Resumen de la Ponencia:

Los cambios de gobiernos y las diferentes políticas científicas generaron un contexto particular en Argentina en los últimos veinte años, pasando de un período de apertura del ámbito científico a través del presupuesto destinado a éste, la proliferación de becas doctorales y posdoctorales, la re consolidación de la Carrera de Investigador Científico, como cuestiones principales que permitieron la consolidación de un universo de recursos humanos altamente calificados para el Estado, llegando a los recortes y ajustes efectuados a partir del 2015 donde las expectativas de quienes apostaban por insertarse en este campo se vieron frustradas. La masiva movilización y la toma pacífica del Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación (MINCyT) por parte de los trabajadores y las trabajadoras científicas como reclamo ante los recortes y ajustes en ciencia y tecnología, en diciembre del 2016 (en su mayoría pertenecientes al CONICET) fue un acontecimiento que marcó un cambio en la forma en la que estos trabajadores se organizan y piensan.Esta ponencia presenta algunos resultados de una investigación etnográfica en curso acerca de narrativas y conflictos sobre oportunidades y estrategias de inserción, permanencia y ascenso laboral de personas doctoradas en Ciencias Sociales en Buenos Aires (2012-2019), analizo datos obtenidos a través de la observación participante, entrevistas en profundidad, realización de cuestionarios y entrevistas dirigidas, como así también la búsqueda de fuentes secundarias en archivos y prensa. Con la elección del abordaje etnográfico busco analizar los sentidos de cada uno de los grupos de actores, construyendo una distancia reflexiva de nuestro propio sentido común.En concreto, mi interés está puesto en el universo de quienes se doctoran en ciencias sociales en Buenos Aires y las dinámicas políticas desarrolladas hacia la persecución de mejores condiciones en el acceso, permanencia e ingreso laboral. Bajo el lema #investigarestrabajar, estas personas empezaron a aparecer como agentes políticos que elaboran estrategias de movilización para hacer llegar sus demandas hacia el Estado y organismos científicos, trascendieron sus espacios de trabajo y ocuparon el espacio público instalando una serie de debates acerca del valor de lo que hacen y la forma en la que son considerados.  

Resumen de la Ponencia:

Buscaremos nesta proposta de comunicação demonstrar que estamos vivendo em um estado de guerra permanente. A batalha, o conflito constituem parte das nossas relações interpessoais e, por sua vez, alicerça o modo de operar do poder político; ou seja, do Estado contemporâneo. Acreditando que a filosofia se faz através de seus problemas, evidenciaremos em que medida podemos utilizar a perspectiva de estado de guerra permanente como grade de inteligibilidade do nanoracismo e do Racismo de Estado. Este último deve ser compreendido como um “racismo que a sociedade vai exercer sobre ela mesma, sobre seus próprios produtos; um racismo interno, o da purificação permanente, que será uma das dimensões fundamentais da normalização social” (FOUCAULT, 1999, p.73). Nesta proposta buscaremos promover todo um diálogo com breve colocações em torno desse conceito que é apresentado ao longo da filosofia política moderna e contemporânea (Hobbes à Foucault), atualizando com os pensadores de(s)coloniais (Fanon, Mbembe, Quijano) e olhando para a realidade brasileira. Uma vez que esta tem exercido duros golpes a população negra, sobretudo no atual (des)governo, que sempre ver no Negro as grandes mazelas da sociedade. O pensamento racista, a colonização e o racismo científico ferozmente buscaram esvaziar, em suas teorias/práticas, a humanidade que de mulheres e homens considerados negros. Objetivaram e animalizaram seus corpos como também empenharam em destruir sua cultura, saberes e práticas. Todos os estes feitos tiveram como objetivo tornar estes corpos, dóceis, coisas, objetos, de modo que justificasse a utilização deles como instrumentos de trabalho. Nesta mecânica, houve a colonização não somente dos territórios africanos e suas diásporas, mas também dos corpos, das mentes, e sobretudo do saber, para tornar estéril todas as demais concepções de mundo que diferisse do pensamento eurocentrado. O racismo é o que estrutura o Estado brasileiro, historicamente. Sendo algo estrutural, ele constitui e organiza o modo de se relacionar afetivamente, socialmente, profissionalmente, culturalmente e institucionalmente com as pessoas negras e de outras etnias, que não compartilham do Eu hegemônico branco. Neste sentido, regula as ações consciente e inconsciente dos indivíduos, tornando-se um elemento notável no processo de normalização social. Neste processo de decodificação, o corpo negro, em suas linhas, traz os discursos pejorativos construídos a respeito de sua raça. A começar pelo adjetivo que seu corpo carrega:  NEGRO! Termo inventado, conforme Achille Mbembe para “significar exclusão, embrutecimento e degradação, ou seja, um   limite sempre conjurado e abominado.” (MBEMBE, 2017a, p.19).

Resumen de la Ponencia:

Mais do que consumir alimentos, comer tornou-se uma forma de manifestação social. Através dos hábitos culinários o sujeito consegue demonstrar sua identidade, além de construir e manter relações interpessoais. A pandemia serviu como impulso para a reconversão alimentar dos sujeitos, que buscaram alternativas para enfrentar o isolamento e proteger-se do risco de contaminação pela Covid-19. O distanciamento social gerou nos indivíduos do Brasil uma carência afetiva incomum. Como resultado desse desejo de estar junto às pessoas, muitos sujeitos retomaram costumes abandonados a tempos, como o ato de cozinhar e de comer em família. E esse avivamento de condutas outrora orientadoras do comportamento identitário e social dos sujeitos, contribuiu para a ressignificação da comensalidade. Para muitos, comer havia se tornado um ato biológico, realizado no frenesi cotidiano da modernidade, sendo algumas vezes até deixado de lado pela necessidade de cumprir as demandas sociais. Com a parada repentina e forçada do mundo, diante da pandemia da Covid-19, as pessoas se viram perdidas e carentes em virtude da falta de rotina e correria a qual estavam acostumados, sendo necessário encontrar novas formas de manter-se vivo e ativo na obrigação de ficar em casa. Diante deste fenômeno pandêmico, o ato de comer foi reconvertido e novas ações passaram a nortear a prática de consumir alimentos. O ato da comensalidade em família voltou a fazer parte da realidade de muitos que se viram aprisionados com os seus parentes e passaram a valorizar a circunstância de partilhar o alimento. O uso do serviço de entrega de comida também se tornou um aliado para quem desejara consumir pratos prontos, mas não queria arriscar-se a sair de casa, para evitar a contaminação pelo coronavírus. A prática do delivery também auxiliou os estabelecimentos comercias diante das ordens de isolamento social dadas pela OMS, e o serviço de entrega passou a ser relevante mantenedor das relações comerciais entre o empreendedor e os seus clientes, tendo o uso das tecnologias digitais como ferramenta para esta interação. Dentro do contexto de isolamento social, também foi possível identificar o surgimento de novos ‘chefs’ do isolamento. Algumas pessoas encontraram na prática de cozinhar uma forma de interagir com outros sujeitos que também estavam reclusos em seus lares e tinham as mídias digitais como parceiras e fontes de informação e contato com o mundo. Nessa nova realidade trazida pela pandemia para o Brasil, a comensalidade assumiu um novo significado. Seja na comensalidade vivida em família, no consumo de alimentos por entrega, no ato de cozinhar e trocar conhecimentos culinários; a forma como as pessoas enxergam a alimentação tem mudado. Um novo paradigma foi dado aos alimentos, e todas estas ações ressignificaram a prática de comer.

Resumen de la Ponencia:

Los cambios de gobiernos y las diferentes políticas científicas generaron un contexto particular en Argentina en los últimos veinte años, pasando de un período de apertura del ámbito científico a través del presupuesto destinado a éste, la proliferación de becas doctorales y posdoctorales, la re consolidación de la Carrera de Investigador Científico, como cuestiones principales que permitieron la consolidación de un universo de recursos humanos altamente calificados para el Estado, llegando a los recortes y ajustes efectuados a partir del 2015 donde las expectativas de quienes apostaban por insertarse en este campo se vieron frustradas. La masiva movilización y la toma pacífica del Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación (MINCyT) por parte de los trabajadores y las trabajadoras científicas como reclamo ante los recortes y ajustes en ciencia y tecnología, en diciembre del 2016 (en su mayoría pertenecientes al CONICET) fue un acontecimiento que marcó un cambio en la forma en la que estos trabajadores se organizan y piensan.Esta ponencia presenta algunos resultados de una investigación etnográfica en curso acerca de narrativas y conflictos sobre oportunidades y estrategias de inserción, permanencia y ascenso laboral de personas doctoradas en Ciencias Sociales en Buenos Aires (2012-2019), analizo datos obtenidos a través de la observación participante, entrevistas en profundidad, realización de cuestionarios y entrevistas dirigidas, como así también la búsqueda de fuentes secundarias en archivos y prensa. Con la elección del abordaje etnográfico busco analizar los sentidos de cada uno de los grupos de actores, construyendo una distancia reflexiva de nuestro propio sentido común.En concreto, mi interés está puesto en el universo de quienes se doctoran en ciencias sociales en Buenos Aires y las dinámicas políticas desarrolladas hacia la persecución de mejores condiciones en el acceso, permanencia e ingreso laboral. Bajo el lema #investigarestrabajar, estas personas empezaron a aparecer como agentes políticos que elaboran estrategias de movilización para hacer llegar sus demandas hacia el Estado y organismos científicos, trascendieron sus espacios de trabajo y ocuparon el espacio público instalando una serie de debates acerca del valor de lo que hacen y la forma en la que son considerados.  

