Introducción: Profundizar en el conocimiento sobre los determinantes de la cobertura de servicios de salud materno-infantil, requiere comprender los vínculos entre los servicios e intervenciones contenidos en cada etapa del continuo. Estas relaciones han sido poco documentadas en países de ingresos medios o bajos y, en particular, cómo el uso de servicios en una etapa específica influye en su uso en las subsecuentes. El análisis de estos vínculos cobra particular relevancia para las mujeres adolescentes y jóvenes. Objetivo: Evaluar los vínculos entre el uso de métodos anticonceptivos preconcepcionales (PreC); la atención prenatal (APN) calificada, oportuna, frecuente y de contenido adecuado, la asistencia institucional y calificada al parto y el uso de métodos anticonceptivos postparto (PostC), entre mujeres adolescentes y jóvenes primíparas de México. Material y Métodos: Analizamos datos de la ENSaNut 2018 para mujeres adolescentes o jóvenes de 10-24 años, primíparas, (N=2 121 797). Luego de describir las principales características sociodemográficas y de salud de la población de estudio, estimamos modelos de regresión logística múltiple para evaluar las relaciones de interés. Reportamos razones de momios ajustados (aOR) e CI95%. Resultados: El uso de PreC no influyó en la APN calificada, institucional y oportuna, ni en aquella que fue frecuente (aOR-CI95%: 1.24 [0.80,1.93]) y de contenido adecuado (aOR-CI95%: 1.05 [0.67,1.63]); no así en la recepción de PostC (aOR-CI95%: 1.88 [1.28,2.77]) y en la recepción de PostC y atención calificada e institucional del parto (aOR-CI95%: 1.82 [1.23,2.69]). Adicionalmente, recibir APN calificada, institucional y oportuna se asoció a una mayor probabilidad de recibir APN frecuente y con contenido adecuado (aOR-CI95%: 7.27 [4.62,11.44]). Conclusiones: Se identificaron asociaciones fuertes entre el uso de anticonceptivos preconcepcionales y la probabilidad de uso de anticoncepción posterior al momento del nacimiento. Igualmente se identificaron fuertes vínculos entre el uso de atención prenatal calificada, institucional y oportuna con la utilización de servicios prenatales frecuentes y de contenido adecuado. Sin embargo, los vínculos entre el uso de atención prenatal y postnatal no pudieron ser probados en el presente estudio. La identificación de estos vínculos enfatiza la importancia de eliminar las barreras de acceso temprano, tanto en la vida reproductiva de una mujer, como en cada ciclo de embarazo.
#00835 |
Mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família, saúde sexual e reprodutiva, violência doméstica e abandono paterno.
Nas últimas décadas, as mulheres brasileiras apresentaram uma queda acelerada da fecundidade, bem como uma elevada prevalência de uso de contraceptivos. Ainda assim, essas mulheres têm um número expressivo de gestações não planejadas. O maior declive da fecundidade foi visto entre as mulheres mais vulnerabilizadas (Organização das Nações Unidas, 2019). No entanto, as mulheres em situação de pobreza podem ter seus direitos sexuais e reprodutivos não garantidos plenamente. Por outro lado, o incentivo à fecundidade tem sido relacionado aos programas de transferência de renda, nos quais os valores recebidos pelas beneficiárias dependem do número de filhos. Como agravantes da condição de vulnerabilidade da mulher são identificados a violência doméstica e o abandono paterno. O presente trabalho analisou o atendimento às mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) quanto aos direitos sexuais e reprodutivos na atenção primária do Sistema Único de Saúde, bem como investigou a violência doméstica e o abandono paterno. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório realizada com uma amostra não probabilística de mulheres maiores de 18 anos titulares do PBF, atendidas em duas Unidades de Saúde da Família, localizadas do município do Recife-Pernambuco, Brasil. A coleta de dados ocorreu a partir de um roteiro de entrevista realizada em julho de 2021, até ser detectada a saturação de respostas. As entrevistas gravadas foram transcritas e foi analisada a narrativa do conteúdo das categorias selecionadas. A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética CAEE 31849920.1.0000.5192. Os resultados identificaram que as mulheres participaram de atividades, como palestras e exames, de saúde sexual e reprodutiva nas Unidades de Saúde da Família, sobretudo para orientação do uso de métodos contraceptivos e cuidados com a saúde sexual. Ressaltaram a importância desses temas. Porém, nem todas participaram por não serem incentivadas à participação ou até pausa na vida sexual. Com relação à violência doméstica observou-se a compreensão de diversas formas desse problema que foi vinculado ao machismo, apesar de uma mulher declarar a violência como uma resposta do homem ao comportamento da mulher. Grande parte relatou ter vivenciado violência doméstica em seu meio familiar e/ou seu círculo de amizade, passando por cenas de constrangimentos e humilhações públicas. Nesse cenário, as mulheres buscaram amparo familiar ou na delegacia, com exceção de uma que não buscou assistência e continua a relação com o companheiro agressor. A maior parte das mulheres declarou não ter vivenciado abandono paterno, embora conhecessem histórias de outras mulheres. Os sentimentos de mágoa e desamparo foram referidos entre aquelas que registraram o abandono paterno, por ausência do suporte financeiro e/ou emocional, mas também destacaram a ajuda financeira e apoio dos familiares. Os direitos sexuais e reprodutivos precisam ser fortalecidos na atenção primária à saúde, assim como a violência doméstica precisa ser superada.
#01367 |
EXPERIÊNCIA DE PESQUISA DE CAMPO COM ADOLESCENTES DO CAPSI NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID 19
Os Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) é um dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) previstos na legislação para atender crianças e adolescentes com transtornos mentais. Os transtornos emocionais estão entre as principais doenças que agravam a saúde dos adolescentes em todo o mundo. O contexto da COVID19 e as questões relacionadas aos aspectos socioeconômicos, culturais e políticos também podem afetar a vida e a saúde mental dos adolescentes. No campo da saúde mental, conhecer o “território usado” é fundamental, considerando que é no território que se concretizam as relações sociais, o cotidiano da vida e onde são construídos valores e normas sociais, compreendendo que a aproximação com o território possibilita novas perspectivas de cuidado em saúde mental. O presente resumo tem como objetivo apresentar a aproximação com o CAPSi campo de pesquisa e os impactos da COVID 19. Foi realizada pesquisa etnográfica com dez adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos incompletos que estavam em atendimento em um dos CAPSi localizado no município de Santos. A pesquisa de campo aconteceu no período de junho de 2021 a dezembro de 2021, em território marcado pela desigualdade social, no contexto da pandemia do COVID 19 em que a vacina não estava disponível para todos. A orientação era seguir os protocolos de prevenção do contágio como distanciamento social e uso de máscara. Devido o cenário da COVID 19, no início da pesquisa as atividades coletivas do CAPSi, como convivência, grupo, oficinas, atividades extramuros e assembleias estavam suspensas temporariamente. Os atendimentos individuais foram mantidos de maneira presencial e remota, então a aproximação com os adolescentes da pesquisa aconteceu com a facilitação dos profissionais do serviço. Em análise preliminar foi identificado que a escola é um espaço importante para o adolescente, percebido os entraves do ensino remoto marcado pela desigualdade no acesso aos recursos tecnológicos. Foi verificado questões relacionadas ao território vivido, como a fome, as condições precárias de moradia e as relações familiares. O percurso da pesquisa possibilitou perceber os impactos da COVID 19 na vida e saúde mental dos adolescentes.
#02520 |
EL DERECHO DE ACCESO A LAS TÉCNICAS DE REPRODUCCIÓN HUMANA ASISTIDA EN COLOMBIA
En la época de expedición del Código Civil Colombiano-1873- era impensable que un sujeto fuese concebido por mecanismos científicos; dado los avances de la ciencia médica, a través de las técnicas de reproducción humana asistida, hoy es una realidad lo que en algún momento fue inimaginable. Las técnicas de reproducción humana asistida nacen como una solución médica a los problemas de infertilidad que enfrentan muchas parejas en el mundo, permitiéndoles así la tan anhelada procreación; estas técnicas podrán ser utilizadas por parejas heterosexuales infértiles, por parejas del mismo sexo (que solo tienen esta opción para la reproducción),o por personas que de manera individual opten por cumplir el deseo de reproducirse y por supuesto esta relacionado con el derecho a la salud reproductiva. Aun así, en Colombia actualmente no existe una reglamentación completa del tema, y dicha tardanza legislativa genera inseguridades jurídicas y cuestionamientos que requieren respuestas.La reflexión presentada en esta ponencia se plantea como avances de investigación del proyecto denominado: “Disponibilidad Jurídica del cuerpo humano en el ordenamiento Jurídico Colombiano”, desarrollado por el grupo de investigación SEMISOJU de la Universidad Libre sede Cartagena-Colombia, en el que se contempla como problema jurídico el siguiente: ¿Existe en el ordenamiento jurídico Colombiano fundamentos legales que permitan considerar el acceso a las técnicas de reproducción humana asistida, como un derecho, a propósito de los avances de la ciencia médica?; el mencionado problema plantea un desafío que sobrepasa los aspectos médicos para incursionar en el campo legal, psicológico y ético; En relación con la metodología utilizada es de enfoque cualitativo, de tipo dogmático y tipo documental. La propuesta de investigación en curso, se construye a partir del siguiente objetivo general “analizar los fundamentos legales, jurisprudenciales y principialístas, que en el ordenamiento jurídico colombiano, permitan que las técnicas de reproducción humana asistida sean consideradas como un derecho”. Como objetivos específicos se plantean: A) Establecer cuáles han sido los principales impedimentos, con los cuales se han encontrado las personas, para acceder a las técnicas de reproducción humana asistida como un derecho. B) Analizar la casuística más significativa a nivel nacional e internacional, para hacer un análisis comparativo de la forma en que fueron decididos; Lo anterior nos permitirá generar discusiones, que nos facilite conocer la ruta para el establecimiento del acceso a las técnicas de reproducción humana asistida como “un derecho” o los impedimentos para tal consideración; y de esa manera poder trazarse conclusiones parciales, a modos de propuesta, como poder categorizar los principales impedimentos que deben sortear los sujetos para acceder a este tipo de prácticas médicas en Colombia, y analizar las principales causas políticas, sociales, y morales que han imposibilitado que el acceso a estas técnicas sea considerado como un derecho en Colombia.
#02712 |
“Vínculo prenatal paterno y resultados materno-perinatales en puérperas atendidas en un hospital público”
Giovanna Bethzabé Enriquez Gonzales1
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Elisabet Sara Santos López
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Durante siglos, la relación entre parejas, se ha mantenido en un esquema muy tradicional, en donde el varón asume el rol de proveedor y proteccionista y el de la madre asociado al cuidado y crianza de los hijos. Nuestro país no es la excepción, pues todavía permanecen roles discriminatorios al momento de asumir responsabilidades en el ámbito familiar. De acuerdo a la Plataforma de paternidades de Perú, Los hogares peruanos tienen jefatura masculina mayoritariamente, aunque la proporción está disminuyendo. En 1992 era casi el 85%, mientras que para el 2014 en el 75% había presencia paterna. El número ideal de hijos es menor que el número que realmente.El objetivo de la investigación fue determinar la relación del vínculo prenatal paterno y los resultados materno-perinatales en puérperas atendidas en el Hospital Regional Docente de Medicina Tropical “Dr. Julio César Demarini Caro” La Merced, 2021. Es una investigación descriptiva con diseño correlacional, la muestra estuvo integrada por 59 puérperas, se aplicó un instrumento con escala de Licker de 29 preguntas; asimismo, se desarrolló grupos focales para identificar la percepción del vínculo del padre con la madre y el bebé. Los resultados indican que, la puérpera considera que el vínculo se da en primer lugar demostrando preocupación por la participación en la prevención del COVID 19; la preocupación por el nombre del bebé; manifestaciones de interés, alegría y entusiasmo hacia ella y la figura y presencia paterna en la crianza de su bebé. Se concluye que, existe una relación moderada entre el vínculo prenatal paterno y los resultados maternos, no existiendo esa misma relación con los resultados perinatales.Palabras clave: Vinculo paterno, prenatal, vínculo materno, resultados maternos.
#04205 |
Estudios Locos desde el sur: aproximaciones al movimiento “Orgullo Loco” en el Chile contemporáneo
La siguiente ponencia aborda las acciones de investigación y militancia que ha desarrollado el movimiento “Orgullo Loco” en Santiago de Chile desde el año 2015. Este movimiento social se ha caracterizado por convocar a manifestaciones en el espacio público, articular procesos de participación social desde la comunidad y organizar instancias de formación crítica para estudiantes y profesionales en recintos universitarios. Estas iniciativas se han desarrollado bajo los principios de la autonomía y la autogestión, la valoración de la diversidad y el reconocimiento de las diferencias, integrando activismos de personas que han recibido diagnósticos psiquiátricos y personas que no han vivido esta experiencia en un formato de enriquecimiento mutuo y en condiciones de horizontalidad. En esta contribución se analizan los cuestionamientos del movimiento “Orgullo Loco” hacia las lógicas jerárquicas y verticales propias de las instituciones de salud mental y la reproducción y circulación de conocimiento “experto” en los espacios académicos. Al respecto, se examina la emergencia de los Estudios Locos como proyecto de investigación, producción de conocimiento y acción política que reconoce la locura como una experiencia humana valiosa y significativa para generar saberes críticos frente al discurso psiquiátrico. Finalmente, en la presentación se consideran los alcances y limitaciones del movimiento “Orgullo Loco” y los Estudios Locos para disputar los imaginarios en torno al saber válido y legítimo en el campo de la subjetividad, la redistribución de recursos simbólicos y el desarrollo de prácticas sociales transformadoras en el ámbito de la salud mental en el Chile contemporáneo.
#04416 |
Itinerarios terapéuticos de mujeres migrantes para la prevención de mortalidad por enfermedad cardiovascular Popayán 2021
Introducción: En América Latina y Colombia las enfermedades cardiovasculares son un problema de salud pública. En 2019 Colombia reportó 4.5 millones de personas diagnosticadas con hipertensión arterial, diabetes y enfermedad renal crónica (ERC), el 61.6% fueron mujeres. La hipertensión es la enfermedad precursora más frecuente y generadora de muertes en los últimos cuatro años. Los fenómenos migratorios son considerados un determinante estructural de la salud. Las poblaciones que viven en contextos de migración presentan mayor riesgo de desarrollar enfermedades cardiovasculares, a la vez deben reestructurar las formas de sobrellevar y resolver los obstáculos para recuperar su salud. Objetivo: describir los itinerarios terapéuticos que construyen las mujeres migrantes para la prevención de la mortalidad por enfermedades cardiovasculares en Popayán Colombia. Materiales y métodos: estudio de enfoque cualitativo de etnografía enfocada. Se realizó triangulación usando concomitantemente varias técnicas de recogida de datos y diversas modalidades de análisis, de varios informantes y puntos de vista de observación. Se utilizó la entrevista a profundidad (17), grupos focales (3) y un diario de campo, orientados a caracterizar secuencias temporales que rodearon los eventos de enfermedad y la reconstrucción de itinerarios terapéuticos. La población objeto fueron mujeres migrantes con enfermedad cardiovascular. Para asegurar el rigor de la investigación y la calidad de los datos obtenidos, se asumió una integración flexible y abierta desde cuatro criterios: adecuación epistemológica y metodológica, relevancia, validez y reflexibilidad. Resultados: las mujeres migrantes construyen itinerarios terapéuticos determinados por prácticas individuales, familiares, comunitarias, de los cuidadores de salud y del sistema sanitario hegemónico. Llegar a un territorio como migrante, exige el acondicionamiento de prácticas de la cotidianidad para resolver las necesidades básicas de la familia; su consideración como “mujer cabeza del hogar” implica prescindir de su propio cuidado y las prácticas terapéuticas. La utilización de la sabiduría popular, las creencias religiosas, el ajuste a maneras de alimentación, el apoyo familiar, de los amigos y vecinos, emergen como aspectos definitorios en la construcción de itinerarios. A pesar de asignar un diagnóstico biomédico de enfermedad cardiovascular para transitar por el sistema de salud, los procesos de atención se fracturan principalmente por requerimientos administrativos, financieros y fragmentación de servicios sanitarios, así las cosas, las mujeres abandonan los itinerarios hegemónicos para insertarse en tratamientos alternativos para el cuidado de su salud. Conclusiones: las mujeres migrantes construyen itinerarios terapéuticos para la prevención de la mortalidad por enfermedad cardiovascular vinculando al sistema de salud hegemónico parcialmente. La negación de servicios, carga administrativa, largos tiempos de espera y limitadas respuestas a sus necesidades, hacen que aplacen el tratamiento y seguimiento de su proceso de salud, buscando alternativas donde confluyen recursos individuales, familiares y comunitarios basados en la sabiduría popular. Algunas mujeres desisten del proceso terapéutico.
Introdução: A pandemia da COVID-19 iniciou-se em dezembro de 2019 e seu epicentro ocorreu em Wuhan, na China, alastrando-se rapidamente por todo o mundo e chegando ao Brasil em 26 de fevereiro de 2020. O acesso físico e a marcação de consultas ficaram restritos nas Unidade Básicas de Saúde (UBS) e a partir de então, os serviços de saúde adaptaram-se para resolver as prioridades em saúde e evitar contaminação com a aglomeração de usuários nas UBS brasileiras. Assim, os usuários vivenciaram o congelamento de vagas para consultas não prioritárias, resultando na diminuição do número de consultas e aumento do tempo entre atendimentos ambulatoriais e atendimentos de urgência. Este cenário gerou o ambiente propício para que, os conflitos anteriores à pandemia de COVID-19 sofressem uma intensificação com o novo cenário pandêmico tornando-os mais acirrados, enquanto que outros perderam importância. Os conflitos ocorrem de formas diferentes entre as classes de trabalhadores da saúde, entendendo-se que cada classe de trabalhadores traz motivos distintos para essa ocorrência. Nesse contexto, uma revisão de literatura traz consigo o panorama anterior e atual dos conflitos na pandemia tentando identificar o que realmente mudou. Objetivos: Revisar a literatura existente a respeito do tema, expondo os conflitos pré-existentes e atuais no transpandemia, sob o olhar da Teoria Crítica. Método: Buscou-se referências bibliográficas a respeito do tema com os termos “Atenção Básica”, “Conflitos”, “Teoria Crítica”, e realizou-se uma revisão sistemática de literatura utilizando-se da Teoria Crítica para análise. Resultados: Habermas atesta a existência de conflitos e tensões em interações onde acordos normativos são problematizados e perturbados. Entende-se que conflitos não devem estar presentes como algo operacional nas dinâmicas de poder, mas que há a necessidade de reconhecimento mútuo subliminar, tanto nas relações interpessoais como nas relações jurídicas e de estima social. Além disso, os conflitos se dão de formas diferentes entre as classes de trabalhadores da saúde. Para os gestores das UBS, a temática foi tratada sem resistência e com naturalidade, sendo algo cotidiano na relação interprofissional e entre os trabalhadores e usuários. Para trabalhadores nucleares, houve maior resistência em abordar o assunto, com foco no atendimento aos usuários; já com os trabalhadores periféricos, os conflitos acontecem entre os profissionais e entre eles e os usuários, ressaltando-se que cada classe de trabalhadores traz motivos distintos para essa ocorrência. Sobre a Teoria Crítica, esta traz em seu sentido a abolição das injustiças sociais, buscando a liberdade dos indivíduos, opondo-se às formas de dominação existentes e tendo a emancipação humana como central para a teoria crítica. Ou seja, é importante entender a ocorrência e existência dos conflitos e como a análise através da Teoria Crítica traz um olhar voltado aos indivíduos produtores de saúde, trazendo entendimento e reflexão sobre os mesmos.
#01758 |
La interculturalidad crítica como enfoque teórico y práctico para dialogar sobre la discapacidad en los pueblos indígenas
La discusión sobre discapacidad en los pueblos indígenas se está construyendo en base a numerosos elementos y contextos marcados por realidades históricas de los pueblos. Este análisis propone a la interculturalidad crítica como un enfoque teórico con el que podemos aproximarnos hacia la comprensión de la discapacidad en los pueblos indígenas y entre etnias, con el fin de sugerir eventuales diálogos interculturales recíprocos y que construyan conocimiento y prácticas que revelen que la discapacidad ocurre en un territorio heterogéneo, plurinacional y que implica diversidad de saberes y de mundos.Este fenómeno se ha discutido principalmente sobre los enfoques de la salud intercultural propuesta por el estado, los determinantes sociales de la salud y enfoques culturales que enfatizan en las particularidades antropológicas de la cosmovisión de un pueblo indígena respecto a la discapacidad. ¿Son estas posiciones suficientemente críticas para desarrollar el diálogo?. Otros enfoques se han inclinado por la teoría crip/queer, la perspectiva crítica (a través de los estudios críticos sobre discapacidad) y el modelo social de la discapacidad, todos ellos provenientes de propuestas anglosajonas. Sin embargo, ninguno de ellos ha demostrado gran interés por el estudio de la discapacidad en los pueblos indígenas. La interculturalidad crítica resulta un marco teórico relevante para analizar cómo las prácticas con personas indígenas con discapacidad están determinadas por lógicas coloniales del ser/estar, saber y poder que definen la forma en que nos relacionamos con ellos. Este enfoque nos permite tensionar nuestro propio actuar, a la vez que desafiar nuestra racionalidad médico-científica y social sobre la discapacidad. Existen nuevas formas de investigación que podríamos comprenderlas como parte de una interculturalidad crítica, y que se enmarcan en un cúmulo de perspectivas críticas, decoloniales, feministas e interculturales que logran entrecruzar estudios etnográficos críticos con una vinculación socio-histórica y contemporánea de la discapacidad, desde una perspectiva de las epistemologías del sur. Estos desafíos investigativos requieren un proceso de descolonización de los investigadores y profesionales que devengan en una lectura de la discapacidad en los pueblos indígenas desde las fronteras y que integre las luchas comunes de los pueblos impactados por el sistema-mundo moderno-colonial. Las personas indígenas con discapacidad llevan encarnada una experiencia de discapacidad compleja, que se entrecruza con un proceso-histórico social de relación conflictiva con los estados y con el modelo capitalista neoliberal, por lo que las luchas de la discapacidad no pueden desprenderse de esa realidad. Las formas de aproximarnos deben ser variadas y dependiente de los contextos, y esperamos que hagan posible un diálogo intercultural en igualdad de condiciones y que contribuyan a que las propias personas indígenas con discapacidad lideren los procesos reflexivos, activistas e investigativos sobre lo que occidente ha denominado discapacidad.
#02419 |
Una mirada descriptiva a las arbovirosis en cuatro municipios de Colombia: un asunto multicausal
Diana Marcela Sarmiento-Senior1
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Juan Sebastián Mantilla Granados
1
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Jaime Eduardo Castellanos Parra
2
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Carlos Andrés Morales Reichmann
3
1 - Universidad El Bosque. Instituto de Salud y Ambiente.2 - Universidad El Bosque. Grupo de Virología.3 - Secretaría de Salud del Cauca.
Introducción: Las arbovirosis como dengue, chikungunya y Zika son un problema de salud pública a nivel mundial. Están clasificadas como Enfermedades Tropicales Desatendidas estrechamente relacionadas con las condiciones de agua, saneamiento e higiene de las poblaciones. En 2019, la región de las Américas reportó más de 3 millones de casos de dengue, siendo la segunda con más casos en el mundo. A pesar de tener una alta incidencia en áreas urbanas, hay evidencia de su presencia en áreas rurales de Colombia. Métodos: Con el fin de identificar los conocimientos, actitudes y prácticas relacionadas con estas arbovirosis, se encuestaron habitantes de los municipios Popayán, Piendamó, Patía y Piamonte del departamento de Cauca, Colombia en 2021. La información se digitó y depuró en Microsoft Excel® versión 2013 y se analizó en SPSS® 23. Resultados: Se realizaron 903 encuestas (343 rural, 560 urbano), 72% fueron mujeres. El promedio de personas por vivienda fue de 4.31 y el promedio de familias por vivienda fue de 1.28. La edad promedio de los encuestados fue 45.9 (DE=16.5) años, el 62% se identificó como jefes de familia y 36% afirmó vivir en unión libre. El 38% manifestó que su principal dedicación era el hogar, 36% trabajadores independientes y 13% empleados. Un 44% afirmó contar con todos los servicios públicos (36% urbano, 8% rural). El 37% afirmó tener un abastecimiento de agua irregular (25% urbano, 12% rural) y el 66% usar un servicio de recolección de residuos sólidos (50% urbano, 16% rural). El 68% aseguró haber recibido información sobre estas enfermedades (43% urbano, 25% rural), proveniente en 31% de las instituciones municipales o el personal sanitario. El 81% identificó que la transmisión se realiza por la picadura de zancudos (52% urbano, 29% rural) y 52% señaló correctamente los vectores transmisores, aunque no señalaron los criaderos potenciales de los vectores. El 80% identificó que el dengue puede afectar a cualquier persona, presentando síntomas como fiebre, dolor de cabeza y de cuerpo; mientras que 56% (32% urbano, 24% rural) desconocieron los síntomas de chikungunya y 85% (52% urbano, 33% rural) de Zika. Sobre las formas de prevenir las enfermedades se mencionaron la limpieza general y la fumigación. Conclusión: Se recomienda ampliar el conocimiento de las comunidades sobre las enfermedades presentes en el territorio a través de la participación de la población en acciones de prevención e incluir a las poblaciones en la toma de decisión sobre procesos en salud. Aunque las acciones institucionales de control se concentran en zonas urbanas, las condiciones de infraestructura relacionada con los servicios públicos y la atención en salud en el área rural pueden constituir condiciones de riesgo para la población habitante de estas zonas y expresan las condiciones de inequidad entre las dos áreas.
#03839 |
Desestabilización de la dicotomía normal/patológico en las epistemologías locas: propuestas desde una perspectiva situada
El Orgullo Loco es un movimiento político que formalmente surge alrededor de los años 70’s en Canadá y Estados Unidos (si bien distintos antecedentes no necesariamente nombrados como tal pueden rastrearse a través de los tiempos y en diferentes contextos). Se trata de un movimiento que se posiciona en contra de las violencias psiquiátricas y reclama la reparación de las víctimas y sobrevivientes de la institucionalización en salud mental, entre otras cosas. En este contexto, la propuesta de la ponencia es discutir en torno a las distintas formas de luchar por la “despatologización” en salud mental. Luchas que, a su vez, tienen como efecto trastornar la dicotomía entre “normalidad” y “patología” que históricamente ha fundamentado las lógicas y prácticas psi. Desde el cruce entre distintas posiciones tanto biográficas como activistas, afectivas y académicas, desarrollo la propuesta al re-leer y dialogar con distintas referentes feministas de lo que considero como epistemologías locas: producciones de conocimiento encarnado, teórico-crítico y político en torno a la locura y el malestar.
#04584 |
Conocimiento ancestral en la curación de la próstata a base de isaño (Tropaeolum tuberosum Ruiz y Pavón)
Los conocimientos ancestrales respecto a la medicina tradicional son importantes debido a que tuvieron presencia en la lucha contra diversas enfermedades, cuando no había hospitales ni profesionales de salud. Sin embargo, en la actualidad están siendo subestimados y dejados de lado por la ciencia. Muchos pobladores altoandinos y de otros lugares sufren de la inflamación de la próstata, que antes se curaba con el isaño. El objetivo de este artículo es sistematizar los saberes de la práctica del tratamiento de la prostatitis a través del isaño cultivado (para consumo) y pajarillu (isaño silvestre) en las comunidades campesinas de las provincias de Yunguyo, Chucuito, El Collao y Puno de la región de Puno - Perú. El enfoque de esta investigación es cualitativo, método etnográfico y fenomenológico. La población de estudio fueron adultos mayores que saben sobre la prevención y curación de los problemas de próstata con isaño. Se utilizó la técnica de la entrevista semiestructurada para obtener la información de campo. El resultado sugiere que el isaño silvestre o pajarillu es el tubérculo que cumple el papel curativo de la próstata y no el isaño cultivado, que solo cumple el papel de prevención. Se concluyó que muchas personas con enfermedades de la próstata fueron sanadas por curanderos a base de isaño silvestre.
#04609 |
Aceptabilidad del “Plato del Bien Comer Maya” en México: aproximaciones a partir de un estudio cualitativo
Zulema Cabrera Araujo1
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Víctor Manuel Hernández Escalante
1
;
Alina Dioné Marín Cárdenas
1
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Rocío Murguía Argüelles
2
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Noel Magaña Be
2
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Karla Ramón Escobar
2
;
Javier Hirose López
2
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Lázaro Tuz Chi
2
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Joed Peña Alcocer
2
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Natalia Tumas
3
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Carlos Castro Sansores
1
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Clara Juárez Ramírez
4
;
Abril Salas Góngora
2
1 - Universidad Autónoma de Yucatán.2 - Universidad de Oriente.3 - Universidad Nacional de Córdoba.4 - Instituto Nacional de Salud Pública.
Introducción. La población maya de Yucatán (México) presenta elevadas prevalencias de obesidad, diabetes y deficiente control de la diabetes. Esto podría deberse en parte a los cambios recientes en los hábitos de alimentación de esta población entre los que se destaca que ciertos alimentos tradicionales han sido sustituidos por alimentos no tradicionales (muchos de ellos procesados y ultraprocesados). El “Plato del Bien Comer Maya” (PBCM) se ha propuesto como una herramienta intercultural para mejorar la alimentación de la población maya, revitalizando el consumo de alimentos tradicionales. Objetivo: Conocer aspectos sobre la aceptabilidad del PBCM en adolescentes de una comunidad de Yucatán con elementos culturales mayas al compararlo con el “Plato del Bien Comer” nacional. Metodología: Se llevó a cabo un estudio cualitativo en la localidad de Cholul, Yucatán, México. Se llevaron a cabo tres grupos focales con un total de 28 adolescentes de entre 12 y 16 años de edad, estudiantes de secundaria. Fueron proyectadas imágenes del PBCM y del “Plato del Bien Comer” nacional y para conocer opiniones sobre la aceptación de ambos platos se analizaron dos categorías principales: diferencias percibidas entre el Plato del Bien Comer Maya y el Plato del Bien Comer nacional y disponibilidad y acceso de alimentos en la zona. Resultados: Todos los discursos, con relación a las diferencias entre ambos platos y la disponibilidad de alimentos, fueron hacia una mejor aceptación del PBCM, haciendo énfasis en que son alimentos accesibles y los que consumían sus abuelos y ancestros, y que son mejores para la salud y para el medio ambiente. También hubo rechazo a algunos alimentos del “Plato del Bien Comer” nacional al ser consideradas como ajenos a sus hábitos ancestrales, con sustancias química potencialmente dañinas y más costosos. Las/los participantes estuvieron de acuerdo en que se dé más difusión al hecho de que los frutos locales son parte del grupo de frutas y verduras y que se visibilice la mazorca de maíz. Conclusión: Las opiniones sobre el PBCM reflejaron buena aceptación por parte de los adolescentes, conociendo algunos beneficios de revitalizar el consumo de los alimentos tradicionales en las comunidades mayas de Yucatán.
#04960 |
La concepción de la COVID-19 entre la población indígena amuzga de Guerrero
José Antonio Tascón Mendoza1
;
Georgina Contreras Landgrave
1
De acuerdo a los datos oficiales, los casos de enfermedad y mortalidad por COVID-19 no han alcanzado cifras muy altas entre la población indígena; sin embargo, estudios epidemiológicos han comprobado que, dada su vulnerabilidad, los riesgos de padecer formas severas de COVID-19 son más altos, y la letalidad que alcanza esta enfermedad es mayor entre dicha población. A lo anterior habría que agregar que la pandemia ha acentuado todavía más las profundas inequidades que existen en nuestro país; específicamente la inequidad y la falta de acceso a la salud está contribuyendo a profundizar las brechas de los grupos que, como los pueblos indígenas, han sido mayormente afectados. Como respuesta a esta problemática que enfrentan, algunos pueblos indígenas generaron sus propias estrategias y acciones para prevenir la llegada de la pandemia a sus comunidades o atenuar los contagios, principalmente bloqueando los accesos a sus territorios y poniendo en aislamiento a los habitantes que regresaban del exterior, así como promoviendo la medicina tradicional, para combatir los síntomas de la COVID-19. Un caso especial fue detectado entre la población indígena amuzga del municipio de Xochistlahuaca, Guerrero, en donde autoridades y habitantes de comunidades afirmaron que la morbimortalidad por COVID-19 rebasó por mucho las cifras oficiales, debido a que las personas infectadas evitaron acudir a los servicios de salud, argumentando que iban a morir allí, o que serían sometidas a prácticas médicas dañinas. Este comportamiento se relaciona con ideas de terapeutas tradicionales, quienes consideran que la COVID-19 no es tal, sino que corresponde a un complejo mórbido que ellos denominan “mal aire”, el cual comparte algunos de los síntomas de aquella, pero su origen y tratamiento son distintos. El objetivo de esta ponencia es compartir los resultados parciales de una investigación cualitativa que busca, desde la sociología de la salud, analizar los valores, ideas, creencias y conductas que, desde el modelo médico alternativo subordinado, conforman la respuesta de terapeutas tradicionales y población amuzga del estado de Guerrero, a la pandemia de COVID-19. La concepción indígena sobre la COVID-19 ha sido ignorada por los servicios de salud públicos, lo cual representa una seria dificultad para las estrategias y acciones que implementan, tanto en la atención de la población indígena infectada como en la prevención y control de la pandemia, pues dichas acciones carecen de una adecuación intercultural que contemple la concepción indígena de la COVID-19. En este sentido, la información generada por este tipo de investigaciones puede ser de mucha utilidad para los programas y acciones de salud institucionales.
#04996 |
VIVENCIAS DE LÍDERES DE ORGANIZACIONES DE PACIENTES CON ENFERMEDADES POCO FRECUENTES
El cuidado de las enfermedades poco frecuentes (EPF) ha demostrado ser complejo por su carácter crónico y progresivo en la mayoría de los casos. A pesar de esto, en Chile, la mayoría de las medidas de salud pública para su cuidado se limitan al ámbito asistencial, dejando de lado parte importante del cuidado de estas personas: sus cuidadores. Así, con el objetivo de conocer las vivencias de los líderes de las organizaciones de personas con EPF en Chile, se realizó un estudio de carácter cualitativo, en el que mediante el análisis de contenido de discursos públicos se conocieron las vivencias de los cuidadores de personas con EPF en Chile, dejando en evidencia necesidades en cuanto a apoyo en salud mental y educación, sintiéndose estas personas abandonadas e invisibles para el Estado, cuyo rol ven como determinante en el tratamiento integral de una EPF. Es importante reforzar la participación de los pacientes y sus cuidadores, en políticas públicas, para otorgar cuidados integrales y humanizados a las personas con EPF.
11:00 - 13:00
GT_18- Salud, Seguridad Social y Personas con Discapacidad
Teoría crítica y determinación socioambiental de la salud
#00649 |
História, Saúde e Urbanização no Vale dos Sinos e do Taquari (RS/século XX aos dias atuais)
A temática de pesquisa investiga a relação entre saúde, medicina, enfermidades e processos de urbanização no decorrer do século XX até as primeiras décadas do século XXI em duas áreas de (i) migração do Rio Grande do Sul. O enfoque consiste em aprofundar questões sobre saúde/doença e a medicina no decorrer do processo histórico que considere os distintos agentes e suas perspectivas socioculturais em meio a um cenário de transformações. A proposta de pesquisa almeja investigar e problematizar a complexa relação sociocultural e histórica existente entre saúde/doenças e medicina no contexto de colonização e processo de urbanização em duas regiões de (i)migração europeia (Vale do Rio dos Sinos e do Rio Taquari)que cresceram e se desenvolveram significativamente no decorrer do século XX até as primeiras décadas do XXI, com vista analisar a construção histórica regional no âmbito do micro, mas em diálogo com o macro no intuito de evidenciar particularidades de uma determinada tecitura social, etnicamente constituída de (i) migrantes e seus descendentes, mas também de negros e de indígenas.Destaca-se que, entre as regiões existem aproximações, como a história local vinculada à imigração alemã e as alterações relacionadas ao processo de urbanização e industrialização em meio aos avanços regionais. A proposta investigativa é resultado de uma parceria entre pesquisadores da Universidade Feevale e da UNIVATES e dos PPGs Processo em Manifestações Culturais e Ambiente e Desenvolvimento,que somam esforços para a elaboração de conhecimentos acerca da região e sua construção histórica no intuito de discutir sua diversidade e pluralidade étnica.O estudo que vincula-se à História Social e Ambiental prioriza a leitura intensiva e a análise de diversas fontes de pesquisa e tem a História Oral como forma de investigação de oralidades e saberes. Como lócus do estudo elenca-se, duas cidades da região do Vale do Rio dos Sinos, Novo Hamburgo e Campo Bom, e duas do Vale do Taquari, Estrela e Lajeado. O projeto de pesquisa conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul- FAPERGS.
Introducción:
O presente texto apresenta de forma sucinta a investigação que está sendo elaborada sob o título de Tempos pandêmicos: O Jornal NH e o contexto da pandemia da Covid-19 (2020-2021). O estudo objetiva trazer à tona como foi representado e divulgado o contexto da pandemia no âmbito regional, bem como as alterações e mudanças ocorridas nos aspectos sociais oriundos do cenário pandêmico.Tal recorte de investigação está vinculado ao projeto intitulado História, Saúde e Urbanização no Vale dos Sinos e do Taquari (RS/século XX aos dias atuais), que conta com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul-FAPERGS (edital 07/2021).
Desarrollo:
O século XX traz, para o campo da historiografia, uma série de novos objetos, métodos e abordagens, além da possibilidade de utilização de novas fontes de pesquisa. Soma-se, a isso, o estabelecimento do diálogo interdisciplinar com outros campos de conhecimento, os quais possibilitaram que as doenças, as enfermidades e a medicina se tornassem passíveis de problematização pela História. Nesse sentido, discutir doença e saúde passa a vincular-se ao complexo universo da história, da cultura e da sociedade. Conforme Jacques Le Goff (1985), a doença pertence não só à história superficial dos progressos científicos e tecnológicos, como também à história profunda dos saberes e das práticas ligadas às estruturas sociais, às instituições, às representações, às mentalidades. Indo ao encontro desta perspectiva, interessa-nos, neste estudo, pensar saúde, doença e medicina através de um contexto sociocultural, enfatizando sensibilidades e o imaginário. Sendo assim, podemos, por meio da pesquisa histórica, pensar as doenças como construção, sob a égide de conceitos partilhados pelo campo médico-científico, e suas repercussões no campo político e social. Entende-se que, ao discutir o tema proposto nesse projeto, deve-se levar em conta as manifestações vinculadas ao imaginário social (BACZKO,1985;1991), o conhecimento científico e as estratégias institucionais (NASCIMENTO, 2006).De acordo com Schraiber e Mota (2012, p.190), para entendermos o caráter social da medicina, é preciso entender “as diferenças que existem na própria concepção de doença ao longo da História". A partir do século XVIII, com as mudanças dos Estados Nacionais e o surgimento de novidades no campo político, social e econômico, a medicina “passa a responder” pela “pronta reparação dos indivíduos”, sobretudo da recuperação da força física de seus corpos”. Tais aspectos estavam vinculados a um contexto de produção fabril e mudanças sociais e econômicas. Nesse sentido, o corpo e sua estreita relação com as doenças e as curas estão em meio à experiência humana, portanto, uma relação envolvida por uma historicidade. A categoria corpo será fundamental nesse estudo, posto que seus entendimentos e significados passam por transformações que ocorrem principalmente a partir da Revolução Industrial e do surgimento das metrópoles, o que traz à tona novas relações entre saúde e doença que serão evidenciadas e “materializadas no suporte da experiência: o corpo”(Sousa, 2011, p.248). Sendo assim, é preciso ficar atento à construção histórica e sua relação com o conceito de saúde, a qual se modifica conforme o tempo e o espaço, bem como às condições científicas e religiosas, as quais também estão vinculadas o entendimento de corpo e possibilidades de cura. No entanto, independente da concepção e de suas características, as doenças (as transmissíveis ou não) acompanham a espécie humana e, portanto, estão presentes nas suas elaborações históricas (Scliar, 2007). As alterações na medicina, bem como a percepção sobre saúde e o corpo doente na passagem do século XVIII para o XIX foram discutidas por Michel Foucault, em O Nascimento da Clinica, que traz à luz as alterações na forma de conceber e efetivar a medicina. Em se tratando de Brasil o controle dos espaços e dos corpos também fica evidenciado a partir do século XIX, já que gradativamente a saúde passa a ser um problema social, passível de controle e regulamentação, o que provoca a vigilância sobre os lugares de “desordem e de amontoados (cortiços, por exemplo) nas cidades, as quais figuravam como perigo urbano, médico e social” (LOPES, p.101). Tais elementos podem ser visitados na obra Cidade Febril: Cortiços, Epidemias na Corte Imperial, do historiador Sidney Chalhoub(2017), que, à luz da História Social, analisa o célebre cortiço “Cabeça de Porco”, no Rio de Janeiro, estabelecendo relações entre saúde, urbanização e medicina, bem como o controle e vigilância sobre os corpos. Sobre o tema, mas com foco em Porto Alegre (RS) e as alterações na saúde, vinculada aos espaços, a partir da urbanização estão presentes no trabalho de Everton Reis Quevedo( 2016) que apresenta o cotidiano da saúde dos porto-alegrenses nos oitocentos, com destaque para a ação da Beneficiência Portuguesa. Os estudos indicados remetem ao cenário do século XIX, que com o advento das descobertas de Pasteur impulsionam a medicina tornando-a científica e desdobrando-se em Saúde Pública, tendo como vertente principal a higiene. Nesse sentido, os espaços e sua organização, em meio ao urbanismo e modernização ocorridos principalmente a partir do século XIX estavam vinculados ao sanitarismo. Para Helena Ribeiro (2015), “no século XIX, os serviços de saúde começaram a entender o espaço com estatísticas e conhecimento da distribuição das moradias, pessoas e doenças no território. O saneamento urbano e os progressos da microbiologia, na segunda metade do século XIX e início do século XX, introduziram programas e ações de controle das condições de saúde baseados em métodos empíricos e em rigor técnico (...)”. Sendo assim, “a profilaxia dos espaços públicos e dos corpos deveria ser, portanto, acompanhada da profilaxia dos lares e dos bairros e do centro,livrando assim as cidades das “convivências tachadas de insalubres e perigosas, sanitária e socialmente” (MARINS, 2002,p.144). Em relação ao Brasil, no século XX as transformações avançam de forma mais significativa principalmente a partir das primeiras décadas republicanas, mas é a partir do anos 30 que “progresso” e modernização ficam evidenciados na política brasileira varguista que incentiva a urbanização e a industrialização. Tais modificações alteraram costumes e cotidianos, bem como incentivam uma nova percepção sobre a medicina, a saúde e as doenças, posto que a partir do século xx existe a “compreensão de que a saúde depende de múltiplos fatores” e como um direito fundamental do homem, cabendo ao “Estado zelar pela sua manutenção”(REZENDE, 2009,p.35). A participação mais efetiva do Estado está vinculada aos avanços médicos e sanitários materializados no século XX que auxiliaram na construção de novas ações sobre o social como a vacinação preventiva , por exemplo. A partir do exposto até o momento e pensando em uma pesquisa histórica, mas que dialogue com outras áreas do conhecimento, lança-se mão também dos entendimentos oriundos do conceito de saúde urbana que aproxima saúde e ambiente urbano, no intuito de compreender as alterações do ambiente a partir da interferência humana e seu vínculo com as doenças, posto que essa perspectiva considera o papel do ambiente físico e social na saúde humana (COMIN; RIBEIRO, 2015, p.15). Assim, entender o ambiente físico e o espaço, bem como seus vínculos com as elaborações humanas subsidia nossa proposta de estudo e possibilita agregar também os conhecimentos da História Ambiental, já que o “grande desafio teórico no contexto da contemporaneidade é pensar o ser humano na totalidade tensa e complexa de suas dimensões biológica e socioculturais”(Pádua,2010, p.83). Pode-se entender, que o comportamento social dos seres humanos em relação ao mundo natural passa pela visão de natureza e dos significados da vida humana. De acordo com as perspectivas apontadas, a história ambiental é um campo de pesquisas diversas e, no momento atual, sua produção é vinculada às realidades florestais e rurais, bem como ao aspecto urbano e industrial, valorizando um diálogo que permeia questões sociais, econômicas, políticas e a culturais (Pádua, 2010). Destaca-se, ainda, que a história ambiental tem atuado a partir de contradições de lugares e experiências vividas, o que vai ao encontro da proposta deste estudo, de pensar a saúde, a medicina e as doenças em suas totalidades no tocante aos cenários e considerando temporalidades e singularidades. Entender o processo urbano com suas alterações e transformações espaciais e ambientais está vinculado a nossa percepção de saúde, doença e do sentido da medicina, da morte, da cura em um dado contexto sociocultural. Portanto, a partir de conceitos e categorias apresentadas, a proposta de pesquisa almeja investigar e problematizar a complexa relação sociocultural e histórica existente entre saúde, medicina e doenças em meio ao processo de urbanização em duas regiões (vale dos Sinos e do Taquari) que cresceram e se desenvolveram significativamente no decorrer do século XX e que nos permitem discutir a construção histórica no âmbito do micro, mas em diálogo com o macro no intuito de evidenciar particularidades de uma determinada tessitura social.
O presente trabalho apresenta os primeiros “passos” do “recorte” da pesquisa voltada para a região do Vale dos Sinos, mais especificamente para a cidade de Novo Hamburgo. A partir do uso do jornal como fonte de pesquisa busca pensar a divulgação e a forma como foi noticiada a Covid-19 através de um dos principais jornais de circulação regional do Vale dos Sinos o NH.
Os jornais como fonte de pesquisa, de acordo com Espig (1998, p. 274), podem ser entendidos como “arquivos do cotidiano, nos quais podemos acompanhar a memória do dia a dia e estabelecer a cronologia dos fatos históricos”. Sendo assim, o jornal está aqui sendo pensado como importante fonte para a pesquisa histórica e entendido como um arquivo do cotidiano. Em um primeiro momento trabalhamos especialmente com as manchetes publicadas no ano de 2020 acerca da pandemia de covid-19 (Sars-CoV-2).O projeto, em sua totalidade, direciona suas ações para o estabelecimento de categorias analíticas, tais como saúde, pandemia, covid, morte, doentes, hospitalização, as quais são elementos norteadores para subsidiar reflexões e análises em outra etapa do projeto. Assim, até o momento, realizou-se o levantamento de um total de 262 edições. Destas, 157 correspondem aos meses de janeiro a março e de outubro a dezembro de 2020. Em relação ao ano de 2021, o total, até o momento, é de 105 edições, correspondentes aos meses março, setembro, outubro e novembro. O material foi fotografado e arquivado de acordo com as categorias elencadas.(MAGALHÃES; SILVA, 2022)
Conclusiones:
O estudo ainda incipiente está inserido em um projeto maior que tem como foco relação entre história e saúde. No momento apresentamos os primeiros “passos” da nossa investigação, que procura ver como o jornal local/regional o NH da cidade de Novo Hamburgo, na região do Vale dos Sinos (RS) veiculou e apresentou a pandemia de Covid-19(Sars-Cov-2). Intenta-se a continuidade da pesquisa buscando nas narrativas jornalísticas possibilidades de reflexões acerca da pandemia. Além disso, outras fontes de pesquisa serão incorporadas no processo investigativo para uma melhor compreensão da complexidade do momento histórico e dos reflexos da pandemia na região do Vale dos Sinos.
Bibliografía:
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril: Cortiços e Epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
ESPIG, M. J. O uso da fonte jornalística no trabalho historiográfico: o caso do Contestado. Estudos Ibero-Americanos, Porto Alegre, v. XXIV, n. 2, p. 269-289, 1998.
FOUCAULT, Michel. O Nascimento da Clínica. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1977.
LE GOFF, Jacques. As doenças têm história. Lisboa: Terramar, 1985.
LOPES, Fábio Henrique. Análise historiográfica e História da Medicina Brasileira. In: Locus - Revista de História, v. 9, n. 2, 2003, p. 99-115.
MAGALHÃES, Magna Lima; SILVA, Cristina E;LUDKE, Diego C.;TALASCA, Pedro Henrique. Mensagens e desafios de uma pandemia:A Covid-19 no Vale dos Sinos. In:SCHEMES, Claudia; CONTE, Daniel(orgs.).PET:Intedisciplinaridade e produção de sentidos.Novo Hamburgo: Editora Feevale, 2022.p.164-185
MARINS, Paulo César. Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileira. In: SEVCENKO, Nicolau (org.). História da Vida privada no Brasil República: da Belle Époque à Era do Rádio. Vol. 3. São Paulo: Cia das Letras, 2002.
OLIVEIRA, Rodrigo dos Santos. Relação entre a história e a imprensa: breve história da imprensa e as origens da imprensa no Brasil (1808-1930). In: Historiæ, v. 02, n. 03, p. 125-142, 2011.
PÁDUA, José Augusto. As bases teóricas da história ambiental. In: Estudos Avançados, v. 24, n. 68, p. 81-101, 2010.
QUEVEDO, Éverton. Uma mão protetora que os desvie do abismo: Sociedade Portuguesa de Beneficência de Porto Alegre e seus hospitais (1854-1904). São Leopoldo: OIKOS/Unisinos, 2016.
REZENDE, Joffre Marcondes de. A medicina na passagem do milênio. In: REZENDE, Joffre Marcondes de (org.). À sombra do plátano: crônicas de história da medicina. São Paulo: Editora Unifesp, 2009.
Palabras clave:
História, Saúde, COVID-19, Jornal, Vale dos Sinos
#01166 |
El enfoque de la vivienda saludable: debates teórico-conceptuales para su abordaje en el Área Metropolitana de Mendoza (AMM), Argentina.
María Florencia Ginestar1
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María del Carmen Rojas
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1 - INSTITUTO DE AMBIENTE, HÁBITAT Y ENERGÍA (INAHE) - CENTRO CIENTIFICO TECNOLOGICO MENDOZA - CONICET.2 - INSTITUTO DE INVESTIGACIONES GEOHISTORICAS (IIGHI) - CENTRO CIENTIFICO TECNOLOGICO NORDESTE - CONICET.
En la región de América Latina y el Caribe se estimó que para 2020, 163 millones de personas habitarían en viviendas precarias o tugurios (CEPAL). El creciente problema habitacional se profundiza con el contexto actual de pandemia: la CEPAL (2021) indica que el 55% de los hogares urbanos pobres de la región presentan hacinamiento con impacto directo en la salud y el ambiente. Así, en el Área Metropolitana de Mendoza (AMM) el déficit habitacional cuantitativo es de 49.108 hogares (INDEC 2010) y, en esfuerzos para reducirlo, se han entregado aproximadamente 1800 viviendas nuevas desde el año 2020.La Organización Mundial y Panamericana de la Salud (OPS-OMS, 1999) resalta que la vivienda debe transformarse en saludable y ser un ente facilitador para el cumplimiento de un conjunto de funciones específicas para el individuo y/o la familia como protección, higiene, desarrollo equilibrado, etc. Por esto, el objetivo de este trabajo es debatir la concepción de la vivienda en las políticas públicas habitacionales del AMM y profundizar su implicancia en la salud y el ambiente en la vida cotidiana de los individuos, familias y comunidades. En este sentido, el movimiento de salud colectiva entiende la relación salud-ambiente como hecho social en que los modos de organización, los patrones de trabajo/consumo, los modos y estilos de vida determinan el proceso salud-enfermedad-ambiente (Breilh, 2013). Lo expresado hace necesario interpelar la producción de la vivienda estatal como objeto funcional con valor de cambio para un individuo genérico donde las pautas de diseño no consideran las dinámicas sociales generales, particulares e individuales ni su relación con los procesos protectores y deteriorantes de la salud y el ambiente; como el hacinamiento, cuya reducción es fundamental para evitar enfermedades transmisibles como el COVID. Desde estas ópticas se repensarán las políticas habitacionales del AMM y la vivienda como estrategia para una mejor salud y ambiente fundadas en las determinaciones sociales y ambientales del proceso salud-ambiente-cuidado-atención y en procesos de co-construcción de conocimiento intersectoriales y transdisciplinares con participación ciudadana, en pos de que sean una herramienta para la protección, promoción y reparación de la vida y el ambiente.
#01745 |
Activismo digital por la discapacidad: análisis del discurso digital de mujeres con discapacidad activistas en Instagram
La irrupción de las redes sociales en el mundo ha tenido efectos enormes en el actuar social. Si bien estos efectos pueden juzgarse desde diferentes enfoques o lugares de enunciación, así como también pueden ser valorados en un abanico de categorías a favor y en contra, es innegable el poder que muchas de estas redes sociales presentan como un espacio de emisión de discursos digitales. En ese contexto, ha ocurrido el nacimiento de los llamados “creadores de contenido”, quienes gracias a la emergencia de la Web 2.0 pueden desde su teléfono celular convertirse en una persona con seguidores, adquirir fama en el mundo virtual y en algunos casos, transformarse en un activista digital de causas que representan una identidad colectiva, cultural o un estilo de vida. Dentro de los creadores de contenidos se encuentran aquellos que pertenecen a grupos históricamente excluidos y que han encontrado en las redes sociales un espacio que entrega la posibilidad de hacer activismos políticos. Entre estos se encuentran las personas con discapacidad. En Latinoamérica, Facebook, Instagram y TikTok se han convertido en espacios donde jóvenes y adultos/as con discapacidad realizan activismo, ya sea a través de sus cuentas personales o cuentas colectivas de divulgación y educación sobre discapacidad. A partir de esto, el presente estudio busca analizar el discurso digital de tres mujeres con discapacidad que son activistas en Instagram sobre temáticas relacionadas con la discapacidad, en Chile. Para realizar este análisis, nos hemos posicionado desde tres enfoques. En primer lugar se ha escogido la etnografía digital como enfoque metodológico, que permita entender a las redes sociales como un campo etnográfico; en segundo lugar se ha escogido al feminismo como epistemología, reconociendo en estas mujeres un activismo interseccional y situado; y finalmente, se ha seleccionado al capacitismo como un enfoque de los Estudios Críticos sobre Discapacidad con el objetivo de analizar estos discursos como prácticas en resistencia. Los resultados revelan un activismo que integra objetivos educativos, de denuncia, coalición con otros grupos y de opinión en temas coyunturales nacionales. Las activistas sustentan su discurso en conceptos que se relacionan con el modelo social de la discapacidad, los feminismos, el contracapacitismo, la inclusión y la diversidad. Se concluye que el activismo digital es una herramienta poderosa para el movimiento de personas con discapacidad y es parte de una red de activismos contracapacitistas en resistencia.
#01836 |
Historia de la cordura. Una mirada desde la sociología de la locura.
¿Cómo se ha transformado la cordura a lo largo del tiempo?, ésta es la pregunta central a la que se busca responder con nuestra investigación. El objetivo consiste en comprender cómo se ha construido, reproducido y entendido la clasificación de la cordura en el mundo occidental a partir del siglo XIX desde la sociología de la locura. La metodología, por su parte, es el inicio de un análisis teórico cualitativo de corte interpretativo y la técnica de recopilación de la información es documental. Hablar de la historia de la cordura es de gran importancia cuando a la locura se le asocia, aunque no necesariamente desde el sentido médico, con la enfermedad mental. Así como a la cordura se le asocia con la salud mental. Pero como veremos, la locura no corresponde precisamente a la enfermedad mental, ni la cordura a la salud mental. Por lo que cuando se realiza un análisis de las patologías mentales es menester aproximarse al estudio de la cordura debido a su carga histórica, para comprender en relación a qué se entiende algo como patología mental. Se expondrá que la cordura corresponde a una construcción social. Tal como hoy la conocemos, la cordura tiene sus antecedentes en los primeros siglos de la modernidad, pero su auge se dio en el siglo XIX, cuando la ciencia occidental pudo imponerse a todo el mundo conocido. La característica principal asociada a la cordura es el uso de razón, la cual durante toda la modernidad fue observada desde lo moral hasta lo anatómico, químico y fisiológico. Hoy en día la cordura no es entendida ni estudiada de la misma manera en que lo fue hace dos siglos, sin embargo, el uso de razón sigue siendo clave para comprender a la cordura. Durante los siglos XIX y XX se construyó un mundo de racionalidad instrumental: la creación de Estados modernos y el desarrollo acelerado del capitalismo, lo que a su vez constituyó prácticas de intervención en lo social. De esta manera, la cordura se legitimó interviniendo de manera involuntaria a los no cuerdos, específicamente el siglo XX desarrolló psicofármacos y un mercado a su alrededor que en los últimos años ha crecido exponencialmente. Se concluye que no es posible entender a la cordura como un hecho natural, sino como una construcción social que se ha modificado a lo largo de los siglos, pero que ha mantenido características particulares desde los primeros años de la modernidad. Finalmente, se analiza si la cordura corresponde más bien a un mito y a un grupo de opresión asimilado a la salud mental.
#03615 |
Ética de la investigación y manejo de datos epidemiológicos: los retos que suponen para los sistemas de salud el uso de aplicaciones de rastreo vía contacto
El presente ensayo gira en torno a la Mascarilla Digital, aplicación de rastreo vía contacto, que fue promovida por el sistema público de salud costarricense durante el 2021, como una herramienta para lidiar con el SARS-Cov-2. El desarrollo de dicho rastreo supuso ponerse al día con otros países tecnológicamente más desarrollados, que desde el inicio de la pandemia lo habían utilizado. Mas aún, se aplaudieron las alianzas público-privadas que posibilitaron este logro, en tanto involucraron empresas de punta que no sólo lideran los mercados de servicios basados en la explotación de Big Data (BD), sino que además se encuentran cada vez más presentes en nuestra vida cotidiana en virtud de los avances que se han dado en el Internet of things (IoT). En este sentido, su introducción y posterior utilización en el país no generó mayores cuestionamientos éticos.Dado lo anterior, en el presente ensayo se expondrán algunas reflexiones críticas en torno a dichas aplicaciones. Se sostendrá que la vigilancia epidemiológica desarrollada a partir de estos avances tecnológicos debe ser acompañada con un cambio de concepción respecto a la ética de la investigación. Las aplicaciones de rastreo vía contacto utilizan un tipo de dato que, si bien es cierto en apariencia se asemeja al que se ha venido utilizando tradicionalmente en epidemiología, varía dramáticamente en sus alcances. A lo anterior, debemos sumar que su recolección y sistematización depende de equipos de vigilancia de alta complejidad, desarrollados por empresas tecnológicas cuya regulación pública no siempre es clara.
#04854 |
La discapacidad en el pueblo afro de Copala, Guerrero. Una construcción socio-histórica en revisión.
Daniel Mora Magallón1
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Esmeralda Hernández Hernández
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El presente escrito analiza la discapacidad desde los estudios críticos y la complejidad. Los estudios tradicionales de la discapacidad muestran que han sido permeados por la esencia y naturaleza del capitalismo, esta lógica sólo produce y reproduce una ideología y teoría del conocimiento dominante en las Ciencias y en las Humanidades para examinar los “fenómenos” y crea soluciones simplificadoras, originando una humanidad alienada que se conduce con una inteligencia ciega desde los siglos XIX y la primera mitad del XX. Iniciamos realizando un breve bosquejo de la construcción socio-histórica de la discapacidad de los siglos XIX y XX, en lo que se observa una carga ideológica y teórica de los estudios de la discapacidad que simplifican, fragmentan y segregan al sujeto y su identidad de la colectividad/comunidad. Es a partir de la segunda mitad del siglo XX que los estudios críticos de la discapacidad se centran en analizar de manera inter, multi y transdisciplinar las desigualdades estructurales de las desigualdades dinámicas y minimizar los costos sociales de la acumulación capitalista. Con este trabajo, no sólo intentamos hacer un simple relato descriptivo de los estudios de la discapacidad sino someter a la crítica el funcionalismo del modelo social de la discapacidad. Otra crítica radica en que no se puede considerar una visión absolutista de la discapacidad sino se debe entender cómo se percibe la discapacidad en este sistema capitalista y cómo la llegan a percibir algunos pueblos. Este trabajo pretende reivindicar la memoria socio-histórica del pueblo afro de Copala, ello mediante la fecundación de razonamientos críticos al sistema económico y social hegemónico que ha invisibilizado todas las particularidades del sujeto y Naturaleza.
Introducción:
El concepto discapacidad ha transitado por modelos de análisis y comprensión, entre los que destacan: el religioso, el médico y el social.
Dentro del modelo religioso, la discapacidad es vista como “un defecto causado por un fallo moral o un pecado” (Goodley, 2011). Bajo este modelo religioso la discapacidad conlleva dependencia y vulnerabilidad, lo que desemboca en “caridad y cura” (Lid, 2012).
Para Stone (1984), “el padecimiento de enfermedades se explicaba a través de fuerzas espirituales, y la discapacidad era vista como el castigo de un comportamiento pecaminoso”. Por ello, el modelo religioso coincide en algunos aspectos con modelo médico, el cual considera que “a las PcD hay que bendecirlas, institucionalizarlas, curarlas o rehabilitarlas” (Grue, 2011: 535).
Como puede observarse, el modelo religioso presentó una fuerte carga ideológica basada en la teología, ello obedecía a la palabra divina de un Dios superior y misericordioso; los encargados de diagnosticar los comportamientos extraños era el sacerdote y el médico; sin embargo, el peritaje médico estaba supeditado a la razón teológica.
En cuanto al modelo médico, se puede señalar determinantemente que la discapacidad recae en una sola disciplina: la medicina; ello limitó los aportes de otras disciplinas, tanto de las Ciencias Naturales como de las Ciencias Sociales y las Humanidades. Este modelo “se basa en el diagnóstico clínico y la categorización” (Oliver, 1990), en donde se da total atribución a los médicos, profesionales y expertos en rehabilitación, para que puedan curar este defecto o enfermedad, o que hagan de las PcD lo más normales posibles.
El modelo médico es considerado como “la base conceptual de la medicina científica moderna, donde el cuerpo humano es fragmentado y analizado desde el punto de vista de sus partes, la enfermedad es el funcionamiento defectuoso de los mecanismos biológicos o químicos y la función de la práctica médica es intervenir física o químicamente para corregir las disfunciones de un mecanismo específico”. (Baeta, 2015). En otras palabras, “poseer discapacidad es sinónimo de poseer un cuerpo defectuoso que condiciona y restringe la experiencia vital de la PcD” (Ferreira, 2010).
El modelo médico se presenta con una fuerte carga ideológica hacia una ciencia médica, puesto que considera a la discapacidad como un asunto exclusivamente médico que reside en el individuo como un defecto o falla del sistema corporal que es anormal o patológico y que hay que “corregir” o “normalizar”.
La principal crítica al modelo médico es que se sustenta y promueve un enfoque individualista que reduce y simplifica el problema de la discapacidad a lo que se conoce como tragedia individual, este argumento ha servido para “individualizar los problemas de la discapacidad y así dejar intactas las estructuras sociales y económicas” (Oliver, 2008: 31).
Como resultado del enfoque médico; en la década de los setentas emerge movimientos sociales que exigían no simplificar a la discapacidad, así como no segregar ni fragmentarlos de la población total; con ello emerge un nuevo enfoque de análisis: el modelo social de la discapacidad. El modelo social de la discapacidad centra su diferenciación entre discapacidad (opresión social) e impedimento (limitación física). Partiendo de estas premisas, se sostiene que lo que puedan aportar a la sociedad las PcD se encuentra íntimamente relacionado con la cohesión e integración social y no con la segregación ni fragmentación social. Por lo que, si se considera que las causas que originan la discapacidad son sociales, las soluciones no deben apuntarse individualmente a la persona afectada, sino más bien que deben encontrarse dirigidas hacia la sociedad (Palacios, 2008: 104).
