Resumen de la Ponencia:

Este artigo propõe uma reflexão teórico-metodológica sobre as transformações socioespaciais no bairro da Saúde, região portuária do Rio de Janeiro, após o processo de patrimonialização do sítio arqueológico do Cais do Valongo em 2017,  a região  é reconhecida como histórico patrimônio da humanidade de natureza sensível devido aos inúmeros vestígios encontrados no antigo cais da presença africana no Brasil. Com a presença do povo africano na região  acabou por promover toda uma sociabilidade cultural  que se mantém presente na comunidade local e suas raízes africanas mantidas  pela  oralidade  e  práticas culturais locais.  O território é marcado por toda construção social muito marginalizada e  a partir do  reconhecimento do Cais do Valongo pela UNESCO, houve um movimento  que  ressignificou a localidade  com toda uma expressiva dimensão política da comunidade afro-brasileira. Em contrapartida, o legado cultural foi estrategicamente apropriado pelo setor turístico, com destaque para o turismo negro via legado cultural, em que  o sistema capitalista  vem  buscando  apropriar-se estrategicamente, visando lucros, por meio da articulação entre capital financeiro e imobiliário  através de ações de  revitalização e requalificação urbana   visando um movimento  de  gentrificação. Deste forma, na região percebe-se a intenção do mercado financeiro em  dar novos contornos urbanos à região, e expulsão dos moradores.  Assim turismo tem sido apropriado pela comunidade local como estratégia tanto de  valorização histórica,  desconstrução marginalizada da região. Assim como o fortalecimento da  cultura afro-brasileira por meio de atividades turística que priorizam  a  herança africana, por meio da visitação, além de atividades culturais. A região tem sido palco de lutas sociais, e dentre os desafios promovidos pelo turismo negro, concentra-se em manter ações políticas que visem a preservação do patrimônio cultural. Assim, o Cais do Valongo como patrimônio é atualmente um monumento de expressão social, política e cultural da população afro-brasileira e sua patrimonialização, acabou impactando em uma nova produção do valor do espaço urbano, assim como influenciando diretamente na relação entre sujeito e lugar por conta de todas as narrativas que buscam partilhar a preservação da memória local que são mantidas diariamente pelos habitantes da região. Desta forma, o turismo tem sido uma estratégia de permanência do legado cultural local. Palavras- Chaves:  Patrimônio; Espaço Urbano; Memórias; Turismo.   

Resumen de la Ponencia:

La observación de los petroglifos y pictografías quillacingas en los entornos de la ciudad de San Juan de Pasto, sus análisis y las diversas “interpretaciones” de académicos e investigadores, denotan los esfuerzos que en la región se están haciendo para el conocimiento histórico y sociocultural de los habitantes precolombinos del volcán Galeras. Igualmente, ayudan al fortalecimiento de la identidad en la región. Este es el caso del petroglifo Mantel de Piedra y otros cercanos, ubicados en la zona rural del corregimiento de Genoy, que acompañaron y fundamentaron la reorganización de un cabildo indígena en esta comunidad, al despertar quillacinga. El repaso de los territorios quillacingas y su variedad orográfica, permite ver a las comunidades y sus construcciones sociales dentro de un paisaje que está en constante interrelación, que se puede convertir en una herramienta para la reflexión visual de los petroglifos. Estos iconos grabados en piedras milenarias del paisaje, hacen parte del mismo y lo reflejan; al tiempo que responden a un paralelismo entre lo retratado en el grabado y la socio-geografía de los quillacingas, sus habitantes y sus conocimientos, cuyos análisis contribuyen a la comprensión de las comunidades quillacingas, de la historia de Pasto y de la región.

Resumen de la Ponencia:

O presente trabalho  integra um projeto mais amplo que vem se materializando nos últimos dois anos. Trata-se de uma pesquisa construída coletivamente, e que deu origem à um processo de construção de uma dissertação de mestrado e uma tese de doutorado, ambas produzidas por estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora – MG. Objetiva-se investigar como as ações individuais dos atores sociais foram fundamentais para a construção do campo acadêmico do turismo no Brasil. Constata-se que o campo acadêmico do Turismo no Brasil passou por diversas transformações. No decurso temporal, vários atores foram chave em sua construção e consolidação no país. Entre estes, alguns vieram a falecer e junto a eles parte dessa história acabou se perdendo. Para que essa história não se perca no meandro da memória, em um primeiro momento, realizou-se um mapeamento das instituições de ensino superior que tem como parte integrante de seu catálogo de cursos o Turismo, seja ele a nível de graduação ou pós-graduação. Posteriormente, foi realizada uma investigação sobre quais principais atores (professores, pesquisadores) responsáveis pela criação, elaboração e construção do campo acadêmico do Turismo no Brasil. Estes atores foram classificados em 3(três) categorias denominadas da seguinte forma: 1ª geração, 2ª geração e 3ª geração, sendo a primeira aquela que abrange os primeiros pesquisadores a se debruçarem sobre o tema. A segunda e a terceira são formadas por pessoas mais jovens e que em grande parte, ainda estão atuando. Encontrou-se um total de 25 (vinte e cinco) atores. Com estes foram realizadas entrevistas semiestruturadas para realizar incursão sócio histórica através das histórias de vida de cada personagem. Os resultados preliminares da pesquisa apontam que, em seus primórdios, o campo acadêmico do Turismo no Brasil passou e ainda passa (em menor escala) por várias reformulações para acompanhar o processo de globalização mundial e as transformações socioeconômicas. Há um consenso entre as três gerações de que o campo acadêmico do Turismo possui uma característica multidisciplinar, abrangendo várias áreas do conhecimento e que necessita de uma ampliação dos programas de pós-graduação no país. 