Resumen de la Ponencia:

¿Cómo se vive siendo lesbiana al interior de una iglesia evangélica?, en esta pregunta se plantea un análisis que cruza las dimensiones religiosas, sexuales y de identidad sexual, cuestiones profundamente complejas de abordar aún en pleno siglo XXI.Esta ponencia presenta resultados y hallazgos  preliminares, apartar del estudio de ocho casos de mujeres lesbianas que participan o han participado como tales en comunidades de iglesias evangélicas y protestantes en Chile.Las trayectorias vitales de quienes participaron en esta investigación, muestran de manera nítida experiencias de dificultad , rechazo y profundos cuestionamientos que impactan psicosocialmente en la construcción identitaria  como lesbianas y como cristianas evangelicas.  Nobstante también ellas identifican experiencias de autoafirmación como lesbianas y sus experiencias abren  posibilidades  de cambios profundos en la espiritualidad así como también  en las iglesias  evangélicas en las que participan.  

Resumen de la Ponencia:

A pandemia de COVID-19, vivenciada pelo mundo desde 2020, acumula, no Brasil, dados preocupantes. O país registrou mais de 660 mil mortes, além de mais de 30 milhões de casos confirmados da doença. Esses números, como afirmam partidos políticos, movimentos sociais, lideranças e pesquisadores, são consequência da política adotada pelo governo brasileiro como forma de gerir a crise decorrente da pandemia. Ao analisarmos mais de perto os dados da cOVID-19 no Brasil, fica demonstrado que as desigualdades de raça, gênero e classe foram evidenciadas pela crise: negras e negros foram a maioria dentre os trabalhadores dos serviços considerados essenciais, a maioria dentre os mortos e o setor populacional com maior dificuldade de acesso a vacinas. Também foram aprofundados problemas sociais graves como o aumento da fome e da insegurança alimentar, do desemprego, do acesso pleno à saúde e à moradia. Pode-se afirmar, portanto, que as condições de vida da população negra, em especial, foram profundamente alteradas pela pandemia. Se por um lado estes dados revelam um cenário de precarização da vida, por outro, a crise serviu como catalisadora para os processos de resistência nas comunidades, universidades e redes sociais, tendo a rua como palco de reivindicações. Dentre os diversos casos de resistência ativa, destaco aqui dois processos importantes para a compreensão do ativismo negro brasileiro durante a pandemia: primeiro, os processos de resistência e mobilização de rua, em especial os protestos que ganharam força após o assassinato de João Alberto Freitas pelo segurança da rede de supermercados Carrefour, em 2020. Os protestos no Brasil entraram na rota de mobilizações globais antirracistas iniciada pela luta por justiça por George Floyd nos Estados Unidos; em segundo lugar, destaco as campanhas de solidariedade ativa coordenadas pelos movimentos sociais negros e periféricos com foco especial no combate à fome. Foram registradas inúmeras campanhas do tipo, tanto em nível local, com movimentos de bairro, associações familiares e igrejas, por exemplo, quanto em nível nacional, que é o caso particular da campanha Tem Gente com Fome!, coordenada pela Coalizão Negra por Direitos, uma frente de organizações da sociedade civil e do Movimento Negro. O conceito da dialética opressão-ativismo, trabalhado pela socióloga Patricia Hill Collins, é bastante útil para compreendermos como as condições precárias de vida da população negra no Brasil serviram de estímulo ao fortalecimento de iniciativas próprias de ativismo e resistência, a despeito da ineficácia do Estado brasileiro em garantir condições de vida adequadas para a população. Com este trabalho, busco explorar a condição negra durante a pandemia, bem como as formas de resistência que, acredito, podem ser, alinhadas com as lutas dos povos originários brasileiros, o ponto de partida para a organização da resistência antirracista mais ampla no Brasil. 

Resumen de la Ponencia:

Objetiva-se a partir de uma experiência desenvolvida em escolas públicas do município de Campinas/SP/BR, refletir sobre as repercussões da luta em defesa da qualidade social da educação.  Desenvolvida por meio de aliança estratégica entre pesquisadores da universidade pública local e pesquisadores profissionais atuantes na escola, fortalecidos por processos de avaliação institucional participativa (AIP) e pela pesquisa colaborativa que referenciam o processo de trabalho conjunto, animado pela figura do Amigo Critico (MacBeath, 2005)  pretende-se a construção de opções alternativas potentes para a formação humana das novas gerações (Sordi et al, 2017). Destacam-se os movimentos de construção de descritores para dar concretude à multiplicidade das dimensões constitutivas da qualidade social da educação (Bertagna et al, 2020). Reunidos em um guia autoavaliativo, estes descritores subsidiam processos de interpelação do trabalho pedagógico da escola, a que se seguem rodadas de negociação que balizam a tomada de decisão da comunidade. Conclui-se que a relocalização da avaliação na escola amplia as possibilidades de um trabalho sensível às necessidades do entorno social, potencializando ações sinérgicas entre diferentes atores, que atuando como coletivos organizados se implicam com o enfrentamento das assimetrias sociais para que não se resvale na defesa de uma qualidade social abstratamente definida ( Freitas, 2022). A defesa da qualidade social não deve se esgotar como bandeira de luta travada apenas pela escola posto que a formação humana não se restringe a este espaço social e dialoga com as forças vivas da sociedade.  Deriva daí o sentido e a força dos movimentos contrarregulatórios que revela a capacidade de resistência propositiva dos atores socialmente engajados. A formação dos estudantes não pode permanecer refém das políticas neoliberais e a luta por outra concepção de qualidade educacional deve favorecer a eles a compreensão da sociedade abissal em que vivem e de modo subsequente levar a que desejem engajar-se criticamente como construtores de outras possibilidades de vida, na qual a justiça social não seja mero recurso discursivo e alienante. A luta contrarregulatória implica, portanto, a transformação das relações sociais em que vivemos, elas próprias responsáveis pela produção de uma realidade social em que processos de desumanização e humanização coabitam impunemente.Palavras chave: qualidade social, avaliação institucional participativa, escola pública  Referências bibliográficas BERTAGNA, R. H et al Avaliação da qualidade social da escola pública: delineamentos de uma proposta avaliativa referenciada na formação humana. Políticas Educativas, Paraná, v. 13, n. 2, p. 63-86, 2020 FREITAS, L.C    Crises contemporâneas e a disputa pela educação.  Aula Magna do Programa de Pós Graduação da PUC-SP, abril, 2022.MACBEATH, J. et al. A história de Serena: viajando rumo a uma Escola melhor. Porto: Asa Editores, 2005.SORDI, M. R. L. et al. (orgs) Qualidade(s) da Escola Pública: Reinventando a Avaliação como Resistência. Uberlândia: Navegando Publicações, 2017.                                                              

Resumen de la Ponencia:

 Esta ponencia expone el papel de las madres que decidieron unirse con el propósito de defender y proteger a sus hijos de la represión  policial  en el estallido social de Colombia en el año 2021. El estallido las convocó a las calles, donde surge el colectivo: “Mamas de la primera línea”, mujeres que están en primera fila delante de la violencia estatal y paraestatal, cansadas de que desaparezcan y maten a los y las jóvenes, las razones de seguir en las calles son varias, como la rabia o la ira acumulada de tantos años de este neoliberalismo de guerra. Son particularmente todas  jefes del hogar, actualmente desempleadas o con trabajos informales que viven en los barrios populares del suroccidente Bogotano, que cambiaron el rol de madres, de esposas, de sus oficios y que en la mayoría de los casos, los esposos tomaron el rol y de esperar a sus esposas con la incertidumbre de si van a volver por la lucha de sus hijos. Se llevarán a cabo 5 entrevistas a madres que hicieron parte de la primera línea, análisis documental del periodo en el que surgió este grupo, a través de artículos, prensa y filmaciones con la finalidad de dar a conocer las vivencias de estas madres con  un  enfoque teórico desde  la sociología de las emociones de Weber que permitirá entender cómo las emociones y redes de interacción adquieren fuerte intensidad en el colectivo de las madres de primera línea, unida por relaciones de camaradería y el accionar por una lucha.Palabras claves: Madres de primera línea, movimiento social, violencia estatal, emociones  y redes interacción   

Resumen de la Ponencia:

En la última década, con el descubrimiento de yacimientos de hidrocarburos no convencionales y la consiguiente ampliación de la frontera mercantil del gas y el petróleo, se han generado en la provincia de Neuquén (Argentina) una serie de disputas territoriales en torno a la formación geológica denominada Vaca Muerta entre distintas empresas petroleras, comunidades indígenas mapuche, crianceros y el Estado en sus diferentes niveles. En este trabajo daremos un panorama general sobre la conflictividad territorial y la violencia en torno a los hidrocarburos no convencionales (fracking) en el departamento de Añelo (centro operativo de Vaca Muerta), analizando las tensiones, violencias estatales y para-estatales, procesos de conflicto y negociaciones entre los diferentes actores en pugna. Para ello nos basaremos tanto en entrevistas propias y observaciones realizadas durante nuestros trabajos de campo como en fuentes periodísticas y datos estadísticos.