En ese mismo sentido, Eisenstein considera que “la opresión y la explotación no son conceptos equivalentes. Explotación se refiere a la realidad económica de las relaciones de clases capitalistas para hombres y mujeres, mientras que opresión se refiere a las mujeres y a las minorías definidas dentro de relaciones patriarcales, racistas y capitalistas. La opresión incluye a la explotación pero refleja una realidad más compleja” (Eisenstein, 1979: 22-23).
Coincidiendo con Eisenstein y respaldándose en Bourdieu, podemos decir que la opresión se naturaliza y se hace habitus, entendiéndolo como aquellos condicionamientos asociados a una clase particular o un sistema de disposiciones duraderas y transferibles. “Estructuras estructuradas predispuestas a funcionar como estructuras estructurantes” (Bourdieu, 2007: 86).
Para Shakespeare, en el modelo social “el impedimento no es lo mismo que la discapacidad. El impedimento es individual y privado, la segunda es estructural y pública. El modelo social define discapacidad como una construcción social, una relación entre las personas con discapacidad y la sociedad incapacitada” (Shakespeare, 2010: 268).
En ese sentido, Brogna afirma que “la discapacidad es una construcción social que excede el aspecto médico o de salud de un individuo. La discapacidad, como un sistema complejo, puede analizarse a través del modelo de la encrucijada, que distingue los tres factores (particularidad biológica – conductual; cultura y normatividad; y organización económica y política) que, en su interrelación, definen el campo de la discapacidad” (Brogna, 2009). Asimismo, Vite expone que “la categoría discapacidad es un concepto dinámico y que está en constante transformación, por ello, su análisis nunca debe de considerarse como algo aislado sino complejo” (Vite, 2015).
Ante lo expuesto, no podemos asumir una sola definición de la discapacidad como lo establece la Organización de las Naciones Unidas (ONU), mediante la Organización Mundial de la Salud (OMS) y, a través, de la Clasificación Internacional del Funcionamiento, de la Discapacidad y de la Salud (CIF) en la que se define a la discapacidad como “deficiencias en las funciones y estructuras corporales, las limitaciones en la capacidad de llevar a cabo actividades y las restricciones en la participación social del ser humano” (OMS, 2001: 15).
En este marco conceptual (homogéneo y universal) se realiza la Convención sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad en 2006, la cual invisibiliza las particularidades de los Pueblos Originarios y Afrodescencientes. Oliver menciona que es importante “analizar con precisión los procesos históricos que derivaron en la situación actual; así como la interacción entre las actitudes de los profesionales y las PcD en sus encuentros, tanto dentro de la vida profesional como de sus vidas cotidianas” (Oliver, 2008). Con ello surge el lema: “nada sobre nosotros sin nosotros”, donde exigen el reconocimiento de las particularidades, procesos históricos para comprender y atender sus necesidades.
Desarrollo:
En Nuestra América también se viven transformaciones económicas, políticas y socioculturales permanentemente, en las que se reflejan las dos particularidades: la adaptación entre desigualdades estructurales y dinámicas (Fitoussi-Rosanvallón, 1996, 73-76 y Mancini, 2015: 237) y el proceso de cohesión social-comunitaria.
Ante ello, y con el objetivo de abonar a los estudios críticos en discapacidad, consideramos pertinente explicar en qué consisten los estudios críticos. De Sousa menciona que “desde hace más de treinta años se logran entrever dos dificultades que persiguen el pensamiento crítico:
Imaginar el fin del capitalismo o imaginar que el capitalismo no tenga fin. Ello fragmenta al pensamiento crítico en dos vertientes:Imaginar el fin del colonialismo ó imaginar que el colonialismo no tenga fin” (De Sousa, 2010: 11-15).
Ante lo mencionado por De Sousa, esta investigación se conducirá a través de la vertiente transclasista que propone crear esas condiciones que permitan minimizar esos costos sociales y reducir la desigualdad social en la comunidad sin tener un impactar en lo externo a la comunidad. Tal como lo expresa Darling, nos queda claro que el sistema de dominación inserto en el Estado no cambia estructuralmente, sin embargo, “cambian los actores, las figuras, los nombres que forman parte del juego y parecen conducirlo” (Darling, 2013, 314).
En los estudios críticos en discapacidad, destacan de manera concreta las formas de nombrar, asumir y reproducir epistémicamente la discapacidad desde las particularidades de sus realidades locales/comunitarias, bajo condiciones discursivas, socioculturales, políticas y económicas de una modernidad colonial. Es decir, no se asume ni se reproduce la lógica sistémica universalista que homogeniza a la discapacidad e invisibiliza lo que se nombra, asume, comprende y reproduce en otros territorios como los Pueblos Originarios o Afrodescendientes.
Ante lo expuesto, es necesario recordar que la crisis que ha atravesado a Nuestra América ha sido por cuestionar el paradigma dominante, lo que ha desencadenado una diversidad de movimientos sociales, los cuales fueron configurándose en torno a realidades concretas y locales. Para Darling estos movimientos sociales tienen miras a recuperar la dinámica de reivindicación, los contenidos de los reclamos manifiestos, así como el proyecto delineado en expectativas que los colectivos movilizados enarbolan (Darling, 2013, 303).
Este nuevo sujeto social se constituye en la lucha, por medio de coaliciones amplias y que tiene como base el fenómeno de la desintegración social provocada por las políticas del neoliberalismo. En palabras de Oliver, su lucha se constituye a partir de una sociedad civil llena de particularidades como la fragmentación social, el desempleo masivo, la exclusión, la informalidad (Oliver, 2008: 7).
Para Melucci, aunque más reaccionario, menciona que “en Europa algunos intelectuales basaron sus análisis en un acercamiento “estructural” sistémico que atribuía la formación de nuevos actores. En tanto que otros teóricos en América intentaron explicar cómo se constituye un movimiento en términos de movilización de recursos” (Melucci, 1999: 33-34). Estas teorías estructurantes de los años setentas no respondieron dos grandes incógnitas: “1) no explican cómo un movimiento se establece y mantiene su estructura y 2) quienes trabajan con un modelo de movilización de recursos, ven esta acción como mero dato y no pueden examinar su significado y orientación” (Melucci, 1999: 34). Por ello, considera que los movimientos sociales analizados desde esas teorías estructurantes de los setentas no sólo muestran la acción colectiva sino que también tratan de mostrar ese sistema de relaciones internas y externas que se constituyen en acción concreta.
Y clarifica al sostener que los movimientos son construcciones sociales. Más que una consecuencia de crisis o disfunciones, más que una expresión de creencias, la acción colectiva es “construida” gracias a una inversión organizativa. Aquí la “organización” no es una característica empírica, sino un nivel analítico. Mantener organizados a los individuos y movilizar recursos para la acción significa distribuir valores (Melucci, 1999: 34). Ello nos conduce a trabajar con esos grupos oprimidos no sólo en momentos de crisis sino organizativo, en el que se compartan valores e información que permita fortalecer la cohesión social.
Castells considera que la disolución de las identidades compartidas equivale a la disolución de la sociedad como sistema social significativo (Castells, 2001, 394). Este argumento pudiera parecer antagónico a lo planteado por Melucci, sin embargo, es una nueva forma de organización del sistema social, el cual se cimienta en la era de la información de las redes de ordenadores. En ella, dice Castells aumenta nuestra capacidad productiva pero al mismo tiempo se están privando de sus derechos ciudadanos a las sociedades (Castells, 2001, 91).
Es necesario señalar que los movimientos sociales tradicionales y los movimientos sociales modernos conforman una compleja totalidad de resistencia, en la que se construyen identidades y se expresan valores individuales y colectivos que muestran su esencia y naturaleza reivindicativa. Por ello, que los movimientos sociales de la modernidad buscan contribuir a la construcción de nuevos tipos de sociedades, diversas y dinámicas.
A pesar de que el colonialismo ha cesado en muchas partes del globo, “la colonialidad del poder continúa definiendo relaciones entre occidente y el resto del mundo” (Mendoza, 2014). Por lo que Pino y Tiseyra (2019) intentan delinear e iniciar posibles caminos a fin de articular la teoría decolonial con los postulados de las perspectivas críticas de la discapacidad al mencionar que “la narrativa de la modernidad desde una perspectiva de los estudios críticos de la discapacidad, podría contribuir a decolonizar nuestras miradas y percepciones sobre las personas con discapacidad e invitan a transitar un camino desde un enfoque interseccional, que abogue hacia un cuestionamiento profundo de la compleja trama de relaciones de poder que operan tanto a nivel geopolítico como a nivel individual-corporal-subjetivo” (Pino y Tiseyra, 2019).
Es a principios del siglo XXI cuando se desarrolla la Convención Internacional Amplia e Integral para Promover y Proteger los Derechos y la Dignidad de las Personas con Discapacidad (2001), la cual fue la antesala para la realización de la Convención sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad en 2006. En el documento normativo de la Convención (que consta de 50 artículos) establece en su en el art. 3 los principios generales:
El respeto de la dignidad inherente, la autonomía individual, incluida la libertad de tomar las propias decisiones, y la independencia de las personas.La no discriminación.La participación e inclusión plenas y efectivas en la sociedad.El respeto por la diferencia y la aceptación de las PcD como parte de la diversidad y la condición humanas.La igualdad de oportunidades.La accesibilidad.La igualdad entre el hombre y la mujer.El respeto a la evolución de las facultades de los niños y las niñas con discapacidad y de su derecho a preservar su identidad.
Asimismo, en el art. 34 se menciona la creación de un Comité de los Derechos de las Personas con Discapacidad. Dicho Comité emplea su facultad de interpretar las disposiciones de la Convención mediante las llamadas Observaciones Generales.
Ante lo convenido a nivel internacional, el Estado Mexicano ratifica los acuerdos de la Convención en 2008 y establece en su artículo 1° de la Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos. Con ello, se patentiza la ideología hegemónica y marco conceptual universalista para institucionalizar la discapacidad. Asimismo, se crean leyes, reglamentos y programas que tienen como objetivo establecer acciones a los individuos para regular sus conductas y lograr la convivencia; entre ellas están:
a) Ley General para la Inclusión de las Personas con Discapacidad (2011), b) Reglamento de la Ley General para la Inclusión de las Personas con Discapacidad, 2012, c) Programa Nacional para el Desarrollo y la Inclusión de las Personas con Discapacidad, 2014-2018.
En la Ley General se establece la creación del Consejo Nacional para el Desarrollo y la Inclusión de las Personas con Discapacidad (CONADIS), como organismo público descentralizado, con personalidad jurídica y patrimonio propio, gozando de autonomía técnica y de gestión para formular políticas, acciones, estrategias y programas derivados de esa Ley. En 2013, el CONADIS fue sectorizado a la Secretaría de Desarrollo Social (SEDESOL) debido a que la discapacidad era considerada como un tema de política social, con enfoque de derechos humanos.
A casi 16 años de la Convención sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad, aún existen derechos que se discuten seriamente para otorgarlos parcial o totalmente; ello se debe a que la lógica capitalista no permite transformaciones a la estructura económica y estructuras sociales; sometiéndolas a una visión única y hegemónica de la sociedad moderna.
Ante ese marco conceptual universalista y hegemónico de la discapacidad, se realizó en 2014 una visita a México por parte del Comité de expertos, quienes realizan una revisión al marco jurídico, normativo, presupuestos y acciones concretas de atención a las PcD. Posterior a dicha revisión, se emitieron 73 recomendaciones. El Comité expresó su preocupación por la falta de datos estadísticos actualizados acerca de la situación de las PcD e instó al Estado Mexicano a asegurar la participación de las organizaciones de PcD para la recopilación, análisis y difusión de estos datos. Asimismo, estableció el 17 de enero de 2018 como fecha para presentar sus informes a tales recomendaciones. Para ello, la instancia encargada de atender dichas recomendaciones sería el CONADIS.
Tras la omisión de las recomendaciones emitidas, en 2022 el Comité de expertos vuelve a realizar otra visita a México, en dicha visita se emiten 68 recomendaciones (ver el apartado III titulado “Principales motivos de preocupación y recomendaciones”). El Comité menciona las obligaciones específicas del Estado Mexicano para atender a las PcD, entre lo que destaca lo siguiente:
Recopilación de datos estadísticos. Utilizando el minicuestionario sobre discapacidad del Grupo Washington.Aplicación y seguimiento nacionales. Donde se realice una revisión pormenorizada del actual sistema de puntos focales y mecanismos de coordinación en todos los niveles de gobierno.Cooperación y asistencia técnica. Donde se proporcione orientación técnica al Estado sobre la consulta (CRPD, 2022)..
Asimismo, el Comité subraya la importancia de todas las recomendaciones que figuran en las presentes observaciones finales y alienta a que difunda ampliamente las presentes observaciones finales y haga partícipes a las OSC, en particular a las OSC de Personas con Discapacidad en la preparación de su informe periódico. Estableció el 17 de enero de 2028 como fecha para presentar sus informes a tales recomendaciones.
Ante lo establecido a nivel internacional y nacional, nos seguimos preguntado ¿por qué las PcD en México continúan con una vida de precariedad? Ferrante nos ayuda a comprender que “el uso del paradigma social en las políticas públicas, queda sólo en lo enunciativo. El paradigma de los derechos humanos puede ser visto como un destello de esperanza para revertir los procesos excluyentes que expulsan a las PcD a los márgenes de la pobreza, del desempleo crónico, de la falta de acceso a la educación, del encierro social” (Ferrante, 2014).
Por ello, la respuesta es compleja porque se asigna valor mediante indicadores que su naturaleza y orígenes está cimentada en la lógica hegemónica y universal del sistema económico capitalista, el cual por naturaleza oprime, discrimina, excluye, mercantiliza y cosifica a la humanidad. Bajo este razonamiento, todas las instituciones (internacionales y nacionales), instrumentos jurídicos (leyes y reglamentos) y acciones (políticas y programas) están encaminadas a incluir a las minorías. Aunque como lo menciona Walsh “la inclusión es parte de una interculturalidad funcional porque no toca las causas de la asimetría y desigualdad social y cultural ni cuestiona las reglas del juego” (Walsh, 2010: 77-78).
Ante dicha lógica colonial y sistémica, se presenta una alternativa crítica decolonizadora donde se pueda reivindicar las concepciones locales de la discapacidad desde una perspectiva intercultural pero no una intercultural funcional sino una interculturalidad crítica, que a decir de Paredes y Guzmán “la descolonización de la memoria es un proceso y lucha que se entretejen, cuestionan, refundan las relaciones sociales bajo otras miradas diferentes al capitalismo” (Paredes y Guzmán, 2014: 19-58).
Para el caso de Guerrero, la situación no es atípica en cuestiones de instituciones, instrumentos jurídicos, políticas y programas. Pero la situación es más preocupante, puesto que el limitado presupuesto hacia la atención a la discapacidad ha sido de manera superficial. Se cuenta con la Ley 817 para las personas con discapacidad del estado de Guerrero (2011). Dicha Ley establece la creación del:
a) Consejo Estatal para la Integración Social de las Personas con Discapacidad. Art. 9 y b) Consejo Consultivo de las Personas con Discapacidad. Art. 20
Para atender las recomendaciones realizadas por el Comité de la Convención en 2018, el CONADIS firmó un Convenio con el Gobierno del Estado de Guerrero. Ante tal compromiso entre el gobierno federal y estatal, no se obtuvieron resultados ni avances sustanciales y cualitativos que permitiera a las PcD vincularse y participar en todos los sectores sociales, económicos y políticos, continuando segregados de la sociedad guerrerense.
Copala es uno de los 85 municipios del estado de Guerrero. Administrativamente forma parte de la región de la Costa Chica. Su cabecera municipal lleva su mismo nombre. Se localiza al sureste del estado de Guerrero, enclavado en los márgenes del río de su mismo nombre y del océano Pacífico, sobre la carretera Acapulco – Pinotepa Nacional, Oax., a 117 km del puerto de Acapulco. Se encuentra en las coordenadas geográficas son de 16º30´ Latitud norte y 98º0´ Longitud oeste.
Se reporta que a nivel mundial existen alrededor de 1,000 millones de personas que experimentan algún tipo de discapacidad y la prevalencia de la discapacidad es mayor en los países en desarrollo (Banco Mundial, 2021). En México, según el INEGI (2020) habitan 20 millones 838 mil 108 personas con discapacidad, los que representa el 16.5% de la población de México. Para el estado de Guerrero, según el INEGI (2020), se reporta que existen 213,615 personas con alguna discapacidad. Finalmente, el INEGI (2020) reporta que en el municipio Copala habitan 1,043 PcD; donde el 88.78% se concentra en siete localidades.
El planteamiento de reivindicar de la visión del pueblo afro, se sustenta porque su identidad se diluye, adoptando y reproduciendo aspectos culturales ajenos, confrontando al imaginario civilizatorio de la supuesta supremacía ontológica y epistemológica del Occidente hegemónico. Para Kant, uno de los intelectuales con mayor influencia en Europa de la época sostenía que “la humanidad existe en su mayor perfección en la raza blanca. Los indios amarillos tienen una cantidad menor de talento. Los negros son inferiores y los más inferiores son parte de los pueblos americanos” (Chukwudi Eze, 2001: 231).
Como puede observarse, este planteamiento sostenía que “la inferioridad natural de los seres humanos no-occidentales irá de la mano del desarrollo de un racismo epistemológico que operará como ejercicio justificatorio de la violencia colonial, racial y sexual ejercida sobre los cuerpos y saberes de las poblaciones no-occidentales” (Díaz, 2017: 8). A ello, Ardiles señala que “se ha permitido la imposición de parámetros culturales importados, reproducidos por las élites intelectuales vernáculas” (Ardiles, 1973).
En ese mismo sentido, Díaz expresa que “a través de los metarelatos se ha cimentado la tradición oficial, sostenidos en una serie de mitos asumidos y reproducidos al nivel de verdades universales. Estos mitos han sido presentados como productos de la labor intelectual de ‘grandes hombres’ o ‘grandes héroes’ del pensamiento, provenientes de los principales centros de producción de conocimiento de los países hegemónicos, los cuales en su labor ‘universal’ fueron capaces de arribar o inteligir un cúmulo de verdades impolutas y rectoras de la humanidad” (Díaz, 2017: 4).
Estos argumentos de Chukwudi Eze, Ardiles y Díaz nos aclaran el panorama para sostener que la visión hegemónica se ha traslapado por la vía de la imposición el pensamiento hegemónico universalista con la finalidad de civilizar, desarrollar y modernizar al otro no europeo. El pueblo afro de Copala recae esa invención occidental del constructo mental conocido como “raza”, el cual tiene la finalidad de establecer una clasificación de las poblaciones del mundo y poner en marcha el proceso de racialización de los otros no europeos. Ante lo mencionado, se puede sostener que en Copala no existe una doble opresión como lo menciona Stuart (1992), sino una triple opresión: por raza, por discapacidad y por género.
Por ello, es relevante reivindicar la visión de la vida y los saberes ancestrales provenientes de aquellos registros culturales no occidentales, a pesar de que en la modernidad son despreciados y desvalorizados en cuanto a sus principios filosóficos constitutivos. Ello nos conduce a asumir que el conocimiento se ubica en posiciones geo-históricas y geo-políticas y no son únicas o universales.
Conclusiones:
En los estudios críticos en discapacidad, destacan de manera concreta las formas de nombrar, asumir y reproducir epistémicamente la discapacidad desde las particularidades de sus realidades locales y/o comunitarias, bajo condiciones discursivas, socioculturales, políticas y económicas de una modernidad colonial. Es decir, no se asume ni se reproduce la lógica sistémica universalista que homogeniza a la discapacidad e invisibiliza lo que se nombra, asume, comprende y reproduce en otros territorios como los Pueblos Originarios o Afrodescendientes.
El texto presentado es parte de una investigación que está en proceso, la finalidad es proporcionar información acerca de la concepción de la discapacidad que tiene el pueblo afro de Copala. Asimismo, se propone coadyuvar a la administración pública municipal en la elaboración de una base de datos y creación de un censo que especifique sus características específicas (alimentación, salud, educación, infraestructura, recreación, participación social y política) de las PcD del municipio.
Tenemos claro que la opresión y la desigualdad presentan fuertes contradicciones cuando se mezclan valores occidentales (valor de cambio) con los valores locales/comunitarios (valor de uso). Por lo que, se debe promover, de manera permanente, y reproducir los valores de uso en las relaciones sociales y en la economía. Ello, de alguna manera, permitirá cohesionarse entre sí y de manera colectiva lucharán y asumirán los retos que la sociedad occidental sigue imponiendo en todas las latitudes de este orbe.
A decir de Díaz “habrá que ir inventando en el largo proceso histórico y social de construcción de un mundo donde quedan todos los mundos” (Díaz, 2017: 13). Esa postura es compartida por varios intelectuales contemporáneos de Nuestra América que luchan contra el racismo epistémico, el occidentalismo y el eurocentrismo, entre ellos Walsh, Paredes, Guzmán, Grofoguel, Mignolo, Quijano, De Souza, Dussel, entre otros, esa es nuestra tarea y compromiso ontológico y dialéctico.
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Palabras clave:
Discapacidad, capitalismo, complejidad, desigualdad, Pueblo Afro.
13:00 - 15:00
GT_18- Salud, Seguridad Social y Personas con Discapacidad
Cambios a partir de la pandemia SARS CoV-2
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EL CORAZÓN DE JESÚS EN LA CEJA DE EL ALTO CRISIS POLÍTICA, MEDICINA TRADICIONAL Y RITUALIDAD AYMARA EN TIEMPOS DE COVID-19
La zona Corazón de Jesús en la Ceja de El Alto (Bolivia) es un espacio donde los maestros y las maestras espirituales practican medicina tradicional y ritualidad aymara. A partir de testimonios, este artículo aborda de qué manera se enfrentaron al coronavirus y cuáles fueron las respuestas que tuvieron ante la crisis política y las percepciones estatales de la pandemia. Las reflexiones exploran los mecanismos que permitieron la familiarización con la enfermedad, desde concepciones propias de la salud, la enfermedad y la curación, pero también los retos que surgieron en las categorías médicas tradicionales debido a la complejidad del virus.Este trabajo aborda de qué manera se enfrentaron al COVID-19, una enfermedad desconocida y mortal, que llegó a Bolivia en un momento particular, cuando la crisis política estuvo atravesada por un gobierno transitorio, de extrema derecha, que tuvo que afrontar al virus desde un sistema de salud precario, elitista y desigual. En este contexto, surgieron discursos estatales que atentaron contra el conocimiento de la medicina tradicional, avivando actitudes racistas y discriminatorias entre la población. Las preguntas que guiaron este trabajo son ¿cómo abordaron al COVID-19 desde el sistema médico tradicional y desde la ritualidad? Y ¿cuáles son las respuestas que tuvieron ante las percepciones estatales del coronavirus? Cuatro partes componen el artículo. Primero, una breve contextualización de la zona Corazón de Jesús, para comprender de qué manera los maestros y las maestras se asentaron en 2 Ñatitas es el culto a los cráneos humanos, que son venerados como “almas benditas” de manera similar a las imágenes católicas, pero además de flores, velas, joyas y vestimenta, se les ofrenda alcohol, coca y cigarro. Su fiesta se festeja en la octava de Todos Santos, cada 8 de noviembre, en los cementerios de las ciudades de La Paz y El Alto. Reunión Anual de Etnología 39 este lugar. Segundo, la interpretación del COVID-19 a partir de categorías propias de las investigaciones sobre medicina tradicional y los testimonios recuperados. Tercero, las concepciones de esta enfermedad a partir de la ritualidad, la espiritualidad y la salud dentro del contexto aymara migrante. Finalmente, cuáles fueron los diálogos que surgieron entre la pandemia y la crisis política en este lugar de la Ceja de El AltoPalabras Clave: COVID-19, maestros aymaras, medicina tradicional, ritualidad aymara, crisis política.
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JOVENES UNIVERSITARIOS ANTE LOS CAMBIOS POR EL CONFINAMIENTO DE COVID 19
El trabajo tiene la finalidad de presentar las vivencias de los jóvenes universitarios yucatecos de Ciencias de la Salud en la pandemia del COVID-19, en la alimentación, sueño, estado de ánimo; la influencia en las redes sociales y el aprendizaje virtual. El confinamiento social influyó en las diferentes áreas de la vida cotidiana en particular los jóvenes, quienes modificaron sus hábitos de interacción social y familiar, para prevenir los contagios. Las y los estudiantes participantes fueron estudiantes entre 18 y 30 años, solteros que cursaban diferentes semestres de las licenciaturas de médico cirujano, nutrición y rehabilitación en la Universidad Autónoma de Yucatán, durante el segundo semestre del 2020. Meses atrás algunos laboraban, sobre todo los de los últimos semestres, pero perdieron sus trabajos por las condiciones del confinamiento.Se efectuó un estudio de corte cualitativo y de enfoque fenomenológico, mediante entrevista semiestructurada con preguntas abiertas, durante el primer semestre del 2021, mediante los discursos las situaciones que vivieron 50 jóvenes universitarios. Los jóvenes fueron invitados a través de las redes sociales. Su participación fue voluntaria, y se protegió la confidencialidad de la información proporcionada por las y los participantes. Se garantizó que los datos aportados solo serían utilizados para efectos de la investigación. Las entrevistas se llevaron a cabo a través de plataformas digitales: Teams, Zoom, y WhatsApp. En total fueron 43 preguntas abiertas, las cuales se distribuyeron en cada uno de los aspectos mencionados. Antes de la pandemia comían fuera de la casa, y no tenía tiempo de preparar y escoger sus alimentos. El confinamiento propició que los estudiantes comieran en casa y, en opinión de ellos, tuvieran una alimentación más saludable. Más de la mitad de la población presentó insomnio, aunque su percepción fue que su calidad del sueño era buena. El sueño fue un indicador importante en las vivencias, ya que si se dormía mejor se reportaba mejores condiciones en el confinamiento, y este influía en el estado de ánimo, y en el rendimiento y aprovechamiento del aprendizaje. Las condiciones en que se desarrolló la educación virtual fueron influenciadas por el equipo y las exigencias de las y los docentes en esta nueva modalidad. Los hábitos y costumbres han tenido que modificarse ante las situaciones vividas.El aislamiento y la restricción de movilidad también afectaron el comportamiento de las personas. Aquellas que por fines laborales tenían que salir presentaban miedo e inseguridad. Y otros, jóvenes que tenían que permanecer largo tiempo en la casa se volvía rutinario y desgastante, al estar tiempos largos en espacios pequeños y en forma aislada de su entorno social cotidiano.
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Impacto de COVID-19 en médicos residentes de un hospital en México.
Mónica Erika Castillo Mendoza1
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Laura Soraya Gaona Valle
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Wendy Nicolasa Vega Navarro
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1 - Instituto de Salud del Estado de México.2 - Universidad Nacional Autónoma de México.
ResumenTítulo: Impacto de COVID-19 en médicos residentes de un hospital en México.Autores: Mónica Erika Castillo Mendoza, Wendy Nicolasa Vega Navarro, Laura Soraya Gaona Valle.Antecedentes: En2020 la pandemia de COVID-19 sacudió al debilitado sistema de salud mexicano, la saturación hospitalaria, escasez de insumos y falta de tratamiento eficaz perpetuaron el temor; los médicos residentes fueron especialmente afectados, desde su salud mental hasta su formación clínica. Objetivo: Describir la realidad que viven los médicos residentes, los efectos en su formación profesional, el impacto psicosocial, la re-organización y transformación de la dinámica educativa durante la pandemia de COVID-19, en una institución hospitalaria. Material y métodos: Cualitativo Biográfico de análisis, con la técnica Historia de Vida.Resultados: Bajo el muestreo “bola de nieve” se entrevistó a residentes que atendieron a pacientes con COVID-19, se recurrió a observación participativa y un diario de campo. Todos los entrevistados afirmaron haber sufrido episodios de ansiedad, burnout o estrés postraumático como consecuencia directa o indirecta del COVID, así como insatisfacción en la formación clínica, el miedo al contagio y a la muerte fue recurrente en las entrevistas.Discusión: Si bien lo urgente es controlar la morbi-mortalidad del COVID, debemos poner atención en las consecuencias de rezago educativo, salud mental e integración social que la pandemia ha dejado en los médicos en formación.Conclusiones: Es necesario atender la salud mental de los residentes, especialmente los que vivieron eventos traumáticos a consecuencia del COVID, así como el desarrollo e instrumentación de políticas de prevención y contención que fomenten el desarrollo integral de los residentes. El rezago educativo es un daño colateral de la pandemia y la falta de estrategias para resarcirlo traerá consecuencias a largo plazo en la calidad de la atención médica y por ende la salud pública.Palabras clave: COVID-19, Historia de Vida, Residentes.
#03625 |
Implicancias del Covid-19, en la salud mental de las personas de Latinoamerica y el Caribe
Introducción: El cambio abrupto en la forma de vida a propósito de la pandemia por Covid-19, ha generado implicancias en todos los ámbitos de vida de las personas, dentro de las cuales una de las afectadas es la salud mental, es por ello que durante el año 2021, se realizó una investigación, cuyo objetivo era conocer las implicancias de la pandemia en la salud mental de las personas pertenecientes a Latinoamérica y El Caribe, esta fue una investigación cualitativa de enfoque constructivista donde se implemento una entrevista semi-estructurada a 7 personas claves relacionadas con la salud mental en países de Argentina, Chile, Colombia y Uruguay. Desarrollo: Dentro de los elementos teóricos considerados se contempló los determinantes sociales y el curso de vida, dado que la pandemia por COVID-19, tiene implicancias en la forma de vida de las personas de diversas edades, las cuales responden también a la situación que vivía el territorio pre pandemia. Para la ejecución de la investigación se realizó, en un primer momento, la revisión de literatura relacionada con la temática, específicamente guías técnicas dada por organismos internacionales, tales como OMS, OPS, CEPAL, OCDE, entre otros, con el fin de conocer las principales recomendaciones en la materia, así como también estudios realizados en Latinoamérica y el Caribe respecto a problemáticas y trastornos de salud mental en la población, dentro de las cuales se encontró que alrededor del 68% de las personas presentaba síntomas ansiosos y que un 58% de los entrevistados mostraba síntomas depresivos. En un segundo momento se llevaron a cabo entrevistas con 7 actores vinculados a la salud mental de distintas profesiones y áreas (clínicas, gubernamentales, educativas), con el fin de conocer como se ha implementado parte de las recomendaciones internacionales en cada país, problemáticas surgidas en este periodo respecto a la continuidad de cuidado en salud mental, coordinación de las estrategias implementadas, donde los más frecuente ha sido la implementación de estrategias a distancias, aún pese a los desafíos que ello implica. Resultados: Dentro de los resultados obtenidos, ha quedado de manifiesto que la presencia de sintomatología de salud mental ha sido una situación frecuente en contexto de pandemia en los distintos países y grupos poblacionales, en algunos casos se ha requerido un proceso de acompañamiento profesional, las estrategias a distancia han mostrado beneficios en algunos grupos de población por lo que se reconoce que la continuidad de estas intervenciones es relevante. Sin embargo, se destaca la necesidad de conseguir recursos necesarios para su mantenimiento. La investigaciones apuntan a que las problemáticas de salud mental podrían mantenerse, considerando que aún nos encontramos en pandemia, lo que es un gran desafío a la hora de pensar futuras estrategias de implementación en el área.
#03945 |
Trabalhadores com deficiência em instituição de pesquisa brasileira: estudo sobre barreiras, limitações e restrições enfrentadas e efeitos da pandemia de Covid 19
Cristina Rabelais
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Miguel Marcelino1
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Andrea da Luz Carvalho
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Sônia Regina da Cunha Barreto Gertner
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Amanda Mendes
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Ana Beatriz Vinagre de Miranda
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1 - Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social / Fundação Oswaldo Cruz e UNIFASE - NIPPIS/Fiocruz&UNIFASE.2 - Coordenação Geral de Gestão de Pessoas / Fundação Oswaldo Cruz.3 - Comitê Fiocruz pela acessibilidade e inclusão da Pessoa com Deficiência.4 - Fiocruz.
Em relação à população geral, em todo o mundo pessoas com deficiência experimentam piores condições de vida e saúde, menores níveis de escolaridade, de inserção no trabalho, de renda e participação econômica e maiores taxas de pobreza e exclusão. Apesar de terem os mesmos direitos do restante da população, acrescidos de outros específicos, a existência de barreiras físicas, legais e sociais dificultam o acesso, reforçando uma condição de desigualdade. A Fundação Oswaldo Cruz, destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, em consonância ao Programa Nacional de Ações Afirmativas, volta-se a inserção da pessoa com deficiência no trabalho desde 1994, e, a partir de 1996, cumpre com a obrigatoriedade das cotas em seus concursos, sem contar, no entanto, com uma política institucional de monitoramento de tais iniciativas. Visando à construção de sistema de avaliação e acompanhamento, foi desenvolvido o presente estudo, com objetivo de determinar o perfil dos trabalhadores com deficiência na Fiocruz, em relação a barreiras, limitações e restrições enfrentadas, a fim de promover ações alinhadas a uma política de acessibilidade e inclusão. Trata-se de um estudo exploratório de dados secundários em sistemas nacionais e/ou institucionais e uma pesquisa primária, utilizando formulário semiestruturado desenvolvido com base na Classificação Internacional e Funcionalidade, Incapacidade e Saude - CIF/OMS. Com o intercurso da pandemia de Covid-19, foi incorporado ao formulário um módulo para avaliação dos seus efeitos sobre a saúde e bem-estar dos trabalhadores pesquisados. O questionário foi enviado para 36 trabalhadores com deficiência lotados em todas as unidades técnico-científicas da Fiocruz. Desses, 21 responderam, constituindo o universo da pesquisa.O projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 01827018.4.0000.5241)A maior parte dos respondentes tem entre 30 e 49 anos, com distribuição equilibrada entre os sexos, conforme registro ao nascimento, maioria do gênero binário, raça branca, casada ou em união estável. Ressalta-se o alto grau de escolaridade, visto que a totalidade possui nível superior completo, sendo 62% com pós-graduação stricto sensu.Os resultados mostram a existência, em diferentes graus, de barreiras ambientais e atitudinais de acordo com as categorias: produtos e tecnologias de uso individual ou coletivo, acessibilidade nos vários ambientes do trabalho e no entorno, apoio e suporte de terceiros e vivência de preconceitos e discriminação, indicando os aspectos a serem priorizados na política institucional. No referente aos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a saúde e bem-estar, foi evidenciada a necessidade de políticas institucionais voltadas, especialmente, à melhoria da saúde mental e apoio para situações em que as limitações na realização de atividades e a restrição à participação social pioraram no período. Em que pese a alta escolarização dos participantes, ficou evidente a demanda por informações preventivas, confiáveis e acessíveis, e combate à desinformação.
#04037 |
TRABAJADORES DE SALUD Y PRECARIEDAD LABORAL EN TIEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19: UN ABORDAJE GENERAL DE LOS CASOS EN BRASIL Y PERÚ
El presente trabajo busca describir y analizar el contexto de precariedad laboral en los trabajadores de salud de Brasil y de Perú en tiempos de pandemia por COVID-19. Para ello, se parte del abordaje de la situación de la pandemia por el nuevo coronavirus, para posteriormente analizar las dimensiones de la precarización del trabajo y conseguir describir la situación laboral de los profesionales de la salud en medio de la crisis sanitaria. Se fundamenta que, con la llegada de la pandemia la situación de los trabajadores de la salud se agravó. Por la falta de condiciones laborales adecuadas, por la precaria infraestructura en donde desarrollan sus actividades, por el desabastecimiento de equipos de protección individual (EPIs) y, sobre todo, por la ausencia de medidas que protejan su salud y su integridad. Ello deja evidencia de que dichos trabajadores encaran, hoy en día, el abandono del sector sanitario, lo que nos lleva a (re)pensar las politicas de protección social a los trabajadores de salud.
#04048 |
Propagación inicial de la pandemia COVID-19 entre la población indígena de México en un marco social sindémico
RESUMEN:El objetivo de la ponencia es mostrar la propagación del contagio y decesos que la población indígena por efectos de la pandemia de COVID-19 durante los primeros meses de contagio. Con información al 22 de mayo de 2020 de la Secretaría de Salud que incluye la pregunta de habla lengua indígena para pacientes atendidos, se realiza análisis estadístico de tipo descriptivo con tablas y gráficas de frecuencias. Los principales resultados muestran que la población indígena masculina registra mayores contagios y decesos. En los decesos de mujeres indígenas predominó la neumonía, diabetes, hipertensión y obesidad; en los hombres fue el tabaquismo y el contagio comunitario. Casi todas las muertes indígenas ocurrieron por fuera de una UCI y la proporción de población indígena municipal es directamente proporcional a la letalidad indígena. La secretaría de Salud no liberó la pregunta de auto adscripción indígena para los primeros meses y no existen artículos que analicen justamente este período de propagación de la pandemia. El proceso de contagio de la población indígena en México se dio desde las grandes ciudades hacia donde migran, dejando sus tierras, familias y costumbres atrás buscando articularse a sistemas urbanos que los excluyen y discriminan, haciéndolos vulnerables formas de vida tóxicas y nocivas de hábitos alimenticios, propensos a enfermedades, exponiéndolos a violaciones constantes de sus derechos fundamentales. Resultan siendo víctimas no solamente del contagio sino de la exclusión social persistente que históricamente y los expone a procesos sindémicos que combinan las pandemias de desigualdad social con la pandemia de COVID-19.
La Plaza San Lucas es una plaza pública al aire libre que se ubica en la colonia Merced en la Ciudad de México. Pese a las restricciones implementadas por la emergencia sanitaria derivada del SARS-Cov-2, los actores que la ocupan, siguen desarrollando al margen de lo posible sus labores cotidianas. Asimismo, nuevas actividades se suman a la Plaza, lo que la reafirma como un lugar donde convergen diversas identidades. Es precisamente una de estas actividades emergentes el motivo de una investigación realizada de marzo a junio de 2021 en el marco del Seminario Especial “Drogas y polìtica de drogas en el escenario de la pandemia por la COVID-19 en América Latina” organizado por el Programa de Política de Drogas del CIDE. El lugar de investigación fue un gimnasio de box al aire libre donde los objetivos fueron indagar si su creación guardó algún vínculo con el uso de drogas en la Plaza San Lucas y de qué manera la COVID -19 cambió la forma operativa del gimnasio. El estudio realizado fue de corte cualitativo donde el método etnográfico así como las entrevistas a profundidad fueron cruciales. La inmersión en campo se realizó gracias a un informante clave que presentó a quien escribe estas líneas a los miembros del gimnasio. Ello permitió un acercamiento paulatino que propició la consolidación de lazos de confianza, facilitando así la recopilación de información. Algunos de los hallazgos fueron conocer que el gimnasio se consolidó en 2018 por el interés de los vecinos y comerciantes de mejorar las condiciones del entorno y brindar a la comunidad opciones de esparcimiento. Cabe destacar que hay un par de poblaciones a las que se buscó alcanzar desde el inicio. La primera es el sector de la población que presenta un uso compulsivo de sustancias y que viven en calle. La segunda son infancias a las que se busca alejar de las dinámicas de narcomenudeo así como retrasar la edad de inicio de consumo. Es importante resaltar que la emergencia sanitaria cambió el objetivo inicial y además, les forzó a pausar. Pese a ello el gimnasio sigue e incluso, el hecho de que se encuentre al aire libre favorece su permanencia debido a las restricciones sanitarias. En cuanto a los consumos de drogas, existen opiniones polarizadas que expresan prejuicios hacia las personas consumidoras. Sin embargo, también hay un rango de tolerancia hacia ciertos consumos por el estatus de legalidad o por su función en la vida de las personas. Sin más, el estudio realizado dio cuenta de que pese a que permanezcan ciertos prejuicios sobre el entorno, ello no imposibilita que las personas se interesen en transformar su realidad más próxima y la interacción que esta tiene con las drogas.
#01179 |
Cuidado de la salud en varones adultos de clase popular en el Gran Buenos Aires: accesibilidad de los servicios sanitarios, condicionantes territoriales y autocuidado
En esta ponencia analizamos las experiencias de cuidado de la salud de un grupo de varones adultos que viven en un barrio de clase popular del conurbano norte de Buenos Aires, Argentina. Por un lado, damos cuenta de la dimensión territorial de la oferta de los servicios sanitarios del sector público en los diferentes niveles de atención y sus consecuencias para el acceso al cuidado con los especialistas; por otro lado, analizamos cómo vivir en un área segregada con hechos cotidianos de inseguridad genera mayor vulnerabilidad física y estrés crónico. Mostramos asimismo las estrategias que desarrollan frente a la inseguridad que reflejan construcciones dominantes de masculinidad. Respecto del hogar como ámbito de cuidado informal de la salud, vemos cómo para los varones adultos la presencia o ausencia de soportes familiares de cuidado alienta o bien desincentiva el seguimiento de prácticas de cuidado cotidiano, en especial de prácticas alimentarias, para el control de condiciones de salud crónicas y factores de riesgo. En este sentido, ponemos de relieve el carácter colectivo-familiar del “autocuidado” que resulta protector de la salud. Asimismo, damos cuenta del trabajo de cuidado que recae en las mujeres-esposas de varones con condiciones de salud graves que demandan intervenciones quirúrgicas de alto riesgo y un prolongado período posterior de recuperación en el hogar. Se trata de un trabajo informal de cuidado en el ámbito doméstico que en gran parte evidencia falencias en la provisión de atención y cuidado integral del sector público en sus distintos niveles y las desigualdades territoriales en el acceso al sistema sanitario. Los datos provienen de entrevistas en profundidad realizadas con varones adultos de entre 25 y 55 años, como parte de un estudio más amplio en curso en el marco de proyectos UBACyT y PICT del Ministerio de Ciencia y Tecnología, Argentina. Realizamos un análisis temático de las entrevistas asistido por el programa ATLAS.ti.
#01198 |
Impulsando la equidad en salud a través de una innovación pedagógica que promueve el trato digno
Antecedentes. En México la estructura social ubica a las mujeres indígenas en los últimos peldaños en términos del ejercicio de sus derechos. A esto se suma la condición étnica, pues los rasgos culturales y fenotípicos indígenas son características por las que se discrimina a las personas. Es así como el género, la pobreza y la etnicidad se intersectan y potencializan como determinantes estructurales que sustentan la violencia hacia las mujeres indígenas, exacerbándose en contextos retadores como la pandemia de Covid-19. Los servicios de salud reproducen esta violencia, particularmente en el área de salud sexual y reproductiva (SSyR), en cuyos servicios emblemáticamente se manifiestan las representaciones simbólicas asociadas al género.Objetivo. Implementar una intervención pedagógica innovadora dirigida al personal de salud, como una acción afirmativa en contra de la discriminación, el racismo y el clasismo institucionales; encaminada al fortalecimiento de una de las funciones del sistema de salud, específicamente la prestación de servicios. Su objetivo final es contribuir a brindar un trato digno que responda con equidad a las necesidades de salud de las mujeres indígenas.Metodología. Esta intervención pedagógica parte de un enfoque de derechos y se fundamenta en la pedagogía popular crítico-constructivista. Los participantes reconocen y deconstruyen las estructuras productoras-reproductoras de las desigualdades propias de la organización estratificada de nuestra sociedad. Esta reflexión se extiende a los efectos de estas estructuras e ideologías en las valoraciones y prácticas que se expresan durante la atención. Los resultados se analizan a partir de las dimensiones del trato digno y de la normatividad vigente del sistema de salud, para finalizar con la construcción de propuestas de acciones específicas de los propios trabajadores de la salud para afrontar, prevenir y erradicar cualquier forma de discriminación y maltrato, y garantizar el trato digno en la atención.Resultados. Esta intervención se ha extendido a más de 2,300 trabajadores de la salud en 5 entidades del país. Contamos con una metodología y herramientas para el monitoreo de la calidad de la atención interpersonal en los servicios de salud sexual y reproductiva, que hemos aplicado en 3 tres hospitales para evaluar los cambios atribuibles a la intervención. En todos los casos se han demostrado resultados favorables. Esta práctica contribuye a la construcción de una sociedad más equitativa, contribuye al reconocimiento y fomento de la inclusión de esta perspectiva de equidad y la atención prioritaria de los problemas de salud que afectan a los pueblos indígenas de México.
#01363 |
Evolución de las políticas de promoción de la salud en el Perú, desde el 2001 hasta la pandemia de la COVID-19
Miguel Armando Zuñiga Olivares1
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Aquilas Nogueira Mendes
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1 - Faculdade de Saúde Pública - Universidade de São Paulo.
Antecedentes. En el Perú, desde el 2001, las políticas y planes nacionales y modelos de atención han puesto énfasis en promoción de la salud (PS) y abordaje intersectorial de los problemas sanitarios. En el 2002, el Ministerio de Salud (MINSA) creó la Dirección General de PS, ubicada en el tercer nivel organizacional; posteriormente (2017), fue descendida al cuarto nivel organizacional, impactando en relevancia y recursos para cumplir sus funciones. Al inicio (2005), la PS se enfocó en el desarrollo de comportamientos y entornos saludables; posteriormente (2017), incorporó el abordaje de determinantes sociales de salud (DSS). Objetivo. Describir y discutir la evolución de las políticas de promoción de la salud en el Perú, en el periodo 2001-2022. Método. Se realizó una revisión narrativa de políticas de PS, según etapas de aprobación, desarrollo normativo secundario, monitoreo y evaluación, mediante normas jurídicas, de alcance nacional, e informes y reportes de entidades públicas, en el periodo 2001-2022. Resultados. Se determinaron 5 etapas: la primera (2001-2006): establecimiento de bases conceptuales (comportamientos y entornos saludables) e inicio de regulación de alimentación infantil, tabaco y alcohol; la segunda (2007-2011): incorporación de enfoque de derechos, género e interculturalidad, desarrollo –tardío– de regulación previa, e inicio de participación en programas de salud (“Presupuesto por Resultados”); la tercera (2012-2016): inicio de regulación de alimentos procesados, fortalecimiento de escuelas saludables, e inicio de “Programa de Incentivos” a gobiernos locales (GL) en PS; la cuarta (2016-prepandemia): actualización de bases conceptuales (abordaje de DSS), reconocimiento del agente comunitario, desarrollo –tardío– de regulación previa, e incentivos a GL para prevención de anemia infantil (vigente); y la quinta (pandemia): conformación de comités de vigilancia comunitaria de COVID-19, en coordinación con redes de salud, e incentivos a GL para regulación de funcionamiento de mercado de abastos para prevenir y controlar la COVID-19. Los temas más regulados fueron: tabaco, alcohol, participación social, alimentos procesados, sucedáneos de leche materna, impuestos saludables (tabaco, bebidas alcohólicas y azucaradas) y escuelas saludables. Se evaluaron y monitorearon –parcialmente– una política (alimentación saludable) y tres programas de salud (“Articulado Nutricional”, “Tuberculosis” y “Cáncer”). Los sistemas de información no midieron DSS ni desigualdades en salud. Discusión y conclusiones. No existe una política integrada de PS, sus acciones se basan en lineamientos de política. Hubo retraso –excesivo– en reglamentación de leyes de regulación de industrias de sucedáneos de leche materna, tabaco, alcohol y alimentos procesados. Actualmente, se prioriza la participación comunitaria y articulación con GL para prevención y control de COVID-19. Contrariamente al énfasis en DSS (diferente a determinación social), éstos no fueron medidos, y su abordaje fue escasamente desarrollado –normativamente–; tampoco se utilizaron estratificadores sociales para medir desigualdades. El déficit en evaluación y monitoreo de políticas de PS no habría contribuido para su mejora.
#01450 |
Participación social en salud en el sistema sanitario de Chile.
El presente trabajo tiene como propósito reflexionar respecto a la participación social en el sistema de salud de Chile en contraste a otras perspectivas dialécticas que fortalecen la praxis colectiva.La participación social en salud se define como la capacidad de reflexión y acción de los colectivos para tomar decisiones en sus contextos, lo que comprende un fenómeno en constante tensión debido a las inequidades estructurales que se presentan en países como los latinoamericanos. En consecuencia, la participación social es la práctica donde los sujetos/as interaccionan y penetran en el Estado (Mercado et al, 2010) y hace referencia a la posibilidad que tienen los pueblos en el derecho a participar en la planificación y la atención sanitaria (OMS, 1978).En Chile, en la primera parte del siglo XX, la deliberación popular en el ámbito sanitario tuvo un amplio despliegue a partir de las organizaciones de trabajadores y trabajadoras, que, a propósito de las precarias condiciones de vida, debieron autogestionar las prácticas en salud. El proceso de institucionalización de la participación social en salud comenzó en la década del 60`, bajo una perspectiva popular y en sintonía a la discusión internacional respecto al rol de la atención primaria. No obstante, la participación social en salud se constituyó como una acción consultiva, cuestión que redujo el campo de actividad de las colectividades respecto a mejorar las condiciones de vida e incidir en la gestión de los centros de salud. Esta tendencia se mantuvo post dictadura militar y se profundizó con la promulgación de la Ley 20.500, la cual carece de elementos significativos para la participación colectiva y la transformación social. Una de las dificultades que presenta el actual marco jurídico y de gestión del modelo de salud chileno es la falta de diálogo y de reconocimiento del sujeto/a. En palabras de Humberto Giannini, no existe reconocimiento moral de los colectivos (Giannini,1997) y, de acuerdo con Nora Donoso, no se evidencia redistribución del poder para la acción de sujetos autónomos y produce un carácter instrumental/ clientelar del sistema de salud (Donoso, 2018).A modo de conclusión, la participación social en salud es relevante para la autonomía de los territorios y el rol transformador de las comunidades. Sin embargo, el actual modelo de salud -coherente con el modelo político social chileno- no genera instancias de participación activa. Para cumplir con lo explicitado en la declaración de Alma-Ata y las reformas políticas, se requiere incorporar conceptos de salud colectiva respecto al fortalecimiento de la democracia directa en salud. Se espera que el nuevo proceso constituyente pueda establecer nuevas relaciones basadas en la participación en salud vinculante por parte de las comunidades.
#02772 |
El Centro Universitario de Enfermería Comunitaria: hacia la construcción de un modelo de formación y atención en APS
Rosa María Ostiguín Melendez
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Ana Rita Castro1
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Zoila Romualdo Pérez
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Jessica Lucía Sainz Hernández
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Itzayana Huitron Santana
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1 - Escuela Nacional de Enfermería y Obstetricia, UNAM.2 - Escuela Nacional de Enfermería y Obstetricia, UNA,M.
El Centro Universitario de Enfermería Comunitaria (en adelante CUEC) es un espacio institucional de de la Escuela Nacional de Enfermería y Obstetricia (ENEO) de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). El CUEC cuenta con una larga trayectoria en la comunidad donde se encuentra ubicado, que es el pueblo originario de San Luis de Tlaxialtemalco, en la alcaldía de Xochimilco, al sur de la Ciudad de México. Desde 1992 se iniciaron sus primeras actividades y con el tiempo se ha ido convirtiendo en un espacio de formación y atención a la comunidad, que tiene dos principios rectores: Formación de talento humano con responsabilidad y compromiso social en Enfermería Comunitaria y Atención Primaria a la Salud (APS).Calidad y calidez en la prestación de los servicios de salud interprofesional que ofrece, los cuales están orientados a la prevención, promoción de la salud y la atención centrada en las necesidades y contextos de las personas y familias de San Luis Tlaxialtemalco. Y una aspiración clara, que está en el horizonte del centro: 3) configurarse como un laboratorio donde se propongan las mejores prácticas para el trabajo comunitario con enfoque de APS y un cuidado integral a la salud. En ese sentido, el objetivo de este trabajo es proponer al CUEC como un modelo de formación y atención en enfermería comunitaria y APS. Destacando el rol de enfermería en equipos multidisciplinarios en el ámbito comunitario. Partimos de la necesidad de constituir este modelo, entendiendo que sería un instrumento prescriptivo, que nos permitiría establecer los principios y lineamientos para la organización y operación de un determinado trabajo. En este caso, el del CUEC como centro de formación y enseñanza para la atención en el campo de la salud comunitaria, con un abordaje integral en la persona y la familia, que permita a su vez desarrollar planes de cuidado adaptados a sus dinámicas, recursos y contextos. Partimos de la salud y enfermedad como fenómenos sociales y como un proceso que es dialéctico, en el cual las especificidades sanitarias ya sea a un nivel individual, doméstico y grupal, deben ser examinadas a la luz del contexto social que las determina. El modelo que proponemos consta de: fundamentación conceptual, objetivos, atributos, estrategias, población y componentes. Este modelo formativo - atención deberá responder en gran medida a las características centrales de una estrategia basada en la APS: integral (bio-psico-social), integrada (promoción, prevención, tratamiento, rehabilitación y reinserción social), continuada y permanente, activa, accesible, trabajo en equipo, comunitaria y participativa, programada y evaluable, docente e investigadora.
#03801 |
Estigma e Pobreza: marcadores das pessoas com diagnóstico de transtorno mental que buscam acessar o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
Katiusca Torres Medeiros1
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Eduardo Sérgio Soares Sousa
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Alba Jean Batista Viana
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Patricia Barreto Cavalcanti
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Rafael Nicolau Carvalho
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Ana Paula Rocha Sales de Miranda
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Este trabalho é um recorte do projeto de tese intitulado “Itinerários das pessoas com diagnóstico de transtorno mental que buscam acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoa com deficiência, na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) concebido pela Constituição Federal brasileira de 1988, é considerado o maior Programa de Transferência de Renda do Brasil em termos monetários, por garantir um salário mínimo mensal para idosos(acima de 65 anos) e pessoas com deficiência, que tenham renda familiar per capita até 1/4 de salário mínimo, desvinculados da necessidade de contribuição direta. A respeito dessa demanda, dados do Portal da Transparência indicam que até julho de 2020 havia a manutenção de 4.840.000 beneficiários (deficientes e idosos), dentre esses 53,3% concedidos à pessoa com deficiência e 43,2% a idosos. Contudo, para acessar o benefício na busca da cidadania, o requerente necessita primeiramente, submeter-se a um processo de ajustar-se a uma ordem de pobreza, que se coadunam com a desqualificação social, que se refere a um status de pobreza, no qual os indivíduos vivem em condições precárias e seus modos de vida são vistos como ameaça à coesão social. A pessoa com diagnóstico psiquiátrico e solicitante do BPC é enquadrada como pessoa com deficiência. Este trabalho é uma síntese teórica produzida por meio de uma revisão da literatura a qual, procedeu-se com análise de algumas categorias que surgiram como justificativa para a propositura do projeto, sendo estas: estigma; desqualificação social e pobreza. Buscou-se aporte teórico para a compreensão dessas categorias em Erving Goffman, Michel Foucault e Georg Simmel. Para Goffman (1988) o estigma corresponde a um atributo diferenciado, profundamente depreciativo, sobre o status moral de alguém, propiciando vários tipos de discriminação e marcas internas que podem sinalizar uma diferença de identidade social. As pessoas com transtornos mentais carregam consigo o estigma decorrente do diagnóstico psiquiátrico. Para Foucault (1999), o “louco” era visto como um indivíduo desajustado, perturbado, perigoso e inapto para o sistema de produção. Essa definição levou a exclusão de milhares de pessoas, relegando-as a exclusão da vida produtiva e a pobreza. Na concepção de Simmel (1998),a condição sociocultural nominada de "pobre", compreende o ato de ser assistido por políticas sociais ou da caridade, sem que haja condições de igualdade e reciprocidade frente aos demais, a qual posiciona o agente em uma camada socialmente desvalorizada, caracterizada pela desigualdade e dependência da assistência. Nessa perspectiva, pressupõe-se que a pessoa com transtorno mental que busca o acesso ao BPC, poderá usufruir de um estatuto social duplamente desvalorizado em razão da sua deficiência e sua situação de pobreza. Todavia, a pesquisa está em desenvolvimento e novas questões podem ser levantadas no processo de análise dos dados empíricos.
Introducción:
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) concebido pela Constituição Federal de 1988, é considerado o maior Programa de Transferência de Renda do Brasil em termos monetários, por garantir um salário mínimo mensal para idosos (acima de 65 anos) e pessoascom deficiência, que tenham renda familiar per capitaaté 1/4 de salário mínimo, desvinculados da necessidade de contribuição direta, integrando assim a política nacional de assistência social. A respeito dessa demanda, os dados presentes no Portal da Transparência indicam que até julho de 2020 havia a manutenção de 4.840.000 beneficiários (deficientes e idosos), dentre esses, 53,3% concedidos à pessoa com deficiência e 43,2% a idosos (Brasil,2021).
O BPC para as pessoas com transtornos mentais, objeto deste estudo, destina-se a proteger os indivíduos que se encontram em situação de pobreza, haja vista que essa condição favorece a privação de necessidades e carências de bens e serviços que obstaculizam a garantia de um bem-estar-mínimo, e, no que lhe concerne, produzem vulnerabilidades. Constituindo-se um importante instrumento no campo dos direitos sociais,o qual alberga fundamentos expressivos para a dignidade da pessoa humana, sua autonomia, cidadania, dentre outros.
A despeito da prevalência dos transtornos mentais, estudos realizados por França et al., (2021) revelam que cerca de 20,3% da população brasileira possuem algum diagnóstico psiquiátrico, que correntemente se encontram afiliadasaos sofrimentos ou incapacidades significativas que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atribuições expressivas.
Além disso, os autores aindasalientam, que as pessoas com transtornos mentais carregam consigo o estigma que “[...] cria uma barreira, de modo que o diagnóstico psiquiátrico já é o suficiente para rotulá-lo, criandoum estereótipo negativo...” (França et al., 2021,p. 1329).
Para acessar o benefício na busca da cidadania, inclusão social e autonomia cidadã, o requerente necessita, primeiramente, submeter-se a um processo, assim como assumir e vivenciar regramentos ou violências simbólicas que o legitimam a uma ordem de pobreza, um status de pobreza, no qual os indivíduos vivem em condições precárias e seus modos de vida no estigma da subcidadania (Sousa, 2018).
Ademais, os requerentes com diagnóstico de transtorno mental que buscam o BPC para tornar-se elegíveis ao benefício necessitam realizar movimentos que vão de encontro com a luta cotidiana do movimento antimanicomial[1], uma vez que a avaliação é realizada de modo a legitimar o requerente enquanto pessoa com deficiência, num sentido de falta de autonomia, necessidade de supervisão e incapacidade para realizar atividades cotidianas simples. Legitimando para as instituições e seus profissionais a condição de pobreza e de deficiência incapacitante.
Para Goffman (1988) o estigmacorresponde a um atributo diferenciado, profundamente depreciativo, sobre o status moral de alguém, propiciando vários tipos de discriminação e marcas internas que podem sinalizaruma diferença de identidade social, ou seja, refere-se a uma identidade social deteriorada por uma ação social. O estigma não é característica da atitude da pessoa, mas uma consequência da aplicação das normas sociais.
Os dados e particularidades apresentados acerca dos transtornos mentais demostramuma alta prevalência desse tipo de diagnóstico no Brasil, bem como expressam a magnitude do problema no âmbito social, haja vista que apoiada nos fundamentos de Goffman, as aludidas alterações podem ocasionar um grau de sobrecarga acentuada para as pessoas com transtornos mentais, assim como, discriminação e desigualdade social,capazes de excluí-los do ordenamento da sociedade.
Ademais, Paugam e Schulteis (1998, p. 18) aditam ao debate que “[...] quando a pobreza é combatida e julgada intolerável pela coletividade no seu conjunto, seu estatuto social é desvalorizado e estigmatizante”. Pois, os indivíduos pobres são impelidos a viver seu status de pobreza no isolamento. “A humilhação os impede de desenvolver o sentimento de pertencimento a uma classe social” (Paugam & Schulteis, 1998, p. 18). Nessa perspectiva, a pessoa com transtorno mental que busca o acesso ao BPC, poderá usufruir de um estatutosocial duplamente estigmatizante em razão da sua deficiência e sua situaçãode pobreza.
Na concepção de Pereira (2012),embora o BPC constitua um direito fundamental legítimo e um instrumento capaz de promover a inclusão social e a cidadaniadas pessoas com transtornos mentais, a inconsistente legislaçãoe o excesso de burocracia empregada pelos ÓrgãosPúblicos incumbidos de operá-lo têm atravancado e/ou negado o acesso dos cidadãos ao benefício.
Em razão disso, os requerentes frequentemente precisam recorrer ao Poder Judiciário para que esse direito prenunciado seja efetivado. Corroborando com esse pensamento, Cunha e Barreto(2020, p. 278) declaram que o respectivo benefício “[...]não é garantido a todasas pessoas com deficiência pobrese incapazes para o trabalho, mas, somente, a parte dos casos mais graves daqueles que o requerem”.
Sobre desqualificação social é importante compreender que Paugam utiliza o termo “desqualificação social” para tratar de uma situação conjuntural específica na França, o qual, diante da crise econômica vivida à época, parcela importante da sociedade francesa passou por um processo de desqualificação social devido a uma mudança de status sócio econômico. Aqui neste texto, estamos utilizando o termo desqualificação para tratar da mudança de padrão de cidadania adquirida pelas pessoas com transtornos mentais inseridas em um processo de reforma psiquiátrica, forjado a partir do final da década de 1970 de onde vem-se trabalhando a busca pela autonomia, emancipação e cidadania.
No contraponto, a pessoa acometida pelo transtorno mental que busca acessar o BPC precisa submeter-se há um processo de autodesqualificação social e cidadã, necessitando demonstrar a perda de autônoma e dependência em relação a terceiros, expondo-se à situações onde o tratamento e a busca por alcançar de terminado direito andam na contramão da perspetiva de autonomia e cidadania versada pela reforma psiquiátrica.
Metodologia
Este trabalho é uma síntese teórica produzida por meio de uma revisão narrativa da literatura, a qual buscou a partir da literatura respostas teóricas para as questões pesquisadas. O texto é fruto das leituras iniciais remetidas ao projeto de tese intitulada “Itinerários das pessoas com diagnóstico de transtorno mental que buscam acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoa com deficiência, na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil”.
Procedeu-se a partir da análise de algumas categorias que surgiram como justificativa para a propositura do projeto, sendo elas: estigma; desqualificação social e pobreza. Buscou-se aporte teórico para a compreensão dessas categorias em Erving Goffman, Michel Foucault e Georg Simmel, na busca de melhor compreender os conceitos de Estigma, Loucura, Controle e Pobreza.
Por fim, a análise é apresentada sinteticamente a partir dos 04 (quatro) importantes eixos: o primeiro onde foi tratada a questão da loucura à saúde mental, onde buscou-se realizar um resgate da construção dos movimentos sanitários e luta antimanicomial, a partir da mudança de perspectiva sobre “louco” e “loucura” na compreensão foucaultiana de controle dos corpos e estigma; num segundo momento o “BPC e sua relação com a pobreza”, sendo tratado de forma conceitual e dando destaque aos mecanismos de acesso e limitações de acesso a partir de critérios de elegibilidade ao benefício, utilizando-se do conceito de pobre, em Simmel e Dagnino, com colaboração de Jessé Sousa, somando-se a Pires e Lotta, acerca do conceito de subcidadania.
Em sequência trouxemos a discussão sobre “pobreza e estigma” a partir da leitura acerca da exclusão social em Sposati e estigma em Goffman, com importante finalização em Parker a partir da compreensão de estigma enquanto construção social, histórica e conceitual promovedora da exclusão social; e por fim o detalhamento da relação da “doença mental com estigma” tendo em vista de um possível duplo processo de estigmatização, partindo de Weber, e buscando enfatizar a dificuldade de inserção no mercado de trabalho devido ao questionamento da capacidade dessa parcela da população.
[1] O Movimento antimanicomial brasileiro teve seu início ao fim da década de 1970, contando com a participação dos pacientes e seus familiares junto aos trabalhadores da saúde mental, culminando no processo da reforma psiquiátrica. O objetivo deste, era dar voz as necessidades de autonomia na escolha de tratamento e condução de vida dos “pacientes”, transpassado pelos conceitos de cidadania, direitos humanos e direitos sociais (Santos & Leão, 2018).
