Resumen de la Ponencia:

 No período da Assembleia Nacional Constituinte, a mobilização protagonizada pelos povos indígenas resultou em um capítulo da Constituição Federal de 1988 dedicado a esses coletivos (arts. 231 e 232) no Brasil. Os demais grupos culturalmente diferenciados do país, como as comunidades quilombolas e os seringueiros, também lograram conquistas no texto (arts. 68 e 54 do ADCT). Nas últimas décadas, a inserção de tais direitos, possibilitou intenso processo de mobilização dos mais variados grupos que emergiram. A posterior incorporação de declarações e tratados de direitos humanos pelo Brasil impulsionou esse processo de organização e de lutas. Não podemos esquecer que, após a Constituição, houve toda uma agenda internacional de eventos que redundaram em acordos para a elaboração de tratados internacionais de direitos humanos. Cabe citar especificamente: a Convenção n.º 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1989, e, mais recentemente, a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, de 2008. A Convenção n.º 169 da OIT  delimitou um novo ciclo na agenda política dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil, pois legitimou as lutas protagonizadas por esses grupos, estabelecendo uma nova relação com o Poder Executivo e o sistema de justiça. A Convenção deu densidade às normas contidas na Constituição Federal e reorientou as políticas (como a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, instituída pelo Decreto n.º 6.040/2007). Todo esse arcabouço legal construído à época, motivou e serviu como instrumento de luta aos mais variados grupos sociais, em especial, às inúmeras comunidades quilombolas no Brasil, diante das ameaças sofridas. A situação se agravou, dada a postura do governo autoritário-conservador que se alia aos interesses do capital financeiro.  A apropriação e o uso específico de um dispositivo contido no artigo 6  da Convenção n. 169 da OIT, o direito de consulta, na forma de Protocolo de Consulta e Consentimento Prévio, têm servido como instrumento de organização e resistência. O artigo objetiva refletir sobre a construção de um Protocolo de Consulta e Consentimento Prévio junto às comunidades quilombolas no estado do Maranhão, motivado pelas obras de duplicação da BR 135 que atravessa os territórios. Observação direta, conversas e entrevistas realizadas em campo foram as técnicas utilizadas para cumprir o objetivo proposto.

Resumen de la Ponencia:

Nesta apresentação oral propomos discutir o impacto da pandemia nas relações de gênero e a posição social da mulher a partir de duas pesquisas realizadas em Manaus/Amazonas/Brasil. A primeira sobre a difusão dos estereótipos femininos entre as crianças, na produção das culturas infantis em creche e a segunda, sobre a colonialidade e seus efeitos na educação das crianças, com foco nas questões de gênero e etnia, refletido na forma como as mães lutam para proteger suas filhas/os da violência da opressão e exclusão social, e também contraditoriamente mantendo/perpetuando as formas de violência. Tratam-se de pesquisas produzidas no Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e  Diferenciação Sociocultural – GEPEDISC linha Culturas Infantis, da Universidade Estadual de Campinas/São Paulo/Brasil. Na primeira pesquisa, foi realizado um levantamento bibliográfico sob a perspectiva da Pedagogia da Infância com abordagem nas Ciências Sociais, com foco nos estudos de gênero, interlocução com a bibliografia italiana da educação infantil traduzida para o português e o pensamento de autoras/es marxistas. O trabalho assalariado da mulher fora de casa e o acúmulo de tarefas domésticas trouxe a urgência da creche, isto é, espaço coletivo, laico, gratuito e de qualidade na esfera pública de educação e cuidado das crianças pequenas. A patriarcal divisão sexual do trabalho é uma construção histórica que produz, conserva e reproduz as desigualdades sociais, aspecto fundante do capEtalismo. No espaço da creche – e na sociedade de maneira geral – as tarefas são socialmente direcionadas diferentemente a homens e mulheres, transformando as diferenças em desigualdades. Durante a pandemia, a sobrecarga de trabalho foi ampliada, quando as mulheres passaram a acumular a quádrupla jornada ao assumirem em casa o trabalho das professoras. A segunda pesquisa investigou os elementos sociais, políticos e as pluralidades históricas da realidade, que pudessem ser tomados como representativos de concepções do educar e cuidar de crianças presentes nas alternativas criadas pelas mães manauaras, na perspectiva de compreender a falta de creche pública em um contexto urbano complexo. Para dar conta dos objetivos, foram entrevistadas doze mulheres de um bairro com maior número de crianças pequenininhas. A bibliografia utilizada para as análises resultou de uma incursão nos estudos pós-coloniais, que avançaram para os decoloniais, priorizando os estudos feministas. As pesquisas, concluídas em meio a pandemia, além da contribuição com a produção científica acerca dos efeitos da colonização na vida das mulheres e na educação das crianças, trazem provocações resultado das contradições que o sentimento morte/vida evoca. Trazem os dados anunciados nos problemas que geraram as pesquisas, num movimento de idas e vindas como se flutuássemos num rio, ora emergindo buscando o ar necessário na superfície da razão para dar conta das exigências acadêmicas; ora totalmente submersas, afogadas nas amarras do tempo-espaço onde estão fincadas as autoras. 

Introducción:

As pesquisas aqui apresentadas são oriundas dos esforços empreendidos na realização de dois trabalhos em contextos brasileiros distintos. Na primeira pesquisa, foi realizado um levantamento bibliográfico sob a perspectiva da Pedagogia da Infância com abordagem nas Ciências Sociais, com foco nos estudos de gênero, interlocução com a bibliografia italiana da educação infantil traduzida para o português e o pensamento de autoras/es marxistas. 

A segunda pesquisa, investigou os elementos sociais, políticos e as pluralidades históricas da realidade, que pudessem ser tomados como representativos de concepções do educar e cuidar de crianças presentes nas alternativas criadas pelas mães manauaras, na perspectiva de compreender a falta de creche pública em um contexto urbano complexo. Para dar conta dos objetivos, foram entrevistadas doze mulheres de um bairro com maior número de crianças pequenininhas.

O objetivo deste artigo é partir das pesquisas citadas, na perspectiva de refletir sobre o impacto da pandemia nas relações de gênero e a posição social da mulher. A questão do trabalho assalariado da mulher fora de casa e o acúmulo de tarefas domésticas, discussão base de ambas as pesquisas, trouxe a urgência da creche, isto é, espaço coletivo, laico, gratuito e de qualidade na esfera pública de educação e cuidado das crianças pequenas. A creche no Brasil é a primeira etapa da Educação Básica, reafirmada pelaResolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, como:

 

Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. 

É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção (Brasil, 2009).

 

A patriarcal divisão sexual do trabalho é uma construção histórica que produz, conserva e reproduz as desigualdades sociais, aspecto fundante do capEtalismo. No espaço da creche – e na sociedade de maneira geral – as tarefas são socialmente direcionadas diferentemente a homens e mulheres, transformando as diferenças em desigualdades. Durante a pandemia, a sobrecarga de trabalho foi ampliada, quando as mulheres passaram a acumular a quádrupla jornada ao assumirem em casa o trabalho das professoras. 

Parte-se, portanto, de duas distintas iniciativas a fim de alcançar uma discussão comum. Ambas as pesquisas foram produzidas no Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diferenciação Sociocultural – GEPEDISC linha Culturas Infantis, da  Universidade Estadual de Campinas, no interior do estado de São Paulo, Brasil. Na pesquisa de Pereira (2021), foi realizado um levantamento bibliográfico fundamentado na Pedagogia da Infância, com abordagem nas Ciências Sociais, com foco nos estudos de gênero, na interlocução com a bibliografia italiana da educação infantil traduzida para o português e o pensamento de autoras/es marxistas. A de Silva (2021), investigou os elementos sociais, políticos e as pluralidades históricas da realidade, que pudessem ser tomados como representativos de concepções do educar e cuidar de crianças presentes nas alternativas criadas pelas mães manauaras, na perspectiva de compreender a falta de creche pública em um contexto urbano complexo, onde convivem brancos e brancas, não brancos e não brancas, negros e negras, quilombolas, estrangeiros, sendo a maioria haitianos e venezuelanos e várias etnias indígenas.

Desarrollo:

OS CAMINHOS TRILHADOS: MANAUS E SEUS DESAFIOS

 

Desde o início das duas pesquisas, inúmeras e repentinas mudanças aconteceram e a realidade, até então conhecida, transformou-se em uma grande interrogação. A pandemia do Coronavírus fez com que o procedimento metodológico e o planejamento da realização do grupo focal – da primeira pesquisa –, definido como: “[...] um conjunto de pessoas selecionadas e reunidas por pesquisadores para discutir e comentar um tema, que é objeto de pesquisa, a partir de sua experiência pessoal” conforme Powell & Single (1996 como citado em Gatti, 2005, p. 7), sofressem grandes alterações. Neste contexto, é fornecido às pesquisas um olhar ainda mais sensibilizado diante da prática, das teorias subjetivas e de toda as observações retratadas.

Assim, a pesquisa de Pereira (2021) foi desenvolvida em contexto remoto, com professoras de uma creche manauara, a partir da realização dos estágios curriculares obrigatórios do curso de Pedagogia em andamento. Epicentro da pandemia por meses, a cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, Região Norte brasileira, conta ainda com condições de trabalho menos favoráveis para as professoras da Educação Infantil, ao passo que – segundo as próprias docentes – possui índices bons de qualidade, avaliados pelos órgãos municipais e estaduais.

  Com o estágio em desenvolvimento e por intermédio de colegas em comum, foi possível realizar o grupo focal com professoras de Manaus. Na mesma época, ocorria nas salas de aulas virtuais o Estágio Curricular Obrigatório em Educação Infantil, num formato jamais presenciado no curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Unicamp: remoto, síncrono e fisicamente distante. A proposta inicial era de acompanhar professoras de crianças entre 0 a 6 anos, nos contextos mais diversos: São Paulo, Manaus, Mato Grosso do Sul, cidades brasileiras de distintas regiões e, até mesmo em outro país da América do Sul, como a Colômbia. 

