O desenvolvimento urbano e tecnológico das cidades está relacionado ao planejamento urbano, pois visa melhorar diversos aspectos sociais, bem como proporcionar melhor qualidade de vida à população, por meio de ações sociais, políticas e ambientais. O planejamento urbano é melhor assegurado e realizado com a existência do Plano Diretor, que consiste em orientar a política de desenvolvimento de dois municípios brasileiros, assim como sua expansão e crescimento. O Plano Diretor está previsto na lei 10.257/01, que determina que todos os municípios com mais de vinte mil habitantes devem elaborar o Plano Diretor, visando obter melhor planejamento e controlar o crescimento das cidades. Portanto, o presente estudo objetivo: em primeiro lugar, analisar quais municípios são submetidos à revisão do Plano Diretor nos anos de 2019 e 2020, por meio da Nota Técnica 04/2020, apresentada pelo Ministério Público do Paraná; verificar a pendência desses municípios quanto à revisão do Plano Diretor; e, posteriormente, verificar como se dá o processo participativo na obrigatoriedade de revisão do Plano Diretor nos municípios paranaenses, considerando as mudanças proporcionadas pela pandemia do COVID-19 e as medidas de restrição e contenção para propagação da mesma. Trata-se de uma pesquisa de iniciação científica em planejamento urbano. A natureza da pesquisa é exploratório-descritiva, sendo utilizados como instrumentos metodológicos a pesquisa bibliográfica e documental, bem como o tratamento analítico dos dados, com base na Nota Técnica 04/2020 no site oficial dos municípios. Constatei que em 74 municípios do Paraná a revisão do Plano Diretor estava prevista para ocorrer em 2019 e 2020.
Introducción:
O Plano Diretor é a ferramenta central do planejamento das cidades no Brasil, e configura-se como um documento contendo as diretrizes da política de desenvolvimento dos municípios brasileiros, prevista na Lei nº 10.257/01, conhecida como Estatuto da Cidade (REZENDE, ULTRAMARI, 2006). O Plano Diretor é elaborado pelo Poder Executivo Municipal, sob a responsabilidade técnica de um profissional da área de arquitetura e urbanismo, com a participação de uma equipe multidisciplinar no processo de planejamento participativo. O Plano Diretor deve ser aprovado pela Câmara Municipal, com a finalidade de transformar, ampliar e melhorar o espaço urbano.
O Plano Diretor trata-se de uma lei, de competência municipal, na qual deverá conter aspectos físicos, econômicos e sociais desejados pela comunidade. A finalidade da elaboração do Plano Diretor é proporcionar melhor qualidade de vida para a população. O principal objetivo do Plano Diretor é planejar o futuro da cidade,a partir de reflexões sobre as funções exercidas em um determinado espaço, como o trabalho, moradia, lazer, e outros, visando o pleno desenvolvimento do espaço urbano.
O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, e faz partedo processo de planejamento participativo do município. Está previsto também, que todos os municípios com mais de vinte mil habitantes devem elaborar o Plano Diretor, para obter melhor planejamento e controlar o crescimento das cidades.
Cabe ao Diretor do Plano definir a Política Municipal de Desenvolvimento Urbano, incluindo seus objetivos, diretrizes, estratégias e instrumentos para alcançá-los. O Plano Diretor é formulado na leitura do território e nas buscas realizadas pelo seu espaço.
O Estatuto da Cidade (Lei Nacional n. 10.257/2001), no § 3º do seu artigo 30, determina que, pelo menos, a cada 10 (dez) anos, aconteça a revisão do Plano Diretor. Por meio da Resolução n. 83/2009, o Conselho Nacional das Cidades recomenda que os processos de revisão ou alteração do Plano Diretor sejam participativos, cumprindo o disposto nos artigos 40 e 43 do Estatuto da Cidade e da Resolução nº 25 do Conselho Nacional das Cidades. Recomenda também, que a revisão do plano diretor seja submetida ao Conselho da Cidade ou órgão similar da política urbana, e que a revisão em período inferior a 10 anos somente seja realizada se determinada por Lei Municipal.
