Resumen de la Ponencia:
Lo que hago en esta ponencia es guiarme por el campo popular como problema y proyecto de investigación, para problematizar cómo actualmente la crítica a la explotación, y el cuestionamiento a la producción social de la alineación, como pensamiento político contrahegemónico está siendo abandonada como problema teórico en los espacios de la enseñanza aprendizaje. Cuestión que repercute en las instituciones y agrupaciones de la sociedad civil popular pues es una situación que obedece a los golpes sistémicos contra el pensamiento estratégico contrahegemónico, al cual quieren destruir por ser este el centro intelectual donde se decide cómo pensar el oponerse contra el proceso sistémico estructural. Considerando que para pensar el campo popular como conjunto de relaciones sociales centrales de la sociedad civil en el marco de un proyecto de investigación que se sustente en la teoría de la explotación y la teoría de la alienación, es necesario romper con las determinaciones cognitivas e intelectuales impuestas por la totalidad sistémica, responsable de la producción global de fuertes problemas sociales -como la miseria, la violencia endémica, la alienación, etc.-, en la presente ponencia expondré un conjunto de dimensiones necesarias para pensar la actualidad y los retos de la relación entre ciencia política latinoamericana y los procesos sociopolíticos populares. Entre las dimensiones de máxima importancia que orientan los proyectos de investigación emanados de pensar la ciencia política latinoamericana y los enfoques sobre problemas sociopolíticos populares están cinco de importancia trascendental. La primera dimension es la continuación de los estudios sobre los problemas históricos estructurales que orientan la línea del análisis de la explotación y de la producción de valor global, en las condiciones de un mundo social regido por una economía de mercado trasnacional que penetra la más mínima actividad social de la división del trabajo internacional. La segunda dimensión implica enfocarse en el estudio de las repercusiones directas de la explotación y de la producción de valor global en nuestras sociedades, que son los procesos de máxima responsabilidad de la producción de la alineación, pues entre sus instrumentos más eficaces hacen uso del narcotráfico y de la ignorancia como bandera radicalizada de la defensa de las estructuras de poder sistémico. La tercera dimensión que es necesario seguir pensando, es la composición orgánica de las clases sociales de las sociedades latinoamericanas, esto porque uno de los puntos más fuertes de la mentalidad postmoderna y hegemónica es la capacidad para eliminar el horizonte de las determinaciones económicas sociales de la producción del conocimiento, lo que repercute en la formación de educandos desorientados dentro de la estructura de la realidad, que piensan dentro de un razonamiento lógico desde una cognitualidad donde no hay contradicciones sociales, o procesos históricos compuestos por el antagonismo entre hegemonía y contrahegemonía.Resumen de la Ponencia:
O estudo sobre a realidade brasileira e as particularidades regionais tem sido cada vez mais emergente e necessário para o nosso tempo histórico. Considerada a trajetória desta imensa nação interrompida para “os de baixo”, profundamente desigual e que hoje se apresenta com traços agravantes no contexto da primeira grande pandemia no capitalismo contemporâneo, muitos analistas têm recorrido ao legado que nos foi deixado por referências do pensamento social brasileiro. Referimo-nos ao legado e às importantes obras científicas e/ou literárias de pensadores situados no bojo dos acontecimentos do século XX que se destacaram nos estudos sobre a formação social brasileira e latino-americana a partir de temas mais centrais, como herança escravocrata e colonial, questão agrária, questão étnico-racial, capitalismo dependente. Temos, portanto, como objetivo apresentar uma síntese das principais análises desenvolvidas no âmbito da pesquisa, cujo o título é o mesmo do presente resumo, como parte das iniciativas desenvolvidas no âmbito do Serviço Social brasileiro de identificar os traços centrais sobre a emergência e o desenvolvimento do capitalismo dependente e seus desdobramentos para a questão social, marcada profundamente por desigualdades regionais, ontem e hoje. Ressaltamos que o desenvolvimento da pesquisa demandou a delimitação bibliográfica a partir da perspectiva histórico-crítica centrada em dois eixos principais: Formação social brasileira e questão regional; Capitalismo dependente, questão social e sua dimensão regional. Entendemos que alguns autores, a exemplo de Florestan Fernandes, Octávio Ianni, Clovis Moura, Heleieth Saffioti e Francisco de Oliveira, são fundamentais para a pesquisa, atentando para suas contribuições, em gerações distintas, nos eixos acima dispostos. Já para a análise documental, priorizamos como material de referência os debates desenvolvidos nos últimos anos pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, divulgados pelos canais e redes sociais oficiais da referida associação, a partir dos quais nos orientamos no processo de sistematização, atentando para a concepção de questão social, formação social e sua relação com o Serviço Social. Como resultados parciais, além do aprimoramento dos estudos sobre os fundamentos da questão social, a pesquisa nos permitiu melhor compreensão sobre a concepção que predomina no Serviço Social brasileiro em torno dos aspectos que particularizam a questão social na região. Isto considerando a relação estrutural entre capital e trabalho; o processo histórico de lutas de classes; e o reconhecimento e legitimidade dessa questão sob mediação do Estado. Dentre esses aspectos, destacam-se traços considerados centrais na formação social brasileira e regional que particularizam, no passado e no presente, o desenvolvimento do capitalismo e, consequentemente, a questão social, tais como a condição de dependência, o racismo estrutural e a generificação patriarcal.Resumen de la Ponencia:
A institucionalização da Sociologia Rural no começo do século XX atrelada ao meio acadêmico norte-americano, alinhou a disciplina inicialmente à tendência da modernização agrícola emergente no mundo ocidental. A preocupação dos primeiros pesquisadores com a disseminação dos novos métodos e tecnologias produtivas os fez nutrir um entusiasmo com a premissa de que através da modernização agrícola seriam superados os “atrasos” do mundo rural naquele período. Vislumbrava-se uma perspectiva homogênea na compressão das populações rurais, seus problemas e sua transformação mediante a incorporação de uma agricultura moderna e capitalista. Essa perspectiva negligenciou as especificidades das diversas populações rurais existentes nos continentes asiático, africano e latino-americano, que destoavam do ideal do camponês que se desenvolveu no continente europeu (e daquele que, em alguma medida, observou-se da porção norte do continente americano). Entre as décadas de 1960 e 1970 diversos sociólogos e pesquisadores latino-americanos passaram a desenvolver um pensamento sociológico rural particular partindo de reflexões sobre as condições socioculturais e políticas específicas do continente. Na transição entre os séculos XX/XXI, observamos nos estudos sobre as populações rurais e povos tradicionais latino-americanos a adesão de intelectuais a um repertório de conhecimentos e experiências desses povos para traçar novas perspectivas de compreensão sobre as problemáticas ambientais, produtivas e econômicas vivenciadas no continente. Este estudo objetiva lançar reflexões, a partir de uma revisão de literatura, sobre as diferentes perspectivas através das quais a Sociologia Rural se propôs a analisar as transformações na produção agrícola e no chamado “mundo rural”, sobretudo no contexto latino-americano. Propõe, em especial, delinear um olhar ao Sul sobre essas problemáticas para além das premissas analíticas eurocêntricas e norte-americanistas, buscando apoio nas reflexões de autoras e autores latino-americanos.
Introducción:
A geração pioneira no desenvolvimento da Sociologia (a partir da segunda metade do século XIX), além dos esforços na delimitação das próprias especificidades teórico-metodológicas da disciplina enquanto uma ciência em afirmação empenhou-se em investigar os desdobramentos da consolidação do capitalismo em sua feição industrial. Nas primeiras décadas do século XX, com a Sociologia já consolidada enquanto disciplina científica, observamos a ampliação de seus objetos e campos de investigação. Nesse processo, emergem interesses em investigar as implicações dos processos de modernização e industrialização em diversos âmbitos e formações sociais. Nos Estados Unidos, um contingente de sociólogos se empenhou em analisar as consequências dos processos apontados anteriormente para as populações rurais e suas dinâmicas sociais e produtivas, delineando assim o campo de estudos para uma Sociologia Rural. As reflexões propostas neste estudo não tratam estritamente de um resgate historiográfico e cronológico das diferentes vertentes da Sociologia Rural e suas ramificações. Esse empreendimento pode ser encontrado na obra de autores como Sevilla-Guzmán (2006) e Queiroz (1969), com os quais, estabelecemos diálogo neste trabalho. O percurso analítico aqui proposto leva-nos a refletir sobre os processos de estruturação da Sociologia Rural, suas principais abordagens de estudo e transformações analíticas, auxiliando-nos a compreender as interpretações produzidas pela disciplina frente ao processo de modernização agrícola, principalmente nos contextos locais onde ele se instala. Chamamos a atenção para seus desdobramentos nos países que foram dominados pelo empreendimento colonial, em particular, no contexto latino americano. Problematizamos seus efeitos e dialogamos com as perspectivas analíticas produzidas por autoras e autores desses países como via de lançar um olhar diferenciado sobre as problemáticas emergentes desses processos.
