Descripción de la Publicación académica:
REFLEXÕES SOBRE A APLICAÇÃO DA LEI 10.639/03 NAS ESCOLAS DA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO E BAIXADA FLUMINENSE Monica Regina MirandaPalavras-chave raça; racismo; Lei 10.639/03. Essa abordagem visa demonstrar as especificidades e os problemas gerados pela implementação da Lei Federal 10.639/03, que dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no currículo oficial da rede de ensino brasileira, em sua prática cotidiana. Nesse contexto, este trabalho busca dar concretude ao problema de pesquisa sobre: o valor da educação e os obstáculos para a aplicação da lei 10.639/03 na rede básica de ensino, sendo a etnografia realizada em quatro CIEP's (Centros Integrados de Atenção Escolas Públicas) da Zona Oeste do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense, no ano de 2014/15. A partir da realização de entrevistas e da prática da observação participante, Verificar que a aplicabilidade efetiva dessa busca está diretamente relacionada a uma série de fatores existentes nas práticas dos dois atores presentes na esfera educacional (professores, diretores, pedagogos, etc.) que contribuem para a cultura afro-brasileira. Nesse sentido, as relações étnico-raciais são demarcações primordiais para compreensão, não apenas para análise, mas como objeto de estudo em si.Referências BRASIL. Ministério da Educação/Secad. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. 2004. LOPEZ, Laura Cecília. O conceito de racismo institucional: aplicações no campo da saúde. Comunic., Saude, Educ., v.16, n.40, p.121-34, jan./mar. 2012. ) e suas posições em relação à contribuição dos negros para a cultura afro-brasileira. Nesse sentido, as relações étnico-raciais são demarcações primordiais para compreensão, não apenas para análise, mas como objeto de estudo em si.Referências BRASIL. Ministério da Educação/Secad. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. 2004. LOPEZ, Laura Cecília. O conceito de racismo institucional: aplicações no campo da saúde. Comunic., Saude, Educ., v.16, n.40, p.121-34, jan./mar. 2012. ) e seus posicionamentos em relação à contribuição do negro para a cultura afro-brasileira. Nesse sentido, as relações étnico-raciais são demarcações primordiais para compreensão, não apenas para análise, mas como objeto de estudo em si.Referências BRASIL. Ministério da Educação/Secad. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. 2004. LOPEZ, Laura Cecília. O conceito de racismo institucional: aplicações no campo da saúde. Comunic., Saude, Educ., v.16, n.40, p.121-34, jan./mar. 2012. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. 2004. LOPEZ, Laura Cecília. O conceito de racismo institucional: aplicações no campo da saúde. Comunic., Saude, Educ., v.16, n.40, p.121-34, jan./mar. 2012. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. 2004. LOPEZ, Laura Cecília. O conceito de racismo institucional: aplicações no campo da saúde. Comunic., Saude, Educ., v.16, n.40, p.121-34, jan./mar. 2012.
Introducción:
A partir do estudo de trajetórias e experiências de mulheres negras, construo minhas próprias investigações, posicionando-me como militante do movimento feminista negro carioca e integrante do Grupo Afro Agbara Dudu e moradora de favela. Isso porque é desse lugar que expresso minhas indagações, porque foi da prática interventora no campo da política que emergiram minhas indagações. A partir disso, busco compreender e problematizar a trajetória das mulheres afro-cariocas e suas historicidades no contexto brasileiro, com seus depoimentos e suas formas de construir, desconstruir e reconstruir espaços de resistência na sociedade civil. Procuro também verificar e compreender melhor a busca por autonomia das mulheres negras, onde Moreira (2014) destaca que houve uma negação do movimento de mulheres negras entre os anos 70/80 em relação à universalização das feministas brancas examinando o discurso que totalizou as pautas feministas. buscar autonomia, entender esse discurso essencialista que só trouxe tensões entre as feministas brancas e mulheres negras. No entanto, os debates servirão para dar visibilidade às particularidades das buscas das mulheres negras. A negociação política resultou na emancipação produzindo identidades, instituições elaboradas por mulheres negras e não brancas, e a partir dessa emancipação essas mulheres nunca mais precisarão do movimento de dois homens negros e não feministas brancas. Após a ruptura com as feministas brancas, As mulheres negras vão começar a construir suas pautas e fazer seus encontros. Dessa forma, a institucionalização de outros movimentos sociais era inevitável e possível. Mais especificamente, através da memória visual e de dois testemunhos, procuro compreender os processos que estabelecem as relações que criamos (Alli, 2003), a autonomia como ferramenta para produzir independência e empoderamento político. No mundo, tudo é imagem e fotografia, memória visual assume um papel de