No capítulo III do Estatuto da Cidade, está previsto a revisão do Plano Diretor, a cada 10 anos, garantindo a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas da comunidade, e esta participação deve ser efetiva de modo a exercer a democracia (FILHO, VASCONCELLOS, 2011).
A revisão do Plano Diretor se deve a diversas mudanças que ocorrem constantemente nas cidades, e além disso, o desenvolvimento e expansão urbana é um fator que modifica a lógica de funcionamento das cidades.
Esse processo de planejamento da organização do espaço físico urbano resulta no Plano Diretor, que deve ser participativo, uma vez que o Estatuto da Cidade, no § 4º do artigo 40, prevê que:
No processo de elaboração do plano diretore na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão: I– promoção de audiências públicas e debatescom a participação da populaçãoe de associações representativas dos vários segmentosda comunidade; II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.
O Guia para a elaboração pelos municípios e cidadãos do plano diretor participativo, publicado pelo Ministério das Cidades, descreve que
O Plano Diretor deve ser elaborado e implementado com a participação efetiva de todos os cidadãos. O processo deve ser conduzido pelo poder Executivo, articulado com os representantes no poder Legislativo e com a sociedade civil. É importante que todas as etapas do Plano Diretor sejam conduzidas, elaboradas e acompanhadas pelas equipes técnicas de cada Prefeitura Municipale por moradores do município. A participação da sociedade não deve estar limitada apenas à solenidade de apresentação do Plano Diretor, em Audiência Pública(BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2008, p.17).
Visto que o Plano Diretor é elaborado pelo Poder Executivo Municipal, cada estado e cidade tem sua autonomia (dentro das leis instituídas) para realizá-lo. Sendo assim, o Paraná está entre as 27 unidades federativas do Brasil. Localizado no sul do país, a economia possui uma forte base agrícola e industrial. A capital é omunicípio de Curitiba,e a população é estimadaem mais de 11 milhõesde habitantes.
O Paraná é dividido em 399 municípios. Segundo o IBGE, em 2019 o estado contava com 93 municípios com mais de 20 mil habitantes, os quais necessitam, obrigatoriamente, da elaboração do Plano Diretor. A Lei Estadual nº 15.229/06 dispõe sobre a Política de Desenvolvimento Urbano e Regional para o Estado do Paraná - PDU, e regulamenta a elaboração dos Planos Diretores Municipais.
Devidoa pandemia da COVID-19, foi necessário modificardiversas atividades habituais, incluindo a revisão do Plano Diretor. Em tempos de pandemia as aglomerações foram expressamente proibidas, com a finalidade de conter o vírus, causando empecilhos na realização das audiências públicas,visto que abrange a participação de diversas pessoas.
O Ministério Públicodo Paraná e o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Habitação e Urbanismo e Proteção ao Meio Ambiente – Núcleo Habitaçãoe Urbanismo lançaramuma Nota Técnicaem 2020 (04/2020) apresentando considerações acerca dos processos de revisão dos Planos Diretores Municipais, referindo-se a garantiada democracia e a participação popular, comprometida pelo período de pandemia acarretado pelo coronavírus (COVID-19) que afetou o formato de participação popular.
A Nota Técnica tem como objetivoapresentar considerações sobre os processos de revisão dos Planos Diretores Municipais, dos municípios do Paraná, considerando a garantia da gestão democrática e a participação popular, que foi comprometida pelo período pandêmico.
A elaboração da Nota Técnica se fez necessária considerando os inúmeros questionamentos formulados pelas Promotorias de Justiça do Ministério Público do Paraná acerca da realização das audiências públicas presenciais durante o período de pandemia, ou por meio de plataformas digitais, atendendo os requisitos mínimos no processo de elaboração e revisão dos Planos Diretores.