No Brasil, a creche aparece inicialmente como um direito das mulheres trabalhadoras. Consistia em espaços criados próximos aos locais de trabalho, onde as crianças eram deixadas em segurança para as mães trabalharem. Com esta nova posição ocupada, após anos de reivindicações, surgiram outros impasses a serem superados. A patriarcal divisão sexual do trabalho, no entanto, impõe sua força, estabelecendo jornadas duplas e até triplas para aquelas que laboravam fora de casa. Os afazeres domésticos do dia-a-dia, os cuidados com os filhos e filhas e o trabalho remunerado, constituíam o cotidiano de muitas mulheres brasileiras (Teles, 2015). O movimento feminista reivindicou a creche como um direito a ser garantido e lutou por políticas públicas que o efetivasse:

A creche não só libera a força de trabalho feminino, mas facilita condições para o acesso à autonomia das mulheres. Pode também contribuir para enfrentar as desigualdades sociais nas relações de gênero, sendo uma das questões cruciais o sexismo. A creche deve desenvolver uma educação não sexista e não racista. A creche é uma maneira concreta de enfrentar a desigual divisão sexual do trabalho, fator determinante para se manter a discriminação, subjugação e exploração das mulheres. 

O feminismo reivindica políticas públicas que enfrentem a questão da maternidade como função social, o que exige a criação de equipamentos sociais como creches, restaurantes e lavanderias populares (Teles, 2015, p. 29).

 

Na cidade de Manaus, a questão do oferecimento e da demanda das creches é diferente (Silva, 2021). O cuidado e educação das crianças pequenininhas eram destinados às famílias, não havia a centralidade da instituição educativa neste âmbito, logo, as creches não faziam parte prioritariamente das reivindicações femininas como no caso da cidade de São Paulo nas décadas de 1970 e 1980. A creche que comporta as professoras que participaram do grupo focal, foi a primeira do município:

 

A primeira creche municipal de Manaus, construída após a publicação da LDB, é inaugurada em 2007. Os estados da Região Norte possuem o maior quantitativo de crianças entre as regiões brasileiras e a menor cobertura de creches do país. A criação de vagas para atender à crescente demanda é incompatível com as questões que contextualizam o início da Educação Infantil no Brasil, como a inserção de um número maior de mulheres no mundo do trabalho (as negras e indígenas trazidas para a zona urbana sempre trabalharam), o processo de industrialização e o decorrente aumento da população urbana que, no caso do Amazonas é marcado principalmente pela criação da Zona Franca de Manaus (ZFM), em 1967 (Silva, 2021, pp. 37-38).

 

Existe, neste contexto, uma densa dualidade de ideias que prevê a observação de duas interpretações comuns à mesma realidade. As mulheres manauaras tem uma posição relevante no polo industrial da cidade enquanto trabalhadoras, porém, a luta pela creche não é observada como forte bandeira de luta por essa mulheres. A pesquisa de Silva (2021), demonstra ainda a creche sendo aguardada pelas mulheres-mães, como uma dádiva dos administradores públicos, não um direito das famílias e das crianças revelando a repercussão da colonialidade na contemporaneidade.

Nas reflexões sobre as formas como a colonialidade opera nas subjetividades, reproduzindo as desigualdades, pensando a creche como lugar de uma educação branca, colonizadora, destacamos que,

 

A colonialidade tem uma força inegável na produção das subjetividades. Nesse sentido, a educação das crianças pequenininhas em instituições de um Estado colonizador vai atuar na reprodução das subjetividades coloniais e, por consequência, na hegemonia do poder. Mas também é possível pensar a creche como um espaço contra hegemônico, “propício à emancipação”, como afirmam Santos e Faria (2015). Para isso, precisamos conhecer mais as formas de atuação e atualização da colonialidade, que nos colocam na condição de subalternizadas/os e dialogar com as diferenças que nos constituem, a fim de pensar quais são as alternativas de desvio (Silva, 2021, p. 40). 

 

Nesse sentido, considerando a ancestralidade indígena de parte expressiva das mulheres manauaras, inicialmente foi possível pensar a não luta das mães pela creche para seus filhos e filhas, como resistência aos processos coloniais hegemônicos. No entanto, as entrevistas com as doze mães de crianças de 0 a 3 anos de idade, reafirmam o poder colonial operando. Das doze, onze mães desejam a creche para suas crianças, como forma de fugir do empobrecimento e das violências daí decorrentes. Nossa expectativa como militantes em defesa das infâncias e da Educação Infantil, é que este mesmo espaço, possa também, na contramão da hegemonia neoliberal, dispor do acesso e qualidade no atendimento, compreendendo o cuidar e o educar como práticas indissociáveis e emancipatórias para todas as crianças, como está garantido nos marcos legais brasileiros. 

PATRIARCADO E DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO EM CONTEXTOS PANDÊMICOS 

O Brasil, país com dimensões continentais, possui em sua composição uma série de desafios. Entretanto, tais desafios, não justificam a exacerbada divisão sexual do trabalho e a consequente violência, empregada principalmente agora em tempos de pandemia, contra mulheres e crianças. Saffioti (2013), já trazia nas suas discussões, há tempos, sobre como as forças de poder operam, criando e reproduzindo nas relações desiguais entre homens e mulheres, o adultocentrismo. A subalternização das mulheres, por sua vez, acentua as hierarquizações das opressões, reproduzindo na relação entre mulheres-mães e os filhos e filhas, também processos de opressão. 

Em Gênero Patriarcado e Violência (2015), Saffioti coloca em evidência a relevante pesquisa a respeito da violência contra as mulheres no Brasil, feita no final dos anos de 1990, pela Fundação Perseu Abramo. São trazidas ainda análises dos enredamentos que envolvem as relações de gênero e a violência. Corroboramos com Saffioti que, é preciso despatriarcalizar, pois:

 

Despatriarcalizar é também descolonizar nossas estruturas fundantes, processos defendidos como estratégias políticas em construção, repletas de tensões e contradições; assim como de possibilidades, alinhando-se ao que as autoras designam por quarta onda do feminismo, com perspectiva decolonial e crítica ao feminismo hegemônico do norte global, buscando interseccionalidades e referências transnacionais (Silva & Macedo, 2018, p.147).

 

A violência doméstica, mal que assola a realidade brasileira em diferentes estados e contextos, foi aumentada com o confinamento das mulheres em casa com seus agressores. Este fator, é abordado com objetividade por Falquet (2022), autora feminista materialista lésbica, que desdobra seus estudos na intensa divisão sexual do trabalho e suas consequências dentro do capitalismo:

 

Tanto no plano dos métodos quanto dos resultados psicológicos obtidos sobre as pessoas que as sofrem, violência doméstica e tortura possuem pontos comuns surpreendentes. A detenção em um espaço fechado e fora das regras sociais comuns (um espaço de não-direito), é geralmente um dos primeiros métodos comum à violência doméstica e à tortura política. Frequentemente, em ambos os casos, é organizado um face a face num lugar de onde os gritos raramente escapam – cela ou intimidade privada da habitação – ou que, caso sejam escutados, não sejam ouvidos. Os testemunhos desaparecem, se calam ou não podem intervir, sujeitos à mesma ameaça (Falquet, 2022, p. 27).

 

 Para além desta questão, a acentuada sobrecarga do trabalho das mulheres, com a histórica desigual divisão sexual do trabalho, em toda a sua complexidade interseccional de classe, raça e gênero (Hirata, 2020), intensificou a necessidade do debate a respeito da economia do cuidado (Live de Monica Bolle & Debora Diniz, 2020), problematizando a responsabilização feminina, seja ela em qualquer relação parental (mães, tias, avós, etc.). 

Mesmo diante de tantos desafios, estamos destinadas a compreender os movimentos de resistência, distanciando-nos dos “projetos históricos das coisas”, e aproximando-nos dos “projetos históricos dos vínculos” (Segato, 2020), reforçado com a consciência da morte e da nossa interdependência como seres humanos. É preciso “esperançar” e praticar a célebre frase de Luxemburgo (1918): “Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade? Nós conseguiremos!” 

Conclusiones:

A partir da dura experiência de vida e morte construída durante a pandemia do Coronavírus, período em que as desigualdades existentes se acentuaram, a relevância de práticas libertadoras, livres de discursos e ações racistas, machistas, elitistas e adultocêntricas, fazem-se obrigatoriamente necessárias nos distintos contextos sociais.

Embora os espaços ocupados pelas discussões nas duas pesquisas tragam algumas diferenças entre si, ambas fazem provocações resultadas das contradições que o sentimento morte/vida da pandemia evoca. Para além disso, os dados anunciados nos problemas que geraram as pesquisas, provocam um movimento de idas e vindas como se flutuássemos num rio, ora emergindo buscando o ar necessário na superfície da razão para dar conta das exigências acadêmicas; ora totalmente submersas, afogadas nas amarras do tempo-espaço onde estão fincadas as autoras. 

Essas especificidades apontadas, convergem para evidenciar, a estrutura desigual decorrente da divisão sexual do trabalho que recai sobre a mulher, dificultando a saída do lugar subalterno onde a colonialidade do poder tenta mantê-la, resvalando na pequena infância. Não obstante, é preciso considerar, as interseccionalidades que explicitam formas mais perversas na transformação de diferenças em desigualdades, visto que, não existe um único padrão familiar no Brasil. Há inúmeras organizações diferenciadas, além das indígenas que concentram formas distintas de organização familiar e, algumas ainda até desconhecida pela população não indígena, dada a quantidade de povos e etnias existentes. Em todas as formas familiares, o cuidado possui espaço de discussão central. 