Resumen de la Ponencia:

La educación intercultural bilingüe es un modelo educativo que llevan a cabo varios países de América Latina, en donde la presencia de pueblos originarios es de gran importancia, no sólo por el número de habitantes que representa, sino por lo que significa la sobrevivencia de culturas que se mantienen vigentes, algunas de ellas en peligro de desaparecer. La escuela El Porvenir, cuyo proyecto educativo se centra en “Una educación para la vida”, constituye una experiencia de interculturalidad y bilingüismo exitosa,. El aporte de este modelo educativo consiste en el diálogo de saberes propios  con el conocimiento universal, como proceso de descolonización del saber y reconocimiento de la diversidad cultural. La interculturalidad a partir de los procesos de enseñanza-aprendizaje está propiciando la recuperación de la lengua indígena “ñomndaa” hablada en el gran parte de la sociedad xochistlahualquense. El éxito de esta experiencia reside en el respaldo de los miembros de la comunidad, la participación activa de los niños en su aprendizaje, así como el compromiso docente.Los movimientos de liberación de los pueblos indígenas van más allá de lo meramente político, de sus derechos ciudadanos y colectivos a la tierra. La reivindicación que reclaman es su derecho a tener su propia educación, no una impuesta por el Estado, que impone la ideología dominante o los proyectos propios de los gobernantes en turno que dejan fuera los reclamos de los pueblos originarios o los utilizan como propaganda para ganar adeptos y votos en las elecciones. Ante los reclamos de los pueblos originarios el Estado ha respondido mediante diferentes proyectos educativos impuestos  desde arriba  como la educación indígena, o la educación bilingüe, bilingüe bicultural y, finalmente la educación intercultural bilingüe. Sin embargo, la interculturalidad por sí misma no hace referencia a pueblos indígenas, sino  abarca a todos los ciudadanos, independientemente de su origen étnico o social; implica reconocer el carácter colonial  de nuestra sociedad, así como de nuestro sistema de saberes y conocimientos, por lo cual se plantea la necesidad de una “reconstitución epistemológica” es decir un proceso de descolonización paulatina de saberes, lenguas y subjetividades (Mignolo, citado por Dietz y Mateos, 2011:60). La consecuencia práctica de este “despertar” epistémico es la construcción de proyectos educativos tendientes a la descolonización del saber con proyectos propios, con una manera diferente de ser y hacer escuela y de ser maestros o maestras. (Cfr. Medina, 2009). Esta “vuelta” a la visión de los pueblos originarios de América Latina es una revaloración de nuestra epistemología, sometida, silenciada e invisibilizada por la epistemología occidental.El objetivo de la ponencia es presentar los resultados parciales de la investigación en curso sobre la interculturalidad en una escuela de educación básica indígena intercultural bilingüe en el municipio de Xochistlahuaca, Guerrero

Resumen de la Ponencia:

La relación entre violencia y salud ha existido históricamente. En las últimas décadas ha hecho su aparición con mayor protagonismo ya que emerge de los discursos oficiales representados por instituciones de orden mundial que van orientando el rumbo de las acciones encaminadas a reducir el impacto de las múltiples violencias. Sin embargo, su comprensión ha ocupado lugares teóricos desde lógicas explicativas multicausales y lineales, de explicación factorial, en el plano de los riesgos, la enfermedad-muerte desde la exclusiva mirada biomédica y que ve a los niños y las niñas como víctimas reducidas a objetos cuantificables en cifras y porcentajes para dar cuenta de su magnitud epidemiológica. Este trabajo como parte de una tesis doctoral se propone reconstruir teóricamente las violencias escolares simbólicas que se incorporan como molestias, malestares, sufrimiento y/o enfermedad-muerte contra los niños y las niñas. Para lograrlo acude a lo documental para entender la relación violencia y salud como un fenómeno social complejo, multidimensional, históricamente determinado, que se reivindica con las voces y miradas de ellos y ellas en un primer acto de reconocimiento como sujetos políticos. En ese proceso analiza las violencias simbólicas encarnadas en sus vidas, superando la atención en la enfermedad-muerte desde la lógica diagnóstica medicalizante e institucionalizada, caminando a visibilizar estas violencias como expresiones de malestares, molestias vitales y sufrimiento que son cuidadas y atendidas mediante prácticas sociales y acciones colectivas transdisciplinares, transectoriales, interculturales e interinstitucionales. 

Resumen de la Ponencia:

No Brasil, um grupo de pesquisadores tem se dedicado a pensar sobre novas possibilidades das cidades e do urbano que não estão diretamente associadas a cidades específicas, mas a um complexo urbano de cidades médias e pequenas, além de incluir territórios fronteiriços. Esse complexo urbano não é definido por cada unidade administrativa separadamente, mas pelas relações que essas cidades estabelecem entre si e pelas maneiras pelas quais pessoas e coletividades circulam e as classificam. Segundo esses pesquisadores, o complexo urbano aparece como uma única cidade na experiência de travestis que habitam a cidade, quando pensada a partir da estreita relação entre a gênero, produção de beleza, transformação corporal, economias sexuais e deslocamentos espaciais. Desse modo, corpo e espaço estão embutidos em um jogo permanente de desejo, consumo e mobilidade. E, assim, entre corpo e espaço, são produzidas subjetividades e afetividades. Nesse sentido, ofereço uma contribuição para essa proposta ao propor um diálogo entre este complexo urbano e as formas como as travestis se apropriam, experienciam e criam cidade. A pesquisa etnográfica realizada por mim entre 2016 e 2020 em três cidades brasileiras: São Carlos/SP, Franca/SP e Campo Grande/MS, ajudou a perceber que as travestis estão em constante deslocamento entre lugares e cidades. Ao longo desses deslocamentos elas desenvolvem uma epistemologia própria, a qual revela que a urbe das travestis é uma soma de cidades, um espaço contínuo que dissolve os lugares em imagens sucessivas de cidade. Decorrente da consideração das cidades na perspectiva das travestis, é possível pensar uma cidade que é um montante de outras cidades, um holograma construído pelas travestis que habitam a cidade para além dos limites geopolíticos, um espaço continuado. Ou ainda, uma cidade devir, uma cidade que se dá nos interstícios, não apenas localizada em um mapa político administrativo, mas em territorialidades que são feitas e refeitas por experiências urbanas materializadas dentro e fora das “cidades oficiais”, que tomam forma em sua mobilidade e heterogeneidade. Ou seja, a cidade travesti não é um palimpsesto, não é dada, imposta, mas construída nos movimentos. Com esse aporte, espero contribuir com os estudos sobre o urbano que consideram as transformações nos modos de vida e experiência urbana para reflexão sobre o passado, presente e futuro das cidades latino-americanas.

Resumen de la Ponencia:

En Chile, a pesar del retorno a la democracia, la represión sigue vulnerando sistemáticamente los derechos humanos hacia toda persona que se moviliza y manifiesta en contra del Estado neoliberal. Como en todo momento histórico, las mujeres han estado en el centro de la coyuntura, agitando y organizándose en los distintos espacios. Sin embargo, debido a la violencia misógina se ha generado toda una estructura sistémica antagónica para las mujeres, las que han sido borradas e invisibilizadas de los procesos de revueltas sociales. En ese sentido, es relevante investigar las experiencias y la percepción de las mujeres respecto a la represión policial comprendida entre los años 2018, 2019 y 2020.  Los objetivos de esta investigación están enfocados a comprender las experiencias represivas de las mujeres jóvenes de Concepción en las protestas sociales dentro de los años 2018-2020, para así dar paso a describir la participación activa de las mujeres en las manifestaciones, como también las experiencias de represión para luego compararlas.Esta investigación es de carácter cualitativo, la muestra de mujeres jóvenes fue intencionada, seleccionando a nueve mujeres. La recolección de datos fue a través de dos grupos focales, pues son espacios seguros entre mujeres, junto con relacionar experiencias individuales en la colectividad y brindar significados colectivos. Debido a las condiciones sanitarias, se realizó uno presencial y otro por vía telemática.  El análisis de datos fue mediante el análisis temático, con la finalidad de encontrar patrones en el fenómeno estudiado que favorezcan su interpretación. Se caracterizó por la fenomenología para obtener un análisis comprensivo e interpretativo privilegiando los significados de la conciencia y subjetividades de las personas en determinadas experiencias. Respecto a los resultados y discusión de la investigación, fueron ordenados entorno a los objetivos específicos. Se identificaron diversos hitos en cuanto a la participación política como sus inicios, la revuelta feminista del 2018 y la distinción entre la organización mixta y separatista, donde esta última se posiciona como forma predilecta y segura de hacer política. También las experiencias represivas relevaron la violencia machista como marco general de acción en que las mujeres se desenvuelven en sus vidas, es así como existe una diferenciación en base al sexo respecto a la represión policial. Del mismo modo, se caracteriza la participación de las mujeres en las protestas sociales que fueron reprimidas en el periodo señalado, del cual se distinguieron cambios de estrategias en el aparato represor y se reconoce a la Revuelta popular del 2019 como el hito histórico que cambió la forma de ejercer y de percibir la represión. La importancia de esta investigación radica en la necesidad del enfoque feminista para relevar los roles de las mujeres en los sucesos sociales-políticos. 

