica, para luego ver el caso particular de la experiencia organizacional de la Organización de Regantes y No Regantes del Río Mostazal, en la comuna de Monte Patria.

Resumen de la Ponencia:

El sistema educativo argentino desde su origen se estableció como un elemento de identificación común de los ciudadanos, donde si bien se establecieron niveles graduales que estaban condicionados al origen social de los estudiantes, se estableció bajo un espíritu de igualdad de oportunidades e integración social, sobre todo en la segunda mitad del siglo XX con el incremento de las tasas de graduación del nivel medio y políticas públicas que facilitaron el acceso al nivel superior. No obstante, estos avances en materia de democratización no han alcanzado la consistencia para hablar de una completa democratización del nivel, puesto que persiste una estructura de inclusión-excluyente (Ezcurra, 2013), dado que si bien hay un efectivo incremento de la matrícula de educación superior, éste convive con el fenómeno del abandono, sobre todo en los primeros años de ingreso al sistema.En este marco, con la irrupción de la pandemia por Covid-19, y las medidas sanitarias que los diferentes gobiernos dispusieron para paliar sus impactos en la población, se agudizaron las tensiones vigentes en las estructuras educativas, inclusive la universitaria. La presente investigación centra su interés en estudiantes que asisten a la Universidad Nacional de Rio Cuarto (Argentina), la cual se constituye en el centro de estudios de nivel superior público y gratuito de referencia en el sur de la provincia de Córdoba. El objetivo que orienta el presente trabajo radica en identificar el impacto de los cambios acaecidos en el marco de la pandemia por Covid-19 en las trayectorias educativas de estudiantes que transitan sus primeros años el nivel superior de la Universidad Nacional de Río Cuarto (Argentina). A este fin, se indagó a estudiantes del prof. y la lic. en Educación Física que transitan el segundo año en su carrera en forma presencial, en contraste con su último año de nivel medio y el primero del superior lo hicieron en entornos virtuales. En materia metodológica, se trata de un estudio de diseño transversal y de tipo descriptivo, el cual recurre a técnicas cuantitativas de fuentes primarias para su análisis, cuestionarios. Los cuales pretenden dar cuenta de las propias valoraciones de los/as estudiantes sobre los contrastes tanto en la organización de sus tiempos como en las ventajas y dificultades que presentan las modalidades educativas experimentadas en sus últimos años de escolaridad.

Introducción:

Desde su constitución a fines del siglo XIX, el sistema educativo argentino se erigió como un elemento de identificación común de los ciudadanos, bajo un espíritu de igualdad de oportunidades e integración social en la educación básica, pero con una estructura segmentada entre los niveles educativos condicionada por el origen social de los/as estudiantes.

En el transcurso del siglo XX esta estructura fue diluyendo su incidencia gracias a diversos factores que posibilitaron el ingreso de sectores sociales de menores ingresos en la educación de nivel medio y superior. Hasta la década de 1960, cuando los estratos sociales más altos comienzan a abandonar la escuela de gestión estatal en pos de la de gestión privada (Tiramonti, 2005), y sobre todo a partir de la década de los ochenta, donde se agudiza la tendencia de fragmentación del campo educativo, evidenciando la existencia de circuitos diferenciados en el interior del sistema escolar para alumnos de origen social disímil (Tuñón y Halperin, 2010: 3). 

En este contexto histórico, particularmente con el restablecimiento de la democracia en 1983, la matrícula universitaria expresó un crecimiento sostenido tanto en instituciones estatales como privadas. Lo cual encuentra sustento en la ampliación de las políticas públicas de inclusión educativa, el crecimiento de la escolarización y la prolongación del período escolar obligatorio (Otero y Corica, 2017:11).

En este marco, el año 2020, con la irrupción de la pandemia por Covid-19, y las medidas sanitarias que los diferentes gobiernos dispusieron para paliar sus impactos en la población, marcó un hito que puso en tensión las estructuras educativas que en mayor o menor medida presentaban dificultades, incidiendo particularmente en las trayectorias escolares de quienes se encontraban en procesos transicionales de la educación secundaria a la superior.

Este cuadro general da sustento a la presente investigación, la cual centra su interés en los estudiantes de la Universidad Nacional de Rio Cuarto (Córdoba, Argentina), particularmente en identificar el impacto de los cambios acaecidos en el marco de la pandemia por Covid-19 en las trayectorias educativas de estudiantes que transitan sus primeros años en el nivel superior. En materia metodológica, se trata de un estudio de diseño transversal y de tipo exploratorio, el cual recurre a técnicas cuantitativas de fuentes primarias -cuestionarios de preguntas cerradas y abiertas- realizadas a 88 estudiantes de 2do año del Profesorado y la Licenciatura en Educación Física. A partir de la obtención de la información, el procesamiento de los resultados se centró en distinguir los resultados generales de la muestra, para posteriormente intervenirlos por la variable del tipo de gestión educativa a la que asistieron los estudiantes en su educación secundaria, esto último con el propósito de avizorar los contrastes que se presentan en las trayectorias escolares de la juventud en base a su origen socioeducativo.

A fines de organizar la presentación, la ponencia se conforma por tres apartados troncales y las respectivas reflexiones finales. En primera instancia de desarrolla una breve reseña del anclaje histórico que sustenta el proceso de fragmentación socioeducativa en Argentina; para posteriormente desarrollar el devenir del sistema de educación superior en el país; y por último, adentrar en el impacto de la pandemia de covid-19 en el campo educativo y el retorno a la modalidad de cursado presencial de los/as estudiantes universitarios en sus primeros años en el nivel.

Desarrollo:

Desintegración social y fragmentación educativa 

 

El advenimiento de la segunda mitad del siglo XX, producto en gran medida de la retracción progresiva del papel estatal en el diseño de políticas públicas que garantizaron destacables índices de bienestar social, junto a una sostenida desinversión en la estructura educativa (deterioro de los salarios y las condiciones laborales de los docentes, ausencia de políticas dirigidas a jerarquizar la formación de los/as profesionales de la educación, etc.), condujo a una profunda declinación del sistema educativo; que junto a un creciente incentivo del desarrollo de la educación de gestión privada para responder a la creciente demanda educativa, se dio inicio a un progresivo proceso de matriculación estudiantil en éstas instituciones y la correspondiente configuración de circuitos diferenciados de escolarización en base al poder adquisitivo de las familias de los/as estudiantes (del Cueto y Luzzi, 2008: 63).

Corresponde destacar que esta tendencia fragmentaria no solo se presentaría en base a los tipos de gestión de las instituciones educativas, sino también en el seno de cada una de ellas. A partir de los años ‘80, diversos estudios dieron cuenta de la creciente segmentación del sistema que producía diferencias entre las escuelas según la zona en la que estaban ubicadas y la población que recibían, independientemente si se trataban de establecimientos estatales o privados, contrarrestando los efectos democratizadores del aumento de la cobertura y generando una mayor diferenciación de circuitos que reproducen y refuerzan la desigualdad social de los estudiantes (Braslavsky, 1986; Braslavsky y Filmus, 1987). 

A partir de estas aclaraciones, se observa que en las décadas recientes se asiste a un proceso por el cual fracciones importantes de los sectores medios abandonan la educación pública, dejando de ser una característica exclusiva de los sectores de altos ingresos (Kaztman, 2019: 20). Y encontrando su principal respuesta en la percepción de los padres sobre el “deterioro relativo en la calidad de la enseñanza pública” (p.21); pero con factores macro y micro-sociales que inciden directamente en dicha percepción y sus procedentes conductas. En relación a esto, dentro de los principales factores macro-sociales encontramos a la naturaleza de las matrices socioculturales, el nivel de pobreza y de desigualdad en la distribución de la riqueza, y el nivel de urbanización (Ibid.: 21); mientras que dentro de los micro-sociales, que son determinados principalmente por decisiones de los padres, se presentan: la optimización de la inversión en capital humano buscando asegurar la calidad de los conocimientos adquiridos, la evaluación (de las instituciones educativas) acerca de sus potenciales relativos como semilleros de capital social, la adquisición de capital simbólico y el clima de seguridad en los lugares de enseñanza (pp. 21-22).