As possibilidades apresentadas pela nota do Ministério Público do Paraná foram a realização de audiências de maneira online ou a diminuição dos presentes nas audiências públicas. Na Nota Técnica, somente 221 municípios do Paraná são citados, devido à pendência na revisão do Plano Diretor. Destes, 74 municípios estavam com a revisão prevista para os anos de 2019 e 2020.
Portanto, esta pesquisa tem por objetivo analisar como se deu a participação popular na revisão do Plano Diretor destes 74 municípios apresentados pela Nota Técnica 04/2020, em que sua revisão estava prevista para os anos de 2019 e 2020. A análise dos dados apontará qual foi a solução encontrada para realizar a revisão dos Planos Diretores no período pandêmico, de modo a garantir a participação
Desarrollo:
A partir da análise da Nota Técnica 04/2020, realizada pelo Ministério Público do Paraná, foram selecionados 74 municípios, os quais estavam com a revisão do Plano Diretor pendente e prevista para ocorrer nos anos de 2019 e 2020, em que a covid-19 (pandemia) se estabeleceu. Posto isso, a seguir serão apresentados estes municípios, com as respectivas leis do Plano Diretor, o ano em que a revisão do Plano Diretor estava estabelecida, e por fim, se a revisão do plano foi realizada de maneira presencial ou virtual.
A partir dos dados coletados, infere-se que dos 74 municípios, 30 deles realizaram a revisão do Plano Diretor, e sobre os outros 44 municípios não foram encontradas informações acerca da revisão do Plano Diretor e como ocorreu.
Dos municípios do Paraná apresentados na Nota Técnica,9 deles apresentaram a revisão do Plano Diretor de maneira presencial; 4 municípios se deram de maneira virtual;16 municípios de forma presencial e virtual; e um município que não especificou a modalidade.
No contexto de pandemia, para a evitar a aglomeração de pessoas, diversas atividades cotidianas tiveram de ser adaptadas aos meios virtuais e tecnológicos. A revisãodo Plano Diretornecessitou ser repensada, de modo a evitar a aglomeração, e mesmo assim garantir a participação popular,para exercer a democracia.
Devido a Covid-19, para realizar atividades presenciais, foram recomendadas algumas medidas, a fim de minimizar os riscos de transmissão da Covid-19. As cidadesque apresentaram a revisão do plano de maneira presencial deveriam respeitar os protocolos de convivência, higiene e distanciamento. São eles: medidas de distanciamento social de pelo menos 1,5 metros, utilização de máscaras de proteção, bem como garantir a ventilação no ambiente. É notável, que com as medidas apresentadas, o número de pessoas presentes na reunião de revisão do Plano Diretor foi menor do que o habitual por conta das medidas de distanciamento. Os sites oficiaisdos municípios não apresentaram a relação do número de participantes das revisões do Plano Diretor.
No instrumento de participação digital,a transmissão da reunião da revisão do Plano Diretorfoi transmitida de maneira on-line,pelos sites oficiaisdos municípios. Na modalidade presencial e virtual, as reuniões aconteceram de forma presencial e também foram transmitidas de maneira online. Sendo assim, nesta última, é possível que mais pessoas pudessem participar da reunião por se tratar da modalidade presencial e virtual.
A forma de participação virtualfoi uma alternativa utilizada durantea pandemia da Covid-19, pois assim, evita-se aglomerações e minimiza os riscos de transmissão do vírus. Sendo assim, devemos considerar que existem populações que não tem acesso à internet e à meios tecnológicos de comunicação, e a forma virtualde participação acaba não abrangendo essas pessoas, tornando-se excludente.
Constata-se a desigualdade digital como um fator importante e determinante da diferenciação social, atingindo as mais variadas faixas etárias da população, bem como as diferentes camadassociais. Sendo assim, os indivíduos excluídos digitalmente também são excluídos socialmente, pois o acesso à informação, o modo de usá-la e a capacidade de transformá-la em conhecimento, são fatores decisivos da inclusão social (KNOP, 2020).