reconstrução para o olho treinado, a memória visual ultrapassa dois limites que a retina pode alcançar. E nessa parte a oralidade vai me ajudar a transcrever a memória visual das mulheres, ou digo, pode ser um processo de captação do imaginário, as mulheres vão dar testemunho de suas memórias e através dessas imagens explicar suas performances, As negociações e as estratégias utilizadas por eles que se transformarão em escrita, portanto, essas construções e desconstruções levantam possibilidades de outras formas de entender a luta e o envolvimento político ou apoio dos referidos. de gênero nos faz entender a luta e a resistência dentro do favelas e periferias. Suas trajetórias na militância, suas memórias familiares são o mote desta pesquisa destacando como são utilizadas em práticas de interseção em suas lutas. A formação do movimento das mulheres negras só foi possível pelo destino das mulheres que estarão cansadas de sempre estarem à margem ou invisíveis tanto no padrão de dois homens negros quanto nas demandas das mulheres brancas. Isto, originou consequências que seriam compreendidas por essas mulheres, espremendo sua autonomia por meio de um deslocamento que causaria um efeito positivo sem o sentido de produzir essas mulheres como sujeitos de suas histórias. Uma questão merece ser considerada: qual o motivo de estudar especificamente essas mulheres se há outras mulheres no movimento negro? A escolha das mulheres deixa claro que suas trajetórias, como formas de mobilização e ação política, têm um olhar diferenciado nas lutas de resistências negra que se intensificaram na década de 1980 como ferramentas para a geração de políticas públicas. Outro diferencial reside nos fenómenos da época, e que hoje se tornarão práticas recorrentes, ou seja, essas senhoras estavam dispostas a hierarquização de bairros e marginalização social, economicamente e culturalmente incessantemente na construção do movimento de mulheres negras. Inicialmente, aludo a como elas entendem seu ativismo: elas vão se movimentar e responder aos dilemas que reverberam nas buscas negras, assim a proposta foi um estudo ou conhecimento da execução realizada nas buscas políticas e sociais do população negra. Em relação ao movimento afro-carioca, há uma particularidade e uma distinção em relação a outros movimentos regionais: ele o coloca em uma área geográfica ou asfalto que dialoga e se estressa o tempo todo com a favela da periferia do município do Rio de Janeiro, seu espaço de fala com sua diversidade. Enunciado do problema .Eles irão se movimentar e responder aos dilemas que irão repercutir nas buscas negras, assim o propósito foi um estudo ou conhecimento sobre a execução realizada nas buscas políticas e sociais da população negra.
Sob esse ângulo, a pesquisa privilegia a análise de narrativas por meio do estudo de trajetórias sociais e políticas. O principal material da investigação é a mulher negra e as múltiplas formas pelas quais ela expressa uma ideia de “solidariedade”, “coletividade”, “carinho” e “poder”, bem como o pensamento feminista negro carioca . Por meio das narrativas, portanto, podemos acessar construções sociais, sistemas de valores, normas e símbolos. Ou seja: o objetivo é compreender os significados compartilhados pelos indivíduos nas relações de poder e nas atividades humanas envolvidas nos processos políticos e compreender a composição da identidade das mulheres afro-cariocas. Acho que esse esforço nos permitirá analisar as disputas em torno de dois “espaços imaginados” e verificar como os discursos e as negociações ativam as noções de “interseccionalidade”. Por exemplo, mulheres negras que lutaram e trabalharam pela legitimação de suas prioridades dentro do movimento feminista, não cederam à naturalização. As práticas e os enfrentamentos têm (e continuam tendo) um sentido dentro dos fóruns da academia, influenciando ainda hoje esses jovens militantes. Isto é: os processos do movimento das mulheres afro-cariocas, seus saberes, suas experiências e sua marginalidade se refletem no campo político. Foram desenvolvidos mecanismos produtivos que, conforme o passar do tempo, Elas vão se alterando e avançando na construção de um pensamento feminista afro-carioca, mesmo com todas as dificuldades vividas por essas mulheres não esgotando o tempo. Sobretudo quando as implicações da militância, questões de racismo, violência sexual, violência de gênero e classes são debatidas em espaços que se dão como dominantes. Com isso, torna-se possível problematizar a invisibilidade das mulheres na academia como sujeitos do movimento das mulheres afro-cariocas. Através das narrativas, podemos acessar juntamente com a obra “Intersecções, conferências na trajetória de um abolicionista'' (2019) escrita por Ana Flávia Magalhães construções sociais, os sistemas de valor. Mesmo com todas as dificuldades vividas por essas mulheres, o tempo não passou e a relevância do movimento das mulheres negras nos últimos 40 anos tornou-se cada vez mais sólida.
