Resumen de la Ponencia:

A finales de 2019, se desarrollaron múltiples protestas sociales en las principales ciudades de Colombia por inconformidades frente a las políticas del gobierno de Iván Duque; sin embargo, la llegada de la pandemia del COVID-19, a principios de 2020, apaciguó la inconformidad colectiva. En medio de las medidas sanitarias, el país mantuvo una tensa calma hasta septiembre de 2020, cuando la Policía Nacional asesinó a Javier Ordoñez en medio de un procedimiento policial ilegal que fue filmado y “viralizado” en redes sociales. Este hecho desencadenó nuevas protestas sociales de gran magnitud en contra de la brutalidad policial. En este contexto, el Gobierno Nacional intentó controlar la protesta mediante estrategias como la difusión de fake news en los medios de comunicación tradicionales y la censura de la prensa alternativa. Como consecuencia, la ciudadanía tuvo que buscar canales alternativos para comunicar y posicionar sus demandas.  De esta manera, la presente ponencia elabora un análisis de redes con el fin de identificar las estrategias empleadas por la ciudadanía para contrarrestar la campaña de desinformación gubernamental en el marco del Paro Nacional de Colombia 2021. Se argumenta que las redes sociales, como Instagram o Twitter, se convirtieron en una poderosa herramienta empleada por los movimientos sociales no sólo para informar a la comunidad nacional e internacional sobre la realidad del país, sino también para evidenciar la estrategia de desinformación y censura a la libertad de expresión impulsada por el Gobierno Nacional. 

Resumen de la Ponencia:

Neste trabalho aciono as discussões em torno da noção corpo-território que vem sendo trabalhadas em textos e contextos de mulheres indígenas latino americanas,  do feminismo comunitário e decolonial e contribuições do feminismo negro juntamente às vivências, e lutas e enfrentamentos travados por mulheres quilombolas, do território Aldeia Velha, no município de Pirapemas, Maranhão-Brasil. Parto das mulheres quilombolas aglutinadas no Coletivo “Mulheres Guardiãs de Sementes”, de suas concepções, emoções, agenciamentos, formas organizativas e práticas construídas a partir das relações de cuidado tecidas com o corpo – enquanto depositário dos processos contrahegemônicos e de perspectivas “outras” – e com o território, como um espaço carregado de histórias de resistências, e que tem uma relação profunda com as memórias, pertencimentos e atravessamentos. O Coletivo agrega 20 mulheres que passaram a se organizar num cenário de avanço de fronteiras territoriais de fazendas e empreendimentos que afrontam as formas de vida e reexistências de seus territórios quilombola, impondo práticas, derrubando matas, envenenando igarapés. Nos enfrentamentos realizados, estas mulheres tem colocado seus corpos como escudo e contraponto a esses avanços, tem reafirmado práticas produtivas e de solidariedades, tem fortalecido relações e vínculos contrapolíticos. Os trabalhos que desenvolvo com o Coletivo iniciaram a partir da participação em projetos executados com o Coletivo e se organizaram como uma proposta de pesquisa durante os anos de 2019 a 2020. Procuro mostrar que as narrativas cotidianas das mulheres do Coletivo, as formações que participam e organizam, os horizontes que apostam encontram, fazem eco, se somam as possibilidades enunciativas das teorias acionadas no trabalho. O corpo visto a partir do olhar decolonizante, principalmente de algumas correntes do feminismo, que tem como premissa, um olhar político, que reivindica e anuncia, “meu corpo é meu território” e “nem as mulheres e nem a terra são territórios de conquistas" tem forte ressonância na emergência política do grupo. Ademais a proposta de análise da pesquisa buscou compreender as concepções de saúde e doença entre o cuidado com o corpo e com o território partir do estudo das práticas cotidianas e nas narrativas das mulheres do coletivo, na interface com as discussões realizadas pelo feminismo decolonial, comunitário, pelo feminismo negro a antropologia e sociologia da saúde. 

Resumen de la Ponencia:

ATTUAÇÃO DO ESTADO NA CONDUTA DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO GT04: Estado, Legitimidade , Governança e Democracia Autor: Luísa Amanda Oliveira de SousaNa cidade de São Luís, Maranhão, Brasil, há conflitos causados ​​pela forma como têm sido orientada a política habitacional (LIMA, 2009), onde se percebe que a posição do poder público está vinculada aos interesses do capital financeiro mundial e da economia neoliberal, através, localmente, do repasse do controle da expansão urbana para o setor imobiliário. A Comunidade do Maracanã, zona rural da cidade, vem sendo incorporada por empreendimentos imobiliários, por meio da construção de quatro conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) que têm reconfigurado o espaço. Nesse sentido, o objetivo do estudo é refletir sobre a atuação do Estado no processo de expansão urbana em relação às políticas habitacionais no contexto do PMCMV. A metodologia é baseada no modelo teórico de Walter Mignolo (2003), que consiste na estratégia de ouvir os discursos que produzem mudanças. A formação do Maracanã se dá  no final do século XIX e apresenta uma rica diversidade de recursos naturais e culturais, dentre os quais se destacam os juçarais, bem como a Festa da Juçara que ocorre sempre no auge da colheita da juçara (MORAES, 2017). A partir da ameaça de degradação ambiental que o Maracanã sofria com as ações antrópicas, devido ao crescimento do Parque Industrial de São Luís, o governo estadual, por meio do Decreto Estadual 12.103 de outubro de 1991, criou a Área de Proteção Ambiental do Maracanã - APA (MARANHÃO, 1991). Com a instalação dos conjuntos PMCMV, visando maiores lucros e obtenção de maior rentabilidade, o poder público municipal o encaminhou à iniciativa privada, que fez a compra de terrenos mais baratos, localizados na zona rural da cidade. Segundo Castells (1983), o espaço urbano é construído sobre uma ideologia desenvolvimentista desigual, provocando o fortalecimento do neoliberalismo a partir do Estado, na forma de planejamento e gestão de acordo com o padrão de mercado. Desde então, o Maracanã vem sofrendo impactos socioambientais, como a devastação de florestas, a morte dos recursos hídricos, que agridem principalmente os juçarais, que são a principal fonte de renda e economia do Maracanã, impossibilitando o consumo água e peixes. Nessa conformação neodesenvolvimentista no contexto do PMCMV, o Estado determina o “preço social” e garante a demanda, tornando-a mais atrativa para a produção mais cara das piores terras. (GUERREIRO, 2017). Portanto, conclui-se que, a implantação do PMCMV no Maracanã, causou impactos para os antigos moradores, gerando transtornos de ordem política e ambiental. Diante disso, o Estado não vem garantindo as demandas desse grupo, tendendo a assegurar os interesses da parceria público-privada, baseada na expansão imobiliária voltada para o setor produtivo e o capital financeiro mundial. 

Resumen de la Ponencia:

Las comunidades trans a lo largo de su trayectoria han sido sometidas a diferentes modos de discriminación debido a la existencia de imaginarios heteronormativos y a la estructura binaria (sistema sexo/género) que conlleva exclusiones estructurales e individuales. Como respuesta, la comunidad trans se ha organizado para resistir en colectivo a la discriminación y participar en diversas manifestaciones sociales mediante prácticas artísticas, como voguing, que tienen un importante trasfondo político y que les ha permitido fortalecer la lucha por sus derechos. La presente ponencia tiene como fin analizar distintas experiencias político/artísticas desarrolladas por la comunidad trans en los paros nacionales de los años 2015 y 2021. El estudio se basa en un análisis documental de vídeos, imágenes y discursos que aparecen dentro de los medios de comunicación, los cuales incluyen tanto la prensa colombiana como las redes sociales Instagram y Twitter. Se evidencia que la comunidad trans adquirió más visibilidad y fuerza en el paro nacional del año 2021 en comparación con el paro nacional de 2015, demostrando que han tenido varias transformaciones en sus formas de resistencia política a lo largo de los años, implementando el uso de las redes sociales como una estrategia pedagógica sobre el género a diversas poblaciones de la sociedad para generar aceptación y validez a partir del conocimiento.