Para esse intento, este estudo parte de uma pesquisa bibliográfica que pretende identificar como o fenômeno da modernização agrícola foi analisado por diferentes correntes da Sociologia Rural. Pretendemos, assim, identificar quais foram os temas em destaque nos estudos, marcos teórico-metodológicos em desenvolvimento, e as transformações nas perspectivas analíticas sobre o meio rural, suas populações, seus aspectos socioculturais, bem como sobre as conflitualidades vivenciadas a partir das transformações produtivas.
Buscamos compreender o desenvolvimento da Sociologia Rural a partir de uma perspectiva ao Sul global, e para além do colonialismo intelectual eurocêntrico e norte-americanista deste fazer científico, culminando para a emergência de novas abordagens analíticas e aportes teórico-metodológicos de investigação. Nesse contexto, são propostas também reflexões sobre as estratégias e possibilidades de articulações entre o arcabouço teórico-metodológico da Sociologia Rural e a abordagem integradora da Agroecologia, através da dinâmica do diálogo de saberes (LEFF, 2002; 2012). Essa abordagem nos conduz por um caminho que potencializa o processo de afirmação de conhecimentos que foram relegados a uma posição marginal no que diz respeito ao manejo dos sistemas produtivos da agricultura moderna, tais como os conhecimentos dos povos do campo, indígenas, comunidades quilombolas, e das demais populações que estabeleceram relações íntimas com a natureza e a produção de subsistência como aspectos emblemáticos de suas dinâmicas vitais.
Desarrollo:
A Sociologia Rural frente ao processo de modernização agrícola
Ao longo da primeira metade do século XX, é possível observarmos transformações significativas nas dinâmicas agrícolas com o desenvolvimento de pesquisas científicas com sementes modificadas em laboratório e agroquímicos objetivando combater pragas, acelerar o crescimento das plantas e fertilizar os solos (Carneiro et al. 2015). Além desses aspectos bioquímicos, houveram significativos desenvolvimentos tecnológicos nos maquinários agrícolas que modificaram drasticamente os manejos produtivos. Esses movimentos de modernização na agricultura culminaram naquilo que se convencionou chamar a partir de meados daquele século de Revolução Verde. Acerca disso, Pereira (2012) nos mostra que: “(...) a Revolução Verde foi concebida como um pacote tecnológico – insumos químicos, sementes de laboratório, irrigação, mecanização, grandes extensões de terra – conjugado ao difusionismo tecnológico, bem como a uma base ideológica de valorização do progresso” (Pereira, 2012, p. 687).
Os entusiastas da modernização indicavam que através do desenvolvimento tecnológico e da produção agrícola em larga escala seria resolvido o problema da fome no mundo, debate em pauta no período pós-Segunda Guerra Mundial. Para esse processo foram ampliadas as fronteiras da produção, mobilizando pesquisas científicas, territórios, recursos naturais, força de trabalho e capital em uma escala transnacional.
Essas transformações nos processos produtivos deixaram um rastro danoso com impactos ambientais para os ecossistemas onde são desenvolvidas, além de consequências sociais, políticas, econômicas, culturais e sanitárias para as populações envolvidas nessa conjuntura. No campo ambiental, algumas das principais consequências dessas mudanças são elencadas por Altieri (2012), Caporal et al. (2011) e Carneiro et al. (2015): perda das variedades nativas, contaminação do solo e das bacias hidrográficas devido ao uso intensivo de agroquímicos, o desmatamento de áreas de matas nativas para o estabelecimento dos monocultivos, entre outras. Nos contextos, sociocultural, político, econômico e sanitário, destacam-se problemáticas como: contaminação dos trabalhadores rurais pelo manuseio contínuo e inadequado dos agrotóxicos, dependência dos referidos pacotes tecnológicos para a produção, perda do controle sobre as áreas férteis e produtivas, dificuldade de garantir a soberania e a segurança alimentar, além de intensos processos de migração do campo para as cidades devido à pauperização das condições de vida nos contextos rurais e substituição da força de trabalho humano pela mecanização da lavoura.
Os estudos de José de Souza Martins (2012), Maria Isaura Pereira de Queiroz (1969) e Eduardo Sevilla-Guzmán (2006), nos mostram que a Sociologia, desde o seu período clássico até o estabelecimento da primeira geração de pesquisadores da Sociologia Rural, havia estudado sobre os inúmeros processos de transformação no mundo rural com o advento da industrialização capitalista. No entanto, o meio rural, nesse processo analítico clássico, foi tratado como emblema do atraso a ser transformado pela modernização. Diante disso, para compreender as mudanças pelas quais o mundo rural passou enquanto campo de estudos da Sociologia é preciso uma reflexão sobre as próprias bases através das quais esse conhecimento científico foi construído.
Martins (2012) aponta que o papel assumido pela disciplina, em seus primeiros estudos, supunha as populações rurais como retardatárias ao desenvolvimento da economia, da história e, por conseguinte, do próprio capital. A Sociologia Rural lançou um olhar muito mais sobre a ocupação agrícola e a produtividade, do que sobre o rural como universo cultural, com suas dinâmicas de sociabilidade e de trabalho particulares. Nesse processo, ela deixou de contemplar os modos de ser e de viver no campo, bem como seus aspectos socioculturais e históricos específicos. Assumindo o discurso da modernização como estandarte, a Sociologia Rural não se mostrou, em um primeiro momento, tão atenta à compreensão dos aspectos destrutivos que caminhavam juntos com essas transformações no campo. Havia uma íntima relação entre as concepções analíticas da Sociologia Rural, emergente no começo do século XX, e o projeto de modernização do campo pautado na agricultura industrial, modelo hegemônico a ser difundido ao redor do mundo.
A abordagem da Sociologia da Vida Rural apresentou-se de forma pioneira nos principais centros de estudo e no pensamento sociológico agrário norte-americano no início do século XX[1]. Um dos fundamentos apontados por Queiroz (1969) sobre essa corrente é a identificação da necessidade de superar o "atraso" no mundo rural a partir do processo de modernização agrícola. Nesse contexto, vemos a perpetuação de um binômio antagônico que reafirma a associação entre rural e atraso, colocando-o em oposição ao urbano (e industrial), emblema do moderno. Enxerga-se, a partir dessa perspectiva, uma irreversibilidade das transformações pelas quais o meio rural passaria através de processos de mecanização da lavoura, além de novas e especializadas técnicas de trabalho, proporcionando assim uma homogeneização cada vez maior entre esses dois mundos (o rural e o urbano).
A primeira geração da Sociologia Rural norte-americana não desenvolveu reflexões em profundidade que levassem à compreensão das dinâmicas culturais que diferenciavam as diversas populações rurais dispersas ao redor do mundo, seus saberes, fazeres, aspirações e demais peculiaridades de seu manejo produtivo e organização geral da vida. Essas diferenças e particularidades na constituição dos diversos povos do campo figuravam como variáveis pouco importantes no bojo analítico dos primeiros sociólogos rurais norte-americanos.
Sevilla Guzmán (2006) reforça que os esquemas teóricos elaborados por essa corrente ignoraram justamente as problemáticas emergentes no meio rural em decorrência do processo de modernização. Dentre elas, podemos apontar o processo de desaparecimento das populações tradicionais que tiveram, historicamente, na atividade agrícola de subsistência ou na pequena atividade extrativista, suas atividades produtivas vitais. Observou-se a intensificação dos processos de privatização, mercantilização e cientifização da natureza, demandando transformações ambientais sem precedentes em diversos ecossistemas. Existiam ainda problemas relacionados à própria conjuntura histórica dos processos de exploração socioeconômica aos quais foram submetidos os camponeses europeus colonizadores do território norte-americano pelo próprio avanço modernizante no campo, que divergem, por exemplo, dos processos de ocupação, produção e particularidades socioculturais do meio rural na porção latino-americana do continente.
Diferente daquilo que observamos na tradição inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, a tradição francesa da Sociologia Rural, como podemos perceber através dos escritos de Mendras (1969), revela forte ímpeto em se debruçar sobre os aspectos teórico-metodológicos que deveriam nortear o curso das pesquisas desenvolvidas sobre as chamadas sociedades rurais. De início, ele parte de uma constatação basilar na qual aponta que o “meio rural” é um campo de investigação para várias Ciências Sociais e seu estudo não se constitui simplesmente a partir de uma disciplina autônoma e isolada. A Geografia, a História, a Economia Rural, a Etnologia, antes mesmo da Sociologia, já teciam estudos sobre diversos aspectos físicos, políticos, econômicos, entre tantos outros, que compõem as sociedades rurais. Ele reconhece a necessidade de uma análise interdisciplinar para compreender os diversos aspectos que constituem os modos de ser, viver e produzir no meio rural. O sociólogo rural deve estudar ele mesmo os aspectos da sociedade que dependem de sua especialidade e também integrar à sua pesquisa os elementos fornecidos por trabalhos desenvolvidos por pesquisadores de outras disciplinas.