Tópicos a serem desenvolvidos:
- A investigação das memórias de 27 mulheres negras cariocas sobre o trajeto do ônibus que as levou para o III encontro Latino-Americano e Caribenho Feminista em Bertioga (SP, 1985).
- Entender como as relações entre raça, classe e gênero estão presentes nas trajetórias dessas militantes;- Verificar e compreender melhor a busca de autonomia destas mulheres negras;- Elencar os aspectos estratégicos de luta e desenvolvimento de mulheres afro carioca nos últimos 40 anos (1980-2020);- Analisar os impactos decorrentes desse contexto de lutas, como o surgimento de um pensamento social e político localizado;- Analisar as resistências, estigma social, a família negra dessas militantes.
Pensei em traçar alguns autores para auxiliar reflexões como Sueli Carneiro (2003), quando as desigualdades de gênero são politizadas, ou o feminismo transforma as mulheres em novos sujeitos políticos. Essa configuração faz com que esses indivíduos tomem para si, a partir do espaço em que estão inseridos, vários pontos de vista que estimulam ações específicas implícitas na luta de cada grupo específico. O que dizer: grupos de mulheres indígenas e grupos de mulheres negras apresentam questões particulares que, necessariamente, não deveriam ser abordadas, principalmente no que diz respeito à questão de gênero, não considerando as particularidades que especificam ser mulher neste caso. Aqui está um resumo do debate teórico de algumas ativistas e intelectuais negras sobre o pensamento feminista negro, e as categorias que me orientam para o documentário sobre práticas políticas, estratégias utilizadas por mulheres afro-cariocas e suas implicações.Tal debate resultou em um movimento de mulheres negras forjando narrativas dessas mulheres como sujeitos e por meio de sua autoimagem. Essas mulheres poderão trilhar o caminho da ancestralidade, que vai ao encontro da encruzilhada da comunidade, solidariedade, família, resistência negra, empoderamento político e afeto. O debate sobre o pensamento político-social negro na academia constitui um aspecto interessante do trabalho antropológico sobre o movimento negro. A análise crítica de dois eventos sociais possibilita noções de cidadania com ações políticas, principalmente para a produção de novos olhares sobre um processo de transformação que começa com conhecimento, experiência, e gênero – as categorias se cruzam. Segundo Sueli Carneiro (2003), a origem branca e ocidental do feminismo engendrou sua predominância em poucas desigualdades de gênero e um tema definido de que mulheres não brancas e pobres do mundo inteiro lutam para agregar particularidades raciais, étnicas, culturais às suas ideologias. , classe religiosa e social. A autora acredita que, nesta década, as mulheres negras brasileiras seguirão seu caminho de independência política, em que poderão gritar para lutar por um lugar e uma representação e, poderão estar em todos os lugares de relevância para o crescimento da discussão sobre o problema da mulher brasileira de hoje. Seu tema era que o movimento de mulheres do Brasil foi o que mais cresceu politicamente, integrando, espero que definitivamente, a questão racial ao movimento de mulheres. O que move essa luta é o crescimento da possibilidade de construção de um modelo civilizatório, humano, fraterno e solidário, pautado nos valores expressos pela luta antirracista, feminista e ecológica, assumidos por mulheres negras de todos os continentes, pertencentes a a mesma comunidade de destinos. (CARNEIRO, 2014, p.5)
Segundo Lélia Gonzalez (2000, p. 57), existem dois tipos de dificuldades para as mulheres negras: i) a inclinação eurocentrista do feminismo brasileiro constitui um articulador conjunto para mais do que a democracia racial e a ideal de branquitude para omitir o caráter central da busca da raça nas hierarquias de gênero e para universalizar os valores de uma cultura particular (ocidental) para o grupo de mulheres, educá-las a partir da interação entre brancos e não brancos; ii) um distanciamento da realidade vivida pela mulher negra para “negar toda uma história de resistências e lutas, na qual essas mulheres foram protagonistas graças à dinâmica de uma memória cultural ancestral (que nada teme a ver com o eurocentrismo desta tipo de feminismo)”.