Resumen de la Ponencia:

O momento que vivemos atualmente no nosso continente está marcado por giros na política institucional para a conquista de alguns direitos democráticos, negados por muito tempo, às populações marginalizadas. É o cenário ideal para que resgatemos discussões que eclodiram nos debates acadêmicos da América Latina, a partir da segunda metade do século XX, em especial os que se desdobraram da criação da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL). Essas discussões foram fundamento constitutivo de políticas econômicas de diversas regiões da América e se desdobram no aprofundamento do cenário de dependência entre os países e na reafirmação de alguns paradigmas relacionados à acumulação de capital e sua distribuição, assim como nos papéis das diversas nações nos processos produtivos a nível internacional. Por esse ângulo, a interlocução dos marxistas chega com força no que estava se desenhando como estruturalismo da CEPAL, mudando significativamente os rumos das discussões nas ciências humanas. As condições objetivas para a construção de alternativas teóricas ao capitalismo aparecem enquanto suspiro necessário num momento de ascensão de regimes totalitários, como os que pudemos observar a partir da década de 1950. Nesse cenário, a aglutinação de grandes figuras ligadas à produção intelectual no Chile foi decisiva para que os múltiplos estudos regionais fossem socializados e derivasse em movimentos como o da Teoria da Dependência, em especial a fração marxista, que se preocupou em pensar na dinâmica econômica global, desigual e combinada, a partir da situação da periferia do capital. Assim, o debate sobre atraso e avanço no desenvolvimento capitalista se determina na obra dos diversos autores relacionados ao pensamento dependentista e, nesta proposta, delimita-se a contribuição de Andre Gunder Frank: alemão que dedicou boa parte da carreira a compreender a situação da América Latina na divisão internacional do trabalho e no processo de acumulação mundial. A proposta aqui é conseguir delimitar os limites históricos e teóricos da Teoria da Dependência de Frank, compreendendo-a como um momento da trajetória intelectual do autor. As mudanças qualitativas do capitalismo após a década de 1970, proporcionadas pelo que reconhecemos como 3ª Revolução Industrial e também da Revolução Verde, mudaram o jeito como se pensava a dependência latinoamericana, o que se desdobrou também no trabalho de Frank. Nesse momento, a crítica do valor presente nos textos de Robert Kurz e Ernest Mandel aparecem como elementos da crítica à teoria do desenvolvimento desigual e combinado, que compreende uma acumulação do centro do capital a partir da expropriação da periferia. Desta forma, pretende-se apresentar um panorama dos balanços de Frank e outros autores ligados a Teoria Marxista da Dependência acerca do subdesenvolvimento latino, e como se deu a superação de algumas categorias cristalizadas no pensamento destes intelectuais.

Resumen de la Ponencia:

A presente comunicação busca apresentar uma reflexão sobre a instituição de regimes de medo e suas práticas de exceção nos territórios populares, no Rio de Janeiro,  promovendo a  precarização das  cidadanias e sua naturalização legitimadora. Tem-se como recorte empírico as políticas de (in)segurança endereçadas ao conjunto de favelas da Maré, nos últimos 10 anos.  Ao tomarmos como ponto de partida a Ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), decretada em 2014, quando militares do Exército e da Marinha ocuparam as ruas da Maré (com aproximadamente 140 mil habitantes) por cerca de um ano, é possível afirmar, de lá para cá, que as atuações do Estado no quesito segurança estiveram focadas na realização de operações policiais pontuais com  ocupações territoriais provisórias, as quais configuram o modus operandi do  Estado governar nessa região.  No entanto, em 2016, após 12h de duração de uma operação policial, com o uso de helicóptero como plataforma de tiro, ocorre um fato inédito – ONGs locais, seguidas de algumas associações de moradores e acompanhados pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, entram com um pedido liminar que resultou na interrupção da operação.  Tem-se um contexto favorável a criação de uma Ação Civil Pública (ACP) que demandava um conjunto de exigências relacionadas ao respeito aos direitos dos moradores da Maré. Neste rol de demandas  inclui-se a exigência de um plano de redução de danos para a realização das operações policiais no local, quando necessárias.  O que vimos a partir dos dados coletados na pesquisa Espaços de Articulação entre Estado e Sociedade, desenvolvida entre os anos de 2016 e 2020, é que nos espaços periféricos, como no caso observado, implementam-se regimes de medo que promovem a insegurança pública como um projeto de poder que legitimam as práticas policiais de exceção como formas estruturantes de se lidar com o problema. A pesquisa permitiu observar como a população local, especialmente os jovens, manobra a escassez de direitos e a abundância de obrigações produzidas pelas políticas de insegurança. Permitiu ver, também, novas formas institucionais de lidar com a violência policial postas em operação pela Defensoria, Judiciário e  Ministério Público na gestão do problema. Permitiu compreender as dinâmicas participativas das organizações civis presentes no território da Maré, muitas delas com visibilidade internacional. Veremos que a existência da Ação Civil Pública produziu efeitos concretos na realidade, reduzindo a letalidade das operações policiais por certo período, ainda que efetivamente estas não tenham sido interrompidas. Representou um instrumento político de pressão e constrangimento do executivo estadual, deu visibilidade ao problema da violência nas operações policiais, assim como pavimentou o caminho para a instalação da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Resumen de la Ponencia:

Esta ponencia describe el proceso de gestión del Programa Colors realizado durante el 2020 en la provincia de Limón, en la comunidad de Cieneguita con la población infantil. Su aplicación fue posible gracias al Programa Puntos de Cultura, de la dirección de Gestión Sociocultural del Ministerio de Cultura y Juventud, en conjunto con el Programa de Iniciativas Estudiantiles de la Universidad de Costa Rica. De igual manera, este proceso sigue los lineamientos del decreto 41242 “Sembremos Seguridad” del Ministerio de Seguridad. Colors es desarrollado a partir de la disciplina sociológica, la práctica de la Investigación Acción Participativa , la Educación Popular y el Arte para la Transformación Social, así promover el fortalecimiento de la identidad y la memoria colectiva de la población participante y fortalecer la prevención temprana de la violencia. Por lo tanto, a partir de un replanteamiento metodológico debido al Covid19, elaboramos diferentes talleres virtuales de expresión artística; pintura, dibujo, narrativa, fotografía y cine, diseñados desde los conceptos territorio cuerpo y territorio socio espacial, con la finalidad de identificar desde las subjetividades de la niñez los factores de riesgo y de protección a la que se ven expuestos.     

Resumen de la Ponencia:

La ponencia analiza la composición y los procesos que experimenta la institucionalidad universitaria en su relación con la población estudiantil Mapuche en seis casas de estudios de la macro zona sur de Chile, territorio histórico este último de este Pueblo Indígena. En ese marco, estas universidades se constituyen en una muestra representativa que posibilita esbozar los principales nudos críticos de estas universidades respecto de su estudiantado Mapuche, y las capacidades instaladas de estas para asumir con la diversidad cultural en sus comunidades. En esa línea, a través de cinco indicadores, se analiza la institucionalidad universitaria de las casas de estudios respecto al componente indígena, y en otro ámbito, identifica y describe las condiciones de entrada de los estudiantes universitarios Mapuche en estas instituciones, en los ámbitos sociales, económicos y académicos a partir de los procesos de admisión a las universidades chilenas, particularmente del año 2018. Este momento es significativo, pues es la primera vez que se introduce en el proceso de admisión preguntas en los formularios sobre la adscripción étnica de los postulantes. En ese marco, los antecedentes recopilados provienen de ese momento histórico, pues ha sido un hecho poco relevado. Las seis universidades analizadas están ubicadas en la macro zona sur del país, desde la Región del Bío-Bío a Los Lagos, territorio con presencia de población Mapuche, y corresponde a entidades del Estado y privadas respectivamente.  La institucionalidad universitaria deambula en actitudes intrínsecas de anti indigenismo; como también de actitudes extrínsecamente de discursividad inclusivista. En algunos casos se aprecian acciones institucionales que son fruto de presiones de las dinámicas políticas territoriales en la que se insertan las universidades, como también una inacción y desafección gubernamental hacia las necesidades de este segmento poblacional en las universidades.  En otro orden, los datos estadísticos, a nivel descriptivo, refieren diferencias entre los estudiantes universitarios Mapuche y quienes no lo son, generándose brechas diferenciadoras entre ambos segmentos.

 

Introducción:

Las universidades que analizamos, proyectan discursos de sensibilidad; consideración e inclusividad para con los Mapuche; que en el último decenio, han comenzado a aumentar cuantitativamente las matrículas en Chile. Es necesario constatar estas actitudes, fundamentadas a partir de ciertas premisas para con los Mapuche que dicen relación con discursos imperantes sobre inclusividad y política multiculturalista. Las identidades de las seis universidades estarían sintonizadas con el componente cultural Mapuche por el hecho de estar emplazadas en el territorio histórico de este Pueblo Indígena. Consecuentemente, se estima se produciría una estrecha vinculación territorial, que redituaría en considerar sus especificidades. Estas instituciones universitarias concitan matrícula Mapuche y dada esta discursividad, es posible dar por hecho estas actitudes institucionales de sensibilidad a este estudiantado. Resulta interesante, pues a la luz de los antecedentes específicos de la población estudiantil Mapuche, es decir, los perfiles, revelan situaciones de desmedro comparativo entre esta población indígena y quienes no lo son. 