Outro fundamento proposto por Mendras (1969) é que o sociólogo deve adaptar os métodos de pesquisa à estrutura da sociedade que ele se propõe a estudar. Temos aí a busca por um particularismo investigativo que escapou às abordagens iniciais desenvolvidas pela Sociologia Rural norte-americana. Segundo o autor, processos de mudança produtiva e social, desencadeados pelo advento da modernização ocorrem a partir de uma movediça zona marginal que se desloca continuamente. Não é um processo uníssono ou uniforme em todo o lugar. Assim, os limites da investigação não poderiam ser definidos a partir de um a priori, e sim a partir de um contexto in situ, particular para cada local onde se processa a pesquisa.
A vertente francesa descarta do bojo de suas análises tentativas de universalização nas classificações, buscando compreender as dinâmicas específicas que norteiam a existência de sociedades rurais particulares. Observando o caso específico do continente americano, vamos constatar que nele se instalou outro tipo de agente e de produção rural com o advento da colonização, voltada para a comercialização nas metrópoles, cujo aspecto norteador da produção era seu caráter econômico. Ademais, existiam no continente outros povos com modelos específicos de pequena produção agrícola ou extrativismo, orientados por relações particulares com a natureza, e, por conseguinte, com a própria produção, para os quais o aspecto econômico não seria central. Seguindo o fio analítico proposto por Mendras (1969), essas sociedades precisariam de um tipo específico de investigação, e não da simples submissão a um modelo universalizante para o seu enquadramento em uma “sociedade camponesa” geral.
A Sociologia Rural através de um olhar ao Sul
É possível perceber que, no contexto latino-americano, o período entre as décadas de 1950/60 marcou a emergência de várias correntes de pensamento sociológico crítico em diversos países do continente. Surgiram pensadores como Florestan Fernandes (Brasil), Pablo Gonzáles Casanova (México), René Zavaleta (Bolívia), Orlando Fals Borda (Colômbia), só para citar alguns, que delinearam as especificidades de um pensamento social latino-americano para além das premissas hegemônicas herdadas da Sociologia europeia. No tocante à produção latino-americana da Sociologia Rural não foi diferente. Podemos identificar essa manifestação através da publicação de dois dos textos pioneiros nos estudos sociológicos rurais no continente pelo colombiano Orlando Fals Borda: Campesinos de los Andes – estúdios sociológicos de saucío (1955)[2]; e El hombre e la tierra em Boyaca: bases sociológicas e históricas para uma reforma agrária (1957)[3]. Nesses textos, o autor procura refletir sobre as especificidades da população rural colombiana, suas dimensões simbólicas, socioculturais e históricas, além de problematizar a introdução da agricultura moderna nos contextos locais, partindo de um rigoroso exercício de compreensão sociológica.
Fals Borda (2015) aponta que, ao refletir sobre o caso de Boyacá, na Colômbia, observamos o exemplo típico de uma sociedade agrária em um momento crucial: o seu caminhar rumo ao chamado progresso e ao mundo tecnológico apressadamente. Esse processo proporcionaria mudanças sociais nunca antes experimentadas nos últimos 400 anos, promovendo a paulatina substituição daquilo que ele designa de vontade natural do grupo (wesenwille), por uma vontade racional (Kürwille). Em meio à percepção sobre os conflitos que se pronunciaram entre a força das tradições e o processo de modernização, o autor percebe instalar-se um inevitável processo de mudanças. Caberia, pois, estudar formas de compreender esse fenômeno e canalizá-lo de forma construtiva para as populações envolvidas e os diversos aspectos de suas dinâmicas vitais. Para esse intento, um dos emblemas da análise sociológica proposta pelo autor dizia respeito a observar os diferentes fatores que podem retardar ou acelerar esses processos de mudança a partir dos contextos locais.
Em um artigo intitulado Sete teses equivocadas sobre a América Latina, Rodolfo Stavenhagen (2014) aponta aspectos que nos ajudam a refletir sobre como a narrativa do desenvolvimento atrelada à perspectiva da homogeneização eurocêntrica da história deturpou e alijou as particularidades históricas e culturais dos povos com quem estabeleceram relações coloniais. Destacamos duas teses em particular para esta análise. Na segunda tese equivocada apresentada, o autor reflete sobre a premissa de que “O progresso na América Latina só se realizaria mediante a difusão de produtos do industrialismo nas zonas atrasadas, arcaicas e tradicionais” (Stavenhagen, 2014, p. 162). Ele constata que as novas formas de dominação que emergem a partir da virada do século XIX para o século XX, alinham-se aos interesses do capital industrial em expansão. O efeito da modernidade aqui aparece sob o discurso das benesses da industrialização e da urbanização dos territórios aliada a ela. Não é à toa que o estímulo às mudanças ocorre dos centros urbanos em direção às áreas rurais, naquele momento, vistas como emblema do arcaico e do atraso. Essa perspectiva é o que fundamenta os entusiastas da modernização agrícola através da difusão das chamadas novas técnicas e tecnologias produtivas como solução para o “atraso” das populações rurais. Ao apontar o difusionismo como porta de entrada na modernidade e no progresso através de técnicas, produtos e valores, essa abordagem esquece de compreender as contradições que esses processos fomentam nos contextos locais.
Uma das contradições que Stavenhagen (2014) indica em suas reflexões é que a difusão dos produtos e técnicas modernos, como emblema do desenvolvimento, não implica necessariamente um incremento em termos de bem-estar social dessas regiões. Ao contrário, esses processos provocam a destruição das bases produtivas locais, e modificam as relações desses grupos sociais com a terra e a natureza ao atravessá-las com as técnicas modernas. Nesse sentido, ao invés de produzir o progresso, o que se observa é um acirramento de um atraso social e pauperização concreta dessas regiões. Em países como os da América Latina, a produção do capital provoca uma descapitalização local, à medida que os insumos, a renda e o lucro gerados circulam em pequena proporção entre os contextos locais, e fluem majoritariamente para os mercados internacionais. O produtor deixa de produzir uma diversidade de insumos para sua subsistência e para a circulação local, passando a produzir para os mercados externos, para o abastecimento e a acumulação de capital de outros. Como exemplo dessa manifestação, podemos citar os empreendimentos vinculados ao agronegócio, grande estandarte da agricultura moderna, a partir do século XX, em terras latino-americanas. Grande parte das empresas nesses moldes são de capital estrangeiro e produzem em terras latino-americanas commodities, alimentos (em menor proporção) e capital para circulação nos mercados internacionais. Deixam nos contextos locais um rastro de mão de obra precarizada, trabalhadores adoecidos e territórios degradados, com reservas naturais comprometidas, tal como já enunciado anteriormente nesse trabalho.
O referido autor considera que o fluxo de capital, matérias primas, produtos alimentícios e mão de obra, todos oriundos das zonas atrasadas (e geralmente rurais), propicia o rápido desenvolvimento dos polos de crescimento (geralmente áreas urbanas e industriais), mediante a estagnação e o subdesenvolvimento das zonas provedoras desses recursos. Um tipo de relação semelhante ao que se estabeleceu com o advento da colonização, entre as colônias e as metrópoles, e que contemporaneamente se manifesta entre os países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que fornecem os mais diversos produtos do setor primário (principalmente commodities agrícolas, minerais e energéticas), e favorecem o desenvolvimento contínuo dos países já desenvolvidos e seus polos industriais e tecnológicos.
A terceira tese equivocada problematizada pelo autor é aquela que indica que “A existência de zonas rurais atrasadas, tradicionais e arcaicas é um obstáculo para a formação do mercado interno e para o desenvolvimento do capitalismo nacional e progressista” (Stavenhagen, 2014, p. 163). Segundo ele, salvo raras exceções, não se constituiu na América Latina um capitalismo nacional e progressista, cuja efetivação necessitaria de uma série de ações e políticas orientadas para o desenvolvimento interno independente do país e, por conseguinte, de sua população. Destacamos aí uma chave analítica na relação entre o fluxo e a circulação interna da produção agrícola e o desenvolvimento de mercado interno. Essa articulação subsidiaria, tanto o consumo da população, como o fornecimento de gêneros primários para o desenvolvimento da industrialização nacional, ao invés de reforçar a estabelecida agricultura nos moldes da exportação e fornecimento de commodities para os mercados e indústrias internacionais. O autor aponta que o fortalecimento do mercado interno é um aspecto fundamental para propiciar uma maior equidade na distribuição de renda. Ao contrário disso, o que se observa é um acirramento nas desigualdades sociais e na concentração de renda, principalmente naqueles polos urbanos e “desenvolvidos” dos países latino-americanos. Os capitalistas dessas regiões reinvestem seu dinheiro em bancos internacionais e o fazem circular em investimentos a milhares de quilômetros de distância das fontes originárias de seus rendimentos.
