Resumen de la Ponencia:
O presente estudo buscou identificar e caracterizar práticas docentes voltadas para uma educação antirracista, realizada por professoras vinculadas a grupo de pesquisa com enfoque em práticas pedagógicas antirracistas que favoreçam a diversidade étnico-racial e cultural, tendo como marco legal as Leis 10.639/2003 e 11.645/2007, como também analisar o impacto de desigualdades sobre as identidades em construção presentes nos espaços escolares. Esta reflexão se encontra alicerçada nos estudos pós-coloniais a partir dos conceitos de colonialismo/colonização, colonialidade e de seus eixos: poder, saber e ser (QUIJANO, 2000; MIGNOLO, 2005; GROSFOGUEL, 2007a; WALSH, 2007, 2012), que emergem das lutas dos movimentos sociais. Esta abordagem tem as culturas silenciadas como objeto de estudo, analisando os enfrentamentos políticos e epistêmicos frente às heranças coloniais que violaram/violam e negaram/negam as diferenças dos povos, sejam elas físicas, epistêmicas, culturais ou geográficas. Esse diálogo foi realizado em tessitura com o feminismo negro (COLLINS, 2016, 2019; GONZALEZ, 1984, 1988, 2011; HOOKS, 2013, 2015, 2018; CRENSHAW, 2002; LORDE, 2003), em aproximação dos pares conceituais Colonialidade e interseccionalidade. Para análise e tratamento dos dados construídos, foi utilizada a Análise de Conteúdo via Análise Temática (BARDIN, 2004; VALA, 1999). As análises nos possibilitaram concluir que espaços formativos como grupos de pesquisa podem se configurar como lugar possível para o (re)conhecimento das marcas coloniais em nossa sociedade e, consequentemente, em sala de aula. Compreendemos, também, que o olhar das professoras orientado pelos seus diferentes saberes contribui para o enriquecimento de suas práticas pedagógicas docentes. Palavras-chave: Educação antirracista. Prática docente. Estudos pós-coloniais. Feminismo negro.