Dessa forma, a partir de tantos processos de ressignificações experimentados durante a pandemia, que de certa forma evidenciou algumas de nossas tantas fragilidades, saber saborear as constantes mudanças do cotidiano, assemelha-se à aquisição de um conhecimento essencial à vida. Nesse sentido, é preciso ansiar pelo que foi poeticamente denominado por Walter Benjamin, de “omelete de amoras”. Esta denominação é oriunda da parábola de um rei que possuía muitas riquezas e poderes, todavia não se sentia completamente feliz.

Na busca pela felicidade que há muito tempo não era capaz de ter, pediu para seu cozinheiro real refazer uma tal omelete de amoras que comera em sua infância, num episódio complexo de sua vida e, caso não experimentasse a mesma sensação que tivera da primeira vez, matá-lo-ia. O cozinheiro, no entanto, teve uma reação muito diferente do que o poderoso rei esperava, negou com veemência seu pedido, pois o sabor daquela omelete jamais poderia ser refeito. O tempero envolvia cuidado, medo e fome que ele enquanto criança teve a oportunidade de sentir. Num ato reflexivo, o monarca percebeu que a busca pela completude era um eterno movimento, que provavelmente não angariaria o que ele estava procurando há tanto tempo. 

Os desafios que a vida impôs para nos mantermos na condição de estarmos vivas até o final das pesquisas, não pouparam nossas vivências de pesquisadoras, em busca da “Omelete de Amoras”, de espaços minimamente confortáveis e seguros e dos locais de convivência comuns às experiências já vividas. Apareceram  situações e pessoas que – como o cozinheiro do grande rei – demonstraram a urgência de experimentar outros sabores e saborear outras omeletes para não apenas encontrar a felicidade, mas também compartilhar caminhos acadêmicos menos turbulentos. 

Vale ressaltar ainda, nos caminhos tortuosos na luta para se manter vivas durante uma pandemia, fazendo pesquisa, a reiterada compreensão que a educação se constitui como ferramenta que, ao mesmo tempo em que pode refletir diretamente a sociedade e suas peculiaridades, também tem o poder de transformá-la. Assim, a divisão sexual do trabalho acompanhada da estereotipação feminina, constatada na contemporaneidade com toda a violência que ainda atinge mulheres e crianças, também está em movimento e as mudanças estão em curso. As contradições que colocam as mulheres responsáveis pelos cuidados na reprodução das famílias no centro de questões centrais que afetam a sustentabilidade do planeta e a continuidade das distintas formas de vida que aqui habitam, também impulsiona movimentos (Federici, 2020). O observável é um esforço coletivo de reinvenção para além de apenas amenizar os problemas. 

Dessa forma, este artigo é finalizado evidenciando a necessidade de continuar existindo pesquisas no âmbito da discussão da divisão sexual do trabalho e seu impacto na vida das mulheres em diferentes espaços, para divulgação, especialmente em relação a desigualdade de gênero e difusão de estereótipos. 

Para Galeano (1998), as cidades do mundo ao avesso estão o transformando num lugar difícil de viver. Ao contrário, lidando diariamente com a pequena infância, suas transgressões, seus feitos, suas falas, convicções e produções de culturas, notamos que este lugar tão repleto de impasses se tornará cada vez mais respeitoso, acolhedor perante as diferenças e dotado da capacidade de sentir empatia. É com essa expectativa que acreditamos na luta feminista como potência transformadora do processo de subalternização imposto às mulheres e na produção de uma educação cuidadosamente feminista, ant-patriarcal, antirracista, antimachista, antiadultocêntrica, anti-LGBTfóbica, antielitista e anticapitalista para as crianças desde a creche.

Bibliografía:

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Palabras clave:

Pandemia; educação; patriarcado

Resumen de la Ponencia:

A presente pesquisa é fruto de trabalho de conclusão de graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. O objeto de estudo consistiu nas motivações das solicitações de revogação de medidas protetivas de urgência - MPU tramitadas no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Ponta Grossa no ano de 2020 por parte de mulheres em situação de violência. As MPU são mecanismos de proteção às mulheres previstas na Lei 11.340/2006 - Lei Maria da Penha. O objetivo geral da pesquisa foi compreender de que forma fatores da ordem social de gênero e classe desencadearam a motivação de mulheres em situação de violência que solicitaram a revogação de medidas protetivas de urgência anteriormente deferidas em seu favor após alguma situação de risco. A pesquisa teve abordagem qualitativa, empregando metodologia de pesquisa documental e pesquisa bibliográfica, e o tratamento dos dados teve alicerce na Análise de Conteúdo.A partir da organização e análise das informações, identificamos enquanto dentre as motivações a preocupação com a convivência familiar, com o desenvolvimento e criação de filhos, a preocupação com o autor da violência nos casos de moradia, reclusão ou dependência química. Isoladamente, fizeram-se presentes questões relacionadas às vulnerabilidades socioeconômicas e dependência emocional. As principais motivações para que mulheres retirassem as medidas protetivas foram a retomada de contato e/ou convivência com a parte autora da violência, com maior recorrência do retorno ao relacionamento conjugal. Neste cenário destacamos o levantamento dos índices de reincidência da violência, onde em 34,3% dos processos houve situação de violência antes e/ou depois do processo estudado, e em 15,5% dos processos estudados houve situação de violência judicializada após a desistência da medida de proteção.Diante deste contexto, se faz necessário considerar simultaneamente os contextos sociais de cada mulher em situação de violência e as particularidades que neles se manifestam, todavia, é igualmente importante a compreensão das estruturas societárias que produzem as desigualdades sociais que afetam, de maneira distinta, a vida das mulheres em situação de violência, tal como fatores de classe, raça, sexualidade, cultura, entre outros que singularizam as suas condições de vida.As mulheres que retiram as cautelares anteriormente deferidas em seu favor têm diferentes motivações. Não somente de cunho pessoal, mas se deparam com as limitações estruturais determinadas pelo patriarcado, que se traduzem em seus relatos. Tais limitações do patriarcado aliam-se àquelas geradas e reproduzidas pelo racismo e pelo capitalismo. A experiência de mulheres com as MPU e sua intervenção em situações de violência doméstica são importantes para reconhecer quais os limites e possibilidades das políticas públicas. O que nos indica que o enfrentamento da violência de gênero deve ser feito alinhado ao enfrentamento de demais desigualdades que também demonstraram-se nos resultados desta pesquisa.

Resumen de la Ponencia:

Esta ponencia da a conocer a la sociedad y al mundo académico el término “Morbipedagogía” (creado por dos de los autores de la ponencia) para indicar que la carencia de calidad en el servicio educativo origina una seria de consecuencias que provocan debilidad competitiva frente a desarrollos académicos de alta calidad. Dichas debilidades se constituyen en factores de exclusión para quienes están inmersos en el sistema sean estudiantes, docentes, administrativos e inclusive la misma sociedad.La investigación es de corte cualitativa, aborda la lectura de varios autores de teoría de la complejidad; documentos emanados por el Ministerio de Educación de Colombia confrontados con la realidad del sistema educativo del mismo país, sumado a la experiencia como docentes y administrativos en varias instituciones educativas. La “calidad en la educación” se presenta en esta ponencia, como una situación sistemática de reproducción del status quo de las clases sociales por la contribución que hace en el mantenimiento del sistema de dependencia económica que no disminuye las brechas de poder adquisitivo en una sociedad altamente competitiva para desempeñarse en cargos o emprendimientos de mayor envergadura.Otros de los resultados de los seudosistemas o sistemas de calidad en educación que denominamos Morbipedagogía son el suicidio, la deserción escolar, tabaquismo, alcoholismo y uso de drogas alucinógenas. La morbipedagogía conduce a fenómenos crecientes como el matoneo, el bullying y las masacres cada vez más frecuentes en “los templos del saber”, el aborto en jóvenes durante su proceso de formación académica básica o universitaria, el alto nivel de enfermedades mentales entre docentes (clase obrera del sistema pedagógico) son otros de los síntomas del sistema educativo como reproductor de Falsos Positivos Académicos.Cuando no es por mediocridad del sistema, es por exagerada exigencia academicista, lo cual genera un estres infantil o juvenil. Y así continúa la lista interminable de afectaciones de la “calidad” del servicio educativo conduciendo a que los saberes y experticias adquiridas, en su proceso de formación académica, no sean desarrollados en su vida laboral, porque el mercado conduce a un alto porcentaje de los graduados del sistema educativo a realizar tareas obligadas, más que placenteras, o para las que no han sido formadas.La morbipedagogía afecta, además del ser humano, provocando desgaste a los mismos procesos del sistema educativa, lo cual se describe en la ponencia.