 

 

Juventud y estudios superiores en la Argentina contemporánea

 

La educación superior a nivel nacional dio un quiebre notorio con la reforma universitaria de 1918, abandonando progresivamente su carácter elitista por uno de masificación e inclusión. Fundamentalmente desde la década de 1950, cuando el gobierno peronista eliminó los aranceles y el examen selectivo para el ingreso, triplicando la matricula entre 1947 y 1960 (Chiroleu, Suasnábar y Rovelli, 2012: 91-92), o posteriormente con el restablecimiento de la democracia en 1983, donde la matrícula universitaria pasó de 667.456 estudiantes en 1986 a 1.650.150 en 2009, es decir, un crecimiento del 147% en 23 años (Ibid.: 61).

Los principales factores que han incidido en esta expansión de la matrícula universitaria pueden reconocerse la ampliación de las políticas públicas de inclusión educativa, un crecimiento de la escolarización y una prolongación del período escolar obligatorio (Otero y Corica, 2017:11), lo que ha implicado una mayor democratización externa del nivel superior[i]. Sin embargo, esto no conduce a un proceso inclusivo, el cual parte del “reconocimiento de que la sociedad no es homogénea y la diversidad constituye un componente que merece ser revalorizado” (Chiroleu, Suasnábar y Rovelli, 2012: 88), es decir, que si alcanzar un genuino proceso de democratización, debe bregar por la inclusión de la diversidad socioeconómica, racial, cultural y sexual semejante a la que existe en el seno de la sociedad en procura de subsanar las discriminaciones históricas que gestaron la desigualdad en la que se encuentran esos grupos.

En orientación a ello, en el ámbito de la educación superior “predomina el ingreso irrestricto y no existe un examen nacional común a todos los estudiantes que desean incorporarse, el acceso está mediado por las regulaciones de las propias instituciones de educación superior” (Otero y Corica, 2017: 14). Mientras que desde la década de los noventa, y sobre todo con los doce años de continuidad de los gobiernos encabezados por Néstor Kirchner (2003-2007) y Cristina Fernández de Kirchner (2007-2011 y 2011-2015) se avanzó sustancialmente en la ejecución de programas y politicas públicas que atienden a sectores historicamente excluidos del sistema universitario. Si bien la matricula se ha incrementado sustantivamente en las últimas décadas, esto se ve atenuado debido a que las trayectorias educativas no siempre concluyen exitosamente (Otero y Corica, 2017: 21). Lo que nos indica estar en presencia de un proceso de inclusión-excluyente, dado que, si bien hay un efectivo incremento de la matrícula de educación superior, éste convive con el fenómeno del abandono, sobre todo en los primeros años de ingreso al sistema, el cual “afecta a las franjas sociales más desfavorecidas en la distribución del capital económico y cultural” (Ezcurra, 2013; en Otero y Corica, 2017: 22).

Lo observado por los diversos indicadores permiten reconocer que la juventud argentina tiene mayores posibilidades de incursionar en estudios superiores que en las décadas precedentes, sin embargo, se insiste en que esta democratización cuantitativa, no implica una verdadera reducción de las desigualdades sociales de origen, es decir, una genuina democratización cualitativa[ii]; trascendiendo a la posibilidad de ingreso para también favorecer el cursado y egreso de sus estudios superiores por parte de las/os jóvenes (Chiroleu, Suasnábar y Rovelli, 2012: 91).

 

 

Desigualdades, pandemia y transiciones escolares de la juventud

 

Si bien estos rasgos de la estructura educativa nacional han alcanzado una relativa consolidación, el año 2020 presentó un hecho sin precedentes en la historia mundial reciente en materia sanitaria, política, socio-económica y educativa a partir de la declaración de la pandemia por Covid-19. La cual generó grandes alteraciones en las diversas actividades y dinámicas sociales, ya sea por la afectación directa de la enfermedad o por las medidas preventivas que los gobiernos emprendieron para evitar la propagación y potencial colapso de los sistemas sanitarios.

Las forzadas adecuaciones educativas producto de la emergencia sanitaria propiciaron un sustancial incremento en las “ventas del mercado de educación virtual entre los sectores menos afectados por la crisis, en tanto millones de niños/as, adolescentes y adultos educándose quedaron con las manos vacías” (Puigrós, Dussel, Ferrante y Pulfer, 2020: 35). Las escuelas de los sectores de mayores ingresos en gran medida continuaron sus actividades online, programaron evaluaciones y dispositivos para la promoción y consiguieron una relativa contención de su estudiantado. Mientras que en el otro extremo, muchos estudiantes perdieron comunicación con sus docentes, excepto cuando muchos de estos esforzadamente los siguieron contactando por medios caseros (visitas a los domicilios, llamadas por teléfono o uso del WhatsApp) (Ibid.: 35).

Este fue el marco en el que se gestaron las transiciones escolares de los/as jóvenes en sus primeras experiencias en la educación superior. Donde en el caso de quienes fueron encuestados en la presente investigación, realizaron su primer año universitario en contexto de educación en modalidad virtual (2021) y el segundo -el presente- en modalidad presencial.

     La muestra relevada en la investigación se constituye por 88 estudiantes que transitan el segundo año de formación académica del prof. y la lic. en Educación Física; de ellos/as, la mayoría tiene 21 años o menos, particularmente el 32% tiene 19 años, el 25% de 20 años y el 23% de 21 años. En cuanto a la identidad autopercibida, el 60% se reconoce varón y el 40% mujer; mientras que en cuanto al tipo de gestión educativa donde cursaron el nivel secundario, el 57% proviene de escuelas de gestión estatal y el 43% de gestión privada. Como referencia regional de altos estudios, la Universidad Nacional de Rio Cuarto recibe estudiantes de diversas geografías, en el caso particular de la muestra relevada, el 60% son de la localidad homónima, el 27% de otras localidades de la provincia de Córdoba y el 13% de otras provincias y países. 

Como se ha destacado en la presente ponencia, la situación socioeconómica influye de forma relevante en el desempeño académico. En el caso particular de la muestra relevada se indagó sobre el origen de los ingresos personales y las responsabilidades personales (en virtud si debían compatibilizar estudios con trabajo). Indicadores que permiten observar que la principal fuente de ingresos de los/as estudiantes proviene de aportes paternos (60%), trabajo estable (21%) y temporal (14%); contemplado por tipo de gestión de proveniencia en el nivel secundario, quienes provienen del sector privado tienen mayor asistencia paterna que sus pares de estatales (65% y 56% respectivamente); mientras estos últimos tienen mayor dedicación laboral estable (22% en estatales y 20% en privados). En lo que concierne a las principales responsabilidades de los/as estudiantes, la mayoría certifica a sus estudios (66%), seguido por trabajar (23%) y ayudar a otros/as (7%); y visto por gestión del nivel medio hay una leve primacía en la dedicación a los estudios en quienes asistieron a instituciones privadas (68% a 64%), mientras que entre quienes manifiestan al trabajo como su principal responsabilidad existe una mayoría de quienes asistieron a establecimientos estatales (24% a 21%)

Ante este panorama introductorio se puede profundizar en las condiciones socioeducativas donde se desenvolvieron los estudiantes durante la pandemia y en la actualidad. Al momento de indagar sobre si los estudiantes contaban con espacio propio para estudiar, el 89% indicó que sí; situación que ascendió al 90% al momento del relevamiento. Analizado por el tipo de gestión del establecimiento educativo en el que cursaron el nivel secundario, los índices reportan una mejoría con el restablecimiento de la actividad presencial entre quienes asistían a instituciones estatales, alcanzando una relativa paridad con quienes provienen de establecimientos privados.

En lo que concierne a dispositivos digitales en el hogar, durante la pandemia los celulares constituyeron la principal herramienta de sostenibilidad académica (40%), levemente por sobre las notebooks (37%), las computadoras de escritorio (15%) y las netbooks (8%); lo que se modificó con el retorno a la educación presencial, donde se reportó un uso mayoritario de notebooks (44%), relegando al celular (37%), computadoras de escritorio (12%) y netbooks (8%). Afortunadamente, en ningún caso se careció de dispositivos digitales. A continuación se presenta la distribución de dispositivos digitales por tipo de gestión tanto durante la pandemia como el retorno a la presencialidad.

En materia de conectividad, durante la pandemia la mayoría contó acceso fijo con buena conexión a internet (60%), quienes contaban con acceso con problemas de conexión también era un número relevante (35%), mientras que el 5% contó con conexión mediante datos de celular, lo que indica que nadie careció de conectividad. Lo llamativo es que con el retorno a la modalidad presencial se mejoró la calidad de la conectividad, la cual alcanza el 67% de estudiantes que manifiestan un acceso fijo con buena conexión a internet, mientras que entre el restante 33% persiste el acceso fijo con problemas. 