Resumen de la Ponencia:

Durante décadas, los procesos sociotécnicos en la agricultura mexicana y a nivel internacional se desarrollan a partir del modelo hegemónico capitalista que pondera el incremento productivo y la máxima ganancia. Las consecuencias de esta trayectoria han sido asimétricas, prevaleciendo el beneficio de un puñado de empresas transnacionales, quienes controlan el paquete tecnológico resultado de la Revolución Verde y en la actualidad la tecnología de la ingeniería genética que permite crear semillas con características como tolerancia a herbicida y resistente a insectos, integrando el uso de uno de los herbicidas más controversiales a nivel mundial como es el glifosato por sus efectos nocivos en el medio ambiente y la salud humana, debido a la ingesta de residuos del agroquímico en el agua y alimentos. Ambas técnicas, expresan los intereses de los grandes empresarios agrícolas y las industrias, para quienes la tecnología es solamente una forma de impulsar el monocultivo, sin considerar el bien común y la salud de la mayoría de los productores, pobladores de las zonas rurales y de los consumidores. En los últimos años existe una controversia sobre el uso de estas tecnologías, respecto a cuáles deberían ser las soluciones a esta problemática, no solamente a través de la denuncia por la sociedad civil organizada, sino también proponiendo alternativas sociotécnicas sustentables e incluyentes que permitan una alimentación sana y contribuya a la soberanía alimentaria. En la ponencia reflexionamos sobre los impactos ambientales, económicos y sociales del uso del paquete tecnológico de ambas modernizaciones del campo, en especial por el empleo del glifosato; revisamos la propuesta del gobierno mexicano para disminuir las importaciones del herbicida e instrumentar programas que habiliten a los productores en el empleo de técnicas sustentables para producir plantas libres de agroquímicos; asimismo, analizamos desde el constructivismo social de la tecnología el trabajo de campo que realizamos desde 2015 a la fecha sobre la trayectoria sociotécnica de la organización Consejo Poblano de Agricultura de Conservación (COPAC), pequeños y medianos productores de maíz quienes han implementado técnicas agroecológicas junto con la agricultura de conservación, así como los diversos usos del maíz nativo en su cocina familiar, reconociendo y revalorar la importancia de incluir en la alimentación las plantas nativas que han sido protegidas y mejoradas por los campesinos y las campesinas para su consumo local y regional.

Resumen de la Ponencia:

Em 2016, a Prefeitura Municipal de Fortaleza, capital do Estado do Ceará – Brasil, finalizou o processo de elaboração do plano estratégico de longo prazo da cidade, denominado Fortaleza 2040, com a entrega de 33 planos setoriais em diferentes políticas públicas, dentre elas: habitação, mobilidade, inclusão produtiva, segurança, saúde, educação, desenvolvimento econômico sustentável. O objetivo principal do Plano Fortaleza 2040 é “ser um instrumento voltado para a construção de uma cidade de oportunidades, bem cuidada, mais acolhedora e justa” (FORTALEZA, 2016), com o foco na redução das desigualdades socioeconômicas territoriais.O Plano, que tem como prazo 24 anos de implementação das suas linhas de ações, possui um sistema de governança baseado em três instâncias interligadas: I) Câmaras Setoriais: responsáveis pela articulação de órgãos e instituições envolvidos na execução do Plano Fortaleza 2040, com atribuições de integrá-las na execução das ações de cada um dos 33 planos setoriais; II) Observatório de Fortaleza: encarregado pelo monitoramento e avaliação tanto da execução das ações do Plano, como dos indicadores estratégicos selecionados para acompanhar o cumprimento de metas do Fortaleza 2040; e, III) Fóruns Territoriais: são as instâncias de diálogo entre a gestão pública e as comunidades de cada um dos territórios da cidade. Abertas à participação de qualquer cidadão possuem, entre outras atribuições, a competência de propor agendas territoriais orientadas pelo Plano Fortaleza 2040 e acompanhar a implementação das ações pactuadas com o poder público.Os Fóruns Territoriais dividem-se em 39 subterritórios dentro do município de Fortaleza, sendo geridos por 12 Regionais Administrativas, que realizam a gestão territorial da cidade, assim como são responsáveis pela manutenção e organização dos Fóruns Territoriais.Alguns pontos, no entanto, merecem atenção: como instâncias idealizadas pela gestão pública são incorporadas as dinâmicas singulares dos territórios constitutivos de uma cidade? De que maneira as entidades de participação comunitária constituídas de forma “orgânica” se inserem dentro desses espaços de diálogos e deliberação instituídos de forma “artificial” pela Prefeitura? Podem a participação, a transparência e o controle social ser impulsionados e concretizados de forma efetiva nos Fóruns Territoriais? Quais disputas de poder atravessam os diversos grupos que fazem parte desses espaços?Portanto, este trabalho tem por finalidade, através do estudo de caso das instâncias denominadas Fóruns Territoriais em Fortaleza, aprofundar o debate acerca da temática do planejamento estratégico das cidades, e como este é implementado, monitorado e avaliado através de espaços territoriais de participação comunitária. Outros pontos a serem analisados nesse estudo são o modelo de governança adotado pelo Fortaleza 2040 e suas possíveis implicações no território; assim como a execução do Plano de forma concreta e o alcance do seu objetivo central, que se constituí na redução das desigualdades socioeconômicas e territoriais da cidade.

Descripción de la Publicación académica:

Resumo: O objetivo desse artigo é a educação das relações étnico-raciais como estratégia de combate ao racismo no cotidiano escolar. No âmbito escolar/pedagógico é comum ouvir das crianças e dos(as) adolescentes negros(as) que os(as) alunos(as), e também os(as) professores(as), praticam racismo. Nas nossas experiências pedagógicas na cidade de Curitiba-PR, constatamos que a prática do racismo faz parte do ambiente escolar. As políticas afirmativas potencializam a educação antirracista no cotidiano das escolas para a promoção da igualdade racial e valorização da população negra. No intuito de atingir esse propósito faremos uma análise do discurso, tomando como referência a Hermenêutica da Profundidade, desenvolvida por J. Thompson (2004), a tese de Maria Aparecida Silva Bento (2002) as pesquisas de Nilma Lino Gomes (2018) e de Silvio Almeida (2019) sobre o racismo estrutural no Brasil, e o livro Racismo no Livro Didático, de Paulo Vinicius da Silva (2008). Tais pesquisadores(as) concluíram que o racismo é uma forma violenta de produção e manutenção das relações de poder entre negros(as) e brancos(as). A partir de relatos da história de vida de pessoas negras que já sofreram com ações racistas, seja de alunos(as) ou de professores(as), pretende o nosso estudo apontar as consequências, e principalmente as contribuições das políticas afirmativas para a gradativa diminuição das desigualdades étnico-raciais e a consequente superação do racismo no cotidiano escolar. No Brasil, através de reivindicações do movimento negro e de pesquisadoras (es) foi aprovada em 2003, a Lei 10.639/03, que modificou o art.26-A da LDB, determinando o ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira; posteriormente alterada pela Lei 11.645/08, que acrescentou História e Cultura indígena. Constatamos que a partir desse conjunto de leis e das ações do movimento negro tem aumentado o número de pesquisas voltadas para a educação antirracista no cotidiano escolar, consequentemente os (as) alunos (as) começam a ver possibilidades de mudanças na estrutura curricular e na sociedade.Palavras chaves: Educação Antirracista, racismo estrutural e políticas  afirmativas.

 

Resumen de la Ponencia:

Este trabajo propone un abordaje transdisciplinar que combina los aportes de la ingeniería en alimentos con los estudios sociales de la alimentación. El objetivo es realizar un abordaje crítico de la producción y el consumo de alimentos en América Latina para identificar tendencias y oportunidades que conviertan a la dieta en un factor de inclusión social. En un contexto global de crecimiento demográfico y desigualdades sociales entorno al problema del hambre y la desnutrición, la demanda de soluciones alimentarias en defensa de la vida, el medio ambiente y el patrimonio biocultural resulta incipiente en las agendas del ámbito político, social y productivo. En particular en Latinoamérica, diversas investigaciones resaltan una dieta occidental predominantemente desbalanceada y no sustentable. Además, se considera el sistema dominante del agronegocio en conjunto con la pérdida de identidades culinarias tradicionales y biodiversidad. El desafío para las cadenas agroalimentarias no es sólo satisfacer una demanda sino generar un enfoque crítico que permita incorporar a un nuevo consumidor, mucho más activo. La constitución de una dieta saludable en el siglo XXI incorpora alimentos funcionales que produzcan nuevas sensaciones gastronómicas, además de satisfacer sus requerimientos diarios de energía. Existe un auge en el consumo de alimentos de origen vegetal y dietas que consisten en fuentes alternativas de proteínas, o alimentos que contengan compuestos bioactivos beneficiosos para la salud. Asimismo, el consumidor está atento a cómo se producen las materias primas, a la sustentabilidad de la cadena agroalimentaria, y a condiciones de bienestar animal, huella de carbono, clean label y transparencia en el origen, producción y ética de las organizaciones, mediado por el acceso libre a la información y los sistemas digitales actuales. Otro aspecto a destacar es la concientización sobre los recursos ambientales utilizados durante la producción, y la pérdida y desperdicio de alimentos, bajo los objetivos de desarrollo sostenible de ONU para el año 2030 y el lema de las “5R”: reducir, reparar, reusar, recuperar, reciclar. Todos estos factores no están exentos de los efectos que originó la pandemia de Covid-19. En este período conviven los bienes y servicios con valor agregado que generan las empresas que adoptaron la digitalización y robotización de su producción (industria 4.0), así como también las cocinas caseras y regionales con identidades culinarias locales. De este manera, sería beneficioso lograr una articulación de las áreas, en busca de alcanzar tanto la soberanía como la seguridad alimentaria, acompañado de estrategias política y socialmente eficaces.