A parcela da população que não possui acesso às tecnologias, também são excluídas do processo de exercer plenamente a cidadania. O não exercício da cidadania, remete à privação,e desse modo, o não acesso às tecnologias configura-se como uma nova forma de privação: a privação digital. Ainda, a falta de acesso às tecnologias faz com que a participação social, no caso da participação da revisão do Plano Diretor, não seja plena, uma vez que nem todos os indivíduos têm acesso à participação de maneira virtual.
Enquanto existe uma parcela da população que acessa o ciberespaço e usufrui dos sites e serviços disponíveis, existe outra parcela que não têm acesso a este conteúdo disponibilizado. O acesso restrito é direcionado, principalmente, a indivíduos já marginalizados, efetivando e contribuindo para o aumento das desigualdades, principalmente a socioeconômica e a digital.
Percebe-se que a desigualdade digital tornou-se ainda mais evidente no período da pandemia, visto que as mais diversas atividades cotidianas tiveram de ser adaptadas à modalidade remota, passando a depender da internet e de aparelhos eletrônicos para realizar as atividades habituais, como trabalhar e estudar.
Para combater essa exclusão causada pela falta de acesso à Internet, é necessário implementar políticas públicas de inclusão digital a fim de minimizar os aspectos decorrentes da desigualdade digital e, ainda, legislação específica que garanta esse direito a toda a população. Investir em políticas públicas de inclusão digital e criar e fazer cumprir legislações que garantam o acesso à Internet são possíveis para desconstruir a privação digital que parte da população enfrenta.
Conclusiones:
Pode-se concluir que, para melhor garantiro acesso à internet a toda população, sem gerar exclusão digital, as Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC’s devem ser incluídasno planejamento estratégico dos municípios. O investimento em melhores tecnologias se tornou uma demanda da população, uma vez que a tecnologia está relacionada à melhor qualidade de vida (CHIUSOLI e REZENDE, 2019). Os moradores das cidades buscam por um sinal de internet de qualidade, cobrando seus representantes por uma cidade cada vez mais digital, garantindo a toda a população o acesso à internet.
A desigualdade digitalé um fator determinante da diferenciação social,atingindo de diversas maneiras, as mais variadas faixas etárias da população, bem como as diferentes camadassociais. Sendo assim, os indivíduos excluídos digitalmente também são excluídos socialmente, pois o acesso à informação, o modo de usá-la e a capacidade de transformá-la em conhecimento, são fatores decisivos da inclusão social (KNOP, 2020).
A parcela da população que não possui acesso às tecnologias, também são excluídas do processo de exercer plenamente sua cidadania. O não exercício da cidadania, remete à privação.Desse modo, o não acesso às tecnologias configura-se como uma nova forma de privação: a privação digital.
Com a realização desta pesquisa, percebe-se que a desigualdade digital se evidenciou ainda mais no período da pandemia, uma vez que diversas atividades cotidianas tiveram de ser adaptadas à maneira remota, utilizando-se da internet e deaparelhos eletrônicos.
A adaptação da revisão do Plano Diretor à meios virtuais, trouxe à tona a discussão sobre a desigualdade digital, uma vez que nem toda população tem acesso às tecnologias. Isso mostra que o acesso à internet é um direito de todos, mas este direito não está sendo exercido corretamente.
A implementação de políticas públicas de inclusão digital, que garantam o acesso à internet a todos os indivíduos, é extremamente necessária para combater a exclusão digital. Com a implementação dessas políticas, os aspectos da desigualdade digital seriam minimizados, e o acesso às tecnologias abrangeria grande parte da população, o que poderia ser uma possibilidade de desconstrução dessa privação que esses indivíduos enfrentam.
Bibliografía:
BRASIL. Lei no 10.257, 10 de julho de 2001. Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.