Los índices permiten observar una desigualdad durante la pandemia en cuanto a la calidad del internet, donde los provenientes de instituciones estatales presentaban una situación ventajosa, lo cual se modificó sustantivamente con el retorno a la presencialidad, con una leve mejor situación para los provenientes de establecimientos privados.

Otro aspecto de relevancia a la hora de evaluar las condiciones en las que los estudiantes afrontarían la educación en virtualidad concierne al manejo de competencias informáticas; en este sentido, solo el 6% reportó tener muchos conocimientos, el 58% dispone de conocimientos aceptables, el 34% de pocos conocimientos y solo el 2% no tiene -o tenía- conocimientos informáticos[iii]. En este sentido, un análisis por tipo de gestión educativa de proveniencia nos permite observar una mejor situación entre quienes asistieron a escuelas estatales, particularmente en el apartado sobre “conocimientos aceptables”; sin embargo, también es en este grupo poblacional en el que se dan casos de no tener conocimientos informáticos.

Esclareciendo los factores socioeducativos que constituyen a los estudiantes relevados, corresponde ahora profundizar en las características de la vinculación escolar que sostuvieron tanto en pandemia como a partir del retorno a la modalidad presencial. En primera instancia se indagó sobre la intensidad en el cursado de las materias que correspondían al año del plan de estudios: en pandemia, quienes desempeñaron un cursado completo alcanzan al 52%, quienes realizaron solo las materias que podían cursar (por correlatividades) fueron el 45% y quienes solo realizaron materias que resultaban de interés el 3%. Situación que presentó una mejoría con el retorno a la presencialidad, particularmente con el hecho de que un 6% pasaron de cursar solo las materias que podían a cursar de forma completa (de 52% a 58%). Visto por tipos de gestión en el nivel secundario, quienes asistían a escuelas privadas presentaban una mejor performance en cuanto a la intensidad del cursado de materias, algo que decayó notablemente con el retorno a la presencialidad, donde muchos/as de quienes habían cursado todas las materias del plan de estudios pasaron a cursar solo las que podían. Haciendo la situación más paritaria con respecto a quienes realizaron su secundario en instituciones estatales.

Las horas semanales dedicadas al estudio durante la pandemia se distribuyó porcentualmente de la siguiente manera: la mayoría solo dedicó entre 4 y 10 horas (31%), seguido por quienes dedicaron entre 11 y 15 horas (30%), luego 16 y 20 horas (23%), 3 horas o menos (9%) y por último quienes destinaron más de 20 horas (7%). Con el retorno a la presencialidad en gran medida se preservaron los ordenes de prevalencia, pero con otros porcentajes: se incrementó la cantidad que reporta entre 4 y 10 horas (38%), y una leve mejora de quienes dedican entre 11 y 15 horas (31%), estos en desmedro de quienes dedican entre 16 y 20 horas (19%), mientras que las únicas posiciones que se alteran son las de menor porcentaje, creció la cantidad de estudiantes que emplean más de 20 horas (10%) y disminuyó la de 3 horas o menos (2%). Es decir, que con el retorno a la educación presencial hay una mayor dedicación de horas semanales al estudio. Analizado por el tipo de gestión de nivel secundario tanto durante la pandemia como con el retorno a la presencialidad expone una mejor situación entre los de escuelas privadas, fundamentalmente entre quienes dedican 16 horas semanales o más; si bien la situación se ha equiparado con el retorno de la presencialidad entre los dos grupos, los/as de gestión privada preservan una leve ventaja.

La dedicación académica mantiene correlato con el efectivo cursado y aprobación de las materias en las que cada estudiante se inscribió en el ciclo lectivo. En relación a ello se indagó sobre el desempeño de estos dos aspectos durante el cursado en pandemia y se obtuvieron los siguientes resultados: en cuanto a la cantidad de materias que culminaron de cursar, la mayoría fue entre 4 y 6 (36%), seguido por quienes culminaron entre 7 y 8 materias (32%), quienes culminaron la totalidad (23%), entre 1 y 3 (7%) y ninguna materia solo el 2%. Es decir, presentaron un aceptable desempeño general en lo que concierne a la culminación del cursado de las materias, ya que 9 de cada 10 estudiantes cursaron 4 materias o más. La situación cambia notablemente cuando se indaga sobre las materias que efectivamente fueron aprobadas, es decir, aprobaron su examen final. Ya que el mayor porcentaje lo presentan quienes solo aprobaron entre 1 y 3 materias (44%), seguido por entre 4 y 6 (22%), y entre 7 u 8 (17%), ascendió la cantidad de quienes no aprobaron ninguna materia (14%) y desciende notablemente quienes aprobaron todas (3%). En resumen, la modalidad virtual facilitó la culminación del cursado de las materias, pero esto no se trasladó linealmente a la aprobación definitiva de las mismas. En lo que concierne a un abordaje por el tipo de gestión educativa en el nivel medio expone contrastes por tipo de gestión, con mejores índices tanto en materias cursadas como aprobadas entre quienes provienen de escuelas estatales por sobre los/as de privadas.

En relación a lo desarrollado sobre las performances de cursado y aprobación se indagó sobre las complejidades que vivenciaron los/as estudiantes para ello tanto durante la educación en modalidad virtual como con el retorno a la presencial. En pandemia, las mayores complejidades reportadas confieren a la cantidad de bibliografía para leer (25%) y la dinámica del cursado (24%), seguido por el hecho de rendir exámenes finales (18%) y parciales (16%), la relación con compañeros (8%), las normativas y pautas universitarias (7%), y por último quienes no indican haber tenido dificultades (2%). La situación cambia levemente con el restablecimiento de la presencialidad, particularmente en el orden de las causales: la dinámica del cursado es la de mayor afección (26%), seguida por la cantidad de bibliografía para leer (23%), luego las dificultades para rendir exámenes parciales (18%) y finales (17%), las normativas y pautas universitarias (7%), la relación con compañeros (6%) y quienes no indican haber tenido dificultades (3%). En resumen, tanto en educación virtual como presencial la mitad de los/as estudiantes reportan que las mayores complicaciones fueron ocasionadas por la cantidad de bibliografía para leer/estudiar y las dinámicas de cursado, en un análisis más particularizado se puede destacar que independientemente si el cursado es en formato virtual o presencial preserva un núcleo de antipatías por parte de los/as estudiantes, no obstante, hay una ligera predilección por el virtual. Las complejidades esgrimidas en base a los tipos de gestión de los/as estudiantes presentan una leve preminencia -en ambas modalidades de cursado- la dinámica del cursado y la cantidad de bibliografía entre los/as provenientes de escuelas privadas; mientras que existe una situación paritaria en la valoración de las instancias evaluativas (parciales y finales) entre ambos grupos y ambas modalidades de cursado.

Por último, se indagó sobre el formato que los estudiantes consideran más satisfactorio y los aspectos que inciden en dicha valoración. De la totalidad de los/as estudiantes relevados/as el 74% indica su preferencia por la educación presencial, un 24% por un formato de combinado y solo el 3% prefiere la educación virtual. Analizado por el tipo de gestión del cual provienen los/as estudiantes, los resultados exponen cierta correlación con el desempeño de cada grupo con respecto al cursado y aprobación de las materias, donde quienes provienen de escuelas de gestión privada tienen mayor afinidad por la educación presencial que sus pares provenientes de gestión estatal, los/as cuales manifiestan mayores simpatías por la incorporación del cursado virtual.

Los aspectos que influyen en dichas valoraciones son diversos, pero en orden de relevancia se destacan los aspectos interpersonales, la vinculación con docentes (24%) y con compañeros/as (23%), seguido de cerca por una mayor facilidad en el proceso de aprendizaje (21%), una mejor administración del tiempo (13%), la metodología de evaluación (10%) y la realización de trámites universitarios (9%).

En cuanto a los argumentos esgrimidos para justificar las preferencias por modalidades de gestión en base al tipo de gestión de proveniencia, los/as de gestión privada reivindican en mayor medida aspectos vinculares -fundamentalmente con sus pares- y la facilidad para el aprendizaje; mientras que los/as estudiantes de gestiones estatales reivindican mayores facilidades para adecuar tiempos personales y académicos y aspectos relativos a trámites administrativos.