A pretensa ideia do desenvolvimento e do progresso necessários, atrelados à modernidade, encobriu historicamente toda a sorte de opressões às quais foram submetidas as populações dos continentes africano e americano, por exemplo. Silvia Cusicanqui (2010) compreende que uma perspectiva antagônica ao colonialismo será realizada como história a partir da percepção da necessidade de derrotar aqueles que se esforçam em conservar o passado com todos os privilégios a ele associados. Uma premissa de ruptura com o passado cristalizado rumo à construção de novas narrativas que se distanciem daquela que aponta o sucesso do colonizador, da modernidade e do seu processo civilizatório sobre as populações subjugadas. Ainda sobre as possibilidades de ruptura com essa narrativa construída sobre o projeto desenvolvimentista colonizador, Enquique Dussel (2005) indica que um movimento importante a ser estabelecido é o reconhecimento da dignidade do outro, da sua cultura, do modo de viver, de sexo e gênero, como algo que foi negado pela experiência da modernidade ocidental. Assim, segundo o autor, a razão moderna poderia ser transcendida, não como negação da razão enquanto tal, mas como contraposição dessa perspectiva da razão eurocêntrica, cujo projeto desenvolvimentista esteve amparado na violência e usurpação dos outros povos, de suas culturas e de seus territórios (Dussel, 2005, p. 31).
No que concerne às possibilidades analíticas da Sociologia Rural que emergem tomando como ponto de partida as reflexões até aqui apresentadas, podemos nos amparar naquilo que Martins (2012) nos chama a atenção, para o fato de que é preciso que a Sociologia Rural dialogue com a História, a Geografia, a Literatura e, assinalamos mais, com os conhecimentos das populações que foram tratadas historicamente como "objetos investigação". Segundo Sevilla Guzmám (2002), não se trata somente de conhecer ou explicar, mas, sobretudo, de intervir e articular-se com o universo investigado para incidir criticamente no curso de suas transformações. Para tanto, é exigida uma postura diferente daquela comum aos primeiros sociólogos rurais, que se posicionaram na condição de pesquisador-sujeito-que-sabe em uma relação de antagonismo com pesquisado-objeto-que-ignora.
Para que haja essa ruptura, precisamos reconhecer que as populações rurais são muito mais do que simples instrumentos da produção agrícola. São autoras e consumadoras de modos de vida cujas experiências se apresentam como um forte referencial para compreensão das próprias contradições que existem dentro e fora do mundo rural. Em consonância a essa compreensão, Enrique Leff (2019) destaca que:
A lógica da unidade econômica rural e o estilo étnico próprio de uma cultura remetem a racionalidades sociais constituídas como sistemas complexos de ideologias-valores-práticas-comportamentos-ações, que são irredutíveis a uma lógica unificadora. (LEFF, 2019, p. 134)
É preciso colocar como variáveis desses processos analíticos a compreensão do ser e o viver no campo, as relações particulares com a terra/natureza, os tipos de espiritualidade, relações de solidariedade, dinâmicas alimentares, entre muitos outros elementos que constituem os diversos universos rurais.
No âmbito científico, as primeiras tentativas de pensar um modelo alternativo àquele proposto pelo paradigma da modernização agrícola surgiram ainda nas primeiras décadas do século XX. Gliessman, (2000) destaca que na década de 1930 começou-se a utilizar o termo Agroecologia para designar experiências de Agronomia a partir de uma perspectiva ecológica, com tentativas de desenvolvimento das chamadas "agriculturas alternativas"[4]. Ao longo das décadas seguintes, com a organização dos movimentos ambientalistas, as contribuições advindas da Geografia Agrária, da Sociologia e da Antropologia[5], e apoio de alguns setores da Agronomia, impulsionaram-se críticas às transformações produtivas e aos impactos socioambientais provenientes da Revolução Verde ao longo segunda metade do século XX. Essas múltiplas contribuições ampliaram o conceito de Agroecologia, indicando que ela se transformou em:
(...) uma constelação de conhecimentos, técnicas, saberes e práticas dispersas que respondem às condições ecológicas, econômicas, técnicas e culturais de cada geografia e de cada população. Estes saberes e estas práticas não se unificam em torno de uma ciência: as condições históricas de sua produção estão articuladas em diferentes níveis de produção teórica e de ação política, que abrem o caminho para a aplicação de seus métodos e para a implementação de suas propostas. (...) um campo de saberes práticos para uma agricultura mais sustentável, orientada ao bem comum e ao equilíbrio ecológico do planeta, e como uma ferramenta para a autosubsistência e a segurança alimentar das comunidades rurais. (Leff, 2002.p. 37)
Um dos aspectos centrais para a confluência dessas abordagens reside na possibilidade de existência de uma matriz comunitária, que insere o agricultor a partir de uma práxis intelectual e política, sua identidade local e rede de relações sociais, no delineamento não apenas dos processos produtivos, como também sobre as próprias relações do produtor com a natureza de forma mais abrangente. Essa matriz pressupõe propostas coletivas que transformam as formas de produção dependentes herdadas da Revolução Verde e seu modelo hegemônico (Sevilla-Guzmán, 2008).
Nesse sentido, podemos observar o fortalecimento de uma vertente no início do século XXI que, para além das construções científicas sobre a Agroecologia produzidas no século XX, parte, sobretudo, das experiências dos movimentos sociais do campo, suas estratégias produtivas e relações particulares com a natureza. Torres e Rosset (2012) destacam que nos últimos 20 anos a confluência de movimentos e organizações sociais rurais ao redor do mundo, cujas lutas desencadearam a estruturação de uma articulação global através de La Via Campesina, têm agregado e articulado aproximadamente 200 milhões de famílias ao redor do planeta, se consolidado como o maior movimento social atuante no globo. Uma das principais propostas encabeçadas pelo movimento é a de integrar, intercambiar e promover o encontro entre saberes e experiências sustentáveis de manejo da terra entre diversas culturas e populações envolvidas.
Essa Agroecologia que parte dessa articulação entre os movimentos sociais do campo e a ciência apresenta possibilidade de um exercício não apenas produtivo, mas também de conhecimento, que se nutre e produz uma série de saberes cujos pontos de partida estão vinculados às identidades pessoais, grupais e culturais que, diferente da razão instrumental da ciência moderna, buscam no encontro com o(s) outro(s), no mundo das experiências vivas, a sua razão de ser. Segundo Leff (2012), o saber que emerge a partir de uma perspectiva agroecológica, busca uma reapropriação do mundo a partir do ser, e no ser. Enquanto a ciência moderna fragmentou a produção do conhecimento em esferas nem sempre articuláveis, a Agroecologia reintegra os saberes. Esse empreendimento só é possível, pois traz consigo a força das lutas sociais pelo estabelecimento de relações particulares com a natureza, e a gestão dos modos de vida que se tecem a partir dessa relação. Essa articulação surge através de um dialogo de saberes. Segundo o autor:
A Agroecologia convoca a um diálogo de saberes e intercâmbio de experiências; a uma hibridação de ciências e técnicas, para potencializar as capacidades dos agricultores; a uma interdisciplinaridade, para articular os conhecimentos ecológicos e antropológicos, econômicos e tecnológicos, que confluem na dinâmica dos agroecossistemas. Estas ciências se amalgamam no caldeirão no qual se fundem saberes muito distintos para a construção de um novo paradigma produtivo. (LEFF, 2002. p. 42)
Ao observarmos, por exemplo, as experiências que surgem a partir do dialogo de saberes promovidos na ação de movimentos sociais, como nos mostram Torres e Rosset (2012), é possível perceber que essas articulações estão voltadas para o fomento de uma autonomia produtiva dos camponeses, não deixando de considerar as relações éticas entre os agentes envolvidos, e a sustentabilidade das relações que desenvolvem com a natureza. Os caminhos que se abrem para o novo paradigma de produção do conhecimento a partir da Agroecologia e do diálogo de saberes lançam um desafio para a própria ciência moderna.
Para a Sociologia Rural, há, nesse processo de articulação, a possibilidade de transformação nas suas próprias abordagens de estudo, ao estabelecer um diálogo com a matriz de conhecimentos da Agroecologia e os conhecimentos e as experiências produzidos pelas comunidades locais. Para a Agroecologia, o dialogo com a Sociologia Rural possibilita um aprofundamento na compreensão dos conflitos que atravessaram, ao longo dos anos, o meio rural, aspectos que incidiram sobre esses processos, seus desdobramentos e saídas analíticas para engendrar modelos produtivos sustentáveis. Para as populações rurais, esse diálogo proporciona a reemergência, a valorização e o fortalecimento de seus conhecimentos e estilos de vida como portadores de legitimidade para pensar as dimensões produtivas, socioculturais e econômicas dos contextos nos quais estão inseridas.
[1]O trabalho considerado como fundador da Sociologia Rural nos Estados Unidos é Constructive Rural Sociology (1913), de John M. Gillete. Além de ter sido o primeiro a utilizar o termo Rural Sociology, é o estudo que permite, juntamente com Rural Life (1918), de Charles J. Galpin, o estabelecimento do primeiro marco teórico da disciplina naquele país (Sevilla Guzmán, 2006).
[2]Sua dissertação de mestrado na universidade de Minesota, EUA. E que em 1961 ganharia a publicação no formato de livro.
[3]Fruto de sua tese de doutorado na Universidade da Flórida, EUA
[4]Modelos não dependentes dos pacotes tecnológicos e químicos. Uma agricultura ecológica que propunha a utilização de insumos naturais, uso racional dos recursos naturais, respeito às biodiversidades locais na hora de selecionar as áreas cultivadas, entre outros aspectos que confeririam um caráter bem menos danoso do que àquele proposto pela moderna agricultura de produção em larga escala.