Desarrollo:
Da loucura à saúde mental
A Saúde Mental no Brasil iniciou a sua estruturação em 1970, a partir dos movimentos sanitários e de luta antimanicomial que culminaram na construção do Sistema Único de Saúde (SUS) e no projeto de reforma psiquiátrica. Este último, com êxito no que se refere aos avanços nos mecanismos de autonomia e ao fechamento de instituições psiquiátricas manicomiais, as quais eram utilizadas precipuamente para o exercício e manutençãodo poder sob os corpos, como instrumento de disciplinarização, repressão e exclusão social,empregados no intuito de proteger uma sociedade e seu território do que lhe é considerado anormal (Foucault, 1978).
Nessa acepção, o “louco”era visto como um indivíduo desajustado, perturbado, perigoso e inapto para o sistema de produção, e, por conseguinte, para participar da sociedade, uma vez, que ele apresentaria dificuldades de se agregar aos grupos sociais, haja vista que sua condiçãoperturbava a estruturasocial e a ordem estabelecida. Pois, o “louco” era concebido como “[...] aquele cujo discurso não pode circular como o dos outros:pode ocorrer que sua palavraseja considerada nula e não seja acolhida, não tendo verdadenem importância [...]” (Foucault, 1999, pp. 10-11).
A respeitoda loucura, Foucault(2007; 2010) aindaressalta que até meados de século XIX, a psiquiatria não se afiguravacomo uma particularidade do saber médico, mas como um dispositivo de higiene pública, cuja finalidade era propiciar a proteção social contra os perigos trazidos pelas pessoas acometidas por doença mental na sociedade. De modo que, a psiquiatria categorizou a loucura em duas configurações: patologizou a loucura, atribuindo o caráter de doença, deixando-a sob a responsabilidade do saber médico e conferiu ao doente mental o atributo de “pessoa perigosa” e “inapta para o convívio” em sociedade, que associado ao direito, o saber médico pôde atuar como higiene pública,qualificando aqueles que deveriam viver em confinamento nas instituições psiquiátricas. Todavia, Foucault (1978) não tratou a loucura como uma doença, mas como uma construção históricae cultural.
Corroborando esse pensamento, Szazz (1978) declarou que o processo de exclusão foi promovido pela hospitalização em asilos; pelo advento da psiquiatria e dos psiquiatras, os quais passaram a ser os tutores dos indivíduos considerados doentes mentais. Sobre essa questão,é importante destacarque esses eventossucederam a partir das imposições de produção do sistema capitalista, que reforçam a rotulação, a estigmatização e a exclusão social daqueles que não atendem as demandas de produtividade.
Para Birman e Serra (1988), o indivíduo ao ser qualificado como doente mental,priva-se do domínioda responsabilidade, do poder de decisão e se tornadependente do especialista e da família,ou seja, perde sua cidadania. É uma submissãoocasionada pela sujeiçãoao saber e ao poder que, acabaintervindo na vida e destinodo indivíduo, bem como influenciando e exercendo controle nas rotinas da família do doente mental.
Nessa perspectiva, “[...] só é cidadão quem é normal; a cidadania só é adquirida a partir da condição de normalidade social, orgânica e mental” (Maciel, 2008, p. 118). Assim, a estigmatização da doença faz com que a pessoa perca a sua cidadania, sofra preconceitos e seja segregado da sociedade.
Apesar dos avanços das reformas com o fechamento das instituições manicomiais, é importante compreender a imposição da manutenção do poder dentro da lógica do capital, como sugeriu Foucault (2005) e que esta lógica não se extingui junto aos manicômios, mas se reconfigura na sociedade a partir de novos dispositivos de controle, agora não mais na perspectiva de território, mas sim, do controle da população, “Fazer viver ou deixar morrer” (Foucault, 2005, p. 1).
Portanto, observa-se que mesmo com os progressos obtidos nas últimasdécadas no campo da saúde mental, na contemporaneidade, sob a ótica social, a doença mental permanece complexae hermética, haja vista que ela ainda se encontra vinculada aprocessos de exclusãoe controle que impelem o isolamento dos agentes, cujos comportamentos são apreendidos como fora dos padrões habituais aceitos, e, são estigmatizados como doentes mentais e incapazes de conviver na sociedade.
OBenefício de Prestação Continuada (BPC) e a pobreza
O BPC foi concebido pela Constituição Federal em 1988, em seu artigo203, inciso V, institui a “[...] garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.” (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988).
No entanto, o referido benefício foi implantado somente em 1996, a partir do Decreto n. 1744/1995, que o regulamenta, tendo como base organizacional a Lei 8.742/1993, denominada de Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), a qual normatizou a assistência social e instituiu uma política pública. Apesar de o alusivo benefício ser de caráter assistencial, o mesmo é operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir de leis, decretos e preceitos de execução da atinente autarquia.
Para conferiro benefício às pessoas com deficiências, os requerentes deverão submeter-se a avaliação do grau de incapacidade, com base nos princípios da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), a qual baseia-se numa abordagem psicossocial que introduz os componentes de saúde nos níveis corporais e sociais (Cunha & Barreto, 2020). A avaliação do grau de incapacidade é empreendida pela perícia médica e pelo serviço social do INSS “[...]que vai definir se a pessoa é elegível ou não para a concessãodo benefício [...] (Cunha & Barreto, 2020, p. 271).
Para aquisição do BPC, é importante que o postulante tenharenda per capta deaté ¼ de salário mínimo e atenda aos condicionantes das políticas da Seguridade Social (Política da Saúde, Políticada Assistência Sociale Política Previdência Social), como: laudo médico e/ou acompanhamento em rede de saúde, Cadastro Único da Assistência (CADUNICO) e requisitos de acesso ao INSS. Para tanto, faz-se necessário conectar-se aos canais remotos (internetou central telefônica 135) e contatara Agência da Previdência Social (APS), a fim de acompanhar o processo, inserir documentações, realizaravaliação social e perícia médica.
Os indivíduos com transtornos mentais requerentes do BPC pertencem a segmentos populacionais vivendo em situação de pobreza. De acordo com Santos (2011), esses são historicamente excluídos do padrão de produção capitalista, o qual divide os seres humanos pela sua capacidade de produção em “produtivos” e “nãoprodutivos”.
Na concepçãode Simmel (1998),a condição sociocultural nominada de "pobre", compreende o ato de ser assistido por políticas sociais ou da caridade, sem haver condições de igualdade e reciprocidade frente aos demais, a qual posiciona o agente em uma camada socialmente desvalorizada, caracterizada pela desigualdade e dependência da assistência.
É importante salientar, que a análise de Simmel (1998) não tratou estritamente da pobreza e dos pobres, mas da relação de assistência existente entre os indivíduos em situação de pobreza e a sociedade em que estão inseridos (Paugam, 2001). Para Dagnino (2004, p. 14), “os alvos dessas políticas não são vistos como cidadãos, com direito a ter direitos, mas como seres humanos“carentes”, a serematendidos pela caridade,pública ou privada”.
Para Sousa (2018), assim como para Pires e Lotta (2019) os alvos dessa política são os subcidadãos, pessoas que vivem um status social estigmatizado e estigmatizante, em decorrência de um processo permeado de condicionalidades que promove a afirmação de sua condição por meio da humilhação, da violência simbólica exercida pelo Estado, diante do processo de implementação das políticas.
Pobreza e estigma
Concebe-se a pobreza a partir da diferenciação entre pobreza e exclusão social, trabalhada por Sposati (1998), onde a primeira refere-se à uma condição humana relativa ou absoluta, a qual está em um processo de autogeração, enquanto a exclusão alcança dimensões, culturais e atitudinais. Desta forma, ser pobre envolve o processo de exclusão, mas também pode ter em si outros processos discriminatório e excludentes relacionados ao abandono, a perda de vínculos, o entre outras situações que não se limitam a retenção de bens.
A pobreza tem, em si, e em seu processo de autogeração e a estruturação das práticas de opressão, que buscam o enfraquecimento, da população, por meio da estigmatização e humilhação. Essas práticas de opressão e podemos aqui dizer de violência simboliza, demonstram que a pobreza tem em si uma base social importante, aprisionando o indivíduo em um ciclo, tratado por Moura Jr e Serrierra (2016), como ciclos de autodepreciação e enfraquecimento.
As práticas de opressão aqui sinalizadas, tem o objetivo de enfraquecer os mais pobres, estigmatizando-os e humilhando-os. Dessa maneira, entende-se que essas práticas sociais opressoras de discriminação da pobreza têm uma base social, mas atuam em camadas simbólicas, subjetivas e objetivas do indivíduo, aprisionando-o em situação de pobreza como uma espiral de autodepreciamento e enfraquecimento.
A dimensão simbólica está baseada na possibilidade de compreensão diferenciada da realidade como sendo constituída de oportunidades que antes não eram encontradas de maneira usual. Assim, a pessoa em situação de pobreza pode ter um novo paradigma de realidade que está fincado em oportunidades possíveis e reais para o enfrentamento de sua situação e para fomento de sua capacidade de agência e de questionamento à realidade de dominação. (Moura Jr & Sarrierra, 2016, p. 17)
É de extrema importância a existência perene e sólida das oportunidades por meio das políticas públicas. As políticas públicas voltadas ao público em situação de pobreza são indispensáveis para viabilização de novas possibilidades de existência, partir de um simbolismo e pragmatismo existente em si, quando funciona a partir de programas de transferência de renda.
Acerca do estigma tem-se em Goffman (1988) a coexistência de três diferentes tipos de estigmas, o primeiro envolve marcas físicas consideradas deformidades ou deficiências, o segundo seriam as questões que envolvem caráter individual, com questões que transitam desde a honestidade a crenças; e o último seriam os estigmas tribais de raça, nação, religião, crenças falsas, entre outras situações.
Goffman (1988) fornece elementos essenciais para se entender a “identidade”, onde se cruzam três elementos: o pessoal, o social e o ego, chamando a atenção para o que ele considera a singularidade de cada um - nossa identidade social é o que os outros acham que somos em virtude das nossas filiações a determinados grupos e nosso ego (autoidentidade) refere-se ao que pensamos sobre nós mesmos. Destaque-se, ainda, que os estigmatizados e os “desviantes normais”[1] não constituem opostos, mas, talvez, formem um continuum e que “a manipulação do estigma é uma característica geral da sociedade, um processo que ocorre sempre que há normas de identidade” (Goffman, 1988, p. 141).
Há uma importante interseção entre preconceitos, discriminação, estigma, e desigualdade social de acordo com Parker (2013), que implicam diretamente no acesso às políticas públicas. A interseção ocorre a partir da perspectiva de que estigma, preconceito e discriminação são construções sociais e culturais imbricadas no funcionamento das desigualdades sociais a partir das violências estruturais, diretamente conectadas as estruturas de poder e dominação, com enfoque na saúde e direitos humanos; e enfoque na saúde e justiça social.
O estigma tem papel fundamental nas relações de poder e controle, com desdobramentos que reverberam na construção de grupos desvalorizados e valorizados no que se refere às práticas discriminatórias, estando íntimos ao desenvolvimento das desigualdades sociais. A relação que Parker (2013) faz em seu texto remete a saúde, colocando como exemplo as práticas de discriminação ligadas ao HIV e a Aids ou qualquer outro aspecto da saúde, aqui trazemos a análise para outros aspectos políticos e sociais, a partir da reflexão ampliada acerca do processo de exclusão de alguns indivíduos e grupos, e as forças que operam sobre esse processo nos mais diversos contextos, uma vez que se tratam de processos imbricados na história em suas significações culturais, bem como sistemas de poder e dominação.
Trata-se de conceitos e práticas constituídos historicamente para desenvolver as desigualdades sociais, que geram rotulagens, estereotipias, rejeição social. Tais características são colaborativas a processos estruturais importantes, como a escravidão, além de indicadores sociais que demonstram o aumento da morbidade e mortalidade em determinadas camadas da população, justamente devido à desigualdade social construída a partir da estigmatização, preconceito e discriminação, que impedem ou limitam os acesso da população a determinados segmentos da sociedade, diante da desvantagem sistemática dentro das relações de produção existentes que corroboram para a construção estrutural da pobreza e exclusão econômica.
A construção da imagem histórica sobre a pobreza, por muito tempo, desconsiderou o contexto social e as relações de poder que estão imbricadas no fenômeno e responsabilizando a pessoa que vive em situação de pobreza pela sua construção. Compreende-se que há a visão de uma identidade social estigmatizada de pobre, como vagabundo, sujo, criminoso, conformado, religioso e causador de mazelas sociais (Moura Jr, 2012).
O preconceito vivido por essas formas de reconhecimento estigmatizadas das pessoas em situação de pobreza tem em sua vivência a violência, desigualdade de poderes e discriminação (Paluck & Green, 2009). Discriminação que se relaciona com a posição de poder exercida entre a pessoa em situação de pobreza e alguém que a humilha por considerar que está em local social privilegiado em relação ao outro.
Estigma e doença mental
Agrega-se a discussão sobre o estigma e pobreza, nesse artigo, a dimensão do estigma relacionado a doença mental, foco deste trabalho, uma vez que a pessoa com diagnóstico de transtorno mental, carrega o estigma em seu cotidiano, uma barreira importante de vida, sofrendo processos de afastamento familiar e comunitário, em especial nas situações consideradas mais graves para a sociedade, situação que reverbera nos demais âmbitos da sociedade, como escola e trabalho.
À pessoa com diagnóstico de transtorno mental comumente nega-se a inserção no mercado de trabalho, ou a continuação do espaço de trabalho quando o acometimento da situação de saúde ocorre durante ou em decorrência da vivência laboral.
O Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS, publicado em junho de 2022, mostra o aumento de 25% no número de pessoas que viviam com transtorno mental em 2019, o número que era até aquele momento de 1 bilhão tem seu dado acrescido de um quantitativo vertigino, que teve como impulsionador colaborativo o cenário pandêmico do COVID-19, significa que atualmente, conforme o documento, uma em cada oito pessoas no mundo está vivendo com transtorno mental. O relatório destaca ainda que os transtornos mentais são as maiores causas de anos vividos com incapacidade, sendo um em casa seis pessoas convivendo com situações incapacitantes, uma encontra-se na vivência por transtorno mental.
O estigma cria um processo cíclico que envolve a exclusão social e a discriminação, tendo como consequências o desemprego, autoestima diminuída, perda de laços familiares, a perda do sentimento de cidadania, falta de moradia própria e o pouco o inexistente suporte social, tem sido importantes entraves a recuperação das pessoas acometidas por transtorno mental.
Nas últimas décadas emergiu um importante debate, em trânsito, que circundam as pessoas com diagnóstico em transtorno mental, acerca dos paradigmas de atenção a saúde, ou seja, entre o paradigma biomédico e o paradigma psicossocial (Weber, 2012). Dicotomia que versa sobre conflitos marcadamente ideológicos e que estão evidentes no acesso a BPC, com a mudança de mecanismos de avaliação que a partir de 2009 passou a considerar parte da avaliação como de competência do Serviço Social Previdenciário, utilizando-se de instrumento de avaliação social que busca um olhar para barreiras de acesso, que estão dispostos da estrutura social em que a pessoa está inserida e não apenas a doença de forma isolada.
Apesar dos avanços relacionados a assistência e a compreensão da vivência da pessoa com transtorno mental, a imagem construída permanece ligada às pessoas violentas, incapazes, pessoas que tem dificuldades com regras, funcionamentos sociais, valores morais, situação que reverbera nas relações de aceso ao requerimento do BPC.
O atrelamento de conceitos como inclusão social, cidadania, estigma, relacionados a pessoa com diagnóstico de transtorno mental e ao acesso às políticas públicas destinadas à sua assistência, é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de perspectivas melhores de atenção as necessidades dessa parcela da população.
As pessoas com transtornos mentais apresentam perspectivas diferente de incapacidade para atividades de vida diária e social. Quando consideradas pessoas com algum grau de incapacidade, são classificadas como pessoas com deficiência, classificação utilizada a fim de construção e execução de políticas públicas afirmativas (Weber, 2012).
No entanto, como já sinalizado, comportamentos desviantes (patológicos) podem ser reconhecidos ou não como negativos em uma dada sociedade, levando à reflexão sobre o estigma sobre a doença mental. Ser diagnosticado com transtorno psicótico grave, em um dado momento, num certo contexto sociocultural, na busca de um determinado benefício oriundo de uma política pública, pode significar estigmatização e consequentemente exclusão social (Martin, 2012).
[1] Goffman considera que o desviante e o normal tem comportamentos semelhantes diante de seus estigmas, por essa ser uma característica geral da sociedade, desta forma os mecanismos de tratar com a situação, diante da sociedade, são semelhantes.
Conclusiones:
Assim, apreende-se que o programa do BPC, enquanto política pública, afiliada à assistência social, atua como um instrumento habilitado para promover a inclusão social de uma população pauperizada, estigmatizada, fragilizada, considerada incapaz para o trabalho e para uma vida autônoma, mas pode estar funcionando como potencializador mecanismo de desigualdades sociais em virtude de suas condicionantes de acesso, diante do duplo processo de estigmatização aqui também pensado enquanto duplo processo de desqualificação social, de forma a parafrasear o conceito tratado por Paugam.
Destaca-se, aqui, a estreita relação entre os mecanismos de estigma, preconceito, discriminação, e desigualdade social intimamente relacionado à condição das pessoas com diagnóstico em transtorno mental que buscam acessar ao BPC junto ao INSS, a partir das relações tratadas por Parket (2013), enquanto sistemas colaboradores da exclusão social e mesmo da possibilidade de inserção social inicial pelo sistema de produção, diante das relações de poder existentes.
Portanto, as análises aqui tratadas são fruto das primeiras impressões das leituras do projeto de tese, conjugadas as experiências vividas no Instituto Nacional do Seguro Social, locus da efetivação do BPC, onde se tornou possível observar a aplicabilidade dos conceitos e sínteses aqui analisados.
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Palabras clave:
Saúde Mental; Pobreza; Estigma; BPC.
#04931 |
Medicina tradicional, un recurso para la salud en contextos urbanos. El caso de las zonas de vulnerabilidad social de León Guanajuato.
Arlene Iskra García Vázquez1
1 - Escuela Nacional de Estudios Superiores, Unidad León. UNAM.
La ciudad de León Guanajuato, forma parte (junto con los municipios de Silao, San Francisco del Rincón y Purísima del Rincón) de la Zona Metropolitana de León, Guanajuato, que constituye la más importante de la entidad por el tamaño de su población (6to lugar nacional) y actividad económica (séptimo lugar nacional). En los últimos años la zona ha experimentado cambios en su estructura económica que han tenido repercusiones socio-territoriales importantes. Por una parte ha habido concentración en las cabeceras municipales de actividades económicas, de servicios, y equipamiento urbano, proceso acompañado del surgimiento de fragmentación del territorio (fraccionamientos privados, vivienda de carácter social), asentamientos irregulares en donde habita población en condiciones de vulnerabilidad, marcada la falta de acceso a los servicios de salud, a los servicios básicos de vivienda, alimentación, educación y empleo. En estas zonas de vulnerabilidad, la medicina tradicional representa un recurso vigente, pero poco valorado por el sistema de salud local, para atender los problemas de salud de la población que no tiene acceso a los servicios de salud. El objetivo del trabajo es identificar los elementos de la medicina tradicional presentes en 3 zonas de vulnerabilidad social de la ciudad de León, cómo y por qué los emplean, identificando los cambios en el significado y valoración que tienen los recursos urbanos tradicionales en estos contextos urbanos. Con la finalidad de que sean tomados en cuenta por las instituciones de salud. Se aplicaron entrevistas semiestructuradas a la población que habita en la zona de estudio así como a médicos tradicionales (curanderos, sobadores y parteras) ubicadas en dicha zona.
#04984 |
A JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE NO MARANHÃO: UMA ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS IMPLEMENTADAS PELO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO
Lorena Angin Yannina Camusso Ortiz1
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Samuel Duarte Kzam
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A pesquisa tem como objetivo analisar as estratégias à judicialização da saúde implementadas pelo Poder Judiciário no estado do Maranhão. Para tanto, compreende-se o direito fundamental social à saúde no Brasil, a sua natureza jurídica, seus efeitos e efetivação, bem como a construção do seu processo de afirmação e de disputa para a sua efetivação. Demonstra-se qual o real papel do Poder Judiciário brasileiro no Estado Democrático de Direito e o que vem acontecendo, atualmente, no contexto pós-1988 com a Judicialização da Política, ao mostrar a atuação do Poder Judiciário brasileiro nas políticas de saúde e evidenciar o protagonismo dos Tribunais na busca pela efetivação do direito fundamental social à saúde no seu processo de judicialização. Por fim, analisa-se o surgimento e os fundamentos das determinantes e estratégias políticas do Poder Judiciário (CNJ) para o enfrentamento das demandas judiciais por assistência à saúde, em especial a criação e a implementação do Comitê Estadual de Saúde no estado do Maranhão e do Centro de Mediação das Demandas de Saúde Pública da Comarca da Ilha de São Luís. O percurso metodológico foi amparado pela sociologia reflexiva a partir de Pierre Bourdieu com a noção de campo e poder simbólico.
#04998 |
“Trayectorias de padecimiento de personas con diabetes tipo 2: un acercamiento desde la salud colectiva”
Juana Guadalupe Mendoza Zapata1
;
Soledad Rojas Rajs
2
;
Ma del Carmen Perez Rodriguez
1
;
Maribel Cruz Ortiz
1
1 - Universidad Autónoma de San Luis Potosí.2 - Universidad Autónoma Metropolitana Unidad Xochimilco.
La diabetes es uno de los principales problemas de salud a nivel mundial y en países latinoamericanos como México. Sin embargo, su abordaje está modelado por la noción hegemónica de riesgo, como suma de factores independientes. Desde un enfoque de salud colectiva, consideramos que los problemas de salud-enfermedad-atención requieren enfoques complejos, que permitan comprenderlos y analizarlos desde otros ángulos. Esta tesis presenta resultados de investigación sobre un análisis de trayectorias de padecimiento desde la determinación social de la salud. Se desarrolló como propuesta sobre “trayectorias de padecimiento”, una categoría con valor analítico para entender la relación dialéctica entre experiencia subjetiva y condiciones de vida, en el curso de la enfermedad en tanto síntesis de las múltiples determinaciones de la salud. Los objetivos de la investigación fueron identificar procesos críticos; protectores y destructivos en las trayectorias de padecimiento de personas que viven y padecen diabetes, analizando las tres dimensiones de la determinación social de la salud: general, particular y singular. Respecto a la metodología; se realizó un estudio cualitativo con personas diagnosticadas con diabetes, mayores de 18 años, en San Luis Potosí, México. Las técnicas empleadas fueron entrevistas a profundidad, diario de campo y observación participante. Se realizaron 21 entrevistas, todas ellas con consentimiento informado, hasta lograr saturación temática. Los participantes fueron 21 personas: 12 mujeres ( 42.9%) y 9 hombres (42.9%), con una media de edad de 54 años. Las entrevistas fueron grabadas en audio, transcritas y posteriormente se realizó un análisis de contenido con el programa Atlas ti. Las trayectorias de padecimiento permitieron reconstruir la manera en que las y los participantes han vivido y experimentado la diabetes, en los distintos niveles: singular, particular y general. Un importante hallazgo es que los procesos protectores y destructivos se expresan de forma diferencial en las trayectorias. Eso demuestra que considerarlos simplemente como factores protectores (por ejemplo, la pérdida de peso) o factores de riesgo, no responde a la trayectoria de padecimiento de cada persona participante, por lo que el análisis resulta útil para desmontar que sólo se requiere manejo médico y conductual de la diabetes, también son necesarias las medidas sociales. Las trayectorias ocurren en el marco de una realidad compleja en la que existen situaciones contradictorias y conflictivas desde el nivel macrosocial hasta lo microsocial. Palabras clave: diabetes, determinación social de la salud, trayectorias de padecimiento.
11:00 - 13:00
GT_18- Salud, Seguridad Social y Personas con Discapacidad
Refundación, sistemas, políticas de salud
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Análisis de notas suicidas: Construyendo tipologías.
EL suicidio fue y será un tema de carácter multifacético. En el se pueden percibir algunos elementos de desintegración social, como la anomia. Por otro lado, la tasa de suicidio a nivel global es de 10.5 por cada 100.000 habitantes, la mayoría de los suicidios (79%) ocurren en países de ingresos medios y bajos. Algunos países Latinoamericanos reportan tasas superiores a la media global. Uruguay, históricamente reporta aproximadamente una tasa de 20.0 por 100.000 habitantes. (Hein et al., 2018). Mientras que la depresión y la desesperanza son los factores más consistentemente señalados como factores de riesgo (Ribeiro et al., 2018), la explicación de la conducta suicida no se puede reducir a factores únicos, pues se entrecruzan factores individuales, relacionales, sociales y culturales, se trata de un fenómeno de naturaleza multifacética y multideterminada (Leenaars, 2017).Los objetivos de la investigación es encontrar que variables tienen la capacidad de generar y desarrollar una tipología de conducta, para abordar las notas suicidas (NS) desde lo cualitativo. Las NS son un producto cultural y simbólico. Estos mensajes constituyen una fuente de archivo importante y permiten describir de manera sistemática los contenidos de los productos simbólicos, así como realizar inferencias cualitativas (Lester & Leenaars, 2016).Entre los años 2004 a 2015, se registraron 2698 suicidios, 693 dejaron una NS. Se conformó una base combinando información forense, sociodemográfica y variables “comportamentales”. Para esto último se realizó un análisis de contenido utilizando las categorías adaptadas de Darbonne (1969). El análisis fue realizado por jueces (codificadores) independientes, entrenados por un experto en la Técnica de Análisis de Contenido.El examen de la distribución de las NS por grupos etarios busca identificar pesos diferenciales que posibiliten contrastar ciertas hipótesis sobre la presencia de relaciones entre el desenlace del suicidio y la etapa de la vida en que se encontraba la persona.Los resultados del análisis permitió la construcción de una tipología de conductas suicidas, mediante aquellas variables que más discriminan como lo es el sentimiento y los afectos indicados en la misma. En el mismo se aplicaron las técnicas de análisis de correspondencias múltiples (MCA) y clúster jerárquico (CJ).Con base en los factores se construyó grupos lo suficiente homogéneos hacia el interior y heterogéneos entre ellos de manera de obtener una representación global de todo el conjunto de relaciones entre variables y casos. Un primer suicidio auto dirigido o racional (Grupo1), que resultan en la baja participación de componentes sentimentales, en segundo lugar, otro tipo de suicidio dirigido internamente (Grupo 2), resumidos en un conjunto de sentimientos de agresión dirigidos hacia el interior, y en tercer lugar, otro tipo de suicidio dirigido por los otros (Grupo 3), que expresa un conjunto de sentimientos dirigidos hacia el exterior del sujeto.
#00928 |
Conductas de violencia psicológica que son justificadas durante el noviazgo en adolescentes de la Licenciatura en Salud Pública de la Universidad Michoacana.
Adriana Calderón Guillén1
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Victor Hugo Anaya Calderón
2
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Estefany del Carmen Anaya Calderón
1
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Adriana Paulina Anaya Calderón
3
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Roger Nieto Contreras
1
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Gaudencio Anaya Sánchez
4
1 - Facultad de Salud Pública y Enfermería de la UMSNH.2 - Hospital General Regional 220 Vicente Villada.3 - Universidad Vasco de Quiroga.4 - Secretaria de Salud de Michoacán / Facultad de Salud Pública y Enfermería de la UMSNH.
La violencia produce efectos que pueden reproducir conductas en sentido negativo y extenderse a todos los contextos donde interactúa el adolescente. La violencia en el noviazgo merece especial atención, sobre todo, cuando se inician las relaciones entre los jóvenes y se definen roles y límites. Las conductas violentas en las relaciones de pareja no son percibidas como tales por las víctimas, o por los agresores, los signos de maltrato se confunden con muestras de afecto, que en realidad ocultan conductas controladoras.El objetivo de esta investigación fue identificar las conductas de violencia psicológica que son justificadas por parte de los adolescentes de la licenciatura en Salud Pública durante el noviazgo para establecer una estrategia de intervención que permita disminuir los índices de violencia en la población estudiantil. Tomando una nueva línea de investigación a partir de los resultados obtenidos en la investigación titulada “percepción de los adolescentes de la Licenciatura en Salud Pública en relación a la Violencia Psicológica durante el Noviazgo”. (Calderón, 2019) Se trató de una investigación no experimental, cuantitativa de corte transversal. Se utilizó una muestra representativa probabilística por selección aleatoria integrada por 52 estudiantes de la Licenciatura en Salud Pública. Se aplicó un cuestionario integrado por 12 ítems bidireccionales (perpetración/victimización), con una escala Likert evaluando la presencia de tácticas dominantes y tácticas celosas; tomado de la Escala de tácticas de dominancia y tácticas celosas seleccionados por Kasian y Painter (1992) del Inventario de Maltrato Psicológico de Mujeres de Tolman (1989, 1999). El estudio permitió identificar las conductas de violencia psicológica que son justificadas por los adolescentes durante el noviazgo que al ser consentidas de cierta manera las van normalizando en su vida diaria.
Introducción:
La violencia es un acto intencional el cual es dirigido con la intención de dominar, controlar, agredir o lastimar a alguien. Este acto implica un poder mediante el empleo de la fuerza, ya sea física, psicológica o emocional.
La Violencia Psicológica es toda agresión realizada sin la intervención del contacto físico entre las personas. Es un fenómeno que se origina cuando una o más personas agreden de manera verbal a otra u otras personas ocasionando algún tipo de daño a nivel psicológico o emocional en las personas agredidas.
Desde la perspectiva de Yugueros ( 2014), el estudio de la violencia contra la mujer se debe de ver con una visión multidisciplinar, en virtud de que interactúan aspectos de carácter socio cultural, económicos, políticos, religiosos, mitos y nivel educativo; por lo que su estudio se debe de abordar con un enfoque de varias ciencias, proponiendo una aproximación al concepto de violencia de género, en donde también se revisan los diferentes tipos de violencia, en el contexto de la violencia estructural que se manifiesta en la relaciones de pareja o expareja.
En el escenario adverso para la mujer a lo largo de muchos siglos donde los preceptos legislativos nacionales e internacionales eran de no observancia, se da la Declaración sobre la Eliminación de la Violencia contra la Mujer, por la Organización de las Naciones Unidas (ONU) Aprobada en asamblea General 48/104, del 20 de diciembre de 1993, este primer documento con jurisdicción para todos los países del mundo, donde se tipifica a la violencia en su artículo primero, que a la letra dice es todo acto de violencia basado en la pertenencia al sexo femenino, que tenga o pueda tener como resultado un daño o sufrimiento físico, sexual o psicológico para la mujer, así como la amenaza de tales acto, la coacción o la privación arbitraria de la libertad, tanto si se produce en la vida pública, como en la vida privada.
Rey Anacona, Cesar Armando, Jorge Arturo y Nora Helena (2017) realizaron una investigación en Colombia titulada “Diferencias entre adolescentes del área rural-urbana en malos tratos durante el noviazgo”, se trató de un diseño transversal descriptivo comparativo. Los resultados señalaron que aproximadamente la mitad ejecutó al menos una conducta de este tipo, tanto en la zona urbana como rural, aunque la frecuencia de comportamientos de maltrato fue significativamente mayor entre los(as) del área urbana, a nivel general y en los tipos de maltrato psicológico, emocional y físico.
Páramo. M. 2018 realizó una investigación en Argentina titulada violencia psicológica en la relación de noviazgo en estudiantes universitarios cuyo objetivo fue describir las característica de la violencia psicológica en las relaciones de noviazgo, respecto a su percepción, modalidades y respuesta hacia la misma dirigida a estudiantes de la Facultad de Psicología de la Universidad de Aconcagua, se trató de una investigación cuantitativa, descriptiva, transversal, aplicando el cuestionario de Violencia Psicológica en las relaciones de noviazgo de Marchiori a 452 alumnos que hubieran mantenido o que mantuvieran en ese momento relaciones de noviazgo . Dicha investigación concluyó que las conductas o actitudes de violencia psicológica en las relaciones de noviazgo han afectado a los participantes y este tipo de violencia es considerado como un problema de tipo social en mayor proporción y como un problema de pareja en menor medida.
Mariola Marcos y Ana Isabel Isidro (2019) señalan que la violencia de género continúa siendo una lacra social a pesar del avance acelerado de las nuevas tecnologías, hecho que también ha posibilitado nuevas manifestaciones de violencia de género, especialmente en parejas de adolescentes y jóvenes tal y como lo muestran en la investigación realizada en la Universidad de Salamanca España, cuyo objetivo fue analizar el fenómeno de la violencia de género durante el noviazgo a través de las experiencias de una muestra heterogénea de mujeres para presentar pautas y recomendaciones que permitieran erradicar la violencia de género. En relación a los resultados más relevantes se encontró que el grado de información y de conocimiento efectivo del fenómeno es más bajo del deseado. Por otra parte, casi un tercio de las mujeres reconoce que su novio es celoso y posesivo. Un porcentaje similar afirma que su novio tiene sus contraseñas de móvil, aunque en menor medida asumen que él controla sus redes sociales y su dispositivo móvil. También son relevantes los comentarios y bromas sarcásticos de carácter celotípico hacia ellas por parte de sus parejas y las acusaciones de infidelidad o de coquetear con otros. Por último, se proponen unas breves líneas de actuación socioeducativa.
Verónica Vázquez y Roberto Castro (2008) analizan la violencia en las relaciones de noviazgo en la Universidad Autónoma Chapingo (Uach), una institución mexicana dedicada a formar recursos humanos en ciencias agronómicas. El material de análisis estuvo conformado por ocho testimonios anónimos escritos por estudiantes o ex-estudiantes de la universidad, a raíz de una convocatoria abierta. Se examinó la violencia psicológica, física y sexual, así como la explicación que dan de ella después de haberla vivido. Dicha investigación constituye uno de los primeros trabajos en el país que permite analizar la violencia en el noviazgo y en el ámbito universitario. El material testimonial fue estudiado a profundidad a partir de un análisis anclado en la teoría social y de género. En relación a las conclusiones se consideró que resulta de suma importancia hacer estudios similares en otras universidades del país a fin de conocer el fenómeno de la violencia de género desde la vivencia masculina.
Rojas (2013) realiza una investigación en donde enfatiza los vínculos interpersonales en la sociedad postmoderna, desde su perspectiva menciona que estos están presentando cambios de suma importancia, al encontrar niveles importantes de empoderamiento de la mujer generando de esta forma una pluralidad de vivencias que se han ido plasmando en el escenario de las relaciones de noviazgo en la sociedad mexicana, en donde el autor y otros investigadores empiezan a revisar como los cambios socio culturales y el empoderamiento de la mujer en vida social, cultural educativa, laboral así como el uso de las nuevas tecnologías, está llevando a analizar dos polémicas cuestiones : la figura del agresor y víctima lo que está motivando la necesidad de plantear investigación diádicos, asi como replantear la dicotomía rígida Hombre- agresor y mujer- victima en las relaciones de noviazgo de jóvenes Mexicanos.
Por su parte Guevara, Rojas, Flores y Romero (2017) realizaron una investigación titulada “La transmisión intergeneracional de violencia en el noviazgo de adolescentes mexicanos” en 354 adolescentes originarios del estado de Puebla (México) desde las teorías del aprendizaje social partiendo de la posible repetición de conductas violentas observadas en la relación de los progenitores y la perpetración o recepción de conductas violentas en la relación de pareja de jóvenes mexicanos. Participaron 197 mujeres y 157 hombres adolescentes, con edades comprendidas entre los 15 y 18 años quienes contestaron un cuestionario que incluyó la Escala de Táctica de Conflictos (CTS; Straus, 1979), para evaluar la observación de conductas violentas entre padre y madre, también, el cuestionario modificado de Tácticas de Solución de Conflictos (M-CTS; Muñoz, Andreu, Graña, O´Leary & González, 2007) para identificar el ejercicio o recepción de violencia en el noviazgo. Entre los resultados destaca la baja frecuencia de violencia cometida tanto entre los progenitores como en el noviazgo, sobresaliendo el posible carácter bidireccional de la violencia. Se confirmó la relación entre la violencia observada entre los padres y madres, y la violencia ejercida o sufrida por los y las participantes en sus respectivas relaciones de pareja.
La violencia en México es un factor determinante de la deserción escolar e incluso, una causa importante de muertes infantiles. Miles de niños, niñas y adolescentes en México, crecen en un contexto de violencia cotidiana que deja secuelas profundas e incluso termina cada año con la vida de centenares de ellos. Gran parte de esta violencia, que incluye violencia física, sexual, psicológica, discriminación y abandono, permanece oculta y en ocasiones, es aprobada socialmente. En el caso de la violencia psicológica en las relaciones de pareja en los adolescentes no es la excepción, 7 de cada 10 jóvenes de entre 15 y 24 años de edad sufren este tipo de violencia 3 de cada 10 se suicidan porque se sienten excluidos de la sociedad.
En el Estado de Michoacán se sigue presentado este tipo de violencia, incluso en los adolescentes que están estudiando en el área de la salud, se ha llegado a un punto en donde la sociedad lo ha integrado como algo cotidiano de tal forma que en la Licenciatura en Salud Pública de la Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo resulta de suma importancia el identificar las conductas de violencia psicológica que son justificadas por los adolescentes de primer año de la licenciatura en Salud pública con la finalidad de implementar una estrategia de prevención que permita abatir este problema de salud pública. (Calderón,2019)
El objetivo general de la presente investigación fue identificar las conductas de violencia psicológicas que son justificadas por los adolescentes de primer año de la Licenciatura en Salud Pública de la Universidad Michoacana durante el noviazgo para establecer una estrategia de intervención que permita disminuir los índices de violencia en la población estudiantil.
Desarrollo:
De acuerdo a la OMS adolescencia corresponde al periodo de crecimiento y desarrollo humano que se produce después de la niñez y antes de la edad adulta, entre los 10 y 19 años; dicha etapa cronológicamente se inicia por cambios puberales y se caracteriza por profundas transformaciones biológicas, psicológicas y sociales que en diversas situaciones estas transformaciones son generadoras de crisis, conflictos y contradicciones por lo que no solo representa un periodo de adaptación a los cambios corporales, sino una fase de grandes determinaciones hacia una mayor independencia psicológica y social.
En relación a las características generales de la adolescencia se resaltan las siguientes: crecimiento corporal, aumento de la masa corporal y de la fuerza muscular, más marcado en el varón, incremento de la velocidad de crecimiento, los cambios en la forma y dimensiones corporales, los procesos endocrino metabólicos y la correspondiente maduración en ocasiones genera torpeza motora, incoordinación, fatiga, trastornos del sueño que pueden generar trastornos emocionales y conductuales de manera transitoria; en relación a los aspectos psicosociales: búsqueda de sí mismos y de su identidad, necesidad de independencia , tendencia grupal, evolución del pensamiento concreto al abstracto, las necesidades intelectuales y la capacidad de utilizar el conocimiento alcanzan su máxima eficiencia, manifestaciones y conductas sexuales con desarrollo de la identidad sexual, contradicciones en las manifestaciones de su conducta y constantes fluctuaciones de su estado anímico, relaciones conflictivas con los padres, actitud social reivindicativa en donde se hacen más analíticos, así como la necesidad de formulación y respuesta para un proyecto de vida.
Entre los factores de riesgo en los adolescentes se destacan las conductas de riesgo, familias disfuncionales, deserción escolar, accidentes, consumo de alcohol y drogas, enfermedades de transmisión sexual asociadas a prácticas riesgosas, embarazo, desigualdad de oportunidades en términos de acceso a los sistemas de salud, educación, trabajo y bienestar social. Y condiciones ambientales insalubres, marginales y poco seguras.
Muchos adolescentes se ven sometidos a presiones para consumir alcohol, tabaco u otras drogas, así como para empezar a tener relaciones sexuales, y ello a edades cada vez más tempranas, lo que conduce a un elevado riesgo de traumatismos, tanto intencionados como accidentales, embarazos no deseados e infecciones de transmisión sexual (ITS), entre ellas el virus de la inmunodeficiencia humana (VIH). Así mismo también experimentan diversos problemas de adaptación y de salud mental. Los patrones de conducta que se establecen durante este proceso, pueden tener efectos positivos o negativos duraderos en la salud y el bienestar futuro del individuo en donde la familia juega un papel de suma importancia. (Pineda, 2012)
El término violencia proviene del latín violentilla, y es un comportamiento deliberado que provoca, o puede provocar, daños físicos o psicológicos a otros seres humanos, como lo mencionamos anteriormente no necesariamente con la agresión, sino que está también puede ser psicológica o emocional, mediante amenazas u ofensas.
Calabrese refiere que “la violencia y la agresión son dos caras de la misma moneda que tradicionalmente ha sido aceptada como mecanismo de control por los individuos que han ostentado el papel hegemónico dentro del grupo social que de uno u otro modo se han visto justificados y, por lo tanto, legitimados en el ejercicio de esa violencia y de ese poder arbitrario”. (1997, p.112)
Dado que existen múltiples definiciones de violencia, sobre todo las que se relacionan con la imposición de fuerza física. La violencia es un concepto mucho más global y complejo, en donde podemos homogenizar estos conceptos con el que nos da la OMS en donde está la define como: “el uso intencional de la fuerza física o el poder contra uno mismo, hacia otra persona, grupos o comunidades y que tiene como consecuencias probables lesiones físicas, daños psicológicos, alteraciones del desarrollo, abandono e incluso la muerte”. De acuerdo a Pérez la violencia psicológica o emocional constituye una de las modalidades más constantes, efectivas y generalizadas del ejercicio del poder (2009). En donde estos son actos que conllevan a la desvalorización los cuales buscan eliminar o disminuir los recursos internos que poseen las personas para hacer frente a las diferentes situaciones que se le presentan en su vida cotidiana.
Debido a que la violencia psicológica es unos de los tipos más comunes de violencia que existe se ha visto la necesidad de crear leyes que la definan como tal. En donde en 1998 se crea la ley sobre la violencia contra la mujer y la familia tal como lo podemos observar en su artículo 6° que señala que se considera violencia psicológica toda conducta que ocasione daño emocional, disminuya al autoestima, perjudique o perturbe el sano desarrollo de la mujer u otro integrante de la familia referido en el artículo 4° de esta Ley, tales como conductas ejercidas en deshonra, descrédito o menosprecio al valor personal o dignidad, tratos humillantes y vejatorios, vigilancia constante, aislamiento, amenaza de alejamiento de los hijos o la privación de medios económicos indispensables. (Ley sobre la Violencia contra la Mujer y la Familia, 1998)
Es importante remarcar que, si bien la violencia no respeta ni edad ni sexo, la mujer por considerarse el sexo más débil ha sido más vulnerable en este sentido, dado que el último reporte que se tiene de la ONU no dice que, en México, al menos 6 de cada 10 mujeres mexicanas ha enfrentado un incidente de violencia; 41.3% de las mujeres ha sido víctima de violencia y, en su forma más extrema, 9 mujeres son asesinadas al día. Por lo que es importante abordar desde una perspectiva más amplia la violencia contra la mujer
La ley General de Acceso de las Mujeres a una Vida Libre de Violencia, define la violencia psicológica como: cualquier acto u omisión que dañe la estabilidad psicológica, que puede consistir en: negligencia, abandono, descuido reiterado, celotipia, insultos, humillaciones, devaluación, marginación, indiferencia, infidelidad, comparaciones destructivas, rechazo, restricción a la autodeterminación y amenazas, las cuales conllevan a la víctima a la depresión, al aislamiento, a la devaluación de su autoestima e incluso al suicidio.
En México, de acuerdo con la Encuesta Nacional sobre la Dinámica de las Relaciones en los Hogares establece que 63 de cada 100 mujeres ha sufrido algún tipo de violencia (2011). El tipo de violencia que más se presenta es la violencia emocional o psicológica, la cual presenta la prevalencia más alta (44.3%), y en casi la mitad de los casos esta violencia es ejercida por la pareja o el esposo.
Lo que sucede en la mayoría de los casos es que algunas víctimas de maltrato psicológico o emocional no saben que lo están viviendo. Ya que muchas de las personas que son víctimas simplemente consideran que ellas tienen la culpa o bien ellas provocan las reacciones violentas y por lo tanto buscan la manera de justificar esa violencia.
Una de las maneras más comunes en las que se presenta este tipo de violencia es el acoso afectivo. Esta se refiere a una conducta de dependencia en la que la persona acosadora depende emocionalmente de su víctima, hasta el punto de impedirle independencia alguna, invadiendo constantemente la intimidad, la tranquilidad y el tiempo para la realización de sus tareas o actividades.
Otro factor que influye es la manipulación mental en donde tenemos que tener en claro que esta generalmente va acompañada de amenazas y críticas, que generan miedo, culpa o vergüenza y buscan llevar a la persona víctima hacia donde desea la persona que la manipula. (Unidad de Igualdad y Genero, 2017)
Otra de las modalidades es la agresión insospechada. Esta consiste en que la persona agresora disfraza de atención, de buenas intenciones y de buenos deseos, el control de la autonomía y libertad de la persona. Lo que genera que la persona “protegida” no pueda crecer e independizarse.
De acuerdo a Hernández et ál (2014) Las principales consecuencias que ocasionan la violencia psicológica son: sentimientos negativos (culpa, vergüenza, humillación…), ansiedad, depresión, pérdida de la autoestima, pérdida del interés y concentración en actividades anteriormente gratificantes, cambios del sistema de valores, especialmente sobre la confianza en los demás y sobre el valor de la justicia, conductas de abuso y consumo de sustancias, fármacos, alcohol, modificación de las relaciones (dependencia emocional, aislamiento), aumento de la vulnerabilidad, indefensión y desesperanza, cambio drástico del estilo de vida con necesidad permanente de trasladarse y cambiar de localización así como las alteraciones psicosomáticas múltiples a intencionalidad de producir daño en la comisión de estos actos. (2002, p.3)
Metodología
Se trató de una investigación no experimental, cuantitativa de corte transversal. El universo estuvo integrado por 235 alumnos de primer año de la Licenciatura en Salud Pública.
Muestra: se utilizó una muestra representativa probabilística por selección aleatoria.
Para determinar la muestra se utilizó el método de Juan Castañeda Jiménez quedando de la siguiente manera:
Los alumnos que se incluyeron fueron aquellos que estaban escritos en la licenciatura en Salud Pública del 1er Semestre.
Fueron excluidos todos aquellos estudiantes de 1er semestre de la Licenciatura en Salud Pública que no desearon participar, aquellos que no se encontraron en el momento de la aplicación.
Se aplicó un cuestionario a 52 alumnos de primer año de la Licenciatura en Salud Pública de la UMSNH.
Instrumento: Se utilizó un cuestionario integrado por 12 ítems bidireccionales (perpetración/victimización), con una escala likert de respuesta de 1 (nunca esta justificado) a 5 ( justificado en muchas ocasiones), evaluando la presencia de tácticas dominantes los primeros 8 items y tácticas celosas los últimos 4 items; tomado de la Escala de tácticas de dominancia y tácticas celosas seleccionados por Kasian y Painter (1992) del Inventario de Maltrato Psicológico de Mujeres de Tolman (1989, 1999).
Se utilizó una muestra probabilística a través de una selección aleatoria (al azar)
Los cuestionarios fueron precedidos de un texto explicativo que caracterizo el consentimiento informado. A todos se les dio la opción de no participar o no contestar a las preguntas en caso de que así lo decidiera.
El cuestionario fue auto administrado por un tiempo de 10 a 15 minutos.
La aplicación estuvo a cargo de los responsables de la investigación, y se llevó a cabo en las diferentes aulas de la Facultad.
Resultados y discusión
En relación a la población estudiantil encuestada se observa que predomina ligeramente la población femenina en un 53.8%, lo que indica que las mujeres cada vez se van posicionando en el ámbito educativo.
Al preguntar con qué frecuencia está justificado para las mujeres insultar o amenazar al novio (a) se coincide en un 40 % desde la perspectiva de ambos sexos que nunca está justificado, sin embargo, existe un 13.5% que justifica en pocas ocasiones que la novia insulte o amenace al novio y en un 9.6% que el novio la insulte o amenace; datos que llaman la atención ya que corresponde a un tipo de violencia psicológica que se está generando en la población estudiantil de ambos sexos con un ligero predominio hacia el sexo masculino.
En relación a la frecuencia con que se justifica el mostrarse malhumorado (a) al hablar sobre un tema, existe una coincidencia en relación a ambos sexos del 23% que indican que nunca está justificado; sin embargo cabe señalar que en un porcentaje acumulado del 71.1% entre justificar en situaciones extremas, en pocas ocasiones y en algunas ocasiones en caso del sexo femenino, así como en un 69.3 % en caso del sexo masculino justifican de alguna manera este comportamiento lo cual va orientado dicha relación de pareja hacia la agresividad.
En relación a la frecuencia con que se puede justificar que un novio (a) haga o diga algo para molestar a su pareja, aunque el 69.2% dice que nunca está justificado, existe un porcentaje acumulado del 30.7% que de alguna manera justifican en algunas situaciones este comportamiento, conscientes de que dichos comentarios son para generar molestia en la pareja.
En relación a la frecuencia de marcharse de manera repentina de la habitación, casa o lugar de la discusión, solo el 28.8% en el caso del sexo femenino y el 30.8% en el caso del sexo masculino refieren que nunca está justificado; el resto considera que deben quedarse en el momento de la discusión, lo cual podría constituir un riesgo en caso de que no se tenga la posibilidad de controlar la situación.
En relación a la frecuencia de justificar el que la novia (o) no vea o hable con su familia, en el caso de las mujeres el 69.2% refieren que nunca está justificado lo que indica que el 30.9% de alguna manera está justificando el mantener aislado a su novio del núcleo familiar; en el caso de los hombres solo el 17.3% justifican este comportamiento, dato relevante ya que corresponde a 17 estudiantes que podrían asumir esta conducta.
En relación a la frecuencia con que justifican poner a la familia o amigos de la novia (o) en su contra, solo el 9.6% del sexo femenino y el 19.2% del sexo masculino estarían en riesgo de realizar esta conducta; observándose que los estudiantes masculinos muestran una mayor tendencia.
En relación a la frecuencia con que se justifica el no dejar que la novia (o) haga cosas por estar con la pareja, un 57.7% de estudiantes femeninas nunca justifican esta conducta, mientras que el 73.1% de estudiantes masculinos tampoco lo hacen, sin embargo llama la atención que en un % acumulado del 42.3% en mujeres y en un 26.9% en hombres justifican esta conducta en diversas situaciones, lo cual podría sugerir que se genera una codependencia durante el noviazgo en los adolescentes, acentuándose la violencia psicológica.
En relación a la frecuencia con que se justifica el que la novia (o) interfiera en la relación con miembros de su familia, se observa que en un % acumulado del 26.9 en mujeres y en un 32.7 en hombres justifican esta conducta, lo cual podría ser generador de conflictos entre la familia y los adolescentes.
En relación a la frecuencia con que se justifica que la novia (o) esta celosa (o) de sus amigas (os) solo el 19.2% en el caso de las mujeres y el 15.4% en el caso de los hombres; refieren que nunca está justificada esta conducta sin embargo el resto si la justifica, lo cual podría indicar que no existe la confianza entre la pareja. Así mismo se coincide con la frecuencia con que justifican ponerse celosas (os) de otras (os) chicas (os).
En relación a la frecuencia con que justifican que la novia (o) debe comprobar lo que hace y debe decir donde ha estado, el 23% de las estudiantes femeninas justifican en algunas ocasiones mientras que el 15.4 solo en situaciones extremas; en el caso de los estudiantes masculinos el 26.9% justifica en algunas ocasiones y el 17.3% en situaciones extremas; estos datos resultan significativos ya que estos estudiantes posiblemente pretendan tener el control absoluto de su pareja; así mismo en un % acumulado del 61.5% de las estudiantes femeninas y el 73.1% de estudiantes masculinos justifican la frecuencia de acusar al novio (a) de salir con otros (as) chicos (as), lo cual podría estar relacionada con la inseguridad que experimentan durante la relación de noviazgo.
Conclusiones:
La violencia psicológica constituye un problema de salud pública en nuestra actualidad, los adolescentes de primer año de la licenciatura en salud pública justifican diversas conductas durante el noviazgo; tales como amenazas, insultos, escenas de celos, entre otras; en donde existe una ligera tendencia de los estudiantes masculinos para asumir el control absoluto de su pareja al grado de generar aislamiento en su núcleo familiar hecho que hace más vulnerable al adolescente en relación a la etapa en que se encuentra existiendo inmadurez emocional, rechazo a todo lo que representa autoridad, así como en esa búsqueda de identidad que lo caracteriza; sin embargo las estudiantes femeninas aunque consideran que diversas conductas de violencia psicológica no están justificadas, son consentidas e incluso ellas mismas en cierto momento sin darse cuenta se convierten en agresoras.
Dicha violencia psicológica se va instalando poco a poco durante el noviazgo en los adolescentes, la cual en algún momento se puede convertir en violencia física desencadenando desenlaces fatales. Por lo que es necesario hacer un abordaje de manera integral con los adolescentes a fin de que se pueda detectar este tipo de violencia y generar las estrategias necesarias para fortalecer a los estudiantes en relación a este tema involucrando directamente a sus familiares.
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Palabras clave:
violencia psicológica, conducta, adolescentes.
#01298 |
Cultura y depresión: Querer hacer para que la sociedad funcione
Laura Huerta Muñoz1
1 - Universidad Autónoma Metropolitana Azcapotzalco.
La depresión ha sido declarada, por la Organización Mundial de la salud, como “epidemia” y la principal fuente de discapacidad, sus costos económicos se calculan en millones, pese a lo cual no causa el revuelo o la atención que enfermedades infecciosas o las crónico-degenerativas, es, principalmente, vista como un problema emocional e individual, desvinculado de la vida pública y de las condiciones estructurales que la posibilitan.La depresión es, no obstante, un fenómeno psicosocial en el que convergen el conocimiento científico con las luchas disciplinares inherentes a él, la violencia estructural y los imperativos culturales que subyacen a las representaciones y las prácticas sociales, es pues también moral.El presente trabajo explora el andamiaje entre la moral occidental y el campo psi en la construcción y experiencia de la depresión, a partir de entrevistas con agentes sociales y la revisión sistemática de textos acerca de la depresión.
#01633 |
La capacidad jurídica de personas con discapacidad mental en Chile.
De acuerdo con el artículo 12 de la Convención de Derechos de Personas con Discapacidad (CDPD), la capacidad jurídica es definida como la aptitud de una persona para reconocer que es sujeto de derechos, ejerciéndolos y adquiriendo obligaciones sin necesidad de que exista un tercero que reemplace su voluntad y la toma de sus decisiones. Teniendo en cuenta dicha definición y habiendo comprobado escasa cantidad de indagaciones en esta materia, la presente investigación se realizó con el fin conocer el ejercicio de la capacidad jurídica de las Personas con Discapacidad Mental (PcDM) de causa psíquica e intelectual vinculadas a organizaciones de la sociedad civil en Chile.La presente investigación es de tipo cuantitativa, de carácter descriptiva y transversal. Se generaron datos primarios con la técnica de encuesta, que consideró como variables: la toma de conciencia sobre derechos, la autonomía y el acceso a la justicia. La población fueron las personas mayores de 18 años con discapacidad mental de origen psíquico, cognitivo o psicosocial. El muestreo fue por cuotas regionales y de género. La unidad final de selección es la persona que responde el cuestionario. Se logró una muestra de 505 cuestionarios completados.Los resultados preliminares, indican que las personas encuestadas tienen altos niveles de autonomía y vida independiente en el ámbito de la vida cotidiana. En cuanto a la toma de consciencia, se evidencia que un 54% ha escuchado información sobre derechos de las PcD. Además un mismo porcentaje no ha participado nunca de actividades en las que se enseñen sobre derechos de PcD. Un 76 % declara desconocimiento de la CDPD. En cuanto a vida independiente, el mayor apoyo que reciben las PcD para ser independiente viene por parte de las familias. En cuanto al acceso a la justicia, un 41% declara nunca haber realizado trámites y/o denuncias en instituciones. En tanto que un 57% no sabe dónde realizar denuncias en caso de ser discriminado o no poder ejercer sus derechos.Estos resultados, ponen en evidencia las falencias sobre las acciones ejecutadas por el Estado chileno para dar cumplimiento al artículo 12 de la CDPD y consecuentemente los bajos niveles de ejercicio de la capacidad jurídica en el país. Se plantea como desafío imperativo identificar cuáles son los problemas no sólo de los procesos jurídicos en los cuales pueden participar, sino también en el ejercicio libre de sus derechos, reconociendo así la confianza que perciben en su contexto familiar y en el contexto jurídico.
#01654 |
Diferencias de género en trayectorias de cuidado y cambios en síntomas depresivos en población adulta en Chile
En Latinoamérica predomina un régimen de bienestar de carácter familiarista, en que las responsabilidades del cuidado recaen principalmente en la familia, promoviendo una organización social sustentada en cuidadores informales, fundamentalmente mujeres. Esto se reproduce también en Chile, existiendo más de 650.000 dependientes con un/a cuidador/a informal, en su mayoría mujeres. A lo anterior se suma una amplia evidencia respecto a la sobrecarga en cuidadores, con implicancias principalmente en el deterioro de su salud mental. Aunque la relación entre ambas está bien documentada, el estudio de las trayectorias de cuidado y su relación con la salud mental a través del tiempo ha recibido mucha menor atención. Se ha visto que la exposición a un evento estresante puede conducir a la exposición a otros factores estresantes secundarios, y que las responsabilidades propias del cuidado suman dificultades con el paso del tiempo, por lo que se asume que los cuidadores experimentan cambios en su salud a lo largo del tiempo. Con el objetivo de indagar en la relación entre las trayectorias de cuidado y sintomatología depresiva desde una perspectiva longitudinal, se analizó una muestra de la Encuesta de Protección Social, encuesta longitudinal representativa de la población nacional en Chile afiliada al sistema nacional de pensiones. Se tomaron las olas VI y VII, aplicadas en 2016 y 2019-2020 respectivamente. Para analizar las trayectorias de cuidado, se utilizó una variable dicotómica presente en ambas olas, indicando si el entrevistado realizaba tareas de cuidado o no, a partir de la cual se identificó cuatro posibles trayectorias. Para los síntomas depresivos, se utilizó un factor a partir de la escala PHQ-9 y se calculó la diferencia de los factores entre olas.Los resultados muestran un aumento de síntomas depresivos en la muestra general entre ambos periodos, siendo este aumento más acentuado en mujeres que en hombres y en personas que empiezan a cuidar dentro de este periodo o que cuidaban en ambas olas, en comparación a quienes dejan de cuidar entre olas o quienes no cuidaron en ninguna. Modelos de regresión indican que el efecto de las trayectorias de cuidado sobre la salud mental variaría según género. Para los hombres, dejar de cuidar y no haber cuidado está asociado a un menor aumento de síntomas depresivos, no así para las mujeres. Para las mujeres, empezar a cuidar está asociado a un mayor aumento de síntomas depresivos, no así para los hombres.Estos resultados indicarían que involucrarse en tareas de cuidado tendría un efecto negativo para mujeres en términos de salud mental, mientras que, para los hombres, dejar o no estarlo sería un factor protector ante el aumento en síntomas depresivos.
#02143 |
Acompanhamento às famílias de crianças e adolescentes com problemas de saúde mental
Este trabalho se apresenta metodologicamente como um relato de experiência das ações desenvolvidas com base no projeto de intervenção intitulado “Serviço Social e ações estratégicas em saúde mental infantojuvenil”, realizado no Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil – CAPSi Cirandar, no período de inserção no Programa de Pós-Graduação de Residência Multiprofissional em Saúde Mental. Programa Residência vinculado ao Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. As ações aqui apresentadas consistiram em uma estratégia de abordagem com familiares de crianças e adolescentes acompanhadas CAPSi Cirandar. O projeto teve por objetivo ampliar a compreensão saúde mental de crianças e adolescentes, através da realização de oficinas e rodas de conversa com temáticas referentes à saúde mental, direitos de crianças e adolescentes e a participação da família nos cuidados em saúde mental. Essas atividades se destacaram pelo seu caráter socioeducativo, com base no papel pedagógico do Serviço Social junto às famílias de crianças e adolescentes, respeitando as configurações e singularidades de cada configuração familiar. Dentre os principais resultados desta monografia está a aposta metodológica pelo relato de experiência como principal objeto de análise a experiência. A experiência é a manancial abundante de sentidos e simbolismo analítico para a construção do conhecimento. Outro resultado que também decorre da aposta metodológica foi a observação e o diálogo com familiares e cuidadores. Essa integração de conhecimentos fortalece o processo de educação em saúde e a promoção da saúde, por intermédio dos processos educativos contribuem no fortalecimento das reivindicações e o acesso às melhores condições de saúde, motivando a autonomia dos sujeitos. A possibilidade de unir as vivências objetivas as experiências mais subjetivas do processo nos colocam cada vez mais próximos da vida cotidiana das pessoas que interagimos.
#02168 |
Experiências de crianças e jovens em contextos de vulnerabilidades e atenção à saúde mental na pandemia de COVID-19: um estudo com crianças, adolescentes e jovens em uma região da cidade de Santos – SP.
Considera-se importante sublinhar as experiências de sofrimento de crianças, adolescentes e jovens, ressaltando aqueles que vivem em contextos de vulnerabilidade institucional, socioeconômica e cultural, agora agravadas pela pandemia da COVID-19. O objetivo deste estudo é investigar como se constroem e se organizam as redes de cuidado, voltadas a crianças, adolescentes e jovens no âmbito da saúde mental, assim como as experiências infantojuvenis em contextos de vulnerabilidades, considerando os desafios e complexidades apresentados pelo contexto atual de crise decorrentes da pandemia COVID-19. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa em curso, e aqui será apresentado os primeiros resultados da etapa quantitativa. Para a produção de dados, está sendo aplicado um questionário cuja finalidade é identificar os determinantes sociais da saúde e a situação de saúde mental (incluindo morbidade referida) antes e durante o isolamento para prevenção da COVID-19. Os participantes do estudo são pessoas de 10 a 19 anos assistidos em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil – CAPSi do município de Santos - SP. Contatou-se os usuários através de ligações telefônicas e mensagens de texto por WhatsApp. Realizou-se o convite direto para os usuários maiores de 18 anos e o pedido de autorização dos responsáveis no caso de pessoas menores de 18 anos. Após as assinaturas dos documentos enviados que atestaram as autorizações (Termos de Consentimento Livres e Esclarecidos e os Termos de Assentimento Livres e Esclarecidos) foram enviados os questionários online para responderem. Até o presente momento da pesquisa, 33 usuários responderam ao questionário. Por meio do levantamento inicial com os participantes respondentes, obteve-se importantes informações que fornecem pistas sobre a relação entre o perfil sociodemográfico/questões socioeconômicas e as situações de vulnerabilidades que podem interferir nas experiências no contexto de saúde mental da população infantojuvenil no período de pandemia. Observou-se um impacto significativo no modo como a pandemia afetou a renda familiar dos participantes. A maior parte dos participantes sofreu importantes mudanças relativas à vida social, alterações negativas no sono, alimentação e disposição para executar tarefas diárias, além das alterações prejudiciais no processo de aprendizagem. Os participantes apresentaram as expressões “ansiedade”, “depressão”, “estresse”, “angústia”, “tristeza” e “tédio” ao se referirem às experiências de sofrimentos. Identificou-se alguns atores que estiveram envolvidos no cuidado diante do sofrimento neste período, como familiares, amigos, profissionais de saúde. Esses dados contribuem para as reflexões diante as mudanças socioculturais decorrentes da pandemia, incluindo as formas de sociabilidades. Essas pistas iniciais serão aprofundadas na etapa qualitativa da pesquisa (observação participante e entrevistas abertas), além da identificação das redes institucionais e comunitárias construídas no cuidado infantojuvenil. Ressalta-se que é prevista a finalização da etapa quantitativa neste serviço e a aplicação do questionário em um segundo serviço de saúde mental infantojuvenil do município.