 

[i] Chiroleu, Suasnábar y Rovelli (2012) reconocen dos planos respectivos a la democratización de la universidad, “la democratización interna, que da cuenta de la participación de los estamentos en el gobierno universitario (docentes, graduados, estudiantes, empleados), y la democratización externa, que designa la representación que las diversas clases sociales tienen en la población universitaria” (p. 88).

[ii] La democratización cualitativa es la que refiere al debilitamiento del lazo entre orígenes sociales y destino escolar; mientras que la cuantitativa es aquella que alcanza a todas las clases sociales. (Prost, 1986)

[iii] Las opciones presentadas contemplaban un vasto conocimiento de herramientas informáticas, conocimientos aceptables para los requerimientos académicos (capacidad de crear PPT, Prezi, videollamadas, etc.) y el manejo herramientas básicas (paquete office y redes sociales).

Conclusiones:

Las reformas educativas propiciadas en Argentina, fundamentalmente durante la década de los ’90, facilitaron la incorporación y apertura a sectores históricamente relegados pero en un marco de creciente disgregación social condujo a un proceso creciente de fragmentación educativa. Dicha estructura fragmentaria se constituyó en característica del sistema educativo argentino, aun durante las primeras décadas del siglo XXI, caracterizadas por una recomposición del tejido social producto de una estabilización macroeconómica y una progresiva mejoría en los ingresos familiares.

Las desigualdades distintivas del sistema educativo se vieron puestas en tensión a partir de un hecho inédito en las décadas recientes, la irrupción de la pandemia por Covid-19, la cual obligó a establecer una amplia y diversa batería de iniciativas gubernamentales a fin de atenuar su impacto en las poblaciones de todos los países del mundo donde se presentó. En Argentina, a partir de la suspensión de las clases presenciales los actores educativos vieron conmovidas sus dinámicas tradicionales y pusieron en práctica diversas respuestas para adecuarse a la situación. Sin embargo, las desigualdades y vulnerabilidades precedentes fueron agudizadas por un cuadro de situación signado por requerimientos extraordinarios para la continuidad pedagógica, la laxidad de los vínculos interpersonales y condiciones socioeconómicas adversas en las familias de los/as estudiantes.

El impacto en las transiciones escolares de quienes culminaron su educación secundaria y comenzaron el nivel superior durante la pandemia no fue menor, haciendo evidentes no solo las complejidades propias de dicho proceso sino también las que corresponden a la situación de contingencia socioeducativa ocasionada por la pandemia. A grandes rasgos, tanto en el marco de la pandemia como con el restablecimiento de las actividades presenciales, se pueden destacar algunos resultados más notables de la investigación -ya se ha profundizado en el desarrollo del tercer apartado de la ponencia-: En primer lugar, gran parte de los/as estudiantes obtienen sus ingresos por asistencia paterna y la principal actividad es estudiar. En cuanto a las condiciones socioeducativas, la mayoría de un espacio propio para el desempeño y todos dispusieron y disponen de algún dispositivo electrónico para el cursado (virtual y presencial); independientemente de la calidad, todos tienen acceso a internet y 2 de cada 3 tienen aceptables competencias informáticas. La intensidad del cursado se incrementó con el retorno a la presencialidad, mientras que la dedicación horaria también presenta una leve mejora. En lo que concierne al desempeño académico en el año 2021 -con educación virtual- (del que se puede tomar registro), hay una gran disociación entre los índices sobre materias cursadas culminadas y las efectivamente aprobadas. Los/as estudiantes prefieren el formato de educación presencial, mientras que en su defecto adhieren a un formato hibrido (presencialidad-virtualidad), argumentan esto en base a aspectos interpersonales y pedagógicos.

En un análisis por tipo de gestión del cual provienen los/as estudiantes, hay una situación paritaria en términos de disponibilidad de espacio propio, sobre todo en el retorno a la presencialidad. En lo que concierne a la conectividad a internet, durante la pandemia los estudiantes provenientes de escuelas estatales presentaban una mejor situación que sus pares de privadas, sin embargo esto se equiparó con el restablecimiento de la virtualidad; en similar sentido se presentan las competencias informáticas, quienes los/as de escuelas estatales presentan mejores índices, pero al mismo tiempo es el único grupo donde hay estudiantes que carecían de conocimientos. En cuanto a la intensidad del cursado, durante la pandemia quienes provenían de privadas exponen una mejor situación -particularmente por el cursado completo- mientras que el retorno de la presencialidad equiparó la situación entre grupos; similar evolución presentó la dedicación horaria semanal a los estudios.

Los/as estudiantes provenientes de instituciones de gestión privada han contado con mejores condiciones para el desempeño durante la virtualidad, pero los del sector estatal tuvieron mejores desempeños finales (cursado de materias y aprobación). Puede que esto influya en la elección sobre la modalidad predilecta por cada grupo, donde los/as estudiantes que provienen de escuelas privadas prefieren en mayor medida la presencialidad que sus pares de estatales, quienes ven con menor resistencia la incorporación de formatos combinados con la virtualidad.

Por último, se puede reconocer que también las crisis, como la propiciada por el Covid-19, sirven de oportunidades para cambiar, evaluar y rever contenidos, prácticas y estrategias de enseñanza-aprendizaje en perspectiva de atenuar las brechas socioeducativas y mejorar las condiciones pedagógicas del estudiantado.

Bibliografía:

Braslavsky, C. (1986). La juventud argentina: herencia del pasado y construcción del futuro. Revista de la CEPAL, 29, 41-56. ISSN: 02551 0257.

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Palabras clave:

Transiciones escolares - Educación modalidad virtual/presencial - Desigualdad socioeducativa

 

Resumen de la Ponencia:

A partir de los años 1970 el capital se revolucionó otra vez, impactado por fenómenos de gran complejidad directamente relacionados a su crisis estructural, como la 1ª Crisis del Petróleo y la 3ª Revolución Industrial, generando profundas transformaciones en el mundo del trabajo. Primeramente, a través del proceso de re-estructuración productiva – conciliando los cambios institucionales y organizacionales en las relaciones laborales y de producción, y re-definiendo los roles del Estado y de las instituciones financieras para rescatar al capital los niveles de rentabilidad y acumulación de la década de 1950 – terminando por engendrar innumerables nuevas prácticas sociales y formas modernas de reproducción del trabajo asalariado y su explotación, como ‘downsizing’ e re-ingeniería (Ribeiro, 2006). En según momento, desde un punto de vista gerencial, a través de la constitución de una nueva categoría dentro las clases medias, los ‘profesionales del conocimiento', que representan una nueva categoría de ‘activo intangible’ dentro las organizaciones productivas, trabajadores que en Brasil son en general productos de la Universidad Pública, y cuya competencia profesional y conocimiento los hacen marcos diferenciales competitivos de las empresas, en contra sus concurrentes (Balceiro; Ávila, 2003). En el siglo XXI este proceso evoluciona de manera aún más rápida, con la Cuarta Revolución Industrial o Industria 4.0 (Baetz, 2020; Gregory, 2020), y importantes fenómenos regionales a ella asociados, como el establecimiento de China como Manufactura Mundial (Ngai, 2007; Yang; He, 2016) o ciertos procesos de des-industrialización acelerada en el mundo (Maia; 2020; Rodrik, 2016) siempre con mayor grado de acumulación capitalista.En el escenario Brasileño de las políticas de Ciencia y Tecnología (C&T), pasado el golpe de 2016, prevalece movimiento constante de privatización y desmantelamiento de la infraestructura pública de producción de conocimiento, con verdadero 'ataque blitzkrieg' durante el gobierno proto-fascista, en paralelo a políticas de inversión masiva en Incubadoras y Parques Tecnológicos, y programas de Educación para el Emprendimiento y generación de Startups (Zaak Saraiva, 2021). Este estudio tiene como principal objetivo realizar revisión bibliográfica y conceptual con carácter crítico sobre el llamado '3er Rol de la Universidad', el de generadora de ideas y emprendimientos económicos innovadores a través de la lectura de demandas sociales de amplio espectro, y el desarrollo o visualización de nuevos servicios, procesos y productos. Esta investigación se justifica porque la gran mayoría de la literatura sobre el 3er Rol de la Universidad tiene carácter liberal y/o se basa en perspectivas excluyentes y mantenimiento de procesos exploratorios en el ámbito del capitalismo dependiente brasileño, lo que hace necesario determinar cómo el inmenso proceso de generación de nuevos negocios en los 'ambientes de innovación' brasileños está vinculado al papel histórico de la reproducción de clases en el proceso de formación de mano de obra especializada dentro de las universidades.