Las seis casas de estudios son: Universidad Católica del Maule, Universidad Católica de la Santísima Concepción,  Universidad del Bío-Bío, Universidad de La Frontera, Universidad Austral de Chile y Universidad de Los Lagos. Constituyen un grupo heterogéneo en cuanto a su naturaleza jurídica, pero similares respecto a sus orígenes y coberturas de matrícula. En sus inicios fueron herederas de otras tradiciones universitarias; y se encuentran en procesos de definir sus identidades, siendo una excepción la Universidad Austral, más añosa que el resto. Se presenta un análisis a la institucionalidad universitaria sobre sus comunidades estudiantiles Mapuche a partir de cinco indicadores generales; y seguidamente un perfil de los Mapuche seleccionados en dichas universidades. Esto último, producto del análisis de admisión a las universidades chilenas, que desde el 2018, incorporó a los inscritos preguntas de adscripción étnica, que destacamos como hito significativo en los procesos de ingreso a las universidades nacionales. Son antecedentes de ese año los que se presentan a continuación.

 

Desarrollo:

1. Institucionalidad universitaria y estudiantes Mapuche

Los cinco indicadores de institucionalidad universitaria: Visión y Misión; Plan Estratégico de Desarrollo; Ingresos Especiales; Acreditación Institucional y Aspectos Comunicacionales.

1.1. Visión y Misión organizacional 

Se constata la fuerte vinculación doctrinaria que asumen las dos entidades confesionales; Universidad Católica del Maule y Universidad Católica de la Santísima Concepción respectivamente. La primera destaca en su coherencia, respecto de sus principios orientadores católicos; y la segunda, se sustenta en su identidad católica, que guía su quehacer institucional. Ambas omiten toda referencia compromiso educacional con el mundo indígena a través de este eje. Las otras cuatro universidades no confesionales, la visión se centra en su rol de aportar y/o contribuir al desarrollo, progreso, cultura, ciencia y tecnología. Del conjunto de universidades, la excepción es la U. Austral; apuestan a comprometerse con la internacionalización y no se alude al tema indígena. Todas destacan el rol social de formación integral; como también al hecho de vincularse con su contexto local y regional. 

La misión institucional para las Universidades Católica del Maule y Católica de la Santísima Concepción se presentan desde la plataforma explicita de la religión que las orientan y su dedicación a los procesos de formación integral de profesionales. Suman la generación de transferencia tecnológica y de conocimientos, de su vinculación con el medio y contribución al desarrollo una y al entorno la otra, pero sin referencia alguna a la temática Mapuche. En las otras cuatro universidades, la misión aparece referida a sus procesos de formación profesional y vinculación con el entorno, destacando como elemento común referencias a la responsabilidad de ser instituciones de carácter regional, contribuyentes al desarrollo sustentable, como también a la difusión cultural y patrimonial. La Universidad de La Frontera, manifiesta cierto grado de vinculación, con bastante esfuerzo interpretativo al mundo Mapuche, dada la referencia del compromiso por “el respeto de la diversidad cultural”. Agregar, que las universidades de La Frontera, Bío-Bío y de Los Lagos, asumen compromisos expresos con ámbitos de justicia, participación y pluralismo.

1.2. Planes Estratégicos de Desarrollo 

Concuerdan en un elemento común, cuál es su proyección establecida, configurada en un mediano y largo plazo, con una visión y objetivos estratégicos sobre una temporalidad de 4 a 10 años, según sea el caso. Coinciden declarativamente en encontrarse en escenarios cambiantes y desafíos permanentes; a su vez que reúnen y afectan a importante número de personas, que impactan en sus entornos y gestionan procesos de alta complejidad, manejando elevados montos de recursos públicos y privados. Solo la Universidad Católica del Maule, refiere lo cultural de manera genérica, en tanto se asume como una definición estratégica de su Misión institucional que define: “el cultivo del pensamiento, las ciencias, las artes y la cultura, desde la perspectiva cristiana”. 

En la del Bío-Bío, alude a estrategias de articulación vertical, con la enseñanza media y de generar programas de inserción a la vida universitaria con la finalidad de mejorar la admisión y posicionar la oferta académica. Así, se incorporan acciones afirmativas como los tutores dirigidos a estudiantes de primer año, lo que constituye un apoyo a la población vulnerable. En el contexto del objetivo estratégico de posicionar la marca UBB aparecen los temas de género e interculturalidad entre otros. La Universidad de La Frontera a su definición, agrega que su ubicación geográfica determina un compromiso con el desarrollo de la Región de La Araucanía caracterizada por la heterogeneidad cultural, bajo Índice de Desarrollo Humano y carencias significativas en salud, educación y desarrollo tecnológico. La Universidad de Los Lagos, en concordancia con el perfil de sus estudiantes (mayoritariamente vulnerables, de origen rural y provenientes de la Región de Los Lagos), establece objetivos estratégicos orientados a generar acciones y programas que contribuyan a una trayectoria exitosa de los alumnos. Considera entre sus líneas de acción, implementar sistemas socioeducativos de apoyo a los estudiantes vulnerables para lo cual define acciones de Responsabilidad Social Universitaria. La Universidad Austral, en su escenario prospectivo visualiza la creciente inmigración poblacional que entiende, presionará por incorporar valores asociados a un ambiente de multiculturalidad (diversidad, pluralismo y no discriminación). A su vez diversificar la oferta de pregrado, considerando una gestión integral para el acceso inclusivo, nivelación y permanencia, además de diversificar los sistemas de admisión. Este último objetivo, desprende programas de apoyo y afirmación de estudiantes, lo que se suma a acciones de difusión artística y cultural. 

1.3. Admisiones especiales 

Se advierten diferencias entre las seis universidades, que van desde aspectos formales en su comunicación digital, como también en los contenidos de la información publicitada para los eventuales postulantes interesados por acceder por esta vía. A nivel conceptual, en el caso de los ingresos especiales orientados por el origen étnico, la calidad de beneficiario se acredita con la certificación oficial emitida por la Corporación Nacional de Desarrollo Indígena, primando este respaldo de la institución gubernamental.

La Universidad Católica del Maule dispone de once vías de ingresos especiales. Por su parte, la Universidad Católica de la Santísima Concepción cuenta con ocho de estas vías de admisión especial, no obstante, ninguna de las dos contempla el ingreso de personas de origen indígena a través de estas vías. Las otras universidades no confesionales presentan algunas diferencias. La Universidad de La Frontera, establece nueve tipos de ingresos especiales, donde sitúa en primer lugar a las personas de “ascendencia indígena”. A su vez, la Universidad del Bío-Bío, presenta ocho vías de ingresos, ubicando en el quinto lugar de su oferta, lo denominado como “Etnias indígenas”. Agregar que adicionan en dicho listado un tipo de ingreso que clasifican como: “cupos de ruralidad para carreras de pedagogías”. Sin embargo, estos últimos no aseguran sean utilizados por población indígena. En esta misma lógica, la Universidad de Los Lagos, presenta tres vías de ingreso, pero ninguna refiere a cupos indígenas. La Universidad Austral de Chile, presenta trece tipos de ingresos especiales; no obstante, sitúa en un lugar notoriamente secundario a quienes desean ingresar apelando a la condición indígena. Convoca a profesionales o graduados, estudiantes provenientes del extranjero, estudiantes por cambio de carrera de la misma universidad, estudiantes con traslado desde institución de Educación Superior, movilidad estudiantil o intercambio, trabajadores, personas con discapacidad, deportistas destacados, estudiantes que postulen al conservatorio de música y “otros ingresos”. Es en esta última, es donde se subdivide para artistas destacados, estudiantes con talentos en alguna disciplina y “para personas que son miembros de pueblos originarios”. 

1.4. Acreditación Institucional 

Todas cuentan con su acreditación vigente, en conformidad a la normativa para estos efectos; y sus períodos varían entre 4 a 6 años. En un informe de acreditación, se alude explícitamente a la integración, inclusión o desarrollo de la población indígena o del Pueblo Mapuche y corresponde a la Universidad de Los Lagos. Según la CNA esta Universidad “es una de las que presenta mayor grado de vulnerabilidad, dentro de las pertenecientes al CRUCH. 