Segundo Lélia Gonzalez (1982), o movimento das mulheres negras não pode ser destacado sem considerar que foi uma das vertentes que emergiu do Movimento Negro Unificado (MNU) e recebeu influências qualitativas na luta do população negra, sendo que o MNU obtém sucessos nas esferas políticas. A autora enfatiza que não há como citar outras lutas sem falar do fenômeno que foi o MNU: sua principal propagação era seu programa político voltado para raça e classe. Por uma verdadeira democracia racial e um povo negro livre. Para atingir o objetivo mais amplo, formulamos alguns objetivos menores, que nos ajudarão a direcionar melhor as pesquisas que listamos a seguir.
De início, aludo a como eles entendem seu ativismo: eles se movimentam e estão prontos para os dilemas que repercutem nas buscas negras, então a proposta era um estudo ou conhecimento da execução realizada nas buscas políticas e sociais da população negra Além das buscas acima, busco ou desenvolvo o empoderamento político das mulheres negras. Dessa forma, a relação com o movimento afro-carioca se dá por dois motivos: primeiro, porque sou militante do movimento negro, sendo morador de uma favela, e segundo, há uma particularidade e uma distinção em relação a outros movimentos regionais. movimentos: O município do Rio de Janeiro convida à discussão de territorialidades que denotam diferentes modos de produção. Sendo assim, colher os depoimentos fazendo uma linha do tempo passado e relatando para o presente, cria um imaginário de luto, resistência que ajudará a pensar as questões e problematizar a relevância e relativização de dois depoimentos de mulheres negras. Ao mesmo tempo, as conversas que estou tendo com essas mulheres negras me dão condições de perceber a importância da oralidade na construção do ativismo visual. A criação das imagens a partir das quais estão narrando, difere de uma história para a outra do mesmo acontecimento, portanto não será um problema, pelo contrário ficará bem e desta forma é possível ampliar esta imagem para ser visto para a leitura da memória visual.
Desarrollo:
Desenvolvimento: Enquadramento teórico-metodológico e análise da Informação.
A metodologia utilizada para entrevistas, foram realizadas em casa. Da mesma forma, tentei como metodologia de pesquisa a produção de um documentário, para acessar e trazer à tona a historicidade da construção do movimento das mulheres afro-cariocas através das memórias visuais das citadas e voltando aos coautores da pesquisa . Para a concretização da análise, considero como opção viável a etnografia de imagens como fotos, vídeos, movimentos, dois processos de entrevista e fontes que são úteis na minha pesquisa. Neste artigo, menciono uma abordagem ainda mais específica. Na sequência as entrevistas, fotos e dois vídeos. As imagens sendo criadas na memória e transcritas com palavras. A oralidade alimenta o imaginário visual e as palavras que vão sendo feitas vão gerando rostos e é a base da luta com os escritos. E Sendo assim, Os testemunhos dessas supracitadas,construindo um marco histórico do tempo passado e reportando para o presente, criam um imaginário de empoderamento politico e sororidade entre elas que ajudará a pensar as questões e problematizar a relevância e relativização da emancipação das mulheres negras. Para entender esse processo, comecei a levantar autores que se utilizavam de imagens para produzir suas pesquisas, seus livros e artigos, Nos anos 80 foram de efervescência política, foi uma década que teve um destaque significativo. Pacheco/Nogueira (2016) escreve que a década de 1980 foi chamada de década das mulheres negras, por isso houve um aumento vertiginoso de agências de fomento para financiamento de projetos. mulheres negras. Não podemos nos esquecer, também, que outros movimentos sociais surgiram nesse mesmo momento. Tem um destaque significativo: o debate sobre o deslocamento das mulheres negras dentro do movimento dos homens negros. Portanto como reverberação houve uma forte presença de mulheres negras ocupando espaços que antes não eram possíveis para elas, como a política. Sem dúvida, foi uma década que as práticas de luta foram vistas como necessárias,
Conclusiones:
Conclusões: Principais Achados e Questões Pendentes.