Introducción:

En un contexto global de crecimiento demográfico y desigualdades sociales entorno al problema del hambre y la desnutrición, la demanda de soluciones alimentarias en defensa de la vida, el medio ambiente y el patrimonio biocultural resulta incipiente en las agendas del ámbito político, social y productivo. En particular en Latinoamérica, diversas investigaciones resaltan una dieta occidental predominantemente desbalanceada y no sustentable, con gran acceso y preferencia hacia alimentos ultraprocesados con alto marketing pero baja calidad alimentaria (Aguirre, 2004). Los alimentos frescos, que hasta la década de 1990 eran comunes en todos los hogares, fueron reemplazados por otros con altos contenidos de grasas saturadas, harinas y azúcares refinados (Blacha, 2019). Además, se considera el modelo agroindustrial dominante basado en los agronegocios destinados a la exportación, en conjunto con la pérdida de identidades culinarias tradicionales y de biodiversidad (Paulsen, 2020). 

Tal como sucede con Argentina, aunque su punto de partida es mucho más favorable, ejemplificado por la actual posibilidad de producir calorías para sostener a más de 40 millones de seres humanos (Zapata, 2016). En cambio, conviven en el país la desnutrición con la malnutrición, con un 63% de la población con exceso de peso (Ministerio de Salud y Desarrollo Social, 2021). Alcanzar un equilibrio nutricional es el problema, ya sea a causa del sobreconsumo —la obesidad es una epidemia que afecta a más de 500 millones de personas— o debido a carencias alimenticias —más de 800 millones de individuos sufren de hambre crónica— (Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura [FAO], 2022). En este aspecto, la humanidad afronta grandes desafíos nutricionales considerando la prevalencia de la obesidad en contraste con un mayor número de personas que sufren de hambre crónica. Quienes logran implementar alguna estrategia alimentaria que permita superar la escasez absoluta sólo consiguen acceder a kilocalorías. Los nutrientes son todavía un desafío por resolver, así como establecer un vínculo entre productores y consumidores -con participación de ambos- que dé sustentabilidad a las prácticas alimentarias. No basta con incrementar la productividad por hectárea si las cosechas no contienen los elementos necesarios para cumplir con una dieta saludable.

En este escenario que ha sido definido como una transición nutricional, no todo está perdido (Bray y Popkin, 1998). El desafío para las cadenas agroalimentarias no es sólo satisfacer una demanda sino generar un enfoque crítico que permita incorporar a un nuevo consumidor, mucho más activo y consciente de las consecuencias de la alimentación en la salud. Este trabajo propone un abordaje trasdisciplinar exploratorio que combina los aportes de la ingeniería en alimentos con los estudios sociales de la alimentación. El objetivo es realizar un abordaje crítico de la producción y el consumo de alimentos en Argentina, para identificar tendencias y oportunidades que conviertan a la dieta en un factor de inclusión social, asegurando alimentos inocuos, nutritivos y sustentables.

Desarrollo:

La constitución de una dieta saludable en el siglo XXI incorpora alimentos funcionales que produzcan nuevas sensaciones gastronómicas, además de satisfacer los requerimientos diarios de energía. Existe un auge en el consumo de alimentos de origen vegetal y dietas que consisten en fuentes alternativas de proteínas, o alimentos funcionales que contengan compuestos bioactivos beneficiosos para la salud.  Por citar un ejemplo, en este rubro se ubican las legumbres, conocidas ampliamente por su calidad proteica y gran fuente de fibras, vitaminas y minerales. Además de los aportes significativos para la salud, estas plantas mejoran la absorción de carbono en los suelos, no requieren fertilizantes nitrogenados (dado que fijan su propio nitrógeno), y además son cultivos de excelente rendimiento, capaces de crecer en terrenos y climas extremos y de pocos recursos (FAO, 2016). 

Asimismo, el consumidor está más atento a cómo se producen las materias primas, a la sustentabilidad de la cadena agroalimentaria, y a condiciones de bienestar animal, huella de carbono, clean label y transparencia en el origen, producción y ética de las organizaciones, mediado por el acceso libre a la información y los sistemas digitales actuales que logran una eficaz trazabilidad. En este plano nace el enfoque “one health” o “una salud”, el cual se dedica a mejorar la vida de todas las especies, humanas y animales, a través de la integración de la medicina humana, la medicina veterinaria y la ciencia ambiental. Reconociendo que la salud humana (incluida la salud mental a través del fenómeno del vínculo humano-animal), la salud animal y la salud del ecosistema están íntimamente vinculadas, este enfoque busca promover distintas estrategias para preservar la salud y el bienestar de todas las especies, la seguridad alimentaria y la salud del ambiente (One health initiative, 2023). Como parte de estas estrategias también se debería incorporar la salud del comensal, no sólo desde un punto de vista nutricional, sino también en relación al post-consumo que resulta de su acto alimentario. 

En relación al ambiente, cabe destacar la concientización sobre los recursos ambientales utilizados durante la producción, y sobre las pérdidas y desperdicios de alimentos (PDA), bajo los objetivos de desarrollo sostenible propuestos por la Organización de Naciones Unidas (ONU) para la agenda del año 2030. Además existe un aumento sostenido del aprovechamiento de subproductos en conjunto con el lema de las “5R”: reducir, reparar, reusar, recuperar, reciclar (FAO, 2019). Datos actuales reflejan que un tercio de los alimentos producidos para consumo humano a nivel mundial se pierden o se desperdician aproximadamente, lo que equivale a 1300 millones de toneladas por año (Alimentos Argentinos, 2020), distinguiendo que más del 40% de las PDA se generan durante las etapas de poscosecha y procesamiento de alimentos en países en desarrollo, mientras que en los países industrializados, predominan las PDA en lo que respecta a la venta minorista y consumo. En ambos casos, estas pérdidas están dominadas por las frutas y hortalizas, con la paradoja de constituir el grupo de alimentos que aportan componentes esenciales para una dieta saludable. Cuando se pierden o desperdician alimentos, todos los recursos que se utilizaron para su producción -como el agua, la tierra, la energía, la mano de obra y el capital- se desaprovechan. Además, la  eliminación de los alimentos desperdiciados en vertederos genera el 6% de las emisiones de gases de efecto invernadero, lo que contribuye al cambio climático. Las PDA también repercuten de forma negativa en la seguridad alimentaria y la disponibilidad de alimentos, y colaboran a aumentar su costo económico. 

Dadas estas razones, la Secretaría de Agricultura, Ganadería y Pesca de la Nación instituyó el 29 de septiembre de cada año como el Día para la Concientización sobre la necesidad de reducir las pérdidas y el desperdicio de alimentos, con el objetivo de brindar una oportunidad a la acción tanto del sector público (autoridades nacionales o locales) como del sector privado (empresas y particulares), para establecer prioridades, avanzar con la innovación y centrarse en la adopción de enfoques integrados y sostenibles que logren sistemas alimentarios con capacidad de resiliencia (Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca de la Nación, 2019). Es necesario adoptar medidas a escala mundial y local para aprovechar al máximo los alimentos que producimos. Para introducir este cambio transformador es fundamental incorporar tecnologías, soluciones innovadoras (en particular plataformas de comercio electrónico para la comercialización y sistemas de elaboración de alimentos móviles), nuevas formas de trabajar y buenas prácticas con miras a gestionar la calidad y reducir las pérdidas y el desperdicio de alimentos. Es necesario considerar la meta 12.3 de la Agenda 2030 para el Desarrollo Sostenible, que propone para el año 2030 reducir a la mitad el desperdicio per cápita a nivel global en los niveles de venta y consumo, y reducir la pérdida de alimentos en las cadenas de producción y suministro, incluyendo las pérdidas poscosecha (Fabi & English, 2019).  Para conseguir estos resultados es necesario re-construir los vínculos sociales entre todos los involucrados en la producción, la distribución y el consumo de alimentos.