#02330 |
Determinação social em saúde mental: análise do perfil de dois usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no Brasil
Este trabalho integra o projeto de dissertação intitulado: “Os (des)sentidos da loucura: experiência de sofrimento de pessoas com problemas de saúde mental em João Pessoa, Paraíba, Brasil”. O objetivo geral é compreender a experiência de sofrimento de pessoas com problemas de saúde mental que utilizam os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Na perspectiva de atender a este objetivo, foram utilizadas diferentes metodologias de pesquisa, tais como: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e entrevistas com a metodologia da história oral. Contudo, o presente trabalho é um recorte do estudo documental que foi desenvolvido num CAPS III, particularmente nos prontuários dos usuários em tratamento. Sabe-se que esse tipo de atendimento faz parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), criada em 2011 para integrar os diferentes pontos de saúde que prestam cuidados de saúde mental. Essa rede, por sua vez, é uma conquista histórica do Movimento Brasileiro pela Reforma Psiquiátrica (MBRP), que tem seus princípios consubstanciados na Lei 10.216/01 que garante os direitos das pessoas com problemas de saúde mental e redireciona o modelo assistencial, colocando como central o cuidado no território e respeito aos direitos humanos. A pesquisa documental permitiu traçar um perfil geral dos usuários e revelou os determinantes sociais do processo de sofrimento/adoecimento. Foram analisados 270 prontuários e o perfil apresentado considerou variáveis socioeconômicas e psicossociais. Quanto ao perfil socioeconômico, destacamos: mulheres (64%); solteiro (44%); faixa etária de 36 a 45 anos (30,4%); cor da pele, pardos, (47%). Escolaridade: sem escolaridade (11%); ensino fundamental incompleto (18%). Trabalho: 80% não têm emprego. Renda: 45,2% sobrevivem com um salário mínimo. Aspecto familiar: 55,6% vivem em unidades familiares com 3 a 5 pessoas. Quanto às variáveis psicossociais, destaca-se a presença de diagnóstico psiquiátrico em outros familiares (74,8%); tentativas de suicídio (41,5%). Em relação à vivência de sofrimento que levou ao diagnóstico, há uma variedade de relatos, destacando-se o luto (12%), seguido de “depressão pós-parto” (6,7%); Violência doméstica (5%); problemas de saúde (4,8%); uso abusivo de drogas (3%); desemprego (2,7%); abuso sexual infantil (2, 7%) e violência sexual (2%). São uma população altamente vulnerável, constituída por mulheres, com baixo nível de escolaridade, rendimentos econômicos precários e pouca capacidade de mobilidade social. As vivências levam a uma forte presença de familiares com diagnósticos, tentativas de suicídio e histórias relacionadas à falta de condições objetivas e subjetivas para lidar com experiências traumáticas como luto, violência, abuso e pobreza. Esses dados e outros que forem analisados nos permitirão perceber um forte vínculo dessas experiências de sofrimento com as desigualdades sociais, iniquidades em saúde e violência.
Introducción:
O presente trabalho é um recorte do estudo documental, que integra minha tese de doutorado, recentemente defendida, intitulada: “Os (des)sentidos da loucura: experiência do sofrimento das pessoas com problemas de saúde mental em João Pessoa, Paraíba, Brasil”. O objetivo geral da tese foi compreender a experiência do sofrimento das pessoas com problemas de saúde mental que utilizam os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os CAPS são os principais serviços da Reforma Psiquiátrica brasileira, que busca uma articulação para um trabalho em rede, de articulação intersetorial com as diversas políticas públicas, de modo a criar no âmbito destas um espaço sem preconceitos com a loucura, da produção de novos saberes e práticas, na perspectiva de garantia de atendimento integral aos usuários (Amarante, 2008).
Os CAPS foram regulamentados em 2002, pela portaria Nº 336/GM, estabelecendo as suas diferentes modalidades, caracterizadas tendo como referência o porte populacional e a diversidade de problemáticas relacionada com o sofrimento mental, constituindo serviços distintos, como o CAPS I, II e III; CAPS infantil e CAPS álcool e outras drogas.
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades são pontos de atenção estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituídos por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial (BRASIL, 2011) e são substitutivos ao modelo asilar (Brasil, 2015, p. 9).
Nesse sentido, analisar o desenvolvimento da reforma psiquiátrica no Brasil implica compreender e desvelar as perspectivas do cuidado a partir do confronto entre os dois modelos existentes, o asilar ou manicomial e o modelo de atenção psicossocial (Amarante, 1995).
Não há dúvidas que a reforma psiquiátrica, ainda em desenvolvimento no Brasil, apresenta avanços, bem como retrocessos, pois se tem uma avaliação pessimista diante do processo de contrarreforma conduzido pelo governo de Bolsonaro. Por outro lado, concordamos com Yasui (2010), que a luta e as conquistas para e com a reforma revelam uma nova perspectiva social e política para a pessoa com problemas de saúde mental. Para este autor, o fato da reforma ter origem a partir do movimento social assume um lugar importante na interlocução entre os atores sociais do campo da saúde mental.
Os CAPS foram o lócus da nossa pesquisa, particularmente um dos CAPS III de João Pessoa/Paraíba/Brasil, denominado CAPS Caminhar. Este serviço foi o campo priorizado para o presente estudo, o qual nos permitiu identificar nos prontuários dos usuários, que estão ativos no serviço, os determinantes sociais que impactam na sua saúde mental.
Compreendemos que existe uma interrelação dos determinantes sociais e o sofrimento psíquico, tenho em vista que este se apresenta enquanto produto do processo social, sendo uma construção e fato social que está em toda parte, ocupando todos os espaços. Desse modo, podemos afirmar que, apesar de o sofrimento psíquico ser vivenciado de forma individualizada, ele mantém uma relação intrínseca com o meio social, haja vista a linha tênue e contínua entre o indivíduo e a sociedade. Questões societárias, como trabalho, doença, desemprego, luto, violência, enfim, os diversos modos de existência e de sobrevivência, irão sempre incidir, de um modo ou de outro, na forma individualizada de sentir e de sofrer.
Portanto, entendemos que existe uma estreita relação dos determinantes sociais com o sofrimento psíquico, uma vez que sua vinculação apesar de subjetiva são interligadas às várias dimensões da vida coletiva que, consequentemente, resulta do processo social, ou seja, o sofrimento psíquico também é produto do campo social (Werlang & Mendes, 2013).
Essas reflexões nos possibilitam apontar que o sofrimento psíquico, em suas múltiplas expressões, se constitui a partir da relação intrínseca de intersecção e interdependência do indivíduo e sociedade, indicando um processo de indissociabilidade, que podemos denominar de Sofrimento Psicossocial. Sob este viés, entendemos que o sofrimento no campo da saúde mental é compreendido como psicossocial com suas múltiplas expressões, quando se estabelecem as relações entre a experiência do sofrimento psíquico do indivíduo e a inevitável relação com os processos históricos, sociais e culturais, que reciprocamente originam, impactam e provocam uma diversidade de demandas, de respostas e de enfrentamentos individuais e coletivos.
Assim, a pesquisa documental permitiu apresentar um panorama dos usuários, bem como foi possível identificar os impactos dos determinantes sociais na saúde mental dos mesmos.
Nos tópicos a seguir, apresentamos os procedimentos metodológicos, os resultados com as devidas análises, seguidos das conclusões e bibliografias usadas para fundamentar este estudo.
Desarrollo:
O presente estudo caracterizou-se como uma proposta metodológica de abordagem quantiqualitativa, visando apresentar um panorama e ampliado do perfil e, resumidamente, resgatar parte das trajetórias formais prevalecentes dos usuários do CAPS III Caminhar. Além disso, foi possível identificar os determinantes sociais na saúde mental, tendo em vista que os prontuários dispõem de um espaço para relato da história de vida e dos motivos que levaram os usuários à busca pelo serviço.
Segundo Selz (2015), “Ao longo de uma mesma pesquisa, a análise quantitativa preenche corretamente várias funções: ela permite confirmar ou informar determinadas hipóteses, apurar outras, definir os contornos do objeto de estudo, abordar novas perspectivas . . .” (p. 203). Além disso, podemos dizer que as pesquisas documentais “. . . se definem em função das informações, indicações, esclarecimentos, escritos ou registrado, que levam a elucidações de determinadas questões e funcionam também como provas” (Mello & Souza, 1980 apud Queiroz, 2008, p. 125).
Assim, o delineamento deste estudo com a abordagem quantiqualitativa, revelada pela pesquisa documental, permitiu o aprofundamento de aspectos relevantes, contemplando um panorama do perfil de seus usuários, bem como favoreceu, sobremaneira, refletir sobre aspectos importantes da experiência de vida dos usuários em busca de cuidado em saúde mental no município de João Pessoa/Pb.
Consoante os dados, constatamos que o CAPS Caminhar, no momento da pesquisa, contava com uma demanda de seiscentos e vinte e cinco (625) usuários cadastrados e ativos, que estavam sendo acompanhados pelo serviço. Desse total, realizamos a pesquisa documental em 270 prontuários, cujo perfil apresentado contemplou variáveis socioeconômicas e psicossociais (as quais são aquelas relacionadas a presença de diagnóstico psiquiátricos na família, tentativas de suicídio e as experiências desencadeadoras do sofrimento). Denominamos de variáveis psicossociais as experiências de vida descritas nos prontuários. No CAPS Caminhar, a narrativa das experiências está dividida em dois momentos, os quais são denominados “História da doença e História pessoal”. Trata-se de um espaço nos prontuários reservado para descrever a experiência de vida do usuário (relatada por este, pelo familiar ou responsável, ou mesmo por ambos), no momento de seu primeiro acolhimento que, geralmente, se dá no processo de triagem e de admissão. Portanto, é um espaço que, apesar de limitado e objetivo, revela aspectos significativos da vida do usuário.
Sobre o perfil socioeconômico, constata-se uma população muito vulnerável, composta na sua maioria por mulheres; (64%); solteiros (44%); faixa etária 36 a 45 (30,4%); cor da pele, identificada como pardos, (47%). Essa identidade coletiva como pardos revela questões importantes e complexas quando analisamos o contexto sócio-histórico brasileiro e a luta por igualdade social e racial.
Em um dos raros escritos nacionais (não indexado) sobre o tema, Silva (2005) afirma “sem medo de errar” (p. 129) que a grande maioria da população negra vive em incessante sofrimento mental devido, por um lado, às condições de vida precárias atuais e, por outro, à impossibilidade de antecipar melhor futuro. Ela aponta diversos sintomas físicos e psíquicos advindos da permanente condição “de tensão emocional, de angústia e de ansiedade, com rasgos momentâneos dos distúrbios de conduta e do pensamento” (p.130), vivida cotidianamente pela pessoa alvo do racismo (Gouveia & Zanello, 2018, p. 452).
Não há dúvidas que o racismo, o preconceito, a discriminação e a estigmatização são, muitas vezes, fatores desencadeantes e contínuos de sofrimento desse segmento populacional. Segundo Alleluia (2021), o Brasil é um país onde a maioria de sua população é negra. No entanto, “. . . Quando confrontamos os indicadores sociais – saúde, renda, educação, moradia, emprego, justiça ou qualquer outro que queiramos, a população negra está sempre em desvantagem quando comparada à população branca . . .” (p. 4). Portanto, concordamos com análises que apontam o racismo como um grande desencadeador de sofrimento psicossocial, haja vista as relações de sociabilidade discriminatórias e desiguais, o que pode ser corroborado pelos dados da pesquisa quando fica evidente a maioria de negros e pardos nos serviços pesquisados.
Outra questão relevante é a presença feminina no cotidiano dos serviços. Estudos realizados em CAPS em outras regiões do Brasil também têm apresentado esse perfil, como o de Silveira et al. (2009); Palmeiro et al. (2009) Pelisoli e Moreira (2007); Andrade et al. (2006); Bellettini e Gomes (2013).
No entanto, essa presença se inverte quando se trata do perfil dos usuários dos CAPS ad. Como constatado pelo Relatório do Monitoramento dos serviços da RAPS da Paraíba em 2018.2 (2020) “. . . nos CAPS AD/AD III, do total de 4102 pessoas atendidas, 83,47% (3424) são do sexo masculino . . .” (p. 16). De acordo com Andrade et al., (2006) as mulheres apresentam maior frequência de sofrimentos e buscam os serviços de saúde mental, enquanto os homens apresentam maiores índices de transtorno associado ao uso de substâncias psicoativas.
No que se refere à religiosidade, a maioria é da religião evangélica/protestante (40%). Não há dúvidas que a religião é, quase sempre, requerida por quem sofre e/ou adoece e essa busca, muitas vezes, está atrelada a uma perspectiva de alívio ao sofrimento vivenciado. Acrescentam-se a isso as contribuições de MurakamiI e Campos (2012), quando afirmam que: “Como a religião é elemento constitutivo da subjetividade e doadora de significado ao sofrimento, ela deve ser considerada um objeto privilegiado na interlocução com a saúde e os transtornos mentais” (p. 362).
No que se refere ao nível de escolaridade, a maioria dos usuários concluiu o ensino médio, correspondendo a 24%. Por outro lado, nos chamou atenção os 19,5% dos analfabetos e de apenas alfabetizados, bem como no ponto extremo os 10,4% que correspondem ao ensino superior. De modo geral, podemos inferir baixos níveis educacionais, apesar da diversidade de níveis de escolaridade identificada nos prontuários. Sabemos que a educação é a grande potencializadora das mudanças da realidade individual e coletiva. Contudo, o que se constata, no panorama brasileiro, é um conjunto ineficiente de políticas que atinge toda a população. E, de modo mais específico, podemos também inferir que o sofrimento psicossocial prejudica o pleno desenvolvimento das atividades privadas, educacionais, laborais etc.
Por sua vez, pode-se sugerir que a condição educacional está atrelada ao mundo do trabalho e da renda, fatores que influenciam a saúde mental de um indivíduo, ou seja, a ausência ou o baixo nível educacional apresentam fatores de risco para o sofrimento, quando tem como desdobramentos: baixo poder aquisitivo, desemprego, privações, vulnerabilidades etc. E, por outro lado, a escolaridade pode significar a possibilidade de melhor mobilidade social e boas condições materiais, que são, muitas vezes, as maiores aspirações humanas forjadas nas subjetividades no contexto do modo de reprodução capitalista.
Constatamos que a renda econômica é precária, uma vez que identificamos que a maioria, correspondendo a 52% (somamos as varáveis sem renda; menos de um salário-mínimo e um salário mínimo) dos usuários sobrevivem com uma renda de até um salário[1] mínimo, sendo esta incapaz de atender às necessidades urgentes de sobrevivência familiar em um país cujos níveis de desigualdades são alarmantes. Assim, constata-se que os usuários estão à margem das garantias formais do mercado de trabalho e dos direitos, o que torna-se ainda mais preocupante pelo fato de que a maioria encontra-se na faixa etária economicamente ativa.
Essa constatação é solidificada quando identificamos os benefícios, e entre eles, os benefícios eventuais aparecendo com maior intensidade, sendo o Bolsa Família o mais destacado, seguido do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Esses benefícios estão inscritos no âmbito da política de assistência social, compostos por um conjunto abrangente de regras de condicionalidade e de valores diferenciados.
Portanto, não há dúvida que esse panorama socioeconômico funciona como importantes termômetros indicadores de sofrimentos, compreendidos como psicossociais, haja vista a inter-relação dos diversos elementos do social e o processo singular, vivenciado por cada indivíduo.
Com relação às Variáveis Psicossociais, destacamos a presença de diagnóstico psiquiátrico em outros membros da família (74,8%); tentativas de suicídio (41,5%), revelando, de fato, um número bastante elevado. Além disso, se considerarmos as indicações de ideação suicida, observadas nos prontuários (mas não quantificamos) esses números chegam quase à totalidade da demanda do CAPS pesquisado. Cenário preocupante, sobretudo por envolver alto índice de fatalidade, necessitando de respostas urgentes.
Com relação à experiência do sofrimento, identificada como primeira crise, há uma variedade de relatos, mas destacam-se com maior frequências, o luto (12%), seguido pela “depressão pós-parto” (6,3%); fim de relacionamento (5%); violência doméstica (5%); problemas de saúde (4,8%); uso abusivo de drogas (3%); desemprego (2,7%); abuso sexual na infância (2,7%) e Violência sexual (2%).
Esses resultados relacionam-se aos motivos elencados como desencadeadores do sofrimento enquanto primeira crise. Tal assertiva decorreu em virtude das narrativas apresentarem, quase sempre, um conjunto de motivos que atravessam o sofrimento, mas que, para o usuário e o seu familiar, o problema de saúde mental iniciou-se a partir de um elemento desencadeador. Vejamos, como exemplo, a descrição do prontuário de n.º 20 para melhor entendimento de como os resultados foram tabulados:
A primeira crise foi em 2015 depois da cirurgia na mão; piorou depois do nascimento da filha mais nova e o corte do salário. Isso a levou à agressividade, tristeza e tentativas de suicídios. É técnica de enfermagem e diz saber várias formas para se matar, como tomar e injetar remédio direto na veia. Usuária com histórico de várias tentativas de suicídios. Infância sofrida; dificuldade na UFPB para se formar; com 17 anos foi abusada sexualmente e a primeira tentativa de suicídio; tem 2 filhos.
Esse relato está quantificado na variável “Problemas de saúde”, por indicar claramente que iniciou depois da cirurgia na mão, no entanto, poderia ser somado à “Depressão pós-parto”, como também à "Demissão e desemprego”, bem como ao “Abuso sexual”.
No entanto, entendemos que o sofrimento não é algo que acontece como um fato, um rótulo, ou ainda um diagnóstico externo ao indivíduo, pois se trata de uma experiência vivenciada. Nesse sentido, quem vivencia um abuso, uma violência, um abandono, irá inevitavelmente sofrer, mas esse sofrimento pode ser momentâneo e/ou a pessoa pode ter a possibilidade de ressignificá-lo, por exemplo; e, quando isso não ocorre, a tendência é uma intensificação, um agravamento que exige cuidados, acolhimentos e a busca de novos sentidos. O nó da questão é que, majoritariamente, esse sofrimento encontra a lógica psiquiátrica, que estabelece um circuito, impondo uma ordem: diagnóstico, tratamento, ajustamento e possível cura para remissão da suposta doença ou dos sintomas. E, como essa cura nunca acontece, a pessoa fica refém desse circuito, o qual alimenta mais sofrimentos, agora agravados pelo estigma, pela exclusão, entre outras questões vinculadas ao contexto sociocultural da loucura.
A partir dos resultados, constatamos que os motivos desencadeadores do problema de saúde mental, são determinantes sociais que incidem diretamente na saúde mental dos usuários. Os dados revelam que a maioria (correspondendo a mais de 60%) dos usuários apresentou um elemento desencadeador de agravamento do sofrimento, que se desdobra como uma crise, com necessidade limite para se procurar um serviço de saúde. E é nesse momento, que o sofrimento psicossocial é capturado pela psiquiatria enquanto transtorno mental, com valorização dos sintomas, busca de um diagnóstico e medicalização.
É importante ressaltar que o sofrimento humano, na sua dimensão psicossocial, evidencia os processos de construção de subjetividades atravessados pela produção e reprodução da vida.
[1]O salário-mínimo no Brasil é de R$ 1.212,00 (moeda brasileira). Comparado ao Dólar Americano o salário-mínimo brasileiro corresponde a US$ 224,00. Esse salário é considerado insuficiente para manter as condições mínimas de sobrevivência. De acordo com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário-mínimo ideal para atender as necessidades essenciais de uma família de 04 pessoas seria de R$ 6.298,91.
Conclusiones:
Nesse sentido, acreditamos que os resultados reforçam a presença do sofrimento psicossocial, indicando que os diversos modos de existência e de sobrevivência irão sempre incidir, de um modo ou de outro, na forma individualizada de sentir, de sofrer e de viver e que, apesar de suas significações serem singulares, elas são mediatizadas por um determinado contexto histórico e social. Isto pressupõe que todo indivíduo está sujeito a sofrer, mas nem todo indivíduo sofre pelos mesmos fatos ou motivos. Além disso, vale lembrar que nem todo sofrimento produz sintoma ou pode ser interpretado como sintoma, assim como nem todo sintoma implica em sofrimento para o indivíduo. As distintas formas de sofrer e de interpretação desse fenômeno perpassam um conjunto de categorizações e arranjos que refletem a organização social, o momento histórico e todo o embate dessas forças no campo da saúde mental, implicando na subjetivação e identidades dos indivíduos que sofrem.
Não podemos negar que os resultados da pesquisa e outros que foram analisados permitiram perceber uma forte vinculação dessas experiências de sofrimento com as desigualdades sociais, iniquidades na saúde e violências.
Bibliografía:
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#04279 |
La intervención nutricional para personas mayores con diabetes del programa “Salud en tu casa” de la CDMX: la experiencia situada del personal de nutrición.
Introducción: Este trabajo presenta resultados de investigación sobre la experiencia situada del personal de nutrición del Programa “Salud en tu casa” de la Secretaría de Salud de la Ciudad de México, al implementar intervenciones nutricionales en adultos mayores que viven con diabetes tipo 2.La Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) es un grave problema en México: es una de las primeras causas de muerte y discapacidad y su prevalencia se ha duplicado en los últimos 15 años (ENSANUT, 2018). Para atenderla el sistema de salud implementa acciones generalmente bajo el “paradigma preventivo” que responsabiliza al individuo sobre las conductas como elección de alimentación saludable y realización de actividad física. En la Ciudad de México se creó en 2016 el programa de atención domiciliaria “El Médico en tu Casa”, “Salud en tu casa” desde 2019, para atender a población vulnerable con dificultad para acceder a unidades de salud. Entre las atenciones que provee el programa se incluye la intervención nutricional. Las nutricionistas se enfrentan a diario con la realidad de las condiciones de vida de esta población vulnerable, donde identifican obstáculos para implementar el “paradigma preventivo” en el tratamiento de la DM2. Perspectiva teórica: La Medicina Social y la Salud Colectiva reconocen el carácter social del proceso salud-enfermedad-atención (Laurell, 1982); ello permite superar la noción de causalidad y factores de riesgo (Breilh, 2003). Desde una perspectiva médico social, la DM2 debe ser entendida en un contexto amplio de transformación de los procesos de producción, de modificación de los patrones de consumo y de los modos de vida, por lo que las políticas de atención deben contemplar no sólo los aspectos biomédicos y la responsabilidad del individuo; sino tomar en cuenta los modos en que la salud-enfermedad se presenta en diferentes contextos sociales y culturales (Mendoza y Rojas-Rajs, 2021). Metodología: La investigación concibe la intervención profesional como objeto de conocimiento (Ordoñez, 2011) e indaga en las experiencias situadas de las nutricionistas. Sobre ello se realizaron entrevistas cualitativas entre mayo y julio de 2019 con las nutricionistas de 15 alcaldías de la Ciudad de México que implementan “Salud en tu Casa”. Resultados: Las nutricionistas identifican brechas entre el diseño del programa y su implementación. Destacan la necesidad de mayor formación en ciencias sociales. En la intervención nutricional modifican estrategias y prefieren dar recomendaciones alimentarias a otorgar un plan de alimentación, adaptándose a los recursos económicos y condiciones de vida y salud de las personas adultas mayores con diabetes y sus cuidadores.Conclusiones: La experiencia situada de las nutricionistas es un insumo valioso que requiere ser considerada para el diseño y desarrollo de ajustes para el programa Salud en tu casa, puesto que conforman un conjunto de prácticas que pueden mejorar futuras intervenciones.
13:00 - 15:00
GT_18- Salud, Seguridad Social y Personas con Discapacidad
Discapacidad: entre la institucionalidad estructural y la agencia subversiva
#02978 |
“No quedarme con la silla de ruedas encima”: la experiencia social de devenir con discapacidad en Chile
El propósito de este trabajo es analizar cómo se construye socialmente la discapacidad a través de la experiencia de vida de una mujer que devino con discapacidad por un accidente automovilístico a los 24 años. El lente teórico que acompaña esta investigación es el de los estudios sociales y críticos de la discapacidad. El estudio tuvo un enfoque cualitativo y un diseño narrativo. Para la presentación de los resultados se consideraron tres momentos claves en la vida de Sole: el momento del accidente como espacio de ruptura con la “normalidad”; la constitución como persona con discapacidad; y los desafíos sociales que enfrenta en Chile: la rehabilitación, el empleo, la discriminación y la prevalencia del asistencialismo y la caridad. El trabajo concluye que devenir con discapacidad implica crear significados alternativos y una identidad transformada que coloca en el centro las interdependencias en un posible ensamblaje posthumano dentro de un contexto capacitista.
#03100 |
O Modelo de Apoio à Vida Independente como garantia de acesso a direitos iguais das pessoas com deficiência em Portugal
Helena Teles1
1 - Centro de Administração e Politicas Públicas e Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (CAPP/ISCSP-ULisboa).
A inclusão das pessoas com deficiência é um dos objetivo estratégico para a valorização de toda a sociedade que tem de promover integração e concretização do potencial de todos os cidadãos e cidadãs. Em Portugal neste contexto, o Programa “Modelo de Apoio à Vida Independente” (MAVI) vem contribuir para o aumento da autonomia, participação e autodeterminação das pessoas com deficiência (ENIPD, 2021).Neste âmbito a Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas com Deficiência (2021 – 2025) tem como 5º eixo estratégico a promoção da autonomia e vida independente, no qual pretende a criar condições junto de pessoas e famílias para a autonomização e vida independente de pessoas com deficiência e capacitar instituições e comunidades para a autonomização e vida independente de pessoas com deficiência (ENIPD, 2021).Em Portugal, o serviço de Assistência Pessoal do Programa MAVI, vem garantir o previsto no artigo 19º (direito a viver de forma independente e a ser incluído na comunidade) da Convenção sobre as Pessoas com Deficiência. Neste contexto, a Assistência Pessoal é prevista “para a realização de atividades que, em razão das limitações decorrentes da sua interação com as condições do meio, esta não possa realizar por si própria” (Decreto-Lei n.º 129/2017, p. 5609). Importa referir que de acordo com o relatório "Pessoas com Deficiência em Portugal – Indicadores de Direitos Humanos 2021", no âmbito das medidas de proteção social e das condições de vida das pessoas com deficiência em Portugal verifica-se que apesar da descida desde 2016 em 2020, a “taxa de risco de pobreza ou exclusão social em agregados de pessoas com deficiência (16–64 anos), era ainda 11,7 p.p. superior ao dos agregados da população em geral na mesma faixa etária (28,5% vs. 16,8%)” (ODDH-ISCSP, 2022, p. 9).Pretende-se analisar e discutir a partir da análise documental a implementação e avaliação dos projetos que operacionalizam o MAVI em Portugal, destacando as mudanças de paradigma no que respeita aos direitos da pessoa com deficiência, bem como refletir sobre o futuro destes projetos.Este programa permitiu uma melhoria significativa das condições de vida das pessoas com deficiência em Portugal, mas por outro lado revela uma mudança de paradigma, na medida em que se verificar a transição de uma prestação de cuidado primários para uma intervenção holística baseada no modelo de apoio à vida independente. Trata-se de uma resposta cuja centralidade é a disponibilização de um ou mais assistentes pessoais que permitem à pessoa com deficiência viver de forma independente sustentada numa política de não institucionalização. Este é de facto um modelo de intervenção que reconhece e mobiliza as competências individuais e sociais das pessoas com deficiência, para a criação e definição de objetivos e, também, para a tomada de decisões sobre a sua própria vida.
#03278 |
Jugar para ganar. ¿Cómo incentivar la participación de población con discapacidad en la construcción de políticas públicas a través del juego?
Denize Asceneth Torre Ruiz1
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Sthefania Lizarazo Zuluaga
1
Hay una demanda creciente de la población con discapacidad para realizar ajustes razonables que permitan la inclusión en la vida social, cultural y política de los países. Si bien, se viene trabajando en el tema, persisten los imaginarios y estereotipos deficitarios/capacitistas en el diseño de políticas públicas, debido a que quienes están encargados del desarrollo de estas no son cercanos a las dinámicas de las personas ciegas y en ocasiones quienes toman las decisiones desconocen la situación que viven día a día. Esta ponencia se presenta como parte del proyecto de investigación “Diseño de materiales ilustrados para la población con discapacidad visual en el marco de la inclusión con diseño para todos”, el objetivo del proyecto fue desarrollar materiales didácticos que le permitieran a la población invidente conocer cómo se construye una política pública y las posibilidades participación ciudadana. Para ello se generaron experiencias de producción con la comunidad invidente del INCI – Instituto Nacional para Juegos – mediante talleres, entrevistas, grupos focales y experiencias con prototipos. El resultado fue la construcción de siete juegos que permiten conocer cómo se definen las necesidades estratégicas, causas, consecuencias y actores de la política pública. Se busca que dichos juegos, construidos en conjunto con la población, les lleve a un empoderamiento político para la participación ciudadana.
#03484 |
Políticas de acessibilidade e inclusão para as pessoas com deficiência no Brasil: estudo de caso da Universidade Federal do Maranhão
O presente estudo apresenta a política de acessibilidade e inclusão para os estudantes com deficiência inseridos no ensino superior público no Brasil, especificamente na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), entendido como espaço que promove o direito universal à educação buscando garantir o acesso, permanência e conclusão desses estudantes. A pesquisa mostra a concepção e desenho dos princípios que fundamentam as políticas institucionais de acessibilidade e inclusão na UFMA. Os resultados revelam que há uma construção de políticas de acessibilidade e inclusão na UFMA, a partir das diretrizes estipuladas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação das Universidades Federais (REUNI) e do Programa de Acessibilidade na Educação Superior (INCLUIR). Finalmente, o processo de inclusão da pessoa com deficiência na UFMA é uma realidade que representa um avanço nas políticas institucionais de acessibilidade e inclusão, embora com bastantes percursos contraditórios, que expressam o movimento antagônico da sociedade capitalista, que impõem desafios a serem superados pela Universidade e pelos órgãos que a compõem.
#03955 |
Significados sobre Discapacidad y Experiencia Escolar
Significados sobre discapacidad y experiencia escolar Daniela Angela González TorresLa educación inclusiva comprende que todas las personas son diferentes, esto conlleva asegurar que todos los niños y niñas aprendan considerando la diversidad. La inclusión se manifiesta en la consciencia de que los espacios de participación son enriquecedores en tanto son heterogéneos, en este sentido es que la Interculturalidad aparece como una posibilidad de entender la convivencia, donde son las formas de comunicación las que nutren las diversas experiencias escolares de convivencia y de legitimación. Es importante entonces, conocer los significados que emergen en la escuela, ya que, todas las comunidades generan convenciones en cuanto a la construcción de significados, esto permite que exista una sintonía al momento de comunicar y así establecer ciertas formas de conducta. Lo que sucede en la realidad dentro de la escuela, es que los agentes educativos que conviven con personas que presentan discapacidad o barreras de aprendizaje, construyen un discurso particular, reflejadas en prácticas, llevando a crear un lenguaje particular entre los agentes. Es así como se evidencian los encuentros interculturales y se crean nuevos significados, estos pueden definir el ambiente de convivencia dentro de la comunidad, en definitiva, otorga experiencias llenas de esos significados trayendo implicancias en su experiencia escolar. El presente proyecto de tesis tuvo como objetivo Analizar los significados que se construyen sobre discapacidad y establecer su implicancia en las experiencias escolares en ambientes interculturales dentro de un contexto de educación básica privada en la ciudad de Tuxtla Gutiérrez, Chiapas.Este trabajo se encuentra dentro del enfoque interpretativo, donde se utilizó una metodología interpretativa de la narrativa y del análisis multimodal de los elementos pertinentes para responder al problema de investigación. Se realizó un estudio de caso, donde a partir de talleres participativos, foto voz y narrativa se interpretan los significados, luego se dio paso al análisis multimodal de recursos semióticos y así establecer las relaciones pertinentes para formar una narrativa multimodal, y así develar su implicancia en las experiencias escolares. Este estudio se realizó con estudiantes de preparatoria de un establecimiento educacional privado de la ciudad de Tuxtla Gutiérrez, Chiapas el cual maneja un sistema de inclusión educativa de niños con necesidades educativas especiales derivadas de alguna discapacidad.Los resultados dieron cuenta de los significados que han construido los estudiantes respecto a la discapacidad y la convivencia con personas que presentan una discapacidad, así como la importancia del conocimiento sobre el tema, ya que es más fácil establecer relaciones dinámicas y respetuosas cuando se tiene conocimiento sobre el tipo de diversidad que se presenta en el aula, también el reflexionar respecto a la diversidad identificando la particularidad de cada quien, así como la importancia de la mediación del docente.
#04285 |
Percepciones sobre Autocuidado para la Vida Independiente de personas adultas con Discapacidad Intelectual
1 - Pontificia Universidad Católica de Valparaíso; Instituto Milenio para la Investigación del Cuidado MICARE.2 - Universidad de las Américas.3 - Universidad Santo Tomás.4 - Instituto Milenio para la Investigación del Cuidado MICARE.
Los estudios de la Discapacidad Intelectual y del Desarrollo y en especial los avances que se están impulsando a partir de la Convención Internacional sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad (Naciones Unidas, 2006), han favorecido un cambio relevante desde el ámbito de los derechos humanos, la forma en que se abordan los apoyos y servicios desde programas sociales y centros comunitarios (Schalock; Lucaksson y Tassé, 2019). Bajo esta premisa diversos investigadores han promovido una necesaria revisión de los paradigmas de apoyos y calidad de vida, hacia una conjunción de estos en el denominado Modelo de Calidad de Vida y Apoyos (definido como MOCA), el que contribuye al campo de la DID, integrando aspectos como las conexiones, interacciones y condiciones facilitadoras, necesarias para realizar un cambio favorable en la vida de las personas (Verdugo et al, 2021).Si bien las dimensiones propias de los apoyos y calidad de vida pueden estar avanzadas en su ámbito institucional de aplicación y vinculación con la comunidad (Gómez, 2021), las dimensiones subjetivas relacionadas con el autocuidado o cuidado de sí, donde se pone en juego un marco sociocultural donde se realizan las acciones para el desarrollo de la Vida Independiente de adultos con DID, es un área hasta el momento desconocida. Pensar en el autocuidado nos permite situar nuestras acciones desde un sujeto ético, invitándonos a co-crear la sociedad en cada encuentro, tratando de mantener la red de relaciones para resolver los problemas cotidianos (Carmona, 2020), reconociéndonos en un espacio representado y con esto poder tener una opinión y participación en el espacio político-social (Foucault, 2017).La ponencia indaga en las percepciones que poseen personas adultas con discapacidad intelectual en relación al autocuidado. La información se construyó en base a 15 entrevistas semiestructuradas, de adultos con discapacidad intelectual entre 17 y 58 años. Como resultados se indaga en las representaciones del autocuidado desde el ámbito cotidiano, aspectos individuales, normativos, afectivos, de salud y su entorno. Dentro de las conclusiones se invita al desarrollo de herramientas y apoyos que fortalezcan las prácticas de autocuidado orientadas con su entorno, y de esta manera distinguir, qué elementos dependen de nosotros y cuáles no y qué debemos transformar en conjunto en esta sociedad.
#04366 |
Orientación a padres de familia de adolescentes con síndrome de Down para mejorar su autonomía post pandemia.
Línea 6Uno de los problemas que enfrentan los padres de familia que tienen hijos con síndrome de Down, es la transición de la infancia a la adolescencia, en parte debido a la falta de apoyos y/o servicios dedicados a la atención de esta población en esta etapa de vida. Como menciona Down España (2013) “además de la influencia de las características personales, los apoyos van a ser aspectos clave en la mejora del funcionamiento de las personas” (p.25). Durante la pandemia la falta de apoyos fue más evidente, el aislamiento, la falta de una previsión de recursos institucionales para atenderlos desde la virtualidad, la precariedad de las familias entre otros elementos, fueron elementos que invisibilizaron a los jóvenes con síndrome de Down. Al regreso de la “nueva normalidad”, al ser una población considerada por el sector salud como de alto riesgo, resulta ser la última en considerar su regreso a la presencialidad, haciendo más grande la brecha entre su atención y sus necesidades. Como lo afirma Riquelme (2021), en el contexto de la pandemia es indiscutible que las personas con discapacidad y sus familias se encuentran en el centro mismo de exclusión y negación de sus derechos.A partir de lo expuesto se identifica la necesidad de brindar un servicio no institucionalizado que oriente a los padres de familia con hijos adolescentes con síndrome de Down con miras a mejorar su calidad de vida, que les brinde procesualmente las pautas para el desarrollo de actividades y herramientas en áreas prioritarias como: el autocuidado, aseo personal y tareas en el hogar. La intervención buscó favorecer la independencia de los jóvenes a partir de la orientación a sus padres.Se empleó la metodología investigación acción participativa la cual permitió analizar el contexto de los participantes y determinar sus necesidades, para posteriormente planificar acciones y medidas, con la finalidad de transformarla y mejorarla, generando agencia, a partir de sus recursos personales, familiares y comunitarios. Algunos de los resultados muestran que el programa de intervención familiar, a través de las actividades realizadas en la orientación a padres tuvieron un efecto positivo en el desarrollo de la autonomía mejorando la ejecución de actividades de la vida diaria de forma independiente, la familia logra estructurar sus rutinas en el hogar desarrollando ambientes con menor estrés y mayor claridad de su papel como guía en el aprendizaje de sus hijos.
Introducción:
Una de las dificultades que enfrentan los padres de familia que tienen hijos con síndrome de Down es cuando sus hijos afrontan la transición de la infancia a la adolescencia, en ocasiones los padres pueden hacer uso de la sobreprotección a lo largo de su vida porque tienen dudas respecto al cómo actuar con su hijo, que cuando estos llegan a la etapa adulta muchos se encuentran limitados en diversas áreas y una de ellas es la “autonomía”. Una de las limitantes para que una persona con discapacidad intelectual desarrolle su autonomía, es la percepción que la familia y la sociedad tienen respecto a ello, considerándolos como eternos niños, aun cuando ya son mayores.
Partiendo de esta premisa se toma en cuenta la importancia de propiciar espacios y/o programas para las personas con síndrome de Down jóvenes y adultas de acuerdo a sus etapas y sus necesidades. Como menciona el Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad (2013),
“En relación a las personas con síndrome de Down nos encontramos que cada día más personas alcanzan edades muy avanzadas y van a formar parte de ese colectivo de personas mayores con el que van a compartir el deseo de acceder y disfrutar de los bienes sociales y culturales lo que va a exigir planificar nuevos programas” (p.16)
La necesidad de estos espacios y programas para las personas con discapacidad aumentó con la llegada de la pandemia por Covid-19. Se observó notoriamente la falta de una previsión de recursos institucionales para atenderlos desde la virtualidad, de acuerdo con Meresman y Ullmann (2020) “la continuidad educativa de los niños, niñas y adolescentes con discapacidad se vio fuertemente afectada (al igual que la de toda la población) por el cierre de escuelas y la ausencia de condiciones adecuadas para implementar la educación en línea” (p. 24). Teniendo como resultado que la población con discapacidad tuviera barreras sociales y económicas que las colocaba en una situación de exclusión junto a sus familias.
A partir de este análisis se identifica la necesidad de brindar un servicio no institucionalizado que oriente a los padres de familia con hijos adolescentes con síndrome de Down con el objetivo de brindar pautas para el desarrollo de actividades y herramientas en áreas prioritarias como: el autocuidado, aseo personal y tareas en el hogar, con una intervención centrada en las necesidades de la persona, sus gustos, sus decisiones y opiniones, así como el contexto en el que se desenvuelve, buscando impactar positivamente en su calidad de vida y su autonomía.
Se empleó la metodología investigación acción participativa la cual permitió analizar el contexto de los participantes y determinar sus necesidades, para posteriormente planificar acciones y medidas, con la finalidad de transformarla y mejorarla, generando agencia, a partir de sus recursos personales, familiares y comunitarios.
Desarrollo:
A continuación, se describen los conceptos principales y posturas sobre el tema de investigación, de la misma manera se describe el plan de intervención realizado con los participantes de este proyecto de investigación.
El síndrome de Down se origina durante el proceso de la meiosis, cual es la división celular, donde se crea una copia del cromosoma 21 (un cromosoma es la estructura que contiene el ADN). En el cuerpo humano tenemos 46 cromosomas, que son distribuidos en 23 pares heredados por la madre y 23 heredados por el padre. Cuando es el caso de las personas con síndrome de Down en lugar de tener los dos cromosomas en el par 21, tienen tres, porque estos en lugar de separarse durante el proceso de meiosis se quedan juntos y se produce una “no separación” de los cromosomas 21, dando como resultado la trisomía 21.
Un factor importante que afecta es factor la edad de la madre es un elemento importante que contribuye en la no separación de los cromosomas, porque pueden aparecer alteraciones en la recombinación y en la separación de los cromosomas, que dan como resultado cambios en el desarrollo y las características relacionadas de una persona con síndrome de Down. El síndrome de Down es de las principales causas de discapacidad intelectual.
Las personas con síndrome de Down tienen ciertas características físicas que los identifican, de acuerdo con Cunningham (1990), pueden ser las siguientes;
Cara redonda.Nariz en forma de “silla de montar”Ojos en forma almendrada rasgados hacia arriba.Cuello ancho y corto.Orejas pequeñas.Lengua grande que tiende a salirse de la boca y parece fisurada.Manos pequeñas y anchas. Pies pequeños.Un solo pliegue en la palma de la mano (pliegue palmar).Dedos meñiques pequeños y a veces encorvados hacia dentro del pulgar.Tono muscular débil o ligamentos flojos.
Estas solo están relacionadas con los rasgos físicos, porque también tienen características médicas, por ejemplo;
Las personas con Síndrome de Down suelen tener cardiopatías congénitas, que es cuando presentan anormalidades en el corazón, pueden ser estructurales o del funcionamiento.Alteraciones en la visión.Alteraciones en el desarrollo psicomotor general, puede ser por la hipotonía que es la presencia de un bajo tono muscular, pero también puede ser por una deficiencia en las conductas motoras y en la coordinación psicomotriz.
También tienen ciertas características, en cuanto a autonomía y sociabilidad nos referimos a que las personas con síndrome de Down tienen una facilidad de adaptación y con la ayuda centrada en la persona, igualmente pueden desarrollar habilidades de autonomía personal. Haciendo hincapié en las habilidades adaptativas, estás tienen como objetivo que la persona con síndrome de Down pueda afrontar diversas experiencias que se le presenten en la vida diaria, buscando que la persona pueda desenvolverse en la vida cotidiana de la forma más autónoma, brindándole los apoyos centrados en la persona y sus características, tomando en cuenta su derecho de decidir en situaciones que no impliquen peligro y sus gustos.
Por ejemplo, el autocuidado o cuidado personal, que implica actividades como la alimentación, el vestido y la higiene; la vida en el hogar se refiere a las actividades que se realizan dentro del hogar como aquellas actividades en la casa que usualmente realizan los integrantes de la familia, esto va permitir que la persona sea lo más autónomo posible en la vida diaria e impactando positivamente su calidad de vida que es uno de los objetivos de este trabajo. Cuando se habla de Calidad de Vida la mayoría de veces se piensa en vivir “bien” hablando monetariamente. Giné (2004) hace referencia a la Calidad de Vida como un:
Concepto subjetivo sobre el grado de satisfacción que la persona experimenta en relación con el nivel de cobertura de sus necesidades en el entorno que lo rodea: en el hogar, en la escuela, en el trabajo y, en definitiva, en la comunidad (p.3).
Tener en cuenta el contexto donde se desarrolla la persona con discapacidad es una variante importante para la Calidad de Vida, porque se toma en cuenta las necesidades de apoyo que requiere la persona, debido a que esto permite observar la ausencia de accesibilidades en el contexto donde se desarrolla. Como se menciona anteriormente el objetivo de la Calidad de Vida es que la persona, puedan tomar sus propias decisiones, que tengan las mismas oportunidades para construir sus proyectos de vida y llevar el control de esta misma dentro y fuera de su hogar.
Orientación a padres de familia de adolescentes con síndrome de Down.
La orientación para padres de familia tiene como finalidad favorecer la calidad de vida de sus hijos (a) con síndrome de Down, para generarles herramientas que les permita promover la autonomía, evitando la dependencia completa y ser un servicio de apoyo, que les permita analizar y desarrollar una fácil transición en la vida de sus hijos jóvenes y adultos. Buscando crear entornos favorables para sus hijos, en casa, en la comunidad y con ellos mismos, haciéndoles entender a los padres que sus hijos tienen derecho a llevar el control de su vida, donde sean tomadas en cuenta sus decisiones, sus metas y sus elecciones.
De acuerdo con Garvía (2018) “La familia representa un modelo para la adquisición de hábitos y costumbres (alimentación, higiene, orden, organización del tiempo)” (p.9). Y también para la transmisión de valores, control de la propia vida, y las decisiones personales que son derechos que se relacionan con el de la libertad. El hecho de que el hijo (a) o familiar con discapacidad lleve una vida lo más normalizada /menos dependiente posible contribuye a una mejor calidad de vida y como consiguiente una mejora en su autonomía.
Por lo que resulta importante brindarles a los padres la posibilidad de que su hijo (a), inicie con la toma de decisiones en situaciones cotidianas y que no le impliquen riesgo. Considere siempre que lo (a) están preparando para tomar las riendas de su propia vida. Es por eso que uno de los objetivos es proporcionar un servicio que le brinde este apoyo a los padres o cuidadores, para así poder promover la autonomía en sus hijos con síndrome de Down, en su comunidad, en su participación de vida en el hogar y en la sociedad.
Cuando se hace mención que el objetivo es lograr la autonomía nos referimos al proceso de una persona para ser un sujeto funcional e independiente en cualquiera de los contextos en los que se desarrolle. Debido a que actualmente aún es complicado para las personas con síndrome de Down, que sean vistas como personas jóvenes y adultas que tienen metas, deseos, sueños, derechos y obligaciones, como cualquier ciudadano que forma parte de la sociedad.
Está orientación tiene como objetivo acompañar a los padres en este proceso como prestadores de servicio, proporcionando una asesoría sobre como agregar actividades, y los aprendizajes para fomentar la autonomía.
Descripción del programa de intervención.
El presente trabajo de investigación fue llevado a cabo dentro del servicio “Club-21 Vida independiente” es un servicio gratuito especializado en atender jóvenes y adultos con Síndrome de Down. Este proyecto se desarrolla dentro de las instalaciones de la Facultad de Ciencias para el Desarrollo Humano en la Universidad Autónoma de Tlaxcala, con ubicación en La Loma de Xicohténcatl, Tlaxcala de Xicohténcatl, brindando su servicio los días viernes en un horario de 10:00 am a 12:00 pm.
El proyecto de Club-21 Vida independiente, tiene como objetivo desarrollar y fomentar en las personas mayores de 14 años con síndrome de Down con sus diversas características a las personas que asisten a este servicio se les denominadas “socios”, se encaminen a una vida independiente, por medio de la inclusión de diversas actividades diseñadas sistemáticamente y de forma individual que busca fomentar su autonomía.
Es así como la socia para guardar el anonimato se le denomino “M” de 11 años llega al servicio acompañada por su cuidadora principal en este caso su madre, por falta de accesibilidad a un servicio académico al regreso escalonado a clases posterior a la pandemia de Covid-19. De acuerdo a los lineamientos de Club-21 no se puede recibir menores de edad, se brinda a la socia y a la madre de familia una orientación a padres de familia de adolescentes con síndrome de Down para mejorar su autonomía post- pandemia. La familia de “M” esta compuestas por cinco integrantes, padre, madre, una hija mayor y “M” la segunda hija y una tía por parte de la familia materna.
Antes de integrarse al servicio de Club-21 “M” asistía a una Unidad de Servicio de Apoyo a la Educación Regular (USAER) en el estado de Tlaxcala, al momento de la pandemia se suspendieron las clases. Al momento del regreso escalonado a clases “M” fue citada a un día por semana, solo para recibir actividades.
Es así como se brinda un enfoque centrado en la socia y su familia, donde se pueda reconocer sus prioridades, actividades, prácticas y necesidades de acuerdo a su etapa, analizando la relación entre la persona- ambiente, es decir las exigencias que hay en el entorno y sus características individuales y la relación que tiene con el perfil de apoyos.
De acuerdo al entorno familiar la socia presenta necesidades de apoyo en el ámbito de la vida independiente y la autonomía, debido a que hay una dependencia de parte de la hija hacía su madre. La atención y el plan de intervención está dirigida a padres de familia para orientarlos en la formación de la autonomía personal de sus hijos con síndrome de Down, tomando en cuenta sus intereses, gustos y aspiraciones. Posteriormente a la información que se recolectar de los instrumentos de evaluación, es decir, sus necesidades, la intensidad de apoyo que estas requieren y el tiempo que se le dedica a cada una, se realiza un plan de intervención centrada en la persona.
El objetivo de esta intervención es lograr que la dependencia se disminuya, buscando llegar a poder ampliar sus conocimientos y habilidades, como sustenta Garvía (2018) los “conocimientos y aprendizajes, y el resultado de todo ello es un mayor grado de bienestar emocional y de calidad de vida” (p.11).
Investigación Acción Participativa
El motivo por cuál la Investigación Acción Participativa fue la metodología seleccionada es porque la investigación-acción es la metodología indicada cuando para el investigador es importante conocer una determinada realidad o un problema específico de un grupo. En este caso la realidad que viven los padres de familia con hijos con síndrome de Down. Después de conocer y recolectar la información del caso, se realiza una intervención con el fin de buscar alternativas para encaminar a los padres y a sus hijos a resolverlas o disminuirlas.
Antes de realizar un plan de intervención, se realizó la recolección de datos e información necesaria por medio de la Investigación Acción Participativa (IAP). La investigación acción participativa (IAP) Denzin y Lincoln (2013) se lleva acabo con un modelo espiral en ciclos sucesivos que incluyen;
Identificación: en este proceso se identifican las necesidades, problemas o centros de interés, en este caso primero se debe identificar las necesidades de apoyo y el nivel de apoyos que requiere el padre de familia para fomentar la calidad de vida de los socios en Club-21, esta información se podrá obtener con los instrumentos de recolección de datos seleccionados, que son La Escala de Calidad de Vida Familiar Planificación: posteriormente a la identificación de las necesidades, se realiza una planeación centrada en la persona, sus necesidades y las de su cuidador, para así lograr la intervención. La planificación centrada en la familia y en la persona con síndrome de Down, se entiende como un proceso para capacitar a las familias con el fin de que puedan actuar de forma efectiva dentro de sus contextos, para favorecer la autonomía y la calidad de vida en sus hijos. Acción: se desarrolló de un plan de acción, así como la planeación de las actividades por medio de los módulos, que este centrada en la persona y sus necesidades en este caso de la persona con SD y su cuidador, para así aplicarse.Observación: en la IAP es importante la observación y la interacción social entre la moderadora de Club-21 y la socia junto a su cuidadora. Debido a que esto servirá para la recolección de datos. Reflexión y evaluación: posteriormente a que se apliquen las cuatro etapas de la IAP, se realiza un análisis de los resultados obtenidos, si hay avances, retrocesos, y si las planeaciones de la intervención centrada en las necesidades de la persona necesitan ajustes.
Es así como se pueden realizar el plan y las estrategias de intervención centradas en las necesidades de la socia y su familia. En este caso se identifica una independencia de la socia en el área de autonomía persona, centrada en los módulos de cuidado y aseo personal, cuidado y tareas del hogar.
Estrategias de intervención para las necesidades de apoyo en el área de desarrollo de la autonomía personal
La orientación para padres está dividida en dos módulos, la atención a los socios y sus padres, se realiza cada viernes en un horario de 10:00 am - 12:00 pm, donde se realizarán actividades entre padres e hijos que fomenten su autonomía. El proceso de intervención se divide en dos módulos: cuidado y aseo personal y cuidado y tareas del hogar.
Figura 1. Módulos de la orientación para padres.
Nota. Elaboración propia
Para brindar un acompañamiento a los padres y proporcionar una orientación sobre el momento adecuado para introducir en su vida diaria los hábitos de autonomía, es importante observar el contexto familiar, debido a que la familia es el primer núcleo de apoyo de las personas con discapacidad. En este caso se identifican algunos puntos breves del contexto familiar de la socia y su cuidadora principal:
La madre busca servicios de apoyo para su hija.Debido a la sobreprotección por parte de sus padres, la socia tiene poca autonomía. Dificultad de reconocer una figura de autoridad, todos le dan ordenes, y la reprenden generando una confusión en la persona.Dependencia de madre e hija.
Estrategias de implementación para el desarrollo de la autonomía personal
Es importante que el padre de familia tome en cuenta las siguientes estrategias que se deberán implementar para el desarrollo de la autonomía personal:
Asegurar de que su hijo o hija entiende qué es lo que tiene que hacer.Se recomienda que no sólo se le explique de forma verbal, si no también hay que ejemplificar de forma verbal, con ejemplos o imitación respecto a cómo lo tiene que hacer.Reforzar en casa las actividades que se trabajen dentro de la orientación, para lograr favorecer en su hijo, la adquisición de hábitos básicos de autonomía y cuidado personal, proporcionando las oportunidades de aprender respondiendo a sus necesidades específicas.Utilizar un plan de reforzamiento positivo de sus logros (felicitarlo, abrazarlo, aplaudirle, etc.).Motivar y dar muchas oportunidades para desarrollar sus fortalezas y su autonomía, así de la misma forma tener paciencia.
Actividades; cuidado y aseo personal, actividades y tareas del hogar
Objetivo: desarrollar el lavado de manos.
Tiempo: actividades permanentes.
Con ayuda del padre de familia, realizará los pasos del lavado de manos frente a un espejo con su hijo ofreciendo ayuda en caso de ser necesario.
Abrir la llave de agua.Mojar las manos.Cerrar llave de agua.Enjabonar las manos.Frotar las palmas de las manos entre ellas, incluidas las muñecas (lejos del agua).Frotar todos los dedos y los espacios que hay entre ellos.Frotar las uñas con las palmas de las manos.Frotar el dorso de cada mano.Enjuagar las manos.Secarlas.
También se hará uso de pictogramas para apoyar la comunicación y la secuencia de las tareas, con el lavado de manos paso a paso, que el padre de familia deberá colocar en el baño de su casa.
Agregar números de acuerdo al orden de los pasos.Retirar los apoyos poco a poco, quitando pasos. Concientización de la importancia que tiene el lavado de manos (explicación) mediante una maqueta.
Cepillado de dientes.
Objetivo: estimular el cepillado de dientes, para una buena salud bucal.
Tiempo: actividades permanentes.
Usar una tabla de cepillado dental que padre e hijo puedan marcar cada mañana y cada noche después que se cepille los dientes. Esto puede usarse como un sistema de recompensa o una manera divertida para premiarlos con calcomanías.Pictogramas de comunicación, con cepillado de dientes paso a paso.Agregar números de acuerdo al orden de los pasos.Retirar los apoyos poco a poco, quitando pasos.Maquetas para poner el cepillado de dientes.
Peinado.
Tiempo: dos sesiones.
Explicar la importancia que tiene el guardar una buena apariencia ante las personas
Realizar practica en un espejo el cepillado de cabello mirando en un espejo y siguiendo los siguientes pasos mediante imitación con apoyo verbal por parte del padre de familia.
Se cepilla el pelo con movimientos de arriba hacia abajo y de adelante hacia Se hace la división del cabello Se peina de la misma forma de la que se ha cepillado el pelo Limpia el peine quitándole los pelos Guarda los utensilios en el lugar correspondiente
Cuando se haya logrado dicha acción agregar accesorios en el cabello como diademas o pasadores.
Vestirse, abotonar, subir cierres y abrochar.
Objetivo: lograr que abotone, suba y baje cierres.
Tiempo: una sesión.
Maqueta para enseñarle a abotonarMaqueta para enseñar a subir cierreMaqueta para enseñar a abrochar Mediante una actividad lúdica, intercambiar prendas el padre de familia como un suéter con cierre o uno con botones y deberá abotonarlo o subir cierre dependiendo el que le haya tocado.
En casa:
El padre de familia junto a su hijo (a) describirán los tipos de prendas de vestir.Hablar sobre la parte delantera y trasera, superior e inferior de las prendas como; camisas, pantalones, faldas, vestidos.Permitir a su hijo seleccionar la ropa que usan para el día y para dormir.Estimular a su hijo a vestirse solos, o por medio de juegos con sus muñecas o peluches.
Bañarse.
Objetivo: establecer una rutina de baño.
Tiempo: dos sesiones y refuerzo en casa.
Preparar la ropa que se va a poner al salir del baño.Lavarse la cara: frente, ojos, cejas, orejas, mejillas, nariz, boca y barbillaLimpiarse las piernas y piesLavar el cabello.Asearse los brazos y las manosSalir del área de baño.Secarse con la toalla y dejarla en su sitioRecoger la ropa sucia y llevarla al cesto de ropa sucia.
Cuidado y tareas del hogar.
Doblar y tender ropa.
Tiempo: dos sesiones y refuerzo de las actividades en casa.
Colocar un tendedero a la altura adecuada del socio.Proporcionar prendas que son comunes en su día a día.Ganchos y pinzas.
Con instrucciones claras y precisas por parte del padre, le pedirá que seleccione la prenda y la ponga en un gancho y/o pinza, para posteriormente colocarla en el tendedero.
Tender la cama.
Tiempo: dos sesiones, actividad y refuerzo permanente en casa.
Pictogramas con la secuencia del proceso para tender la cama.Presentación de los objetos necesarios para tender la cama, por ejemplo, las sabanas y la almohada. Se representa la cama, en una mesa. El padre o madre de familia proporciona las instrucciones, de cómo realizar el proceso, por primera vez se hace en conjunto.Se colocar a su lado, comienza hacer la tarea tomando sus manos para que siga el proceso paso a paso.Para el segundo intento el padre solo proporciona apoyos verbales.
Poner la mesa.
Objetivo: identificar y ordenar los utensilios en la mesa.
Tiempo: una sesión, actividad permanente y dos semanas después retirar el tapete con las siluetas.
Se presentan los utensilios que deben ir en la mesa.Tapete con las siluetas del vaso, plato, cuchara, tenedor, para que logre identificar en el lugar y orden que deben ir.El padre de familia le pide a su hija (a) que se asegure de que haya un plato, un vaso, y así sucesivamente, para cada persona.Explicar cómo manejar los platos y los cubiertos, para que permanezcan limpios y no se rompan y su uso adecuado.
Preparación de alimentos sencillos.
Objetivo: fomentar la preparación de alimentos para su autonomía.
Tiempo: tres sesiones y refuerzo en casa.
Proporcionarle tareas en la cocina, iniciando con las de menor dificultad.Hacer un emparedado: guiarla de manera verbal con las instrucciones.Saca el pan.Busca los utensilios a utilizar.Distribuye la mermelada, miel, cajeta, sin salirte de las orillas del pan. Si es necesario mostrar cómo hacerlo paso a paso, y luego su hijo deberá repetirlo.Es importante que se incluyan poco a poco en las actividades de la cocina, puede ser pedir que pasen las verduras, que la lave, ver tutoriales y recrear las recetas con apoyo de un adulto.
Conclusiones:
Los resultados obtenidos en esta modalidad de intervención fueron positivos e impactantes de manera favorable con la socia, la familia logra estructurar sus rutinas en el hogar desarrollando ambientes con mayor claridad de su papel como guía en el aprendizaje de sus hijos, se identifican algunas claves para el logro del propósito, la voluntad de la familia y una propuesta de trabajo sistemática.
En el área de cuidado y aseo personal se identificó un avance favorable en el cepillado de dientes, pasó del apoyo total a un apoyo verbal, de la misma forma en su visita al dentista destacó los avances en su cuidado bucal. Así mismo logra identificar los instrumentos necesarios para realizar esta tarea.
En el área de tareas de actividades y tareas en el hogar, la socia logra incluirse en los deberes cotidianos de la familia, pone la mesa correctamente con apoyo verbal de un adulto.
Respecto al tendido de cama hubo un avance, debido a que no estaban acostumbrados como familia a tenderla todas las mañanas, de esta forma la familia la agregó como una actividad cotidiana generando avances en la socia con ayuda física moderada para realizar esta actividad.
El desarrollo de la autonomía en las personas con síndrome de Down, deberá ser un propósito muy claro dentro de las actividades escolares en cualquier nivel educativo. El cual forma parte del principio de formación para la vida. Además, se hace necesario un acompañamiento a la familia por parte de los servicios de educación especial. Sin duda el trabajo es arduo, pero resulta una tarea pendiente con la población con síndrome de Down y sus familias.
Bibliografía:
Cunningham, C. (1990). El síndrome de Down: una introducción para padres (Vol. 1). Paidós.
Giné, C. (2004). Servicios y calidad de vida para las personas con discapacidad intelectual. Revista Española sobre Discapacidad Intelectual. 35(2), 1-14.
Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad. (2013). Las personas con síndrome de Down y sus familias ante el proceso de envejecimiento.
Meresman, S., y Ullmann, H. (2020).COVID-19 y las personas con discapacidad en América Latina: mitigar el impacto y proteger derechos para asegurar la inclusión hoy y mañana. Serie Políticas Sociales, 237.
Peñuelas, B. G., (2018). ¿Cómo favorecer la autonomía personal de mi hijo con síndrome de Down?. Fundación Iberoamericana Down 21.
Kemmis, S., y McTaggart, R. (2013). La investigación-acción participativa: La acción comunicativa y la esfera pública. En Manual de investigación cualitativa (pp. 361-439). Editorial Gedisa.
Cuando se decretó en México el inicio del confinamiento y la suspensión de las clases presenciales motivado por la pandemia de COVID-19 se pensó que dicho confinamiento sería muy corto. Sin embargo, han transcurrido casi 2 años, tiempo que millones de jóvenes han tenido que permanecer en casa desarrollando las actividades que normalmente se desarrollaban en sus centros escolares. Mientras otros sectores productivos fueron poco a poco regresando a la “normalidad”, el sector estudiantil tuvo que permanecer en casa. Por lo tanto, millones de estudiantes tuvieron que ajustar sus rutinas escolares, afectivas, laborales y familiares con distintos efectos en sus propios desempeños escolares, en su salud emocional y también en sus quehaceres domésticos y en sus relaciones familiares. La ponencia se construye con las narrativas que un grupo de 28 estudiantes escribieron en un ejercicio de autobiografía mientras llevaban más de un año sin asistir a sus clases presenciales. En sus testimonios se recupera la tensión, el miedo, la incertidumbre derivado por la pandemia y también los conflictos familiares derivados por una convivencia que se experimentó por largos días, semanas y meses de encierro.
Introducción:
A los pocos meses de haber iniciado la suspensión de las clases presenciales en el estado de San Luis Potosí y en particular entre los estudiantes de la Facultad de Ciencias Sociales y Humanidades de la Universidad Autónoma de San Luis Potosí (UASLP), me di a la tarea instrumentar varias acciones que me permitieran documentar las estrategias, acciones, problemas que se habían presentado entre un grupo de estudiantes a lo largo de un año de confinamiento. Una de esas estrategias fue la de solicitar a jóvenes que se dieran a la tarea de escribir un texto en donde se recuperaran aquellos eventos que, desde su punto de vista habían, marcado su experiencia con la pandemia y todo lo que se había derivado a partir del confinamiento. Al respecto me interesó que los jóvenes escribieran su experiencia de estar confinados en casa y que suspendieran una buena parte de sus actividades presenciales. En particular, la pregunta que sirvió de guía para la investigación fue la siguiente: ¿cómo un grupo de jóvenes universitarios vivieron la experiencia del confinamiento y todo lo que ello representó y significó en sus vidas personales, familiares y escolares?
Los 29[1] textos que se lograron recuperar entre un grupo de jóvenes retratan diferentes problemáticas a las que se han tenido que enfrentar a lo largo de este periodo, estos problemas no solamente están relacionados con el hecho de tomar clases a la distancia y lo complejo que ha sido esta nueva experiencia para la mayoría de ellos, también se hace presente los conflictos que se han generado entre los miembros de la familia por una convivencia en condiciones anormales.