La Universidad de La Frontera indica un alto nivel de vulnerabilidad en los estudiantes; al igual que la Universidad Austral que refiere el 62.7 % de su matrícula proveniente del 60 % más vulnerable de la población. Así vulnerabilidad es un tema recurrente en el perfil y en su oferta de programas de apoyo. Los énfasis en estas universidades, está orientado a “corregir”; “nivelar competencias”; “disminuir brechas” en el primer año, con el claro objetivo de nivelar conocimientos y competencias para una adecuada y exitosa inserción en el proceso universitario, impactando en retención y titulación. Otra observación de la CNA, es la necesidad de implementar o avanzar en la evaluación del impacto que poseen los programas de apoyo estudiantil en el proceso educativo; es decir, el grado de influencia en los indicadores de cumplimiento de metas estratégicas de cada universidad, medibles en tasas de retención, titulación oportuna, perfil de egreso, entre otras. 

En cuanto a las capacidades instaladas; relevantes son los recursos humanos, la infraestructura y servicios estudiantiles. El foco de la CNA es el personal docente, omitiendo otros estamentos del apoyo socio educativo como equipos psicosociales; Bienestar Estudiantil; Salud o docentes especializados. Se destacan iniciativas de capacitación a los docentes para atender las necesidades específicas de los estudiantes según perfil, lo que cobra interés al diseñar programas socioeducativos. Otra iniciativa destacable es la Universidad Austral, al disponer recursos para un concurso anual de propuestas innovadoras de los docentes en la línea de la atención a los estudiantes. En general no se observa una línea de trabajo estructurada en las universidades en este ámbito, de instalar capacidades y competencias en el recurso humano para atender a las necesidades específicas de sus estudiantes, atendido su perfil socioeconómico y cultural. 

1.5. Aspectos Comunicacionales

La Universidad Católica del Maule, promueve talleres gratuitos de mapudungun y difunde la celebración del año nuevo Mapuche. En pregrado no se advierten referencias. En dos doctorados (Educación y Psicología) desarrollan líneas de investigación: “contextos culturales diversos e interculturales” y “educación e interculturalidad” (segregación cultural y emigración); más el trabajo con educadores indígenas. El Doctorado de Psicología, agrega: “migración, e interculturalidad”, al igual que en tres magísteres que dictan. 

Respecto a la Universidad Católica de la Santísima Concepción, no presenta aspectos vinculados a Pueblos Indígenas, más allá de un aviso sobre investigación, donde entre otros ejes, abordarían la interculturalidad. 

La Universidad de La Frontera, en dos de sus doctorados: Ciencias Sociales y Comunicación, reflejan líneas de investigación de interculturalidad, transformaciones del Estado y Desarrollo. Aparecen las relaciones interétnicas; culturas y desigualdades territoriales. El segundo refiere un perfil de egreso con competencias para nuevos problemas en contextos interculturales. Tres magísteres abordan la interculturalidad. En pregrado un programa para estudiantes Mapuche (Rüpü) y sus campos experimentales son Maquehue y Rucamanque. 

La Universidad del Bío-Bío, presenta el Programa de Interculturalidad Estudiantil Kuykuytun, más un seminario de Historia y un encuentro de feminismo vinculado al mundo Mapuche. Pedagogía en Educación Parvularia, en el perfil de egreso “valores que fomenten la tolerancia, equidad, solidaridad y respeto a la diversidad”. 

La Universidad de Los Lagos, destaca el “Programa de Formación Mapuche, Williche para el Futawillimapu” que con la Carrera de Educación Parvularia Intercultural y de Técnico Universitario en Educación Intercultural desarrollan junto a entidades gubernamentales. En Parvularia, Pedagogía en Educación Media en inglés; Pedagogía en Artes y Técnico Universitario en Educación Parvularia se relacionan en los perfiles y líneas de investigación con la interculturalidad; diversidad cultural y multiculturalidad respectivamente. El doctorado en Ciencias Sociales en Estudios Territoriales en sus líneas aparece la dimensión identitaria de los territorios. En el Magister, de Ciencias Sociales, mención Estudios de Procesos y Desarrollo de las Sociedades Regionales, presenta una línea investigativa de interculturalidad. La Universidad Austral con Antropología en el plan de estudios presenta asignaturas vinculadas a Pueblos Originarios y Pueblo Mapuche. En postgrado, el doctorado en Comunicación (dictado conjuntamente con la Universidad de La Frontera) y dos magísteres; (Desarrollo Rural e Historia del Tiempo Presente) con asignaturas de Pueblos Indígenas y Desarrollo Rural.

2. Perfil seleccionados Mapuche de seis universidades

En 2018 se inscribieron 295.534 personas; que posteriormente experimentó una disminución, arrojando 262.048 que efectivamente rindieron la Prueba de Selección Universitaria. Este diferencial se encuentra en los rangos históricos para estos procesos masivos nacionales. La deserción alcanzó 33.486 personas. De las 262.048 personas, resultaron seleccionados, un total de 120.762 personas. Así: a) personas inscritas; b) que rindieron PSU; y c) seleccionadas; la población Mapuche se manifestó estadísticamente con 37.312 inscritos, 32.098 que rindieron PSU y 11.724 que resultaron seleccionados a nivel nacional. Específicamente en las seis universidades, se concentraron 2.385 de estos estudiantes, representando con ello el 20.34 % del total nacional Mapuche; y un 1,9 % del universo de 120.762 (Mapuche y no Mapuche) que resultaron seleccionados de dicho proceso de Admisión. Las seis universidades y su convocatoria concentraron un total de 14.261 seleccionados, representando un 12 % del universo de 120.762 seleccionados nacionalmente. 

En cuanto a los 11.724 seleccionados Mapuche a nivel nacional, las primeras instituciones que reciben la mayor adhesión de estos alumnos, no corresponden a las seis universidades del presente estudio. Específicamente, sólo dos de ellas, (la Universidad Austral y de La Frontera) aparecen en esta nómina. En ese marco, algunas universidades privadas, ocupan los primeros lugares de preferencia: la Universidad Andrés Bello convocando a un 10.2 % de seleccionados Mapuche. Seguidamente aparece la Universidad San Sebastián con un 9.11 % y en tercer lugar, la Universidad Autónoma de Chile con 8.07 %. En cuarto lugar, aparece la Universidad Austral con 6.33 %, la Universidad Católica de Temuco con 6.17 % y finalmente la Universidad de La Frontera con 5.39 %. 

2.1. Mapuche seleccionados de las seis universidades 

En términos absolutos, los 2.385 estudiantes seleccionados Mapuche, se distribuyen en la Universidad Austral que concentra a 742 estudiantes Mapuche, lo que representa un 31 %; seguidamente la Universidad de La Frontera con 632, que representa el 26 %; y en tercer lugar Los Lagos con 379, que significan un 16 %. A continuación, la Católica de la Santísima Concepción con 259 representando un 11 %; la del Bío-Bío con 222 que representan un 9 % y finalmente la Católica del Maule con 151 estudiantes que representan el 6 %. 

2.2. Procedencia

Los Mapuche de las seis universidades, 2.385 personas, mayoritariamente proceden de la Región de Los Lagos en un 30.7 %; le sigue La Araucanía con un 23.4 %, seguida por la del Biobío con un 19.08 %. La cuarta concentración corresponde a la Región de Los Ríos, con un 12.4 % y, en quinto lugar, la Región del Maule con un 5,53 %. Al comparar con el universo de Mapuche seleccionados a nivel nacional reflejan que los estudiantes provienen en primer lugar de la Región Metropolitana con 37.0 %, le sigue La Araucanía con un 15.26 %, en tercer lugar, la del Biobío con 13.09 %, en cuarto lugar, la de Los Lagos con un 10.70 % y en quinto lugar la Región de Valparaíso con 6.03 %. 

2.3. Género, Edades y familias

En las seis universidades prevalece un índice de feminización, dado que los 2.385 seleccionados Mapuche, se distribuyen en 1.336 mujeres y 1.049 hombres, representando un 56 % y 44,0 % respectivamente. Al contrastar el total nacional de seleccionados Mapuche (11.724) se expresan similitudes, pues, las mujeres representan el 56.7 % y los hombres el 43.2 %. 

Las edades promedio (2.385 seleccionados), para los hombres, alcanzó un promedio de 20.02 años; superior respecto las mujeres que bordearon los 19.73 años de edad. Al compararse con el total nacional de seleccionados Mapuche (11.724) los promedios de estos últimos, son levemente superiores, pues los hombres bordearon los 20.22 años y las mujeres los 19.90 años promedio. 

Los grupos familiares (2.385 seleccionados Mapuche), en los hombres se promedió 3.99 personas; en tanto las mujeres fue 3.95 por grupo familiar. Al contrastar con el total nacional Mapuche (11.724 seleccionados) se experimentan cambios levemente superiores en los hombres, dado que estos últimos alcanzaron un promedio de 4.0. En las mujeres se mantiene la tendencia alcanzando un 3.95 de promedio. 