BRASIL. Ministério Público do Estado do Paraná. Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Habitação e Urbanismo e Proteção ao Meio Ambiente – Núcleo Habitação e Urbanismo. Nota Técnica 04/2020.
Brasil. Ministério das Cidades (2009, 23 de abril). Rede de Avaliação e Capacitação para a Implementação dos Planos Diretores Participativos. 2ª Oficina. Porto Alegre: Conselho das Cidades
CHIUSOLI, Cláudio, Luiz; REZENDE, Denis, Alcides. Indicadores para uma cidadeinteligente e estratégica. Revista Políticas Públicas& Cidades, v.7, n.1,p.37 – 49, jan./mar. 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.23900/2359- 1552v7n103> Acesso em: 11 de jan. de 2022.
FILHO, João Telmo de Oliveira; VASCONCELLOS, Carla Portal. Democracia e participação popular: As possibilidades de transformações nas formas de gestão do território a partir do Estatuto da Cidade, 2011. Disponível em:<https://www.ipea.gov.br/code2011/chamada2011/pdf/area7/area7artigo23.pdf> Acesso em: 27 ago. 2021.
KNOP, Marcelo Ferreira Trezza. Desigualdade Digital e Desigualdade Social no Brasil. Orientador: Dr. José Alcides Figueiredo Santos. 2020. 200 f. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora.
PESQUISA IBGE. População do Paraná em 2019 por Municípios. Disponível em:<https://infograficos.gazetadopovo.com.br/politica/parana/populacao-por-municipios/> Acesso em: 26 jun. 2021.
¿Es "habitar la ciudad latinoamericana" una expresión polisémica? Este libro explora los diferentes significados, las múltiples formas y contenidos en la acción de habitar una de las regiones más urbanizadas del mundo. Entre el estudio de las prácticas cotidianas, las políticas urbanas, las redes locales, las fronteras reales e imaginarias, el objetivo es ofrecer una visión amplia, actualizada y crítica del hábitat y el habitar latinoamericano. El libro testimonia las recientes transformaciones urbanas relativas a los modos de financiarización, los imperativos medioambientales, las nuevas formas de gobernanza y los nuevos modos de habitar y apropiarse la ciudad. Bilingües, en francés y español, el libro presenta 18 capítulos que reflexionan sobre el habitar latinoamericano desde distintas ciudades, enfoques metodológicos, disciplinas y escalas de análisis.
12:00 - 13:00
GT_06- Imaginario, Memoria, Postcolonialidad y Decolonialidad
#04057 |
Biblioteca Básica Latinoamericana (BBLA): un editorial de reconstrucción intelectual
André Magnelli1
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Christian Plaza
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Sérgio Cohn
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José Ronaldo Alves da Cunha
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Facundo Gómez
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1 - Ateliê de Humanidades.2 - Tucán Ediciones.3 - Azougue Editorial.4 - Fundação Darcy Ribeiro.5 - Universidad de Buenos Aires.