Lo importante fue darles voz a los jóvenes, lo que implicó una libertad plena, para que desde una perspectiva propia, individual e irrepetible expresaran sus experiencias: así, sin filtro, sin afectaciones (que son propias en los actores de teatro), sin censura; acaso a veces totalmente racional y estructurada; otras veces mediante el fluir de la conciencia; en ciertos casos, sin una moralidad por mostrar desnuda el alma, por verter miedos, anhelos y frustraciones; en la mayoría de los casos, porque lo que escriben sea una especie de catarsis, un grito de hartazgo ante las imposiciones familiares, escolares o sociales. Los testimonios pueden tener nombre y apellidos, un género (masculino o femenino), un horario en el que fueron concebidos y realizados; son también evidencia del entorno familiar en el que fueron escritos; el medio para hacer justos reclamos, platicar algo que les corroe las entrañas o simplemente mostrar que existen, a pesar de todo, aun cuando hayan experimentado la muerte con alguien cercano. En todo caso son expresiones e impresiones auténticas, en las que destaca cuando hacen referencia a su nueva posición como alumnos frente a una pantalla, a la relación con sus profesores, a la imposibilidad de conocer y reconocerse frente a sus pares, a la falta de empatía por parte de los adultos -progenitores y docentes- y también a todo lo que van descubriendo de sí, como una gran revelación.
[1] Del total de 29 testimonios que se lograron generar 23 (79.4%) de ellos correspondieron a mujeres y los 6 (20.6%) restantes, son testimonios de hombres. Lo anterior está en sintonía con lo que sucede en las aulas universitarias, ya que al menos en la Facultad de Ciencias Sociales y Humanidades de la Universidad Autónoma de San Luis Potosí, en los años recientes han sido mayoritariamente alumnas quienes son las que se ha inscrito en las carreras que se ofertan en la facultad. Por lo tanto, tenemos en su mayoría experiencias de compañeras estudiantes.
Desarrollo:
La pandemia escrita por los jóvenes y la construcción de nuevas agendas entre los investigadores de las juventudes
Es importante destacar el interés que hay entre diferentes instituciones académicas e investigadores de las juventudes por generar información sobre lo que sucedió entre este y otros sectores de la población en el contexto de la pandemia. Al respecto destacó tres proyectos en este sentido. Uno fue la convocatoria que emitió la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO) en su sede México, para el primer concurso de ensayo: Reflexiones desde el encierro. Las juventudes frente a la pandemia. Como resultado de este ejercicio, se generó una publicación[1] con el mismo titulo del evento y que presenta los seis ensayos ganadores, tres de ellos fueron los que recibieron primero, segundo y tercer lugar y los tres ensayos restantes recibieron mención honorífica. Los seis ensayos, nos presentan las distintas realidades vividas desde la perspectiva juvenil y que representan testimonios invaluables sobre los efectos del primer año de la crisis sanitaria desencadenada por el COVID-19.
El segundo fue una convocatoria emitida por el Consejo Mexicano de Ciencias Sociales (COMECSO) y un grupo de instituciones de educación superior. Esta convocatoria tuvo por título: En dicha convocatoria se podía leer lo siguiente: Para dar cuenta de estos fenómenos hemos tomado la iniciativa de crear un Blog de testimonios-acción con el título La comunidad y la pandemia al que se invita a publicar textos cortos sobre sus efectos en los rubros abajo listados de manera indicativa, no limitativa. Se podrán incluir testimonios, vivencias, relatos, instantáneas, material audiovisual propio, otras expresiones culturales y humanísticas, memorias, reseñas de textos alusivos que muestren lo que hemos vivido en este periodo y que nos permita imaginar colectivamente formas de mitigar los daños y de recuperarnos.
El tercer caso es la propuesta titulada: Adolescentes y pandemia en México. Experiencias, sentimientos y voces adolescentes. Los responsables del proyecto señalan lo siguiente: En el proyecto participaron 59 estudiantes de educación media superior, Municipio de Nezahualcóyotl, y consistió en desarrollar una investigación sobre la experiencia de la pandemia por los adolescentes. Para ello y a través de reuniones virtuales recibieron el acompañamiento de los coordinadores y una breve formación en los pasos y actividades a seguir para realizar una investigación en ciencias sociales. A partir de ello, se definieron 3 actividades: a) construir las preguntas de investigación de interés y las técnicas de investigación que se utilizarían para obtener información; b) aplicar esas técnicas (entrevistas, encuestas, fotografías, etc.) y recopilar la información obtenida; c) diseñar y elaborar un producto en el cual expresaran los resultados obtenidos en su investigación. Los productos generados fueron videos, series fotográficas, podcast, música (rap), dibujos y diarios (https://www.clacso.org/actividad/adolescentes-y-pandemia-en-mexico-experiencias-sentimientos-y-voces-adolescentes-2/).
El punto en común entre estos tres proyectos y el que se desarrolló desde San Luis Potosí, del que más adelante se presentan algunos resultados, es que colocan en el centro a los jóvenes y no sólo se les perciben como cifrás o parte de las estadísticas de una pandemia como la que la humanidad ha enfrentado, sino que son percibidos como actores que construyen ellos mismos sus respuestas y sus proyectos con sus recursos y con sus limitaciones. Lo anterior se podrá corroborar con los casos que se presentaran más adelante en este mismo texto y que nos presentan los escenarios en los que ha trasnscurrido el día a día de un grupo de jóvenes universitarios. Los alcances y resultados de estas investigaciones demuestran la importancia que tienen las agendas de los jóvenes en los intereses de las instituciones educativas y de investigación, para seguir generando conocimientos que puedan, en su conjunto, construir proyectos de políticas públicas para avanzar y brindar soluciones a los viejos y nuevos problemas de las juventudes en México y en otras países de América Latina, mismos que se han incrementado con el arribo de la pandemia y sus distintos efectos colaterales.
Narrativas de 29 jóvenes universitarios potosinos durante el confinamiento
Como ya se señaló en otra parte del texto, el ejercicio de escritura de las múltiples experiencias cotidianas de los jóvenes durante largos meses de encierro se tradujo en muchas respuestas y muchas reacciones entre los jóvenes y sus núcleos de amigos, compañeros de escuela, y familiares. Los textos[2] que fueron generados por los jóvenes nos permitió conocer otros mundos que también resultaron ser de gran importancia para ellos y que de otra forma no hubiese sido posible reconocer. Algunos de los temas que se lograron identificar en los testimonios fueron los siguientes:
Estados de ánimo de los jóvenes durante el confinamiento:
“Con cada día que pasaba, me comencé a aburrir de vivir lo mismo todos los días: escuchando música mientras miraba otras cosas, estando en mi cuarto como ermitaña. Lo único que se me ocurrió fue descargar este juego de PC llamado League of Legends, pues había visto gameplays y cinemáticas, por lo que me llamó la atención”.
“No he desarrollado depresión, afortunadamente, pero aquellos pensamientos de desprecio hacia mí misma aumentaron, y hacía años que no me sentía de esta manera. Solía tener muchas crisis similares, pero las olvidaba al estar en la escuela o cosas así; aunque si me pongo a pensarlo, nunca se fueron. Ansío tener clases presenciales, para conocer a mis compañeros y para que me dé el sol que me hace algo de falta.”
“Estaba muy fastidiada del encierro”
“Cansancio, tristeza, agobio, incertidumbre, reflexión, autoconocimiento, gratitud, felicidad, conciencia, crecimiento. Tengo días buenos, tengo días malos. A veces me levanto y siento la motivación de continuar e intentar que no me afecte todas las cosas que no puedo controlar; otras veces sólo me gustaría estar acostada en mi cama, esperando renacer en una roca para mi próxima vida”.
“Diciembre del 2020. En este mes acabaría mi primer semestre en línea y mi primer semestre en la universidad, celebraría mi primera navidad encerrada lo cual fue algo raro porque no hubo abrazos ni reunión con la familia sólo estaba en casa mi papá y mi hermana, lo cual me regalaron de navidad la colección de Harry Potter y una camiseta, también fue lo mismo con el año nuevo ocurrió lo mismo todos en casa y aburridos”.
“Recibí la noticia de que había reprobado una materia. En mi situación de irregularidad me estresé más e ingería con mayor frecuencia detergente en polvo. Dejé de realizar actividades físicas como caminata y me recluí en mi habitación, aumenté de peso y me dediqué totalmente a aprender sobre Corea; abandoné la comunicación con mis amigxs, abandoné la lectura y dejé de lado el estudio para mi examen de regularización programado para el 19 de julio.
“Y esto me lleva a otra cosa: he llorado un chingo el último año. Viví durante 20 años en una casa donde se aplicaba la de The Cure y los niños no lloraban porque mi papá se enojaba; sólo exceptuando las veces que se murieron mi abuela, cuando tenía 17, y mis perros, a los 6 y a los 19. Pero ahora puedo hacerlo y puedo cantar a las dos de la mañana y hablar por teléfono y decir que me está llevando la cola, otra vez, y eso me ha llevado a conocerme a mí mismo y a darme cuenta que ya no soy el mismo que era cuando esto empezó”.
“Siento un cansancio total que me hacen acostarme en cualquier lugar de la casa para conciliar mi pesado sueño. En las mañanas las clases y en la tarde el trabajo, hacían que me sintiera sin ganas de algo.”
“Estuve muy triste por mucho tiempo durante vacaciones y sobre todo sin ver a mis amigos ni mis profesores que tanto quería, no sentí que ya me había graduado de la preparatoria, sin sentido, ni gloria”.
“Puedo decir que este año de cuarentena no fue del todo malo, si hubo muchas cosas malas que, si me deprimieron un poco, como haber perdido mis prácticas profesionales o no haber tenido mi graduación. Pero la verdad hice algunas cosas buenas como tener nuevas amistades a la distancia, que a mi parecer creo que fue lo mejor de mi cuarentena y eso sumándole también la adopción de mi perrita”.
“Vi a algunos de mis compañeros hasta mediados de junio porque nos citaron en un lugar para las fotografías del certificado, pudimos conversar un rato ya que no nos permitían estar mucho tiempo ahí, algunos se sentían muy tristes por el hecho de que no tendríamos graduación y porque ya habían comprado sus trajes o vestidos; las pocas veces que salí de casa, fueron para asistir a cursos de la iglesia en donde impartían diferentes materias para el examen de admisión”.
“Y con esto se empieza otra, la preparación para la entrada a la universidad, mucha incertidumbre que me causo inseguridad por la forma en que se va soltando y modificando la dinámica, en lo personal me costo muchísimo estudiar, lo deje un poco para último momento, me ocasiono mucho estrés pero al final llego el día de ir a presentar el examen a la facultad, el primer momento en el que me enfrento a ver tantas personas, claramente con el protocolo de seguridad pero aún así es sorprendente encontrarme con tantas personas y siendo San Luis la ciudad pequeña que es, no reconocer a nadie”,
“Regresé al gimnasio, cosa que es un pilar en mi vida, me ayuda mucho con mi ansiedad, mi estabilidad emocional y mental, y esta salida aunque es corta cambio para mejor la situación en la que me encontraba, ahora que hago mención de este tema sensible que es la ansiedad, se volvió algo muy fuerte en mi vida, especialmente direccionado a mis clases, las participaciones, exposiciones me empezaron a causar mucho conflicto, y es un poco molesto el cómo antes me parecía tan normal convivir, justo ahora el pensamiento de hablar en clase no me pone en la mejor situación, pido una disculpa por no ser la versión más participativa de mi, pero estoy trabajando en ello”.
“Cuando terminó el semestre me sentí aliviada, no estaba tan cansada de la escuela, pero ya me había empezado a fastidiar”.
“Empieza el segundo semestre completamente en línea y me harte en los primeros días. En realidad, ya estaba cansada del semestre pasado, pero en este nuevo semestre, mi cuerpo y mi salud mental dijeron “basta” y me desconecte de mis responsabilidades por un buen tiempo. Me gustaban los temas que veíamos, pero ya no tenia ganas de entrar a clase, estaba bastante cansada todo el tiempo, me sentía desmotivada y sin ganas de hacer nada”.
“Puedo decir que estoy harta del semestre en línea”.
“No poder salir, ni convivir como estaba acostumbrada, ha sido un martirio. Llevo sin bailar en clases desde el año pasado, llevo sin salir a fiestas desde el año pasado, en realidad, llevo sin relacionarme con un mundo físico desde el año pasado. Esto no sólo ha mermado mi salud física y mental, sino que también me ha afectado mucho en las habilidades sociales que tenía”.
“Pase de emanar una vibra zen a llorar de la nada, podía estar comiendo y sin motivo o razón derramaba lágrimas al igual que el convivir con mi papá se volvía cada vez más difícil, pero sobre todo extrañaba a mi “tita”.
“Hay veces que me miro al espejo y no puedo reconocerme. Estoy pálida y delgada, cada vez resalta más el color de las ojeras, consecuencia del insomnio. Estoy consciente de que mi mente se deteriora y mi cuerpo poco a poco también se marchita. Anhelo mucho dormir por las noches, he intentado ejercitarme mucho para así poder estar cansada, y lo estoy. Mi mente y mi cuerpo ya están agotados, pero no puedo dormir. Paso las horas de la noche dando vueltas en la cama, rodeada de oscuridad y la tristeza que me asfixia. Me cubro con las mantas, grito y lloro desesperadamente porque no sé cómo detener esto. A veces lloro hasta por fin conciliar el sueño y otras veces, mientras pienso en qué debo cambiar, en qué tés relajantes buscar y cuántas veces debo meditar para descansar, suena la alarma y todo se repite de nuevo. Estoy tan agotada durante el día que a veces no me puedo levantar, mi cuerpo se siente pesado, oprimido, como si una fuerza invisible me abrazara hacia abajo. Esto también ocurre cuando es hora de comer. Mis brazos se sienten como el plomo y lloro de desesperación al no poder levantar el tenedor. Si esto no sucede, entonces las náuseas no me dejan probar bocado”.
“Las horas se funden con el pesado calor de mi habitación, veo como sucede mientras estoy tirada en el piso, rodeada de las mismas cuatro asfixiantes paredes, muchas veces se siente como si estuviera muerta. Estoy cansada”.
Impactos del encierro en el estado de animo entre los jóvenes:
Las experiencias de los jóvenes nos muestran que situación de las juventudes potosinas no ha resultado estar alejada de lo que se ha sido experimentado por las juventudes en otros países; por ejemplo, los resultados de la “Encuesta de Percepción y Actitudes de la Población. Impacto de la pandemia COVID-19 y las medidas adoptadas por el gobierno sobre la vida cotidiana”, aplicada por el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (UNICEF /Argentina), en este ejercicio se destacó que un 50.5% de los jóvenes del país afirmó estar deprimido, angustiado o asustado por la pandemia de coronavirus covid-19. Además, el 44% piensa que ellos o sus familias se van a contagiar.[3]
Los trastornos en la salud mental y también la salud física han sido también escenarios en los que los jóvenes han lidiado con la pandemia, tal vez no viéndose en situaciones de gravedad por contagios de COVID-19, pero si en aspectos derivados por lo incomodo que podía ser pasar largas horas del día frente a una pantalla de un dispositivo electrónico y lo anterior se agravaba aún más cuando el lugar de estudio eran espacios reducidos de las propias casa-habitación; ya que hay que recordar que los jóvenes tuvieron que compartir espacios físicos de la casa y dispositivos electrónicos con otros miembros de la familia. Cancelar de un día para otro la convivencia social de los jóvenes en sus espacios cotidianos (escuelas, parques, cines, teatros, antros), y con sus pares (compañeros de escuelas, compañeros de trabajo, novios, amigos), resultó ser un detonador de innegables crisis emocionales para cada uno de los jóvenes. También estas narrativas son bastante parecidas a las que otros investigadores y otras instituciones han logrado documentar[4]. Ciertamente los jóvenes contagiados y fallecidos por COVID-19 no resultaron ser tan numerosos como si lo fueron otros grupos de edad, pero los daños a la salud emocional que ha dejado meses de encierro sin poder asistir a la escuela y compartir muchas otras actividades con sus pares, eso si ha dejado innegables secuelas, lo que hace necesaria una acción estrategia de acompañamiento y/o tratamiento no sólo académico; sino también un acompañamiento emocional y afectivo. Los jóvenes han enfrentado muchos duelos, y éstos no sólo se refiere a la muerte de algún pariente, o conocido. Los duelos han sido experimentados por haber tenido que romper con sus planes y sus proyectos por culpa de un encierro que llegó de un día para otro y que obligó a cancelar muchos proyectos y actividades que se habían planeado con anticipación (fiestas de fin de cursos, viajes de movilidad estudiantil, prácticas de campo y otras actividades importantes para los jóvenes).
La rutina en el cuarto:
“Mi cuarto siempre ha sido mi refugio, donde puedo ser y hacer con la tranquilidad de que nadie me va a juzgar porque los únicos ojos que me ven son los míos en el reflejo de los espejos. Los espejos de mi cuarto han sido testigo de los cambios emocionales y físicos que tuve que vivir a lo largo del encierro; noches de llanto y crisis de ansiedad por no poder lidiar con las situaciones familiares, no saber hacer una tarea con un profesor que no responde los mensajes, o bien, por el pánico momentáneo causado después de cortarme el pelo en un intento de sentirme mejor conmigo misma”.
“Cada mañana tengo que tender mi cama para tener mi refugio listo para cuando salga de mi horario escolar, me quito la playera vieja y raída que uso para dormir y me intento vestir con algo que me cubra lo suficiente como para poder prender mi cámara y no sentirme avergonzada ante mis compañeros. Si no hago estas dos cosas, siento que la frontera entre mi salón de clases y mi refugio se borra por completo, cosa que jamás pasaría de estar en mis queridas aulas frías y poco ventiladas de la universidad”.
“En mi vida escolar el examen se había visto pospuesto y cuando por fin fue posible entrar a la licenciatura lo hice, pero dejé de percibirla como una universidad, no había compañeros, las paredes de mi cuarto se convirtieron en mi aula y todo lo que me entusiasmaba de por fin poder entrar a mi carrera soñada no existía más. Sinceramente todo el camino ha sido duro, antes de la pandemia siempre me había percibido como un mujer quitada de pena, a la cual se le facilitaba socializar en cualquier ámbito, pero estando detrás de una pantalla el solo hecho de prender el micrófono para emitir una opinión sobre las lecturas me ha causado una guerra interna, como el levantarme a las 7 para sentarme en el escritorio que se encuentra justo aun lado de mi cama me ha parecido un castigo”.
“Mi primera dificultad fue con la de no contar con un espacio adecuado ya que no tengo escritorio y el comedor ya estaba siendo utilizado por mi padre. Me adapté colocando mi laptop en mi cajonera sobre unos libros y poniéndola de frente a mi cama, donde me siento. Tengo una tabla de madera que me sirve para apoyar mis libretas y tomar apuntes, pero creo que este hábito me está generando una mala postura y dolores de espalda. Por ello a veces decido apagar la cámara y acostarme, pero muchas veces eso hace que termine dormida”.
“Por supuesto que hay ventajas de tomar las clases a distancia, como no tener que levantarse temprano, solo arreglarse de la cintura para arriba y ahorrar dinero en gasolina y transporte, así como poder conversar con los compañeros por medio de whatsapp u otras aplicaciones en plena clase. Sin embargo, creo que estas ventajas nos han traído también malos hábitos. Muchos nos levantamos de la cama 5 minutos antes de que comience una clase y creo que por ello no es extraño ver a nuestros compañeros peinándose o preparándose el desayuno. También hay otros que deciden tomar un baño o ponerse a hacer el aseo. Esto último yo lo he hecho mucho. Pongo mi celular en el bolsillo de mis pantalones y escucho la clase con audífonos, como si se tratara de un podcast”.
Cuando la casa se volvió aula, centro de trabajo y otras muchas cosas más:
La vida escolar, pero también la vida social y el entretenimiento se llevó a la casa, pero para muchos de los casos que aquí se presentan la recamara se transformó en el lugar en donde se intentaba tomar clases y hacer muchas otras actividades. Sin duda, ello generó ajustes en la manera en la que se experimentaba la vida y por supuesto generó cambios en sus estados de ánimo. Acostumbrados a convivir personalmente con sus amigos, con sus compañeros de clase, sus docentes y sus parejas, todo esto se tuvo que modificar. La socialización se da por largos meses por medio de un teléfono celular o un equipo de computo. Desde los cuartos de recamara o desde otros espacios del hogar, se intenta llevar una nueva experiencia de vida. No hay duda de que para los jóvenes la interacción presencial y ocupar espacios públicos para realizar esa interacción es algo crucial en la construcción de su identidad y en la reafirmación de lo roles al interior del grupo en el que se desenvuelven. Por lo tanto; es clave que instituciones de salud pública y las propias instituciones educativas puedan tener conocimiento de la existencia de este tipo de experiencias, contadas por los propios jóvenes, para que de manera colaborativa se construyan proyectos de atención y de acompañamiento de la población juvenil, pero también de aquella población adulta con la que cotidianamente conviven; ya que ambos grupos de población han pasado mucho tiempo junto; pero al parecer esta convivencia no siempre resultó en las mejores interacciones que nos podamos imaginar. Al respecto en otro trabajo de mi autoría, (Rivera, 2022), he podido documentar que una buena parte de los conflictos que los jóvenes padecieron durante el largo periodo de encierro, se tuvieron con sus hermanos, con sus papás y mamás, con otros parientes que llegaron a la casa. La larga convivencia en un mismo espacio generó roces, malos entendidos y muchos conflictos.
[1] La publicación es la siguiente: Tavera, Fellonosa, Ligia -coordinadora- (2022). Reflexiones desde el encierro: las juventudes frente a la pandemia. México: FLACSO México.
[2] Los fragmentos que se utilizan en esta parte del trabajo fueron recuperados de los textos que fueron redactados por los jóvenes.
[4] Ver los testimonios incluidos en el texto: Tavera, Fellonosa, Ligia -coordinadora- (2022). Reflexiones desde el encierro: las juventudes frente a la pandemia. México: FLACSO México.
Conclusiones:
Lo que nos muestran las experiencias que aquí se han presentado, es la necesidad por parte de las instituciones educativas, de poner en el centro de la reflexión no sólo el desempeño académico de sus estudiantes durante este largo periodo de confinamiento, si no que también será clave el seguimiento y el apoyo que les brinde a los mismos estudiantes sobre su salud mental y emocional. Se vuelve urgente la construcción de diagnósticos participativos entre autoridades, docentes, padres de familia y las juventudes, para tener resultados y miradas integrales sobre lo acontecido durante el periodo del confinamiento y con ello tener proyectos de atención a la salud, a lo emocional, a lo que no se aprendió en las aulas y también en documentar las experiencias de resiliencia y de éxito para los jóvenes, ya que no
todo han sido experiencias negativas para los jóvenes. Pienso en el aprendizaje que han hecho los propios jóvenes de las bondades de la virtualidad para poder desarrollar muchas otras actividades y no sólo limitar la virtualidad a los escenarios de la diversión y el ocio; sino también ampliarlo ahora para la construcción de escenarios para hacer investigación, de conectarse con otros jóvenes y compartir información de su interés; contactar a investigadores y activistas en cualquier parte del mundo. Además, sus experiencias serán parte de esos testimonios que queden como un resultado de cómo un acontecimiento como la pandemia vino a transformar la vida y el rumbo de la humanidad; pero también vino a darle nuevos rumbos a la vida de estos 29 jóvenes, pero también la de millones en otros países y en otras regiones. Se vuelve necesario generar datos locales y luego siguiendo la tradición de los estudios antropológicos, desarrollar estudios comparativos; para ver si lo que sucedió en la vida de los jóvenes potosinos encuentra similitudes o diferencias con lo que vivieron otros jóvenes en otros estados del país; en otros países y en otros continentes. Esa es la meta en el mediano plazo. Finalmente, ante la falta de una política educativa que atienda la salud mental de los alumnos, los testimonios que aquí se han presentado resultan ser un material invaluable como objeto de estudio para diferentes especialistas vinculados con la docencia: psicólogos, pedagogos, sociólogos, entre otros. La importancia no radicará entonces en los aprendizajes o en recuperar el tiempo perdido, sino en ver la salud integral de los alumnos: como individuo mente-cuerpo, como ente social, para después pensar en el individuo como alumno.
Bibliografía:
Rivera, González José Guadalupe (2022). “Quédate en casa”: un análisis de la experiencia del confinamiento en casa entre estudiantes del nivel superior en San Luis Potosí, México. Rutas de campo (6), 89-107.
Tavera, Fellonosa, Ligia -coordinadora- (2022). Reflexiones desde el encierro: las juventudes frente a la pandemia. México: FLACSO México.
#01405 |
“Un cambio de vida”: análisis de la reconfiguración de espacios, vínculos y temporalidades juveniles y escolares en Argentina durante la pandemia
Pablo Nahuel di Napoli1
1 - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas.
En 2020 experimentamos un distanciamiento sociocorporal, enmarcado en una política mundial de cuarentena preventiva, que ha trastocado las instituciones sociales, los estilos de vida y las sensibilidades subjetivas de todas las personas. En esta ponencia nos proponemos presentar resultados de una encuesta realizada durante el año pasado a 499 estudiantes secundarios de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires y las provincias de Buenos Aires, Córdoba, Entre Ríos, Mendoza Misiones y Salta. El objetivo de dicho instrumento fue conocer la experiencia escolar de las y los jóvenes atravesada por el proceso de “continuidad pedagógica” en el contexto de pandemia por coronavirus COVID-19. Aquí, nos focalizaremos en indagar la reconfiguración de las temporalidades, espacios y vínculos escolares y juveniles en dicho contexto de emergencia sanitaria. La pandemia supuso afrontar una serie de dificultades referidas, además del temor a contagiarse, al cabal deterioro de la sociabilidad humana y de la pérdida de un cúmulo de soportes subjetivos que generó la cuarentena. Estar encerrado, no poder encontrarse con otras personas allegadas y estar imposibilitados de asistir a determinados lugares, como la escuela, o realizar actividades propias de la vida cotidiana de cada uno de nosotros se constituyó en una prueba estructural que debimos enfrentar social y personalmente. Por eso, les preguntamos a los y las jóvenes estudiantes a qué les costó más acostumbrarse. Se trata de una respuesta abierta que recategorizamos analíticamente.El encierro producto de la cuarentena y la consecuente imposibilidad de encontrarse con vínculos afectivos externos al hogar son dos de las cuestiones que más afectó a quienes encuestamos. Casi el 25% se refirió a “no poder juntarse con amistades y/o familiares”. Poco más del 24% mencionó que les costó no poder salir de sus casas (sintiéndose encerrados) o acostumbrarse a estar todo el día dentro del hogar cuando, generalmente, pasaban mucho tiempo afuera haciendo diversas actividades. Por ejemplo, hacer “deporte y/o actividad física” fue mencionado por casi el 8% de jóvenes. El encierro de varias y varios integrantes de la familia también impactó en “la convivencia en el hogar”, cuestión a la que hicieron referencia un poco más del 5%. En línea con el planteo de Martuccelli (2021), sostenemos que la sociabilidad fue una de las dimensiones constitutivas de los individuos que más deterioró la pandemia.
#01413 |
Experiencias de jóvenes universitarios sobre las clases en línea, el caso de la UACM
El presente trabajo da cuenta de la experiencia educativa que los jóvenes estudiantes de la Universidad Autónoma de la Ciudad de México (UACM) construyeron en el marco de las clases en línea; el punto de partida teórico considerar a experiencia como un proceso subjetivo (Dubet, 2010) que da cuenta de la trayectoria particular de los individuos y de la diferencia en cuanto a la estructuración de la misma a partir de diversos elementos contextuales. La importancia de esta perspectiva radica en trascender la noción de experiencia como un estado emocional y perceptivo surgido de sus condiciones vitales para situarse como una construcción a partir de tres lógicas articuladas entre sí, la lógica de la integración, la lógica estratégica y la lógica de la subjetivación. Esta noción de experiencia permite dar cuenta de las diferencias en cuanto a la estructuración de los parámetros culturales y sociales que organizan las conductas de los individuos; así la posición de las personas en el estrato social, sus roles, y sus matrices culturales no definen su acción sino que son elementos que se ponen en juego para construir la experiencia propia. Derivado de lo anterior se plantea una “distancia subjetiva” (Guzmán y Saucedo, 2015) en cuanto a la formación de experiencias escolares.Si bien la investigación no se planteó en un inicio como un estudio transversal, la extensión de la cuarentena permitió realizar un comparativo entre las visiones y expectativas que se tenían al inicio de la suspensión de clases (marzo de 2020) y casi un año después de llevar a cabo sus estudios bajo esta modalidad (febrero 2021), así las entrevistas aplicadas se realizaron en dos fases, la primera de ellas entre abril y mayo de 2020 y la segunda en febrero de 2021. Algunos elementos identificados en los discursos de los jóvenes estudiantes indican que, si bien comparten características similares en cuanto al contexto, y el marco general de la UACM apunta características similares, la realidad es que la su experiencia en torno a la pandemia, la cuarentena y las clases en línea se han construido de manera diferenciada. Estas diferenciación se construyó a partir de tres elementos: el avance en términos de la licenciatura que llevaban al momento de las restricciones sanitarias; el capital informático, y el género. Por otra parte, también es posible identificar elementos que constituyen una experiencia “equiparable” en las narraciones de los estudiantes entrevistados, dentro de estas coincidencias se pueden señalar: la falta de capacidad individual e institucional para la implementación de clases en línea, la confusión e incertidumbre, las expectativas truncadas, y el anhelo del regreso a la institución universitaria como un espacio clave en la constitución de su condición juvenil.
#03439 |
“Nosotras así vivimos la pandemia”. Las experiencias de mujeres jóvenes en condiciones de pobreza urbana durante el confinamiento
Gloria Elizabeth García Hernández1
1 - Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa.
A poco más de 2 años de iniciada la pandemia por COVID-19, en México aún desconocemos cuáles serán las dimensiones de sus consecuencias en nuestras vidas. Más allá de los estragos en la salud y sus implicaciones sobre el crecimiento económico, la dimensión social será una de las más afectadas. En la presente investigación se realiza un acercamiento exploratorio a las condiciones de vida que han enfrentado las mujeres jóvenes, que viven en condiciones de vulnerabilidad, durante la pandemia por COVID-19. Se entrevistaron a 11 mujeres en un rango de edad de 16 a 23 años, en diversas situaciones familiares, escolares, laborales y reproductivas; todas ellas habitantes de la zona oriente de la ciudad de México y Zona Metropolitana. El enfoque teórico analítico permite ubicar a estas mujeres en una triple condición de desventaja social, atravesadas por la interseccionalidad de las siguientes tres categorías sociales: la pertenencia a una clase social baja, es decir, ser pobre; la pertenecía a una categoría de género subordinada, ser mujer y la pertenecía a una condición etaria desaventajada, ser joven. A partir de esta condición social se exploran las experiencias que estas mujeres han tenido durante la pandemia. Se presentan algunos datos sobre la forma en que los efectos de la pandemia han afectado a las mujeres jóvenes, en esta triple condición de desventaja social. Los hallazgos son organizados en los rubros de vida familiar, condiciones económicas, dinámicas familiares y salud. Las estrategias de estas mujeres para enfrentar la pandemia fueron diversas, como el apoyo en las actividades de trabajo reproductivo dentro del hogar, actividades de venta en línea y el cuidado de menores y otros familiares vulnerables.
#03899 |
ENTORNOS FAMILIARES POST-CONFINAMIENTO, ALERTA PARA EVITAR SUICIDIOS EN ADOLESCENTES
El confinamiento durante el covid-19 a nivel mundial, provoco efectos en la salud mental de los adolescentes, generó síntomas asociados a la ansiedad y depresión. El encierro con la familia afecto las relaciones entre los integrantes y la población en general; sin embargo, al realizar el ingreso, se hace visible en el escenario escolar, con los estudiantes de educación media del Colegio Fernando Soto Aparicio de Bogotá, Colombia, lugar donde se desarrolla la investigación y que este artículo presenta con resultados. El objetivo era identificar el papel que juegan los entornos familiares post-confinamiento para evitar intentos de suicidio en adolescentes, analizar los niveles de violencia intrafamiliar durante el confinamiento que se asocia a limitación en procesos comunicativos y débiles relaciones interpersonales en el encuentro con los pares; agravando la salud mental, expresada en intento de suicidio. Desde un enfoque metodológico cualitativo, con un estudio hermenéutico, se analizan historias de vida de 80 jóvenes entre los 16 y 18 años, en dichas narraciones, consignadas en el cuaderno de ética entregado a manera de diario y con videos que explora emociones y sentimientos como mediación tecnológica; en ellos, los estudiantes expresan el sentido de vida que tenían los entornos familiares, las concepciones de amor y protección vividas en confinamiento, reconocen niveles de violencia acaecidos durante éste tiempo y se divisa intentos de suicidio; situación que permite adecuar ruta de atención para evitar suicidios, escucha y comprensión por parte del docente de ética, que asume un rol de alerta permanente, involucra a estudiantes en la lectura del libro, El hombre en busca de sentido de Víktor Frankl. De igual manera se hace una indagación sobre procedencia de los padres de los estudiantes y se encontró que muchas familias proceden de proceso de migración, desplazamiento, violencia rural, falta de oportunidades en los contextos donde habitaban; a partir de los resultados, se concluye situaciones propias de la pobreza estructural como la presencia de condiciones vulnerables en el hogar, alta tasa de analfabetismo, precarias condiciones de salud, enfermedades y muertes recurrentes, desamparo para estos jóvenes; falta de empleo estable, familias no nucleares, madres y padres cabeza de hogar, padres muy jóvenes y sin experiencia en la crianza, embarazos en menores de edad, prácticas de violencia intrafamiliar, ausencia de encuentros comunicativos, intimidación y menosprecio a la existencia de estos jóvenes, silencio y desatención para ellos; desmotivación para el estudio, débil deseo de vivir e intento de suicidio. El desarrollo de texto, aborda conceptos transversales como experiencias postconfinamiento, representación de las emociones, entornos familiares, violencia intrafamiliar y vulneración afectiva y pedagógica, el rol de la escuela y del docente ante intentos de suicidio.
11:00 - 13:00
GT_20- Sociología de la Niñez, Juventud y Envejecimiento
Infancias en contextos urbanos y rurales
#00179 |
Carnaval e infância: a espetacular infância-salto amazônica na ceia carnavalesca de Belém do Pará - Brasil
O estudo que ora apresentamos faz parte de uma investigação mais abrangente sobre crianças amazônicas, não sendo um relato de crianças urbanas localizadas na segunda cidade mais populosa do Norte do Brasil. Seu objetivo é compreender a espetacularidade do puxão-educação no carnaval de uma escola de samba. O percurso teórico-metodológico está centrado em uma abordagem qualitativa com base na Etnocenologia, que é um método que busca compreender as Práticas e Comportamentos Humanos Organizados Espetaculares (PCHEO), fortemente presentes na Amazônia, ou que nos remetem a uma Etnocenologia Amazônica, a que respeitam os modos de vida dos dois amazônicos, suas histórias, seus saberes e suas culturas são valorizados. A etnocenologia traça a noção de espetacularidade entendida como um modo de ser, de se comportar, de se movimentar, de se deslocar no espaço, se emocione, converse, cante e decore. A compreensão das noções de infância urbana e infância saltitante, que não chega perto da discussão sobre carnaval e infância, foi importante para inserir a educação e educação urbana em outro patamar – ou de atores sociais. A pesquisa também se fundamenta nos estudos da Sociologia da Paternidade, numa perspectiva amazônica. Os colaboradores da pesquisa serão constituídos por 12 (doze) crianças na faixa etária de 5 a 12 anos, participantes ativos das agremiações da Associação Carnavalesca Bole-Bole, e 8 (oito) adultos, na faixa etária de 23 a 60 anos, que viverão a infância e terão experiências com crianças nas atividades desenvolvidas na Associação. Em conclusão, o estudo revelou que a espectacularidade, vivida pelas crianças, é consciente, cabelo ou cabelo observado pelos outros, Ou seja, cabelos que lembram uma cantiga carnavalesca, é uma alteridade. Nessa grande festa popular, observamos que as crianças tornam-se professoras de sala, porta-bandeiras, tocadores de tambor, tocadores de chuva, passistas, percussionistas, entre outros, na medida em que o jogo simbólico, por meio de dois países parceiros, não inclui o canto ; eles dão ou melhor de si mesmos; O corpo saltitante que desfila no carnaval é espetacular.
Introducción:
Um canto ecoa a beleza da cultura popular[1] - Introdução
Carnaval e infância se constituem em um estudo que buscou compreender como as crianças se estabelecem no contexto das culturas populares, sobretudo do carnaval, no bairro mais populoso, o Guamá, da cidade de Belém, capital do estado do Pará (Instituto Brasileiro de Geografia e Estátistica, 2019). Esse estudo abrange a espetacularidade, enquanto categoria de análise que buscou a compreensão das Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados (PCHEO) das crianças-brincantes do carnaval; deste modo, o que nos interessou foi entender como elas vivenciam essa grande festa popular que congrega a coletividade e que adentra a vida cotidiana corroborando para o que Bião (2009) chamou de respiração social. Assim, procuramos mostrar como a cultura popular se entrelaça com as culturas infantis construídas na cotidianidade, possibilitando a edificação de corpos etnocenológicos que vão se estabelecendo ao longo de toda a preparação para o desfile oficial das escolas de samba “numa diversidade de estilo de interpretação que compõem as [alas], as cenas e os personagens” (Santa Brígida, 2014, p. 49 – grifo nosso).
O estudo aborda duas noções que estão no cerne da discussão sobre as infâncias amazônicas e que dizem respeito a uma infância e a um grupo de crianças que não estão na floresta, nos rios e não vivem em comunidades tradicionais, mas estão no centro urbano de Belém-PA, na Amazônia paraense. As noções às quais nos referimos trata da infância urbana e da criança-brincante. Assim, trazemos, neste estudo, a singularidade da infância urbana e as crianças-brincantes do carnaval, presentes na cena cultural de uma escola de samba, situada em um bairro da capital paraense, que tem particularidades que as difere das demais infâncias e crianças de outros estudos já realizados por nós.
A noção de infância urbana, aqui tratada, se caracteriza pela concentração de crianças nas grandes cidades ou centros urbanos, que vivenciam um ambiente de mudanças sociais, culturais e econômicas extensas, com pouca ou sem nenhuma autonomia para tomar certas decisões a respeito de políticas públicas para o seu desenvolvimento, sendo delegada ao adulto a responsabilidade de fazer a assimilação de questões políticas pelas crianças, principalmente nas áreas como ambiente, segurança, políticas urbanistas e lazer, o que mostra o quanto as crianças são renegadas em seus posicionamentos políticos, no entanto, são imprescindíveis como atores sociais que têm todas as condições de conduzir ações mais ativas para a democratização social (Fernandes, 2018) e garantia de seus direitos básicos estabelecidos na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/1990, principalmente.
Criança-brincante foi um conceito que emergiu durante a pesquisa de campo ao observarmos como as crianças brincavam e demonstravam na cultura popular do carnaval, os saberes das culturas infantis ligadas ao seu tempo, por conseguinte conectadas às vivências do local onde residem, o Guamá. As culturas infantis propiciam “saberes que no momento do carnaval lhes são úteis pois as permitem se localizar em seu espaço e tempo social e facilita para elas a busca do brincar com os elementos de sua cultura e seu transitar em meio a diversos saberes comunitários” (Aires Neto, 2016, p. 96). Portanto, crianças-brincantes, consideradas nesse estudo, são aquelas que participam ativamente das ações da escola de samba, e que, mesmo levadas pelos responsáveis, vivenciam com alegria, dedicação e entusiasmo os ensaios, as festas, os arrastões, experimentam as fantasias, aprendem e cantam o samba enredo, “compartilham seus afetos, emoções, frustrações, desejos, saberes” (Idem, p. 20) e se divertem brincando, dançando, imitando e interagindo com seus pares e a comunidade em geral.
[1] Todos os subtítulos contidos no texto são fragmentos dos sambas enredos da Associação Carnavalesca Bole-Bole dos anos 2019 (GuamÁfrica) e 2020 (Guamá: o rio que chove poesia), ambos de autoria de Herivelto Martins e Silva (Vetinho), que foram ajustados especificamente para esse texto.
Desarrollo:
GUAMÁFRICA, no Bole-Bole vou cantar tua raiz – Percurso Teórico- Metodológico
O estudo se deu por meio de uma abordagem qualitativa, por considerarmos ser esta a que melhor nos dá base para nos aproximar da compreensão do fenômeno aqui estudado – a espetacularidade da criança-brincante na cena carnavalesca.
A pesquisa qualitativa “trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes” (Minayo, 2012, p. 21) que se constituem elementos da realidade social, portanto, o ser humano que vivencia esses turbilhões de experiências age, pensa e interpreta seus modos de vida e vai além do factual ao partilhar com o seu semelhante as ações dentro e a partir da realidade vivida. Tais aspectos são o que o distingue dos demais seres do universo visível.
O estudo centrado na abordagem qualitativa desenvolveu-se mediante fundamentos da Etnocenologia[1] “vertente das etnociências[2] de caráter essencialmente transdisciplinar, que privilegia a inteligência do discurso indissociado da fonte que o gerou, abrindo um novo caminho para a análise dos fenômenos espetaculares” (Santa Brígida, 2007, p. 199).
O pilar epistemológico, principal eixo norteador das pesquisas realizadas nas Artes Cênicas, concebido desde os primórdios da criação da disciplina Etnocenologia em 1995, com a publicação do “Manifesto da Etnocenologia”, denomina-se de Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados (PCHEO), que tem como um de seus princípios basilares avalizar a heterogeneidade de fenômenos sociais; é nesse contexto que se encontra o carnaval, e nele as crianças-brincantes e suas espetacularidades. Deste modo, o corpo etnocenológico (Santa Brígida, 2014) é o que edifica a Etnocenologia enquanto base epistemológica e metodológica deste estudo.
Nessas dimensões, o corpo é o fenômeno de interesse da Etnocenologia, uma palavra que se estrutura em três bases da língua e da cultura grega, quais sejam: etno, ceno e logia, que foram estabelecidas no Manifesto da Etnocenologia[3] publicado em 1995, no qual os termos são assim definidos:
Etno, significando o que é pertinente a um grupo social, um povo, uma nação; ceno, cobrindo um grande conjunto de significados, simultaneamente os sentidos de abrigo provisório, templo, cena teatral, local coberto onde os atores punham suas máscaras, banquete sob uma tenda, corpo humano, mímicos, malabaristas e acrobatas apresentando-se em barracas provisórias em momentos de festa – todos esses sentidos remetem à ideia de ceno na palavra etnocenologia; e logia, naturalmente, designa a proposição de estudos sistemáticos (Bião, 2009, 133).
Nesse sentido, a Etnocenologia tem propiciado discussões e debates acerca do seu objeto, que reside especialmente nos “espetáculos, rituais, cerimônias e interações sociais em geral” (Bião, 1998, p. 17); seguindo este raciocínio, o carnaval se faz presente como um ritual nacional que se fundamenta na condição “de dramatizar valores globais, críticos e abrangentes da nossa sociedade” (Damatta, 1997, p. 45). Tem contribuído também para o alargamento das visões teóricas da pesquisa científica e artística, de maneira integral, e, de maneira mais particular, para o trabalho dos pesquisadores que se debruçam às artes do espetáculo (Bião, 2009).
A Etnocenologia enquanto disciplina e método científico se consolida no espaço amazônico com especificidades próprias e culturas singulares que emergem de todos os locais da região “marcada por grandes linhas de forças como a natureza, as [comunidades] indígenas e sua cultura, as manifestações de arte popular, a arte plumária, a cerâmica, as embarcações, as casas, os rios, as ruas” (Loureiro, 2002, p. 133 – grifo nosso), dando origem a uma Etnocenologia Amazônica (Santa Brígida, 2015; Carvalho, 2014).
A investigação foi realizada no bairro do Guamá, espaço geográfico exaltado nos enredos da Associação Carnavalesca Bole-Bole, lócus de vários estudos científicos[4], local de resistência sociopolítica e também de explosão da cultura popular, sobretudo na passagem Pedreirinha, onde se concentram vários ambientes que desenvolvem ações culturais de cunho religioso, artístico, recreativo e lúdico, também é nesta via que se localiza a sede da escola de samba[5].
No Guamá, embora seja considerado de grande vulnerabilidade social, as manifestações culturais afloram na cotidianidade da comunidade; neste sentido, Modesto (2017) ressalta o esforço e luta dos guamaenses para manter de pé
[...] seus bois-bumbás, cordões de pássaro e pássaros junino, escolas de samba, cantigas de ladainha, festividades culturais, afrorreligiosas e religiosas, quadrilhas juninas, instituições religiosas e afrorreligiosas, que se constituem em espaços de agregação de cultura antiviolência para os que vivem no bairro (Modesto, 2017, p. 73).
Nessa cotidianidade, Talles Miléo[6] enfatiza a importância que a cultura tem no bairro como mecanismo de enfrentamento dos problemas sociais existentes. É por meio dela que as crianças e jovens têm a possibilidade de mudar o curso de suas vidas, tão penalizadas pela pobreza, violência de toda ordem, especialmente pelos homicídios de pessoas jovens na faixa etária de 16 e 17 anos, preconceito racial (Modesto, 2017), entre outros. Na entrevista conversada Talles dispara que a arte e a cultura são ecos que reverberam a voz da liberdade; segundo ele,
E a arte num contexto geral, ela te oportuniza criar, ela te dá voz. Então através da cultura, através do carnaval, eu percebo que as pessoas podem gritar e dizer: não! Eu não sou isso. Eu não quero ser isso. O meu mundo não se restringe a números de violência, a casos de agressão, a uma história que já aconteceu. Ah! O bairro do Guamá tem muita violência. Tem muita violência, mas também é um bairro hoje, que se você for parar pra pesquisar, é um dos que mais têm grupos folclóricos e parafolclóricos no estado do Pará e talvez no Brasil. E então você percebe que isso são os gritos de: não, eu não quero isso pra mim. Eu não quero ser estigmatizado, eu não quero sofrer com algo que alguém me disse. Eu quero ter a minha própria voz (Talles Miléo, Entrevista 20/01/2020).
Nessa ótica percebe-se que o Guamá se coloca como espaço de sociabilidade, aquele “espaço humilde onde se exprimem tantas alegrias e desapontamentos, aí, nesse espaço onde se joga tanto afeto e onde têm lugar tantas conversas, constitui-se pouco a pouco a sólida trama social” (Maffesoli, 2001, p. 92), que tem a aparência, a expressão, o cheiro e o jeito dos elementos e sujeitos que compõem este lugar.
O estudo teve a participação de 12 (doze) crianças, na faixa-etária de 5 a 12 anos, atuantes nas atividades da Associação Carnavalesca Bole-Bole (ensaio coletivo, arrastão cultural, ensaio de ala, escolha de figurino, estudo e apresentação do samba-enredo, entre outros), dos quais 83,3% moram no bairro do Guamá e as demais em bairros limítrofes, na sua maioria estudantes de escolas públicas, cerca 91,6%. Quando nos referimos à atuação direta, estamos falando das crianças-brincantes que estiveram presentes desde o início da investigação participando ativamente das ações propostas e estavam na Bole-Bole em grande parte dos eventos realizados
A pesquisa também contou com a participação de 8 (oito) adultos, na faixa etária de 23 a 60 anos, pessoas que viveram suas infâncias na Bole-Bole e ou que desenvolveram alguma experiência com as crianças no carnaval na escola, como ex-integrantes de projetos sociais, dirigentes e ex-dirigentes, pais, brincantes e envolvidos com algumas alas da escola. Com este grupo realizamos conversa informal e entrevista conversada que serviu para complementar nossa compreensão daquilo que vivenciamos durante dois anos de pesquisa sobre carnaval e infância na Associação.
Fantasias verdadeiras da Menina Guajarina: a espetacularidade da criança-brincante na cena carnavalesca
Durante o carnaval, nos arrastões culturais e nos desfiles oficiais a presença do grupo “Meninos do Pandeiro do Guamá”, composto por adultos e crianças, se destacou realizando movimentos acrobáticos, exibindo suas espetacularidades. O corpo dos tocadores de pandeiros é um corpo lúdico que atrai gritos, palmas e muitos olhares. Os artistas “levam para a rua seus conhecimentos [...] apresentados como brincadeiras, que para eles significam uma prática cultural comunitária” (Gomes, 2007, p. 61).
O grupo organiza ações corporais criadoras, desconstrói os arquétipos e práticas comuns, apostando num novo ou em outras formas que saiam da rotina cotidiana e se estabeleçam em outro patamar, o da extracotidianidade, como bem observado na imagem a seguir, destacando a figura de Francisco de Xavier de Lima Neto, 12 anos, componente do grupo:
Imagem 1 – Grupo Meninos do Pandeiro do Guamá, o destaque são as crianças realizando tocando e acrobacias.
Fonte: Simei Andrade, 2019 e Josué Jastézio Rúbio, 2020.
O entusiasmo dos Meninos do Pandeiro do Guamá aumenta à medida que percebem que estão sendo ovacionados; quando isso ocorre, as apresentações acontecem num tempo menor, aumentando assim as variações dos movimentos que refletem “a alegria, o protesto político, o deboche, a crítica social” (Gomes, 2007, p. 62).
Nas ações da escola, como ensaios e arrastões culturais, as crianças eram presença certa, com seus corpos em fase de crescimento; o esforço para segurar um instrumento como o surdo, de dimensões avantajadas, provocava desequilíbrio e alguma dificuldade para movimentar-se, porém, nada disso tirava delas, das crianças-brincantes, a vontade de estar no meio da folia com os adultos. No período em que estivemos acompanhando a escola observamos que na bateria a “criança e o adolescente vêm pra dentro da escola pra ele aprender não só a música, mas [...] pra ele aprender a respeitar o próximo e ter compaixão com o próximo. Isso aí já é uma coisa que contribui demais no seu desenvolvimento” (Entrevista conversada, 30/01/2020), ressalta Mestre Mini[7].
Na batera Audaciosa, como alguns denominam a bateria da escola, a espetacularidade dos ritmistas crianças se mostram nos “efeitos e gestos [...] envolvidos pelo padrão cultural (ethos) que suscita as formas de sua sensibilidade, a gestualidade, as atividades perceptivas, e desenha assim o estilo de sua relação com o mundo” (Le Breton, 2012, p. 8), corroborando para a compreensão da espetacularidade como única de cada criança-brincante, ou melhor, a relação que os sujeitos estabelecem com o mundo é exclusiva, o que implica na maneira como a espetacularidade emerge em cada corpo, como podemos comprovar nas imagem que se seguem.
Imagens 2 – Crianças e adolescentes, ritmistas da Bateria Audaciosa da Bole-Bole.
Fonte: Simei Andrade, 2019/2020.
O ritmo pulsante que a bateria de uma escola de samba produz e leva para a rua estimula as crianças a participarem ativamente do carnaval. Handrei Serrão Barbosa, 11 anos, ritmista da escola, afirma que toda a movimentação que o carnaval provoca no bairro dá “um ânimo pra sair na avenida” (Conversa informal, 6/02/2020). Corroborando com a afirmação de Handrei Serrão, Vetinho Martins[1] assevera que “aqui tem aquela coisa das crianças ficarem maravilhadas com o ritmo, com o grupo. Eles ficam, será que eu posso? Aí de repente o instrutor, o Fabrício, diz: pode! Aí pega esse chocalho aqui e bora vê, a gente vai ensinando” (Entrevista conversada, 20/03/20202). Esse conjunto de ideias, das pessoas que fazem a Bole-Bole, reafirma o que Maffesoli (1996) anuncia que o espetáculo, no nosso caso o carnaval, assegura uma função de comunhão, todos compartilham seus saberes e unem forças para mudança social do bairro do Guamá.
Durante a pesquisa de campo observamos que crianças menores de 5 anos, nas imagens que se segue temos Lívia Sophia Lima Alencar, 4 anos e Aylla dos Santos Silva, 4 anos, que não faziam parte da bateria da Bole-Bole, se encantavam com os instrumentos e com o som provocado pelas batidas, principalmente do surdo. Bastava os instrumentos serem colocados à vista de seus olhos para que corressem para perto deles. Seus corpos tão pequenos se tornavam ainda menores diante do tamanho dos instrumentos, o sorriso estampado era o primeiro sinal indicativo de estarem participando do carnaval, as mãos iniciavam a descoberta do objeto, em pouco tempo deles se apropriavam e o corpo, na sua totalidade, exibia um percussionista com muitas habilidades; “este participar alimenta a sensação de pertencimento e também instrumentaliza a criança para que em outro momento possa utilizar estes saberes em outras ocasiões” (Aires Neto, 2016, p. 111). As imagens a seguir alicerçam nossos argumentos.
Imagens 2 – O encantamento das crianças, Lívia Sophia Alencar e Aylla dos Santos pelos instrumentos de percussão.
Fonte: Simei Andrade, 2019.
A bateria, como uma das alas mais concorridas pelas crianças, tem suas singularidades e particularidades que arrebatam as crianças-brincantes, mesmo aquelas que não estão oficialmente na bateria. Segundo normas de proteção à criança, não é permitida a presença de menores de 12 anos no desfile na avenida do samba, o que gera certa frustração nessas crianças, como explica Guida Gordo[1]: “a gente tem, por exemplo, um problema sério, todo ano com a bateria, que é pegar autorização pra menor, tudo isso é empecilho, por que a autorização é a partir de 12 anos, a gente já deixou crianças frustradas aqui, chorando por que não ia desfilar na Bole-Bole.” (Entrevista conversada 30/01/2020).
Mesmo que não possam participar oficialmente, encontraram outra forma de “fazerem parte” da bateria da Bole-Bole. Acompanhavam a escola, nos arrastões e ensaios na sede com seus instrumentos, os tamborins, se colocando sempre ao lado do grupo, fora da ala. Elas seguiam os comandos do mestre de bateria, aprenderam os compassos e executavam o samba enredo com maestria.
Um dos eventos da Bole-Bole que acompanhamos foi o desfile oficial em 2019, na Aldeia Amazônica, noite que foi marcada por um acontecimento de suma importância para este estudo, que trata da espetacularidade da criança na cena carnavalesca, sendo necessário o registro neste ensaio.
As crianças-brincantes estão sempre ávidas a conhecer e interagir com pessoas e objetos, desde que lhes chame a atenção, não importando em que lugar, em que momento ou a quem pertença, elas vão buscar conhecer, sentir, ver, ouvir. Na imagem a seguir, várias crianças, entre 4 e 7 anos, em plena avenida do samba, no momento da concentração, em que alguns integrantes da bateria da Bole-Bole iniciam a afinação dos instrumentos, crianças se deslocam de vários pontos e observam concentradas os acordes da bateria.
Após esse breve ensaio, os instrumentos são deixados na via até que de fato o desfile comece; nesse momento as crianças vão se aproximando dos instrumentos de maneira tímida, talvez receosas de serem repreendidas; aos poucos vão se chegando e se concentram em um instrumento musical, o surdo, aquele que foi deixado no chão e não há ninguém cuidando dele. As pequenas mãos começam a sentir, a acariciar o instrumento, à medida que percebem que nenhum adulto os repreendeu por estarem ali, as cinco crianças se sentem à vontade para manusear aquele objeto. Elas dão batidas leves e fortes, com cada uma tendo sua vez de bater no instrumento; conseguem conversar entre si, depois todas juntas produzem um som só, como se estivessem criando outra música, que só elas podiam ouvir e compreender. “O corpo se organiza para o espetáculo por meio de um sistema de signos que define as possibilidades expressivas do corpo nas manifestações culturais” (Gomes, 2007, p. 175).
Os corpos das crianças se movimentam em todos os sentidos, as mãos freneticamente sobem e descem, os pés marcam a batida no chão, é “a junção de corpo e instrumento” (Aires Neto, 2016, p. 114). Considera ainda o autor que o corpo da criança-brincante é um “instrumento de aprendizagem e comunicação” (Idem, p. 130).
Observa-se que as crianças, com exceção de uma que se veste de super-herói, não estão caracterizadas com roupas que lembrem carnaval, embora estejam num ambiente, dentro do espaço da bateria, em que todos vestem uma fantasia, mas nem por isso se sentem envergonhadas ou tímidas, pelo contrário, a imagem mostra a interação do grupo. Neste sentido, Del Priore (2000, p. 73) destaca que “a infância é expectadora dos festejos, mas neles entra também como protagonista”.
Imagem 4 – Crianças na avenida do samba, junção de corpo e instrumento.
Fonte: Simei Andrade 2019.
As crianças criam outras lógicas para viverem as infâncias, são capazes de (re)criarem outros mundos, da fantasia, da imaginação, do brincar... que dão sentido à vida.
Na Bole-Bole, as crianças-brincantes estão presentes em todos os espaços, incluindo aquele à frente da bateria da escola de samba, como rainha. É neste lugar que encontramos Tharcylla Caroline Matos Monteiro, uma menina de 6 anos, participante dos eventos e ações da Bole-Bole, filha e neta de pessoas envolvidas nos trabalhos da sede e do barracão; é uma brincante simpática, risonha, falante, e ao som dos primeiros acordes dos tambores seu corpo se mexe num frenesi só. Observamos que Tharcylla Caroline imprime em seus movimentos gestos que imitam os da rainha da bateria. Nos arrastões culturais, momento dos ensaios, em que a bateria da escola puxa uma multidão de pessoas, ela sempre ficava próximo à rainha, que a convidava, algumas vezes, a dançarem conjuntamente na frente da bateria.
Na representação fotográfica, Tharcylla Caroline se mostra com a espetacularidade de uma rainha coroada, como demonstra sua postura corporal: tronco levemente para frente, braços abertos, pés em posição de quem está pronta para o samba e com um leve sorriso que demonstra que aquele lugar lhe faz bem. O mais interessante é que esta criança-brincante está no meio da bateria, no meio dos instrumentos, portanto, no espaço da animação, de levar alegremente o samba, não deixando o compasso cair; neste sentido “o corpo é aqui o veículo, a estrutura para a experimentação da criança” (Aires Neto, 2016, p. 111). A ludicidade está aí presente, nos modos de brincar e experimentar o carnaval, nos saberes que as crianças vão incorporando e ressignificando, como podemos observar a seguir:
Imagem 5 – Rainha de Bateria, Tharcylla Caroline, um mundo aos seus pés.
Fonte: Simei Andrade, 2020.
As crianças-brincantes produzem formas de comportamentos espetaculares que “expressam a maneira de ser, de se comportar, de se apresentar de forma distinta do cotidiano’ (Gomes, 2007, p. 61), o que se constitui numa espetacularidade associada ao mundo lúdico das crianças nas tradições culturais.
[1] Margarida do Espírito Santo Cunha Gordo, 48 anos, Profª da EAUFPA, faz parte da direção da Bole-Bole. Está na escola desde 1993.
[1] Herivelto Martins e Silva, conhecido por Vetinho, é compositor e diretor da Bole-Bole.
[1] Considerado um campo de estudo epistemológico e metodológico (Bião, 1998), a “Etnocenologia surgiu no século XX, em Paris no ano de 1995 a partir da Universidade Paris 8 Saint-Denis, UNESCO, Maison des Cultures du Monde presidida pelo sociólogo Jean Duvignaud, instituições articuladas para a realização do Colóquio de Fundação do Centro Internacional de Etnocenologia, tendo como principal propositor Jean-Marie Pradier, autor do Manifesto da Etnocenologia” (Santa Brígida, 2016, P. 136).
[2] A Etnociência se constitui num campo multidisciplinar de pesquisa científica que admite e respeita a diversidade cultural humana (Bião, 2009). “Posiciona-se como caminho alternativo à rigidez científica, sem menosprezar nenhuma das metodologias construídas pela ciência ocidental, mas utilizando-se delas como ferramentas para releituras que propiciem compreensão mais adequada e respeitosa da relação entre humanidade e natureza. [...]. A Etnociência[s] em sua significação literal é a ciência do outro” (Wieczorkowki; Pesovento; Téchio, 2018, p. 154 - grifo nosso), nesse campo estão incluídas a Etnopsicologia, a Etnomusicologia, a Etnolinguística, a Etnobotânica, a Etnohistória, a Etnopsiquiatria, a Etnoculinária, a Etnomátemática e a Etonocenologia, entre outras. A afirmação da Etnociência como campo de pesquisa em diversas áreas de conhecimento “revela a consolidação de um paradigma científico baseado no conceito de alteridade e na afirmação do multiculturalismo” (Bião, 2009, p. 96); o autor ainda destaca que o prefixo etno incorporados “a essas disciplinas serviu para explicitar uma perspectiva epistemológica e metodológica (Idem, p.97).
[3] O Manifesto da Etnocenologia é um documento que foi “redigido pelo Centro Nacional de Etnocenologia em 17 de fevereiro de 1995, na França. Tal manifesto é resultado de uma parceria entre a Maison de Cultures du Monde presidida na época por Jean Duvignaud –, a Unesco – então coordenada por Chérik Khaznadar – e o Laboratório Interdisciplinar de Práticas Espetaculares da Paris 8-Saint Denis – então coordenado pelo professor Jean-Marie Pradier” (Barreto, 2014, p. 43). Parte deste documento foi traduzida para a língua portuguesa, disponível no livro: Teixeira, João Gabriel L. C. (Org.). Performáticos, performance e sociedade. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1996.
[4] Podemos destacar os estudos de Ramos (2002), Dias Júnior (2009), Ferreira (2012), Palheta (2012), Gordo (2015) e Modesto (2017).
[5] A sede da Associação Carnavalesca Bole-Bole está localizada na Avenida José Bonifácio, passagem Pedreirinha, 143, Guamá.
[6] Tem 23 anos, é advogado, diretor de bateria da Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Império de Samba Quem São Eles. Viveu sua infância nas dependências da Bole-Bole, participando das ações desenvolvidas para crianças e jovens do bairro do Guamá, em Belém/PA (em entrevista concedida no dia 11/01/2020).
[7] José Fabrício Oliveira Meireles, conhecido popularmente como Mestre Mini, 41 anos, nasceu e vive até hoje no Guamá, na passagem Pedreirinha. É Mestre de Bateria da Bole-Bole, participou das primeiras oficinas na escola, posteriormente se tornou monitor na escola de samba e em outras instituições educativas do bairro. Aos 12 anos de idade se tornou o primeiro chefe de bateria mirim de Belém.
Conclusiones:
No Bole-Bole em fantasia eu vou renascer: conclusões do estudo
O estudo teve por objetivo compreender a espetacularidade da criança-brincante na cena carnavalesca em Belém do Pará. Neste sentido, as conclusões a que esta investigação chegou foram para além da espetacularidade das crianças-brincantes na cena carnavalesca, pois buscou trazer para este contexto científico as relações que elas estabelecem com o meio ambiente, com seus pares, com os adultos, com a família e com seus brincares, dando outro sentido à cultura popular e às culturas infantis.
Os resultados mostram que a Etnocenologia se constitui num método de pesquisa que respondeu com maior efeito às nossas expectativas no sentido de compreender a maneira como as crianças expressam suas vivências corporais e trazê-las a outro patamar – o de atores sociais que (re)constroem suas histórias, inseridos numa dada cultura que influenciam e pela qual são influenciadas. Na pesquisa com crianças, a Etnocenologia se mostrou um método que se abre para analogias, aproximação de ideias e noções, o que possibilitou a percepção de que no carnaval existem os saberes que as crianças trazem do convívio social e outros são apreendidos nos encontros dos quais elas participavam na Bole-Bole, saberes sobre ritmo, sobre dança, sobre o corpo, sobre amizade, sobre respeito, sobre ética, sobre política, sobre a vida que se traduz nas espetacularidades que as crianças-brincantes mostram no carnaval e que são incorporados na sua existência de sujeito amazônida, que vivencia uma infância urbana no bairro mais populoso da capital paraense.