2.4. Parentalidad, educación y actividades jefe de familia

Los familiares de los 2.385 estudiantes: un 44.7 % reside con “ambos padres”; seguido un 39.29 % que vive “con la madre” y luego, un 9.52 % con “otros parientes”. Al compararlos con los no Mapuche, existen similitudes pues arrojan un 43.6 %; un 34.44 % y un 9.51 % respectivamente. Entre Mapuche de las seis casas de estudios con los Mapuche nacionales (11.724), se advierten diferencias, dado que, en las tres características mencionadas, se expresan en 41 %; otro 41 % y un 11 %.  La Educación Superior familiar de los 2.385 Mapuche, el 57.61 % refiere “no tener a nadie”; le sigue con un 26.83 % de aquellos con “un familiar” y un 10.86 % que tienen “dos integrantes” en la Educación Superior. Comparativamente con los 11.724 seleccionados Mapuche, se expresan un 54.50 %; 28.68 % y 11.57 % respectivamente. 

De los 2.385 seleccionados Mapuche, un 55.8 % la actividad del jefe de familia es de “Trabajador Dependiente o Pensionado con Renta fija y/o variable”. Le sigue un 14.59 % de “Trabajador y/o Profesional Independiente” y luego, un 10.02 % de “Dueño/a de casa, sin actividad remunerada”. Los tres indicadores, comparados con los 11.724 (nacional), se manifiestan de forma similar, con una leve excepción de una actividad superior como es la de “Trabajador Dependiente o Pensionado con Renta fija y/o variable” arrojando un 57.52 % y los dos restantes, mantienen tendencias similares, con un 14.37 % y 9.29 % respectivamente. 

2.5. Procedencia, ramas y educación de los padres

Los 2.385 seleccionados en un 52 % provienen de colegios particulares subvencionados; luego en un 46 % de municipales y un 2 % de particulares pagados. Al comparar con los no Mapuche, que también fueron seleccionados, las diferencias persisten; en un 56 % adscriben a particulares subvencionados, un 37 % a municipales y en un 6 % a particulares pagados. Una brecha se establece para los establecimientos municipales, dado que los seleccionados de las seis universidades superan en nueve puntos a los seleccionados nacionales Mapuche en este tipo de establecimiento. También aparecen diferencias entre los seleccionados Mapuche de las seis universidades por género: Los hombres, que provienen de establecimientos particulares subvencionados alcanzan un 49 %; los municipales un 48 %; y los particulares pagados un 3 %. Las mujeres en tanto, se estructuran en un 45 %; siguen con 53 % y un 2 % respectivamente. 

Rama educacional de los 2.385 seleccionados Mapuche que provienen en 81 % de la “científico humanista” y el 19 % de la “técnico profesional”. Al contrastar con los 11.724 seleccionados Mapuche del país, las cifras se mantienen. Sin embargo, comparativamente con los no Mapuche seleccionados de las seis universidades, se aprecien diferencias, dado que estos últimos, provienen en un 84 % de establecimientos educacionales “científicos humanistas” y el 16 % restante del ámbito “técnico profesional”.

La educación del padre de los 2.385 seleccionados Mapuche en un 11 % refirió como “profesional” y el restante 89 % señaló sobre el progenitor que no cumplía con dicha condición. Al contrastar con los 11.724 seleccionados Mapuche a nivel nacional, refieren una leve diferencia dado un 13 % y 87 % respectivamente. Respecto de los estudiantes del grupo de las seis universidades, las diferencias entre seleccionados Mapuche (11 % y 89 %) con los no Mapuche; las diferencias se acentúan, dado que estos últimos, en un 15 % señalan al padre en la categoría de “Profesionales y el 85 % serian “no profesionales”. La educación de la madre, un 11 % señalan “profesional” y el 89 % refieren “no es profesional”. Al contrastar con los 11.724 seleccionados Mapuche a nivel nacional, refieren 13 % y 87 % respectivamente. En las seis universidades el 11 % y 89 % con los no Mapuche; estos últimos en un 14 % su madre era “profesional” y el 86 % como “no Profesional”.

2.6. Prueba de Selección Universitaria (PSU)

Los puntajes de la (PSU) se focalizan en establecimientos particulares pagados promediando 598.94 puntos. Siguen establecimientos particulares subvencionados con 564.19 puntos y los colegios municipales con 553.52 puntos promedio. Una comparación con los seleccionados no Mapuche, en estos establecimientos promediaron 622.78 puntos; 573.98 y 554.50 respectivamente. No obstante, en colegios municipales el promedio es similar (553.52 v/s 554.50); sin embargo, la brecha aumenta en los colegios particulares subvencionados (9.79 puntos); y en los particulares pagados esta diferencia es marcada llegando a los 23.84 puntos. Los colegios particulares pagados promediaron al estudiante Mapuche en 598.94 y los no Mapuche fue de 622.78 traduciéndose en 23.84 puntos de diferencia. Los no Mapuche logran puntajes significativamente mayores que los Mapuche. En la Universidad Austral la brecha es 20 puntos promedio, seguidamente la Universidad de La Frontera con 17 puntos menos. En tercer lugar, la Universidad Católica de la Santísima Concepción con 13 puntos, luego la Universidad Católica del Maule con 9 y en quinto lugar la Universidad de Los Lagos con 7 puntos menos. La única excepción la constituye la Universidad del Bío-Bío donde la brecha se invierte, pero solo en un punto promedio de los Mapuche respecto a los no Mapuche.

 

Conclusiones:

Las institucionalidades universitarias que refieren sensibilidad organizacional al componente Mapuche presentan matices, invisibilización en algunos casos y contadas iniciativas dirigidas a instalar el tema indígena a la política universitaria. La línea de base que hemos presentado, es fruto de una comparativa entre estas seis casas de estudios regionales, a través de cinco indicadores de la política interna, dimensionando sus lógicas para con la presencia de Mapuche en las aulas universitarias. 

En lo que respecta a la visión y misión, destacan tres: Universidad de La Frontera que refiere respeto por la diversidad; y Universidad Austral y Universidad de Los Lagos que indican al aspecto cultural de la sociedad como elemento contribuyente a su desarrollo. En todas, ninguna aborda explícitamente orientaciones hacia la integración, inclusión o desarrollo Mapuche en su visiones y misiones. Con la excepción de las dos universidades católicas; en las cuatro restantes no aparecen elementos que las diferencien de cualquier universidad pública del país en esta materia; y tampoco rescatan algún elemento del contexto geográfico cultural, salvo algunas alusiones referenciales. Estas universidades asumen el desarrollo como proceso que promueve un mayor bienestar, atendiendo de manera focalizada a los estamentos más carenciados, que no necesariamente implicaría una atención a la población Mapuche, asumida esta como la más pobre y vulnerable en sus territorios. 

Los Planes Estratégicos de Desarrollo establecen programas de apoyos estudiantiles para el pregrado, contribuyendo a una adecuada inserción de los estudiantes en el proceso universitario e impactando en indicadores estratégicos. Se advierte ausencia de la variable étnica en este proceso de planificación institucional e indirectamente se subentiende incorporada cuando refiere a los ámbitos de vulnerabilidad social, diversidades o interculturalidad y también considerando el contexto geográfico en que están emplazadas. 

La Admisión Especial en tres universidades: las dos católicas y de Los Lagos, no contemplan como grupo especial de ingreso a estudiantes que apelen a su condición étnica, para ser admitidos. En los casos en que aparece esta variable se alude de manera genérica a “pueblos originarios” o “ascendencia indígena”; obligando a inferir que contempla a estudiantes Mapuche. La Universidad de Los Lagos que, en otros instrumentos estratégicos asume el perfil marcado por la vulnerabilidad de sus estudiantes, e incluso alude a la integración, inclusión o desarrollo de la población indígena o Mapuche; no contempla vías especiales de admisión para este pueblo. 

La Acreditación Institucional de estas universidades, ninguna explícitamente alude a programas dirigidos a la población estudiantil Mapuche. Se presentan proyectos de apoyo para estudiantes vulnerables o con brechas en conocimiento y habilidades para el desempeño universitario. En ese marco, los Informes de Acreditación, tienden a establecer distorsión pues tiende a asociarse vulnerabilidad con población Mapuche. La omisión de lo indígena del perfil estudiantil, confirma la invisibilización estadística de este segmento. 

En el ámbito de las comunicaciones: cinco de las seis universidades exhiben en sus respectivos sitios webs, algunas alusiones a aspectos étnicos y/o interculturales y/o multiculturales. Son breves referencias periodísticas a ciertos aspectos que desarrollan en sus quehaceres institucionales a partir de dos ejes: los contenidos estables; y los variables. Los primeros, fuertemente vinculados a los aspectos fundacionales y los segundos a noticias y agendas de eventos. 