La Biblioteca Básica Latinoamericana (BBLA) es una realización de la Fundación Darcy Ribeiro (Fundar), que cuenta con la colaboración de Ateliê de Humanidades junto con las editoriales Revista de Cultura y Azougue (Brasil), Oca Editorial (Portugal, España y Estados Unidos) y Tucán Ediciones (Chile y otros países latinoamericanos).Los editores de la BBLA son José Ronaldo Cunha y Maria Elizabeth Brea (Fundación Darcy Ribeiro), Sergio Cohn (Azougue y Oca Editorial), Cristián Plaza Jímenez (Tucán Ediciones) y André Magnelli (Ateliê de Humanidades).El presente lanzamiento tendrá como objetivo discutir el proyecto en su totalidad como una editorial con un papel de reconstrucción intelectual dirigida a pensar en América Latina y profundizar en su integración cultural. Números integrales en la colección de la BBLA hasta la fecha de esta presentación:1. A América Latina existe?, de Darcy Ribeiro – org. e apres. de Eric Nepomuceno (novembro de 2021) 2. América Latina, um povo em marcha, de Ángel Rama – org. e apres. de Facundo Gómez (dezembro de 2021) 3. O idioma da crítica, de Horacio González – org. e apres. de Eduardo Rinesi (janeiro de 2022) 4. O voo do Tukui, de Ana Pizarro – org. de Rocío Casas, apres. de Hugo Achugar (fevereiro de 2022) 5. Améfrika Ladina, de Lélia González – org. e apres. de Melina de Lima (março de 2022) 6. O direito ao delírio, de Eduardo Galeano – org. de Sergio Cohn, apres. de Eric Nepomuceno (abril de 2022) 7. Desenhos das letras latino-americanas, de Saúl Sosnowski –org. e apres. de Roxana Patiño (maio de 2022)8. Políticas do pluriverso: pós-desenvolvimento, design e transições na América Latina, de Arturo Escobar –org. e apres. de Diana Gomez Correal (junho de 2022)
13:00 - 14:00
GT_15- Metodología y Epistemología de las Ciencias Sociales
#01653 |
Trabalho de campo na pesquisa social: Seridó potiguar/1980 (Estudo de caso)
Esta análise metodológica recuperará um trabalho de campo em pesquisa social, não publicado, em dois momentos: primeiro, de janeiro a julho de 1980, vinculado ao Programa de Mestrado em Sociologia da Unicamp; segundo, em duas etapas: inicialmente, em junho e julho; e, imediatamente, em outubro e novembro de 1989, vinculado ao Programa de Doutorado em Sociologia da UnB. Apesar das pesquisas ocorrerem em períodos distintos, três fatores definem a unidade de pesquisa: o tema do coronelismo, a estratégia metodológica da pesquisa social e o estudo de caso: o Seridó potiguar. O objetivo da pesquisa é compreender a participação dos homens do campo no processo eleitoral na estrutura do poder local no Seridó potiguar. Na função da unidade temática privilégio ou coronelismo, A linha estratégica metodológica definiu uma diretriz de conexão que articulou o método, ou estudo de caso, um procedimento técnico, uma entrevista semiestruturada, e favoreceu a pesquisa na fonte oral: Seridoenses eleitors da Terceira idade. Portanto, para fins de análise metodológica da pesquisa ou trabalho de campo, a fim de compreender a experiência singular de como aconteceu ou o processo histórico que não ocorreu, priorizando os registros orais na pesquisa social. O retorno à informação documental interpretará como ela procede, metodologicamente, na realidade seridoense. compreender a experiência singular de como aconteceu ou processo histórico não Seridó potiguar, priorizando os registros orais nas pesquisas sociais. O retorno à informação documental interpretará como ela procede, metodologicamente, na realidade seridoense. compreender a experiência singular de como aconteceu ou processo histórico não Seridó potiguar, priorizando os registros orais nas pesquisas sociais. O retorno à informação documental interpretará como ela procede, metodologicamente, na realidade seridoense.
14:00 - 15:00
GT_15- Metodología y Epistemología de las Ciencias Sociales
#01722 |
Públicos iberoamericanos del cine mexicano de la época de oro. Trayectorias analógicas y digitales de una identidad compartida.
Bianca Pires1
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Ana Rosas Mantecón
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Juan Carlos Domínguez Domingo
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Rosario Lara Gómez
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Israel Rodríguez
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1 - Universidad Autónoma Metropolitana (UAM Iztapalapa).2 - Universidad Nacional Autónoma de México.3 - Instituto Nacional de Cinematografía.