Introducción:

La innovación, concepto cada vez más utilizado para definir los avances logrados por la humanidad en el contexto pos-revolución industrial – y en el Siglo XXI casi siempre asociado al desarrollo de nuevas tecnologías electrónicas o informáticas – está en su origen relacionada a las propias capacidades inventivas del ser humano que lo hacían, desde su pre-historia, capaz de criar nuevas soluciones para los más diversos tipos de problemas con que se deparara, o sea, desde nuevas herramientas capaces de facilitar el proceso de arado del suelo, o aún nuevos ciclos temporales de plantío de granos o nuevas maneras con que conservar la carne para que pudiera ser aprovechada por un período de tiempo más extenso, hasta las nuevas formas de transporte de materiales y personas por largas distancias, o sistemas instantáneos de cambio de moneda y telecomunicaciones, entre tantos otros.

A partir de las primeras décadas del Siglo XX, el tema de la innovación comienza a ser ampliamente debatido y analizado, principalmente en las escuelas de Economía y Administración, a partir de la obra seminal de Schumpeter, quien fue el primero en arrojar luz sobre el tema, centrando su análisis en el rol del llamado 'empresario innovador' dentro de su modelo dinámico para la economía capitalista. En el modelo dinámico propuesto por Schumpeter, el agente económico central se convierte precisamente en el empresario innovador, aquel emprendedor capaz de llevar nuevos productos al mercado de consumo a través de la ingeniosa combinación de los mismos factores de producción -tierra, trabajo, capital- pero de manera más eficiente, a un costo menor, y en un tiempo más corto que lo realizado anteriormente por otros emprendedores en el mismo mercado, o incluso a través de la creación de un nuevo invento o una innovación tecnológica que resultó ser más atractiva dentro del mismo sistema económico (Schumpeter, 1997).

Todavía, en que pese el continuo y recurrente reconocimiento público al rol social y económico de los grandes innovadores y emprendedores de los Siglos XIX y XX, tales como Thomas Edison, Nikola Tesla o Henry Ford, desde un punto de vista psicológico o psicosociológico, fue solamente partir de finales de los años 1970 cuando se empieza a estudiar seriamente las características psicosociales de los emprendedores, o sea, cuales los principales elementos y determinantes de su comportamiento. A lo largo de la década de 1970 y especialmente durante los años 1980, bajo al adviento del neoliberalismo y su re-estructuración de las relaciones del trabajo, y el acenso del modelo de emprendimiento innovador del Valle del Silicio, en paralelo al surgimiento de millones de ‘emprendedores individuales’, las Ciencias Sociales en general empiezan a analizar más profundamente el fenómeno psicoeconómico del emprendimiento y los determinantes del comportamiento emprendedor.

Justamente en este contexto de finales de los años 1970, es cuando el capital se revoluciona a nivel mundial, lo que genera profundas transformaciones en el mundo del trabajo, dentro las cuales aquí se destacan (a) los cambios en las relaciones laborales que engendran nuevas prácticas de explotación del trabajo asalariado como ‘downsizing’ y re-ingeniería; (b) los cambios gerenciales que terminan por constituir la categoría del ‘profesional del conocimiento’, o trabajadores especializados que representan un nuevo tipo de ‘activo intangible’ dentro las organizaciones; y (c) los cambios en el rol de las universidades, con la atribución del llamado 3er  Rol de las Universidades, el de generar ideas y emprendimientos económicos innovadores a través de la lectura de demandas sociales de amplio espectro, y del desarrollo o visualización de nuevos servicios, procesos y productos de base tecnológica. 

A partir de las últimas décadas del Siglo XX, especialmente durante el cambio para el Siglo XXI, se observa un crecimiento exponencial de los llamados ‘ambientes de innovación’, como los parques tecnológicos y las incubadoras de empresas, que por definición están siempre cercanos a los campi universitarios, lo que ya demuestra la asociación intrínseca entre el 3er Rol de las Universidades y la profundización de la re-estructuración productiva a través del incentivo a la creación de emprendimientos individuales como substitución a los miles de empleos eliminados a través de la automatización, y de metodologías gerenciales como la re-ingeniería.

Sobre todo, se observa un cambio profundo en los programas de los cursos universitarios a partir del año 1990 en países como Estados Unidos, Alemania, Suecia y Dinamarca, con un enfoque en transformar a los concluyentes de cursos de grado, pasando de receptores de salarios a emprendedores, con la inclusión de disciplinas de Emprendimiento y Administración de Pequeñas Empresas, un claro incentivo al desarrollo del 3er rol de las Universidades, lo que también ocurre en Brasil desde medios de la década de 1990,

Gran parte de la literatura especializada sobre el 3er Rol de la Universidad, todavía, tiene un carácter acrítico y liberal, y/o se basa en perspectivas excluyentes y en el mantenimiento de procesos exploratorios en el ámbito del capitalismo dependiente brasileño, lo que hace necesario determinar adecuadamente cómo el inmenso proceso de generación de nuevos negocios en los 'ambientes de innovación' brasileños está vinculado al papel histórico de la reproducción de clases en el proceso de formación de mano de obra especializada dentro de las universidades.

Este trabajo, resultado de estudios de doctorado en Psicología Social con foco en el papel actual de la Universidad Brasileña, tiene como principal objetivo realizar una revisión bibliográfica y conceptual con sesgo crítico sobre el denominado '3er Rol de la Universidad', a partir de los datos disponibles en las fuentes de investigación.

Desarrollo:

Pasada la pesadilla de la amenaza fascista, las economías desarrolladas empiezan ya en el 1944 a reorganizarse visando restaurar el poderío económico y productivo europeo, destrozado por la guerra, pero constituyendo una nueva arquitectura mundial del poder y consolidando ahora la hegemonía estadounidense, a través de la promoción del pleno empleo y el estímulo del comercio internacional, con la estructuración de un conjunto de normas e instituciones que regularon las relaciones monetarias y financieras entre los países más industrializados del mundo, entre 1944 y 1971, destacándose ahí el acuerdo de Bretton Woods, que estableció el patrón oro-dólar, la convertibilidad del dólar en oro a una paridad fija, consolidando la centralidad de la moneda estadounidense en el nivel internacional (Combat, 2019).

Como resultado de esta reorganización, el período histórico de cerca de treinta años que se extendió desde los años posteriores a la Segunda Guerra Mundial hasta los principios de la década de 1970 - llamados los ‘treinta años gloriosos’ - fue marcado por gran bonanza económica en los países capitalistas desarrollados, con pleno empleo y crecimiento de inversiones y de la producción, un período ‘dorado’ que según Hobsbawm (1995) fue caracterizado por un ‘matrimonio’ entre la socialdemocracia y el liberalismo económico, pero que todavía va a contrastarse profundamente con los cientos de crisis económicas en las décadas posteriores (Hobsbawm, 1995). 

En los años 1970, el capital se revoluciona profundamente, a partir del surgimiento de una nueva etapa del desarrollo del sistema capitalista, dentro cuyos determinantes se pueden enumerar los siguientes: la crisis de sobreproducción sin la correspondiente demanda; el abandono por parte de Estados Unidos del patrón oro establecido en Bretton Woods, reemplazándolo por un tipo de cambio flotante; la doble crisis internacional del petróleo en 1973 y 1979, que provocó un aumento récord en los precios de los bienes comercializados a nivel mundial; y finalmente, la recesión mundial provocada por las altas tasas de interés en Estados Unidos; todos ellos directamente relacionados a la crisis estructural del capitalismo, lo que generó profundas transformaciones en el mundo del trabajo (Ribeiro, 2006). 

Primeramente, a través de la Reestructuración Productiva, que compatibilizó cambios en las relaciones laborales y productivas, y redefinió los roles del Estado y de las Instituciones Financieras para rescatar al capital los niveles de rentabilidad de los años 1950, engendrando innumerables nuevas prácticas sociales y formas modernas de reproducción y explotación del trabajo asalariado y su explotación, como ‘downsizing’ e reingeniería (Ribeiro, 2006)

En según momento, la reestructuración productiva de los años 1970 termina, desde el punto de vista gerencial, con la constitución de una nueva categoría dentro las clases medias: el 'profesional del conocimiento', que representa un nuevo tipo de ‘activo intangible’ dentro las organizaciones productivas, trabajadores especializados y con óptima capacitación que en Brasil son en general productos de la Universidad Pública, y cuya competencia profesional y conocimiento los hacen marcos diferenciales competitivos de las empresas, en contra sus concurrentes (Balceiro; Ávila, 2003).