Así entonces, es posible asegurar respecto de la institucionalidad universitaria, el hecho evidente que a nivel de instrumentos de planificación y gestión estratégica institucional (Misión, Visión, Plan Estratégico de Desarrollo, Informe de Acreditación) no aparecen alusiones explícitas o consideraciones especiales respecto de la temática Mapuche, salvo menciones generales del tema intercultural. 

Por otro lado, en cuanto al componente estudiantil Mapuche de estas casas de estudios, posibilita establecer un perfil de este estudiantado. Aspecto que aflora en un escenario de invisibilidad de la institucionalidad universitaria; más allá que comunicacionalmente se dan algunas señales de sensibilidad a este componente. Los estudiantes Mapuche de las seis universidades, junto con haber superado la barrera de la PSU, han debido sortear una serie de adversidades respecto de la población no Mapuche, acrecentando esto último sus logros académicos en una sociedad nacional excluyente. 

En ese marco, se constata significativamente en los hechos de una marcada situación de desventaja socioeconómica y académica que los estudiantes Mapuche presentan en el ámbito universitario respecto de los estudiantes no Mapuche. Las seis universidades analizadas concentran el 20.34 % del total nacional de estudiantes Mapuche, aspecto representativo respecto de las situaciones que experimenta este segmento indígena. Se aprecia una reconfiguración en términos que las regiones que históricamente aportaban estudiantes Mapuche a las universidades; y es así que esta vez es la Región de Los Lagos en primer término, La Araucanía y del Biobío en segundo y tercer lugar, las que concentran el 73.1 % de los seleccionados. Agregar que destaca en los datos, un marcado índice de feminización del segmento estudiantil Mapuche universitario. Nótese que, al comparar con los estudiantes no indígenas, los Mapuche presentan promedios de edad superiores; también en factores sociales como el que residen mayormente con sus madres y que la educación de ambos padres es deficitaria comparativamente a los estudiantes no Mapuche. Igualmente, respecto de la actividad del jefe de familia, clasificados como dependientes o pensionados. A lo anterior, sumar que los establecimientos educacionales de donde provienen los Mapuche son científicos humanistas, pero con mayor presencia del carácter técnico profesional respecto de los no Mapuche. Agregar que estos colegios de proveniencia, la dependencia es particular subvencionado y municipal marcando diferencias cualitativas. En los Mapuche es baja su presencia en establecimientos particulares pagados. Adelantábamos que los puntajes obtenidos en la PSU por los Mapuche son más bajos e incluso entre las seis universidades se advierten brechas. Por último, las universidades privadas, concentran los primeros lugares de preferencia Mapuche, concitando un 27,38 % y comenzando a relegar a segundo plano a las entidades del CRUCH y evidenciando un sostenido cambio de tendencia.

Bibliografía:

Abarca, G., & Zapata, C. (2007). Indígenas y educación superior en Chile: el caso mapuche. Calidad en la Educación, (26), 57-79. doi:https://doi.org/10.31619/caledu.n26.233

Catalán, Ximena, & Santelices, María Verónica. (2014). Rendimiento académico de estudiantes de distinto nivel socioeconómico en universidades: el caso de la Pontificia Universidad Católica de Chile. Calidad en la educación, (40), 21-52. https://dx.doi.org/10.4067/S0718-45652014000100002

Navarrete, Susana, Candia, Ruth, & Puchi, Rodrigo. (2013). Factores asociados a la deserción/retención de los estudiantes mapuche de la Universidad de la Frontera e incidencia de los programas de apoyo académico. Calidad en la educación, (39), 43-80. https://dx.doi.org/10.4067/S0718-45652013000200003

Palabras clave:

 Universidades, Estudiantes Mapuche, Perfil, Admisión / Universities, Students, Mapuche, Profile, Admission 

Resumen de la Ponencia:

Objetivos:Describir los elementos de la calidad educativa en centros con contextos de  migración internacional.Evaluar la calidad de procesos de continuidad de los aprendizajes en el contexto de la pandemia COVID-19. Metodología:Investigación con metodología mixta que incluyó siete centros de la Fundación Educativa Fe y Alegría. De inspiración jesuita pero que funciona con fondos públicos. La fase cuantitativa contempló una encuesta a una muestra representativa elegida por un muestreo aleatorio simple a un total de 405 estudiantes de nivel básico y bachillerato. La fase cualitativa se realizó con docentes y directivos de los siete centros a través de grupos de enfoque. Se contó con total de 38 participantes. El trabajo de campo se hizo de marzo a mayo del 2021. La elección de los centros obedeció a un muestreo teórico que se distingue por no contar con una cantidad determinada de informantes o personas que compondrán la muestra, es un proceso flexible, pero con la suficiente relevancia teórica para los propósitos que persigue la investigación cualitativa.Resultados:Respecto a la migración internacional, el hallazgo más significativo se relaciona con la transformación de las dinámicas familiares de las personas con parientes migrantes. Los estudiantes con familiares que han migrado enfrentan una serie de situaciones que tiene consecuencias, tanto en su trayectoria escolar, como en su vida cotidiana. La migración tiene una incidencia en el abandono escolar y se observa de dos maneras. La primera es cuando el estudiante abandona la escuela porque él mismo migra a otro país. La segunda se da de manera indirecta y se relaciona con la reconfiguración de las dinámicas familiares. El estudiante abandona la escuela por diferentes causas, entre las que está el desinterés por el estudio, la falta de apoyo en su hogar o porque tiene que dedicarse a actividades productivas, todas ellas como consecuencia de la migración del padre o madre de familia. Por otro lado, el desplazamiento forzado es un fenómeno presente en cuatro de los siete centros los centros estudiados. Aunque el tipo de violencia que lo provoca es distinto en los centros del interior del país y la ciudad capital de Guatemala, las consecuencias son las mismas. Interrumpen trayectorias educativas debido al desplazamiento de las familias de los estudiantes. En cuanto a la continuidad de los aprendizajes, se puede concluir que, aunque la respuesta fue inmediata, las condiciones estructurales de desigualdad impusieron una dinámica que limitó la continuidad del proceso educativo. La falta de acceso a Internet, poca disponibilidad de dispositivos y la falta de apoyo en casa hizo que los procesos de enseñanza y aprendizaje tuvieran dificultades. Es de estacar que, a pesar de estas circunstancias, el estudiantado valoró bien la metodología implementada por los centros educativos

Resumen de la Ponencia:

Uma pesquisa objetiva para conhecer a gestão da pandemia de COVID 19 no Brasil e seus impactos na atual crise sanitária, política e econômica, com base na teoria neoinstitucional, realizando uma análise comparativa entre Brasil, Argentina, Canadá e Estados Unidos . Em 26 de fevereiro de 2020, foi confirmado o primeiro caso de contaminação por COVID-19 no país. Antes mesmo da chegada do vírus, o pânico já havia se instalado e os países que se encontravam em crise alertavam constantemente sobre a necessidade de criar e fortalecer políticas de enfrentamento ao vírus Sars-CoV-2. Diante da conduta do Presidente da República, da conjuntura social e cultural brasileira, em que predomina uma concepção autoritária de governo, em detrimento das instituições democráticas, as opiniões do chef executivo são muitas vezes aceitas como as mais corretas, Dessa forma, cria-se um ambiente institucional (informal), sustentado pela desinformação e não negação, ou que pode estar contribuindo diretamente para a crise sanitária em que o País se encontra. No Brasil, as sucessivas trocas de ministros da saúde, provocadas por divergências quanto à abordagem do combate à disseminação do vírus, e embates entre os governos federal e estadual podem ter contribuído para uma instabilidade política que permitiu ou descontrolou o vírus em território nacional , também, exalta-se o neoinstitucionalismo, sob o prisma contemporâneo, a fim de teorizar sobre a influência da instituição política representada pela figura do Presidente na forma como a população brasileira enfrentou a crise pandêmica. Metodologicamente, a pesquisa parte de uma área bibliográfica, Tenho como âncora Sérgio Abranches e Fernando Limongi, tendo uma abordagem qualitativa, sendo as falas de Bolsonaro coletadas por meio da Plataforma Globo Play. Não que se trate dos dados da Pandemia no Brasil e demais países, estes são coletados neste siteNosso mundo em dados . Portanto, espera-se como resultado visualizar o impacto (positivo ou negativo) das (in)ações do Presidente Jair Messias Bolsonaro na atual crise nacional durante a Pandemia. 

