Justificación del Panel:
A pandemia ocasionada pela COVID-19 realçou a necessidade da discussão sobre a EaD e fez emergir a urgência por corpos e culturas na centralidade do debate. O objetivo desse trabalho foi de compreender quais as percepções dos corpos individuais e coletivos que atuam na EaD durante a pandemia causada pelo Coronavírus. As entrevistas individuais e em grupo, ocorridas no ano de 2020, em tempos de pandemia da COVID-19, foram o principal procedimento para a construção do estudo, sendo acompanhadas pela análise documental. Os sujeitos investigados - estudantes, professores, tutorias e coordenações - produziram sentidos que foram analisados a partir da referência de Verón (1980). O embasamento teórico da pesquisa fundamentou-se na concepção de corpo, cultura, formação e experiência, tendo como foco a Educação a Distância. Foram selecionados, para tal, os estudos de Merleau-Ponty (1999), Le Breton (2007), Silva (2020), Geertz (2008), Silva (2000), Freire (2004), Moura (2017), Larrosa (2011), Santos (2019), Almeida (2003), Peters (2003), Polak (2006), Mill (2010), principalmente. Mesmo sendo a pandemia um momento de refletir sobre a EaD, a utilização da cultura digital na educação e o próprio processo de formação em rede, é fato que a COVID-19 mexe com todos/as nós. Esses corpos docentes que pensam o acolhimento aos/às estudantes também sofrem com sua vida cotidiana e com a alteração repentina em sua atuação profissional. A relação do nosso corpo com o mundo foi alterada com a covid-19, como Le Breton (2007, p. 35), afirma: “[...] a sociologia do corpo é aquela das modalidades físicas da relação do ator com o mundo”. Polak (2006, p. 5) anuncia a EaD “[...] como mais uma oportunidade para o atendimento da demanda crescente por educação”. discorrer sobre impactos sofridos por ocasião da pandemia permitiu analisar a dimensão do sensível na Educação a Distância, em tempos de crise mundial e de um redimensionamento do desenho instituído na EaD. Foi possível um diálogo sobre o corpo que sofre e como essa experiência se constitui na relação da formação. Silva (2020, p. 49), nos ajuda nessa ideia quando diz que “[...] o corpo aprende, e é cada sociedade específica, em diferentes momentos históricos e com sua experiência acumulada, que o ensina”. Ou seja, o “[...] corpo é implicitamente um fato de cultura” (LE BRETON, 2007, p. 16).Do ponto de vista metodológico, o estudo de caso múltiplo atendeu com rigor os objetivos da pesquisa, e a análise do discurso proporcionou a identificação das marcas de sentidos dos sujeitos históricos entrevistados.Palavras-chave: Corpos; culturas; Educação a Distância; Educação Superior; pandemia; COVID-19.