Resumen de la Ponencia:

A partir del inicio de la pandemia de COVID-19, a principios del año 2020, los Estados Nacionales comenzaron a tomar medidas que afectaron de manera radical las vidas de las personas en dimensiones múltiples. Dichas medidas, con el objetivo de contener los efectos de la pandemia, se desplegaron sobre distintos frentes de la vida cotidiana: laboral, habitacional, salud, educación, entre otros. Aunque aún no se puedan avizorar de forma clara todas las consecuencias, algunos de sus efectos, como la crisis social, económica y de los sistemas de salud, son ya evidentes. Estas cuestiones, además, pueden observarse en diversas escalas, desde el nivel global hasta el local e incluso el barrial, pero queda claro que han hecho visibles muchas realidades preexistentes y que han reforzado y profundizado las desigualdades sociales en múltiples aspectos. En Argentina, el Estado impuso medidas de aislamiento y restricciones a la circulación con diferente intensidad a lo largo de la pandemia. Durante este período, las mujeres jóvenes vieron afectada su vida cotidiana al interior de la vivienda tanto como su movilidad en la ciudad, de manera particular. Específicamente, las mujeres jóvenes que viven en barrios con distintos déficits en la provisión de servicios públicos fueron especialmente vulnerables ante la pandemia. Al respecto de dicho problema, en la presente ponencia se presentarán los hallazgos de investigación obtenidos a partir de la recolección de información mediante 21 entrevistas en profundidad, realizadas a madres jóvenes, de entre 20 y 29 años, pertenecientes al Municipio de Avellaneda, Provincia de Buenos Aires, Argentina. Particularmente, serán presentados los análisis elaborados en lo referido a la tensión entre el sostenimiento de trabajos remunerados con lo propio de la sobrecarga del trabajo de cuidados no remunerados. La información recabada será analizada poniendo énfasis en los factores que intervienen como los patrones tradicionales de género, a partir de la característica que imprime la maternidad y nutriendose de los aportes de la economía feminista. Como parte de los resultados, se observa entre las jóvenes madres una proliferación de estrategias económicas de supervivencia que conviven al interior de los hogares con las tareas de cuidados. En este sentido, se distingue la coexistencia de perfiles que encuentran favorable la reclusión para poder llevar adelante ciertas tareas y otros que se posicionan en el lado contrario. De esta manera se espera contribuir a la discusión sobre la división sexual del trabajo en su configuración actual a la vez que busca entender el impacto específico de la pandemia de COVID-19 en las condiciones de las mujeres jóvenes.

Resumen de la Ponencia:

Durante el desarrollo de la investigación se ha trabajado con hombres y mujeres caficultoras a través de la metodología IAP (Investigación-acción-participación) en dónde la comunidad ha tenido una supremacía en el desarrollo del proyecto, a través de la integración de saberes populares con los conocimientos científicos de los profesionales en un diálogo horizontal, permanente y participativo.El foco principal han sido las prácticas de sostenibilidad con un énfasis en la soberanía alimentaria y la economía circular y la perspectiva de género, con el fin de que las mujeres caficultoras alcancen niveles altos de liderazgo y empoderamiento, que les permita llevar las riendas de su negocio productivo y que puedan identificar otras líneas que signifiquen para ellas sostenibilidad económica, social y ambiental. En Colombia, los  cambios sociales y económicos de las últimas décadas, aunados a diferentes variables como la finalización del Acuerdo Internacional del Café, el conflicto armado, el desplazamiento violento y la migración masculina a la ciudad, han contribuido a un cambio importante en la mano de obra dedicada a la producción, recolección y beneficio del café, que recae principalmente sobre mujeres campesinas, presentando así una nueva perspectiva para el café colombiano (Thurston, 2013). A pesar de esto, la caficultura sigue siendo representada principalmente por hombres que han concebido sus prácticas a la luz de las directrices de grandes monopolios con rigidez institucional; sin embargo, estos sistemas de producción conservadores e inflexibles poco tienen que ver con las demandas del mercado actual, que requiere productos especializados. Cerca del 30% de la caficultura colombiana está en manos de mujeres, muchas de las cuales apuestan por la producción de cafés especiales, además, nuevas generaciones de mujeres se interesan en actividades como la catación o el barismo para ofrecer al consumidor la mejor taza de café (Agricultura de Las Américas, 2020).El objetivo de este proyecto busca desarrollar una metodología participativa con enfoque de género que facilite la gestión de parámetros de sostenibilidad y calidad en la producción y en el procesamiento de café en el Municipio de Girardota – Colombia. Esta investigación se aborda desde el enfoque mixto (Cualitativo-cuantitativo), en dónde tiene mayor relevancia los datos cualitativos. El planteamiento cualitativo se realiza desde la perspectiva IAP en dónde se han identificado categorías que han sido resultado del análisis del discurso de las y los participantes, la comprensión, la crítica y la reflexión, esto contrastado con estudios, informes y datos sobre el objeto de estudio. Se está trabajando con tres grupos de interés, 1-Familias caficultoras, 2-Consumidores y 3-Expertos.Los datos cuantitativos han sido tomados a través de encuestas a consumidores y se espera obtener datos cuantitativos de la evaluación de calidad del grano para hacer un análisis a través de la estadística descriptiva.

Resumen de la Ponencia:

As políticas públicas para as mulheres no Brasil tiveram seu início ainda antes da homologação da Constituição Federal de 1988. Tomadas pelas lutas de redemocratização durante o período da ditadura militar, as mulheres, organizadas em movimentos sociais, conquistaram em 1985 a implementação do Conselho de Direitos das Mulheres no Poder Executivo Federal, atrelado ao Ministério da Justiça e Direitos Humanos. Em 2002, a primeira Secretaria dos Direitos das Mulheres foi estabelecida, tendo seu formato e status alterado conforme o período político vigente. Desde a eleição de Jair Bolsonaro, no entanto, o principal organismo gestor de políticas para as mulheres do país tem sido desmantelado sob uma ideologia conservadora evangélica. Além disso, há um processo vigente de apagamento dos significados de gênero tendo em vista sua raiz radical feminista. Buscando contrapor essa corrente, o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo organizou um seminário virtual no dia 14/05/2021 com seis mulheres feministas do alto escalão da burocracia para compartilharem, a partir de suas memórias, o processo de construção das políticas públicas de direitos humanos para as mulheres das quais fizeram parte. Assim sendo, o presente artigo busca abordar conceitos relativos à gênero, políticas para mulheres, interseccionalidade e memórias a partir do entendimento compartilhado pelas convidadas e também a partir de revisão documental e bibliográfica.O resgate de memórias, nesse sentido, indica um passado de consciência de que os significados de gênero e transversalidade imbrincados nas políticas públicas devem dialogar com as pautas e demandas da sociedade civil e dos movimentos feministas, além do presente de resistência de que as conquistas de ontem sejam preservadas.Os resultados da abordagem às memórias do enfrentamento às desigualdades de género contra as mulheres no Brasil a partir das falas das presidentas do Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, Ministras da Secretaria de Políticas para as Mulheres e do Ministério da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos, remontam à relevância da reflexão sobre o medo, a luta, o conservadorismo, a representação política e laicidade do Estado.

Resumen de la Ponencia:

O problema da mensagem que se dá a conhecer através dos traços e das cores de uma certa pintura; aquilo que pelo pincel de um artista se explicita pelo entremeio de sua obra será objeto de uma conferência proferida por Erwin Panofsky em 1932. Anos depois, então um tanto consagrado por sua tese sobre Dürer, e por seu ensaio a respeito das diferentes formas pelas quais, ao longo do tempo, da Antiguidade grega ao Renascimento nórdico, as teorizações sobre a arte haviam se apropriado da ideia de Belo, Panofsky recuperaria os ditos pronunciados durante aquela prestigiosa e já distante conferência de 1932. Revisava-a; dava-lhe consistência e densidade incorporando-lhe um estudo também ele estimulante, originalmente publicado em 1933 e escrito a quatro mãos, por ele e Fritz Saxl. Juntas, as duas reflexões apareceriam como a Introdução de um novo livro de Panofsky. Uma coletânea de artigos notáveis, que receberiam como título a anamnese do ilustre compêndio de imagens e alegorias sistematizada por Cesare Ripa em 1593. O Studies in Iconology seria publicado um ano depois da anexação da Áustria pela Alemanha de Hitler. No ano do falecimento de Freud. A uma década exata da morte de Warburg. Em 1955, os dois textos serão mais uma vez publicados em conjunto. Desta vez, como o capítulo primeiro do Significado nas Artes Visuais, outro insigne livro de Panofsky. O que esta proposta de reflexão pretende não se distancia de um mapeamento dos diálogos que estes textos estabelecem com autores e trabalhos que lhes serviram de fonte, ou mais amplamente, como referências para uma interlocução possível. Nesses termos, não são apenas nomes como o do polímata perugino Cesare Ripa, ou o do historiador da arte alemão Aby Warburg, supracitados, que aqui se fixam como menções necessárias. Outros, como os de Ernst Cassirer, Sigmund Freud, e mesmo Ludwig Wittgenstein impõem-se como registros incontornáveis: impossível seria examinar a Iconologia pensada por Panofsky e Saxl sem que se considerasse conceitos como os de formas simbólicas, inconsciente e significado, por eles trabalhados, respectivamente. Contudo, é para além dessas ligações capitais que se objetiva tratar os argumentos discutidos por Panofsky nessa conferência de 1932, e posteriormente publicada e republicada em 1939 e 1955. Sopesando a metodologia que tal trabalho delineia, vislumbra-se observar a forma como ela se relaciona com reflexões um tanto caras à Antropologia: sejam discussões etnográficas que a precedem - como as contidas em Os Argonautas do Pacífico Ocidental, publicadas por Bronislau Malinowski em 1922 -, sejam teorizações a ela posteriores - como é o caso daquelas discutidas por Clifford Geertz em A Interpretação das Culturas, de 1973, ou mesmo por Roy Wagner, em A Invenção da Cultura, de 1975.