[5]No estudo de sistemas tradicionais de produção – indígenas e camponeses – de países da periferia do capitalismo.
Conclusiones:
O percurso analítico aqui desenvolvido nos trouxe reflexões sobre as bases da produção do conhecimento sobre o rural, suas populações e dinâmicas produtivas. Pensar a partir de uma perspectiva alicerçada em aportes teórico-metodológicos que vão de encontro à dominação referencial norte-americanista e eurocêntrica apresenta-nos também possibilidades políticas de ruptura com a dominação intelectual na construção das narrativas científico-acadêmicas latino-americanas. Estas se apresentaram por muito tempo como expressão de uma dominação intelectual/histórica. Deslocar o lugar de onde partem as análises também é um componente fundamental para descolonizar as interpretações. Com isso, temos possibilidades concretas de que novas narrativas sejam produzidas sobre eventos historicamente cristalizados em nossas mentalidades, modos de enxergar e viver o próprio contexto sociopolítico no qual estamos inseridos.
Por fim, a proposição de uma Sociologia Rural que se articula a partir de uma abordagem agroecológica, tal como enunciado nos debates aqui propostos, nos conduz a um caminho onde a ciência não se apresenta como matriz dirigente na produção/legitimação dos conhecimentos sobre a alteridade, e abre espaço para um dialogo de saberes que se nutre e fomenta a visibilidade e ação dos múltiplos agentes que atuam nos diversos arranjos produtivos rurais.
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Palabras clave:
Sociologia Rural; Modernização Agrícola; Dialogo de Saberes
Resumen de la Ponencia:
Ao longo do tempo a literatura na América latina, inicialmente, com a colonização, revela conflitos de imaginários entre os povos, espaço e tempo. Nesse sentido, este trabalho pretende pensar o protagonista don Diego de Zama, da novela Zama de Antonio Di Benedetto (1956), como se constrói nessa perspectiva de ficção de anti-fundação da América Latina. Para tanto, Sommer (2004) será interessante para a discussão sob a perspectiva das novelas de ficção fundacionais da América Latina e as condições delineadas como um padrão de ser, fazer e pensar o mundo que tais novelas repetem ao contribuir para construção do pensamento latino-americano homogêneo. Ao percebermos que as novelas de ficção fundacionais romantizam e reverberam características comuns a construção de um imaginário sociocultural, constatamos, por outro lado, que em Zama há uma desconexão com realidades romantizadas. Nessa perspectiva, entrelaçada a conflitos, que contradizem imaginários romantizados das novelas de ficção fundacionais da América Latina, o argentino Di Benedetto (1956), elabora uma visão do período colonial em Zama (1956), como um mundo de incertezas. A romantização da vida será problematizada a partir da reflexão de ANDERSON (1983) a partir da questão da comunidade imaginada que o protagonista Diego de Zama também está atrelado, porém com uma consciência diferente. As provocações de PIZARRO (1987) sobre a literatura na América Latina será considerada para pensar o contexto da literatura latino-americana, uma vez que sempre esteve relacionada a camadas privilegiadas em sua difusão de realidades. Essa difusão de realidade em Zama remeterá ao estilo neobarroco visto em CALABRESE (2012). Em suma, há indícios de que Zama (1956) apresenta-se como uma narrativa importante para pensar a identidade do ser latino americano, sendo assim, provocar reflexão sobre a novela de ficção anti-fundacional parece ampliar um horizonte de possibilidades para pensar o passado, entender o presente e vislumbrar o futuro da América Latina, bem como seus desdobramentos socioculturais, uma vez que o escritor está situado em tempo e espaço dinâmicos.Resumen de la Ponencia:
Resumen
Si bien, el posmodernismo como filosofía y aplicado al arte se extrapoló a la política, a la sociedad y a la economía; el posmodernismo en la política se han usado los términos de izquierdismo y progresismo, para de esta manera no centrarse únicamente en el Estado, el poder o los partidos políticos, sino hablar de la justicia social, de la opresión, la búsqueda de la identidad, etc. y con ello buscar los intereses de grupo, los intereses comunes, la solución para las víctimas de toda injusticia social. Existe una coexistencia de la modernidad con la posmodernidad, porque lo nuevo (posmodernidad) ya está en lo viejo (modernidad). En n el caso de América Latina, tales conceptos y reflexiones se aplican, y a la vez se relacionan con el posneoliberalismo, gobiernos de “izquierda”, que específicamente se instalaron en algunos países de América Latina, y en cada uno de ellos con algunas características similares, pero también con características específicas de acuerdo a las circunstancias propias de sus sociedades.
Palabras clave: Posmodernismo. Posneoliberalismo, América Latina
GT-13 # 03020 Pormodernismo y Posneoliberalismo en América Latina,
Sala Dr. Ángel Bassols
Introducción:
Introducción
Los términos con los que coincide el posmodernismo y con los cuales se menciona dicha corriente, concepto y enfoque son: modernidad tardía, modernidad líquida, sociedad del riesgo, globalización, y capitalismo tardío; dicho en otras palabras designa un vasto número de movimiento artísticos, literarios, culturales, filosóficos, sociales, políticos y hasta económicos. Más adelante muchas de las ideas del posmodernismo se confunden, se entrelazan y se relacionan con el posneoliberalismo, concepto aplicado a los gobiernos progresivistas de algunos países de América Latina.
En el caso de América Latina, el posmodernismo se puede relacionar con el posneoliberalismo, pues los gobiernos de “izquierda” que se instalaron en algunos países de América Latina, con sus características y aplicaciones de acuerdo al contexto sociopolítico y económico de cada país donde se pusieron en práctica, con algunas características similares, pero también específicas de acuerdo a las circunstancias propias de sus sociedades.
La problemática fundamental se ubica en las expresiones de dichas tendencias que fueron reacciones a los cambios radicales que acarreó el neoliberalismo (fundamentalismo económico), que al apostarle al mercado como asignador de la distribución de la riqueza nacional se perdió de vista la redistribución social, trayendo como consecuencia los grandes males sociales o bien agravamiento de los mismos como mayor desigualdad social, pobreza, desempleo, problemas de salud, discriminación, racismo, etc. por lo cual, en varios países de América Latina se instauraron, por la vía democrática, gobiernos que inician sus políticas públicas distinguiéndose de los gobiernos y neoliberales, especialmente por las políticas públicas aplicadas durante sus gobiernos y tratando de separarse de las inducciones desde el exterior, especialmente de Estados Unidos, como el Consenso de Washington. A dichos gobiernos, que por su aplicación de políticas diferenciadoras, inclusivas y de sensibilidad social se le empezó a llamar regímenes progresistas latinoamericanos: Argentina, Brasil, Uruguay, Bolivia, Ecuador y Venezuela. En este contexto, es donde se ubica las características sociales del posmodernismo político y también del posneoliberalismo, aquí tratdas.
Las ideas que se expresan con respecto al posmodernismo, al posneoliberalismo son reflexiones del autor, basados en las aportaciones de un sin número de autores fundadores e intérpretes de los conceptos centrales de dichas tendencias (Lyotard, 1987) (Derrida, 1989) (Foucault,1994; pero que se intenta hacer coincidir con los gobiernos progresistas o progresivistas de América Latina, tomando en cuenta que la posmodernidad es lo que sigue a la modernidad (Ruíz Collado, 2011), o bien, lo nuevo de la modernidad, y el posneoliberalismo lo que trata de revertir al todavía neoliberalismo.
Más adelante muchas de las ideas del posmodernismo se confunden, se entrelazan y se relacionan con el posneoliberalismo, concepto aplicado a los gobiernos progresivistas de algunos países de América Latina y finalmente con las posdemocracias, que también tiene mucho del posmodernismo político; por lo que la finalidad de este artículo; los temas a tratar son: Posmodernismo y sus características; Posneoliberalismo y sus características, la vinculación del posmodernismos y posneoliberalismo con algunos gobiernos progresivistas en América Latina y terminar con algunas conclusiones.
Desarrollo:
Posmodernismo
Si bien el posmodernismo como filosofía y aplicado al arte se extrapoló a la política, a la sociedad y a la economía. El posmodernismo en la política con frecuencia se usan los términos de izquierdismo y progresismo, para de esta manera no centrarse únicamente en el Estado, el poder o los partidos políticos, sino hablar de la justicia social, de la opresión, la búsqueda de la identidad, etc. y con ello buscar los intereses de grupo, los intereses comunes, la solución para las víctimas de toda injusticia social. Existe una coexistencia de la modernidad con la posmodernidad, porque lo nuevo (posmodernidad) ya está en lo viejo (modernidad).