Todos estos factores no están exentos de la prevalencia de las enfermedades transmitidas por alimentos (según la Organización Mundial de la Salud se estima que cada año se enferman en el mundo unas 600 millones de personas por ingerir alimentos contaminados) y de los efectos que originó la pandemia de COVID-19 a nivel productivo y socia (Organización Mundial de la Salud [OMS], 2020). El escenario pospandemia demuestra la convivencia de bienes y servicios con valor agregado que generan las empresas que adoptaron la digitalización y robotización de su producción (concepto llamado “industria 4.0”), así como también la revalorización de identidades culinarias locales y cocinas caseras y regionales. De este manera, sería fructífero lograr una articulación de las áreas, en busca de alcanzar tanto la soberanía como la seguridad alimentaria, acompañado de estrategias política y socialmente eficaces. Tal como describe el pensador latinoamericano Jorge Sábato, debe existir una articulación dinámica (conexiones e interacciones) entre los sectores gubernamentales, la estructura productiva y la infraestructura científico-tecnológica como requisito para la generación de innovación y desarrollo económico, tecnológico y social (Sábato & Botana, 1993).

A modo de ejemplo, se propone a continuación una solución alimentaria modelo para convertir a la dieta en un factor de inclusión social, a partir de la producción y consumo de legumbres, asegurando alimentos inocuos, nutritivos y sustentables. Los objetivos serán:

1) Identificar tipos de legumbres de mayor producción en nuestro país. Evaluar su consumo per cápita, costos de producción y venta, servicios de logística. 

2) Diseñar la fórmula de un producto alimenticio nutritivo elaborado sobre la base de hortalizas, cereales con la incorporación de legumbres. Evaluar su aporte energético y nutricional, y funcionalidades. 

3) Validar información y conocimiento técnico en reglamentaciones oficiales, tales como Código Alimentarios Argentino, normas de buenas prácticas agrícolas y de manufactura. 

4) Realizar un estudio de pre-factibilidad técnica y comercial. Analizar técnicas de marketing para incorporación del producto en el mercado. Identificar canales de distribución. 

5) Vincular la fórmula proyecto con los requerimientos diarios de energía de clases vulnerables de Argentina, y su incorporación en la dieta regular. 

6) Realizar campañas de divulgación en establecimientos educativos sobre las ventajas alimenticias de consumir legumbres para desmitificar la actitud elitista como “proteína de pobre” o de rango social bajo.

Se diseñaran distintas formulaciones de alimentos tipo “sopa o salsa concentrada” a base de hortalizas, cereales y legumbres. La legumbre seleccionada tendrá que ser el componente nutritivo mayoritario. Todas las materias primas serán seleccionadas en base a su calidad y costo, considerando con atención el origen y trazabilidad de las mismas. Las formulaciones serán probadas a escala piloto, habiendo definido previamente el diagrama de flujo y los equipos a emplear. Se tendrá en consideración los tiempos consumidos, el rendimiento de producción en términos de balances de masa y energía, y resultados obtenidos. Los productos alimenticios serán expuestos a distintas pruebas de seguridad alimentaria (análisis microbiológicos), físico-químicas (color, textura, composición de nutrientes, ej: medición de cantidad de proteínas por el método Kjeldahl, cantidad de fibras solubles e insolubles) y sensoriales (descriptores: apariencia, flavor y propiedades quinestésicas) para establecer su aceptabilidad en los consumidores objetivo. Se definirá el tipo de packaging (lata, pouch, otro) y el sistema de calidad y puntos críticos de control en las etapas productivas. La propuesta es incorporar al consumidor en el diseño de este producto alimentario, teniendo en cuenta sus necesidades nutricionales pero también su estilo de vida, sus habilidades culinarias, su gusto así como la infraestructura de cocción y conservación a la que se tiene acceso. 

El desafío es reconstruir los vínculos sociales que delinean la dieta. En especial, se han deteriorado con la implementación de las políticas neoliberales en América Latina en la década de 1990. Es parte de que Gerardo Otero (2018) identifica como dieta neoliberal en la cual se incrementa el consumo de aceites vegetales, hay mayor presencia de alimentos procesados y ultraprocesados pero también se rompen los vínculos entre productores y consumidores. Estos elementos son claves para promover una dieta que permita la inclusión social en donde la tecnología no sólo asegure inocuidad y mayor disponibilidad de calorías por hectárea sino también accesibilidad a nutrientes. Es una perspectiva donde el hambre calórico que combate la seguridad alimentaria se combina con la defensa de identidades culturales que promueve la soberanía alimentaria. La propuesta de un abordaje trasdisciplinar refleja la complejidad de las dietas del siglo XXI.

Conclusiones:

El actual escenario alimentario en América Latina incrementa las desigualdades sociales que caracterizan a la región. Desde mi formación como ingeniera en alimentos este trabajo actúa como un primer ejercicio de reflexión que lleva a cuestionarse si es necesario continuar sosteniendo el modelo agroindustrial dominante o avanzar colectivamente hacia la soberanía alimentaria, la disyuntiva central de nuestros pueblos en estos tiempos. Si bien el modelo agroindustrial dominante aún mantiene cierto vigor, sus contradicciones se acentúan cada vez más y la exclusión social se acrecienta. En paralelo, colectivamente, se imaginan y construyen redes cada vez más firmes que resisten e invitan a transitar hacia el paradigma revolucionario y transformador de la soberanía alimentaria. En un contexto donde “algo nuevo se está cocinando, a fuego lento, bajo el sol de Nuestra América” (Filardi, 2018) la propuesta de un abordaje trasdiciplinar propone re-plantearse prácticas para aunar estrategias que hagan de la dieta del siglo XXI un factor de inclusión social.

Bibliografía:

Aguirre, P. (2004). Ricos flacos y gordos pobres. La alimentación en crisis. Claves para Todos, Capital Intelectual, Buenos Aires. 

Alimentos Argentinos (2020). Estrategia Argentina 2030. Valoremos los alimentos. Con menos pérdidas y desperdicio de alimentos, hacia un sistema agroalimentario sostenible. https://alimentosargentinos.magyp.gob.ar/HomeAlimentos/ValoremoslosAlimentos/pdf/EstrategiaArg2030-VLA.pdf

Blacha, L.E. (2019). La retroalimentación del Agronegocio. Dieta, poder y cambio climático en el agro pampeano (1960-2008). Revista del Centro de Estudios Avanzados de la Universidad Nacional de Córdoba, 41, 109-128.

Bray G. A., Popkin B. M. (1998). Dietary fat intake does affect obesity!. Am J Clin Nutr. Dec; 68(6):1157-73. 

Fabi, C. & English, A. (2019). Methodological Proposal for Monitoring SDG Target 12.3. Sub-Indicator 12.3.1.a The Food Loss Index Design, Data Collection Methods and Challenges FAO. pp. 60. 

Filardi, M.E. (18 de abril de 2018). ¿Modelo agroindustrial dominante o Soberanía alimentaria? https://generacfp.com.ar/2018/04/18/modelo-agroindustrial-dominante-o-soberania-alimentaria/

Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca de la Nación. (19 de septiembre de 2019). Se fijó el 29 de septiembre para concientizar sobre pérdidas y desperdicios de alimentos. https://www.argentina.gob.ar/noticias/se-fijo-el-29-de-septiembre-para-concientizar-sobre-perdidas-y-desperdicios-de-alimentos

Ministerio de Salud y Desarrollo Social. (20 de agosto de 2021). 2° Encuesta Nacional de Nutrición y Salud (ENNyS2) 2018-2019. https://datos.gob.ar/dataset/salud-base-datos-2deg-encuesta-nacional-nutricion-salud-ennys2-2018-2019

One Health Initiative (2023). Mission Statement One Health Initiative https://onehealthinitiative.com/mission-statement/

Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura (FAO) (2016). Legumbres: semillas nutritivas para un futuro sostenible. https://www.fao.org/documents/card/es/c/2255c9fc-a643-42e4-b116-3b190ebb3f92/

Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura (FAO)(2019). El estado mundial de la agricultura y la alimentación. Progresos en la lucha contra la pérdida y el desperdicio de alimentos. http://www.fao.org/3/ca6122es/ca6122es.pdf

Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura (FAO) (2022). El estado de la seguridad alimentaria y la nutrición en el mundo 2022. Adaptación de las políticas alimentarias y agrícolas para hacer las dietas saludables más asequibles. https://www.fao.org/faostat/en/#data/FS.

Organización Mundial de la Salud (OMS) (30 de abril de 2020). Inocuidad de los alimentos. https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/food-safety.

Otero, G. (2018). The Neoliberal Diet. Healthy Profits, Unhealthy People.  Austin: University of Texas Press. doi:10.7560/31697.

Paulsen, S. (2020). Sin acceso a alimentos seguros, saludables y económicos: el modelo agroindustrial dominante y sus efectos en los consumidores en Salta, Argentina / Without access to safe, healthy, and affordable food: the dominant agroindustrial model and its effects on consumers in Salta, Argentina. Independent Study Project (ISP) Collection. 3309.

Sábato, J.A. & Botana, N.R. (1993). La ciencia y la tecnología en el desarrollo futuro de América Latina. Arbor, Madrid, 146 (575).

Zapata, M.E., Rovirosa, A. y Carmuega, E. (2016). La mesa Argentina en las últimas dosdécadas: cambios en el patrón de consumo de alimentos y nutrientes (1996-2013). Centrode Estudios sobre Nutrición Infantil (CESNI), Ciudad Autónoma de Buenos Aires.