Resumen de la Ponencia:

La intención de esta ponencia es dar un pequeño esbozo en torno a la asociación moderna y binaria que se ha hecho alrededor de la forma en la que se construyen las identidades: genitales-sexo-género-expresión de género y sus roles. En esta ponencia se busca, primeramente, romper con estas asociaciones a través de la reflexión y los aportes no sólo de la teoría moderna de género, en donde se cuestionan los mismos, sino retomando principalmente el concepto “Colonialidad del género”, propuesto por María Lugones. El propósito de retomar esta elaboración, es nombrar cómo es que estas asociaciones binarias: vagina-mujer-feminidad y pene-hombre-masculinidad no han existido ni en todos los territorios ni en todos los momentos históricos, sino que junto con la instalación de la colonialidad del poder, ser y saber, se establece este mecanismo de poder para suprimir las identidades alternas a él y ejercer este binarismo como posibilidad única de leer la identidad, generando un borramiento del papel en la historia de todas aquellas identidades alternas o inconformes con este, así como la imposibilidad de seguirse viviendo bajo parámetros distintos de entendimiento en torno de esta construcción.  A través de esta reflexión se busca entonces posicionar la idea de que el género es colonial y moderno, y que las asociaciones en torno a él, tanto las que pertenecen a lo biológico como aquellas que hablan de roles, pueden ser disociadas partiendo de esta propuesta. Así mismo, se busca nombrar aquello que no ha sido nombrado: explorar dentro de la historia que las identidades fuera del binarismo han existido, principalmente aquellas que han habitado el territorio latinoamericano o Abya Yala. Hacer presente que en otros momentos de la historia han coexistido distintas formas de vivir la identidad y el género para poder desnaturalizar el binarismo en primer lugar, y en segundo, para hacer un reconocimiento de que la propuesta entorno a la ruptura del binarismo de género también debe ser decolonial.  Por último, establecer esta reflexión también como posibilidad actual entorno a los cuerpoas: la posibilidad de leerse y entenderse más allá del binarismo desde una perspectiva decolonial como propuesta de resistencia a esta imposición. 

Resumen de la Ponencia:

En Argentina, desde hace varias décadas se viene construyendo conocimiento en torno a la cuestión urbana a partir de la implementación y desarrollo de los Observatorios Urbanos. Creados en su mayoría en el ámbito de instituciones académicas, estos observatorios operan con el propósito de generar y difundir información y conocimiento sobre un territorio determinado y el de promover actividades que contribuyan a la actuación de los actores gubernamentales y de la sociedad civil para mejorar el diseño de políticas públicas. De manera paralela, en el año 2017 se instala dentro de la estructura estatal el Observatorio Federal Urbano, como un organismo específico de apoyo técnico para el diseño e implementación de políticas habitacionales y urbanas, a partir de la generación y monitoreo de estadísticas e indicadores a nivel federal que posibiliten una mejor gestión de las ciudades argentinas. Por otro lado se define que la información que se genere en el OFU constituirá un insumo fundamental para conocer las dinámicas del territorio, orientar la toma de decisiones en materia de políticas públicas y evaluar las iniciativas en curso. De esta manera, se reconoce como un mecanismo de gran relevancia de la Política Nacional Urbana. En relación a este contexto, en este trabajo se presentan avances de una investigación sobre la circulación del conocimiento producido en los Observatorios Urbanos en Argentina, en el marco de la creciente institucionalidad de estos instrumentos. Entre los diferentes accesos metodológicos que se contemplaron para el abordaje del caso en estudio se destacan: entrevistas a investigadores/as vinculados a estas experiencias, la sistematización de informes y documentos de proyectos, el relevamiento de sitios web de distintos los observatorios, entre otros. La gobernanza urbana requiere instrumentar formas de gobierno innovadoras que estén a la altura de la complejidad de los desafíos del territorio y de los actores involucrados en su producción. Este estudio parte del entendimiento de que la democratización implica no sólo la cuestión del acceso a la información, sino también procesos más democráticos de producción y circulación del conocimiento. Este tema es fundamental, en consecuencia, para los observatorios urbanos,  entendidos como modos de conocimiento contemporáneos por lo que resulta interesante contribuir a la reflexión sobre la movilización de diferentes conocimientos para la construcción y seguimiento de políticas a partir de los roles que estas herramientas desempeñan, y pueden desempeñar. El resultado parcial de esta investigación destaca la importancia de otorgar legitimidad -política, funcional y social- a las acciones de los observatorios urbanos en curso y de fortalecer los nuevos mecanismos y estrategias de coordinación multiescalar y multiactoral, ya que su articulación conjunta posibilita formas innovadoras de producción territorial atentas a las diferentes demandas existentes -tanto locales, como regionales y globales-. 

Resumen de la Ponencia:

El trabajo de investigación finalizado “El oficio docente hoy: entre las expectativas y la realidad. El caso de la Facultad de Educación (FED)”[1].  (financiado por la SIIP)  da cuenta del seguimiento de la cohorte 2014 de los/las estudiantes  de la Facultad de Educación de la UNCuyo que egresan y se incorporan en el sistema educativo.  Ponemos bajo estudio los primeros pasos en el oficio docente en distintos contextos entre lo instituido y lo instituyente. Se entremezclan en el análisis las políticas educativas hegemónicas, los recorridos personales y sociales de los docentes nóveles, docentes en general y las prácticas institucionales concretas que van dejando sus huellas.Desde un análisis sociológico, antropológico y desde la psicología social, buscamos caracterizar el oficio docente en general y específicamente el trabajo docente, las distintas funciones según contextos, sus retribuciones y formas de contratación diferenciales.  Recorridos e inserciones  laborales que relevamos y que  dejan un registro en la concepción sobre las condiciones laborales y salariales docentes, la participación en la política y en las asociaciones sindicales. Las formas de pensar sentir y actuar estarían condicionadas por estos primeros pasos en la docencia que van naturalizando la desigualdad, invadida por el lenguaje hegemónico de las reformas educativas ligadas a salidas individuales de problemas colectivos. Estos marcos conceptuales que se van multiplicando en los ámbitos privados y de gestión social que son los primeros en transitar los docentes nóveles, articulan con las prácticas concretas y sentidos subjetivos, transformándose en “una trayectoria que deja enseñanzas” y que va subrepticiamente naturalizándose, incorporándose en la cotidianidad de estos docentes. Opera como  el terreno sobre el que se desarrolla la  trayectoria laboral y que iría conformando la base de los esquemas de percepción de un oficio docente precario, inestable, que habilite a recibir remuneraciones diferenciales en base a la meritocracia que acepte la pérdida de derechos (ítem aula), los salarios diferenciales, el arreglo de partes bis a bis con la patronal de los problemas institucionales, desconocimiento del trabajo sindical y de las normativas de derecho que les asiste, etc.En lo metodológico, ubicamos como referentes a los alumnos avanzados y egresados cohorte 2014 de la FED que ingresaron al mundo laboral en el marco de la pandemia. Desde una estrategia cualitativa realizamos entrevistas en profundidad y analizaremos documentación y normativas. Nos posicionamos desde una perspectiva de Derechos y de Justicia Social. [1] SIIP Proyectos 2019 2021 UNCUYO Equipo de trabajo conformado por Cristina Romagnoli, Laura Raía,  Jorge Asso, Laura de Rosas, Lorena Gordillo,  Nuria Maldonado, Laura Troncoso, Florencia Gorosito, Ana Muñoz. 

Resumen de la Ponencia:

Introdução: Em 2020, com o advento da pandemia da COVID-19, o Brasil teve o pior cenário em relação às desigualdades sociais em sua história, de modo que 49,6% da riqueza nacional ficou concentrada no 1% mais rico do país. Ademais, a violência se aprofundou, tornando o Brasil o quinto mais que mais mata mulheres no mundo e o campeão em assassinato de pessoas LGBTQIA+ pelo décimo quarto ano consecutivo. Todos esses dados são reflexos de processos sociais e históricos profundos e que impactam diretamente nas condições de saúde da população e na organização dos Sistema Único de Saúde (SUS). Desse modo, tendo em vista as profundas desigualdades no Brasil e a ausência de consenso teórico-metodológico nos estudos sobre desigualdades em saúde, esse trabalho adotou como problema de pesquisa o seguinte questionamento: “Como as desigualdades estão sendo abordadas no campo da Saúde Coletiva no Brasil?”. Para tanto, foram definidos dois objetivos específicos, sendo que o primeiro consistiu em identificar e analisar o uso de diferentes concepções sobre desigualdade em saúde no campo da Saúde Coletiva, enquanto que o segundo pretendeu discutir de que modo a historicidade foi utilizada – ou não – na compreensão das desigualdades nesse mesmo campo, tendo como recorte os artigos publicados na Revista de Saúde Pública no ano de 2019. Metodologia: Foi realizada uma revisão de escopo, metodologia que permitiu identificar as opções adotadas no delineamento dos estudos e no referencial escolhido para o tratamento do objeto em questão. A abordagem analítica foi fundamentada na epidemiologia crítica latino-americana e na noção da tripla determinação social da saúde, considerando dimensões da vida como raça/etnia, gênero e classe. Resultados: Em relação ao primeiro objetivo específico, foi possível identificar que os estudos publicados não definiram conceitualmente o que compreendem por desigualdades em saúde, o que acarretou, na maior parte dos estudos, em uma confusão terminológica entre diversos conceitos, corroborando com a perda do sentido histórico e político das desigualdades em saúde. Ademais, a dimensão histórico-estrutural das análises não foi incorporada nos estudos, resultando, para além da ahistorização dos conceitos, na ahistorização das condições e dos processos sociais que produzem e reproduzem as desigualdades, que ao serem convertidos em fatores, perderam sua capacidade explicativa na perspectiva da historicidade. Conclusão: Tal modelo de produção científica no contexto neoliberal, representa um interesse histórico bem definido: a manutenção das relações que permitem a acumulação de poder em certos grupos em detrimento a outros, além de ocultar os processos que produzem e reproduzem as desigualdades em saúde. O descompasso da produção científica com a crítica acerca das desigualdades revela a urgência do resgate crítico das ciências sociais e humanas no campo da Saúde Coletiva.