El posmodernismo (Posmodernidad, 2022), representa una respuesta a la crisis de la modernidad, cuya finalidad es describir y explicar la realidad tal como se entiende en el presente y se caracteriza por explicar el fracaso de las ideas modernas que vienen desde la ilustración, crítica a la razón ilustrada, y además pretende encontrar su razón en la consideración de más realismo. Defiende lo híbrido, la cultura popular, la descentralización de los saberes y la ciencia, por lo que no se admiten los grandes relatos que tienden al universalismo, propios de la modernidad. También el posmodernismo es un movimiento cultural y artístico, literario y filosófico, y no se trata como un movimiento homogéneo sino con varias aristas y presentaciones; con frecuencia se utiliza posmodernidad y posmodernismo como sinónimos, pero el posmodernismo es aquello que se opone a la modernismo; y el concepto de modernidad designa un determinado período cronológico que abarca los últimos cinco siglos, por lo cual posmodernidad es después de la modernidad, y posmodernismo al conjunto de expresiones políticas, de valores, económicos, culturales después del modernismo.
El posmodernismo encuentra su espacio temporal de desarrollo en la guerra fría; por esto se desenvuelve en los 40 años del siglo XX y continúa hasta nuestros días. Ciertos fenómenos político-sociales y económicos encuadran al posmodernismo: Los disturbios raciales en Estados Unidos, la China maoísta, la Primavera de Praga en Checoslovaquia, o el mayo francés de 1968, la guerra de Vietnam. Además en los años setenta debido a la revolución conservadora de Margaret Thatcher en Inglaterra y Ronald Reagan en Estados Unidos y en la década de los años noventa el colapso de la Unión Soviética, y a partir de ahí la aparición del neoliberalismo, que le da más peso al mercado y todo ello como elemento contradictorios, como lo veremos en el posmodernismo. (Cfr. Anderson, 2000). De igual manera, el posmodernismos es una reacción a la derechización de la política, de la sociedad y de la economía, al neoconservadurismo, al fundamentalismo de todo tipo. y es anti-socialismo.
La economía y la sociedad en el neoliberalismo se dirigen a la terciarización como prioridad de la producción y de consumo. La tecnociencia y la tecnocracia como productos de la tecnología que supera a la razón de la modernidad, por esto la realidad es medida lingüísticamente (Cfr. Vásquez, 2006).
Existe una dominación de las empresas transnacionales, pues se flexibilizan los mercados por parte del mismo Estado. El consumismo adquiere nuevas formas; la apertura del Estado-nación da paso a la globalización que no sólo va a ser económica sino cubre a todas las esferas de actividades en el mundo; el Estado y los gobiernos ya no son exclusivamente políticos, sino tienden a ser Estado empresarial; las sociedades capitalista se pretende modernizarla en aras del mercado que al fin y al cabo se torna en una tiranía del mercado y se deja de lado las necesidades y demandas sociales de la sociedad.
En la vida importa el presente y su inmediatez que adquieren relevancia; y por el achicamiento de las distancias por el internet, el face, el twiter, porque importa la imagen, la apariencia, la mercadotecnia; la tecnología uniforma y contradictoriamente libera porque los ciudadanos tratan de libremente expresar sus pensamientos y voluntades , inclusive hasta el extremo mediante la redes sociales; la educación en los valores de convivencia, produce el autismo social y se desfasa el valor de la comunicación de la valoración del “otro”; por esto se da paso al multiculturalismo, al feminismo y a la preferencias sexuales y diferencias de género.
Como el capitalismo de nuestros días provoca consumo, negocios, lucro, codicia y desregulación en lugar de bienestar social; la tecnología informática se apresura para el control e implementación de medidas favorables al mercado, al individuo, pero también para no profundizar en el pensar. El capitalismo salvaje, radical, globalizador hegemónico y sin fronteras es el centro del cuestionamiento del posmodernismo, y en el capitalismo transnacionalizado; también se puede decir, que es la filosofía crítica del capitalismo.
El posmodernismo metodológicamente conduce a la deconstrucción pero no para mejorar sino para fragmentar la realidad, con la simulación y la falta de reflexión. Importa la parte no el todo, y en todo caso se toma la parte por el todo. Comparte un mundo común a pesar de las diferencias, esto es, lo plural, es decir, la multiplicidad de razones y visiones del mundo; de aquí las diferencias y el relativismo que provoca que no exista una sola ideología.
La realidad concreta es la que da pie al relativismo, y no una razón única ni verdad única. La realidad artificial (virtual) da pie a diferentes, muchas y varias realidades nuevas; los medios de comunicación son diversos y por ello no dan nuevos conocimientos, se apoya la pluralidad. Aparece una pregunta ¿el posmodernismos significa el fin de la ideologías?, puesto que cada individuo tiene su propio pensamiento y no hay una ideología común.
Posneoliberalismo y sus características
Conviene saber de antemano ¿Cuáles serían groso modo las características del neoliberalismo?: liberación de los mercados, flexibilización laboral, economía de riesgo, altos niveles de rentabilidad, especulación financiera, terciarización de la economía, alejamiento de la cuestión social, concertación de la riqueza nacional, ascenso de la iniciativa privada al beneficio financiero estatal, ascenso de la tecnocracia a los gobiernos, derechización de los partidos políticos, involucramiento de las instituciones sociales en el circuito financiero en el juego especulativo; en resumen, se creó un capitalismo de saqueo, y en todo ello tuvo su soporte en el Estado; le apuesta a las libertades en favor del sector privado, acotando la intervención del Estado, con políticas favorables al capital versus trabajo; aumento de las tasas de interés, aumento de impuestos al consumo; menos gasto público, que significa menor intervención del Estado; privatización de los activos estatales y de los servicios públicos. En la apertura de las fronteras nacionales se privilegió la inversión de las empresas transnacionales, sobre todo de Estados Unidos. El mercado libre fue un engaño, porque estaba condicionado por el Estado, pero eso si favorable a las élites nacionales y transnacionales (Cfr. Máxima, 2019 y Zegada, 2016).
En la realidad concreta, algunos obiernos de “izquierda” se instalaron en algunos países de América Latina, y en cada uno de ellos con algunas características similares, pero también con características específicas de acuerdo a las circunstancias propias de sus sociedades para construir políticas más dirigidas a resolver los graves problemas sociales causados por la puesta en vigor del neoliberalismo y la aceptación del Consenso de Washington; rechazan la intromisión de las hegemonías; Se inician distinguiéndose de los gobiernos liberales y neoliberales, especialmente por las políticas públicas aplicadas durante sus gobiernos y tratando de separarse de las inducciones de políticas económicas realizadas desde el exterior, especialmente de Estados Unidos, como el Consenso de Washington. A dichos gobiernos, que por su naturaleza de aplicación de sus políticas diferenciadoras, inclusivas y de sensibilidad social se le empezó a llamar regímenes progresistas latinoamericanos: Argentina, Brasil, Uruguay, Bolivia, Ecuador y Venezuela. En este contexto donde se ubica el posneoliberalismo (Cfr.Elias, 2006).
Existen una serie de términos que se asocian al neoliberalismo: Proteccionismo nacional de exportación, corporativismo, eliminación del Estado (anarcocapitalismo), monetarismo neoclásico, socioliberalismo, reducción mínimo de poderes estatales (minarquismo).
La relación del neoliberalismo con el posmodernismo se puede ubicar con la siguientes características: el egoísmo como virtud individual, y esta virtud es considerada como condición natural de la humanidad; la competitividad, donde el más apto gana, todo proyecto comunitario basado en la equidad y justicia quedan desplazados, aunque contradictoriamente, el posmodernismo y posneoliberalismo buscan la justicia y la equidad.
El neoliberlismo acepta la mono-cultura, como sifuera algo universal, en cambio la posmodernidad acepta la pluricultura. Sin embargo, en tanto el posneoliberalismo con sus características es una transición ideológica y política, pero contradictoriamente, mantiene una serie de valores que van de la mano del neoliberalismo que en términos generales expresa lo siguiente: el individuo busca su interés personal y propio, la eficacia en la competencia y del mercado nacional, en donde la autorealización individual se privilegia más que en la realización social. En el neoliberalismo se alza el espíritu emprendedor y la competencia, situación que se asemeja al posmodernismo.
Por lo contrario, el posneoliberalismo, como podría pensarse aparece como una oposición contraria, aunque fueron gobiernos en contra del neoliberalismo, lo cual relativamente es verdadero, sin embargo, para poder subsistir como gobierno y regímenes políticos no rompen del todo con el Consenso de Washington, sino continúa con los cambios institucionales y sociales hacia aquellos sectores económicos: extractivismo, servicios ambientales, agrocombustibles, la multimodalidad del transporte, con la diferencia que habría un control del Estado, por lo que el posneoliberalismo es un proceso político que continúa con cambios institucionales y sociales para garantizar el capitalismo tardío; en otras palabras, tanto el neoliberalismo como el posneoberalismo cumplen con la tarea de la acumulación capitalista con diferente estrategia, porque al fin tanto uno como otro tienen de común el contexto capitalista en el que se desenvuelven.