Palabras clave:

soluciones alimentarias, inclusión, sustentabilidad

Resumen de la Ponencia:

Desde a deposição da primeira presidenta eleita no Brasil, Dilma Rousseff (PT) em 2016, escancarou-se as distintas formas de violência política de gênero (Krook, 2017) a que as mulheres são submetidas quando participam do jogo político. Com o decorrer do tempo e os avanços obtidos — graças à pressão dos movimentos sociais e feministas —, as mulheres estão conseguindo ascender cada vez mais ao espaço de poder. No entanto, conforme avançam, deparam-se com barreiras materiais e simbólicas que sufocam, impedem e dificultam suas presenças nesses espaços. Uma violência simbólica muito evidente se dá em relação aos seus corpos, em que são sempre questionados em relação aos padrões sociais do que é considerado esteticamente aceitável. O corpo se torna um espaço político e de disputas. Com isso, nos perguntamos se essas barreiras são aplicadas de maneira uniforme a todas às mulheres ou se há distinções conforme a raça, a idade, regionalidade, partido político, estado civil, orientação sexual e outros fatores — questões essas que serão exploradas neste trabalho. Para isso, analisaremos as deputadas federais eleitas nas 56º legislatura, fazendo uma análise comparativa dos espectros ideológicos de extrema direita e esquerda. Nossa moldura teórica parte do pressuposto defendido por Safatle (2015) de que as sociedades são, em seu nível mais fundamental, um circuito de afetos que nos permitem compreender tanto os comportamentos sociais, quanto a incidência de regressões políticas (Ibid., p. 16). Em outros termos, a dimensão dos afetos é uma chave fundamental para a compreensão das violências políticas de gênero aos corpos femininos e os seus desdobramentos na dinâmica política brasileira.

Resumen de la Ponencia:

Esta ponencia recorre metodologías para acercarse a distintas prácticas corposubjetivas para enfrentar el racismo y las políticas de ajuste aplicadas por el gobierno de Bolsonaro, entiendase por éstas la implementación de mecanismos sistemáticos de violencia sistémica, discriminación racial, precarización y despojo. Mismas que fueron profundizadas por la pandemia y el confinamiento al que recurrió el gobierno de Bolsonaro, con el objetivo de controlar la movilización obrera y popular y contener el descontento. En el caso brasileño, estas políticas afectaron en su gran mayoría a la población negra: mujeres, adultos mayores y población lgbtttiq+, encabezando las cifras de violencia feminicida, crímenes de odio lgbt, despidos y muertes por covid-19.Aproximarnos a las vivencias subjetivas y los efectos corporales que tienen estas políticas sobre las mujeres racializadas en Brasil y, más aun, poder entretejer elementos comunes y compartidos entre dichas experiencias, en un país continente donde la distancia se volvió infranqueable por la pandemia, nos orilló al uso de recursos tecnológicos y constriñéndonos a la etnografía digital, es necesario precisar la ubicación socio espacial, cultural y política de cada caso abordado, para desde ahí trazar coordenadas cartográficas que permitan rastrear los procesos de insubordinación y rebelión contra las políticas de sujeción y violencia que enfrentan estas sujetas, tanto como reconocer los claroscuros de la lejanía y las complejidades de la traducción de culturas, idiomas, experiencias y marcos de referencia. Hablamos entonces de cómo aproximarse a los procesos de subjetivación política de mujeres racializadas y lograr un rastreo de la dominación, de las prácticas y discursos que configuran y delinean subjetividades. Pero la clave es el rastreo de las resistencias, de aquellos momentos de cuestionamiento puntual o integral de la dominación y sus mecanismos. Estamos hablando de sujetos colectivos que se configuran a partir de una integración de las experiencias y potencias individuales, y de la necesidad de recorrer estas experiencias a la luz de reconocer como uno solo el cuerpo y la subjetividad, síntesis fundamental para el desarrollo del cuerpo de sujetos colectivos.La articulación de distintos sistemas de dominación y producción de corposubjetividades que son cuestionados por las experiencias de las entrevistadas, y alumbrados por herramientas que visibilizan la intersección de dichos sistemas y dispositivos que marcan dichas corposubjetividade es el desafío.  Es fundamental recuperar la relación entre opresión y explotación, en una triada que permite desplazarnos entre el combate al racismo,  la violencia patriarcal y la explotación capitalista del cuerpo y la naturaleza como elementos primarios para entender las experiencias de lucha e insubordinación y construir una cartografía que configura una ruptura en una corposubjetividad pensada desde los propios marcos de la dominación, y da pie al desarrollo de prácticas corporales y configuraciones corposubjetivas disidentes.

Resumen de la Ponencia:

El documento presente tiene como objetivo contribuir a disminuir el abandono y rezago escolar en niñas, niños y adolescentes de zonas marginadas. Dicho proyecto se realizó en las comunidades de Nueva Ilusión y Guayacán, ubicadas en la periferia de la ciudad de Hermosillo, Sonora, México. Debido a los efectos que ha tenido y sigue teniendo la pandemia por Covid-19, el proyecto consistió en brindar clases de asesoramiento escolar a ambas comunidades marginadas, las cuales son consideradas en alto rezago social, y éstas se llevaron a cabo mediante voluntariado en formación profesional. Para ello, se acondicionó un espacio de estudio en ambas comunidades y se les brindaron útiles escolares como mochilas, cuadernos, lápices, colores, reglas, calculadoras, entre otros. El proyecto lleva una metodología mixta (cuantitativa y cualitativa) y se estructuró en base a la Metodología del Marco Lógico y la Matriz de Indicadores para Resultados; la evaluación de este proyecto fue dirigida hacia la eficacia y cumplimiento de los objetivos y actividades a realizar, así como los servicios y bienes entregados. También se evaluó la parte interna de la fundación, es decir, la logística y capacidad de ésta para lograr el cumplimiento de los objetivos en términos de eficiencia. Para la evaluación, se realizaron encuestas de satisfacción de la capacitación y percepción del programa a las voluntarias educadoras (inicio, durante y final del proyecto), una encuesta de percepción del proyecto a tutores (al finalizar el proyecto) y por último se realizó una evaluación diagnóstica y una final para comparar avances o retrocesos (si fuera el caso) a todos/as los/as niños, niñas y adolescentes inscritos/as al proyecto. La evaluación estuvo acompañada de varios instrumentos de monitoreo como bitácoras, fichas de monitoreo y evaluación mensuales, etc. para ir haciendo las modificaciones pertinentes si fuera necesario.Los resultados fueron positivos con respecto a los objetivos, la gran mayoría de las actividades (según la metodología del marco lógico) se cumplieron satisfactoriamente y a tiempo, las voluntarias resultaron completamente satisfechas con el proyecto, los/as tutores de los niños, niñas y adolescentes inscritos al programa quedaron satisfechos y agradecidos/as con el proyecto y recalcan que fue de gran ayuda con el acceso a la educación y la regulación de sus hijos/as, y los/as inscritos/as al proyecto demostraron un avance considerable con respecto al diagnóstico y la evaluación final. En el aspecto cualitativo, se superaron las expectativas ya que es muy interesante el acercamiento y vínculo que se generó entre la fundación (voluntarias/os) y la comunidad.

Resumen de la Ponencia:

Os deslocamentos forçados de migrantes são processos sociais que pressupõem a espera por uma construção ou reconstrução de relações de pertencimento nas cidades de acolhida. Entretanto, direitos e necessidades de migrantes, quando em situação de refúgio ou deslocamento forçado, são diariamente negligenciados, contrariando inclusive o que determina a proteção internacional da pessoa humana. Algumas das formas de efetivação da proteção internacional no âmbito municipal são a garantia de participação nos programas de saúde, educação, habitacionais e outros. É através do amplo acesso a esses direitos que esse lugar de pertencimento é construído. Contudo, o respeito aos direitos humanos, amplamente resguardado por leis, nem sempre se efetiva na prática para garantir que se desenvolva um sentimento de pertencimento no local de acolhida. O presente resumo pretende discutir como questões relacionadas às práticas linguísticas de migrantes e refugiados não falantes do português são definidoras na ocupação do território e no acesso a direitos dentro da cidade de Goiânia, GO. No documentário dirigido por John Akomfrah, The Stuart Hall Project, Stuart Hall (2012) afirma que: “a diferença social afeta o sentido do que somos, do que sentimos ser nossos direitos, e o que a sociedade põe à nossa disposição”. Seriam os elementos cotidianos os responsáveis por afetar a própria construção social da pessoa e proporcionar o que seria um medidor de mudança social – afinal, os acontecimentos do dia a dia e não os grandes eventos são os que moldariam a vida e indiretamente o sentido da história, à medida que constroem transformações constantes de identidades.As afirmações de Hall, construídas a partir de seus deslocamentos da Jamaica para a Inglaterra na década de 1950, trazem uma perspectiva para as especificidades locais e diárias desse grande processo social que é a migração. Processo em que o respeito aos direitos humanos, essencial para garantir acolhimento, avança da grande escala das leis internacionais e busca abrigo na municipalidade por meio da promoção da não exclusão e da construção comunitária, participativa e cotidiana no lugar de chegada. Oferecer uma cidadania parcial eseletiva equivale a não ofertá-la de fato; manter-se neutro diante de discursos xenofóbicoscoaduna com preconceitos e torna o acolhimento apenas vaga teoria, reverberando na nãopromoção de políticas públicas que estimulem a integração. Sobre a dualidade inclusão xexclusão que impede o acolhimento: O que alicerça, portanto, o acolhimento de refugiados pelosEstados gira em torno da fronteira erguida entre inclusão e exclusão, admissão e rejeição,desejáveis e indesejáveis; ao mesmo tempo, enseja vulnerabilidade, indefinição e incerteza aesses migrantes internacionais forçados. Tal fronteira separa aqueles que serão inseridos naordem social, cultural, econômica e política estatal, dos quenão serão contemplados.