Resumen de la Ponencia:

La base de argumentación propuesta en esta ponencia parte del carácter histórico de la ciudad de Cholula como punto de encuentro de la diversidad, desde el periodo prehispánico hasta la actualidad. En una primera parte se expone el proceso histórico que configura y mantiene la vigencia de Cholula como una ciudad sagrada, pero, a partir del siglo XX, la región comienza a figurar como un área en el cual podrían llevarse a cabo desarrollos inmobiliarios e industriales, impulsados por el establecimiento de la industria automotriz, lo cual se muestra en un primer apartado. El segundo apartado señala que la inclusión directa a la dinámica de la economía global generada a mediados del siglo XX toma un nuevo impulso a partir del desarrollo de la industria turística y la denominación de "pueblo mágico" que Cholula recibió en octubre de 2012, y cómo a partir de esta comienzan una serie de procesos que podemos abordarlos a partir de problematizarlos como manifestaciones de la globalización, acrecentadas en las dos primeras décadas del siglo XXI, configurando a la ciudad de Cholula como parte de un etno-panorama atractivo para el turismo, lo cual ha implicado confrontaciones con las dinámicas cotidianas de los habitantes originarios, las cuales se distinguen por las formas de organización tradicional que giran en torno a un intenso ciclo festivo.La metodología empleada para esta investigación se basó principalmente en el método etnográfico, empleando la técnica de observación-participante y entrevistas semi estructuradas, así como la consulta de fuentes de carácter etnohistórico para entender el proceso histórico de larga duración que conformó a la ciudad de Cholula, al menos desde el año 1100 de nuestra era, hasta el día de hoy. 

Resumen de la Ponencia:

Na cena contemporânea assiste-se o acelerado crescimento de projetos urbanos em áreas antigas. É conspícuo que a cultura assume papel primordial no tocante as políticas urbanas ligadas ao patrimônio e sua capacidade de engendrar uma imagem “vendável” da cidade. Nesse sentido, o patrimônio ganha relevo como elemento capaz de mudar a imagem da cidade e promover o almejado crescimento do turismo – visto como elemento estratégico para o desenvolvimento local. No rastro dessas transformações destaca-se os fenômenos de revitalizações das áreas centrais degradadas. As novas diretrizes de preservação do patrimônio promoveram alterações significativas e antigas áreas são incorporados aos planejamentos urbanos. Observa-se nesse horizonte o conúbio entre políticas culturais e o urbanismo, com o incentivo a economia criativa e tecnológica. É notável assinalar o uso crescente de estratégias de marketing para tornar as cidades cada vez mais visíveis e atrativas ao capital. O que vem gerando forte competição entre as cidades para atrair investimentos e turistas. Nesse sentido, agentes e setores adotam estratégias que almejam resultados culturais, sociais e econômicos. Para tanto a criação de lugares, habitações e de ambientes propícios a atração de jovens, intelectuais e artistas são engendrados em cidades com fito de alcançarem o cobiçado reconhecimento (marca) de cidade ligada as artes e ao conhecimento, bem como o destaque na cena local, nacional ou/e internacional. A partir desses construtos, o trabalho proposto abraça como referências empíricas as cidades de João Pessoa, no Brasil (Cidade Criativa/UNESCO) e Tours, na França. Para a efetivação do trabalho além da revisão bibliográfica, pesquisas efetivadas em arquivos e Instituições no Brasil e na França, efetuou-se entrevistas nas duas cidades. Assim, projetos que promovem a festivação da cidade, uso das culturas locais e do patrimônio material e imaterial, investimentos em edifícios culturais/ educativos, criação de locais artísticos que atraem novas empresas/ habitantes e em projetos de intervenções urbanas com o objetivo de alterar o cariz da cidade são presentes nas duas realidades. O fito desse trabalho consiste em compreender a maneira como esses processos vem se desdobrando e suas recentes transformações.