A reunião de Valença em 1988 foi o resultado da cisão de duas reuniões anteriores aqui mencionadas, que estabeleceram a organização, a resistência e a unidade. As mulheres negras mostrarão, então, toda a bagagem política que acumularam entre os anos 80\90 . Como afirma Ribeiro (1995), este Encontro de Valência foi recebido com muitas críticas do movimento feminista branco e do movimento dos homens. As integrantes da organização responderão a essas críticas: “Todas nós, mulheres negras, devemos entender que somos fundamentais nesse processo de transformação, reivindicando uma sociedade justa e igualitária onde todas as formas de discriminação sejam erradicadas”. Portanto espero que a pesquisa traga para a rede da sociedade civil e para a academia um pensamento social, crítico, racial de forma contínua, com a construção de uma memória visual, passada oralmente e sendo escrita para os anais da academia.Foi, portanto, a partir da minha subjetividade e do meu ponto de vista, que construí meu objeto de pesquisa e desenvolvi os argumentos expressos neste texto. Por isso, construí reflexões sobre práticas de ativismo em relação ao conceito de interseccionalidade no cenário atual. Dessa forma, observou-se através das narrativas a construção do deslocamento de mulheres negras dentro do movimento de dos homens negros e a ruptura com o movimento feminista branco. Diante dos dois argumentos apresentados, destaquei três mulheres negras que são: Maria Alice dos Santos, Vanda Ferreira e Adélia Azevedo e investiguei suas trajetórias na militância, Suas memórias familiares e destaques como interlocutores foram utilizados nas práticas como intersecções em suas lutas. Dando ou expondo os caminhos que essas três senhoras seguirão para dar suas contribuições de forma efetiva à formação do movimento de mulheres negras que desencadeou conflitos pela não convivência com os homens negros e a invisibilidade das pautas das mulheres brancas. assim, como originou consequências que afetarão a autonomia que causou e produziu novos sujeitos na história do movimento de mulheres negras. Levando em consideração esses aspectos, me perguntei por que deveria estudar essas mulheres mencionadas e não outras. Até porque serão mulheres negras que fazem parte da construção do movimento de mulheres negras, por suas trajetórias, formas de atuação política, os processos de mobilização e suas estratégias. Em virtude de dois fatos mencionados, a pesquisa analisou os microprocessos sociais, por meio de dois processos individuais e grupais. Tenho em mente que o principal material de pesquisa são as narrativas de mulheres negras observando suas pluralidades. Através das narrativas, observei as construções sociais, os sistemas de valores, as normas e os símbolos.Revisando o que fui observado, entendi que as ações tomadas para a realidade dos acontecimentos precisariam ser utilizadas em dois debates para pensar sobre as construções originais das desigualdades sociais, do sexismo, do machismo e da manutenção do poder. Elas priorizarão as demandas de gênero e raça e entenderão que o empoderamento só ocupa espaço da organização e da comunidade, A partir dessa fala, elas compreenderão a pluralidade assim identificada. Logo, essas senhoras acima citadas não abandonaram as imposições a que foram naturalizadas. No entanto, é claro que as feministas brancas não se esforçaram para entender as mulheres negras. Para as feministas brancas, ou o que eu estava postando para elas não era relevante, havia uma banalização das pautas negras. Tendo isso, justifico que fui revisto e estudado, e que tudo ou o que está acontecendo na desde os anos 70 e 80 até os dias de hoje, não havendo novos acontecimentos e fatores semelhantes que sempre ocorreram no decorrer do tempo. Nos 80 e 90 estas senhoras levantavam questões para os governantes para melhorias de suas comunidades . Ao mesmo tempo, debato as novas formas de invisibilização da mulher negra, juntamente com a luta antirracista. Tudo isso serviu para apontar que esses problemas são constantes e que essas mulheres, em seu tempo, já visualizavam Confrontamos com o poder público, ou poder paralelo, negociado com militares e policiais, para articular suas ações dentro das comunidades, dentro dos presidios. Tudo isso para