Resumen de la Ponencia:

El fenómeno de la pobreza se encuentra atravesado por diversas condiciones como son la educación y la salud, históricamente estudiadas en la literatura. Adicionalmente, en los últimos años, se observa un énfasis cada vez mayor en el análisis de sus determinantes desde una perspectiva de género.  La pobreza en general, y la pobreza monetaria en particular, tienen una estrecha relación con la condición de género ya que las mujeres son las que históricamente han estado en desventaja para la obtención de ingresos propios en el mercado laboral (DANE, 2021).   El Índice de feminidad en hogares pobres, es un indicador utilizado por el Observatorio de Igualdad de Género de América Latina y el Caribe de la CEPAL para reflejar las disparidades en la incidencia de la pobreza (indigencia) entre mujeres y varones . De acuerdo al último dato disponible, el índice agregado para América Latina (17 países) arroja un valor de 113,3, indicando que por cada 100 varones en situación de pobreza habría 113 mujeres en tal condición, lo que da cuenta de la feminidad de la pobreza en la región (CEPAL).Estudios para Argentina muestran particularidades en relación con la pobreza que afecta a varones y mujeres (Cortés, 2003). De acuerdo a estimaciones propias, basadas en la última base de microdatos de la EPH disponible (INDEC, 2021), los niveles de pobreza alcanzarían al 40,4% de los hogares a nivel país y al 44% de los hogares de la provincia de Buenos Aires. Por su parte, la indigencia alcanzaría al 10,7% de la población a nivel Nacional y al 13,5% de la población de la Provincia de Buenos Aires. Es importante resaltar que los valores de incidencia de la pobreza para la Provincia muestran la feminización del fenómeno en este territorio: con tasas de pobreza de los hogares con jefatura masculina del 34,5% y del 37,3% entre los hogares con jefatura femenina. El análisis de la indigencia muestra que tales diferencias oscilan entre el 8,9% y el 13,3%, respectivamente.  Adicionalmente, la feminización del fenómeno se confirma cuando se analizan los valores a nivel de personas bajo situación de pobreza con incidencias del 45% en mujeres (43% de varones), lo que representa a 993mil mujeres y 989mil varones. En el caso de la incidencia de la indigencia los valores para varones y mujeres son similares en torno al 13%. El presente trabajo se propone profundizar la caracterización de la pobreza entre los varones y mujeres de la población de la Provincia de Buenos Aires en los últimos años, e indagar acerca de los factores que podrían mediar tales las diferencias: nivel educativo, composición familiar, trabajo no remunerado, inserción laboral e ingresos, paredes y techos de cristal, entre los mas habitualmente relacionados.  

Resumen de la Ponencia:

El 11 de marzo del año 2020, la Organización Mundial de la Salud (OMS) declaró oficialmente al COVID-19 una pandemia. Desde entonces, hubo especial preocupación por conocer los impactos que dicha problemática tendría sobre las prisiones; espacios históricamente mermados por situaciones como la sobrepoblación, el uso desmedido de la prisión preventiva y las condiciones infrahumanas. Dos meses después, la OMS en conjunto con la Oficina de Naciones Unidas contra la Droga y el Delito (ONUDD) recogieron esta inquietud e instaron a los Estados miembros a tomar medidas inmediatas y firmes para reducir el riesgo de propagación masiva en las cárceles y otros lugares de privación de la libertad. Bajo esta situación, la presente ponencia tiene como objetivo reflexionar, desde una perspectiva criminológica interaccionista, la manera en cómo ha impactado esta pandemia en la vida cotidiana intracarcelaria de Centros Penitenciarios en México y el mundo para, así, identificar continuidades, rupturas, o bien, emergencias respecto a la situación pre pandémica. Para ello, se utilizan datos tanto cuantitativos (estadísticas sobre casos de contagio y estrategias estatales para reducir dicho riesgo) como cualitativos (entrevistas indirectas y directas producto de visitas a centros penitenciarios), los cuales contribuyen a aproximarnos a situaciones, interacciones, procesos, experiencias, sentidos y significados que las personas privadas de su libertad están construyendo y reconstruyendo ante la irrupción de dicha problemática de carácter global. 

Resumen de la Ponencia:

La ponencia trata de dar cuenta de un conjunto de emociones y sentimientos que emergieron durante la pandémica, sobre todo en el inicio, en la ciudad de Lima-PerúPara ello se utiliza fenómenos sociales-culturales peculiares que desató la pandemia, como los caminantes, que son conjunto de personas que fueron sorprendidos viviendo temporalmente en lugares que no eran lo habitual, que generaron un conjunto de sentimientos como la solidaridad popular, sobre todo.Otro fenómeno, el uso de medicinas tradicionales, a la par que las medicinas convencionales para enfrentar los estragos que el virus producía en  la salud de las personas. La medicina tradicional que se transmite oralmente y los conocimientos científicos-farmaceuticos que se transmiten en la academia y la escritura, articulándose el mayor de las veces.Todo ello dentro del gran torbellino de emociones que desata la pandemia.El objetivo es develar algunos equívocos ligados al pensamiento universalista: la cultura como identidad y no como recurso (Francois Jullien),  la idea de individuos aislado, tremendamente singularizados, que carecen de alma, de espíritu “El alma es congregadora y unificante”. Incapaz de tejer un nosotros. Que si bien es lo que marca la crisis actual, que según Byung Chul Han es una crisis de positividad, según los casos que señalaremos hay espacios libre aun, donde existen sentimientos de solidaridad y de comunidad. El uso de medicinas tradicionales no solo en los sectores populares en tiempo críticos, mostró la memoria latente en las sociedades donde estan presente lo heterogéneo y plural, diferente a la ontología del Uno de la modernidad occidental.Otro hecho importante, que puede completar este cuadro, es el humor en tiempos de Covid. Se dice que el peruano hace humor de todo. Trataremos de encontrar huellas para tratar de entender ello.

Resumen de la Ponencia:

O problema da violência é uma das marcas dos centros urbanos da América Latina. O Brasil possui, há alguns anos, elevadas taxas de crimes violentos causados, dentre outros motivos, pelo crescimento da violência armada, especialmente em locais com atuação de facções criminosas e grupos milicianos. Um das consequências dessa violência é a expulsão de moradores de suas comunidades. Os deslocamentos em razão da violência geram violações aos direitos fundamentais das vítimas, como direito à moradia, ao trabalho, à assistência social, à saúde e ao acesso aos serviços públicos. Essa situação tem ocorrido na cidade de Fortaleza (Ceará, Nordeste do Brasil). Grupos de famílias são obrigados a se deslocar em razão da dinâmica do “faccionamento” da cidade. A pesquisa parte da temática da violência armada urbana, delimitando-a para observância da situação dos direitos fundamentais dos deslocados internos. Quanto às questões teóricas envolvidas, são categorias fundamentais: deslocados internos, violência urbana armada, direitos fundamentais e proteção internacional dos direitos humanos. Quanto aos aspectos metodológicos da pesquisa empírica, opta-se por uma análise comparada entre o Brasil e a Colômbia. Para delimitação do trabalho de campo, a pesquisa será realizada nas cidades de Fortaleza (Brasil) e Bogotá (Colômbia). Em relação à Fortaleza: a) o elevado grau de violência e vulnerabilidade social na periferia cidade; b) o problema dos deslocamentos, ainda que não exclusivo de Fortaleza, chama a atenção pela quantidade e repercussão, diante da acirrada disputada entre as facções criminosas, especialmente nas “tomadas de territórios”; c) algumas iniciativas tomadas na cidade em relação ao problema; d) recorte temporal, a partir de 2016, momento de aprofundamento da “guerra” entre facções. Em relação à cidade de Bogotá: a) a Colômbia é uma referência na temática, tanto pela quantidade de pessoas como nas discussões constitucionais sobre a proteção das vítimas; b) Bogotá é a cidade da Colômbia que mais recebe deslocados oriundos de diversas regiões do país. Como apontamentos centrais, percebe-se o não reconhecimento do problema dos deslocados em razão da violência armada no Brasil, e em particular no Nordeste, seja para ausência de dados oficiais e políticas públicas específicas sobre a questão, seja pela inexistência de um marco normativo. Conclui-se, ainda que preliminarmente, pela necessidade do reconhecimento do status jurídico dos deslocados internos no Brasil e da proteção dos direitos fundamentais dessas vítimas da violência armada urbana. Palavras-chave: Direitos fundamentais. Deslocados. Violência. Brasil. Colômbia.