Resumen de la Ponencia:

A nivel mundial es reconocido el proceso de paz entre el estado colombiano y las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del pueblo (FARC – EP), que culminó con la firma del acuerdo para la terminación del conflicto (el 24 de noviembre de 2016). En el punto 5 que trata sobre las víctimas, se establece la creación del sistema integral de verdad, justicia, reparación y no repetición; la Comisión para el esclarecimiento de la verdad la convivencia y la no repetición y la jurisdicción especial para la paz. En este contexto, se pretende analizar el impacto de la religión en el proceso de verdad, justicia y reparación. Los investigadores parten de la premisas: 1. Para que se pueda generar el proceso de reparación y convivencia se debe pasar por el perdón, lo cual conlleva al arrepentimiento y la no repetición; 2. Un país en conflicto interno y con sus ciudadanos cargados de odio no puede salir de la pobreza. En primer lugar, se realiza un análisis exegético de algunos pasajes bíblicos, de lo cual surgen como categorías de análisis el perdón, la reconciliación, la pobreza y el diálogo. Luego, se llevan estas categorías a un estudio de caso con víctimas de la violencia con el propósito de analizar si las enseñanzas y orientaciones de vida que se encuentran en la biblia tienen vigencia en la vida cotidiana en un país en postconflicto, para lo cual se generan las siguientes preguntas problematizadoras: ¿cuál es la contribución de las escrituras sagradas en la disminución de las brechas de violencia y pobreza al que se ve arrastrado un país en conflicto interno?  y ¿cómo pueden contribuir en la generación de una sana convivencia?. Uno de los resultados de esta investigación es la elaboración de una cartilla de formación de líderes y lideresas que brinde posibles rutas en la generación de espacios de perdón y sanación para una convivencia social en armonía.

Resumen de la Ponencia:

A literatura crítica nas ciências sociais ainda não concluiu as principais características que construíram as condições para o golpe de Estado no governo de Evo Morales, na Bolívia em 2019. O processo de crise política que culminou na renúncia e exílio do ex-presidente alertou a intelectualidade latinoamericana para a necessária revisão instrumental no que concerne à governabilidade e legitimidade. As acusações - improvadas - de fraude eleitoral foi germinada três anos antes em recurso de referendo popular com o qual em pequena margem dos votos, a maioria decidiu por impedir a candidatura à um quarto mandato do binômio Morales-Linera. Além da ostensiva neoliberal, da oposição nacional e internacional que aproveitou da polaridade para reforçar - principalmente- o racismo à intituição e à sua base, a repercussão do resultado de referendo além do embate em torno da construção rodoviária no TIPNIS são momentos-chave para compreender a ruptura do governo plurinacional com diversos movimentos indígenas e suas lideranças. Não obstante, os veículos de comunicação exercem sua postura antagônica de modo a acirrar polarização na sociedade. Cria-se ao decorrer de três anos a instabilidade social entre os diversos setores agregado com a desconfiança na instituição que ocasionou a crise de legimitidade do governo Morales. Isto posto, o objetivo deste trabalho é traçar análises científicas para explorar a relação de forças que corroboraram para a crise de outubro de 2019 no país boliviano de modo a esclarecer posturas governamentais que direta ou indiretamente desequilibraram a organicidade da política nacional.     

Justificación del Panel:

Nuestra propuesta, como parte de una investigación más amplia titulada EFICACIA DEL DERECHO, MUJERES Y COLECTIVOS. Un estudio comparado entre Córdoba Argentina y Montería Colombia; y subsidiada por la Secretaria de Ciencia y Tecnología de la Universidad Nacional de Córdoba, invita a la comunidad académica a reflexionar sobre la incorporación a nuestros plexos normativos de una convención internacional: la Convención para la Eliminación de Todas las Formas de Discriminación Contra la Mujer. Al tiempo que comparte la producción lograda por un equipo de investigadoras de las Pontificia Universidad Bolivariana (Colombia) y la Universidad Nacional de Córdoba (Argentina). Entendemos que el derecho es un discurso con el que se hacen cosas, siendo preciso determinar qué puede lograrse con éste según quiénes y cómo se utilice. La eficacia como instrumento de análisis socio-jurídico da cuenta de actores, influencias, intereses de la norma, discursos políticos latentes. El propio ejemplo de investigación utiliza líneas temporales que dan cuenta de los marcos de posibilidad propicios para la incorporación de la CEDAW y demás producción legislativa (eficacia normativa). Asimismo, también se pondrá especial atención sobre los ethos jurídicos internos y externos, dando respuesta a cómo ha repercutido la legislación sobre la aplicación de las normas jurídicas por parte de los Estados, sin dejar de poner en tensión el marcaje de las agendas públicas por factores nacionales e internacionales, dando lugar a abordar la eficacia instrumental y simbólica. Luego expondremos sobre el ethos externo, es decir aquello que determina las eficacias instrumentales y simbólicas, y que no es otra cosa que lo que las personas consideran que es el derecho determinando sus utilidades. En este aspecto compartiremos las voces de representante líderes de colectivos de mujeres e identidades disidentes cuyo relato de vida dan cuenta de la eficacia jurídica en su aspecto instrumental y simbólico de la mencionada convención. Concluyendo con la presentación de algunas ineficacias advertidas: a) interpretaciones tradicionalistas de las normas; b) nuevas formas de invisibilización de las problemáticas de mujeres; c) ineficacia normativa por falta de presupuesto y/o capacitación de agentes estales; d) programas y políticas públicas cogestionados con sociedad civil vaciados de contenido; e) mercantilización de las propuestas movimentistas; f) creaciones normativas de emergencia sin perspectiva global; g) superproducción de conjuntos normativos de género y violencia contra las mujeres aislados y sin aplicación transversal en otras áreas del derecho. En suma, nuestra propuesta invita a pensar el derecho y su eficacia desde lo subalterno sin dejar de lado sus aspectos formales, nos interpela como operadores jurídicos y/o estatales y como ciudadanos a redescubrir el espíritu de las normas, los objetivos y finalidades que ellas encierran; y sobretodo nos permite evaluar – reconsiderar- si éstos objetivos deben ser redefinidos. 

Resumen de la Ponencia:

La pandemia de Covid-19 profundizó la discusión del modelo global de producción, distribución y consumo de alimentos, al tiempo que proliferan otras alternativas de abastecimiento de las ciudades, de sectores vulnerables y de consumidores urbanos. Entre las principales transformaciones, en el sudeste bonaerense, se destacan las organizaciones de productores que incorporan la comercialización directa de sus productos, nuevas tendencias en los alimentos ingeridos, priorizados aquellos calificados como positivos para mejorar la inmunidad, dando cuenta de cambios en las dietas y hábitos alimenticios. A nivel comercial, adquieren mayor relevancia las compras directas a productores o a experiencias de comercialización local, la incorporación de pagos electrónicos, listas de difusión, entrega a domicilio y la posterior aparición de los puntos de retiro y nodos de consumo. Estas observaciones dan cuenta de profundos cambios en las relaciones sociales de producción, circulación y consumo de alimentos. Existen a nivel internacional distintos enfoques que referencian estos procesos, y aportan conceptos tales como redes o circuitos de proximidad, canales cortos de comercialización, redes alimentarias alternativas, entre otros, para describir las reconfiguraciones en los sistemas alimentarios. Al respecto, no existen definiciones universales o comunmente aceptadas por la comunidad científica ni una conceptualización consensuada a nivel local que permita una sistematización de las experiencias. Tampoco se registran antecedentes de la evolución de estas experiencias ni de sus reconfiguraciones antes y después de la pandemia y actual endemia. Es por ello que, el objetivo de la ponencia es realizar una revisión crítica de antecendentes a escala mundial y en particular en Argentina, con el objetivo de proponer una conceptualización del término canales cortos de comercialización. Para responder este objetivo se realiza una revisión bibliográfica priorizando distintos enfoques y clasificando la misma con el objetivo de consensuar una definición a aplicar que considere distintas dimensiones, vacíos de información, superposiciones y aplicaciones al sudeste bonaerense. La conceptualización del término canales cortos de comercialización permite la sistematización de experiencias regionales, la elaboración de un padrón regional, su caracterización, cuantificación y consecuente visibilización. De esta forma, permitirá generar espacios para la discusión de políticas públicas integrales destinadas al fortalecimiento sectorial, incluyendo la elaboración de normativas innovadoras e inclusivas.

Resumen de la Ponencia:

Esta ponencia presenta los principales resultados de mi tesis de Maestría en Sociología, centrada en observar las diferencias en volúmenes y patrones de movilidad social de varones y mujeres de Uruguay. Esto a partir de una hipótesis general que anticipa que el género no sólo distingue la probabilidad de que un individuo herede o se mueva de su posición social sino los trayectos que es más factible que transite; y entendiendo así que no solo es ineludible una perspectiva relacional sobre la clase sino también sobre el género y la articulación entre ambas fuentes de desigualdad para describir la forma en que se reproduce la estructura social.   Siguiendo antecedentes que han observado comparativamente la movilidad social de varones y mujeres (Scalon, 1997; Riveiro, 2011, 2016; Fachelli y López, 2015) y partiendo de las conclusiones de Boado (2008, 2016) que ha emprendido estudios sobre movilidad social en Uruguay, la investigación ha tenido el objetivo general de analizar el volumen y los patrones de movilidad social intergeneracional de varones y mujeres ocupados de Uruguay, en un sentido comparativo que permita contribuir a la discusión sobre la articulación entre género y clase. Se trabajó a partir de un diseño cuantitativo utilizando datos secundarios de una encuesta con representatividad nacional (ELPS, 2013). El plan de análisis enfatizó el análisis descriptivo y mediante modelizaciones loglineales de las tablas de movilidad de varones y mujeres, construidas a partir del cruce del esquema de estratificación social EGP para el origen social y para el destino social. La evidencia apoyó las hipótesis respecto a que varones y mujeres se distribuyen diferente en la estructura social, y además reproducen de forma más fuerte aquellas clases donde más se encuentran. Para las mujeres es la clase de servicio (I+II) y el trabajo manual no calificado (VIIa), así como en el trabajo no manual de rutina (IIIab). Los varones reproducen más las clases rurales (IVc y VIIb), la pequeña propiedad (IVab) y fundamentalmente el trabajo manual calificado (V+VI). Estas posiciones aparecen además como los destinos más frecuentes desde otros orígenes.  La observación de la movilidad relativa también evidenció distancias entre varones y mujeres. Los modelos loglineales trivariados indicaron que el régimen de asociación entre origen y destino es diferente para varones y mujeres, y esa diferencia no se remite a una mayor o menor fluidez. Los modelos bivariados clásicos basados en la cuasi independencia no ajustaron ni para mujeres ni para varones, ni el modelo topológico CASMIN. Se construyó por lo tanto un modelo topológico para el patrón de movilidad de las mujeres. El ajuste de ese modelo para las mujeres y no para los varones permite avanzar en un mapeo teóricamente fundado del patrón de movilidad según género.