Outro ponto importante que o estudo mostrou está relacionado ao espaço que as crianças-brincantes ocupam na cultura popular do bairro do Guamá. Apresentam-se não apenas como brincantes, mas fazem parte, de alguma forma, da organização desses eventos, embora seu trabalho seja quase imperceptível aos olhos dos adultos. Elas opinam de forma tímida, dão ideias sobre os assuntos que chamam a atenção, como o figurino, uma batida diferente para dar ao som do samba, uma pegada mais intimista; disponibilizam tempo para ensinar o que já aprenderam àqueles que ainda estão no estágio inicial da aprendizagem dos instrumentos musicais, mostrando a batida do som e como isso reverbera no corpo, na espetacularidade.
Apesar de exercerem funções estratégicas nessa estrutura gigantesca que é o carnaval, os adultos limitam suas participações ativas e na maioria das vezes, não levam em conta suas opiniões, escolhas, desejos e seus modos brincantes e espetaculares; ainda assim as crianças-brincantes conseguem subverter a ordem de que nada sabem. Por meio de suas culturais infantis associadas às culturas populares elas mostram que têm muito a nos ensinar, principalmente como ser protagonista da sua própria história que se agrega às culturas por elas vivenciadas em determinados espaços geográficos; mesmo sendo criança em um universo adulto que pouco valoriza e respeita as culturas infantis elas subvertem a lógica adultocêntrica e de maneira sábia colocam em prática seus modos de SER e ESTAR no mundo, ressignificando seus modos de vida e dando outros sentidos à cultura popular e (re)criando as culturas infantis.
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Palabras clave:
Etnocenologia. espetacular. Aumento ou polimento.
#01207 |
INFANCIAS Y DERECHO A LA CIUDAD: una propuesta para su estudio en los sectores de pobrezade Lima Metropolitana
La ponencia ofrece un horizonte epistemológico para el análisis de las condiciones sociopolíticas, económicas y culturales en la distribución y la agencia de los espacios urbanos para la niñez. Propone lineamientos teóricos-conceptuales y metodológicos para una mirada al proceso de interseccionalidad entre las infancias y el Derecho a la Ciudad. Con base en documentación sobre el estado del arte en tres áreas de estudio, esboza: 1) el Marco Jurídico por la defensa de las infancias, en el Perú, 2) la conceptualización del Derecho a la Ciudad, y 3) el sujeto de Derecho, objetivo central insertado en un nodo de tensión entre políticas de libertad, de seguridad y de confinamiento social. Concluye que en el contexto mundial de incertidumbre para la realización humana, que tiene su origen en las crisis económica y de salud, profundizadas por la pandemia, se requiere de métodos democráticos de investigación, que permitan plantear propuestas que maticen y relajen las políticas de exclusión y de confinamiento que hoy se endurecen, contraviniendo el reconocimiento de la plena ciudadanía de las infancias desde su nacimiento, incluyendo el derecho de la niñez a participar en la vida en comunidad y decidir sobre los temas que les afectan.
Introducción:
Según Huerta (2019), en el Perú se han elaborado cuatro Planes Nacionales de Acción para la infancia y la adolescencia PNAIA, durante los periodos: a) 1992 a 1995, b) 1996 a 2000, c) 2002 a 2010 (Ley Nº 28487), ley que otorga rango de Ley al Decreto Supremo 003-2002- PROMUDEH, que aprobó el Plan Nacional de Acción por la infancia y la adolescencia, 2002-2010, y d) 2012 a 2021 (Ley Nº 30362) ley que eleva a rango de Ley el Decreto Supremo Nº 001-2012- MIMP y declara de interés nacional y preferente atención la asignación de recursos públicos para garantizar el cumplimiento del PNAIA 2012-2021. Éste último, asume los objetivos dirigidos al desarrollo sostenible de las infancias peruanas, y establece los lineamientos para la acción de cada uno de los sectores del Estado (Mujeres y Poblaciones Vulnerables-MIMP 2012).
Muy a pesar de los avances en el Marco Jurídico y las Políticas Públicas para la protección de la niñez, el Estado Mundial de la Infancia (2012): Niños y niñas en un mundo urbano, publicado por el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia UNICEF,señaló que:
“En el Perú la pobreza infantil no solo se encuentra en las áreas rurales sino también en las áreas urbanas, 7 millones de niños, niñas y adolescentes (de 0 a 17 años) habitan zonas urbanas, de ellos, el 33 por ciento (cerca de 2 millones 300 mil) viven en situación de pobreza. […] En Lima Metropolitana viven 340 mil niñas, niños y adolescentes en condiciones de pobreza. […] Se delimitaron 17 zonas de mayor concentración, llamados bolsones de pobreza infantil en asentamientos humanos, distribuidos en los distritos de Carabayllo, Comas, San Juan de Lurigancho, El Agustino, Cercado, Ate, Pachacamac, San Juan de Miraflores, Villa María del Triunfo, Chorrillos y Villa el Salvador, en los cuales los niños no tienen acceso a servicios básicos como salud, agua potable, electricidad, salubridad, y están expuestos a contraer enfermedades” (El 33 por ciento de los niños que viven en las ciudades del Perú son pobres 2012).
En la actualidad, el Perú cuenta con una población total proyectada de 32 625 948 habitantes, y 5 787 933 son niñas, niños y adolescentes de 7 a 17 años de edad, niñas 2 885 155 y niños 2 902 778 (INEI 2019). “Como consecuencia directa de la pandemia se estima que la pobreza monetaria se incrementará de 20.2 por ciento en el 2019 a 30.3 por ciento en el 2020, lo que significa que en el Perú 3 300 329 personas caerán en la pobreza” (UNICEF 2020: 17). Sobre la pobreza extrema en niñas, niños y adolescentes, se proyecta que:
“[…] se incrementará de 4.2 por ciento en el 2019 a 9.5 por ciento en el 2020. Esto significa que el número se acrecentará, de 451 873 en el 2019 a 973 809 en el 2020, esto es, 521 936 niñas, niños y adolescentes caerán en la pobreza extrema, más del doble de los que se encontraban en esta situación en el 2019” (UNICEF 2020: 30).
En la capital, Lima Metropolitana es el área predominantemente urbana y alberga la mayor población, más de 9 674 755 habitantes (INEI 2020). En el 2019, representó en términos absolutos la zona geográfica con el segundo lugar de niñas, niños y adolescentes en situación de pobreza, 634 922, es decir 22.2 por ciento del total, Mientras que la sierra rural fue la zona con el mayor número de pobres, 881 495 de la niñez y la adolescencia viviendo en pobreza, 30.8 por ciento del total (UNICEF 2020).
En cuanto a la violencia contra la infancia, fenómeno que en la actualidad afecta a grandes sectores de la población, ésta se encuentra aún naturalizada, tanto en la familia como en los colegios. La Encuesta Nacional sobre Relaciones Sociales ENARES (2019), sostiene que:
“[…] el 68,9 por ciento de niñas y niños de 9 a 11 años de edad sufrió violencia familiar (psicológica y/o física) en el hogar, alguna vez en su vida, […] 66,2 por ciento de la población de 9 a 11 años de edad sufrió violencia psicológica y/o física en el entorno escolar, alguna vez en su vida” (ENARES, INEI 2019).
Y en el contexto de Covid 19, la inequidad y la desigualdad social en los sectores de la infancia se visibilizan como producto de las interrelaciones sociales durante el confinamiento, con el fenómeno del embarazo en niñas y adolescentes. El estudio publicado por la Encuesta Demográfica y de Salud Familiar (Endes) del INEI sostiene que: “[…] se registra 40 245 certificados de nacidos vivos, hijos de madres menores de edad hasta los 19 años. […] El 12.6 por ciento de mujeres entre 15 y 19 años está embarazada o ya es madre, tendencia que sería ascendente para los próximos años” (García, Urgen políticas de atención para prevenir embarazos adolescentes 2020).
De lo anterior, observamos que en el Perú, la incidencia de la pobreza en las infancias es alta, y es considerada un factor significativo en la determinación de la trayectoria de vida de niñas, niños y adolescentes en situación de vulnerabilidad, con un alto nivel de probabilidad de perpetuar la transmisión intergeneracional de la pobreza[1], y unida a condiciones de violencia escolar, intrafamiliar y de género, es un fenómeno que simboliza el espiral de la violencia que aprisiona a las infancias y las juventudes peruanas, conteniendo su desarrollo social y económico.
Los estudios sobre las infancias y su vínculo con el Derecho a la Ciudad aún escasos, sostienen que la niñez y los adolescentes son colectivos considerados débiles, a los que la ciudad dificulta su acceso a las oportunidades que ofrece (Segovia 2017), y quienes al habitar zonas en situación de pobreza, están más expuestos a la violencia citadina, incluyendo la violencia intrafamiliar que conlleva a la separación de sus familias, entre otros problemas. En El hábitat urbano informal y los derechos de la infancia en Bogotá, Ceballos analiza la relación entre el hábitat y el disfrute de los derechos de la Infancia, enfocándose en el barrio Potosí en Bogotá, estudio de caso, urbano y del espacio social que concluye: “existe una correspondencia entre las condiciones del hábitat y la vulneración de los derechos fundamentales de niñas, niños y adolescentes, cuando dichas condiciones son deficitarias tanto en la escala urbana como en la arquitectura” (Ceballos 2018: 38-52).
Como cientistas sociales, esta realidad nos exhorta a la tarea de explorar las relaciones imbricadas entre infancia y ciudad, indagar y cuestionar el horizonte para la observación del fenómeno y el proceso de construcción del conocimiento, con la finalidad de transformar el vínculo en una interacción dialógica/democrática que procure el disfrute del Derecho a la Ciudad, de la población en general; acción ética y política que comprende optimizar los diseños y la gestión pública, fortaleciendo el desarrollo de las infancias desde los Derechos Humanos.
En este sentido, el objetivo de este artículo es proponer una perspectiva en los estudios de las condiciones de vida de las infancias en la ciudad y su conflicto con el mundo adulto, para lograrlo se inicia exponiendo cómo, con qué criterios y qué tipo de información se ha seleccionado y revisado el tema; luego, esboza el estado del Marco Jurídico para la protección de la niñez peruana; y con base en literatura actualizada, aborda una breve discusión teórico-conceptual sobre las categorías en juego; por último, expone la propuesta base para la comprensión del fenómeno, bajo una mirada transformadora del vínculo entre la ciudad y las infancias en sectores de pobreza urbana, en un marco estructural normativo de protección que en la actualidad se vigoriza con la pandemia por el COVID-19. Condición ésta última que complejiza la tensión entre las políticas de libertades, de seguridad y de confinamiento social.
[1] Corriente de estudio económico y social que analiza el riesgo y la probabilidad que tienen las personas que crecieron en hogares pobres a padecer problemas económicos durante su vida adulta.
Desarrollo:
2. El proceso de documentación sobre la interrelación entre las infancias y la ciudad
El presente artículo, para su elaboración recurrió a diversos tipos de información, en general fuentes primarias seleccionadas bajo los siguientes criterios: 1) el Marco Jurídico pro defensa de las infancias, 2) la conceptualización del Derecho a la Ciudad, y 3) el sujeto de Derecho, objetivo central de las políticas de libertad, seguridad y confinamiento social.
Las fuentes primarias comprenden informes y reportes institucionales, nacionales e internacionales, acerca de datos estadísticos, georeferenciales y situacionales; el Diario Oficial de la Nación para las normas legales y en el avance del Marco Jurídico pro defensa de los Derechos Humanos de la niñez; y la Carta Mundial por los Derechos de la Ciudad. Otras fuentes primarias relevantes en Ciencias Sociales son libros, artículos, e investigaciones sobre las infancias y las juventudes contemporáneas, los Derechos Humanos de la Niñez, la ciudad y las infancias en sectores de pobreza. Por último, una fuente primaria, que nos dota de teoría y experiencia metodológica es el Diagnóstico de Violencia Escolar (Bullying) y Prevención Social de la Violencia en Planteles Escolares (Vargas 2013). En cuanto a fuentes secundarias, están los reportes de Organismos y Coaliciones Internacionales, que proveen información para la búsqueda de las fuentes primarias.
3. Hacia una epistemología en los estudios de las infancias y la ciudad
En el actual contexto neoliberal del capitalismo contemporáneo, las ciudades de América Latina son herederas de procesos generadores de desigualdades y disparidades sociales, que condicionan y dificultan su desarrollo, creando espacios urbanos convulsos, violentos y hostiles para las infancias. Estos fenómenos inciden en medidas restrictivas que los tomadores de decisiones adoptan, reproduciendo una acrecentada tensión entre políticas de libertad y de seguridad que afectan a la niñez en situación de pobreza urbana, tanto en el goce de sus Derechos fundamentales como para el disfrute de la Ciudad.
Sí bien encontramos que en el Perú durante las dos últimas décadas, los estudios de las infancias han ocupado el interés de las instituciones públicas en vínculo con Organismos Internacionales, también observamos que sobre el tema del Derecho a la Ciudad, éste ha sido escasamente abordado por el sector público y académico, y aún menos son los estudios que abordan la interrelación entre las infancias y el Derecho a la Ciudad.
En la actualidad, en un contexto de total incertidumbre para la realización humana, ocasionada por el rumbo que ha ido tomando el modelo económico mundial, profundizado por el fenómeno del Covid-19, son necesarias las investigaciones sobre las ciudades contemporáneas desde la perspectiva de las infancias, apegadas a procesos democráticos de comunicación y de construcción de los discursos desde la niñez, sobre los espacios urbanos por los que transitan y comparten con los adultos: hombres y mujeres, padres de familia, maestras y maestros, autoridades y gobiernos; basadas en metodologías cualitativas que los contemplen como primera fuente de información, y que recojan sus experiencias y saberes en la vida cotidiana. Estudiar y analizar la interrelación y el proceso de interseccionalidad, es decir del sistema interconectado de subordinaciones y opresiones entre actores sociales y su vínculo en la configuración del espacio social-simbólico, cristalizado por el Derecho a la Ciudad, requiere de una nueva mirada. Es ingresar a un nuevo paradigma para la resolución de los retos que hoy nos impone el estado de alarma por coronavirus.
3.1 El proceso de fortalecimiento del Marco Jurídico pro defensa de las libertades y la protección de la niñez peruana
Desde finales del siglo XX a la actualidad, con un marco jurídico internacional y nacional, y con políticas públicas fortalecidas, el Perú asume como imperativo atender la condición social y el desarrollo de las infancias en el país. En 1990 ratifica la Convención sobre los Derechos del Niño, adaptando la legislación a fin de reconocer y proteger los derechos de niñas, niños, y adolescentes. De este grupo de adscripción, sus condiciones y relaciones sociales se han cuestionado parcialmente en el debate sobre la adecuación legislativa tras la promulgación aprobada por las Naciones Unidas en 1989, texto de importancia central por su vocación universal. A partir de este hecho se consagra la prevalencia de la doctrina de la protección integral de manera diferente a la doctrina de la situación irregular:
“Se legitima la intervención del Estado en los sujetos más vulnerables de la sociedad que precisamente por serlo son definidos en situación irregular. [Así] los niños, niñas y adolescentes pobres, víctimas de abusos o maltratos y supuestos infractores de la ley penal, se constituyen en clientes potenciales de esta definición” (Barrera 2014: 18-19).
Se pasa de considerarlos objeto de protección del Estado, de la sociedad y de la familia, a su reconocimiento como sujetos de derecho (Campos 2009) (Citado por Ceballos 2018).
En el Perú, a finales del 2015 se promulga el reglamento de la Ley N° 30403, “que prohíbe el uso del castigo físico y humillante contra los niños, niñas y adolescentes, el cual se publica en el 2018 bajo el Decreto Supremo Nº 003-2018-MIMP” (Diario Oficial El Peruano Junio 2018: 31). Asimismo, el Estado peruano promulga la Ley N° 30364, que previene y sanciona la violencia contra los integrantes de la familia, y en el 2018 se da la “modificación de la Ley que fortalece diversas normas para prevenir, sancionar y erradicar la violencia contra las mujeres y los integrantes del grupo familiar” (Diario Oficial El Peruano Octubre 2018: 4). Ambas normas resguardan las libertades de los niños, son herramientas de la legislación para la erradicación de la violencia, fenómeno que como hemos visto anteriormente, afecta a cerca del 70 por ciento de la niñez peruana entre 9 a 11 años de edad, quienes han vivido la violencia familiar y escolar.
Sobre el gasto público destinado a niñas, niños y adolescentes, el VII Informe Anual de avances de las metas del Plan Nacional de Acción por la Infancia y la Adolescencia 2012-2021(PANIA 2021), señala:
“En el año 2018 el Estado ejecutó un total de 133 mil 416 millones de soles para toda la población, de ese presupuesto ejecutado se destinó 33 mil 689 millones de soles para las niñas, niños y adolescentes, lo que representó el 25% del presupuesto total. El gasto público que el Estado año a año ha programado [Presupuesto Institucional Modificado] (PIM) para la infancia y adolescencia ha ido en aumento, pasando de 27 mil 042 millones de soles en el año 2013 a 38 mil 639 millones de soles en el año 2018, obteniéndose una variación del 43%. Sin embargo, la variación del PIM, con respecto al año 2017, ha sido solo del 4%. (PNAIA 2021 Año 2018: 191-192).
Por otro lado, la Mesa de Concertación para la Lucha contra la Pobreza (MCLCP) en el Reporte de Seguimiento Concertado entre Estado y Sociedad Civil, intitulado: Prevención del Embarazo en Adolescentes. Situación y Perspectivas al 2021(2017), menciona que:
“A través de acciones de incidencia, la Mesa de Concertación para la Lucha contra la Pobreza-MCLCP contribuyó a la aprobación en la Ley de Presupuesto Público 2017, la transferencias financieras de los sectores para la implementación del Plan Multisectorial de Prevención del Embarazo en Adolescentes (PEA) 2013-2021” (MCLCP 2017: 14).
En la actualidad, durante la Primera Cumbre Internacional, Ciudades Amigas de la Infancia realizada en octubre del 2019 en la ciudad de Colonia en Alemania[1], al firmar la Declaración los líderes de las ciudades peruanas se comprometieron a ofrecer resultados concretos, sostenibles y medibles para la niñez y adolescencia, a promover la participación infantil en la vida social y política, y a tener en cuenta las opiniones de niñas, niños y adolescentes en los procesos políticos. Asimismo, poner en práctica la iniciativa de garantizar que la niñez pueda desarrollar su pleno potencial de manera equitativa; incorporar en las políticas, presupuestos y estrategias para su participación, con mayor énfasis, en la prevención y atención de la violencia; e involucrar a la sociedad civil y el sector privado en las acciones que se promueven desde los gobiernos locales con y para la niñez y la adolescencia (Unicef 2019).
3.2 Derecho a la Ciudad de Niñas, Niños y Adolescentes
El Derecho a la Ciudad es definido por Henri Lefebvre en 1967, es el derecho de los habitantes urbanos a construir, decidir y crear la ciudad, y hacer de ésta un espacio privilegiado de lucha anticapitalista. Lefebvre asume el derecho a la ciudad como un marco de comprensión para el estudio de los problemas socioespaciales urbanos. En la discusión de la Ciudad como espacio social y simbólico, Harvey propone en Ciudades Rebeldes una representación esquemática de la realidad con el fin de llamar la atención hacia un problema concreto: los vínculos del sistema capitalista con los procesos urbanos. En esta perspectiva, sostiene que “el derecho a la ciudad es mucho más que el derecho a acceder a los recursos que la ciudad ofrece: es el derecho a cambiar y reinventar la ciudad de acuerdo a nuestros anhelos más profundos”. El derecho a la ciudad es un “significante vacío” que depende de quién lo esté dotando de sentido (Harvey 2012). Por lo anterior, el estudio en torno el vínculo entre las infancias y el Derechos a la Ciudad, tendría que contemplar la conceptualización de ciudad que sostiene Segovia (2017):
“La ciudad es reflejo de la civilización que la construye y habita. La ciudad nos representa, nos evidencia el modo en que entendemos el mundo y cómo funcionamos como sociedad, por lo que la relación que establecemos con nuestro hábitat es bidireccional: lo hacemos a él y él nos hace. A medida que construimos la ciudad, depositamos significados en nuestro entorno de vida, éste, a su vez, es un potente transmisor de sentidos que moldean el modo en que entendemos el mundo” (Segovia 2017: 154).
El Derecho a la Ciudad de niñas, niños y adolescentes, tema que nos ocupa, ha centrado su énfasis en la función de su acceso a las oportunidades que ofrece la ciudad: el uso del espacio, la movilidad, la participación social, la vida cultural, los servicios públicos, la educación, la salud, etc. Acciones y prácticas para las cuales la infancia es observada como uno de los colectivos frágiles ante la hostilidad de los procesos urbanos. En este sentido para el análisis identificamos dos dimensiones polarizadas, a) concebir espacios urbanos infantiles que valoren la liberación de la que gozan las infancias en espacios construidos para su propio disfrute; y b) evitar la reclusión en espacios urbanos específicos y promover que niñas, niños y adolescentes mantengan contacto directo con la vida de la ciudad. En ambas dimensiones, se producen y reproducen las políticas para la convivencia: de libertad y de seguridad.
En América Latina, desde el modelo económico neoliberal, por décadas la precarización en las condiciones para el desarrollo ha sido heredada y la pandemia la pone en evidencia a la vez que la agrava. Contexto en el cual las medidas de seguridad de las infancias -población considerada de alta vulnerabilidad- se engranan con las medidas de confinamiento que comprenden los protocolos de salud por Covid-19. De ahí que el estudio de esta problemática nos introduce “de facto” al debate acerca del nodo tensional entre las políticas de libertad, de seguridad y de confinamiento, discusión que para algunos autores se desvirtúa y estanca por completo, cuando en tal coyuntura se tiende a la reclusión irrestricta de las infancias[2]. Es decir, a su exclusión de las calles y a la creciente ordenación de sus hábitos, al uso del espacio privado y virtual, medidas que estarían connotando una tendencia a la violación de sus Derechos Humanos fundamentales, y su Derecho a la Ciudad.
3.3 Las infancias: ¿sujetos de Derechos u objetos para la convivencia en las ciudades?
Definir las infancias resulta complejo, puesto que según periodos históricos y espacios determinados el concepto ha ido mutando, significando y resignificando. Su definición ha ido respondiendo a las condiciones de producción del conocimiento y a la realidad de cada espacio social y territorial. En la presente propuesta consideramos que las infancias son un fenómeno sociocultural más que biológico y -derivado de los cambios legislativos que durante finales de los 90´s y hasta nuestros días se han presentado en cuanto la defensa de los Derechos Humanos de la Niñez-, asumimos la propuesta de Postman (Citado por Gómez y Alzate 2014), la infancia va de 7 a 17 años, comprende a niñas, niños y adolescentes en edad de dominio de la palabra a lo escrito, y globalmente es la edad de la escolaridad. Por su parte, James y Prout (Citados por Pavez 2012), sostienen que las relaciones sociales en las infancias han sido políticamente acordadas a través de la historia. La infancia es una condición social, determinada por una construcción histórica sociocultural, diferenciada y caracterizada por relaciones de poder. En tal condición, niñas, niños y adolescentes son sujetos sociales que se desenvuelven y participan de diversas maneras, inciden en los procesos sociales de forma diferente a las personas adultas. Según Pavez (2012), su acción social difícilmente ha sido cuestionada desde las categorías sociológicas y políticas de exclusión, por lo que no es visible para toda la sociedad.
En América Latina, en la última década del siglo XX, inician los movimientos por los estudios de las infancias, en un cambio de paradigma que considera a la niñez como actores sociales que intervienen en el medio en que viven. En esta perspectiva las infancias son vistas como socialmente construidas, es una categoría de análisis sociocultural, de la misma manera que clase, género y etnia. Sostiene que la niñez debe ser estudiada desde sus propios derechos, y vista como sujetos activos, que al influir en los procesos sociales éstos a su vez los constituyen. Estudiar la niñez como agentes sociales, comprenderlos como participantes activos de la sociedad, y como grupo de influencia sobre los procesos sociales, insta a considerar métodos de la sociología, la antropología, aportes etnográficos (Sirota 2010), además de la observación participante, grupos focales, dinámicas sociales, entre otras técnicas metodológicas que posibiliten la realización de la investigación desde las infancias.
[1] Representó al Perú una comitiva formada por Marcos Espinoza, Alcalde de la Municipalidad Distrital de Carabayllo y Janet Reátegui, Consejera Delegada del Gobierno Regional de Loreto y Ex Alcaldesa de la Municipalidad Distrital de Indiana, Ana María Quijano, asesora del Ministerio de Desarrollo e Inclusión Social (MIDIS) y Carla Valla, Oficial de Políticas Sociales de Unicef Perú (Unicef 2019).
[2] Hasta 1985, la palabra “libertad” aparecía más veces en los textos sobre la infancia que la palabra “seguridad”; a partir de aquel año, la relación se invirtió y la palabra “seguridad” fue ganando más y más presencia. Existe una relación dialéctica entre la seguridad y la libertad, el aumento de una suele exigir cierta renuncia de la otra (Simon Kuper 2016) (Citado por Segovia 2017).
Conclusiones:
En este encuadre de la discusión, y desde un nuevo paradigma, se reflexiona sobre las infancias como la formación de un conjunto diverso pero interrelacionado de niñas, niños y adolescentes, que aspiran a posicionarse como grupo de espacios clave para repensar la ciudad y sus horizontes. Para su estudio proponemos cuatro escenarios base: primer escenario, el estudio de las relaciones sociales en términos de la interseccionalidad, entre la niñez y el mundo adulto, en campos sociales de la educación, la cultura y el esparcimiento, y la salud[1]; segundo escenario, identificar y estudiar los campos de representación social de las infancias en las zonas de pobreza de Lima Metropolitana, lenguajes, prácticas sociales y simbólicas; tercer escenario, recuperar las expectativas de las y los sujetos/objetos hablantes, particularmente en torno al disfrute y las ventajas que les ofrece la ciudad; y cuarto escenario, aplicar como método la investigación-acción, con base en metodología mixta, y los estudios transversales a través del análisis del discurso, cuyo propósito es exhortar el pensamiento, sobre la descripción y la discusión en torno de lo establecido para las infancias y el disfrute de sus Derechos a la Ciudad. Propuesta en la que prevalece estudiar el fenómeno como proceso, priorizando el conocimiento a profundidad del problema.
[1] Desde los conceptos de Habitus y Campos Sociales de Pierre Bourdieu.
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Palabras clave:
Infancias, Derecho a la Ciudad, Políticas de libertad y seguridad
#01343 |
Una Cartografía social de las infancias campesinas y sus voces, en contextos rurales del Oriente Antioqueño, Colombia.
El presente trabajo de investigación pretende indagar al interior de las voces de niños y niñas mediante una cartografía social de estas, las cuales, al estar dentro del campesinado, hacen parte de un sector de la población históricamente segregado por parte del Estado Colombiano, desde hace varias décadas, aun a pesar de contar con diversos procesos educativos, sociales, económicos o culturales gestados desde las políticas públicas gubernamentales de manera modesta, no logran tener un impacto significativo capaz de mejorar las condiciones de vida en términos sustanciales para estas infancias que habitan el oriente antioqueño. Las cuales, como herederas de las dinámicas territoriales de sus comunidades, ejercen un importante rol en la preservación de sus saberes y costumbres, capaces de mantener esa delicada simbiosis entre: el campesinado y la naturaleza, por medio de la defensa de la vida y el territorio; en contravía de las lógicas de mercado tan características del neoliberalismo económico, que hoy, más que nunca se instalan en esta región y gran parte de América Latina. De acuerdo, a lo anterior se trata de dar respuesta a la siguiente pregunta problema: ¿Cómo la cartografía social de las infancias campesinas posibilita retratar sus voces ante problemáticas medioambientales del territorio?, tomando como referentes teóricos los aportes de: Habegger, S y Mancila, I (2005); Lopes, J (2013) con su “Geografia da Infância” y su metodología de recolección de información: los mapas vivenciales; Ortiz, Anna (2007), Andrade, H. y Santamaría, G. (1997) Barragán, D (2016); Vélez, I.; Rátiva, S. & Valera, V. (2012); Vincent, & Kemp (2004); Fanon (1963); Boff, L (2006); Boaventura de Souza Santos (2009 ), Fals Borda (2009), entre algunos otros, los cuales darán grandes luces en el camino por hacer frente en la comprensión por parte de la niñez y su ejercicio de territorialidad de las problemáticas medioambientales que persisten en el territorio. Se trata esta manera de abrir una ruta metodológica y campo teórico, desde una cartografía social de las infancias campesinas, capaz de visibilizar la relación de estás con su entorno medioambiental inmediato, acudiendo sobre la geografía crítica y la cartografía social, desde un enfoque cualitativo, a la espera de arrojar nuevas categorías emergentes construidas mediante un diálogo permanente de saberes en coautoría con los niños y las niñas que cohabitan la rivera del rio Aures, ubicada en la cordillera central del departamento de Antioquia, a fin de contribuir desde la investigación social decolonial en la búsqueda incesante hacia la emancipación del colectivo humano. Palabras claves: Geografía crítica, infancias, cartografía social de las infancias, infancias campesinas, territorialidad, identidad, emancipación.
#01596 |
Infancias, alimentación y salud integral en tiempos de pandemia en espacios socio residenciales vulnerables de la Argentina urbana.
La presente ponencia se propone analizar los cambios experimentados por hogares con niños/as y adolescentes en aspectos esenciales como la alimentación pero también en relación a aspectos más integrales de la salud, en barrios vulnerables del Partido de la Matanza, Provincia de Buenos Aires y la Ciudad Autónoma de Buenos Aires, en tiempos de Aislamiento Social Preventivo y Obligatorio, debido a la pandemia por COVID-19. Más específicamente, se propone caracterizar los hábitos de alimentación y comensalidad, así como también los cambios en las rutinas de actividad física, comportamiento sedentario en las rutinas cotidianas, la salud física y las experiencias psico-emocionales.Para ello se llevó adelante una metodología de tipo cualitativa, con un enfoque exploratorio y descriptivo, priorizando la perspectiva de los actores. Se realizaron entrevistas en profundidad a madres de niños/as y adolescentes, y a los hijos/as adolescentes de los mismos hogares, en cinco barrios vulnerables del partido de La Matanza y en tres barrios de la Ciudad de Buenos Aires. Un total de 80 entrevistas. Entre los principales hallazgos, se destaca la situación de mayor privación alimentaria en cantidad, calidad, la recurrencia a ayudas alimentarias directas como los comedores barriales, el bolsón de alimentos escolar, y estrategias colectivas de solidaridad entre familias del barrio. Mutaciones en las preparaciones de comidas, disminución notable de proteínas, y la omisión de alguna comida diaria por falta de recursos, fueron otras estrategias abordadas por estas familias durante tiempos de aislamiento. Las mismas fueron asumidas de modo prioritario por las mujeres de los hogares, profundizando las desigualdades de género. La Tarjeta Alimentar -programa de transferencia de ingresos orientado a la compra exclusiva de alimentos- es valorada entre las ayudas percibidas, no pareciendo haber sido, empero, suficiente para prescindir de las antes mencionadas en un contexto de profundo deterioro socioeconómico y laboral. Por otro lado, los resultados evidencian que la interrupción de las actividades “normales” de los jóvenes tuvieron como consecuencia el desencadenamiento de sentimientos negativos, malestar psicológico asociado al encierro, autopercepción de cambios en el peso corporal, merma de la actividad física e incremento del comportamiento sedentario frente a pantallas, pérdida de la centralidad del grupo de pares en los procesos de socialización, y en algunos de estos indicadores diferencias de género regresivas para las mujeres.
#01892 |
Mujeres cuidadoras a la primera infancia en contextos de pobreza y ruralidad en México
Desde la aparición de los movimientos feministas, fundamentalmente se ha cuestionado la naturalización de roles atribuidos al género, una dicotomía categórica que resalta el binarismo y configura el modo de acción en la organización de la relación social entre hombres y mujeres, donde confluye el plano político, relaciones de desigualdad, poder y explotación. Tanto en países anglosajones como en América Latina, la categoría analítica del cuidado adquiere sentido a partir de experiencias en la vida cotidiana de las mujeres, la sucesión de actividades enmarcadas en el trabajo de reproducción, una acción que se vive y se concibe de manera diferenciada dependiente al género, la clase y la raza.Durante el siglo XX, con la expansión y profesionalización de los cuidados, el trabajo de cuidado se transformó en muchas formas institucionales fuera del hogar que anteriormente se cumplían dentro. las escuelas, hospitales, hogares de día, centros de atención a personas discapacitadas implicó una reorganización en el tema de cuidado.En este sentido, en la Organización Social del Cuidado para el contexto mexicano, prevalece la asignación de responsabilidad de cuidados hacia las mujeres, la inequidad de género en las prácticas, estrategias, distribución y uso del tiempo, lo que provoca una triple jornada de trabajo y pobreza de tiempo.
#04103 |
O DIREITO DA CRIANÇA PEQUENA CAMPESINA À PARTICIPAÇÃO POLÍTICA: UMA MIRADA DECOLONIAL
MARIA ROBERTA DE ALENCAR OLIVEIRA1
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ADELAIDE ALVES DIAS
2
1 - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA.
O objetivo deste estudo foi analisar a produção acadêmica no Brasil, em nível de teses e dissertações, que apresentam como objeto a participação política de crianças pequenas campesinas e trazem como horizonte o olhar decolonizador para estas infâncias. No estudo da Educação Infantil no Brasil e de seus processos históricos, destacamos o fato de que a mesma começa a ocupar agenda nas políticas de Estado no final dos anos 1980, sendo influenciada por várias correntes teóricas, dentre as quais a Sociologia da Infância. Este fato sugere uma mudança paradigmática que se configura desde o modo de entender as infâncias até a forma como se articulam as práticas pedagógicas e docentes nas creches e pré-escolas. Afiliando-nos a este novo paradigma, neste estudo as infâncias são tratadas como fenômeno histórico e sociocultural, não definindo-se como uma fase da vida em que o ser humano ainda não existe plenamente. Cabe destacar que a participação política das crianças pequenas é compreendida, aqui, como zona fronteiriça e insere-se na perspectiva da decolonialidade do saber e do poder na Educação Infantil campesina. A abordagem da pesquisa é qualitativa e de caráter bibliográfico. Em sintonia com a lente teórico metodológica que orientou a pesquisa, buscamos na base de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (BDTD/CAPES) as pesquisas desenvolvidas em nível de dissertações e teses que tratavam da participação política de crianças campesinas com idades entre quatro e cinco anos, entre os anos de 2017 a 2022. Este recorte temporal justifica-se pelo fato de que 2017 é o ano de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que aprovada em um governo neoconservador, incorpora a Educação Infantil no seu texto e retroage ao invisibilizar a diversidade e a diferença das infâncias no país, entre estas, as campesinas, demonstrando, desse modo, a prevalência de um olhar urbanocêntrico e colonizador para a sua educação, enquanto que 2022 foi o ano de realização do estudo. Utilizamos a técnica de pesquisa com booleanos para realizar o levantamento no portal da CAPES. Utilizamos os descritores Educação Infantil and Campo; Educação Infantil and Decolonialidade; Educação Infantil campesina and participação política; Educação Infantil and Sociologia da Infância e agrupamos os resultados por região do país. Após este processo, submetemos os trabalhos que tratavam do tema desta pesquisa à Análise de Conteúdo, através da Análise Temática. Os resultados da pesquisa apontaram para a invisibilização da discussão sobre o tema da “participação política das crianças pequenas campesinas nas decisões que as afetam” e para a produção ainda incipiente de trabalhos que triangulam os EPC, educação decolonial e a Nova Sociologia das Infâncias nas produções acadêmicas da área de educação infantil no Brasil. Palavras-chave: Crianças do campo; Educação Infantil; Decolonialidade; Sociologia da Infância
#04137 |
La vida siendo niño: el ser y deber ser de niñas y niños mazahuas de Crescencio Morales, Zitácuaro, Michoacán
DENISSE MARTINEZ1
1 - INSTITUTO DE INVESTIGACION DOCTOR JOSE MARIA LUIS MORA.
Generalmente, el deber y e ser de niñas y niños se ha construido desde una percepción occidental. Esta concepción tiende a generalizar y dejar de lado la existencia de otras infancias que, con cierta frecuencia, dista mucho de estas formas occidentales. Por tal motivo, el objetivo de esta presentación es mostrar cómo se construye la infancia en la comunidad mazahua de Crescencio Morales. Por ello, se desarrollarán tres momentos fundamentales, el primero en términos antropológicos, se proyectará una imagen cultural de la infancia, es decir, nos acercaremos a la filosofía de vida jñatjo, en el que se expondrá un rastreo etimológico del sufijo TSI es el diminutivo que la lengua mazahua utiliza y cómo este compone la palabra niño y niña a fin de entender, desde la palabra misma, cómo es que se entiende y se construye a la niña y al niño jñatjo. También se ubicarán mitos y ritos (como ordenadores de vida) que nos den pistas de cómo se entiende y se percibe la infancia en el pensamiento mazahua. En la segunda parte, se abordará cómo se es y qué es “ser” niña/o mazahua. Aquí se problematizarán las prácticas y los espacios- tiempos en los que se desenvuelve el niño/a. En este apartado se desarrollará una aproximación etnográfica de lo que significa “ser” niña/o jñatjo. Aquí se expondrán diferentes prácticas sociales. Se evidenciará que -en telón de fondo- existen relaciones jerárquicas que se decantan en la diferencia de los sexos, y que funcionan cómo ordenadoras de la vida en la comunidad que comienzan a practicarse a edades muy tempranas en la cotidianidad de los niños/as. Del mismo modo se evidenciará cómo algunas de estas relaciones se están modificando, las cuales responde a la construcción de la propia experiencia de vida de las niñas/os. En la tercera parte, se abrirá el espacio para mostrar cómo el niño/a vive su experiencia de ser niño/a hoy en la comunidad jñatjo porque considero que solo a partir de las experiencias es como se puede hablar de una infancia no occidental. Aquí conoceremos cómo los niños/as viven sus tiempos-espacios, es decir, sus experiencias en los espacios que los niños propiamente han construido, entre los que resaltan el espacio virtual.
13:00 - 15:00
GT_20- Sociología de la Niñez, Juventud y Envejecimiento
Jóvenes, violencias, exclusión, vulnerabilidad
#00351 |
El impacto de las violencias no íntimas en el espacio público en contra las mujeres jóvenes de países con altos niveles de criminalidad, el caso de México y Colombia
Paula Andrea Valencia Londoño1
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Martha Elisa Nateras González
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1 - Universidad de Medellín.2 - Universidad Autónoma del Estado de México.
La pandemia originada por la Covid- 19 y en particular, las medidas de confinamiento o resguardo permitieron evidenciar, a partir de la reducción en las cifras de victimización “oficial”, el impacto de las violencias no íntimas en el espacio público en contra las mujeres jóvenes de países con altos niveles de criminalidad, como Colombia y México. Esta ponencia tiene como objetivo contrastar el comportamiento de las violencias no íntimas en el espacio público contra este segmento poblacional, en México y Colombia, en el periodo de confinamiento, con la tenencia de este tipo de violencias en los años anteriores y posteriores. Esto con el fin de determinar la magnitud del fenómeno y la relevancia de su atención a partir de las políticas públicas. Para ello, se realizará un análisis de los datos arrojados por las Encuestas de Victimización de ambos países, las cuales darán claves para ubicar los principales determinantes de este fenómeno para el contexto seleccionado.
#00810 |
Jóvenes mexicanos inmersos en el fenómeno del InCel, expresiones virtuales de una masculinidad hegemónica
La vida cotidiana de las últimas décadas ha estado envuelta dentro de una revolución digital, un mundo electrónico y la generación de interacción por medio de canales de comunicación diseñados por medio del internet. Este trabajo describe y analiza qué tipo de procesos están ocurriendo dentro de los espacios digitales llamados InCel que están abiertas a usuarios mexicanos jóvenes en tres redes sociales (Twitter, Facebook e Instagram).Dicho trabajo se engloba desde una ruta reflexiva en torno a los estudios de masculinidades, violencia de género y formas tecnológicas de vida. Las cuales buscan, desde una perspectiva fenomenológica, conocer qué sucede en los espacios digitales dedicados a descargar una serie de violencias en contra de las mujeres. Un fenómeno que llegó a México prácticamente desde la expansión masiva del internet en el país pero que hoy en día se consolida dentro de los grupos consolidados en donde observamos una participación juvenil importante.Ahora bien, adentrarse a un espacio nacido y reproducido para la expresión de ataques en razón de género nos puede mostrar gran parte de las formas actuales de violencia machista, consecuencias del patriarcado y expresiones de la masculinidad hegemónica. El fenómeno de violencia contra las mujeres en espacios digitales por razones de una frustración sexual o un empoderamiento femenino que no entra en la lógica de la construcción de masculinidad, se observa en comentarios de Facebook, en retwitts de insultos explícitos, en ofrecimiento de ayuda para descalificar o atacar a una mujer de manera abierta en un foro, entre muchas otras expresiones. Lo descrito anteriormente entra en la expresión genuina de lo que Connell (1997) llama masculinidad hegemónica. Con ello, colocamos un estudio del InCel dentro de los planteamiento de Connell, pues entender desde dónde nace la frustración, la desidia por entender el mundo de hoy, las expresiones de violencia explícita sin miedo a una censura. Junto con ello, es comprender desde donde los jóvenes mexicanos que interactúan bajo sus esquemas de sociabilidad digital están inmersos en lógicas de violencia de género. Es entender hacia qué mujeres son los ataques de un varón joven que ha expandido su mundo por medio de la pantalla y reconstruye discursos de odio en el mundo digital. Por último, debemos de estudiar cómo y hacía dónde se maneja la censura de estos espacios, cómo intervenir directamente en parar esos espacios. Cómo reducir la propagación de nuevos usuarios, nuevos foros y, por supuestos, escenarios catastróficos como se han vivido en otros países al punto de cometer asesinatos en nombre de estos espacios.
#01629 |
Migración, juvenicidio y pandillas transnacionales
Hugo César Moreno Hernández1
1 - Intituto de Ciencias Sociales y Humanidades-BUAP.
El fenómeno de las pandillas transnacionales tiene como principal detonante los flujos migratorios y las políticas de los países receptores diseñadas para controlar a la población que se ha asentado de manera irregular en su territorio, especialmente Estados Unidos, con la estrategia de deportación. Las pandillas en Estados Unidos tienen una fuerte relación con la población migrante, sobre todo en la participación de jóvenes expuestos a ambientes hostiles, tanto por los choques culturales como por la discriminación social de la que son víctimas. La evolución del fenómeno pandillero tiene hoy como forma más compleja la transnacionalización de identidades grupales, como el Barrio 18 y la Mara Salvatrucha 13, surgidas en Los Ángeles, California y desperdigadas, principalmente, en el triángulo norte de Centroamérica. Con estos antecedentes, la ponencia presentará el momento actual que viven estos grupos respecto a los flujos migratorios que transitan por el territorio mexicano, reconstruyendo, con base en trabajo de campo multisituado, el círculo iniciado en la década de los ochenta con la migración centroamericana hacia EU, motivada por violencia política, las deportaciones masivas de los noventa de EU hacia Centroamérica y la migración de pandilleros desde Centroamérica hacia EU, promovida, principalmente, por violencia económica. En especial se analizará cómo la violencia desatada por la guerra entre pandillas se ha convertido en un factor que obliga a los jóvenes centroamericanos a migrar, huyendo, sobre todo, de la supuesta actividad de reclutamiento. Los testimonios fueron ofrecidos por jóvenes migrantes, pandilleros deportados, asentados y en movimiento en San Salvador, Tijuana y Los Ángeles.
#02285 |
Exclusión juvenil del espacio público fronterizo
La presente ponencia es un análisis sobre las diversas formas de exclusión juvenil en el proceso de apropiación de plazas y parques públicos del municipio de Mexicali, Baja California, deriva del proyecto de investigación en curso "jóvenes, espacio público y exclusión social", el cual tiene por objetivo caracterizar las acciones que se gestan en torno al espacio público, así como las repercusiones de la innovación urbana, es decir la sociabilidad y habitabilidad de los mismos. Es relevante mencionar que el municipio de Mexicali es la capital del Estado de Baja California, se ubica en la Frontera Norte de México colinda con el Estado de California, Estados Unidos de Norteamérica; dicha ciudad se fundó el 14 de marzo de 1903, es decir, está por cumplir 120 años, en un principio como un valle agrícola, posteriormente como ciudad comercial y más recientemente como ciudad industrial, por lo cual es una ciudad capital joven y estos cambios constantes se han visto reflejados en sus espacios públicos tradicionales.
Aspectos metodológicos, se realizó un análisis de datos cualitativos producto de la utilización de técnicas de investigación tales como: la observación y entrevista a los usuarios de las plazas y parques públicos de la zona centro de la ciudad de Mexicali, mediante la aplicación de un instrumento cuestionario-guía para efectuar las entrevistas, durante los meses de diciembre de 2021 de manera virtual debido a la pandemia, así como en abril de 2022 post pandemia y en enero del presente año de manera presencial. Con lo anterior se pretende contribuir desde la sociología de la juventud a la generación de estudios sobre espacio público, su proceso de apropiación y exclusión juvenil. De manera preliminar los hallazgos muestran una clara relación entre las actividades delictivas tales como venta de droga y robos lo que impide la inclusión juvenil en estos espacios.
Introducción:
El espacio público es visto de distinta manera a partir de la reciente pandemia, este se vuelve una oportunidad para reconstruir las interacciones más allá de los entornos virtuales y compartir diversas actividades, los parques acogían gran cantidad de público en búsqueda de recreación, equilibrio físico y mental, pero también para generar ingresos recurriendo a múltiples formas con el objetivo de ganarse la vida (Merino, 2022, p.149), es decir, se vuelve además escenario como motor económico. Es por tanto necesario estudiar al espacio público desde la perspectiva sociológica para registrar estas nuevas manifestaciones sociales pospandémicas.
El presente texto es producto de un estudio de sus espacios públicos derivado del seguimiento del proyecto de rehabilitación del Centro Histórico de esta ciudad fronteriza iniciado en el año 2013, hace ya una década. Y que actualmente se denomina Regeneración del Centro Histórico “Yo por mi centro”, cabe mencionar que el municipio cuenta con una población de 1 millón 049 mil 792 habitantes (INEGI, 2021), los cuales demandan oportunidades para su desarrollo social, cultural y de ocio, entre otras. “Actualmente el centro histórico se encuentra delimitado geográficamente al norte por la línea internacional (México-Estados Unidos de Norteamérica), al sur y al suroeste por el borde del río Nuevo (ya entubado y sobre el cual surge una vialidad), al oriente por la calle Pedro F. Pérez y Ramírez al sur y al sureste la calle J.W. Stone, con una superficie territorial de 977, 657,178 mts2. Conteniendo 54 manzanas, 10 avenidas, 10 calles, 12 callejones, 1 privada sin nombre y dos callejones de servicio cerrados (Dirección de Administración Urbana, 2010, p. 7 ).
El centro histórico: su historia
Se crea en 1903 al igual que el municipio de Mexicali, entre los edificios que lo caracterizan se encuentran: la Casa de la Cultura que era una antigua escuela (Escuela Cuauhtémoc 1912) y es sede de presentaciones y exhibiciones de arte, el Instituto de Bellas Artes que se mantiene en funciones, y que originalmente fue el Banco Agrícola Peninsular en 1927, la Catedral de Nuestra Señora de Guadalupe “fue fundada en 1917, es cabecera de la Diócesis de Mexicali y sede de la Iglesia Católica local” (Diócesis de Mexicali, 2023, s. p.), entre otros importantes edificios algunos de estos hoy en renovación.
El centro histórico tiene un valor histórico y social, ya que el 4 de julio de 2003 se publicó en el periódico oficial el cambio de nombre de “colonia 1ra. Sección” a “Centro Histórico y Comercial de la ciudad de Mexicali”, estableciéndose como núcleo fundamental, cuyas características se hacía necesario proteger. Sin embargo, es hasta el 25 de septiembre del mismo año que se concreta la declaratoria de destino de conservación del Centro Histórico de Mexicali, siendo publicado en el periódico oficial del estado, el documento técnico que lo avala (Dirección de Administración Urbana, 2010, p. 7). Y el 8 de diciembre del año 2021 se propone y aprueba en sesión extraordinaria del XXIV Ayuntamiento de Mexicali por unanimidad la creación de la Delegación Centro Histórico (Gobierno de Mexicali, 2021).
La exclusión social juvenil
Actualmente las significaciones de juventud sirven tanto para designar un estado de ánimo, tanto como para calificar lo novedoso y lo actual, incluso se le ha llegado a considerar como un valor en sí mismo; por cual ¡ debe ser tratado desde la diversidad de sus sectores (Dávila, 2004, p. 91-92); anteriormente se acotaba solo a un grupo etario por ejemplo “como aquellas personas de entre 15 y 24 años” (Organización de las Naciones Unidas [ONU], s.f., p. 1). Es un producto social, si establecemos una ruptura de aquellas concepciones que marcan una relación de causa-efecto entre los cambios fisiológicos de la pubertad y un comportamiento social juvenil. Se encuentra delimitada por dos procesos: uno biológico y otro social (Brito, 1998, pp. 5-6). Esto los vuelve actores obligados de estudio en este caso en el proceso de apropiación del espacio público urbano.
Por otro lado, “la idea de espacio público, entendida de forma general, se refiere a los espacios abiertos y comunes a los que todos los ciudadanos pueden acceder libremente para compartir experiencias sociales” (Merino, 2022, p. 150). Es un espacio público, un lugar en el que convergen distintos factores culturales, intercambios sociales y económicos, de información y al que pueden acceder cualquier persona, sin importar su edad, sexo, preferencia sexual, condición física o nivel socioeconómico, son parte de la vida pública cotidiana (Magaña, 2020, p. 1); “corresponde a aquel territorio de la ciudad donde cualquier persona tiene derecho a estar y circular libremente (como un derecho); ya sean espacios abiertos como plazas, calles, parques, etc.; o cerrados como bibliotecas públicas, centros comunitarios, etc.” (Garcia, 2016, p. 2). Es imperante por tanto su estudio desde el análisis sociológico como parte esencial de las ciudades actuales. Ya se mencionan sus aportaciones tanto a los derechos sociales de los habitantes como a la salud pública y social de los mismos, ya que “los espacios públicos deben ser incluyentes, conectados, seguros y accesibles” (Organización de las Naciones Unidas [ONU], 2018, p. 1); “son importantes para la calidad de vida de sus habitantes y son percibidos como bienes sociales” (Guadarrama y Pichardo, 2021, p. 57).
El centro histórico: sus espacios públicos
Los centros históricos de México no son los mismos en todas partes, por el pasado colonial de México, encontramos centros más antiguos construidos por los españoles mismo y centros más jóvenes en zona que no estaban en el alcance de la conquista española, eso separa los centros en aspecto social y cultural. “Los centros históricos son las áreas donde se manifiestan los signos más reconocibles de las ciudades y se caracterizan por contener la mayor densidad de bienes vinculados con su historia” (Campos, Valeria, Alicia, 2016). Los centros con mayor patrimonio cultural ligado al pasado colonial se encuentran en el centro del país, se destacan por su tipo de construcción, sus monumentos y su historia. En Mexicali, ciudad de la frontera norte de México, capital del estado de Baja California cuenta con un centro histórico como todos los de más ciudades, pero con algunas diferencias. Tal como describe el relato recogido a continuación “Al llegar a la ciudad de Mexicali, el primer lugar con el que tuve contacto fue el Centro Antiguo. Su joven edad y fisonomía fueron las cosas que inmediatamente llamaron mi atención” (Hipólito, 2010, p. 1). Si bien el centro histórico de Mexicali no tiene un pasado colonial ni tampoco un valor cultural muy elevado al nivel nacional, lo tiene al nivel local, ya que fue el lugar en que nace la ciudad; al igual que los demás centros históricos, cuenta con varios espacios públicos (parques, plazas, etc), y cada uno de estos espacios estas apropiados por grupos de jóvenes con una dinámica diferente entre estos.
Se escogieron a los parques ya que son una forma particular del espacio público son áreas comunes, de acceso general y multifuncionales que propician la convivencia ciudadana. Pero, sus usos no son ajenos a las formas que caracterizan a nuestra cultura política y ciudadana y funcionan como un microcosmos de la vida social y cotidiana (Merino, 2022, p. 149); son “espacios públicos que se definen cómo lugares de relación, de encuentro social y de intercambio, donde convergen grupos e individuos con intereses diversos” (Díaz y Ortiz, citado por Petzold, 2017, p. 31).
Entre los espacios públicos con los que cuenta el centro histórico de Mexicali se encuentran: el parque “Héroes de Chapultepec” creado en el año 1915 también conocido como “Niños Héroes”, en 1961 se crea el “Parque Constitución” también conocido como “Plaza del Mariachi-Santa Cecilia”, 2013 se crea Plaza Sol frente a la catedral de nuestra señora de Guadalupe, en año 2020 “La Pagoda China” que fue removida de la entrada de la garita internacional número uno, y colocada en la también conocida como “Pequeño Cantón: Plaza Corazón”, también durante la pandemia en el año 2021 se crea el “Museo de la comida china” posteriormente en el mismo año se creó el “Callejón Chinesca” al término del cual se ubica el mencionado museo.
El centro histórico: sus actores sociales
Se han ubicado a lo largo de los años que se tienen estudiando esta zona de la ciudad a los siguientes actores sociales: La presidente municipal (gobierno), El Delegado de zona centro, La Asociación China de Mexicali, El Obispo de Mexicali (iglesia católica), los comerciantes, los migrantes, las Asociaciones civiles: religiosas, altruistas, políticas, deportivas, culturales, etc.; las personas en situación de calle, los turistas, los Mexicalenses, los cuales cumplen diversas funciones en el proceso de apropiación del centro histórico.
Sin embargo, los actores a estudiar son los jóvenes, las juventudes que en etapa de transición a la vida adulta marcada por la vulnerabilidad, ya no es el marco de la triple elección vitalicia: la formación, el trabajo, y la emancipación, para la integración a la identidad adulta sino que es el marco de un conjunto de decisiones provisionales y constantemente revocables durante la vida (Brunet y Pizzi, 2013, p. 21). Ya que “lo juvenil nos remite al proceso psicosocial de construcción de la identidad y lo cotidiano al contexto de relaciones y prácticas sociales en las cuales dicho proceso se realiza, con anclaje en factores ecológicos, culturales y socioeconómicos” (Dávila, 2004, p. 92). Es por tanto interesante explorar sus miradas sobre el espacio público así como sus formas de inclusión y exclusión social del mismo, y cabe señalar que derivado de las recientes modificaciones y transformaciones de esta zona, y de sus actividades tales como los “domingos culturales” y los “viernes de baile”, aunado a la apertura de bares, han propiciado que aumenté el número de personas jóvenes para visitarlos.
Ante las nuevas manifestaciones y movimientos sociales que pugnan por los derechos, es un referente la inclusión social ya que “asegura que todas las personas sin distinción puedan ejercer sus derechos y garantías, aprovechar sus habilidades y beneficiarse de las oportunidades que se encuentran en su entorno” (Cisternas, 2018, p. 1); “debe considerar un concepto que reivindique el bienestar y capacidad de tener un rol activo y protagónico para ello de los individuos dentro de los sistemas sociales donde participan como sujetos y actores, por ello pensamos en su realización” (Chuaqui, Mally y Parraguez, 2016, p. 181). “Es el proceso de mejorar la habilidad, la oportunidad y la dignidad de las personas que se encuentran en desventaja debido a su identidad, para que puedan participar en la sociedad; sin embargo, no es lo mismo que igualdad” (Molina, 2021, p. 4).
En contraparte “la exclusión social juvenil como un proceso social de ruptura de un individuo o grupo en relación a sus posibilidades laborales, económicas, políticas y culturales, es decir, una ruptura del lazo con la sociedad” (Castro, García y López, 2020, p. 1).“Analíticamente es difícil comprender la relación entre los jóvenes y la exclusión dado que por definición la juventud es una etapa de dependencia, estableciendo múltiples relaciones contradictorias entre los jóvenes pobres y sus generaciones precedentes” (Sandoval, 2005, p. 7), es una manifestación de la privación de estos derechos.
Transformaciones sociales en el proceso de apropiación del espacio público
La ciudad está en constante transformación, muchas veces dirigida a los intereses particulares de los gobernantes y puede ser utilizada la modificación del espacio físico como una forma de dominación de una clase a la otra…” (Lerma, 2017, p. 62). “La apropiación es la característica que define el carácter histórico, construido y relacional del espacio” (Merino, 2022, p. 152).
El proceso de gentrificación de esta zona se inicia en el año 2013 Recuperación del Centro Histórico de Mexicali (Proyecto Centro) año en que se crea la «Plaza Sol» sobre calles peatonales hoy en día calles semipeatonales y particularmente con el inicio en el año 2019 Plan maestro de Rescate del Centro Histórico de Mexicali (Yo por mi Centro), en el 2020 Se crea el Corredor Mexicali Rose (Plaza Sol), Fideicomiso Centro Histórico, y las Oficinas municipales (octubre de 2020), Pequeño Cantón (Plaza Corazón) noviembre de 2020 y Museo de la comida china marzo 2021 todo esto durante la pandemia obteniendo diversas opiniones tanto a favor como en contra, por no detener dichas obras.
Desarrollo:
Entre las problemáticas mencionadas por los entrevistados se encuentra la inseguridad pública, “robos, secuestros y extorsiones, es una problemática que indica el grado de riesgo de un país” (García, 2011, p. 37). “La inseguridad genera conductas protectoras, algunas de las cuales producen resultados adversos en la inseguridad y la criminalidad, aíslan a los individuos y las colectividades y disminuyen sus opciones de mejorar sus espacios públicos” ( Alvarado, 2010, p.945). Otro problema señalado fue el narcomenudeo mismo que “se considera un fenómeno multicausal, que se manifiesta en los entornos próximos a los puntos de venta de sustancias estupefacientes, ligado a manifestaciones de conflictividad social, de violencia y de criminalidad” (Cortés y Parra, 2011, p. 37). Es un fenómeno asociado al mercado del narcotráfico, estructurado con el propósito de favorecer y maximizar las ganancias de un actor ilegal, lo que se acompaña de mecanismos para constreñir el comportamiento colectivo de las personas (Cortés y Parra, 2011, p. 37). Se vuelven un obstáculo para el uso y apropiación del espacio público o un tipo de apropiación delictiva que impide otro tipo de apropiaciones, tales como: las culturales, deportivas, recreativas, entre otras.
También la problemática aunada es la “delincuencia que es una forma de inadaptación social y al producirse esa anomalía se da un desafío a la misma sociedad y a su normativa de convivencia” (Jiménez, 2005, p. 237). Estos problemas también se observaron al aplicar diversas estrategias y técnicas de corte cualitativa tales como la bitácora de observación en la “Pagoda china-plaza corazón a continuación se presentan algunos resultados:
Diversos actores tales como:familias, adulto mayor, jóvenes varones, grupo de jóvenes mujeres y hombre, en cuanto a la infraestructura el mobiliario se encuentra en buen estado (bancas, bote para basura, luminarias, trampa para abejas en un árbol, en cuanto a las actividades culturales se encontró publicidad evento cultural en una palma del año pasado, en relación a los problemas se observó basura cerca de la parada de camión ubicada en la esquina de la plaza (blvd. López mateos), acceso para discapacitados sin paso de cebra y grafiti (no artístico) en uno de sus árboles.
en el “Parque constitución-plaza del mariachi-Santa Cecilia” se observaron:
Diversos actores tales como:adultos, adultos mayores, mariachi (dos), entre los problemas basura. perro callejero, baños exclusivos para los integrantes de los mariachis que laboran en la plaza del parque, piso en mal estado rodeando el kiosco, botella de bebida alcohólica en el césped vacía.
En relación con las entrevistas semiestructurada a informantes clave y usuarios jóvenes A continuación se muestran algunos datos generales de estos jóvenes en la siguiente tabla:
Tabla No. 1
Datos entrevistados
Fuente: elaboración propia
Ambos espacios han sufrido cambios, en el caso de la plaza corazón el cambio ha sido positivo, tal como lo menciona el entrevistado no. 1 "Cambios que le han hecho, remodelación".
En cuanto al parque Constitución plaza santa Cecilia, la entrevistada no. 3 señala que "Mucho eeh mal, sin seguridad casi, mucho borracho, muy destruido, se robaron bancas, no, está muy destruido la verdad".
“El entrevistado No. 1 declara visitar el parque, los domingos” aunque se le entrevistó en la plaza en ese momento, no lo hace de manera habitual.
“Mientras que la entrevistada no. 3, a pesar de trabajar en el parque como comerciante, no lo visita debido a la inseguridad . “No, no lo visito pero… no, no lo visito” “ Porque siempre va ver delincuencias y crimen en todos lados, nunca va estar seguro en ninguna parte, más porque aquí en México hay mucha violencia organizada y tráfico de drogas todo eso y más porque últimamente ha habido muchos secuestros ¿quien se sintiera seguro?”
en contraparte el entrevistado no 4
afirma que el parque Constitución es seguro“Si, porque hay policías cuidando el parque mariachi está seguro porque hay una caseta de policías que hace que te sientas seguro dentro lo que cabe”.
Conclusiones:
Existe un conflicto de intereses en la producción del espacio público desde lo local
Las transformaciones sociales varían desde el punto de vista de los actores, ejemplo de ello la comunidad China-Mexicalense
El proceso de apropiación social es constante y contribuye en la reconformación de imagen urbana
La inserción de lo nuevo en lo viejo “espacios públicos reconstruidos”, ha desplazado a una población adulta mayor sustituida en gran medida por la población joven
Asuntos pendientes en el centro histórico de Mexicali:
El espacio como propio es decir la apropiación aún débil, nuevas y mejores opciones para esparcimiento familiar, consolidación como escaparate cultural nacional e internacional, asi como motor económico, y la percepción de un espacio seguro.
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El 18 de octubre del año 2019 se vivió en Chile lo que muchos llamaron inicialmente un estallido, posteriormente una revuelta o una “huelga general revolucionaria” (Sorel, 1973) o una “revolución molecular” si seguimos a Guattari (1989) o “un hecho social total” (Mauss/Levi-Strauss,1991), entre otras conceptualizaciones. Independiente del nombre, se trata del movimiento societal más grande que se recuerde desde la llegada de la democracia a nuestro país. Evidentemente a partir del siglo XXI, Chile comenzó a vivir un nuevo ciclo de movilizaciones, encabezadas por jóvenes estudiantes que confluyeron en una crítica al entramado político institucional, al tipo de sociedad y a la democracia que se estaba construyendo, pródiga en inequidades y desigualdades que están a la base de la revuelta del 18-O. En este marco, dos actores se destacaron, entre otros, en estas movilizaciones. El primero, son los/las jóvenes estudiantes secundarios/as que nuevamente dieron el puntapié inicial a las movilizaciones. Desde inicios de octubre los/as jóvenes estudiantes secundarios comenzaron una seguidilla de acciones de desobediencia civil. Una de ellas, fue la llamada evasión del metro a través de saltar los torniquetes que permitían el acceso al metro. Con el correr de los días y el uso masivo de las redes sociales, el llamado a la evasión comenzó a crecer. Si bien los focos de atención inicialmente estaban centrados en las acciones de estudiantes del Instituto Nacional y otros espacios educacionales emblemáticos, el llamado a la evasión, comenzó a tener un efecto multiplicador. El segundo es lo que se denominó “la primera línea” la cual funcionaba como un dispositivo icónico en el cual se plasmaban de manera controversial para algunos, lo que fueron las movilizaciones del 18-O. Se enfrentaban a las fuerzas policiales con sus escudos/artefactos fabricados de una diversidad de materiales, reminiscencia de los escudos utilizados en la Grecia antigua, particularmente espartanos y troyanos, los cuales vestían de un collage de frases, símbolos e imágenes combinando los mundos del comic con la vida cotidiana. Fueron tildados por el gobierno, la clase política y la ultraderecha de: “delincuentes”, “vándalos”, “lumpen”, “antisociales”, “violentistas”, “Anarcos”, “marginales” (Andonie, 24.02.2020), sujetos que se pueden ubicar en una categoría asociada al “anarquismo”: “Sin Dios ni Ley”. La investigación que origina la ponencia es producto de observación etnográfica, revisión periodística y entrevistas a jóvenes participantes, para intentar comprender el fenómeno de la primera línea y reflexionar sobre el uso de la violencia entendiendo la violencia ejercida por la “primera línea” y otros como contraviolencia o violencia reactiva a la violencia policial. Se intenta reconstruir el origen la la 1era línea; indagar si existió una línea o varias; quiénes participaban; la relación con las violencias; el cuidado del cuerpo (el aguante) y el yo y lo común.