elas não era novidade. Nesse ínterim, muitas vezes tenho a impressão de que nos tempos atuais essa realidade tomou uma dimensão de fenômeno atual.Concluo que fatos recorrentes de racismo estrutural estão enraizados no processo histórico. Nesse sentido, é fundamental que todos saibam que essas práticas são comuns desde muito antes e que essas senhoras mencionadas lutaram, refletindo criticamente sobre o racismo como um sistema de opressão que o inviabiliza, aproveitando-se das diferenças, e a partir do qual produzem ações que refutam as opressões e as formas de poder. Este trabalho possibilitou conhecer de forma mais aprofundada a trajetória de vida de três mulheres negras remanescentes duas décadas de 80 e 90 e juntas o movimento de mulheres negras. Procurei analisar a forma de atuação e as práticas que estas três senhoras acima referidas utilizaram para não seguirem o caminho que iriam seguir, percorrendo e conjugando vivências e vivências como práticas que à época não eram conhecidas como interseccionalidade. o tempo, não tem a dimensão que vocês têm em nossos tempos atuais. Naquela época, eles pensaram em suas identidades de forma a correlacionar seus lugares sociais. É possível compreender que apenas classe e raça não dão conta das buscas do homem negro do ponto de vista histórico e metodológico. Logotipo, Essas senhoras entendem como funcionam os mecanismos do racismo estrutural sem o sentido de manutenção do poder, e a lógica da invisibilidade negra e da falta de debate concreto. Levando em consideração esses aspectos, analisei e apontei que a ativista Kimberley Crenshaw nomeou academicamente a interseccionalidade em 1989. Enquanto isso, aqui no Brasil, Lélia Gonzalez já dialogava com ideias semelhantes à interseccionalidade, defendendo a encruzilhada da estrutura do racismo. Porém, o que se estudou é que essas três mulheres se entrelaçaram e combinaram suas ações aplicando na prática, ou seja, fizeram em todos os momentos que foram exigidas para a militância desde dois anos 80, antes de 1989. As ações não podem ser desconsideradas implementadas no início dos anos 1980, como ferramentas utilizadas nas práticas, como interseccionalidades. Desconsiderando as ações aplicadas na época, pois não foram compreendidas como interseções e não valorizam e não oferecem outras possibilidades que não parecem vir da academia, resultando na perda de uma grande contribuição para a história da militância negra . Da mesma forma, as formas de poder estão sendo utilizadas de forma a impedir o processo de transformação social. Eles entendem que precisam atuar com ações para que a realidade aconteça, trabalhando de forma transversal e múltipla. Portanto, a importância de suas trajetórias para a história abrange também a esfera do movimento de mulheres negras, não a defesa da autoimagem, a condição histórica, a produção de conhecimento, a sensibilidade analítica, a comunidade, a afetividade e as memórias sociais. Da mesma forma, foi possível analisar por meio das narrativas as relações, as interações, a mobilidade social, a ascensão social e as práticas nesses 40 anos de militância. Acredito que as práticas inovadoras realizadas por essas senhoras acima citadas ajudarão os negros nas décadas de 80 e 90, seja na forma de pensamento social negro, políticas públicas, educação e saúde, ou simplesmente uma vida melhor ou reconhecimento para profissionais do sexo . Essas senhoras compreendiam e sabiam que havia outros fatores que percorriam essas buscas, não desde que fossem observados e não subjetivos, por isso que as práticas sempre acionavam e moviam as encruzilhadas das trajetórias dessas senhoras acima mencionadas, que foram as bases de seus processos políticos, os sistemas de opressão relacionados: sexismo, machismo, racismo. Em seguida, engulo os textos dos autores que me ajudarão a pensar para o desenvolvimento da pesquisa. Por isso, entendo que era pertinente delinear em voga ou debater a importância da representação política e da escola que estas senhoras construíram. Depois, trouxe para o centro do debate a ruptura com os movimentos feministas e o deslocamento do movimento negro. Falo através das narrativas dos conflitos entre o movimento feminista e o movimento dos homens negros. Cito situações, consideradas