El futuro postcapitalista del posneoliberalismo es una serie de acciones versus populismo de izquierda no democrático. Más que anticapitalismo o creación de un socialismo, se busca un equilibrio y un nuevo pacto social; denuncia de la corrupción y cambio de élites; y como bien se ha dicho sus características son el extractivismo simulado, pero que a su vez obstaculiza e desarrollo progresista, por ejemplo en Bolivia. Es un intento de pasar de un modelo a otro, por ejemplo del primario exportador a otro como el manufacturero; se procura una política de redistribución, pero sin abandono de la explotación de la naturaleza, lo que constituye una serie de contradicciones, además la transferencia estatal se dirige a las políticas sociales e infraestructura social; se eliminan ciertas formas del modo de producción capitalista hacia otro menos capitalista; se da un proceso de inclusión y distribución de la renta nacional. Se busca la felicidad social como estrategia colectiva; y la misiones de asesoría extranjera (Cuba) especialmente en lo electoral, en lo educativo, especialmente en Bolivia y Venezuela.
Las instituciones se vuelcan inestables por su acciones de inmediatez y no de largo plazo; financiadas por el recurso financiero estatal para combatir la pobreza, la salud y el atraso educativo. En síntesis en el posneoliberalismo existe una relación entre la ilusión desarrollista y la ilusión comunitaria; de igual manera en los tres países de esta tendencia (Venezuela, Bolivia y Ecuador) los créditos blandos son un instrumento de integración social; aunque algunas políticas públicas sociales estaban ligadas a los precios internacionales de las materias primas.
El discurso del posneoliberalismo supera con mucho las realizaciones llevadas a cabo, podrían convertirse en una transición del neoliberalismo , y poner las bases de un equilibro entre el capitalismo salvaje y la democracia igualitaria.
¿Qué logros han obtenido los gobiernos posneoliberales de América Latina, especialmente en lo que se refiere a la democracia social y a l solución de los problemas sociales, los cuales fueron efecto de la puesta en vigor de las diferentes formas de operar el neoliberalismo? Se redujeron algunos grados de la pobreza, de la indigencia a través de programas socializantes y el asistencialismo a los sectores menos favorecido, acceso a la salud universal, reivindicación de los derechos de los pueblos originarios y confrontación con movimientos antiextractivista con pueblos organizados indígenas; se ligó políticamente al pluripartidismo y se privilegió el mercado nacional y estableció una sociedad pluricultural; aunque para poder llevar a cabo sus programas se tuvo que subir al modelo neoliberal, y no se logró superar el Consenso de Washington; y en el comercio exterior se buscó la diversificación comercial. Se buscaron otras formas de integración, como búsqueda de relaciones con países de empatía política; se critican las hegemonías en cualquiera de sus formas, se crean centros de estudio crítico para buscar alternativas.; nuevas formas de conducir las políticas exteriores. Internamente se dio una confrontación con la prensa orgánica y los medios de oposición; se busca crecimiento del consumismo de los sectores de clase media.
El posneoliberalismo no estuvo exento de contradicciones, y la más importantes fueron no poder superar la hegemonía capitalista y las políticas asistencialistas de corte capitalista financiero; en síntesis la idea central entre el neoliberalismo y posneoliberalismo es la diferencia entre el desarrollo capitalista de uno y el desarrollo progresivismo del otro.
Relación entre posmodernismos y posneoliberalismo en algunos gobiernos progresivistas en América Latina
Los ensayos de Frank Gaudichaud, Jeffery Weber y Massimo Modonosi (2019) analizan que los Gobiernos progesistas, latinoamericanos del siglo XXI, permiten establecer con claridad la íntima relación entre posmodernismo y posneoliberalismo en los gobiernos progresistas, como ellos les llaman, y que también se les conoce como gobiernos progresivistas.
En el primer quinquenio del 2000 se produjo en América Latina una oleada de derrotas electorales de los antes “invencibles” partidarios del neoliberalismo y la correspondiente apertura de uno de los más grandes procesos de recambio relativo de los grupos dirigentes que ha visto la historia de la región. Venezuela, Brasil, Argentina, Bolivia, Uruguay, Ecuador, Nicaragua y El Salvador, en una breve secuencia que se aceleró entre 2002 y 2006, pasaron a ser gobernados por partidos y presidentes que se declaraban antineoliberales. Así, en la primera década del siglo XXI, se contaron tantos gobiernos de tinte progresista como no se veían desde los años treinta y cuarenta del siglo anterior (Gaudichaud, 2019)[1]
(…).los gobiernos que se proclamaron posneoliberales e incluso revolucionarios, fueron evaluados con esta vara tanto desde su derecha como su izquierda y, en ambos casos, por ir demasiado lejos o por quedarse cortos respecto de las proclamas y las aspiraciones (Gaudichard, 2019).
No hay que olvidar que la denominación posneoliberalismo apareció a mediados de la década de los noventa y se volvió punto de agregación en el encuentro en defensa de la humanidad y contra el neoliberalismo, convocado por el Ejercito Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) en Chiapas en 1996, que sintonizó un campo de luchas populares que, de allí en adelante, serán llamadas antineoliberales. A lo largo de esta misma década, en torno a la tensión neoliberalismo-antineoliberalismo, es decir, de la caracterización crítica del neoliberalismo y la gestación del antineoliberalismo como opción antagonista y alternativa, se fue re-estructurando un campo intelectual de izquierda, rescatando y prolongando la tradición del pensamiento crítico latinoamericano (Ibidem).
No deja de ser significativo que precisamente en el contexto de un nuevo ascenso y una nueva oportunidad de cristalización de una alternativa en la frontera entre el antineoliberalismo y el anticapitalismo–, afloraron divisiones que, en cierta medida, evocan aquellas añejas fracturas gestadas entre los años sesenta y setenta aunque otras sean claramente hijas de nuevos clivajes –como, por ejemplo, el ecoterritorial, el autonomista y el poscolonial– o del retorno renovado de antiguas cuestiones como la indígena y la campesina que habían sido subsumidas y proletarizadas en el altar del sujeto histórico obrero destinado a realizar el socialismo en nombre de la humanidad en su conjunto, y que en este artículo le hemos llamado el posneoliberalismo.
Los argumentos a favor del giro posneoliberal han circulado ampliamente ya que corresponden al discurso elaborado y difundido por los distintos gobiernos de la región bajo los rubros de revolución bolivariana, socialismo del XXI, socialismo comunitario, revolución ciudadana, proceso de cambio, progresismo o simplemente chavismo, kirchnerismo, evismo, lulismo, correismo y orteguismo. Al mismo tiempo es útil destacar y revisar aquellas lecturas que buscan sintonizarlos y, por lo tanto, dar definiciones positivas a escala latinoamericana del llamado “cambio de época” (Gaudichaud, 2019).
De la cuestión nacional se deprende la cuestión popular, es decir la de la justicia social que es el otro pilar del discurso posneoliberal, esgrimiendo un argumento clásico: no hay desarrollo posible sin no se resuelve la dependencia. Tanto la cuestión nacional como la social, según el planteamiento progresista, deben ser atacadas a través de la intervención estatal, contrario a lo que pregonaba en los hechos el neoliberlaismo, en defensa de la soberanía y en pos de la redistribución de la riqueza (Gaudichaud, 2019).
Como ejemplo de posneoliberalismo, podemos mencionar: En el gobierno de Argentina con los esposos Kichsner la lucha antineoliberal se expandió en dos frente,s en el interno en contra de los terratenientes de la soya, en el frente externo en contra del Fondo Monetario Internacional por razón de la deuda externa. En el caso de Brasil, de igual manera en el frente interno la lucha en favor de las capas populares más necesitadas y su defensa de la soberanía medioambiental y en el externo, con sus nuevas alianzas internacionales a través de los BRIC´s. En el caso de Bolivia, su lucha por el rescate de los recursos naturales, especialmente el gas; la inclusión de los movimientos indígenas y en el exterior su lucha en contra de las inversiones extranjeras superextrativistas.
Ahora bien, sin ser simplista, el posmodernismo y sus expresiones analizados en la primera parte de este artículo, lo podemos observar en los gobiernos progresistas o progesivistas de América Latina tanto en la parte discursiva como en la práctica de sus políticas públicas de algunos de los gobiernos del Cono Sur de América Latina, ya sea al interior de sus naciones tendientes más a lo social: así por ejemplo el rechazo al pensamiento único de la globalización neoliberal, la particularidad de los sectores sociales a los que proteger, la reivindicación de la justicia social, lo cual se ve con claridad durante la vigencia de los gobiernos de Argentina, Brasil. Uruguay, Ecuador, Bolivia, Venezuela, etc. En el ámbito externo sus políticas exteriores fueron, sino de confrontación, con Estados Unidos, con el imperio, tampoco fueron antisistémicas, si presentaron rasgos de buscar autonomía, autodeterminación y limitar la dependencia (Cfr. Fundación Global Democracia y Desarrollo, 2022 y Aportes Andinos, 2011).
Con relación al posmodernismo podemos afirmar, que el posmodernismo es una reacción a la derechización de la política, de la sociedad y de la economía, al neoconservadurismo, es anti-socialismo y al fundamentalismo de todo tipo, y en este sentido, la relación entre posmodernismo, posneoliberalismo y gobiernos progresisivistas de América Latina se evidencia en esas políticas asumidas.