Introducción:

Em 26 de fevereiro de 2020 foi confirmado o primeiro caso de contaminação por COVID-19 no Brasil. Antes mesmo da chegada do vírus ao País, o pânico já se instaurava e os países que se encontravam em crise alertavam constantemente sobre a necessidade de criar e fortalecer políticas de enfrentamento ao Sars-CoV-2. 

Na contramão de todas as recomendações, o governo Bolsonaro adotou um discurso neoliberal e se espelhando no ex-presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, expôs os caminhos que iria percorrer: promover o relaxamento das medidas tomadas para garantir o isolamento social, a fim de que a economia não fosse afetada; priorizar o “tratamento precoce” da doença, mesmo sem comprovações científicas sobre a eficácia; e determinar a não obrigatoriedade da vacinação (MONARI et al., 2021). 

Após mais de um ano do primeiro caso, o Brasil já se encontrava em crise. O número de mortes chega a 687.069 (seiscentos e oitenta e sete mil e sessenta e nove)[1] (OUR WORLD IN DATA, 2022), em vários lugares do país houve superlotação de hospitais, não existiam mais leitos vagos para casos graves, inúmeros comerciantes fecharam seus negócios, pois a economia não foi capaz de suportar os efeitos do lockdown e, mesmo já existindo diversas vacinas capazes de diminuir drasticamente o número de novas infecções, o Brasil se arrastou nas campanhas de vacinação.

Dada a conduta do presidente da República, nas circunstâncias sociais e culturais brasileiras, em que domina uma concepção autoritária de governo, em detrimento das instituições democráticas, as opiniões do chefe do executivo muitas vezes são aceitas como as mais corretas, dessa forma cria-se um ambiente institucional (informal), respaldado na desinformação e no negacionismo, o que pode ter contribuído diretamente para a crise sanitária na qual se encontrou o País. 

A eficácia no combate à pandemia do Covid-19 pode ser determinada por diversos fatores, inclusive a “eficácia do governo, graus de liberdade e confiança social e a existência de ministérios da saúde e ministros da saúde com formação médica (...).” (MAOR; HOWLLET, 2020, tradução nossa). 

No Brasil, a troca sucessiva de ministros da saúde, ocasionada por desentendimentos quanto à abordagem no combate à disseminação do vírus no país, e os embates entre governo federal e governos estaduais podem ter contribuído para uma instabilidade política que permitiu o descontrole do vírus em território nacional. 

Apesar da postura e das (in) ações do então Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, irem na contramão das recomendações de órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o seu discurso negacionista influenciou grupos sociais e pode ter instigado a negligência quanto à adoção de medidas de distanciamento social, uso de máscaras, dentre outras. 

O enfrentamento ao vírus do COVID-19 apresentou diversas falhas que contribuíram para o descontrole e o colapso nos quais se encontrava o país, decerto que o papel do Estado brasileiro colaborou para esta situação. Por isso, é de extrema importância analisar as (in) ações do Chefe de Estado e de Governo, Presidente Jair Messias Bolsonaro, quanto ao combate à pandemia do Coronavírus, a fim de identificar como o seu posicionamento contribuiu para a crise sanitária e econômica brasileira. 

E é nessa esteira em que corrobora a análise a partir do neoinstitucionalismo, que é explicado por Muller (2009), como a capacidade das instituições de desenhar estratégias de atores políticos, para alcançar resultados desejáveis. March e Olsen (2008), afirmam que, no que tange a instituição política, por muito tempo fora visualizada como influenciada pelas condutas sociais, ou seja, o Estado era o foco, e suas ações se baseiam na vontade popular. Todavia, na contemporaneidade, essa ideologia sofre reconsiderações, sob o prisma de que, a política sofre influência social, mas também, afeta a sociedade. 

Sendo assim, as instituições políticas subvertem-se em atores políticos que podem, até mesmo, modificar o interesse público. March e Olsen prelecionam: “As observações empíricas parecem indicar que os processos internos às instituições políticas, embora possivelmente iniciados por eventos externos, afetam o fluxo da história.” (2008, p. 127).

Neste arranjo teórico, insere-se ainda, o comportamentalismo como fundamento neoinstitucional. Sendo assim, as instituições, focando neste ápice, na política, estabelece regras do jogo político, determinando, por vezes, a formação ideológica de grupos, a coalizão governamental, e, até mesmo, elevando o poder de determinados grupos em face de outros. Toda essa circunscrição comportamental impacta tanto na atuação governamental, como nas condutas sociais (PERES, 2008).

Trazendo esse prisma para a realidade brasileira, observa-se atualmente que o país está submerso em divergências ideológicas. É neste diapasão em que está circunscrito a presente pesquisa, tendo como objetivo analisar como a conduta do Chefe do Poder Executivo do Brasil, enquanto instituição política, intensificou ou não o caos social e o aumento gradativo da crise em que o país se encontra atualmente, tanto internamente quanto internacionalmente.

Se faz necessário também analisar a gestão de crise do então Presidente da República sob o olhar da Argentina, Canadá e Estados Unidos, a fim de identificar as falhas e quais atitudes poderiam ter sido tomadas para evitar a situação na qual o Brasil está inserido.

É nesse afinco em que a pesquisa possui como objetivos específicos: Teorizar as versões do neoinstitucionalismo; Averiguar se os discursos e postura do presidente Jair Bolsonaro causaram divergências no Pacto Federativo Brasileiro durante a pandemia; Realizar uma análise comparativa da gestão de crise do governo Bolsonaro na Pandemia em relação à gestão de crise da Argentina, Brasil, Canadá e Estados Unidos. 

 

[1] Dados coletados até o dia 18/10/2022. 

Desarrollo:

 

GESTÃO DE CRISE NA PANDEMIA DA COVID 19: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ARGENTINA, BRASIL, CANADÁ E ESTADOS UNIDOS 

Com o surgimento de uma Pandemia, os padrões de poder estabelecidos na sociedade podem ser definidos, seguindo a lógica de Senhoras (2021), como um sistema de polarização, que, quanto mais intensificado, gera um ambiente conflituoso, que se configura com a visão Hobbesiana acerca dos padrões de poder, pois se ancora na rivalidade. 

Isso foi perfeitamente visível no contexto pandêmico brasileiro, pois o país foi emergido em um "ringue" ideológico, caracterizado pelo embate entre esquerda e direita. Nesse cenário, aflorou a polarização de uma parte da população voltada a defesa do conservadorismo (neste caso o público-alvo da gestão do atual presidente), e outra vertente buscando a defesa de minorias (em geral de cunho esquerdista). Esse conflito corrobora a visão de March e Olsen (2008) ao afirmarem que as instituições, neste caso, a política, influenciam diretamente os atos sociais. 

Foi possível verificar, a partir das falas do atual presidente, conforme destrinchado no tópico anterior, que a população seguiu veemente sua lógica de gestão de crise pandêmica. Ao se analisar tais atos, consubstanciados pela teoria neoinstitucional, é possível visualizar que por um lado, existe forte incidência do neoinstitucionalismo histórico, em que a instituição política conseguiu estruturar os atos dos eleitores de Bolsonaro, e, outrossim, também resta taxativo o neoinstitucionalismo sociológico, haja vista que, culturalmente o Brasil é massivamente arraigado a preceitos conservadores, em busca da proteção da família tradicional e de uma figura governamental rígida, mesmo que apenas aparentemente. 

Todavia, no cenário internacional, a gestão dos poderes entre as nações é explicada por Senhoras (2021) com fundamento no entendimento Lockeano, que possui como característica a busca de meios de convivência em razão de períodos de instabilidade ou estabilidade. Assim preleciona o supracitado autor: 

No plano internacional, o padrão lockeano é característico no contexto da interação do sistema de governança global da saúde durante a pandemia da COVID -19, uma vez que o campo de poder oriundo da interação  de  atores diplomáticos  e  paradiplomáticos (SENHORAS, 2021, p.23).

 

Nessa conjuntura, os países passaram a possuir como objetivo-fim a busca pelo compartilhamento de técnicas científicas, e financiamento de pesquisas visando um meio de barrar as problemáticas causadas pela Pandemia do COVID 19. Esse ponto representa uma análise sob o viés no neoinstitucionalismo da escolha racional, pois em âmbito internacional, orientado pela Organização Mundial de Saúde-OMS, foram criadas estratégias, de modo a obter bons resultados, através de atos racionais e antecipadamente pensados, observando sobretudo a gestão de crise das pandemias já passadas. 

É nesse sentido que se enaltece a importância da averiguação da gestão de crise brasileira. Por se tratar de um artigo, a presente pesquisa não tem possibilidade de realizar uma análise comparada entre o Brasil e todos os demais países, razão esta, que se escolheu os Estados Unidos, Canadá e Argentina, pois fazem parte do Continente Americano, e, assim, é possível visualizar os principais dados pandêmicos e a consequência da gestão de crise de cada país. 