Y en tercer sitio, el establecimiento del llamado 3er Rol de la Universidad, direccionado a la generación de renta, una concepción surgida hace más de 100 años - y que originalmente incluya casi exclusivamente la actividad de extensión universitaria dentro el llamado movimiento reformista de las universidades latinoamericanas – que hasta los años 1980, tanto en Latinoamérica cuanto en muchas naciones recién independientes de África, permanecía íntimamente conectado a la búsqueda por caminos alternativos para el desarrollo de las comunidades, sin todavía alcanzar la población en general aún de las pequeñas élites con acceso a las carreras de grado, y que tenía solamente efectos marginales sobre el desarrollo. Es a partir de los años 1980 que se propone una concepción del tercer rol de la Universidad asociada a la generación de renta y empleo a través de la creación de nuevos negocios innovadores surgidos dentro las universidades a partir de la investigación relacionada a nuevas tecnologías (Arocena et al., 2018).

Ya en el siglo XXI, este proceso evoluciona de manera aún más rápida, con el adviento de la Cuarta Revolución Industrial o Industria 4.0 (Baetz, 2020; Gregory, 2020) y otros importantes fenómenos regionales a ella asociados, como el establecimiento de China como Manufactura Mundial (Ngai, 2007; Yang; He, 2016) o ciertos procesos de des-industrialización acelerada en el mundo (Maia; 2020; Rodrik, 2016) siempre con mayor grado de acumulación capitalista.

En el escenario Brasileño de las políticas de Ciencia y Tecnología (C&T), pasada la ruptura política provocada por el golpe parlamentar de 2016, prevalece un movimiento constante de privatización y desmantelamiento de la infraestructura pública de producción de conocimiento, con verdadero 'ataque blitzkrieg' durante el gobierno proto-fascista bolsominion, en paralelo a políticas de inversión masiva en Incubadoras y Parques Tecnológicos, y programas de Educación para el Emprendimiento y generación de Startups (Zaak Saraiva, 2021). Este cambio es profundamente asociado al llamado '3er Rol de la Universidad', el de generadora de ideas y emprendimientos económicos innovadores a través de la lectura de demandas sociales de amplio espectro, y el desarrollo o visualización de nuevos servicios, procesos y productos. 

Así, a nivel global, la intensificación del proceso de globalización tecnológica de las dos últimas décadas del siglo XX, junto con la llamada 3ª Revolución Industrial, anticipando el surgimiento de 'China como manufactura mundial' a partir del cambio para el siglo XXI en adelante (Ngai, 2007), profundiza los procesos de automatización y robotización acompañados del uso cada vez más intensivo de las tecnologías de la información y la comunicación por parte de las empresas, y dinámicas gerenciales como el 'downsizing' y la reingeniería, introduciendo formas de explotación más agresivas del proletariado en el mundo del trabajo (Gounet, 1999). La Figura 1 presenta la evolución de la economía mundial, de acuerdo con la participación de los principales agentes económicos, a partir del 1980.

Figura 1

Participación de UE, EUA, China, Índia y Indonésia en el PIB Mundial 1980/1922 (% del total)

 

En el caso de Brasil, la liberalización económica iniciada por el gobierno de Collor en año 1990, con un retraso de más de una década, abrió el proceso de reestructuración productiva que se dio anteriormente en las economías desarrolladas, trayendo ya, a lo largo de toda la década de 1990, los típicos resultados sociales excluyentes. del neoliberalismo, como el avance del trabajo informal, la tercerización y el trabajo precario, además de la contracción y las altas tasas de desempleo (Almeida, 2009). 

La industria de transformación, que hasta 1986 representaba el 27,3% del Pib nacional, bajó con Collor al 18% del Pib, demuestrando la nueva acomodación de la economía de Brasil a la economía mundial, como país meramente productor de commodities y importador de tecnología, aumentando vertiginosamente la participación de productos primarios como granos, minerios y derivados de carne en el producto interno del país. La figura 2 presenta la evolución de la participación de la industria de transformación en el PIB Nacional de Brasil.

Figura 2

Participación de la Industria de Transformación en la Economía (% del PIB de Brasil) de 1948 al 2018

 

Paralelamente, durante el cambio para el Siglo XXI, hay un crecimiento exponencial de los llamados ‘ambientes de innovación’, como los parques tecnológicos y las incubadoras de empresas, así llamados porque son considerados generadores de nuevos negocios basados en productos, procesos y servicios de alta tecnología y que por definición están siempre cercanos a los campi universitarios, lo que ya demuestra la asociación intrínseca entre el 3er Rol de las Universidades y la profundización de la re-estructuración productiva a través del incentivo a la creación de emprendimientos individuales como substitución a los miles de empleos eliminados a través de la re-ingeniería. 

Según Blenker et al. (2008) desde el 1990 hay en los Estados Unidos y las naciones norte-europeas un permanente esfuerzo educativo en el ámbito de los cursos de grado, como resultado de una fuerte presión política sobre las universidades de Inglaterra, Suecia, Alemania y Dinamarca para transformar la cultura, la sociedad y la educación superior en su esencia, para que los concluyentes de los cursos de grado pasen de receptores de salarios a emprendedores, o sea, el fortalecimiento del 3er rol de las Universidades, presión esta que ha tenido resultados razonables teniendo en cuenta que esta tendencia hacia la colaboración entre actores externos y universidades para la consolidación de la Educación Emprendedora es relativamente nueva, y necesita superar la tendencia previamente vigente en estos países, la de unos pocos docentes de emprendimiento actuando individualmente, sin cualquiera estandarización de métodos u objetivos en la enseñanza del emprendimiento dentro las Universidades (Blenker et al, 2008).

En los Estados Unidos, el número y la diversidad de cursos completos de pregrado, para los cuales se han ofrecido las disciplinas de Emprendimiento y de Administración de Pequeñas Empresas, han crecido exponencialmente desde 1990, y este crecimiento se estimula en gran parte por la insatisfacción de los estudiantes de pregrado con el enfoque tradicional 'Fortune 500', es decir, un enfoque casi exclusivo en una futura vida profesional vinculada a la empleabilidad en las grandes corporaciones – enfoque que estaba presente en las disciplinas del área de gestión ofrecidas durante décadas hasta finales de los años 1980 (GWU, 2015).

En el caso de Brasil, fenómeno similar empieza también en la década de 1990, con un retraso de algunos años, gracias a las actividades de universidades y agencias técnicas para promover y asesorar al pequeño empresario – teniendo como mayor ejemplo el Servicio Brasileño de Apoyo a las Micro y Pequeñas Empresas, Sebrae – desde que ha habido en el país un esfuerzo de estímulo y educación para el emprendimiento en sus diversas modalidades (Pacheco et al , 2006), con decenas de miles de estudiantes universitarios que han tenido contacto con disciplinas relacionadas con el emprendimiento y la creación de planes de negocio, así como conferencias y simposios dirigidos a la difusión de la cultura emprendedora, un esfuerzo que ya se había producido de forma embrionaria desde la última década del siglo XX y que, a partir de la década de 2000, ocurre de manera robusta, con la realización de concursos y concursos de ideas innovadoras y planes de negocios en todo el país, dando como resultado justamente la implementación de decenas de parques tecnológicos e incubadoras de empresas, principalmente en Sur y Sureste de Brasil, mas también en las Capitales de los Estados de Noreste del País y en Brasília.

La Figura 3 presenta algunos ambientes de innovación del tipo “Valle del Silicio” en el mundo.