por elas, como as mais emblemáticas, dentre elas "O Encontro de Bertioga” como divisor de águas para aquelas mulheres que serviram de práticas para a emancipação das mulheres negras. O trabalho enriqueceu e atendeu ao seu objetivo que estava traçado nas memórias sociais e a partir desse dia entendeu-se que a origem nuclear dessas senhoras, a importância da família, de dois amigos, ou o quanto a educação sempre influenciou em suas trajetórias. Conhecer suas vidas ajudou a identificar suas potencialidades, resistências e os motivos pelos quais essas senhoras escolheram trilhar o caminho trilhado pela militância. Essas senhoras vão experimentar o racismo desde que eu desista. Como mulher, levantou algumas questões dentro do campo, que geraram técnicas de resistência, com foco no cruzamento de experiências e resgate da autoimagem, memórias de infância, subjetividades e raízes de novas famílias. Dadas as narrativas dos interlocutores, o racismo foi entendido como um sistema de opressão e em todos os momentos as práticas que aplicaram revelam a empatia como construção social e política. Dessa forma, priorizarão as demandas de gênero, ao mesmo tempo em que entenderão que não se trata de capacidade, mas de oportunidades. E sempre que puderem colocar suas práticas em ação, isto é, vão perceber e mapear suas lutas, admitir que de fato são múltiplas, diversas que implicam desigualdades raciais e sociais. Diante disso, citarei algumas ações que servirão de ferramentas para a construção das subjetividades das referidas ativistas que as ajudarão a pensar um novo modelo de movimento de mulheres que não pense nas categorias de formas isoladas. Proponho, assim, uma nova forma de pensar as práticas sem hierarquia.As lideranças da favela e da periferia lançaram Maria Alice dos Santos para o movimento das mulheres negras, onde esta senhora, juntamente com outras senhoras, foram sujeitos da história que provocou uma ruptura com o movimento feminista e confrontou-se com a universalização da mulher como categoria. No entretanto,elas foram para Bertioga encontrar outras mulher e dá sua contribuição para dentro do encontro, Que foi Adélia Azevedo, quem reivindicou uma mesa para debater as questões das mulheres negras em um encontro internacional de mulheres. Num outro episódio, por exemplo, Maria Alice do Santos vai a uma reunião no IPCN e questiona a situação de vulnerabilidade das prostitutas. Quando Vanda Ferreira problematiza que a partir do encontro com mulheres negras elas aprenderão a se organizar, ou se dizem, já propõem estratégias de como pensar essas pessoas sem universalizar, entendendo os temas estruturantes que precisam ser trabalhados transversalmente, mas também em práticas de maneiras. Por fim, ao final do trabalho, percebe-se como um desafio que a interseccionalidade traçou para a construção do movimento de mulheres afro-cariocas. Trata-se de um entendimento da interseccionalidade como ferramenta analítica que impacta toda uma forma de estudar a busca do negro/negro, partindo do lugar social, da identidade e respeitando a diversidade. Essa mesma ferramenta (ou outras que caminhamos na mesma direção) ou sistema torna algumas lutas invisíveis, principalmente as mulheres negras. E por tudo o que foi dito, homens e feministas brancas entenderão que a partir da emancipação das mulheres negras entende-se que as técnicas de resistência e empoderamento, considerando o conhecimento e o processo de transformação social, decorrem de uma noção grupal. O debate central para as respostas da pesquisa, é que essas mulheres estudadas neste trabalho em seu tempo utilizaram práticas que encontravam como oprimidas sem notar a interseccionalidade. Essa mesma ferramenta (ou outras que caminhamos na mesma direção) ou sistema torna algumas lutas invisíveis, principalmente as mulheres negras. E por tudo o que foi dito, homens e feministas brancas entenderão que a partir da emancipação das mulheres negras entende-se que as técnicas de resistência e empoderamento, considerando o conhecimento e o processo de transformação social, decorrem de uma noção grupal.
Bibliografía:
Referências bibliográficas.
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Palabras clave:
Mulheres negras, Racismo,Memória, Trajetórias, Narrativas