Resumen de la Ponencia:

Em um contexto de generalização e permeabilização do espírito empreendedor em diferentes esferas da vida dos sujeitos, buscamos discutir e articular as mudanças estruturais e culturais com o sofrimento contemporâneo. Junto a isso, analisamos as dinâmicas mobilizadas por um grupo de empreendedoras de Porto Alegre/RS como um contraponto a essa lógica individualizante. Para tanto, nos voltamos para análises marxistas e weberianas, em uma combinação pragmática que nos permite observar as dimensões materiais e ideais da emergência do empreendedorismo, bem como compreender os sujeitos como portadores, vítimas e transformadores do espírito/ideologia do empreendedorismo. Em ambas as perspectivas, há uma centralidade do trabalho como elemento constitutivo das formas de subjetividade moderna, marcada pela precarização econômica e existencial, com a exigência de uma vida singular e autêntica. Por um lado, as análises marxistas nos permitiram observar como as mudanças econômicas nas últimas décadas massificaram a prática empreendedora para além do empresário capitalista clássico. Como resultado, observa-se a pauperização como uma forma de sofrimento material que permeia a vida dos sujeitos em diferentes esferas. Por outro lado, as análises weberianas oferecem subsídios para compreender a mesma generalização de um espírito capitalista aos demais sujeitos, mas por meio de mudanças culturais que resultam na internalização dos valores neoliberais em diferentes âmbitos da conduta de vida. Esse movimento resulta, por sua vez, na precarização enquanto sofrimento psíquico sob a noção de angústia. Combinando as duas perspectivas, é possível observar como as mudanças estruturais influenciam e transformam as concepções de mundo e as subjetividades, assim como as transformações ideacionais geram e reproduzem mudanças econômicas. Temos, assim, um contexto de mudanças na forma com que os sujeitos significam o trabalho em suas vidas, caracterizado pela depressão como condição generalizada pela contradição entre a exigência de autodeterminação por meio do empreendedorismo e o fracasso resultante das condições econômicas desiguais. Frente a essa situação, há diferentes respostas possíveis e alternativas à constelação depressiva. Em investigação com um grupo de empreendedoras de Porto Alegre/RS, observou-se combinações que mobilizam a dimensão coletiva, que envolvem dimensões de solidariedade, para além de um individualismo extremo, bem como a importância de figuras carismáticas para solidificação do sentimento de grupo e formação de novos valores.

Resumen de la Ponencia:

La siguiente presentación está enmarcada en el proyecto de tesis doctoral: “La política de los alimentos y la alimentación en Uruguay. Análisis de tecnologías de gobierno y modos de subjetivación a partir de políticas públicas y acciones colectivas emergentes entre 2005 y 2020”. Asimismo, tiene por objetivo analizar críticamente, a partir del análisis de las políticas de la alimentación en Uruguay durante el período transcurrido entre marzo 2020 y octubre 2021, el modo en que la alimentación saludable se constituye, en nuestra contemporaneidad,  como un modo de subjetivación en su carácter ético y político. Se presentarán las acciones políticas en torno a los alimentos y la alimentación en el marco de la crisis derivada por el Covid-19 en Uruguay a partir de la convergencia de dos líneas: una primera, compuesta por las políticas públicas desarrolladas durante este período por parte del Instituto Nacional de la Alimentación (INDA), y una segunda, que presenta las acciones colectivas emergentes de asistencia alimentaria llevadas adelante por organizaciones sociales, empresas, vecinos, sindicatos, entre otras. Durante 2020 se instalaron en el país más de 700 ollas populares como modo de paliar las dificultades familiares para sustentar la compra de alimentos. Desde las políticas públicas, se destaca la transferencia monetaria -sobre todo en especie- hacia las ollas populares y la publicación de un recetario para las ollas con sugerencias nutricionales. Asimismo, durante el período, se modificó la reglamentación, haciendo más laxos los criterios del etiquetado frontal de alimentos.Uno de los atravesamientos centrales que podemos pensar de estas políticas es la producción de la idea de lo saludable. La idea foucaultiana de dispositivo nos aporta para pensar que la construcción de la idea de alimentación saludable atraviesa a las prácticas alimentarias como un elemento que se constituye como saberes y prácticas compuestas por materiales y discursos sumamente heterogéneos. Quienes sostuvieron la asistencia alimentaria desde las acciones colectivas señalaban la preocupación por la composición de las preparaciones, a la vez que sostuvieron su inquietud por la saciedad y el sazón de los alimentos. En paralelo, el INDA publicó un recetario para ollas populares que no contenía carne vacuna en sus preparaciones, uno de los elementos centrales en la alimentación desde la conformación de Uruguay como un estado-nación y que se encuentra directamente asociada a la idea de saciedad y muy incorporada en el gusto (Laborde, 2017). Estos elementos nos dan cuenta del modo en que la idea de lo saludable se inscribe como un modo de gobierno (Foucault, 2000) de las poblaciones, que asimismo se encuentran en tensión por acciones colectivas que reconocen el valor cultural de la alimentación y la construcción social del gusto. 

Resumen de la Ponencia:

Recientemente, en Argentina, se identifica un conjunto de acciones desarrolladas desde distintos niveles del Estado e instituciones en torno a la promoción de modelos más sustentables e inclusivos basados en la inclusión de la agricultura familiar, elaboraciones a pequeña escala, producciones con bases agroecológicas y mercados de cercanía.En el ambito del Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca se crea la Dirección Nacional de Agroecología, en el ámbito de SENASA se realizan adecuaciones de las normas sanitarias y de inocuidad para la agricultura familiar, en el Código Alimentario Argentino se incorporan reglamentaciones que incluyen las particularidades de la elaboración a pequeña escala (PUPA), acciones coordinadas desde INTA, INAES y MDS para la formalización de experiencias vía la simplificación de la puesta en marcha de cooperativas y desde el Ministerio de Desarrollo Social se fomentan y fortalecen diferentes estrategias de comercialización de la economía popular, social y solidaria, impulsadas por entidades gubernamentales y organizaciones sociales de todo el país. En el ambito provincial, desde el Ministerio de Desarrollo Agrario, el Programa Alimentos Bonaerenses incluye entre sus líneas de trabajo la promoción de la Agroecología (vía la creación de un registro de productores agroecológicos, una red de facilitadores y líneas de financiamiento particular), el fortalecimiento de Mercados Bonaerenses, la incubadora de cooperativas y el banco de insumos para brindar facilidad de acceso a insumos para la producción. A nivel de Municipios, se desarrollan procesos de sanción de ordenanzas que promueven la agroecología, se regulan la aplicación de agroquímicos y se constituyen Sistemas Participativos de Garantías, entre otros aspectos. El objetivo del trabajo es realizar una revisión de programas, marcos normativos y esquemas de promoción y reglamentarios vigentes, a nivel nacional y subnacional, referidos a producciones y comercialización de alimentos a pequeña escala.Los resultados dan cuenta de la fragmentación de las políticas publicas, diversidad de ventanillas de Agricultura Familiar en diferentes estamentos del Estado y la necesidad de contar con una nueva gobernanza interdisciplinaria y asociativa a escala local que incluye a organizaciones sociales e instituciones del Estado y gobiernos locales, que ante la falta de espacios únicos para el desarrollo de las experiencias, actuen como sistematizadores y canalizadores de programas, proyectos y demás instrumentos para el desarrollo de sistemas alimentarios locales inclusivos.

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Una hipótesis ecológica y epidemiológica inicial sobre la cusa de la pandemia por SAR-CoV2 fue la de la ingesta de un murciélago o algún otro animal exótico. La hipótesis no prosperó en el terreno científico pero se ha mantenido en el imaginario colectivo. Así mismo,  debido a la reclusión sanitaria, diversas ciudades en el mundo vieron con asombro la presencia de animales salvajes que se apropiaron de los otrora espacios humanos. De este modo, el día de hoy nos encontramos en un momento de reflexión sobre nuestra relación con las otras especies animales. Aquí entran en juego también los movimientos animalistas en contra de consumo y experimentación animal, la legitimidad de los zoológicos y las nuevas prácticas de prohijamiento de mascotas.  ¿Cuál debe ser nuestra relación con el resto de la fauna del planeta? Esta ponencia busca contribuir a esta problematización sociológica presentando desde las narrativas religiosas del Antiguo Testamento una aproximación a las formas de representación teológica de los animales en el antiguo Israel como agentes virtuosos de la Alianza de YHWH con su pueblo. Más allá del totemismo analizado prístinamente por William Robertson Smith en sus “Lectures of  the Religion of the Semites”, en el texto bíblico la significación de los animales converge con prácticas económicas y políticas en marcos rituales y religiosos que develan la sacralidad de la Creación. A despecho de las posturas teológicas y filosóficas de un Dios-Ser intangible y atemporal, en el Antiguo Testamento Dios aparece reiterativamente con cuerpo y actitudes animales (incluidas las humanas). Históricamente estas alusiones a Dios como animal han sido tratadas, indebidamente, como figuras retóricas y no como expresiones de fe. Se realizará una crítica epistémica a las hermenéuticas racionalistas del Antiguo Testamento para recuperar la animalidad de Dios en la Biblia y develar las dimensiones ecológicas que se expresan en los sistemas rituales semíticos, particularmente el sacrificial, bajo el modelo analógico desarrollado por Mary Douglas y también a partir de una exégesis etnometodológica al texto bíblico que recupere no-dogmáticamente la imagen de un Dios animalizado.  Este ejercicio de hermenéutica bíblica permitirá crear puentes epistémicos entre los sistemas de representación del antiguo Israel sobre los animales y nuestros propios proceso contemporáneos de reconciliación con el resto de la fauna de este planeta en el contexto de la emergencia sanitaria. 