#03764 |
JOVENS E O COTIDANO: O VALOR COMO PRÁXIS
Maurício Barbosa Carneiro1
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Maria Lídia Bueno Fernandes
1
Ser jovem no mundo globalizado exige um constante adaptar-se a um modo de produção capitalista que expropriou as identidades, gerou exploração e opressão, reforçou os valores burgueses e criou ilusões de que todos e todas nele estão inseridas. Fez com que o valor mobilizasse as pessoas a agirem, escolherem e decidirem segundo convicções de ordens postas, criando ideologias dominantes em todos os setores da sociedade capitalista (VIANA, 2005). Desconsiderou-se os saberes populares e assumiu-se o “culto a autoridade”, especializando-se em função do valor, técnicos em quase tudo. Nesse processo ser jovem é a contraposição a dimensão do valor, é a possibilidade de representar o seu meio cultural, social e econômico considerando a sua vivência nesse espaço-tempo. Ser jovem representa a percepção da identidade coletiva, a desnaturalização do cotidiano. Nessa identidade coletiva é preciso compreender que sua formação é realizada através da experiência, observação e reflexão, e que é possível construir uma nova sociedade onde os jovens sejam percursores/ atores dessa construção (Mellucci, 2007). A desnaturalização significa colocar-se contra o jogo daqueles que acreditam que tudo é normal, que não haverá mudanças,). Pensamos os jovens na sua dimensão histórica e social (GROPPO, 2000), em sua identidade própria e não aquela controlada pelo adulto e pelas instituições (família, escola, etc). Assumimos que o valor é uma construção do capital que expropria as identidades, e reforça a constituição social de nichos de mercados, especialmente, para os jovens, gerando consumismos exacerbados, ditando regras para vendagem de produtos. Esse dilema de ser jovem no mundo globalizado, de buscar reforçar suas identidades, de perceber o cotidiano como o meio de manifestação cultural e social, e, principalmente de estar constantemente influenciados pela dimensão do valor, não são dilemas que podem ser resolvidos por eles. A luta de classes é primordial para ressignificar as posições e as mudanças do ser jovem na contemporaneidade. Este trabalho pretende analisar os jovens no seu cotidiano e como a dimensão do valor chega até ele, reorganizando para o capital, a sua identidade e o seu modo de ver o mundo. Ancora-se, portanto, numa visão dialética, para pensar o valor como mercadoria e assim, entender os processos e as possibilidades que por ele são atravessadas. Adota como metodologia a revisão bibliográfica da “teoria do valor” de Karl Marx e a importância da “luta de classes” como pressupostos para entendimento dos jovens, especialmente, em seu cotidiano.
#04428 |
Más allá del territorio. Percepciones y violencias sobre el cuerpo juvenil desde la periferia de Tuxtla Gutiérrez, Chiapas, México
Luis Adrián Miranda Pérez1
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Karla Jeanette Chacón Reynosa
2
1 - Universidad Intercultural de Chiapas.2 - Universidad Autónoma de Chiapas.
El trabajo analiza las percepciones que existen hacia los jóvenes que están situados en la periferia de Tuxtla Gutiérrez, una ciudad localizada al sur de México. Más allá de los espacios que habitan y transitan de precariedad, la periferia como coto territorial genera imaginarios diversos por quienes lo habitan y quienes son ajenos a él.Aunado a lo anterior, la percepción de periferia trasciende los linderos territoriales y se manifiesta en representaciones gráficas por las redes sociales digitales y diferentes corporalidades juveniles dentro de los espacios públicos, que genera ideas comúnmente negativas, provocando la estigmatización y diversas tipos de violencia hacia las juventudes.
Esta ponencia expone y discute algunos de los resultados más significativos de una investigación –denominada “Hogares y en-seres: emergencia de experiencias de ocio en hogares de capas medias en Cali, Colombia”- que se propuso comprender la vida cotidiana de hogares colombianos con niños y niñas en edad pre-escolar y escolar. Con el pretexto de comprender el modo en que estos hogares “fabrican” experiencias de ocio, la investigación se preguntó, a través de entrevistas en profundidad y procesos de observación e “intervención” etnográfica, por el estatuto que el niño y niña tiene en los hogares de clase media en la ciudad, las culturas hogareñas que regulan su crianza y los proyectos educativos que los adultos criadores, aun sin proponérselo, tejen para estos niños y niñas. Así, la ponencia reflexiona en torno al efecto que la disminución del número de hijos por familia, la creciente tercerización del trabajo y actividades domésticas, y la paulatina profesionalización del trabajo de crianza, todos fenómenos comunes a las clases medias profesionales del país, tienen sobre el lugar, rol y expectativas que los hogares construyen sobre sus niños. En esta vía, y para comprender estos efectos, se describirán y examinarán tres núcleos claves de análisis: en primer lugar, las diferentes versiones sobre “niño bien educado” que estos hogares construyen y el modo en que estas versiones se asimilan y distinguen hasta configurar una suerte de “culturas hogareñas”, claramente delimitadas entre sí; en segundo lugar, el conjunto de inversiones y decisiones (económicas, afectivas, materiales, normativas, de consumo) que los adultos criadores hacen con el objetivo de “educar bien” a los niños y que hemos reconocido, aun en sus presentaciones menos teleológicas o calculadas, como “proyectos de crianza”; y, por último, las angustias e incertidumbres que acompañan a estos procesos de crianza y que los adultos entrevistados evidenciaron en tanto creciente desconfianza en sus propias capacidades y creciente urgencia de saberes expertos para resolver el trabajo de criar. Finalmente, la ponencia sugerirá una serie de pistas destinadas a describir los desafíos que la sociología de la niñez tiene para atender la creciente demanda de pistas para “vivir juntos” que hacen las familias contemporáneas. Afirmaremos entonces que estas demandas parecen nombrar un fenómeno que resulta común a los sectores no pobres e ilustrados de nuestras sociedades: algo ha ocurrido para que las familias recurran a la literatura y la academia, a los profesionales y la experiencia documentada, para resolver asuntos de la vida cotidiana que hasta hace poco parecían tramitarse por el saber ancestral, socialmente aprendido.
#01296 |
As crianças e os aplicativos de educação financeira: entre gamificação e gestão de si
Nos últimos anos, assistimos a proliferação de aplicativos de automonitoramento que introduzem a gamificação nas áreas da saúde, bem-estar e fitness. Estes aplicativos permitem que as pessoas/usuárias quantifiquem seus dados, visando promover o autoconhecimento para melhor gestão de si. Entretanto, recentemente, atores do mercado financeiro, como agentes/consultores de investimentos, bancos (comerciais e digitais) e corretoras de valores mobiliários têm expandido o mercado de aplicativos que via gamificação buscam promover a educação financeira, e se destacam por terem como público-alvo adolescentes e crianças. O propósito desta comunicação é abordar a educação financeira a partir do advento desses aplicativos digitais voltados para crianças, bem como entender suas estratégias de engajamento e as consequências da gamificação, isto é, compreender quais tipos de subjetividades são produzidas na interface entre aplicativos, gamificação e educação financeira para crianças. A pesquisa tem inspiração teórica na sociologia econômica e tem como metodologia o mapeamento e a pesquisa etnográfica nos aplicativos de educação financeira para crianças. De modo geral, os aplicativos são lúdicos, isto é, as plataformas apresentam um ambiente gamificado que buscam ensinar “brincando” a realizar um planejamento financeiro, ganhar dinheiro, poupar, consumir e investir. Os ensinamentos são tidos como desafios que ao ser cumpridos, as crianças são premiadas, por exemplo, com medalhas e/ou moedas fictícias, as quais são acompanhadas de frases motivacionais. Isto é, exploram a ideia que via os aplicativos as crianças aprendem sobre dinheiro e investimento “na prática”. Ao enfatizar o conhecimento pragmático, tem-se que a educação financeira é resultado de habilidades pessoais. Isto é, os ensinamentos e os conteúdos não são apenas informativos, mas performativos que se realizam na forma como as crianças jogam/gerem as finanças, os quais combinam conceitos financeiros apropriados da economia comportamental e da psicologia positiva. Assim, as evidências deste trabalho apontam a produção de subjetividades financeiras e a financeirização da vida cotidiana, que produzem sujeitos/crianças gestoras de si, as quais são encorajadas a auto-otimização da vida.
Introducción:
Nos últimos anos, assistimos à proliferação de aplicativos de automonitoramento que introduzem a gamificação nas áreas da saúde, bem-estar e fitness. Estes aplicativos permitem que as pessoas/usuárias quantifiquem seus dados, visando promover o autoconhecimento para melhor gestão de si. Entretanto, recentemente, atores do mercado financeiro, como agentes/consultores de investimentos, bancos (comerciais e digitais) e corretoras de valores mobiliários têm expandido o mercado de aplicativos que via gamificação buscam promover a educação financeira, e se destacam por terem como público-alvo adolescentes e crianças. O propósito desta comunicação é abordar a educação financeira a partir do advento desses aplicativos digitais voltados para crianças, bem como entender suas estratégias de engajamento e as consequências da gamificação, isto é, compreender quais tipos de subjetividades são produzidas na interface entre aplicativos, gamificação e educação financeira para crianças. A pesquisa tem inspiração teórica na sociologia econômica e tem como metodologia o mapeamento e a pesquisa de inspiração etnográfica virtual nos aplicativos de educação financeira para crianças no Brasil. De modo geral, os aplicativos são lúdicos, isto é, as plataformas apresentam um ambiente gamificado que buscam ensinar “brincando” a realizar um planejamento financeiro, ganhar dinheiro, poupar, consumir e investir. Os ensinamentos são tidos como desafios que ao ser cumpridos, as crianças são premiadas, por exemplo, com medalhas e/ou moedas fictícias, as quais são acompanhadas de frases motivacionais. Isto é, exploram a ideia que via os aplicativos as crianças aprendem sobre dinheiro e investimento “na prática”. Ao enfatizar o conhecimento pragmático, tem-se que a educação financeira é resultado de habilidades pessoais. Isto é, os ensinamentos e os conteúdos não são apenas informativos, mas performativos que se realizam na forma como as crianças jogam/gerem as finanças, os quais combinam conceitos financeiros apropriados da economia comportamental e da psicologia positiva. Assim, as evidências deste trabalho apontam a produção de subjetividades financeiras e a financeirização da vida cotidiana, que visam a construção de sujeitos/crianças gestoras de si, as quais são encorajadas a auto-otimização da vida [1].
Desarrollo:
Primeiramente, para entender a educação financeira a partir do advento de aplicativos digitais voltados para criança, é necessário contextualizar brevemente a conjuntura da educação financeira no Brasil. Em 2010, foi instituída no Brasil, como política pública, a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), à época vinculada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). O projeto mantem as documentos atualizadas no sítio – Vida e Dinheiro (https://www.vidaedinheiro.gov.br/es/), bem como fornece material educativo e informativo.
Como resultado efetivo desta política pública, tem-se a inclusão, a partir do ano de 2020, da educação financeira na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), isto significa que, a educação financeira passou a fazer parte do currículo obrigatório do ensino infantil, fundamental e médio das escolas públicas e privadas brasileiras. A educação financeira, portanto, passou a integrar de modo transversal os currículos das escolas – de acordo com o documento, a educação financeira tem como princípio ajudar os estudantes a desenvolver capacidades, isto é, apreender a planejar sua vida em todas as fases (infantil até a aposentadoria) e tomar “boas” decisões financeiras, isto é, pretende-se ser um guia para ensinar os passos para a conquista de um bem-estar financeiro.
Vale destacar que a narrativa consagrada que compõe os conteúdos sobre educação financeira, foi impulsionada, em especial, pelos debates sobre a crise de 2008, e assim, foi-se consolidando uma narrativa oficializada na qual os maiores expoentes são agentes e instituições do mercado financeiro, aqui destacamos: Bolsa de Valores Brasileira (hoje, B3), Federação dos Bancos do Brasil, e Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
Neste momento, portanto, a crise de 2008, foi importante para a legitimação da emergência do debate sobre educação financeira no país, bem como pela consagração de quais agentes são legítimos para ponderar sobre o tema; isto é, pode parecer paradoxal, mas os agentes e instituições do mercado financeiro é que passaram a controlar a narrativa (cf. Grün, 2012) da educação financeira, e, a crise passou a ser enquadrada como a incapacidade das pessoas ordinárias de usarem “racionalmente" o dinheiro e os instrumentos financeiros, assim, como enfatizam as autoras, seria uma deficiência cognitiva dos indivíduos e não resultado das ações dos grandes bancos (Cavallero, Gago e Perosino, 2021).
Isto é, uma educação financeira dirigida para os analfabetos financeiros, como nos lembra Randy Martin (2002), que enfatiza que é preciso construir um sujeito que não sabe, e que deve ser educado financeiramente – assim, legitima-se a necessidade de uma educação financeira como instrumento para evitar um novo colapso global.
Entretanto, mais recentemente com o cenário de pandemia – de crise sanitária somada a uma crise econômica, que desencadeou o aumento do desemprego, da informalidade, descontrole da inflação e a consequente perda de poder aquisitivo das pessoas -, situação em que que o endividamento passou a ser obrigatório para muitas famílias garantirem o acesso a bens básicos para sobreviver. Novamente, tem-se uma emergência do debate da educação financeira e discussões sobre possíveis ações que levem informações para ajudar as pessoas neste contexto de crise, cabe destacar que tal conjuntura se soma ao início da implementação da educação financeira no currículo das escolas no Brasil, conforme mencionamos acima.
Além da ENEF do governo federal, nota-se também o protagonismo de agentes/consultores de investimentos, bancos (comerciais e digitais) e corretoras de valores mobiliários, e em especial, as fintechs (empresas que desenvolvem produtos financeiros digitais) - que têm movimentado o mercado de aplicativos que via gamificação buscam promover a educação financeira.
Deste modo, temos, neste contexto, a educação financeira atrelada a dispositivos tecnológicos, isto é, associada a ascensão de aplicativos voltados para distintos públicos-alvo, em especial, crianças e adolescentes.
Para este trabalho, destacamos os aplicativos TinDin, o Great Piggy Bank Adventure, bem como o jogo TÁ O$$O! desenvolvido pela plataforma do governo federal e divulgada no site Vida e Dinheiro [2]. TÁ O$$O! é um game que busca ensinar de maneira “divertida” seu público-alvo a aprender a lidar com o dinheiro – que significa a administração consciente do dinheiro e o consumo excessivo.
Os aplicativos, de modo geral, são lúdicos, ou seja, as plataformas apresentam um ambiente gamificado que buscam ensinar “brincando” a realizar o planejamento financeiro, ganhar dinheiro, poupar, consumir e investir. Até mesmo estimulam as crianças a pensar sobre a aposentadoria e a relação com o dinheiro nesta etapa da vida.
Assim, a proposta do planejamento financeiro se estende da infância para todas as fases da vida, acionando nas crianças a perspectiva de controle do futuro como estratégia/habilidade para alcançar uma boa educação financeira. Os ensinamentos via os jogos propostos nos aplicativos são tidos como desafios/metas que ao serem cumpridos, as crianças são premiadas, por exemplo, com medalhas e/ou moedas fictícias, as quais são acompanhadas de frases motivacionais.
A todo momento, os aplicativos reforçam que as crianças aprendem brincando sobre dinheiro e investimento “na prática”. Acionam, portanto, subjetivamente uma crítica ao formato de ensino das escolas, respaldando uma narrativa de que a escola não ensina para a vida cotidiana – mas que via os aplicativos (a gamificação) esta forma de educação e aprendizagem é possível e mais eficaz.
Para elucidar aos leitores, apresentaremos, brevemente dois aplicativos. O primeiro aplicativo em que realizamos pesquisa foi o Tindin, que tem como missão - ensinar o equilíbrio das finanças ao público infanto-juvenil; assim, proporciona um ambiente gamificado e direciona seus ensinamentos com base em quatro pilares da educação financeira, que de acordo com o aplicativo, são: conquistar, poupar, consumir e investir. Neste sentido, o objetivo é desenvolver a capacidade das crianças organizarem o próprio dinheiro por meio de missões e tarefas recompensadoras. Cabe enfatizar que o aplicativo apresenta interfaces separadas para crianças, responsáveis, lojistas e educadores. O Tin din, neste sentido, também disponibiliza a sua plataforma para utilização nas escolas – referente ao ensino da educação financeira que passou a ser obrigatório no país [ 3].
Outro aplicativo pesquisado é o Great Piggy Bank Adventure que é, na verdade, um jogo online criado pela Disney Co. que vem se popularizando no país. Neste aplicativo, a criança cria o seu avatar e escolhe a sua meta financeira - “comprar um coelho, um helicóptero de brinquedo, construir uma casa na árvore, entre outros”. Durante o jogo, a criança recebe vários desafios (exemplificando: “escolher entre juntar dinheiro vendendo sucos na vizinhança ou construir uma máquina de dinheiro, investir ou não na equipe de líderes de torcida da escola, etc.”). Assim, se fizer “boas” escolhas, receberá recompensas em dinheiro (fictício), que deverá ser investido em um dos bancos: os bancos de diferem pela ideia de segurança e ricos “amarelo (seguro e com menor rendimento); azul (maior rendimento, mas menos seguro) e vermelho (o de maior risco)” [4].
De modo geral – os aplicativos utilizam do mecanismo de recompensas (prêmios, pontos, medalhas), passagem de níveis, dinheiro virtual, rankings, indicadores de evolução (boas escolhas = boa educação financeira) e em alguns casos são possíveis uma competição e uma comparação de desempenho entre jogadores usuários da plataforma. As metas solicitadas durante os jogos estimulam a realização de um planejamento do orçamento, a previsão de investimentos ou mesmo a introdução de iniciativas relacionadas ao empreendedorismo, como a abertura de uma empresa.
De acordo com Henchoz (2016), podemos refletir que a meta do planejamento do orçamento impõe uma concepção de tempo (semana, mês, e ano) e da entrada regular de dinheiro (Wherry, 2017). Planejar um orçamento, desta forma, requer exatidão na previsão de receitas e despesas, e a necessidade de prever e economizar - situação incomum, no atual cenário, para muitas famílias, na qual os fluxos de renda são irregulares e os gastos praticamente direcionado para itens de sobrevivencia básica.
De maneira geral, o planejamento estimula pelas plataformas considera apenas a entrada de fluxo em dinheiro – outras moedas que compõem o orçamento no dia-a-dia como o trabaho doméstico, o trabalho do cuidado, as redes de apoio, por exemplo, não são computadas, como parte do planejamento e do orçamento.
Atingir o nível de educação financeira nos aplicativos pressupõe que as crianças desenvolvam uma racionalidade formal (cf. Weber, 1991) – ser racional, assim pressupõe superar deficiências individuais (ou aquelas práticas que não são estimuladas pela escola) e ter autocontrole emocional (cf. Hochschild, 2012).
Em outras palavras, tornar-se alfabetizado e competente financeiramente exige sacrifício e disciplina – ao passo que crianças e adolescentes por si só busquem e desenvolvam tais habilidades. Sacrifício e disciplina, neste sentido, sugerem que é necessário o desenvolvimento de habilidades racionais (planejar, consumir e investir) e de autocontrole emocional.
Aí a importância das motivações/premiações na dinâmica dos aplicativos – como forma de manter as crianças engajadas no aplicativo. As estratégias de motivações aplicadas para que as crianças adquiram as habilidades racionais – são claramente pautadas pela psicologia positiva, baseadas na proposta de treinamento cerebral a partir de situações “reais” vividas no aplicativo e nos jogos.
Ao enfatizar o conhecimento pragmático, tem-se que a educação financeira é resultado de habilidades pessoais. Isto é, os ensinamentos e os conteúdos não são apenas informativos, mas performativos que se realizam na forma como as crianças jogam/gerem as finanças e, portanto, mensuradas em gráficos, índices e indicadores de sua performance – assim, a performance é numericamente registrada.
É importante salientar o registro do desempenho – ou seja, uma visualização do desempenho do “eu” na tela do celular e/ou do computador em forma de gráficos e indicadores. O desempenho é sinalizado por métricas e ferramentas de visualização que aparentemente calculam nossa verdade pessoal, e não são elaborados por nós, mas sim por máquinas digitais (Fourcade e Burrell, 2021).
As primeiras evidências deste trabalho apontam, portanto, a produção de subjetividades financeiras e a financeirização da vida cotidiana, que visam a construção de sujeitos/crianças gestoras de si, as quais são encorajadas a auto-otimização da vida (cf. Fourcade; Johns, 2020).
Conclusiones:
O objetivo deste paper foi abordar a educação financeira a partir do advento desses aplicativos digitais voltados para crianças, bem como entender suas estratégias de engajamento e as consequências da gamificação, isto é, compreender quais tipos de subjetividades são produzidas na interface entre aplicativos, gamificação e educação financeira para crianças. Assim, as evidencias preliminares desta pesquisa apontam que os aplicativos são lúdicos, isto é, as plataformas apresentam um ambiente gamificado que buscam ensinar “brincando” a realizar um planejamento financeiro, ganhar dinheiro, poupar, consumir e investir. Os ensinamentos são realizados jogando/brincando; assim, exploram a ideia de que via os aplicativos as crianças aprendem sobre dinheiro e investimento “na prática”. Ao enfatizar o conhecimento pragmático, tem-se que a educação financeira é resultado de habilidades pessoais, e subjetivamente uma crítica ao ensino das escolas.
Em outras palavras, espera-se que as crianças, ao jogar, apreendam a lidar e incorporar no seu dia-a-dia as instruções/situações financeiras para que atinjam um nível de bem-estar financeiro – o que significa que eles usarão essas informações e desempenharão suas atividades e atingir as metas para melhorar o nível de educação financeira.
Deste modo, pressupõe que ao atingir as metas, as crianças por si só – via sacrifício e disciplina - desenvolvam capacidades individuais iguais – isto é, a conquista de tais habilidades independe de classe social, da composição das famílias, de gênero, de raça/etnia – das diferentes vivências e contextos das crianças e adolescentes – conforme Gago (2020) ignora-se o conhecimento das economias que garantem a reprodução de boa parte da população.
A educação financeira mediada por aplicativos, visa encorajar o esforço contínuo – reforçam o mantra do sacrifício e disciplina no presente para garantir um futuro de bem-estar financeiro – numericamente registrado; assim, tem-se a auto-otimização ordinal da vida cf. Fourcade; Johns, 2020) – a busca de um indicador visível, intensificando também o trabalho emocional (cf. Hochschild, 2012) das crianças.
Este cenário tem afinidade eletiva (cf. Weber, 1991), ou melhor moral – com a realidade brasileira – uma população que sempre teve que se virar para sobreviver – sem suporte/apoio de políticas públicas acesso a direitos sociais, como educação, saúde e lazer – assim, legitima-se o percurso da educação financeira.
As evidências deste trabalho apontam a produção de subjetividades financeiras e a financeirização da vida cotidiana, que visam a construção de sujeitos/crianças gestoras de si, as quais são encorajadas a auto-otimização da vida (cf. Fourcade; Johns, 2020).
NOTAS:
[1] Este trabalho em construção faz parte do projeto de pesquisa Ressignificando a economia: moralidades, orçamentos e práticas econômicas cotidianas, referente a Bolsa Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2.
[2] Todas as informações sobre a ENEF, foram retiradas do site: https://www.vidaedinheiro.gov.br/ta-osso/?doing_wp_cron=1670587753.0137810707092285156250. Data de acesso 09 de dezembro de 2022.
[3] Todas as informações referentes ao Tindin foram retiradas do site e do aplicativo (via Google Play) https://www.tindin.com.br/. Data de acesso 09 de dezembro de 2022. Vale enfatizar que alguns dados foram gerados pela bolsista de iniciação científica Thays Alves da Silva.
[4] Todas as informações referentes ao The Great Piggy Bank Adventure foram retiradas do site e do aplicativo e do site em português (via Google Play) https://www.greatpiggybankadventure.com/. Data de acesso 09 de dezembro de 2022.
Bibliografía:
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CAVALERRO, L. GAGO, V. PEROSINO, C. ¿De qué se trata la inclusión financiera? Notas para una perspectiva crítica. Realidad Económica.
nº 340, ano 51, issn 0325-1926, pg. 9-30, 2021.
FOURCADE, M., & JOHNS, F. Loops, ladders and links: the recursivity of social and machine learning. Theory and society, 49(5-6), 803–832, 2020. In: https://doi.org/10.1007/s11186-020-09409-x
GAGO, Verónica (2018), A razão neoliberal: economias barrocas e pragmática popular», Revista Crítica de Ciências Sociais, 121 | 2020,
GRÜN, Roberto. Crise financeira 2.0: controlar a narrativa & controlar a desfecho. Dados [online]. 2011, v. 54, n. 3 pp. 307-354. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0011-52582011000300003>.
HENCHOZ, Caroline. A Critical Examination of Three Assumptions Underlying Financial Literacy Programmes, 2016. All content following this page was uploaded by Caroline Henchoz on 05 December 2019.
HOCHSCHILD, A. R. The managed heart (3rd ed.). University of California Press, 2012.
MARTIN, R. Financialization of daily life Temple University Press. 2002.
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: UnB, 1991.
WHERRY, Frederick F. How relational accounting matters. In: BANDELJ, Nina et al. Money talks. Princeton: Princeton University Press, 2017.DOI : 10.23943/princeton/9780691168685.003.0004
Palabras clave:
educação financeira, crianças, aplicativos, gestão de si.
#01854 |
LA ANÉCDOTA COMO ESTRATEGIA DIDÁCTICA PARA MEJORAR LA EXPRESIÓN ORAL DE LOS ESTUDIANTES DE SEXTO GRADO EN LA INSTITUCIÓN EDUCATIVA MUNICIPAL MORASURCO DE PASTO
El proceso de comunicación implica la participación de un emisor, un receptor, el contexto, un mensaje y un canal a través del cual se emite el mensaje; la capacidad de comunicación que cada sujeto posee se estructura y desarrolla mediante la interacción que establece con otros sujetos que lo rodean y es un proceso marcado por el contexto, por la cultura, y por el ambiente; en este sentido el lenguaje ejerce un papel básico en el proceso comunicativo al ser una herramienta social a través del cual el ser humano establece relaciones con los otros seres humanos que lo rodean, además el lenguaje es el medio para expresar pensamientos, ideas, experiencias, y necesidades.Un ser humano que se comunica de manera comprensible con los demás se desenvuelve apropiadamente en la sociedad. Si una persona no puede comunicarse con sus semejantes, puede limitar muchos aspectos de la cotidianidad donde requiere interacción y entendimiento mutuo. En este sentido es válido acotar que, dentro del contexto escolar, de acuerdo a Ramos y Méndez (2011), los educandos desarrollan su personalidad según las influencias que reciben de las relaciones comunicativas interpersonales dentro del contexto escolar.Sin embargo, hay contextos en los que la expresión oral se ve limitada a la transmisión de mensajes por parte del docente que no favorecen eldesarrollo expresivo de los estudiantes, por ello la necesidad de mejorar el proceso comunicativo; así las cosas, en la presente investigación se observó elproceso comunicativo de estudiantes de una escuela rural del Municipio de Pasto; donde se determinó un proceso comunicativo reducido a lo ya mencionado: la transmisión de mensajes por parte del docente sin la utilización de estrategias que mejoren la capacidad expresiva de los estudiantes.Frente a la problemática expuesta, se determinó que la anécdota podría ser una estrategia eficaz para desarrollar en los estudiantes una adecuada habilidad de la expresión oral con sus compañeros y con sus docentes, dado que la anécdota, como una narración corta o extensa, puede mejorar la expresión de quien la realiza, al ser referida como algo real, significativo, una experiencia interesante o graciosa ocurrida a quien la cuenta, y que llama la atención porque contiene algo curioso.Así pues, la anécdota es una de las estrategias que permite afrontar graves deficiencias comunicativas orales que presentan los estudiantes en edades tempranas, ya que es por medio del habla que los niños mejoran su aprendizaje. Por medio de la expresión oral, los estudiantes pueden expresar los conceptos previos que tienen en sus mentes, permitiendo retener y entender con mayor facilidad la información de dichas concepciones; es por ello que se debe dar la oportunidad a los estudiantes de expresar sus propias ideas y de escuchar otras.
#01938 |
Instrumentación de una propuesta de participación comunitaria al interior del Consejo Nacional de Fomento Educativo
En 2017, al interior del CONAFE se actualizaron las minutas de asamblea que solicitaba el Consejo Nacional de Participación Social en Educación, para realizarlo, se consideró necesario orientar la intencionalidad educativa de los Consejos de Participación Escolar (CPE) desde los Enfoques de Derechos y de la Educación Comunitaria. Era necesaria esa postura porque el Modelo Administración Centrada en la Escuela afectó sobre todo a los actores educativos en las escuelas unitarias[1] pues los recursos económicos se han dirigido a las escuelas graduadas, canalizando a éstas recursos de infraestructura, humanos, así como programas federales y estatales. El diseño de dos materiales de apoyo para impulsar la participación comunitaria incluyó elementos de la metodología de planeación participativa. Uno estuvo dirigido a las figuras educativas: ofreció contenidos relacionados con el ejercicio de derechos a participar y ser consultados, ejemplos de circunstancias que violentan los derechos de los niños y explicaciones relacionadas con la utilidad de aplicar un plan de trabajo para favorecer que los alumnos, desde pequeños, desarrollen autonomía, capacidades y con ello aprender y construir ciudadanía. Se pretendió articular talleres, proyectos y programas que reciben los servicios educativos, mediante la intervención de diversas instituciones e instancias de gobierno local y privados, para posibilitar que los padres de familia cuenten con recursos materiales y de asesoría técnica que les permitan realizar las actividades extraescolares. El material dirigido a la mesa directiva de la Asociaciones Promotoras de Educación Comunitaria (APEC) incluyó las tres minutas de asamblea, donde ésta registraba información cualitativa relacionada con su plan de trabajo, seguimiento a las actividades y la evaluación de sus resultados. Las tres se aplicaron durante el ciclo escolar 2020-2021. La información de los planes de trabajo elaboradas por las APEC en las Coordinaciones de Operación Territorial de Nuevo León, Tamaulipas, Sinaloa, Coahuila, Morelos y Tabasco se sistematizó. Los resultados revelan que las representaciones de padres no han podido incidir en los asuntos que les competen porque no es asequible la interlocución con las instituciones para definir los propósitos y el diseño de los proyectos que en comunidad se consideran necesarios; tampoco reciben respuestas concretas ante las insuficiencias de material educativo y la institución no ha sistematizado, analizado y utilizado la información que ha solicitado a las APEC.Las condiciones adversas para que los alumnos accedan a sus derechos a la educación, esparcimiento, la salud y la protección obligan a impulsar la participación para que los actores educativos para incidir en la construcción de soluciones a problemas que les competen y hacer públicas sus opiniones para una efectiva colaboración con las instituciones. [1] Aquéllas donde un Líder de Educación Comunitaria (LEC) enseña a alumnos de diferentes grupos de edades y grados de primaria, que cumple también funciones administrativas.
#01962 |
El recurso artístico como eje de trabajo para la promoción de derechos de las infancias: desafios durante la pandemia del Covid 19
GT 20: Sociología de la Niñez, Juventud y EnvejecimientoDerechos humanos e infanciasEl recurso artístico como eje de trabajo para la Promoción de derechos en las infancias: Desafíos durante la pandemia del Covid 19 Autoras:Lorena BorracciMariela IbarraClaudia LópezEl dispositivo “Teatro en las escuelas'', de la Defensoría del Pueblo de la Ciudad de Buenos Aires, tiene como objetivo crear un espacio a partir del cual la comunidad educativa pueda participar en el debate, la reflexión y el compromiso sobre los diferentes derechos, la convivencia y la resolución de conflictos a partir del uso de recursos artísticos. Se ha consolidado a través de su trayectoria como una vuelta reflexiva sobre estas herramientas y ha demostrado ser una modalidad eficaz para abordar la conflictividad en los distintos escenarios escolaresPensamos la Escuela como un espacio de encuentro e intercambio entre los distintos actores que conforman la comunidad educativa, representa por eso una herramienta central en la formación de ciudadanxs. Es por ello que en el contexto de crisis mundial que nos interpeló en el 2020 y que puso y pone aún; todo nuestros conocimientos y saberes en discusión, consideramos fundamental brindar un soporte desde nuestra institución, que permitiera canalizar las situaciones emocionales que atravesaron las infancias y que a su vez proporcione herramientas a lxs docentes que contribuyan a promover derechos, focalizando nuestro trabajo en la promoción y difusión de la Educación Sexual Integral como un derecho fundamental.Pensamos por esta razón que profundizar en los alcances y contenidos de la Educación Sexual Integral como un derecho humano, y como una estrategia para mejorar la calidad de vida actual y futura, es una tarea que nos permite aportar herramientas para el desarrollo del bienestar y la salud de las infancias.MetodologíaNos propusimos contribuir mediante recursos artísticos a la promoción y difusión de los derechos de las infancias. Buscamos fortalecer a través de distintos recursos artísticos en la escuela la formación y fortalecimiento de los valores humanos de igualdad, respeto, tolerancia, pluralismo, cooperación, atención a la diversidad y el respeto a las diferencias. A partir de canciones, videos, usos de redes como Tik Tok e Instagram, las distintas actividades propuestas por el dispositivo buscaron promover el reconocimiento del derecho personal de cada alumnx a su identidad elegida/autopercibida y a recibir la mejor educación, con cuidado especial de la formación de su identidad personal. Así como también fortalecer el derecho al reconocimiento positivo de las diversas culturas y lenguas y de su necesaria presencia y desarrollo en la escuela.
#03437 |
Cuerpo de agua tejido de palabras: saberes ambientales y narrativas orales del pueblo Magüta en la formación de lecturas de la primera infancia.
En el resguardo indígena Magüta de San Sebastián de los Lagos en Leticia capital del Amazonas colombiano, se cuenta que para narrar a las mamás y a los bebés la historia de cómo surgió su pueblo, se va jugando a lanzar un anzuelo mientras se sacan unos peces de papel y se va representando el movimiento de la pesca acompañado con cantos: “mostrando así como fuimos pescados”. En las historias del tiempo antiguo se narra que los Magüta, también conocidos como Tikuna, ubicados mayoritariamente en la triple frontera amazónica (Brasil, Perú y Colombia), fueron pescados en el lago Eware por Yoí, uno de los gemelos y dioses míticos nacidos de la rodilla derecha de su padre Ngutapa quien a su vez fue creado por Mowíchina, el dios que creó a todos los creadores del vapor del agua. Yoí utilizó un anzuelo que tenía como carnada yuca dulce con cáscara, e intentaba pescar a su hermano Ipi, quien se había exprimido así mismo mientras rallaba la pepa de huito (genipa americana) para poder pintar a su hijo recién nacido. Las historias de tradición oral han sido entendidas como narrativas intergeneracionales originadas a la luz de un pasado ancestral; esos saberes encarnados en el cotidiano y en la experiencia de encuentro con el territorio, lejos de pertenecer a un pasado estático, se materializan en un presente dinámico que se adapta a nuevos contextos y formas de narración. Estas prácticas de lectura y de narración de historias en la primera infancia, así como sus consecuencias benéficas en el desarrollo integral de los niños y niñas, se han constituido como un campo de estudio de amplia discusión interdisciplinar. Muchas de las reflexiones coinciden en la experiencia de la lectura en esta etapa como la posibilidad de acompañar a las infancias en la construcción de sentido, ayudándolas a “descubrir las estructuras específicas del lenguaje y la complejidad de su funcionamiento”. Este trabajo tiene como eje central el análisis de las historias orales de los indígenas Magüta en relación con el saber ambiental; éste saber se propone como un entramado de conocimiento racional y de conocimiento sensible, una apuesta por conocer los saberes que han sido ignorados a través de la subyugación de cosmogonías que piensan la vida y la tela de relaciones entre los seres y el mundo mucho más allá de esquemas occidentales. Para lograrlo, se propone desde un abordaje etnográfico, explorar la pregunta por los entre lugares de los saberes orales en las prácticas educativas en contextos no formales, buscando comprender la percepción que los niños y niñas de la primera infancia tienen sobre los relatos que escuchan y cómo esas historias pueden contribuir a la educación infantil indígena intercultural.
#03784 |
El impacto de la Pandemia en la educación básica: la experiencia de una escuela pública para niños de escasos recursos.
Se eligió como objeto de estudio a la comunidad de una escuela de control público que cuenta con el auspicio de la Fundación Ford (quienes consideran a la educación como uno de los pilares fundamentales para el desarrollo de la sociedad), la elección se hizo con base en las características socioeconómicas de las y los alumnos de esta escuela.El objetivo es indagar sobre tres aspectos: las condiciones humanas y materiales a las que se enfrentaron las y los miembos de la comunidad escolar durante el confinamiento por la pandemia de Covid-19 en los meses que trabajaron fuera de su aula, especificando los recursos disponibles y utilizados; además del uso del tiempo en el mismo periodo; y las percepciones sobre el aprendizaje no realizado inmediato y acumulado para las y los estudiantes, dando importancia al impacto socioemocional. Analizando las pistas de investigación actor por actor tenemos que las madres y padres de familia invirtieron de manera diferenciada en la educación de sus hijos, buscando minimizar la pérdida de aprendizajes, destinando tiempo y/o dinero para ello. Por lo que la pérdida de aprendizajes fue heterogénea, incrementando así las brechas de desigualdad social. Las y los docentes recibieron e implementaron las estrategias educativas propuestas por los Gobiernos Federal, Estatal y de su zona escolar. Sin embargo estas estrategias no responden a las necesidades específicas de la población objetivo y del cuerpo docente, por lo que hubo una adecuación a los disponibles y conocidos. Por ello indagar las coincidencias y diferencias entre el ámbito federal de planeación y la operación local para sugerir adecuaciones que rompan con la lógica centralista y que impulsen la lógica de la federalización educativa, para adecuarse a los problemas de cada región. La experiencia de los estudiantes dará pista de la cobertura de necesidades, previamente caracterizadas, y se hará especial énfasis en las habilidades socioemocionales, las experiencias y socialización que se perdieron en estos dos años, incluso en el impacto que tendrá para la primera infancia haber estado aislada en su desarrollo temprano.La metodología es cualitativa, está compuesta por entrevistas a profundidad con: 6 madres y padres de familia, 4 docentes, una directiva, y encuestas a 20 alumnos de diversos grupos.Se considera que además del análisis de costos, recursos y eventuales beneficios experimentados por la comunidad escolar, es pertinente indagar en torno a los elementos que permitirían mejorar las condiciones de las y los infantes, para proponer planes de acción que abonen a incrementar su bienestar, o minimizar el impacto de la pandemia por Covid-19 en el entorno específico de escasez de recursos y alta vuonerabilidad.
#04955 |
La reproducción de los estereotipos de género en la infancia: análisis sociológico de los juguetes “neonatos”.
Stephanie Alarcón González1
1 - Facultad de Ciencias Políticas y Sociales, UNAM.
Una de las maneras en que la población infantil aprehende los mecanismos de interacción social es a partir del juego y el uso de los juguetes. Dicho aprendizaje tiene como consecuencia que las y los infantes se diferencien de acuerdo con roles de género preestablecidos, donde, por ejemplo, las niñas interiorizan que deben jugar con muñecas y los niños con carritos.De esta manera, las niñas van moldeando y asumiendo prácticas sociales en torno a un habitus de género. El cual se puede ir configurando mediante: 1) el rol de la mujer en el cuidado maternal, 2) el reforzamiento de una idea de belleza y 3) los estereotipos de género con base en los estilos de vida. Por ello, este trabajo tiene como pregunta de investigación ¿de qué manera afectan los juguetes ‘neonatos’ (marca Distroller) en la socialización entre niñas de cinco a nueve años en la Ciudad de México? Se considera como hipótesis “al ser los neonatos un juguete usualmente preferido por niñas y que promueve los cuidados hacia un bebé, reproduce entre sus consumidoras el rol social dominante adjudicado a las mujeres”. Para realizar este estudio, se utilizaron técnicas cualitativas como etnografía (realizada en tiendas departamentales), investigación participante (denominada jugar el juego), entrevistas a profundidad (a usuarias de cinco a nueve años y a sus mamás) y el análisis de dos vídeos (uno de difusión de Distroller y otro es una parodia sobre el aborto).Los resultados obtenidos fueron: 1) existe una similitud de los ksi méritos (es una versión de los “neonatos”) con los bebés humanos, su única diferencia es la forma de su cuerpo; 2) al ubicarse en las tiendas en las secciones de niñas y utilizar colores que se asocian a lo femenino, es un juguete que tanto las y los niños como las madres lo consideran para niñas y; 3) al tener un estilo de juego que radica en brindar cuidados a un muñeco y llevarlo a sus consultas médicas mensuales, la empresa reproduce los estereotipos de género donde las niñas adquieren un cierto tipo de habitus de ser mujer.
11:00 - 13:00
GT_20- Sociología de la Niñez, Juventud y Envejecimiento
De la formación ciudadana a las políticas públicas y de juventudes
#00212 |
La Imagen de los estudiantes de Educación Media Superior sobre la formación ciudadana. Un estudio desde las Representaciones sociales
El propósito de esta ponencia es analizar las Representaciones Sociales (RS) de los estudiantes de Educación Media Superior (EMS) sobre la formación ciudadana que ejercen en su contexto social. El tema resulta importante por la necesidad de la institución escolar de formar éticamente a sujetos autónomos, con capacidad de decisión y responsables cívicamente (Bolívar, 2005). El reto en los planes y programas de estudio es lograr influir en los estudiantes de EMS para que se inmiscuyan en los temas políticos del medio y, de este modo, los integren en su vida en sociedad, ello mediante la formación, que es definida como: la capacidad y disposición de las personas para aprender y ser competentes en su entorno social (Gadamer, 1991). Para el presente estudio se expone parte de los resultados de una investigación más amplia. En los siguientes apartados se indican, primero, el planteamiento del problema sobre la formación ciudadana en EMS y los jóvenes; en el segundo apartado, se describe la teoría utilizada para esta investigación con el objeto de resaltar los conceptos fundamentales de las RS, para así comprender las manifestaciones que expresan los estudiantes sobre su formación. En el tercer apartado se muestra la metodología para la obtención de los datos del estudio; en el cuarto, se despliegan los resultados; y, en la última parte, se hace una breve conclusión.
#00263 |
Entretención y formación ciudadana de adolescentes en el contexto de la pandemia. Entre telenovelas y juegos.
Lorena Antezana1
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Cristian Cabalin
1
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Pablo Andrada
2
1 - Universidad de Chile.2 - Universidad de La Serena.
Entre los muchos cambios y desafíos vividos estos dos últimos años de pandemia, la formación y socialización de los y las adolescentes ha sido y es uno de los más relevantes. Dos años de aislamiento han repercutido en su aprendizaje formal (la escuela) y en sus vínculos sociales. Su retorno presencial a las aulas los encuentra con altos niveles de agresividad y violencia y una formación ciudadana que si antes del encierro era baja ahora puede ser mucho menor. Esta ponencia presenta una propuesta metodológica cualitativa asociada a un juego de cartas sobre telenovelas para conversar sobre ciudadanía como parte del proyecto “Formación de audiencias ciudadanas: Adolescentes y telenovelas en tiempos de intolerancia” (ANID/ FONDECYT regular 1200108), en el que desde la perspectiva de la pedagogía pública importa estudiar cómo la televisión propicia aprendizajes significativos en las generaciones más jóvenes y con menor capital cultural. Nos preguntamos: ¿Cómo los discursos sociales de las telenovelas contribuyen a la formación ciudadana de adolescentes chilenos de sectores populares y sectores medios?En investigaciones previas (Antezana y Cabalin, 2016; Antezana y Andrada, 2018) ya habíamos constatado que el consumo de telenovelas por parte de los adolescentes es significativo y que estas producciones son las únicas de carácter nacional que ven. Esto se ha incrementado durante la pandemia, donde la televisión abierta emitió, además de las nuevas producciones, 26 telenovelas antiguas. Esta oferta encontró un aumento en el número total de televidentes en los distintos rangos de edad, entre los que se encuentran las y los adolescentes.Las telenovelas chilenas, construidas desde el presente y vinculadas con el contexto social, son una fuente privilegiada para conversar sobre ciudadanía con este segmento etario y los juegos de cartas se pueden utilizar como estrategias pedagógicas para facilitar la comprensión y aprendizaje de este tipo de temas. Es así que basados en el análisis de los contenidos de las telenovelas chilenas del 2000 en adelante y los resultados de una encuesta sobre su consumo aplicados a adolescentes chilenos de sectores medios y populares presentamos una propuesta de juego de cartas sobre telenovelas para conversar sobre ciudadanía con ellos y ellas. De esta forma, pretendemos contribuir al estudio de audiencias juveniles en contextos de alto consumo mediático en línea en el contexto de la pandemia.
#00411 |
GRUPOS ETÁRIOS E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA: análise do perfil sociopolítico dos candidatos jovens e idosos nas eleições municipais de 2020 nos municípios brasileiros
CARLOS AUGUSTO DA SILVA SOUZA1
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JADE NEVES MOREIRA
1
Esta pesquisa apresenta como objeto de investigação entender a participação de jovens e idosos na esfera da representação política, tendo como locus de investigação as eleições para as Câmaras de Vereadores ocorridas em 2020 nos municípios brasileiros. Entende-se que estes segmentos enfrentam processos de exclusão na esfera da representação política, pois os dados indicam que a proporção de jovens na faixa etária entre 18 a 29 anos corresponde a cerca de 26,9% da população total do país (IBGE, 2010), mas sua efetiva participação no processo de formação das bancadas tem se situado em torno de 7,8% (em média) nas quatro últimas eleições municipais. Já os idosos representavam cerca de 13% da população do país em 2017, mas elegeram em torno de 7,2% nas quatro últimas eleições municipais, o que indica a condição de sub-representação a que este grupo está submetido.Desta forma, esta pesquisa pretende entender de forma comparativa a participação de candidatos jovens e idosos no processo de representação político, procurando estabelecer padrões comparativos do perfil destas candidaturas com outros segmentos etários
#01154 |
Creencia en la política y autocalificación generacional: Un estudio sobre jóvenes estudiantes ante el primer voto en elecciones presidenciales (AMBA, Argentina, 2019)
Esta ponencia presenta resultados parciales de la instancia cuantitativa de una investigación más amplia realizada en el Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA), Argentina, en 2019, con estudiantes (N=272) de escuelas privadas y públicas, de 17 a 19 años de edad que votan por primera vez en elecciones presidenciales. Con el propósito de comprender los esquemas de pensamiento y las emociones que intervienen en la politización juvenil, incorporando una perspectiva de clase, en este trabajo brindamos conocimiento empírico y problematizamos aspectos del vínculo subjetivo que jóvenes ciudadanxs de clases bajas, medias y altas establecen con la política. En esta línea, ofrecemos un análisis estadístico de datos surgidos de dos (2) ítems del cuestionario ad hoc aplicado, que indagan: a) la creencia (afirmativa y negativa) de lxs jóvenes en la política y en los políticos, de modo relacional, diferenciando entre creencia/no creencia absoluta y relativa; y b) la autocalificación de lxs jóvenes como agentes del futuro del país, en relación con los recursos y la riqueza que creen/no creen que posee/están en manos extranjeras. Como principales hallazgos encontramos que si bien la confianza en la política es transversal a lxs participantes de todas las clases sociales, la confianza relacional absoluta (creer en la política y en los políticos) es mayor en jóvenes de clases altas que en jóvenes de clases bajas y medias, y la desconfianza absoluta (no creer en la política ni en los políticos) es prácticamente no significativa en jóvenes de clases altas, pero tiene importantes niveles de adhesión en clases bajas y medias. Ahora bien: aunque observamos estos matices en las creencias relacionales en la política y en los políticos, la autocalificación generacional positiva aparece como transversal a las diversas clases sociales; de modo que lxs jóvenes se consideran agentes del futuro del país tanto si creen como si no creen en la política y en los políticos. No obstante, dentro de la tendencia general encontramos diferencias significativas en distintas clases sociales, ligadas a la relación entre autocalificación y fundamentación en los recursos del país: mientras que lxs jóvenes de clases altas fundamentan mucho más su elección en la posesión de recursos, lxs de otras clases sociales muestran una mayor adhesión relativa también a la opción donde éstos están en manos extranjeras. En diálogo con estudios anteriores que analizaron las disposiciones a la participación política desde una perspectiva de clase en 2015, el presente trabajo plantea conexiones significativas en un plano interpretativo entre las representaciones individuales sobre la política y el proceso sociohistórico de politización juvenil en la Argentina en la segunda década del nuevo milenio.
#02178 |
Opinión política de adolescentes sobre conflictos internacionales: Rusia y Ucrania
En medio de conflictos internacionales, trasnacionales y recientemente una pandemia, es relevante investigar sobre la manera en la que la información sobre tales eventos llega a los más jóvenes y cómo reaccionan a esta. Las redes sociales vistas desde un aspecto informativo son medios y fuentes recurrentes para las personas que pasan la mayor parte de su día sin soltar un Smartphone. En este contexto global, en el que la presencia de jóvenes es común en grupos de autodefensa, partidos políticos y hasta carteles narcotraficantes y células terroristas, considerar la voz de las y los jóvenes es vital para entender todo un proceso que les posiciona como seres con opinión y cercanos a formar un pensamiento crítico o por lo menos consciente de la realidad política internacional. Durante 2019 y 2020 se realizó una investigación con estudiantes de secundaria entre los 12 y los 16 años tanto del estado de Puebla como de Tlaxcala con la intención de identificar sus opiniones políticas respecto a conflictos y eventos internacionales de diversa índole. Ahora presentamos el mismo ejercicio de conocer la opinión política de jóvenes entre 11 y 18 años de ambos estados, pero en el caso específico del conflicto militar entre Rusia y Ucrania el cual lleva más de dos meses. Tal actualización propone exponer el carácter político y efímero que mostraron las opiniones obtenidas enfatizando en la forma de construirlas a partir de elementos clave en publicaciones en redes sociales tales como memes, videos, publicaciones, etc.
#02605 |
O novo ensino médio como política pública educacional para juventude: primeiras aproximações
Este estudo visa averiguar como o conceito de juventude está inserido nos documentos oficiais do ensino médio, tendo, também, como objetivos minuciar a proposta para o novo ensino médio, a fim de compreender como as reformulações da etapa da educação básica voltada à juventude interferem na formação integral dos jovens e como os discursos dos formuladores dessa política pública educacional abordam essa categoria socialmente constituída. As questões teórico-metodológicas fundamentam-se na pesquisa qualitativa e o percurso metodológico do estudo se dará por meio das pesquisas bibliográfica e documental, utilizando a Análise Documental como fonte de informação para investigar os documentos oficiais reguladores da proposta vigente do novo ensino médio e bibliografia específica sobre as temáticas. Após mapeamento e interpretação dos documentos, será realizada análise dos dados em perspectiva crítica, visando ao reconhecimento da centralidade da juventude no processo de reformulação da etapa da educação básica destinada a essa categoria.
13:00 - 15:00
GT_20- Sociología de la Niñez, Juventud y Envejecimiento
Aquí pusieron los de Adolescgentes y Jóvenes en contextos escolares
#00660 |
La violencia intrafamiliar y escolar en jóvenes de educación media. Una visión en tiempos de pandemia y pospandemia.
Ma. Isabel García Uribe
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Mónica González Márquez1
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Valeria Mendoza García
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El brote de la COVID-19 desencadenó en la población en general diversos efectos negativos en el ámbito económico, social, familiar y educativo. La pandemia implicó la implementación de estrategias para evitar la propagación del virus, una de ellas fue el confinamiento, que consistió en el aislamiento y distanciamiento social. Durante este periodo, las familias se vieron forzadas a nuevas formas de convivencia, a pasar mayor tiempo en familia, los roles se modificaron, en algunos casos aparecieron nuevas formas de violencia y en muchos otros se vio agudizada. En el ámbito escolar las formas de violencia se modificaron al cambiar el espacio presencial al espacio virtual. La pospandemia en cambió, implicó el regreso paulatino a las actividades, un mayor control del virus y una reducción en el número de contagios. Ante estos escenarios, el objetivo del presente estudio es mostrar las manifestaciones de violencia intrafamiliar y escolar en adolescentes en tiempos de pandemia y pospandemia. Fue un estudio cuanti-cualitativo de carácter transversal, que se llevó a cabo con una muestra no representativa de 33 adolescentes, de dos instituciones educativas, una pública y una privada de educación media en México. Estuvo dividido en dos fases: en la 1ª fase se aplicó una encuesta denominada “El Clima escolar y Clima familiar. Un estudio multifactorial”; en la 2ª fase, se aplicó una entrevista semiestructurada a profundidad. Los resultados indican que durante la pandemia la violencia intrafamiliar se manifestó en más de la mitad de los hogares, siendo la violencia verbal y emocional las que se presentaron en el total de la población estudiada. La violencia física, material y sexual también se presentaron durante este periodo. En cuanto a la violencia escolar, la exclusión escolar y la violencia entre pares se presentaron por encima de la media, teniendo esta última un mayor impacto en la institución privada. En la pospandemia, la violencia intrafamiliar tuvo un decremento significativo. La violencia verbal y emocional se redujeron; la violencia física, material y sexual se erradicaron. En cuanto a la violencia escolar, los indicadores de exclusión escolar se erradicaron en la institución privada y considerablemente en la institución pública, así también la violencia entre pares. El acoso escolar, ciberacoso, violencia física, conductas delictivas y miedo de asistir a la escuela se erradicaron. Se encontró como hallazgo efectos psicológicos positivos en pospandemia como disminución de síntomas depresivos, de ansiedad y de síntomas por confinamiento. Se concluye que los estragos que dejó la pandemia a nivel familiar, escolar y personal en algunos casos, fue un detonante para el desarrollo y/o mantenimiento de relaciones violentas entre miembros del seno familiar y dentro de la escuela. En otros, se muestra que la pospandemia trajó consigo una mejora del ambiente familiar y escolar.
#02809 |
¿Quiénes y cómo son los estudiantes de Sociología?
Las investigaciones y reflexiones sobre la Sociología de la Niñez, Juventud y Envejecimiento son esenciales para entender la dinámica de la sociedad. Pero en el trabajo que aquí se presenta resulta relevante la reflexión sobre la juventud y no cualquier juventud, sino aquella que se encuentra en el segmento de formación educativa superior, es decir, la juventud universitaria y dentro de ella a la juventud estudiosa del área científica -académica de Sociología. Así, el interés específico es resolver la concreta cuestión que se traduce en la interrogante siguiente: ¿Quiénes y cómo son los estudiantes de Sociología?, para dar respuestas específicas de una realidad particular, la investigación examina de manera cuantitativa y cualitativa las habilidades sociales de los estudiantes de Sociología de la Universidad Nacional Pedro Ruiz Gallo. Para ello, se realizó un diagnóstico sobre las habilidades sociales complejas con las que contaban estos estudiantes y se investigó el rol docente en la construcción de habilidades sociales complejas en los universitarios; además se ejecutó y validó una propuesta para fortalecer las habilidades sociales. La relevancia del trabajo de investigación radica en que ofrece una discusión de los conceptos esenciales, de las formas como fueron abordadas y las contextualiza con los resultados encontrados. A partir de los resultados teje una propuesta que se orienta al fortalecimiento de las habilidades de los estudiantes. Así, la investigación contribuye al entendimiento de la realidad de un importante grupo humano desde una perspectiva sociológica.
#03390 |
Afirmando la vida en tiempos de pandemia: jóvenes universitarios como agentes de cambio para la prevención del suicidio en la ciudad de Manizales- Colombia
Adriana Zapata Martínez1
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Victoria Salazar Gil
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1 - Universidad de Caldas.2 - Universidad Autónoma de Manizales.
El suicidio (consumado y como intento) en jóvenes universitarios constituye una problemática social en el contexto local, regional, nacional e internacional, que se agudizó con la emergencia sanitaria y el confinamiento preventivo, siendo un eje fundamental de la agenda pública y política de los Estados, donde se hace necesario y urgente la consolidación de proyectos y programas que permitan abordar los factores de riesgo y protección del suicidio, donde los/las jóvenes puedan encontrar el sentido de vida, construir su propio proyecto, reafirmar la vida y ser ser agentes de cambio. De este modo, las Universidades de la alianza SUMA (Sistema Universitario de Manizales- Colombia), se unieron estratégicamente con el interés de poder dar respuesta a esta situación, con el fin de co-crear un programa de investigación- intervención psicosocial y comunitaria para la afirmación de la vida y la prevención del suicidio con jóvenes universitarios, partiendo desde una perspectiva interdisciplinaria y multideterminada del comportamiento suicida, pues es el resultado de la interacción de factores no sólo biológicos y psicológicos, sino también socioculturales, familiares y relacionales, donde la redes juegan un papel fundamental.Es así como el propósito de esta ponencia es presentar los resultados preliminares de esta investigación, la cual realizó un diagnóstico participativo y construyó una línea base de los factores de riesgo y factores protectores frente al comportamiento suicida en jóvenes universitarios; esto, con el fin de generar líneas estratégicas y de acción psicosocial y comunitaria en articulación con las redes identificadas. De igual manera, se realizaron procesos de formación psicopedagógica con jóvenes universitarios, los cuales identificaron diferentes estrategias y recursos para constituirse como agentes de cambio, resistir los efectos de la pandemia y contribuir a la prevención del suicidio, siendo la familia, la universidad, y las redes sociales y comunitarias, actores fundamentales en este proceso de reafirmar la vida.La propuesta metodológica se plantea desde la Investigación Acción Participativa, a través de la cual se realizó un diagnóstico participativo y el levantamiento de la línea base, así como la aplicación de técnicas cualitativas y cuantitativas. De igual manera, se realizó la fase de capacitación de los gatekeepers, la cual se llevó a cabo desde un acercamiento hermenéutico- fenomenológico. Como resultado, se tiene una primera propuesta de programa de investigación- intervención psicosocial y comunitaria para la afirmación de la vida y la prevención del suicidio con jóvenes estudiantes universitarios, que oriente las acciones institucionales de las Universidades de la Alianza SUMA- Manizales, a partir de la identificación de factores de riesgo y de protección, que permitan generar procesos de prevención y atención, considerando las redes construidas y las ya existentes, donde los jóvenes, las familia, la comunidad y los actores de las universidades sean protagonistas de este proceso.
#03802 |
DESAFIOS E SINGULARIDADES NAS EXPERIÊNCIAS DE JOVENS NEGRAS UNIVERSITÁRIAS: AS INTERFACES ENTRE GÊNERO, RAÇA E CLASSE
O presente trabalho é parte da pesquisa de doutorado em educação que se encontra em andamento. O estudo intitulado de Desafios e singularidades nas experiências de jovens negras universitárias: as interfaces entre gênero, raça e classe apresenta como problema de pesquisa o seguinte questionamento: de que forma as questões socioeconômicas, cor/raça e de gênero afetam e como afetam as experiências de jovens negras universitárias na cidade de Parnaíba-PI. De maneira geral visa compreender como jovens universitárias pretas e pardas tem suas experiências marcadas pela condição socioeconômica, raça/cor e gênero. Especificamente o estudo pretende conhecer as experiências de jovens universitárias pretas e pardas; analisar as interfaces entre gênero, raça/cor e condição socioeconômica e as experiências de estudantes universitárias na cidade de Parnaíba (PI) e identificar os desafios vivenciados por jovens negras universitárias e os recursos e estratégias mobilizados por elas para superá-los. Frente a estes objetivos, a abordagem contemplada é de cunho qualitativa. De maneira preliminar, as pistas emitidas pelas jovens dão conta que elas vivenciaram inúmeras dificuldades ao ingressaram na universidade. Com base nos relatos estes obstáculos estão associados ao fato de serem oriundas da escola pública e terem uma trajetória educacional acidentada com muitas lacunas; as questões econômicas e geográficas, falta de acesso à tecnologia e a informação; dificuldade de adaptação as regras institucionais. Ainda foi possível constatar um silêncio ou não saber identificar situações de preconceito por parte de alguns jovens que dizem ter conhecimento da existência do racismo, mas nunca ter sofrido nenhuma situação. Outras sinalizam claramente a vivência de situações explicitas ou sutis de preconceito e discriminação por sua condição socioeconômica, de gênero e raça/cor. PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Raça/cor. Condição socioeconômica. Jovem negra universitária. Desafios.
#04032 |
A invisibilidade seletiva e as adolescentes do DEGASE
O presente trabalho reflete sobre o conceito de invisibilidade seletiva, desenvolvido por ambas as autoras no âmbito de suas trajetórias de pesquisa no campo da socioeducação feminina. Busca apresentar as singularidades expressas na institucionalização das adolescentes/meninas inseridas no DEGASE/RJ (Departamento de Ações Socioeducativas do estado do Rio de Janeiro) que cumprem medidas socioeducativas em meio fechado e possuem suas realidades marcadas pela violência estrutural e atravessadas pela invisibilidade seletiva. Assim, o trabalho apresenta um debate sobre as violências, a questão de gênero e a interseccionalidade face às questões vivenciadas por adolescentes do sexo feminino em situação de socioeducação. Apesar dos estudos voltados ao feminino e ao público infanto-juvenil terem aumentado expressivamente nas últimas décadas, a temática estudada ainda carece de maior atenção no que tange a face da socioeducação feminina. O conceito apresentado nos ajuda a pensar sobre o fato da invisibilidade que ronda determinados grupos sociais até que estes cruzem o limite do legalmente instituído e aceito socialmente, tornando-os então, muito visíveis para a sua criminalização e estigmas. Para demonstrar este quadro, resgatamos parte dos estudos realizados pela autora principal em sua tese de doutorado, somado a uma revisão bibliográfica mais recente em textos pertinentes ao tema dentro da área das Ciências Sociais Aplicadas e o resgate de informações registradas em diários de campo alimentados durante nossa participação em um projeto de pesquisa desenvolvido no DEGASE durante os anos de 2017 e 2020. Acreditamos que o presente trabalho possa contribuir para a ainda incipiente produção na área (se em comparação com o masculino) que permanece necessitando de olhares atentos e diversos, que busquem problematizar o fenômeno de modo mais aprofundado, fortalecendo a Doutrina de Proteção integral preconizada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os preceitos do Sistema Nacional de Acompanhamento de Medidas Socioeducativas (SINASE) e a garantia de direitos deste público de forma ampliada. Auxiliando na inclusão/permanência da temática nas agendas de discussões públicas e no processo de desenvolvimento de políticas públicas efetivas para a área.