Figura 3

Localización de Ambientes de Innovación del tipo “Vale del Silicio” en el mundo

 

Pasado el cambio del Siglo XX al XXI, con el cambio de orientación ideológica en Latinoamérica en el comienzo de la década 2000, se instalan varios gobiernos de orientación laboral en el continente (Kirchner en Argentina, Lula y Dilma en Brasil, Morales en Bolivia, Correa en Ecuador, dentro muchos otros). Pero, a pesar de una fuerte reanudación del crecimiento económico ligado a una reducción récord de la pobreza extrema durante los gobiernos laboristas brasileños de 2003-2014, y un importante aumento real del ingreso medio de los trabajadores, del 3,5% anual, con un aumento del salario mínimo del 70% en valores constantes, y una generación sin precedentes número de empleados, que según RAIS creció en casi 20 millones, con el índice de Gini alcanzando un mínimo histórico de 0,489 y el gasto social federal subiendo de 12,6% a 17% (Lavinas; Gentil, 2018), los gobiernos laboristas de Lula y Dilma no lograron cambiar, aunque sea mínimamente, la permanencia histórica del pasado de Brasil como colonia de explotación en el ámbito interno, y en el ámbito de las relaciones externas, el mantenimiento del papel histórico de subalternidad de los sectores económicos dominantes en Brasil, que termina siendo desde siempre controlado 'desde afuera' (Fernandes, 1972).

Como resultado de esta incapacidad del gobierno laborista para alterar significativamente las relaciones productivas, o al menos ciertos aparatos de reproducción de la explotación capitalista bajo su control parcial, como la educación básica y la educación superior, el victorioso movimiento golpista de 2016 termina revirtiendo casi en su totalidad los avances obtenidos hasta 2014 a través de la aprobación de las 'reformas' neoliberales ya en el gobierno de Temer: un proceso radical de eliminación de derechos históricamente conquistados y desmantelamiento del Estado nacional, en pleno curso -destacando el 'fin enmascarado' de la CLT y los derechos laborales a través de la Ley 13.467/17 o 'reforma laboral' (Arouca, 2018), la feroz reducción del gasto en programas federales para erradicar la pobreza (Schreiber, 2016), la congelación de las inversiones públicas por 20 años a través de la Enmienda Constitucional 55/2016, aún del fin de la participación cubana en el programa 'Más Médicos' (Reuters, 2019) que expatrió más de 8 mil médicos dejando a decenas de millones de brasileños sin acceso a la salud pública (Moya, 2019; Bérgamo, 2019), medidas que fueron 'garantizadas' por el golpista Temer durante su corto mandato.

Para Lavinas y Gentil (2018), una clave para explicar este ‘retorno’ al atraso radica precisamente en que durante el período laborista 2003-2014, si bien se lograron muchos avances sociales importantes, también se hicieron grandes concesiones al sector de las corporaciones productivas y al mundo de las finanzas (Lavinas; Gentil, 2018). 

En la práctica, es necesario reconocer que un gobierno conservador liderado por un político tradicionalmente moderado como Michel Temer logró, sin aprobación popular (ya que fue electo como vice-presidente de Dilma Rousseff), demoler buena parte de la estructura de bienestar social a la que el actual gobierno protofascista necesita el uso de métodos propios de la guerra cultural (Solano, 2019) para seguir destruyendo.

Resultados preliminares sobre el escenario de la Universidad y las políticas de Educación, Ciencia y Tecnología, muestran desmantelamiento y sabotage en la infraestructura pública de producción de conocimiento en el país desde 2016, a través de (1) adopción del nuevo marco normativo del ‘pré-sal’ que eliminó miles de millones de dólares en inversiones para la educación pública; (2) fin del ministerio para la Ciencia y Tecnología; (3) reducción del 44% en el presupuesto total de Ciencia y Tecnología en 2017; (4) disminución de otro 15% para 2018; (5) extinción de programas federales de educación superior de amplio espectro social e impacto duradero como ‘Ciência sem Fronteiras’, Reuni y Prouni, UAB, e-Tec y Pronatec; (6) fin de los concursos masivos para profesores y empleados en Universidades e Institutos Federales, aún en el gobierno de Temer (Zaak Saraiva et al., 2020); seguidos por un verdadero 'ataque blitzkrieg' del gobierno proto-fascista, que comenzó con el recorte del 30% de los fondos para las universidades en mayo del 2019 justificado por acusaciones absurdas de tráfico de drogas en los campi universitarios, dentro otros argumentos absurdos, trayendo daños inestimables para el futuro de la economía y la sociedad brasileña, cada vez más dependientes del trabajo informal mal pagado y de las exportaciones de productos básicos, mientras proliferan los grupos privados de educación superior. La Figura 4 presenta las reducciones en el gasto federal con las Universidades efectivamente materializado desde el 2014.

Figura 4

Reducción en el gasto federal con Universidades en Brasil (2014-2021)

 

El gráfico de la Figura 4 demuestra un recorte de 3,5 mil millones de Reales de Brasil entre el 2014 y el 2021, hecho único en la historia de las Universidades Públicas, iniciado en 2015 durante la crisis que culminó con el golpe en contra el gobierno democrático electo en el 2014.

Como segundo resultado mensurable, en paralelo a los recortes de miles de millones de reales en inversiones públicas para Ciencia y Tecnología entre 2016 y 2022,  hay un crecimiento sin precedentes en los programas gubernamentales para incentivar los aparatos de incubación tecnológica de empresas y el emprendimiento de base universitaria, verificado en el hecho de que en 2019 Brasil ya tenía 363 incubadoras de empresas en actividad, con cerca de 3.700 startups incubadas, que luego generaron 14.000 empleos directos, la mayoría ubicados en el Sur y Sudeste de Brasil, pero con una importante presencia en las capitales del Nordeste, la gran mayoría de estas incubadoras vinculada o ubicada dentro de las universidades públicas, donde se demuestra con más claridad el cambio de rol que pretendían los gobiernos de 2016-2018 y de 2019-2022 para las universidades, además del cambio en la empleabilidad de los profesionales de la educación superior. 

Específicamente acerca de la importancia de la Educación Emprendedora en lo que dice respecto a cambios en roles comportamentales, Dolabela y Filion (2014) postulan que la educación emprendedora es una de las herramientas más poderosas para desarrollar en una sociedad determinada el ‘espíritu emprendedor’ – entendido por estos autores como una cultura, que se manifiesta en un cierto tipo de pensamiento y acción – a través de programas educativos para el emprendimiento en todos los niveles de educación, desde los grados fundamentales hasta el nivel superior, con enfoque en metodologías como creación de ideas de negocio o planes de negocio en la secundaria y grado (Dolabela; Filion, 2014).

La Figura 5 presenta el mapa de localización de las Incubadoras en Brasil, generado via Google Maps.

Figura 5

Localización de las 363 Incubadoras Tecnológicas de Empresas en Brasil

 

De esta manera, los resultados preliminares de esta investigación, en al ámbito del Capitalismo Dependiente Brasileño, indican la atribución del Rol de generadoras de negocios a las Universidades Públicas, participando como elemento de los cientos de ambientes de innovación ya existentes, dentro los cuales se destaca las Incubadoras de Empresas brasileñas, a través de la creación de nuevas empresas por investigadores y estudiantes que pasan a visualizar oportunidades de aumento de renta a partir de la comercialización de sus nuevas ideas, tecnologías y productos, en cuanto que a las Universidades Particulares se les atribuye el Rol de formación masiva de profesionales a críticos destinados a generar mano de obra especializada al mercado de trabajo asalariado. 

Finalmente, todo el macro proceso de fomento del emprendimiento que ha cobrado fuerza dentro del capitalismo en las últimas décadas, descrito de manera sintética en el presente trabajo, es mucho más un intento de enmascarar las formas precarias de trabajo, ya que la precariedad y, sobre todo, el desempleo, se atribuye siempre a quienes no quisieron o no supieron emprender, ya sea por cuenta ajena o por cuenta propia, en los múltiples ámbitos de actividad, trasladando la responsabilidad del desempleo y de la precariedad del trabajo desde el nivel estructural al nivel individual, lo que permite crear, aún del término 'emprendedor', muchos nuevos conceptos y denominaciones que en realidad encubren la informalidad y el desempleo, como 'rendición de cuentas', 'consultores', 'colaboradores', 'habilidades', términos que pueblan el discurso contemporáneo del capital (Antunes, 2011).

Conclusiones:

El objetivo de este trabajo, fruto de los estudios en nivel de Doctorado en Psicología Social, fue realizar una revisión bibliográfica y conceptual con sesgo crítico sobre el denominado '3er Rol de la Universidad', a partir de los datos disponibles en las fuentes de investigación, con foco en el papel actual de la Universidad Brasileña.