Públicos iberoamericanos del cine mexicano de la Época de Oro Trayectorias analógicas y digitales de una identidad compartida es resultado de una investigación desarrollada en el marco de la convocatoria “La influencia del cine mexicano en Iberoamérica y las aportaciones de Iberoamérica al cine mexicano durante el siglo XX”, lanzada por el Fideicomiso para la Promoción y Desarrollo del Cine Mexicano en la Ciudad de México (PROCINECDMX) en 2021. Utilizando como herramienta metodológica la etnografía digital, el análisis procuró comprender la recepción del cine mexicano de la época dorada en los países iberoamericanos, a través de relatos de públicos de cine de las distintas latitudes, incluyendo a entrevistados de veinte países. La obra se divide en dos partes, la primera, Países, estádedicada a examinar la transnacionalización del cine mexicano de la época de oro en la región, presentando valiosos datos de la recepción de las películas en cada país, los acuerdos con los circuitos de exhibición locales y el rol desempeñado por distribuidora Pelmex. En la segunda parte, Voces, los públicos iberoamericanos toman la palabra y comparten sus experiencias y recuerdos con el cine mexicano dorado. Los relatos abarcan experiencias de visionado en salas de cine, exhibiciones ambulantes, en la programación de canales de televisión, a través de copias en VHS y DVD, enlaces de canales de Youtube y Facebook y en muestras retrospectivas organizadas por Festivales y Cinematecas, incluyendo distintas pantallas y prácticas a lo largo del siglo XX y XXI. La obra demuestra que el cine mexicano de la Época de Oro permanece vigente y se mantiene activo en el imaginario de los públicos iberoamericanos. La expresiva presencia de comunidades en redes sociales dedicadas a dicha cinematografía, la presencia de películas en canales de televisión abiertas y en la internet, los memes y TikTok que utilizan canciones y personajes del cine dorado, para citar algunas reapropiaciones; nos dicen sobre cómo el cine mexicano de la Época de Oro forma una especie de sistema de mediación cultural que nos permite hablar intergeneracionalmente de un pasado común, que nació desde los orígenes de las primeras industrias culturales de la región, y permanece adquiriendo nuevos significados a través de las prácticas culturales de los públicos contemporáneos. El libro está disponible de manera gratuita a través del enlace: https://procine.cdmx.gob.mx/storage/app/media/publicos-iberoamericanos-del-cine-mexicano-de-la-epoca-de-oro-fweb.pdf
15:00 - 16:00
GT_25- Sociología de los Cuerpos y las Emociones
#00042 |
Capacitismo
Miguel A. V. Ferreira1
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Mario Toboso
2
1 - Universidad Complutense de Madrid.2 - Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC).
Monográfico de la Revista: Dilemata, Revista Internacional de Ética Aplicada. (2021, nº 36)En: https://www.dilemata.net/revista/index.php/dilemata/issue/view/37Compilación de trabajos, desde diversas miradas críticas, que abordan el “capacitismo”, una actitud o discurso que devalúa la discapacidad, frente a la valoración positiva de una idea de integridad corporal, que es equiparada a una supuesta condición esencial de normalidad humana, a partir de la cual considera como marginadas a las personas con discapacidad. Se basa, así, en el prejuicio de que, como grupo social, las personas con discapacidad son inferiores a las personas sin discapacidad. Considerando esencialmente valiosas ciertas capacidades que se deben poseer, conservar o adquirir, el capacitismo se relaciona estrechamente con la práctica de la clasificación médica de las personas con discapacidad como deficientes y minusválidas. Ignorando por completo el acomodo vivencial de estas personas en la diversidad de sus propias formas de vida, el capacitismo conduce de manera directa al objetivo de rehabilitarlas e, incluso, de prevenir su nacimiento.
16:00 - 17:00
GT_25- Sociología de los Cuerpos y las Emociones
#00979 |
Emociones y pandemia: Esbozos de la incertidumbre
Francisco Andrés Álvarez Jiménez1
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Devanir da Silva
2
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Paula Contreras Rojas
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Cecilia Cortés
3
1 - Universidad Academia de Humanismo Cristiano.2 - Universidad Metropolitana de Ciencias de la Educación.3 - Universidad de Chile.