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El esquema territorial de la colonialidad se rige por formas de control ampliamente reproducidas en el sur hemisférico;  la apropiación y sobreexplotación sostienen la producción de mercancías necesaria en patrón predominante de acumulación de riqueza.  En términos de la actividad agrícola, esta ocupa 11% de la superficie terrestre y utiliza el 70% del total del agua extraída de los acuíferos a nivel global, sin embargo, se estima que 10 empresas ejercen el control del 65% de las tierras agrícolas, concentrándose en el aprovisionamiento de 45% de alimentos del mercado mundial.  Debido a ello, la producción de alimentos para la nutrición y del desarrollo humano ha sido sustituida por los alimentos mercancía.  Los desequilibrios ocasionados por estos patrones de producción se expresan en diversos conflictos sociales que ven sustituida su alimentación local diversa a una constituida por 12 especies plantas y 5 de animales.  El objetivo de este trabajo es analizar los conflictos socioambientales ocasionados en el estado de Morelos, México como una consecuencia de la producción de alimentos mercancía, particularmente vinculados a la carencia por acceso a la alimentación en la sociedad local.  Para ello, se hace una revisión hemerográfica de los conflictos socioambientales en los últimos 5 años en el estado de Morelos con relación a dicho proceso;  se conforma un Sistema de Información Geográfica (SIG) que los identifica en el territorio;  se revisan las condiciones municipales de carencia por acceso a la alimentación del Consejo Nacional de Evaluación de la Política de Desarrollo Social (CONEVAL), con el objeto de identificar la relación entre conflictos y afectación a la alimentación local.  En general, se encuentran conflictos que incluyen el desplazamiento de la producción de alimenticios locales por aquellos enfocados al mercado, el déficit de agua, la defensa social de los territorios agrícolas sustituidos por el sector inmobiliario, las afectaciones a la seguridad alimentaria y la pérdida de la agrodiversidad.  Se estima que 80% de los conflictos socioambientales se encuentra en municipios que registran entre el 25 y 50% de la población local con carencia por acceso a la alimentación, lo cual manifiesta una relación de afectación directa de la apropiación y sobreexplotación en la alimentación de la población.  Se espera que los hallazgos permitan generar estrategias interdisciplinarias de orden territorial para la gestión de reservas de producción agrícola que ayuden a la conservación de la producción alimentaria local, así como a la mitigación de los conflictos socioambientales. 

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Esta ponencia presenta un estudio de exploración y caracterización de las plataformas digitales educativas (nacionales, provinciales) que se constituyeron en recursos clave para el sostenimiento de la escolaridad en la distancia en la Argentina. El estudio llevó adelante una sistematización de estas experiencias identificando limitaciones y dificultades vinculadas a su utilización y aspectos positivos, potencialidades y aprendizajes resultantes del ciclo lectivo 2020 en relación con el aporte de las plataformas a la continuidad pedagógica. Asimismo, permite identificar buenas prácticas llevadas adelante por los gobiernos educativos en el uso de plataformas educativas con componentes e-learning e indaga en la proyección de este recurso pedagógico digital en la vuelta a la presencialidad.En dicho contexto el desarrollo de las plataformas enfrentaron un desafío que es sin duda de índole técnica, pero su resolución debe realizarse con arreglo a otros retos, como son los socioeducativos y los pedagógicos. Al sistematizar sus características en cuanto a su arquitectura, sus componentes, sus funcionalidades y el tipo de dinámicas e interacciones que éstas disponibilizan, encontramos que no siempre una dotación técnica virtuosa va acompañada de recursos pedagógicos potentes. El foco del análisis tiene que ver entonces con ponderar cómo se acoplan a la cultura digital las propuestas condensadas en dichas herramientas digitales y si consiguen alinearse y cómo al giro epistémico que introducen las TIC. A partir de dicho análisis el trabajo contribuye en precisar el modo en que la desigualdad educativa se expresa en el plano de su infraestructura digital, producto del arribo irregular a la discusión pedagógica a la que empujan la llegada de las TIC que existe en sus subsistemas educativos provinciales.

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El nuevo SARS-CoV-2 o COVID-19, fue declarado por la Organización Mundial de la Salud (OMS) como causante de pandemia en marzo de 2020. En este contexto, tuvo lugar una acelerada multiplicación de personas enfermas e índices inusitados de mortalidad en todo el mundo, devino también la urgencia de asistencia médica especializada y consiguiente preparación de las instituciones y profesionales de salud.No sólo se trató de una crisis para la salud pública, sino que afectó a la población en múltiples facetas, especialmente en lo social. La economía mundial atraviesa desde entonces una crisis sanitaria, humana y económica sin precedentes en el último siglo y que evoluciona continuamente. En consecuencia, las medidas asumidas por los distintos países requirieron un enfoque pangubernamental y pansocial, privilegiando una estrategia integral focalizada en salvar vidas y reducir las consecuencias sociales de la pandemia.En Argentina, entre las principales medidas para contención de la pandemia y minimización de la sobrecarga de los servicios de salud se instrumentó la mitigación alternativa (combinación de aislamiento de casos, cuarentena domiciliaria y distanciamiento social de la población).Desde el proyecto PISAC-COVID-19-00014 (financiado y acreditado por la Agencia Nacional de Investigación, Desarrollo e Innovación) denominado “Heterogeneidad estructural y desigualdades persistentes en Argentina 2020-2021: análisis de las reconfiguraciones provocadas por la pandemia covid19”, se emprendió un estudio sobre las condiciones, trayectorias y estrategias sociolaborales de grupos/segmentos ocupacionales en sectores específicos, como así también las estrategias de reproducción que combinan las esferas de la producción económica y la reproducción social (trabajo doméstico-comunitario y de cuidados).En este marco, se estableció un nodo de investigación en la Universidad Nacional de San Juan (UNSJ) que focalizó el estudio, entre otros, en un sector laboral muy particular de la población: los y las trabajadoras de la carrera de enfermería que integran el cuerpo de docentes de la institución. La selección de este sector ocupacional como objeto de indagación resulta de interés en tanto se desempeñaron simultáneamente como docentes universitarios y evidenciaron cambios rotundos en sus prácticas y espacios laborales así como su relación con los grupos de estudiantes y, por otro lado, en muchos casos integraron también equipos multiprofesionales de salud, que se configuraron como una fuerza de respuesta fundamental para las diferentes unidades de salud de provincia dada la situación actual. Para el estudio se contemplaron dos situaciones que establecen momentos claramente diferenciados: la pre-pandemia y la pandemia. En ambos casos, del universo de población objetivo se seleccionó una muestra para el relevamiento de información. La metodología fue de tipo cualitativa, aplicándose entrevistas en profundidad que abordaron dimensiones tales como trabajo productivo, accesos y uso de las TIC, trabajo reproductivo y acceso a planes y programas sociales.

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El objetivo de este trabajo es develar la configuración de la vivencia de estudiantes de pregrado en la etapa de diseño de una investigación empírica conducente a la obtención del grado de licenciado en Trabajo Social. Son diversos los autores que señalan que enseñar a investigar en carreras de pregrado es un tema de reciente discusión y se constituye en un desafío importante. En particular, la investigación en Trabajo Social ha tenido un desarrollo oscilante, que se mueve desde una negación a una inclusión perversa, a partir de lógicas de mercado. En este contexto, surge el interés por estudiar el tema en una universidad pública de Chile.A nivel conceptual, la literatura indica que la investigación y su enseñanza en la disciplina se desarrolla según tres tipologías: formación para la investigación, disposición para el aprendizaje y adquisición y retención de conocimientos. En la primera tipología, se reconoce un papel relevante a la mentoría como estrategia para la transmisión de conocimiento y modelaje del rol investigador en el estudiante. En la segunda tipología, las evidencias apuntan a la existencia de actitudes negativas y niveles altos estrés hacia la investigación. Respecto de la tercera tipología, existe cierto acuerdo en afirmar que el componente afectivo juega un rol significativo.La investigación se desarrolló desde la metodología cualitativa. Los participantes fueron catorce estudiantes que se encontraban desarrollando una investigación formal enmarcada en una asignatura del Plan de Estudio. La técnica de producción de datos fue el cuestionario con preguntas abiertas. Para el análisis de datos se utilizó el análisis estructural semántico.Los resultados indican que las vivencias de los estudiantes están asociadas a aprendizajes y dificultades en aspectos cognitivos, procedimentales y actitudinales. Dentro de los aspectos cognitivos, los estudiantes valoran positivamente el disponer de conocimientos previos; por el contrario, valoran negativamente los vacíos en lo epistémico y lo metodológico, como expresión de carencias previas en su trayectoria universitaria. Dentro de los aspectos procedimentales los estudiantes ponen en valor los conocimientos previos trazados por el Plan de Estudio, sí y solo sí, se encuentran en condición de articularlo. Y dentro de los aspectos actitudinales, los estudiantes valoran positivamente un proceso mediado por el locus de control externo, es decir, la externalización de responsabilidades en la toma de decisiones, articulándose como factor movilizador la presencia del grupo de pares y del profesor guía. Sobre este último, los sujetos valoran positivamente la presencia y acompañamiento directivo y estable, en contraposición a la ausencia de este o la configuración de una relación tipo laissez-faire.