A través de una revisión de literatura, fue posible asociar las políticas neo-liberales instauradas en Brasil desde el año 1990, a la atribución de las Universidades Públicas al Rol de generadoras de negocios, lo que se demuestra por el crecimiento de las inversiones federales en los programas de incubación de empresas en parques y incubadoras tecnológicos, especialmente durante los gobiernos de orientación neo-liberal que trataron de destrozar el aparato de educación superior y recortar su presupuesto.

El ocurrido en los cursos de grado en Brasil acompaña fenómeno similar a lo que ocurrió en Universidades de Estados Unidos, Alemania, Dinamarca y Suecia, con la introducción de disciplinas obligatorias relacionadas a la creación e administración de nuevos negocios o empresas.

A respecto del retroceso colosal en políticas públicas de ciencia, tecnología y innovación experimentado en Brasil post-golpe de estado de 2016, es necesario observar que, en que pese el facto de que los gobiernos de orientación laborista de Lula y de Dilma Rousseff (2003-2014) aumentaron en cerca de 500% los presupuestos públicos en educación, ciencia y tecnología, construyendo más de 500 campi de Institutos y Universidades Federales, garantizando así el acceso a la educación superior y a los programas de investigación científica a millones de ciudadanos, estas políticas fueron sistemáticamente revertidas, dentro otras razones, según apuntan Lavinas y Gentil (2018), porque si bien se lograron muchos avances sociales importantes durante estos gobiernos, también se hicieron grandes concesiones al sector de las corporaciones productivas y al mundo de las finanzas.

Se concluye por la necesidad de analizar con más profundidad el fenómeno de la incubación de empresas y del emprendimiento de base tecnológica bajo una mirada crítica, con la cual se pueda sistematizar todos los vários factores y determinantes a él asociados.

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Palabras clave:

Incubadoras de Empresas, Tercer Rol de las Universidades, Re-estructuración Productiva, Universidad Pública, Emprendimiento de Base Tecnológica.

Resumen de la Ponencia:

Esta ponencia expone el estado de avance de un proyecto de investigación binacional, iniciativa que trata acerca de las juventudes estudiantiles argentino-chilenas y las condiciones psicosociales para la construcción de conocimiento académico. Dicho proyecto fue elaborado como una iniciativa bilateral surgida en el III Congreso Binacional de Investigación Científica (Argentina - Chile) y VI Encuentro de Jóvenes Investigadores que realizó en la Universidad Nacional de San Juan, Argentina en el año 2019. En ese contexto, la investigación surgió de un interés científico compartido por investigadores de San Juan Argentina de la UNSJ, la UCCUYO y de la UPV sede La Serena, Chile y aspira a consolidarse como una contribución a la integración regional.  La realidad que vivimos nos interpela de modo excepcional, por las condiciones de emergencia instaladas por pandemia COVID 19, escenario en el que estudiantes y profesores estamos llamados a construir conocimiento académico, tema que constituye nuestro objeto de análisis desde una línea de investigación educativa de larga data en el ámbito de la UNSJ.Este trabajo contextualiza las condiciones en las cuales se realizó el acto pedagógico, que sustenta las prácticas de construcción de conocimiento, durante el aislamiento social a causa de la pandemia por COVID19. El supuesto sobre el que desarrollamos esta comunicación sostiene que el escenario de pandemia COVID 19 propició la emergencia de nuevas condiciones de posibilidad para la construcción de conocimiento académico entre estudiantes y profesores. La muestra de estudiantes seleccionada estuvo compuesta por aquellos, que, por su trayectoria académica, los categorizamos como “estudiantes de Alto rendimiento académico”. El estudio se está desarrollando en el marco de una investigación no probabilística e intencional.De este modo, abordamos desde las condiciones socio-históricas e institucionales que definen el contexto de surgimiento de los sistemas universitarios argentino-chileno, categorías vinculadas a la interacción de aspectos socioculturales y  demográficos,  aspectos emocionales de la dimensión psicológica (autoestima y bienestar psicológico), estrategias de estudio y vinculación con los docentes, como ejes de análisis de las condiciones para la construcción de conocimiento académico de los estudiantes. Además, en el marco de la pandemia por COVID19, las universidades implicadas en este proyecto implementaron el dictado de clases virtuales y toma de exámenes mediante sus plataformas, las tareas de investigación debieron modificarse para concretar avances. En virtud de esta situación, para avanzar con el plan de actividades formulado, este proyecto se modificó en lo que respecta a su implementación, a la vez que nos ha brindado la oportunidad de apreciar un escenario inédito para las prácticas pedagógicas y el trabajo académico de construcción de conocimiento de estudiantes y profesores. En esta ponencia, también, daremos cuenta de los procedimientos cumplimentados para relevar la información y llevar adelante las tareas de investigación. 

Resumen de la Ponencia:

Este documento explora la emergencia y constitución de lo público en torno a la disputa por los terrenos frente al mar en en Playa Las Islitas (San Blas, Nayarit). Al poner la atención en la emergencia de lo público, se enfoca en las acciones conjuntas y duraderas para dirimir los conflictos emprendidas por actores disímiles en torno a la controversia sostenida entre la Unión de prestadores de servicios turísticos Playa las Islitas (UPST) y una organización comunal denominada la Nueva Villa de San Blas (NVSB). Se argumenta que la incipiente constitución de lo público ocurre en un marco paradójico de diferencia, oposición y articulación entre proyectos turísticos de gran y pequeña escala y formas de existencia campesina. Esta condición resulta de la potencial conexión de la segunda organización con el mercado inmobiliario y desarrollo turístico en gran escala. Asimismo, la disputa reseñada involucra legislaciones y políticas encontradas (la tenencia de la tierra campesina y las concesiones de la zona federal marítimo-terrestre), planes de desarrollo y acciones institucionales en un marco de relanzamiento de la actividad turística en medio de una tendencia a procesos conocidos como “turistificación” y “gentrificación”. Al conectar estas múltiples relaciones con una trayectoria histórica alejada de las narrativas lineales fue también manifiesta una materialidad de la disputa profundamente móvil (debido a la acción intermareal). Estas condiciones condujeron a considerar el papel de lo no humano en la constitución de lo público y consecuentemente a recurrir teóricamente a los enfoques relacionales como la teoría del ensamblaje, a la noción de Tourismscape (Actor Network theory) y la ontología política. Se concluye que la emergencia de lo público resulta de los encuentros entre diferencias ontológicas en tanto las partes en conflicto enactúan diversas formas de existencia asociadas a su vez, con diferentes supuestos acerca del desarrollo turístico. Diferencias ontológicas que involucran diversas negociaciones entre actores humanos y no humanos, resultando en una multiplicidad co-constitutiva de la espacialidad y vida costera.  

Resumen de la Ponencia:

Mandala de la Sostenibilidad en el Turismo: una propuesta metodológica para los territorios turísticos.  En las últimas décadas, el uso del adjetivo “sostenible” se ha convertido en un lugar común entre gobiernos y diplomáticos, en círculos corporativos y académicos, e incluso en las redes sociales. Ya sea estampando productos, customizando narrativas, creando diferenciales de servicios y procesos, o calificando propuestas políticas, el discurso de la sustentabilidad se ha popularizado y convertido en campo de disputas. En el campo del Turismo, no fue diferente. La premisa de impulsar el desarrollo turístico, con base en los supuestos de la sustentabilidad, ganó fuerza entre los representantes de los grupos gestores de destinos. Sin embargo, el trato reduccionista y, en ocasiones, erróneo adoptado por dichos grupos gestores, terminó por suscitar políticas públicas específicas e ineficaces en sus territorios, basadas en conjeturas o intereses particulares, con miras al aclamado título de “destino sostenible”. El objetivo de este estudio es estimular la reflexión sobre la sostenibilidad en los procesos de desarrollo turístico de los territorios, contribuyendo a la adopción de políticas públicas más eficaces y éticas para el bien común. Por ello, se realizó una investigación exploratoria, de carácter aplicado y de enfoque cualitativo. Se realizó una revisión profunda de la literatura sobre sustentabilidad y turismo, a partir de reflexiones de investigadores y entidades con reconocida actuación en los temas centrales. Como principal resultado se planteó un instrumento de planificación turística innovador y didáctico, desarrollado para contribuir directamente a los grupos de gestión turística local/regional. Compuesto por 19 ramas correspondientes a las 07 dimensiones de la sustentabilidad (ambiental, social, económica, política, cultural, territorial y tecnológica), se presenta el “Mandala de la Sustentabilidad en Turismo”.