Sin embargo, no podemos cerrar los ojos, que contrario sensu se sostiene también que los gobiernos “progresistas” con la puesta en marcha de su política económica, han mostrado la verdadera intención de su proyecto político, que no ha consistido en superar el neoliberalismo y mucho menos el capitalismo; y si bien, se han desarrollado políticas sociales que “beneficiaron” a algunos sectores poblacionales empobrecidos (Sierra, 2011).
[1]Estos gobiernos lograron instalar cierto grado de hegemonía que les permitió sostenerse por un ciclo temporal sorprendentemente largo –que varía entre 10 y casi 20 años de gobierno- que incluyó tres procesos constituyentes, varias re-elecciones presidenciales, logrando inclusive sostener el recambio del titular del ejecutivo al interior del mismo partido (salvo el de Bolivia y Nicaragua). Sin embargo, el llamado “fin de ciclo”– que se manifestó en la derrota electoral en Argentina en 2015, el golpe institucional en Brasil 2016, la negativa plebiscitaria a la reelección de Evo Morales en Bolivia ese mismo año, la apretada victoria de Lenin Moreno en 2017 y su casi inmediato enfrentamiento con Rafael Correa en Ecuador, y que se presenta en forma explosiva tanto en la crisis venezolana desde 2014 como en la del “orteguismo” en Nicaragua en 2018.
Conclusiones:
Conclusiones
Un realidad se impone a los gobiernos progresistas en América Latina, hoy que observamos una crisis de los sistemas electorales, de los partidos políticos, como es la pérdida de su credibilidad, se banaliza el debate público, la mercadotecnia política convierte en espectáculo, aunque otra distinción de la llamada posdemocracia (Sánchez, 2009 y Crouch, 2004) es la existencia del pluripartidismo y la separación de los partidos de masas, además coalición de partidos heterogéneos, partidos de Estado, de empresas, de la sociedad civil para poder solucionar problemas globales; existen intereses de empresas cuya conveniencia se materializa en los gobiernos elegidos; existe un alejamiento de los asuntos políticos por parte de los ciudadanos, se limita la participación pública.
Existe una contradicción: el universalismo de la democracia liberal y regímenes representativos con respecto al posmodernismo, pues el desarrollo no se ha universalizado, por lo que podría permanecer como un valor realizable en el posmodernismo, el posneolibearlismo, porque en estas tendencias el Estado de derecho y los derechos humanos son esenciales. Las migraciones de nuestros días, son consecuencias del colapso de Estado de bienestar, además existe un ascenso de las derechas en varias partes del mundo, y en Europa asciende la xenobia. En la vuelta de gobiernos de derecha contraviniendo a los gobiernos progresistas en América Latina, empiezan a recrearse de nueva cuenta las alianzas entre el Estado-nación con las transnacionales y las organizaciones tecnocráticas financieras como el Fondo Monetario Internacional (FMI) y el Banco Mundial (BM). En el fin de las dictaduras en América del Sur, llegaron democracias directas y participativas, un elemento coincidente con el posneoliberalismo, por lo que las izquierdas en el mundo, se adaptaron al neoliberalismo y otras al keynesianismo.El engaño, el fraude como posverdades en la posdemocracia, como ya se dijo a través de la manipulación, tiene un rumbo contrario de la democracia.
En el posmodernismo político y en el posneoliberalismo, que cuyos contenidos fueron analizados; con tintes nacionalistas echan culpas y responsabilidades por el deterioro social a los de atrás, a los de adentro y a los de afuera; así con dosis de mentiras y odios en contra de los medios de comunicación que no les son afines; se vuelven con frecuencia más autoritarios que los gobiernos del neoliberalismo; aunque básicamente también, es una democracia versus neoliberalismo transnacional; maneja; la austeridad después de las crisis que se presentan.
Los temas aquí planteados son complejos en su tratamiento, pero en un esfuerzo también como conclusión se puede llegar a lo que podría suceder o ya está sucediendo en América Latina. A pesar del reconocimiento de los derechos sociales y políticos, sin embargo el nivel democrático en las sociedades ha tendido a bajar; cada vez más existe menos participación colectiva; la globalización neoliberal ha provocado que la clase trabajadora se ha diseminado, por lo cual ha disminuido su participación. Por esto, no cabe duda que América Latina vive un péndulo entre neoliberalismo, posneoliberalismo y posmodernismo, tal como fue tratado en el contenido de este artículo, y actualmente se observa en la realidad de la región, puesto que se van gobiernos progresistas y vuelven gobiernos más favorables al liberalismo de mercado y otra vez gobiernos progresistas y así sucesivamente, y hoy la polarización, los golpes de Estado blandos, los golpes a la democracia son ciertas evidencias.
Bibliografía:
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Palabras clave:
Palabras clave: Posmodernismo, Posneoliberalismo, América Latina
Resumen de la Ponencia:
En la actualidad, la discusión sociológica sobre el tiempo ha suscitado especial interés, entre los distintos autores y autoras que se interrogan sobre el modo en que se conecta temporalidad(es) y sociedad, en este trabajo presto atención al Sociólogo y Filósofo Alemán Hartmut Rosa, quién es el principal exponente de la Teoría de la Aceleración Social, una puesta en práctica al proyecto de la Fenomenología Crítica. En este trabajo contribuyo a la discusión y debate en teoría sociológica, sosteniendo una perspectiva crítica a pasajes de Rosa, lo cual se sustenta en una revisión conceptual y sistematización de autores. Sostengo, como argumento principal, que a la hora de situar la Teoría de la Aceleración Social en América Latina, existen a lo menos dos limitantes: la primera refiere a su concepción de la “política” como un espacio que llamaremos “víctima de la aceleración”; y la segunda, a su priorización del diálogo y el acuerdo por sobre el conflicto como mecanismo virtuoso de transformación social. Para dar contenido a estas afirmaciones, se realiza: i) una breve lectura crítica de la teoría de la aceleración social; y ii) se exponen algunos enfoques que desde América Latina, proponen comprender históricamente la transformación social en el sub-continente desde la lógica del conflicto. En efecto, sostengo y relevo al momento de conflicto como parte de cualquier proceso de cambio sociopolítico en América Latina. A modo de conclusión se plantea el concepto de “conflicto resonante” como una forma de vincular algunos de los valiosos argumentos de Hartmut Rosa, con una comprensión de la tensión social como mecanismo productivo de transformación social.Resumen de la Ponencia:
El presente estudio aborda el tema del pensamiento sociológico de Genaro Salinas Quiroga, como uno de los representantes de la llamada sociología de lo local, en este caso de la Ciudad de Monterrey, con el propósito de analizar su producción teórica referida a la sociología y al análisis de la situación social de la localidad. La hipótesis subyacente en el estudio se centra en la idea de que la sociología que se difunde en Monterrey, sobre todo en procesos de enseñanza se enfoca en reproducir sintéticamente las teorías sociológicas generales formalizadas en contenidos didácticos, dejando de lado el estudio de la sociedad local y dejando a la sociología con la imagen de una disciplina abstracta con explicaciones, si bien científicas, con poca aplicación. La metodología que se usa en este estudio consiste en el análisis de la producción sociológica del autor señalado, su comparación con la producción sociológica proveniente de Europa y de Estados Unidos para ubicarlos en el contexto social de la época, además de su intención para convertirla en contenido de enseñanza.Los resultados obtenidos muestran que la sociología de Genaro Salinas Quiroga se dedica a sistematizar la obra de autores reconocidos en su época dentro de la teoría sociológica y que no realiza análisis de la sociedad local. Su aportación fundamental sería como difusión y enseñanza de la sociología en Monterrey. La discusión más importante estaría centrada en la posibilidad de transferir los principios teóricos fundamentales en el análisis de la sociedad local.Resumen de la Ponencia:
Las masas y las multitudes (y otros conceptos aledaños) han ocupado siempre un lugar relevante en las teorizaciones sociales y sociológicas latinoamericanas. Esto ha sido así ya desde el siglo XIX, es decir, mucho antes de que la sociología alcanzara en nuestra región los niveles de institucionalización que ha alcanzado aproximadamente en las últimas 6 o 7 décadas y que, por caso, nos permitieron estudiar sociología como carrera principal, o asistir a los congresos de ALAS. Pero, más allá de la permanente omnipresencia de estos conceptos en nuestros repertorios teóricos (la cual quizás haya decaído un tanto recién en las últimas décadas), en diferentes momentos históricos ellos se han llenado de contenidos muy diversos, se han articulado de diferentes modos con otros conceptos, y se han revestido de significaciones políticas extremadamente heterogéneas. La presente ponencia, de modo sucinto, panorámico y a la vez programático de una línea de investigación que ya se ha iniciado y que se proyecta hacia los próximos años, explorará algunos de estos cambios conceptuales en las masas y las multitudes a través de la historia de la sociología latinoamericana. Se pondrá el mayor énfasis en el análisis de producciones teóricas que han tenido lugar entre los años ‘50 y ‘80 del pasado siglo, en los cuales estos conceptos tuvieron su mayor despliegue. Al final, se extraerán algunas conclusiones a los fines de calibrar la eventual potencialidad de sus usos actuales para el análisis social y político de nuestra región.