Evolución de histórica de la imagen del Buchón en Sinaloa México.El objetivo de este trabajo es analizar los procesos históricos y culturales de las expresiones e imágenes de la indumentaria, que representan a una región y que son imitadas por los jóvenes, a través de lo que se ha llamado el Buchón. Históricamente la indumentaria del Buchón ha sido refugio cultural de un estilo de vida preestablecido, por el riesgo que trae la siembra y el tráfico de drogas en Sinaloa. Ha evolucionado a través de las imágenes estéticas que incorporan a sus formas de vestir, los habitantes de una región, han cambiado conforme la formación de procesos e influencias culturales. No obstante, el riesgo que trae el imitar una expresión de imagen o moda, como la del Buchón en Sinaloa, pueden sumar diferentes consecuencias y riesgos relacionados con el crimen organizado y la violencia. La visión teórica, se explica desde las perspectivas de las consecuencias perversas de la modernidad en Giddens (2007). Considerando lo expuesto, para hacer un acercamiento de las imágenes, gustos y estilos de vida en las prácticas sociales de los jóvenes que conviven y son atraídos por la seducción de la narcocultura como moda o imitación. Se presenta una parte de una investigación más amplia que se sustenta en la idea de la sociología cultural de Alexander (2019). Esto se hace considerando como eje central los estudios de la distinción y el habitus de Bourdieu (2007con las variantes de la evolución y los movimientos culturales de las imágenes, que han sido señalados como parte de la narcocultura que ha estudiado Astorga (1995). Se suman los estudios de Enciso (2017), con sus trabajos en la sociología de la narcocultura utilizando como escenario de investigación el Estado de Sinaloa.Metodológicamente, se analizan las diferenciaciones de la estética o indumentaria como función social cultural y estilo de vida desde una perspectiva simbólica. Esto se realiza desde los estudios cualitativos a través de la etnografía y la observación directa en los lugares donde conviven los jóvenes en Sinaloa. Se utilizan como muestra los jóvenes de capital de Sinaloa en Culiacán, particularmente a los que representan la imagen del Buchón se apoyan lo estudios cualitativos de la antropología de Bourdieu (2007), Geertz (1994), Giménez (2009) y Alexander (2019). Por lo tanto, como hipótesis se plantea que las expresiones de la identidad cultural de una región, sufren procesos de transformaciones históricas, por las influencias externas en diferentes momentos de la historia, particularmente en las expresiones de las imágenes estéticas y la indumentaria que se suman al gusto y estilo que el mercado ofrece como novedad en particular con los jóvenes cuando imitan gustos y estilos de vida del Buchón.
#02111 |
Un marco de aproximación a la discusión teórico metodológica dedicada a los estudios sobre las y los jóvenes hip hop
Luis Montoya1
1 - Programa de Doctorado en Estudios sobre Desarrollo/ Universidad del País Vasco.
El hip hop asumido como una cultura que reúne en lo fundamental cuatro elementos: el DJ (arte de mezclar música), el b-boy (b-boying o break dance), el MC (rap y arte de conducción) y el graffiti. Además, de la manera de caminar, de hablar, de vestirse, de comunicarse. Es reconocido actualmente, como parte de la vida de muchas sociedades a nivel global, sobre todo por el involucramiento que logra de amplio número de jóvenes. La reflexión de las ciencias sociales, incluida la Sociología, no ha sido tampoco ajena a él. Por ello, no sorprende registrar, en las últimas décadas, una variada producción académica dedicada al mismo. El acopio de bibliografía internacional y recursos de información han permitido la identificación de más de siete mil referencias, que abarcan desde los primeros informes periodísticos y populares sobre hip hop, aparecidos en el año 1978, a los estudios académicos surgidos a mediados de los años noventa del siglo XX, en más de cien países. Un criterio priorizado para clasificar estos estudios es asumir el hip hop como un fenómeno de la diáspora africana. Este discrimina las indagaciones que no responden a ella, así como las pesquisas dedicadas al hip hop de países donde la presencia de las poblaciones afrodescendientes no es protagónica o los pueblos originarios mantienen hasta hoy su fuerza histórica, como en el caso de varios países andinos o mesoamericanos. Por ello, la ponencia centra su atención en revisar la discusión desenvuelta en los últimos años, particularmente, indaga en el caso de Latinoamérica. El propósito es profundizar, desde una perspectiva analítica e histórica, en el conocimiento de lo producido desde esta región, en la medida que es una de las que más recientemente viene sumando aportes al debate y puede proporcionar perspectivas diferenciadas de las desenvueltas hasta ahora a nivel global y desde otras regiones. El interés en Latinoamérica no busca negar una perspectiva global, al contrario, esta perspectiva global nos parece que no niega una perspectiva regional, porque corre el riesgo de no tener en cuenta las conexiones regionales y locales, además de las globales, que el hip hop establece. Por lo tanto, enhebrar lo global, lo regional y lo local, es un desafío abierto como el flow (“flujo”) al rapear o los beats (latidos) propios de una pista musical.
#02455 |
JUVENTUDES “PERIFÉRICAS” E RESISTÊNCIAS POLÍTICO-CULTURAIS: descolonizar modos de vida juvenis e (re)existência poética nas margens urbanas
Em abordagem decolonial e das interseccionalidades, esse artigo tematiza modos de vida e experiências político-culturais de resistências e de (re)existências produzidas por jovens a(r)tivistas, em condição de pobreza pluridimensional e residentes nas margens urbanas de metrópole brasileira, no contexto de pandemia da COVID-19. Em termos metodológicos, realizou-se pesquisas bibliográfica, documental e de campo. Os (as) interlocutores (as) foram jovens a(r)tivistas “periféricos” de Fortaleza-CE/Brasil. Optou-se pela pesquisa qualitativa em ambiente virtual, mediante o uso de formulário eletrônico e de entrevistas semiestruturadas on-line (MENDES, 2009; CABRAL et all, 2011). Discute-se os modos de vida destes agentes – a incluir as práticas (discursivas e não discursivas) de seus grupamentos de origem e de pertencimentos socioculturais – entrelaçadas à construção de resistências e de reexistências (SOUZA, 2011; 2016) artístico-culturais e políticas criadas a partir das dinâmicas dos territórios urbanos estigmatizados (WACQUANT, 2005) nos quais residem. Demarcou-se, desta feita, a necessidade de compreender as dinâmicas e lutas simbólicas vivenciadas por estes agentes, a considerar, em suas experiências educativas de resistências e reexistências, as interseccionalidades (COLLINS; BILGE, 2021) entre geração, classe social e relações étnico-raciais neste contexto de COVID-19, que alterou rotinas socioterritoriais mediante as medidas sanitárias postas para controlar sua disseminação social. Com vivências marcadas pelas interseccionalidades entre desigualdades raciais e de vulnerabilidades socioeconômica e civil (KOWARICK, 2010) somadas a processos de estigmatizações socioespaciais, essas juventudes a(r)tivistas (RAPOSO, 2015) “periféricas” em tela experienciam e ressignificam sua condição juvenil a partir de seus territórios vividos. As periferias são traduzidas, pelos (as) interlocutores (as) de pesquisa, como lugares simbólicos de memória, criação poética e lutas por reconhecimento das suas identificações e diferenças, nos quais elaboram e ressignificam suas juventudes plurais das e nas margens urbanas. Elaboram modos de resistências – lutas por reconhecimento social e recusas críticas do instituído – e de reexistências (SOUZA, 2016; BEZERRA, 2016; 2017; ALENCAR, 2018) ora materializadas nas suas “poesias periféricas” – inscritas na chamada literatura marginal periférica do século XXI – na realização de seus “saraus” e de publicações editoriais independentes. Encarnam experiências educativas realizadas junto, também, a movimentos sociais e/ou coletivos juvenis com reconfigurações nesse contexto peculiar. Entre essas juventudes, os chamados “novíssimos movimentos sociais” ou ações civis (GONH, 2008), com destaque àqueles que articulam política e arte-cultura, têm adquirido relevância nestes anos 2000, a fazerem recurso às mídias digitais – um tipo de cibera(r)tivismo – para garantirem publicização e continuidade de suas práticas artísticas/ político-culturais dissidentes. Ao definirem trajetórias e percursos juvenis outros, a expressar saberes pluriversais dissidentes, desafiam tanto as instituições sociais que, historicamente, reivindicaram influência e responsabilidade sobre a vida juvenil, como os modos de colonialidade do poder, do saber e do ser (SANTOS; MENESES, 2009; MALDONATO-TORRES, 2008) sociocultural deste segmento considerado “párias urbanos” do Brasil contemporâneo.
#02599 |
OS JOVENS DO POVO GUARANI: RE- EXISTÊNCIA E RESISTÊNCIAS A PARTIR DA TRADIÇÃO
Os Kunumingue haegui Kunhataingue, jovens do povo Guarani, acompanhavam seus mais velhos e lhes era concedido a possibilidade de permanecer escutando e apoiando e, quando solicitado, acendiam o petyngua (cachimbo) ou enchiam a cuia de erva-mate dos mais velhos nas rodas de diálogos, assim eles ouviam as conversas, sem lhes ser concedida a palavra. O povo Guarani é uma das etnias mais populosas do Brasil, o que menos possui terras demarcadas e habitam a região da mata atlântica, um dos biomas mais biodiversos e ao mesmo tempo um dos mais ameaçados do planeta. Nas últimas décadas os jovens guarani, dentre as gerações de seu povo, são os que tiveram maior acesso à escola, à universidade, ao mesmo tempo são eles os que mais fortemente têm sido assediados pelo sistema moderno/colonial. A pesquisa em curso objetiva compreender as formas de organização coletiva da juventude guarani voltadas para a defesa do nhandereko (nosso jeito de viver) e, consequentemente, a luta que realizam para a demarcação de seu território e a manutenção de suas florestas. A metodologia do trabalho envolve o levantamento de dados sobre os coletivos de jovens guarani e também a co-construção da pesquisa junto a um coletivo de jovens guarani. As ações do coletivo de jovens Guarani chamado Kunumingue Kunhataingue Mbya Kuery ocorrem na Tekoa Araxa'í, localizada no litoral Estado do Paraná, na região sul do Brasil desde 2018. As ações do coletivo envolveram tanto atividades internas, somente com os jovens guarani, quanto atividades deles junto à comunidade e atividades fora do território. As práticas do coletivo na tekoa (aldeia) contaram com atividades de canto, dança, ouvir as histórias dos mais velhos, feitura de alimentos tradicionais, pintura corporal, caminhadas por trilhas, oficinas sobre comunicação audiovisual. Já as atividades externas envolveram apresentação do coral, participação em manifestações e atos, apresentação de trabalhos acadêmicos. Durante o período da pandemia, os jovens realizaram ações de fortalecimento espiritual, e também de apoio às lutas nacionais contra o marco temporal, representantes puderam participar de encontros de mulheres guarani, de comunicadores e dos Acampamentos indígenas em Brasília. Por meio da análise dos registros de campo e dos levantamentos bibliográficos, pontuamos a dinâmica tradicional inter-geracional como um dos pilares que estruturam as ações dos jovens, ao mesmo tempo que são inseridas (novas) configurações como a presença dos jovens guarani em espaços de fala e explicações sobre sua cultura. A atuação dos jovens está ligada a continuidade das lutas daqueles que vieram antes deles, e eles têm levado essa responsabilidade, de desde jovem, compartilhar os conhecimentos sobre sua cultura para as crianças guarani, bem como nos espaços não indígenas, como as escolas e universidades, afirmando um lugar de guardiões da cultura, do território e da floresta.
#03233 |
Arte e cultura como instrumentos emancipatórios junto às juventudes: um estudo no município de Ponta Grossa/Brasil
Danuta Estrufika Cantoia Luiz1
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Anna Isabela Ringvelski Costa
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A pesquisa teve como principal problematização analisar se a cultura e arte se constituem em instrumentos emancipatórios para as juventudes. Para tanto, norteou-se através do objetivo geral de refletir sobre a dimensão das iniciativas promovidas pela Fundação Municipal de Cultura (FMC) do município brasileiro de Ponta Grossa/PR junto ao público juvenil. Buscou também: sistematizar fundamentos teóricos sobre as categorias que cercam a pesquisa; mapear os programas culturais e artísticos ofertados pela FMC; identificar elementos que caracterizem um perfil dos programas e projetos ofertados pela instituição; identificar junto aos profissionais da Fundação as suas perspectivas sobre juventudes, arte e cultura; e analisar os principais desafios enfrentados pela equipe de profissionais na execução dos programas e projetos. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória e descritiva e com uso de metodologia bibliográfica e documental; e para a aproximação do campo de pesquisa, realizaram-se entrevistas semiestruturadas aos profissionais responsáveis pela coordenação dos setores/departamentos da FMC que possuem ações culturais voltadas para a comunidade, as quais foram analisadas por meio de análise de conteúdo. Enquanto principais resultados, viu-se que a arte e a cultura podem ser bandeiras de luta e símbolos de resistência, indissociáveis do cenário em que estamos inseridos, carregando consigo a possibilidade de abrir o caminho para o pensamento crítico e em alinhamento aos processos de mudança social. Elas trazem poder de voz, expressão e protagonismo, além de promoverem a convivência e o vínculo entre os indivíduos. Também, as ações promovidas pela FMC podem ser consideradas importantes instrumentos para a interpretação da realidade e para o impulsionamento à sua mudança, partindo do entendimento de que essas ações têm como fundamentos a democratização e ressignificação da arte e da cultura e a transformação do cenário social através delas. Constatou-se ainda a magnitude de se reconhecer as inúmeras potencialidades que as juventudes carregam (e podem carregar), enquanto principais agentes propulsores de movimentos sociais e resistência - considerados atores centrais nas mais diversas ondas de mobilização, não somente no Brasil mas também no mundo. Tão logo, amarramos a dimensão da cultura e arte como processos pedagógicos emancipatórios na vida dos jovens, segmento este que carrega a sede por mudança e rico em manifestações de sociabilidade. Por fim, o estudo evidenciou as iniciativas elaboradas pela instituição analisada que visam o incentivo e estímulo à participação dos jovens em suas ações, buscando, principalmente, desconstruir o entendimento elitizado de arte e cultura para as juventudes de periferia, assim como frisou a importância da formulação de políticas culturais para os jovens no Brasil e em Ponta Grossa, tendo em mente que o município é um reflexo das políticas federais.
Introducción:
Este trabalho reflete sobre a dimensão da arte e da cultura enquanto instrumento emancipatório junto aos programas/projetos/ações, em especial ao público juvenil, na Fundação Municipal de Cultura (FMC) do município de Ponta Grossa/Brasil.
A Fundação Municipal de Cultura foi escolhida como campo de pesquisa por se tratar do órgão responsável em planejar, promover, coordenar, executar e acompanhar as ações culturais do Poder Público Municipal no âmbito das manifestações artístico-culturais dos mais diversos segmentos presentes na sociedade, competindo-lhe, desta forma, a formulação da política cultural do município (PONTA GROSSA, 2013).
A partir dessas considerações, assinala-se, portanto, que o campo de pesquisa é a Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa e, como sujeitos participantes, se delimitou a partir de critérios os cinco responsáveis pela coordenação dos setores que compõem a FMC, os quais são considerados como sujeitos significativos para responder às questões através de entrevista semi-estruturada que moveram esta pesquisa. Pontua-se também que o estudo se trata de uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória e descritiva.
O processo de análise dos resultados deste estudo se deu por análise de conteúdo. Segundo Câmara (2013), a análise de conteúdo tem o objetivo de compreender características, estruturas ou modelos através dos fragmentos das mensagens coletadas, onde o esforço do pesquisador se divide em duas partes: entender o sentido daquilo que foi comunicado e, principalmente, fazer o desvio do olhar em busca de outras formas de significação. Portanto, a análise de conteúdo segue três passos: a pré-análise, a exploração do material e o tratamento dos resultados. Deste processo de análise dos dados resultaram as seguintes categorias analíticas: ações promovidas pela Fundação Municipal de Cultura; concepções da relação: arte, cultura e juventudes; desafios do trabalho com arte e cultura; ampliação das perspectivas de trabalho da Fundação Municipal de Cultura; e a articulação junto às juventudes.
Desarrollo:
As primeiras categorias que nortearam a pesquisa foram cultura e arte, o que se tornou um desafio buscar definir seus conceitos a partir da literatura. Existe uma gama de resultados e possibilidades a partir desses dois conceitos e, disto, nota-se que sua definição concreta é um ponto que ainda se encontra em discussão, especialmente na área das ciências humanas e ciências sociais aplicadas.
Com a obra de Santos (1987), observamos que o termo na contemporaneidade se associa ao estudo, ao saber, às manifestações artísticas, aos meios de comunicação de massa, festas e cerimônias ligadas à tradição, lendas, crenças, entre demais outras formas de expressões culturais.
O autor trabalha duas concepções de cultura: a primeira abrange todos os aspectos de determinado cenário, onde a própria existência social de uma nação caracteriza-se por esse termo. Aqui, o direcionamento é dado à totalidade de características de um povo, nação ou de grupos no interior de uma sociedade, analisando as maneiras como estes concebem e organizam a vida social e/ou seus aspectos materiais.
Já a segunda concepção diz respeito, mais especificamente, aos conhecimentos, ideias e crenças de um povo. Neste contexto, o autor cita o exemplo da cultura francesa, onde ela pode abranger a língua francesa, literatura francesa, sua filosofia, expressões artísticas… ou até mesmo a cultura alternativa, que engloba os modos de se pensar, ver e de viver a vida. Um ponto destaque feito por Santos (1987, p. 39) é a indispensabilidade de pensarmos a cultura em sua forma dinâmica, e não como algo fixo, imóvel; assim, “nada do que é cultural pode ser estanque, porque a cultura faz parte de uma realidade onde a mudança é um aspecto fundamental.”
À vista disso, o autor em questão percebe a cultura como um aspecto constituinte do cenário social, de dimensão não-material, onde a sociedade encontra um espaço de expressão sobre o conhecimento que possui de si mesma, sobre outras, sobre a própria existência – incluindo, também, o modo como se é expresso, seja através da arte, da religião, da ciência, da tecnologia, da política.
E ao analisar a produção de Coli (2006), compreendemos a pontuação do autor que, mesmo existindo uma certa dificuldade na definição do termo arte, é possível abordá-lo diante da ideia de admiração; ou seja, é provável que, se perguntarmos a um indivíduo o que ele considera como arte, a resposta será algo em torno do que ele mesmo admira, o que é visto como belo ou até mesmo espantoso – algo que envolve o sentir do sujeito.
Conforme o supracitado autor, a mentalidade sobre a arte passa a se expandir a partir do século XIX, quando o olhar da antropologia e sociologia se direciona não apenas para as expressões da Renascença, mas também para a arte oriental, egípcia, popular, moderna e inclusive a pré-histórica. À vista disso, vemos aqui a ruptura com a perspectiva etnocêntrica europeia da concepção do que é arte para além da cultura. Ademais, enfatiza-se a arte em sua função de conhecimento e aprendizagem. Isto é, o domínio da arte diz respeito ao não-racional, ao indizível, resultando na transformação dos indivíduos através do contato com ela.
Para Serafini e Deitos (2008), a arte abrange a dimensão de ser discutida a partir da perspectiva do materialismo histórico dialético, afirmando que a realidade possui um tempo histórico e que o modo de produção do homem é determinado pela junção da vida social e política daquele momento. Nesse sentido, a arte é compreendida através do reflexo da ação do homem sobre a natureza, onde a habilidade artística vem a partir de um aprendizado, de uma mediação e humanização dos sentidos.
A partir dessa humanização dos sentidos, a arte se apresenta então “[...] como um elemento que tem a capacidade de incidir contra os processos de alienação porque faz com que o indivíduo se perceba em sua totalidade” e também “[...] faz os homens enxergarem uns aos outros.” (SCHERER, 2013, p. 75, 74).
O terceiro elemento que norteou a pesquisa e que buscou-se sua definição através da literatura foi emancipação. E para entender sobre, recorreu-se à obra de Montaño e Duriguetto (2010), onde os autores ancoram-se em Marx na apresentação da distinção entre emancipação política e emancipação humana.
A emancipação política diz respeito à conquista de direitos civis, políticos, trabalhistas e sociais – em outros termos, é responsável pela garantia da liberdade e igualdade perante a lei. Os autores em referência reconhecem a dimensão de tais conquistas no progresso da sociedade, e não obstante, chamam a atenção no sentido da emancipação política realizar-se no interior da ordem do capital. Isto é, realizam-se na manutenção de um sistema desigual (MONTAÑO, DURIGUETTO, 2010).
Para Marx (s.d. p. 29), com a emancipação política o homem não se libertou da religião mas recebeu a liberdade religiosa, assim como também não se libertou da da propriedade mas recebeu a liberdade da propriedade. Ou seja, em uma sociedade onde as desigualdades são tão gritantes como a nossa, a emancipação política permite o “equilíbrio” entre as esferas presentes no corpo social. Declara o direito de ir e vir, o direito ao voto, direito da organização, direito à moradia, educação, saúde etc. Contudo, na visão de Marx, a emancipação política limita-se na medida em que ela não alcança a emancipação do homem em sua totalidade, assim dizendo “O Estado pode ter-se emancipado da religião, embora a imensa maioria continue a ser religiosa.” (MARX, s.d., p. 11).
A emancipação humana, por outro lado, equivale à eliminação de toda forma de desigualdade e exploração entre os homens. Ou seja, ela ocorre na superação da ordem do capital, tendo como horizonte o comunismo (MONTAÑO, DURIGUETTO, 2010). Em suma: para Marx, a emancipação política não deve ser vista como um fim, mas como um meio para atingir a emancipação humana. Tão logo, segundo pontuam os autores, não há emancipação humana sem emancipação política, assim como emancipação política não pressupõe a emancipação humana.
E por fim, a última categoria da qual se analisou sua concepção no presente estudo foi juventudes, na qual a sua definição mais simples pode ser encontrada na leitura da Lei brasileira nº 12.852 de 2013, que designa enquanto jovem aquele que possui entre 15 a 29 anos de idade. Elucidando em dados quantitativos, aproximadamente 26% da população latino-americana e 27% da população brasileira, segundo o IBGE de 2013, se encontram nesta faixa etária, conforme vemos em Barreiro (2017). Entretanto, a preocupação com a inserção da juventude na agenda pública só passou a intensificar-se nos últimos anos, trazendo, como principal marco, o Estatuto da Juventude.
O Estatuto (instituído pela Lei nº 12.852 de 2013) dispõe sobre os direitos dos jovens, que segue os princípios de: promoção da autonomia e emancipação deste segmento; de valorização de sua participação social e política; de promoção da criatividade e da participação no desenvolvimento do Brasil; de reconhecimento dos jovens enquanto sujeitos de direitos universais, geracionais e singulares; de promoção de seu bem-estar; de respeito à sua identidade e diversidade individual e coletiva da juventude; de promoção da vida segura, cultura da paz e da não discriminação; e também de valorização do diálogo e convívio do jovem entre as gerações (BRASIL, 2013).
Na busca de definição para o termo juventude, Esteves e Abramovay (2009) apud Scherer (2013) apontam a juventude enquanto construção social. Isto significa que a juventude se configura enquanto produção do imaginário social a partir da forma como os jovens são vistos pelos demais. Abrange-se nisso momentos históricos e as mais diversas situações de classe, gênero, etnia e outros (ESTEVES E ABRAMOVAY, 2009 apud SCHERER, 2013).
Compreendendo que momentos históricos, situações de classe, gênero, etnia etc. determinam o entendimento por juventude, Dayrell e Carrano (2003) enfatizam a noção de juventudes no plural, na defesa de que não existe somente um único modo de ser jovem nas esferas sociais. Nas palavras dos autores, “[...] as juventudes não são apenas muitas, mas são, fundamentalmente, constituídas por múltiplas dimensões existenciais que condicionam o leque de oportunidades da vivência da condição juvenil.” (DAYRELL, CARRANO, 2003, p. 9).
Neste trabalho utilizamos da aproximação feita por Borgo (2014) com fundamento em Dayrell, considerando “[...] a juventude enquanto condição social, ao mesmo tempo em que é representação.” (p. 28). Suas mudanças físicas, psicológicas, corporais, afetivas e relacionais são condicionadas e representadas de acordo com a determinada sociedade em que se encontram, com um tempo histórico e em conformidade com os grupos presentes no interior dessa sociedade.
Souza (2004) discute os desafios enfrentados pelas juventudes na construção de suas identidades em tempos tão contraditórios, onde as incertezas próprias dessa idade acumulam-se às incertezas da vida contemporânea. São tempos marcados pelo subjetivo, pela fragmentação e pelos ritmos diferenciados. Intensifica-se, portanto, no período da juventude (mas não somente), uma busca constante por respostas de perguntas como quem sou, como me aproximo e como me diferencio do outro (SOUZA, 2004). Todavia, há de se reconhecer que: se é um tempo de tantas incertezas, é, também, um tempo de fartas possibilidades.
A autora considera a juventude como um momento rico nas manifestações de sociabilidade, enfatizando a importância de percebermos a forma como o segmento juvenil ocupa os espaços sociais e como redefinem de forma constante a sua identidade. Logo, elementos como a dança, o teatro, poesia, música etc. são vistos como uma circunstância capaz de trazer o reconhecimento do sentido daquilo que fazem. Com a formação de grupos culturais, a juventude afirma o que é a partir do reconhecimento um do outro.
Dado os conflitos sociais contemporâneos, Dayrell e Carrano (2003) desconstroem em sua pesquisa a mentalidade das juventudes como distante e pouco participativa politicamente. As décadas de 80 e 90 no Brasil são a própria prova: as ruas foram tomadas pelos jovens nas campanhas Diretas Já e no impeachment de Fernando Collor de Mello. Para além disso, as Jornadas de Junho de 2013 foram compostas, em sua grande maioria, por jovens brasileiros em sua luta coletiva pela tarifa zero, fim da violência policial, sistemas de transporte público de boa qualidade e demais demandas da classe trabalhadora (GOMES, 2014).
Em Melucci (1996) vemos a discussão sobre as juventudes como um dos atores centrais nas mais diversas ondas de mobilização, não somente no Brasil mas também no mundo. Observa-se disso a sede por mudança que constitui as vidas das juventudes – onde, ao mesmo tempo em que se encontram em meio a tantas incertezas, inseguranças (pessoais e coletivas), também compõem majoritariamente as linhas de frente em lutas sociais e políticas.
Não se pode deixar de ressaltar, portanto, o potencial das juventudes na construção de um mundo melhor, sendo estes, em grande maioria, os principais responsáveis pela liderança dos movimentos sociais. Com seu horizonte amplo de oportunidades, a juventude é o momento em que se iniciam seus projetos de vida, com seus gostos, vocações e, também, com e sobre o mundo em que vivem (SOARES, 2012).
A capacidade do público jovem em promover mudanças, reflexo do “inconformismo juvenil” citado por Ianni (1968) – se canalizada pelo Poder Público e pela sociedade –, pode promover positivos impactos no mundo em que vivemos. Visando essa potencialidade, tendo em mente ainda que “[...] é na juventude que se produz o conhecimento do mundo. É a primeira vez que o jovem se dá conta de que está numa certa época histórica, em certo momento histórico” (SOARES, 2012, p. 24), amarra-se aqui a dimensão da cultura e arte enquanto processos pedagógicos emancipatórios na vida das juventudes.
No universo pesquisado, a primeira categoria buscou traçar uma análise de como as ações promovidas pela Fundação Municipal de Cultura do município de Ponta Grossa/Brasil se caracterizam de modo geral sob o ponto de vista dos entrevistados. Um elemento inicial identificado foi a democratização da cultura que, segundo Ander-Egg (1987) apud Souza (2018), este processo significa ampliar o acesso do grande público aos projetos de cultura e à vida artística, consistindo em proporcionar conhecimentos e serviços para diminuir a desigualdade do acesso aos bens culturais. Além disso, foram citadas questões como descentralização da arte, a promoção da convivência e socialização entre os sujeitos através de projetos artísticos e culturais assim como o seu fomento (que diz respeito à promoção do Estado de determinadas atividades que resultem em um benefício à comunidade) e o incentivo à população de jovens artistas da cidade, reconhecendo-os e valorizando-os. As palavras que mais se sobressaíram durante suas falas foram: convivência; fomento; ressignificar; humanização; democratização; descentralização; valorizar; vínculos; transformação; e pedagógico.
Além de buscar identificar a caracterização dos projetos da Fundação Municipal de Cultura por meio da visão dos profissionais responsáveis pela coordenação dos setores/departamentos que possuem ações culturais voltadas para a comunidade, objetivou-se também conhecer e refletir sobre as suas narrativas da concepção e relação de arte, cultura e juventudes, categorias norteadoras deste trabalho. Viu-se o entendimento da cultura e arte como um instrumento de transformação social, fazendo parte da psique humana e que se apresenta como expressão do ser humano. Já sobre a relação destes elementos com as juventudes, suas falas trouxeram a arte e a cultura como instrumentos de acolhimento, transformação, identidade e com a potencialidade de fazer com que os jovens se tornem seres mais saudáveis e participantes de uma sociedade.
Os entrevistados também trouxeram a discussão sobre os impactos da globalização e do advento da internet que, de certa forma, podem ter afastado o público juvenil das práticas culturais e artísticas, o que levou à interpretação de que o mundo globalizado é um impeditivo para que as juventudes se aproximem da arte e da cultura, mas essas últimas são ferramentas fundamentais na vida do segmento discutido, excelentes canais de transformação, acolhimento e de participação.
Em relação aos desafios no trabalho com cultura e arte, o elemento que mais se destacou durante a fala dos participantes da pesquisa foi a escassa valorização da área e também o baixo orçamento destinado para programas e projetos culturais no Brasil. O país carrega um longo histórico de desconsideração com o setor cultural, o que justifica grande parte do cenário vivenciado em relação a esta área nos dias atuais: em que pese a questão da verba, segundo Moura (2021), a cultura perdeu metade de seu orçamento federal nos últimos 10 anos e segue em queda. Em 2011, o setor recebeu o valor de R$3,34 bilhões; já em 2021, a cultura teve o valor previsto de R$1,77 bilhões. Para Célio Turino, ex-secretário da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (entre 2004 a 2010), durante o governo Dilma a cultura perdeu seu valor estratégico que continha durante o governo Lula, o que se intensificou ainda mais durante a governança de Temer, considerando as políticas de austeridade e de teto de gastos. O ex-secretário também pontuou a guerra cultural vivenciada no governo de Jair Bolsonaro, do qual muito se fez através do Poder Público de ataques às artes e à cultura, visando sua destruição (MOURA, 2021).
O descaso com esse setor trata-se de um fenômeno histórico no país e que, conforme alguns governos, se acentua ou apenas se estabiliza. É visível o lugar que a cultura ocupa na agenda política e, entendendo o seu potencial de transformar realidades e fazer com que os homens se aproximem, se expressem, entendam o mundo que os rodeia e se entendam também, é muito cômodo que a cultura e a arte sejam desvalorizadas se vivemos em um sistema regido cegamente pela obtenção de lucro, através da exploração e dominação dos sujeitos sem que estes se entendam como cidadãos.
No que tange à ampliação das perspectivas de trabalho da Fundação Municipal de Cultura a partir da fala dos entrevistados, o que mais se salientou foi o ampliar ainda mais a democratização e descentralização da cultura, produzindo-a nos bairros; o restauro de obras do setor de Artes Visuais; abrir espaço para expor produções de artistas iniciantes; a compra de novos instrumentos musicais; o reconhecimento de seu setor como um espaço de transformação social; disponibilizar mais oportunidades para novos integrantes da banda do setor musical e, por último e não menos importante, a questão da verba, bem como atrair mais pessoas para que se tornem consumidores de cultura e arte local.
Sobre o espaço de trabalho da Fundação e a articulação com as juventudes, viu-se que no momento da pesquisa ainda não havia nenhum programa ou projeto voltado unicamente para o segmento juvenil através da FMC, mas que, apesar disso, ações vêm sendo planejadas pela instituição para que chamem a atenção do público jovem, incentivando sua participação. As juventudes representam muitos potenciais, ao contrário do que é pensado pelo imaginário social carregado de estigmas e preconceitos. Elas carregam consigo um momento rico de sociabilidades, com sede de mudanças e, em grande parte das vezes, são protagonistas dos movimentos sociais. Desta forma, há uma grande dimensão no incentivo à sua participação em todos os setores da sociedade. Isto é: o quanto as juventudes ainda podem florescer mais quando são motivadas. É a partir disso que se demonstra a importância e o compromisso que o Poder Público carrega na formulação de políticas públicas para esse segmento.
Através de igrejas também é possível identificar o desenvolvimento de estratégias para atrair e manter os jovens em suas práticas, na qual grande parte destas e de movimentos religiosos se comprometem em estimular atividades neste sentido e criam grupos específicos de jovens em suas entidades. Um exemplo disso é a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), organizada pela Igreja Católica, que se trata de um evento internacional que ocorre regularmente nas dioceses católicas desde a década de 80, instituída pelo Papa João Paulo II (MARIZ, MESQUITA & ARAÚJO, 2018).
No ano de 2013 a JMJ foi sediada pelo Rio de Janeiro, e o evento englobou também diversas atividades de cunho artístico, cultural e turístico, segundo Gonzales e Mariz (2017). As autoras pontuaram ainda que ao fim da Jornada foram gerados aproximadamente 1,8 bilhão de reais na economia do município, além de bater o recorde na missa final com 3,7 milhões de pessoas espectadoras na praia de Copacabana e o registro de peregrinos de mais de 175 países. Desta forma, observamos que o incentivo e reconhecimento da beleza e potencialidade dos jovens provém (e deve prover) das mais variadas esferas, até mesmo considerando o vasto leque de discursos provindos de papas fazendo um apelo para responsabilidade das juventudes com o futuro das nações, assim como para o cultivo da cultura de paz (FERNANDES, 2017).
Deste modo, o Estado não pode se isentar das iniciativas na formulação de políticas públicas para o segmento e nem deixar somente à cargo de outras organizações, dado que essa é uma responsabilidade do Poder Público assegurada pelo Estatuto da Juventude e demais documentos legais. Além disso, um outro ponto indispensável neste momento é dar o devido destaque à importância que carregam as Conferências Municipais de Cultura junto ao Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) nesta articulação.
Para tanto, o estímulo à participação dos jovens nas ações culturais deve estar alinhado ao estímulo à participação desses nas Conferências e no CMPC, pois são instâncias representativas e de natureza democrática – ou seja, são espaços verdadeiramente abertos à discussão e fomento para a formulação de políticas públicas eficazes, eficientes e efetivas no setor cultural e que podem despertar a consciência da sociedade (e do Poder Público) para a criação de atividades específicas dos interesses das juventudes.
A oportunização de espaços para que as juventudes ocupem esses meios e se expressem enquanto sujeitos através da arte e da cultura é muito importante levando em consideração as potencialidades que essas três categorias representam: a dimensão artístico-cultural para o pensamento crítico e de poder de expressão; e a dimensão de potencial transformador da realidade que as juventudes e movimentos juvenis englobam. Além disso, se faz necessário estarmos atentos às manifestações juvenis que, conforme apontam autores como Mannheim ou Melucci apud Dayrell (2002), são consideradas como “a ponta de um iceberg” que visibilizam todas as contradições e tensões vivenciadas por esse segmento.
Conclusiones:
Entender os desafios do trabalho com a cultura a partir das entrevistas trouxe a reflexão sobre o completo descaso por parte do Poder Público com o setor cultural brasileiro. A baixa valorização, baixos orçamentos e os cortes de verba foram os elementos que se sobreluzeram nos depoimentos colhidos e, com a realização da linha do tempo da área das políticas de cultura no país, observamos de maneira concreta que isso se trata de um fenômeno histórico e estrutural. O artístico-cultural no Brasil sempre foi deixado em segundo (ou quem sabe último) plano.
Um outro elemento que respondeu às nossas indagações iniciais foi constatar que não havia nenhuma ação voltada especificamente para o público jovem na Fundação. Em contrapartida, observa-se que ações têm sido feitas e planejadas para o incentivo e motivação da participação destes, o que se mostrou de forma significativa. Conforme pontuado anteriormente, tais estratégias de estímulo às juventudes possuem dimensão considerando o quanto esses indivíduos ainda podem prosperar quando são motivados.
Essa categoria analítica reforçou a importância e dever do Estado na formulação de políticas públicas culturais para as juventudes. É uma responsabilidade da qual o Poder Público não pode se isentar, assim como um direito assegurado pelo Estatuto da Juventude e que se efetiva através da articulação das Conferências Municipais de Cultura, dos Conselhos e também da presença das juventudes nesses espaços, fortalecendo a democratização do setor cultural, assim como zelando e reconhecendo a realidade, necessidades e potencialidades dos jovens.
Através das entrevistas também se pôde refletir sobre a ampliação das perspectivas de trabalho da FMC, que reforçaram a característica progressista da instituição. As falas revelaram riqueza nas expectativas dos entrevistados, que se sintonizam com os pressupostos aqui pontuados em relação ao caráter transformador que ações, programas ou projetos artístico-culturais podem carregar. Certamente, são elementos que se aproximam do aspecto da emancipação.
Todos esses pontos trouxeram ao remate do presente trabalho de que a arte e a cultura são indissociáveis do cenário em que estamos inseridos, carregando consigo a possibilidade de abrir o caminho para o pensamento crítico e em alinhamento aos processos de mudança social. Elas trazem poder de voz, expressão e protagonismo, além de promoverem a convivência e o vínculo entre os indivíduos.
Assim como destacou o filósofo marxista Gramsci apud Monasta (2010), com a cultura compreendemos nosso valor histórico, nossa função, nossos direitos e nossos deveres. Logo, as ações promovidas pela Fundação Municipal de Cultura em Ponta Grossa/PR podem ser consideradas enquanto instrumentos valiosos para a interpretação da realidade e para o impulsionamento à sua mudança, partindo do entendimento de que essas ações têm como fundamentos a democratização, ressignificação e a transformação.
Em vista disso, as juventudes – enquanto potenciais agentes propulsores de movimentos sociais, de luta e resistência – articuladas à cultura e à arte em uma perspectiva crítica, caracterizam a revolução processual que engloba o transcurso da ruptura molecular aqui discutida, visto como uma fase de intermédio que visa chegar ao objetivo maior: a emancipação política.
Frisa-se, portanto, a magnitude de se reconhecer as inúmeras potencialidades que as juventudes carregam e podem carregar, mesmo com elas inseridas em um cenário em que são desvalorizadas, marginalizadas e estigmatizadas. A formulação de políticas públicas culturais para os jovens é de suma importância, assim como valorizar as expressões juvenis que provêm através da arte e da cultura. E mais do que isso, é imprescindível que se desconstrua a imagem de que aquilo que é cultural não possui relevância. É necessário agir com vistas a romper o ciclo que se perpetua há décadas na sociedade brasileira de desvalorização da arte e da cultura.
A mudança social não acontece do dia para a noite. Ela ocorre através de pequenos passos, que em um movimento de totalidade resultam na ruptura molecular (GRAMSCI, 1989 apud LUIZ, 2011). Com isso mente, subscrevemos neste estudo de que arte e cultura podem ser libertadoras, símbolos de resistência e de bandeiras de luta, e que são capazes de instruir criticamente as juventudes enquanto instrumentos emancipatórios.
Bibliografía:
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SANTOS, J. L. O que é cultura. 6 ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
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SOUZA, C. Z. V. Juventude e contemporaneidade: possibilidades e limites. Cidpa Viña del Mar: Última década nº 20, 2004.
SOUZA, V. Cidadania cultural: entre a democratização da cultura e a democracia cultural. PRAGmatizes - Revista Latinoamericana de Estudos em Cultura. 2018.
Palabras clave:
Arte e cultura. Instrumentos emancipatórios. Juventudes.
#04872 |
Rituales de interacción en pandillas de la Ciudad de México
La siguiente ponencia se desprende de la tesis doctoral que realicé en la Universidad Nacional Autónoma de México del año 2012 al 2016, con una beca financiada por el Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONACYT). El estudio se basó en entrevistas en profundidad y observación participante con integrantes de pandillas juveniles en la Ciudad de México. El objetivo central fue analizar las motivaciones que llevan a determinados jóvenes a ingresar y permanecer en dichas agrupaciones, así como la sacralización de la pandilla, los compromisos asumidos y los beneficios materiales y simbólicos resultantes de los rituales de interacción y las pautas de moralidad predominantes en dichas agrupaciones.Palabras clave: Pandillas, Violencia, Juventud, Moralidad, Rituales.
#05036 |
Profanos, pretendientes o iniciados: la afiliación juvenil en logias masónicas de la Ciudad de México como proceso y disposición social
Ismael Galván Vázquez1
1 - Facultad de Ciencias Políticas y Sociales, Universidad Nacional Autónoma de México.
Esta ponencia forma parte de los resultados de la investigación que ha dado lugar a la tesis de licenciatura intitulada “Profanos, pretendientes o iniciados. Una investigación sociológica sobre el interés iniciático en las relaciones masonería-juventud”. Su propósito es comunicar los principales hallazgos empíricos y las reflexiones teórico-metodológicas concernientes a los procesos sociales que median la afiliación juvenil en logias masónicas de la Ciudad de México. A tal efecto, se centra la mirada en la Muy Respetable Gran Logia Valle de México (MRGLVM) y en la Asociación de Jóvenes Esperanza de la Fraternidad (AJEF), dos instituciones masónicas cuya cercanía en el espacio físico contrasta con su distancia en el espacio social, de forma tal que sus agentes articulan cotidianamente relaciones sociales con grados variables de interdependencia y conflicto. Se parte del cuestionamiento ¿Por qué en el contexto actual de la MRGLVM algunos jóvenes provenientes de la AJEF se interesan por formar parte de las logias masónicas? A partir de los datos empíricos construidos, se pretende mostrar que el grado de interés, indiferencia o rechazo que los jóvenes provenientes de la AJEF sostienen en torno a la posibilidad de formar parte de la masonería depende, ante todo, de la interrelación de a) su trayectoria afiliativa, b) su posición social en el microcampo masónico de la MRGLVM y c) su incorporación de los principios de funcionamiento de dicho microcampo como un sentido práctico. En esta medida, el interés iniciático juvenil constituye el resultado (inacabado, dinámico y siempre susceptible de nuevas afirmaciones, suspensiones y refutaciones) de un proceso social polietápico y multidimensional, que interrelaciona constantemente capacidades de acción reflexiva y condiciones sociales de posibilidad. La ponencia está dividida en 4 partes. En un primer momento, se esboza el proceso de construcción del objeto de estudio a través de preguntas, hipótesis, supuestos y estrategias metodológicas cualitativas. Posteriormente, como primer acercamiento empírico, se presentan los principales hallazgos de las entrevistas en profundidad realizadas con cinco jóvenes de entre 18 y 29 años que pertenecieron a la AJEF y, posteriormente, a la masonería de la MRGLVM. En seguida, a partir de un estudio de caso, se reconstruye la interrelación entre a) las condiciones sociales de realización del interés iniciático juvenil y b) las disposiciones incorporadas en los agentes que forman parte del sentido del juego de la masonería. Finalmente, se ofrecen algunas reflexiones sobre la pertinencia de impulsar estudios sociológicos enfocados en el campo masónico, en las relaciones masonería-juventud, en el interés iniciático juvenil y, más ampliamente, en los procesos sociales que median en las juventudes una configuración volitiva. Palabras clave: jóvenes, masonería, relaciones masonería-juventud, afiliación masónica juvenil, AJEF, disposiciones sociales, campo masónico.
13:00 - 15:00
GT_20- Sociología de la Niñez, Juventud y Envejecimiento
Jóvenes, movilizaciones y activismos
#00195 |
Determinantes socioeconómicos de las movilizaciones sociales juveniles en los años 2015-2020 en los países Iberoaméricanos
Henry Sebastián Rangel Quiñonez1
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Cristhian José Uribe Mendoza
1
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Sthephanía Lizarazo Zuluaga
1
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Luisa Rodríguez Gaitán
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En los últimos años, los jóvenes de diferentes condiciones sociales y económicas se han convertido en el principal sujeto político de las protestas sociales en contra de las medidas económicas propuestas por los gobiernos de Chile y Colombia. Si bien estos países cuentan con políticas públicas orientadas a brindar condiciones para la inclusión social, económica y política de los jóvenes; la presencia masiva de esta población en los diferentes estallidos sociales da cuenta no sólo del limitado alcance que han tenido estas normas y políticas focalizadas en la juventud, sino también del rol central que tienen los jóvenes en la consolidación de la democracia y el desarrollo social del país. A pesar de que la movilización política juvenil refleja un fuerte compromiso e interés de los jóvenes por los asuntos públicos, este fenómeno no ha recibido la atención que merece tanto en el ámbito académico como en el político e, incluso, se ha insistido en la tesis de la supuesta apatía juvenil frente a la política. Por lo tanto, la presente propuesta de investigación busca explicar la participación de los jóvenes en los ciclos de protesta social llevados a cabo en 19 países de iberoamérica entre los años 2015 y 2020 a partir de la identificación de los factores sociales, económicos y políticos que integraron la estructura de oportunidad para la movilización política juvenil. Para ello, se emplea un enfoque de investigación cuantitativa de enfoque correlacional con un modelo de respuesta cualitativo que explica la probabilidad que un joven salga a marchar como forma de protesta. De esta manera, se espera contribuir a la producción de conocimiento social y científicamente relevante que sirva para encontrar soluciones que permitan gestionar el conflicto social de manera pacífica, dialogada y democrática.
#00315 |
Control social y movilización política juvenil en tiempos de pandemia: el caso del Paro Nacional de Colombia (2019-2021)
Durante la crisis sanitaria causada por la pandemia del COVID 19 se desarrollaron protestas y movilizaciones sociales en diferentes países de América Latina. En el caso de Colombia, a finales de 2019, organizaciones de diversa índole convocaron a un paro nacional contra el paquete de reformas (laboral, pensional y tributaria) propuesto por el gobierno del presidente Iván Duque. Pese a que el gobierno retiró los proyectos de reforma, las manifestaciones se prolongaron a lo largo de la contingencia sanitaria, y los jóvenes se convirtieron en el principal sujeto político del estallido social. La presente ponencia elabora un estudio de caso sobre las estrategias de control desplegadas por el Estado colombiano para contener la movilización política juvenil durante el Paro Nacional (2019-2021). El estudio se basa en una revisión documental de prensa, comunicados oficiales e informes de derechos humanos. Se argumenta que el Estado colombiano aprovechó la pandemia para radicalizar prácticas discretas y represivas de control de la movilización política juvenil, ocasionando graves violaciones de los DDHH y el deterioro del régimen democrático.
#00413 |
Movimiento feminista y ME en AL: encuentros y desencuentros en los casos de Argentina, Chile y México (2015-2021)
GUADALUPE ANDREA SEIA
1
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NAYLA PIS DIEZ2
1 - Universidad de Buenos Aires y CONICET.2 - Universidad Nacional de La Plata y CONICET.
En el último lustro, la movilización de los feminismos, las estudiantes mujeres y las identidades LGTTBI+, ha cobrado fuerza y protagonismo en diferentes países de América Latina como México, Chile y Argentina. Dicha movilización estudiantil con una agenda feminista tuvo diferentes desarrollos y manifestaciones en cada país, como así también ha concentrado diversos grados de atención académica. En esta ponencia, en primer lugar, nos proponemos construir un estado de la cuestión de las principales líneas de investigación acerca de la movilización feminista estudiantil para presentar los principales rasgos de un sub-campo de estudios en desarrollo. A partir del recorrido bibliográfico realizado, proponemos una serie de variables para pensar una mirada comparativa entre casos nacionales pero también para avanzar en investigaciones sobre lo acontecido en Argentina en particular. En ese sentido, nos interrogaremos y propondremos respuestas transitorias para comprender las particularidades y similitudes de cada caso nacional en cuanto tres elementos: sus repertorios de movilización y sus demandas; sus formas organizativas y trayectorias militantes; y sus efectos sobre la vida universitaria, social y política en general. Finalmente, reflexionaremos sobre las transformaciones de los movimientos estudiantiles latinoamericanos en la actualidad a partir de sus relaciones con los movimientos feministas contemporáneos.
#00737 |
O ativismo de jovens lésbicas durante a pandemia da Covid-19: o espaço on-line como um espaço de luta
O presente trabalho tem como objetivo discutir o lugar do ativismo on-line nos itinerários de jovens lésbicas, principalmente durante a pandemia da Covid-19, como uma das formas de resistência à lesbofobia. Conforme Lorenzo (2012), a lesbofobia é uma construção cultural que opera como um mecanismo político de opressão às lésbicas na sociedade contemporânea, que pauta as relações erótico-afetivas dos sujeitos a partir da heteronormatividade. Nesse sentido, há a recusa da diferença, a desumanização, a violência e a exclusão de lésbicas. Paralelamente, é possível observar diferentes ações coletivas de enfrentamento a essa opressão, dentre elas o ativismo nas redes sociais virtuais, sobretudo entre jovens, que articula cotidiano, ciberespaço e narrações individualizadas. Deste modo, analisam-se as narrativas produzidas por cinco ativistas lésbicas, mediante registros etnográficos relativos a seus perfis na rede Instagram (Hine, 2004) e, também, a partir de entrevistas narrativas (Jovchelovitch e Bauer, 2002). As interlocutoras da pesquisa têm idades entre 23 e 33 anos, e foram escolhidas por tornarem visíveis pautas e debates sobre lesbianidade e lesbofobia. A partir das análises foi possível perceber que esse tipo de ativismo se iniciou – ou ganhou fôlego – durante a pandemia, no que tange a luta contra a lesbofobia, como uma estratégia de visibilidade às pautas e demandas lésbicas. Há uma tendência à singularização do ativismo, que pode ser observado através das narrativas autobiográficas textuais e imagéticas produzidas por elas, sem que isso signifique necessariamente distanciamento de vinculações políticas coletivas. De outra parte, desenvolve-se cotidianamente uma rede de trocas de informações e afetos com outras lésbicas e verbaliza-se a necessidade de produção de “narrativas outras”, ora como derivas da militância, ora como embate aos discursos hegemônicos e normativos. Neste sentido, o ciberespaço se coloca como uma arena de ação e identização (Melucci, 2001), porque media vetores interativos de integração-diferenciação (raça, classe, segmentações militantes, entre outros) e é utilizada de forma política por lésbicas como local de resistência e luta.
En esta ponencia me propongo resaltar la contracara de esas juventudes irresponsables y tipificadas como un problema de salud pública durante la pandemia. En este sentido, argumento que las juventudes cumplieron (y cumplen) un papel activo indispensable al momento de paliar los desastrosos efectos de la pandemia y la construcción de sociedades más justas e igualitarias en la “nueva normalidad”. Si bien ya tenemos algunos esfuerzos importantes por resaltar y cuantificar el impacto del activismo juvenil en la emergencia sanitaria, considero imprescindible destacar también los horizontes morales que generan/dirigen las juventudes con su activismo. Las juventudes activistas frente a la pandemia, consciente e inconscientemente, desarrollaron un importante “trabajo cultural” que ha logrado dotar de dignidad a grupos en peligro de ser desterrados de nuestras sociedades. En los diferentes países del globo, los jóvenes arriesgaron su integridad física por un posible contagio con el virus, al eventual relegamiento de sus grupos primarios (familia o amigos) e incluso a ser condenados por violar las medidas de confinamiento de algunos gobiernos por ayudar con medicamentos, comida, techo o incluso compañía a los más desamparados. Esta ponencia, de esta forma, hace una propuesta teórica y metodológica a partir del Programa Fuerte en Sociología Cultural (desarrollando los conceptos de coraje civil y dignidad) para entender cómo el activismo juvenil contribuye a construir sociedades latinoamericanas más democráticas.
#03431 |
Activismo sexopolítico juvenil en liceos públicos: ruptura y resistencia creativa.
La ponencia consta de los resultados de la investigación doctoral para el programa en Ciencias Sociales de la Universidad de Chile. Se inserta en los estudios de juventudes y su trabajo de campo comprendió los años 2018 y 2019. Sus líneas de trabajo son la acción política, las relaciones intergeneracionales y el género. Conceptualmente elabora una interpretación o lectura de los movimientos juveniles en torno al género desde la filosofía política de Butler y Rancière, como también desde los marcos de la pedagogía queer. La investigación aborda las dinámicas relacionales entre jóvenes y adultos que se construyen a propósito del activismo juvenil en temas de género y sexualidades, cuestión que denomino como activismo sexopolítico juvenil, en liceos públicos de un solo género y mixtos en Santiago, capital de Chile. Su objetivo central consiste en comprender las relaciones entre jóvenes de colectivos de activismo sexopolítico y las personas adultas de la comunidad educativa: docentes, directivos y equipos de apoyo; tales relaciones expresan las transformaciones sociales respecto de la construcción de género y sexualidades.El activismo sexopolítico, específicamente, refiere a una organización juvenil que critica al patriarcado denunciando las violencias de género desde las personas adultas hacia estudiantes causadas por su expresión, orientación e identidad de género, tales violencias derivan, además, de los guiones adultocéntricos cristalizados en las relaciones intergeneracionales en el mundo escolar. Sin embargo, el activismo sexopolítico de las personas jóvenes, no solo denuncia y demanda otros modos de relación y educación, sino que, además, promueve para sí la formación y la autoformación en género y sexualidades explorando en ello formas relacionales alternativas a los sistemas de dominio patriarcal y adultocéntrico presentes en la formación escolar tradicional. Lo anterior, da cabida a una resistencia política y creativa en la demanda activista juvenil.La investigación da cuenta del activismo sexopolítico juvenil como expresión de una transformación social amplia sobre género y sexualidades y expone una crisis del adultocentrismo en el liceo desplegada en las resistencias, reflexiones y transformaciones subjetivas y relacionales de las personas adultas y jóvenes.
#04148 |
Participación Juvenil en Organizaciones Sociales de Villa Mercedes
Es frecuente que tanto a nivel discursivo como en las auto-representaciones de muchas organizaciones sociales, las mismas se presenten como espacios democráticos que valoran y habilitan la participación de distintos sujetos, entre ellos, de las y los jóvenes. Sin embargo, no pocas veces, las prácticas cotidianas de las organizaciones suelen entrar en contradicción con sus discursos.En el presente trabajo nos proponemos un primer acercamiento a distintas organizaciones de la ciudad de Villa Mercedes (San Luis) a fin de indagar cuales son los lugares asignados/ocupados por las y los jóvenes, las actividades que llevan adelante y su incidencia en los procesos de toma de decisiones dentro de las mismas. Si bien dado lo incipiente del abordaje, no se espera poder encontrar correlaciones, se procurará reconocer la situación en organizaciones de distinto tipo, como algunas vinculadas a movimientos sociales y otras con impronta religiosa.
15:00 - 17:00
GT_20- Sociología de la Niñez, Juventud y Envejecimiento
Jóvenes y covid IV
#01027 |
AISLAMIENTO SOCIAL EN ADOLESCENTES CON INTENTO SUICIDA. UNA PERSPECTIVA EN TIEMPOS DE PANDEMIA.
1 - Empresa de Mantenimiento Grupo Electrogenos Fuel-Oil (EMGEF)l.2 - Universidad de las Tunas..3 - Universidad de la Habana..4 - Benemérita Universidad Autónoma de Puebla.
Los desastres han acompañado a la humanidad desde su surgimiento, haciéndose más complejos con el desarrollo social y apareciendo nuevas causas. El impacto psicológico de la COVID-19 y sus cifras sobre la población es evidente y la perciben como un evento vital estresante o una situación amenazante; solo un porcentaje significativo experimentará reacciones intensas, principalmente en forma de miedo al contagio, por la prolongación de la cuarentena, la pérdida de seres queridos o por la crisis económica. En Cuba, la atención a la salud y en especial a la salud mental, es primordial, dedicándole recursos y programas desde los diferentes territorios y provincias. Es evidente que las alteraciones psicológicas y emocionales en estos días de confinamiento son abundantes y los adolescentes no están exentos de padecer estas manifestaciones psíquicas y conductuales, en especial el intento suicida en este grupo poblacional. En nuestro país se implementan lineamientos para la salud mental en situaciones de emergencias y desastres, los que se dirigen no solo a tratar la enfermedad psíquica, sino también a toda una gama de problemas como la aflicción, el duelo, las conductas violentas y el consumo excesivo de sustancias adictivas, que pueden estar presentes en tales situaciones. De hecho se enfatiza en la importancia de los primeros auxilios psicológicos, la terapia del juego para niños en albergues, el manejo psicológico del duelo, el uso apropiado de técnicas de ayuda psicológica en incidentes críticos y afrontamiento del estrés, entre otros aspectos. Es por ello que en las diferentes provincias se han elaborado estrategias para la atención psicológica y psicosocial a las personas que la requieran, en Las Tunas son varias las alternativas desarrolladas para la atención a la población en crisis, para proporcionar un tratamiento adecuado a quienes más lo necesitan. La reincorporación a la nueva normalidad en la instituciones educativas y el mal manejo de padres en el aislamiento social, trajo consigo un disimile de manifestaciones psicológicas y entre ellas la autoflajelación, ingestión de tabletas entre otras conductas negativas en los adolescentes, que no fueron detectadas por los padres y que hoy constituye una amenaza a la integridad mental de esta población en el preuniversitario. Por tanto, se realiza un estudio con alcance exploratorio – descriptivo con el objetivo de brindar orientación psicológica y alternativas para afrontar las emociones y estados negativos en los adolescentes de preuniversitario con intento suicida en Las Tunas. Se implementa una estrategia psicoeducativa con intervención grupal para minimizar el impacto psicológico negativo que puede generar el confinamiento y el aislamiento social en los adolescentes de preuniversitario en la pandemia y sospechosos de la enfermedad que manifestaron conductas autolesivas intencionalmente.
#01393 |
La creciente soledad no deseada en población universitaria en España: una asignatura pendiente
La soledad no deseada afecta a gran parte de la población joven y junto a la depresión y a la ansiedad supone uno de los grandes problemas de salud mental que se han podido ver agravados por la pandemia de COVID-19. A partir de los datos recogidos en marzo de 2021, justo cuando se cumplía un año del inicio de la pandemia, mediante una encuesta online a 627 jóvenes universitarios/as españoles entre 18 y 25 años, se obtienen resultados que confirman la alta prevalencia de estos problemas. Según la escala de soledad de de Jong Gierveld, un 80% sufriría soledad (60% moderada y 20% severa). Las subescalas indican que casi un 40% sufre soledad social y un 65% soledad emocional. Por otra parte, un 50% manifiesta síntomas de ansiedad o síntomas de depresión. Se encuentran altos niveles de soledad, así como de síntomas depresivos y de ansiedad, entre el estudiantado universitario de 18-25 años un año después del comienzo de la pandemia de covid-19. Además, en línea con otras investigaciones, se comprueba que ambos tipos de síntomas tienen una estrecha relación directa con la soledad no deseada. Por otra parte, altos niveles de apoyo social, manifestar un buen estado de salud, el nivel educativo alto de la madre y vivir en pareja o con amistades parecen ser factores asociados a menores niveles de soledad.
#01461 |
Comunicación de riesgo en salud según la percepción de jóvenes del área metropolitana de Monterrey, N.L.
Santiago Lee Sánchez1
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Sandra Elizabet Mancinas Espinoza
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La presente investigación se basa en la importancia que tiene llevar a cabo procesos de comunicación de riesgo efectivos para prevenir padecimientos en jóvenes, por lo que surge el interés por conocer de qué manera impactan las deficiencias más importantes que intervienen en el proceso de comunicación de riesgos, las cuales son: diferencias de receptividad, falta de comprensión del lenguaje científico, credibilidad de la fuente, los medios de comunicación y los factores sociales, económicos, políticos y culturales, los cuales dificultan una comunicación de riesgos en salud efectiva. La salud de los jóvenes constituye un elemento clave en el desarrollo de una sociedad para su progreso social, económico y político. La percepción del riesgo se basa en una visión subjetiva de una situación, ya que la percepción en sí es personal, sin embargo, está completamente ligada a una visión colectiva. Es importante abordar el problema de la comunicación de riesgos en salud desde el punto de vista de los jóvenes, ya que están en una etapa de la vida en la que los riesgos suelen ser percibidos de una manera distinta y el riesgo real al que se pueden enfrentar no lo consideran lo suficientemente alto, posibilitando que los factores de riesgo no sean la causa directa de comportamientos que representen un riesgo, pero aumentando la probabilidad de que una persona joven los adopte. Para lograrlo, su planea utilizar una metodología mixta con el fin de enriquecer los resultados y cumplir con los objetivos propuestos en la investigación. Se tiene en cuenta la percepción de riesgo en salud que tienen hombres y mujeres de entre 15 y 24 años de edad residentes en Monterrey, Nuevo León, México.
#04561 |
Os jovens brasileiros no contexto da pandemia de Covid-19
O artigo tematiza o fenômeno da pandemia de Covid-19 no Brasil, tomada como objeto de conhecimento sociológico, com base em um enfoque teórico geracional-juvenil. O objetivo é apresentar os resultados de um estudo sistemático dos problemas sociológicos decorrentes da pandemia entre a atual geração de jovens brasileiros. Especificamente, sobre os processos de socialização na educação formal e no mundo do trabalho e as representações dos jovens sobre o futuro. Foram mobilizadas informações provenientes de pesquisa documental e bibliográfica além de estatísticas de fontes secundárias, reunindo evidências empíricas que permitiram descrever a situação dos jovens brasileiros nesta conjuntura. Se pode constatar que a pandemia de Covid-19 agravou as contradições sociais já existentes de modo que o acesso à educação formal e ao trabalho decente se tornaram mais desiguais e se intensificaram como fatores de diferenciação social entre os jovens brasileiros. Se restringiu o campo de possibilidades dos jovens, inviabilizando a construção de projetos juvenis. A transição para a vida adulta no quadro histórico atual revela-se cheia de riscos. Como resultado a incerteza quanto ao futuro se inscreve como experiência comum que marca a atual geração juvenil brasileira.
#04667 |
Actitudes y prácticas de los jóvenes argentinos en relación a la vacunación contra el COVID-19
Nicolás Adrián Pintos1
1 - Facultad de Humanidades y Ciencias Sociales- Universidad Nacional de Misiones.
En Argentina, en los últimos meses, se presentó un nuevo aumento de casos de COVID-19. Sin embargo, no sucedió lo mismo con la cantidad de muertos y camas ocupadas en UTI por la misma enfermedad. En gran medida esto se debe al desarrollo y aceptación de las vacunas. Pese a la importancia de la vacunación para frenar la mortalidad de la pandemia, la aceptación de la vacuna no fue la misma en todos los sectores de la población. Por un lado, la rápida producción y disponibilidad de las vacunas tuvieron un efecto de indecisión o temor frente a las mismas a causa de la desinformación sobre el desarrollo de las vacunas, el uso político de la información, el resurgimiento de grupos antivacunas y de teorías conspirativas. Por otro lado, la gravedad del COVID-19 está fuertemente relacionada con la edad, lo que divide las percepciones individuales de vulnerabilidad dentro de las poblaciones (Giubilini, Jain; 2020). Es por eso, que se propone como objetivo de este trabajo conocer las prácticas y las actitudes hacia las vacunas y la ciencia de los jóvenes argentinos. En el caso de los jóvenes, la creencia de que son menos vulnerables frente al virus y el mayor acceso a redes sociales, produce desinformación, como mitos y malentendidos respecto al efecto objetivo de la vacuna, incrementando la vacilación y el rechazo por parte de dicha población (Corrales Chire; 2021). Para poder alcanzar nuestro objetivo, se realizó un análisis de los datos provenientes de una serie de encuestas desarrolladas en el marco del proyecto “Identidades, experiencias y discursos sociales en conflicto en torno a la pandemia y la postpandemia”. El relevamiento se llevó adelante por medio de diferentes modalidades. Por un lado, se realizó una selección probabilística multietápica de hogares, con una posterior selección aleatoria del miembro del hogar al que se le realizó la encuesta, a partir de una invitación personalizada y presencial. Por otro lado, la misma encuesta se administró a una muestra no probabilística por invitación a través de redes sociales (Facebook e Instagram), donde se buscó garantizar las cuotas por provincia, tipo de localidad, género, edad y nivel socioeconómico.Los resultados del análisis muestra que prácticamente la totalidad de los jóvenes considera que el origen del virus está ligado a la ciencia y los laboratorios (91%). Sin embargo, esto no produce que desconfíen de las vacunas producidas por los científicos. Se observa una gran aceptación de los jóvenes a la vacuna. La mayoría consideró a la vacuna, más allá de la existencia de riesgos, como la esperanza o la forma de acabar con la pandemia (71%). Solamente, el 13% de los jóvenes encuestados no tenían el esquema completo de vacunación en los primeros meses del 2022.