El libro se encuentra conformado por cuatro apartados que dialogan entre sí, el primer capítulo es “Regímenes emocionales: entre el estallido social y la pandemia” el cual da cuenta de trabajos relacionados en mayor medida a los sucesos desarrollados en Chile a partir de Octubre del año 2019 (estallido o despertar social) junto con lo que fue el inicio de la emergencia sociosanitaria en nuestro país. El segundo capítulo “Barreras y coacciones a la agencia político emocional” se adentra en aquellas construcciones emocionales que imposibilitan la capacidad de agencia, que, de cierta forma, nos inmovilizan socialmente. El tercer capítulo “Tránsitos emocionales en pandemia” remite a aquellas construcciones emocionales que posibilitan o dan impulso a la acción colectiva. Por último el cuarto capítulo “Emociones, corporalidad y agencia” nos presenta la diversidad de sentires como una parte de las experiencias del último tiempo, a su vez, permiten comprender que las emociones tienen un rol, constituyen la agencia subjetiva de los márgenes en que nos encontramos en la actualidad. En el libro, por medio de ensayos académicos, los autores buscan generar el cruce entre sus experiencias personales o trayectorias de vida, las emociones suscitadas en dichas historias y la experiencia colectiva o su incidencia político emocional. De esta forma, el ejercicio de construcción de este manuscrito resulta en sí un ejercicio político en la medida que, a través de la experiencia de quienes escriben, se intentan trazar futuros posibles, nuevos escenarios, salidas oportunas y construcciones colectivas. El libro es fruto del trabajo colectivo del Grupo de Investigación en Emociones y Sociedad (GIES) quienes conformamos este grupo procedemos de distintas disciplinas, entre ellas la sociología, la antropología, la psicología, entre otras más. La mayoría de las autoras y autores participan del libro como autores, siendo este el segundo texto colectivo del grupo. El libro se encuentra en formato físico por la Editorial Triangulo, su ISBN es 978-956-9539-13-8 y además hay una versión digital descargable sin costo desde la página web de la Editorial Triangulo www.trianguloeditorial.org opción que nace como una decisión colectiva del GIES de facilitar y democratizar el acceso a la información.
17:00 - 18:00
GT_11- Género, Feminismos y sus aportes a las Ciencias Sociales
#01740 |
Repertorios de acción feminista en la revuelta social chilena 2019-2020: el rol de la performance “Un violador en tu camino”
En un contexto de crisis de reproducción social como el chileno, que lleva al extremo la privatización de lo necesario para la reproducción de la vida -alimentos, salud, vivienda, cuidados, etc-, las movilizaciones sociales se multiplican y toman relevancia social y mediática a partir de finales del 2019 con la revuelta social. El análisis de los repertorios de acción colectiva, que ponen a disposición de los movimientos diversas herramientas de protesta, cobra especial importancia e incluso más trascendencia ante el impacto internacional de las aportaciones feministas en estas movilizaciones. En este marco, el artículo que se presenta busca, por un lado, identificar y proponer una tipología de los principales repertorios de acción feminista desplegados durante las movilizaciones sociales transcurridas entre octubre 2019 y marzo 2020 en Chile. Por el otro, analizar el caso de “Las Tesis” y su performance “Un violador en tu camino” que, además de devenir tendencia en redes sociales, se fue replicando en distintas partes del mundo. Para ello, se revisó sistemáticamente la literatura en torno a los repertorios de acción colectiva feminista, se llevaron a cabo 10 entrevistas en profundidad entre activistas feministas y se desarrolló una etnografía digital adicional para profundizar en el caso de “Las Tesis”. Los resultados revelan, por un lado, la distinción entre las acciones en el espacio público, las acciones conectivas feministas desplegadas en la web, las organización de acciones feministas en las comunidades y barrios y las de incidencia institucional. Por el otro, el rol de “Las Tesis” y su perfomance en reconectar el activismo feminista digital global con los cuerpos de las mujeres y su relevancia.