Em uma crise sanitária, a gestão de crise para ser efetiva necessita destinar recursos financeiros em conjuntos com políticas públicas voltadas à conscientização social e criação de meios de combate à crise. Principalmente a instituição política, como eixo da organização da sociedade, precisa agir sob escolhas racionais. Todavia, ao analisar os recursos destinados ao combate do COVID 19, dentre os quatro países estudados, o Brasil apresenta o menor percentual como se observa no infomapa abaixo: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Infomapa 1 – Comparação dos pacotes fiscais contra a COVID-19  entre países do G20

Fonte- Senhoras, 2021, p.24.

Musante (2021) destaca que um dos principais problemas da gestão brasileira foi que a ações de combate ao COVID 19 visam o atendimento de interesses de grandes empresas, em muitos casos prejudicando aqueles que são considerados hipossuficientes pela legislação, como, a título de exemplo, a possibilidade de redução de salários dos empregados. 

Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Australiano Lowy, e comentada por Cruz e Brazil (2022), dentre os 98 países do planeta, no que tange a gestão da Pandemia, o Brasil se encontra na última posição, considerada a pior gestão, sendo um dos principais fatores a instabilidade na relação entre os à União e os Estados Federados. Assim aduz os preditos autores:

Assim, antes da OMS declarar o novo coronavírus uma pandemia, em 11 de março de 202015, o Brasil já vivia um período extremamente conturbado, de fortes tensionamentos políticos e em suas instituições democráticas que datam desde as Jornadas de 201316, perpassam as denúncias que envolveram os governos petistas, o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, o golpe de 2016, e a desaprovação popular do Governo de Michel Temer, culminando com a chegada da extremadireita ao poder, com a eleição de Jair Messias Bolsonaro em 2018. Este apenas retroalimentou ainda mais as polarizações políticas já existentes no País (CRUZ & BRAZIL, 2022, p.5).

 

Ou seja, partindo pela vertente neoinstitucional, em que as instituições são responsáveis pela plena consecução dos atos sociais, verifica-se que o contexto brasileiro apresenta um parâmetro de polarização. Esse fato, de certo modo, pode ser explicado à luz da lógica sociológica, pois o atual presidente, através de suas estratégias políticas, de manter um discurso conservador, de integridade moral, e combate a qualquer tipo de corrupção, apenas ressalta o que uma parcela de brasileiros pretendem visualizar em um chefe de governo, e com isso forma uma massa polarizada de eleitores fiéis a seus mandamentos. 

Tal postura, no entanto, gerou inúmeras mortes, fazendo com que o Brasil se tornasse o país com maior taxa da mortalidade quando comparado com os Estados Unidos, Argentina e Canadá, pelo que se visualiza na tabela abaixo: 

Tabela 10- Taxa de Mortalidade por COVID 19 até 18.10.2022

País

Taxa da Mortalidade de Casos

Brasil

1.98%

Argentina

1.34%

Estados Unidos

1.1%

Canadá

1.06%

Fonte- Our World in Data, 2022. Elaboração Própria.

Uma das justificativas para os dados acima, é os fatos prelecionados no Informapa 1, pois, como se percebe, os países que menos investem no combate a Pandemia, neste caso a Argentina e o Brasil, tiveram o pior resultado, enquanto que, ao se observar o Canadá e Estados Unidos, por haver mais investimentos, consequentemente há taxas menores de mortos. 

É necessário esclarecer que cada país analisado possui diferentes números de habitantes, no entanto, a porcentagem acima citada leva em consideração exatamente essas variáveis. No que se refere a gestão da Argentina, embora não tenha a mesma efetividade quando comparada o Canadá e Estados Unidos, apresenta dados melhores do que o Brasil, e a justificativa trazida pela literatura neste sentido é explicada por Musante (2021), afirmando que priorizou medidas para garantir a saúde das pessoas, com a criação de políticas públicas voltadas principalmente para população mais pobre. Enquanto o Brasil adotou uma ideologia neoliberal, ou, como o supracitado autor afirma, neofacista.

Claramente, não apenas o ínfimo investimento no enfrentamento a COVID 19 é responsável por toda crise em que o país se encontra, podendo destacar neste ponto, a influência que Bolsonaro exerceu em seu eleitorado. Como já devidamente destrinchado no tópico anterior, estereótipos do vírus como "gripezinha", ou, ainda, o fomento ao tratamento precoce e a recusa da vacinação e de medidas impostas pela OMS, foram vetores que levaram o Brasil a se tornar o país com a pior gestão, como já supramencionado, e possui a maior taxa de mortalidade. 

A título de exemplo, no que tange a comparação entre o país do G20 que menos investiu no combate a Pandemia (Brasil), e o que mais realizou uma política fiscal rígida (Canadá), destaca Senhoras (2021, p.30):

Diante  do contexto  de  securitização desta  crise  pandêmica, o  perfil  de respostas  planejadas  pelos países demonstra em uma análise comparativa que enquanto Canadá adotou uma política fiscal agressiva, destinando o equivalente a 25% do PIB para temáticas sanitárias e de estabilização econômica e portanto se caracterizando como o terceiro maior nível de gastos governamentais no G 20, por sua vez o Brasil em função  das limitações  fiscais,  acabou se  posicionando  no espectro  oposto  como o  quarto  menor nível  de gastos entre os país do G20, com recursos equivalentes a 4% do PIB

Clareamento o Canadá também enfrentou embates políticos, todavia, torna evidente que melhor incorporou as regulamentações dos órgãos de saúde, e realizou uma gestão de crise mais firme do que tange aos atores políticos, o que difere do Brasil, que, em alguns caso havia determinações divergente entre governo federal e estadual. Cruz e Brazil (2021), declaram que a postura de Bolsonaro se caracteriza sob o viés da “pós-verdade”, que significa em muitos casos, o fato de mentiras se tornarem verdades, ou seja, com a multiplicidade das informações atualmente, principalmente pelos meios digitais, as pessoas podem formar verdades particulares acerca de determinados assuntos. É neste ponto que se observa a lógica de Hernandez (2008), analisando sob a ótica da instituição política, ao afirmar que as instituições influenciam as ações dos indivíduos e suas concepções. 

Porquanto a gestão de crise brasileira e estadunidense, se faz necessário enfatizar que esta enfrenta momentos diversos, frente e modificação de presidentes nos Estados Unidos. No início da Pandemia, a gestão do ex-presidente Donald Trump visou a mantença de um populismo forte, não enaltecendo a importância dos alertas de organizações da saúde. Essa postura foi seguida também pelo então presidente do Brasil, que firmou sobretudo sua gestão de forma a priorizar a polarização, e, consequentemente, o fortalecimento de seu populismo (GOLDSTEIN, 2021; ALVES, 2022).

Com isso, em ambos os países o lastro de problemática decorrente da Pandemia apenas tendia a aumentar, gerando o agravamento da saúde pública. Esse fator, é relatado por Goldstein (2021) como uma das causas para a geração de barreiras nos avanços da extrema direita, pois muitos dos eleitores dos presidentes do Brasil e Estados Unidos, acabaram discordando dos posicionamentos contrários ao combate severo da pandemia. É nesse contexto que leciona Goldstein acerca das estratégias de ambos os governos:

As sociedades brasileira e norte-americana têm em comum um passado escravista e racista com profundas desigualdades. Fazendo uso dessas heranças históricas, Trump e Bolsonaro fazem uma reivindicação de uma comunidade nacional homogênea frente a aqueles que são definidos como “diferentes” ou “inimigos” da comunidade. No caso do Trump, isso é simbolizado com o slogan da sua campanha em 2016 referido a “Fazer a América Grande de Novo”, retornando a um tempo idealizado da hegemonia internacional norteamericana e dos White, Anglo-Saxon and Protestant (WASP), e no caso de Bolsonaro, enquanto repete isso mesmo com “Brasil grande de novo”, ataca a esquerda e as minorias sexuais e faz reivindicação do período da ditadura militar (1964-1985) (Goldstein, 2021, p.255).

 

Tal visão, se explicada por um contexto neoinstitucional, se assemelha ao neoinstitucionalismo sociológico, em que ambos os presidentes fincaram suas campanhas e posicionamentos ancorados por preceitos culturais em ambos os países. O Brasil, de certa forma, possui uma democracia ainda nova quando comparada a outros países, estando, em toda sua historicidade, governado com base no autoritarismo, e uma parcela social, muitos que sequer viveram tais épocas, acreditam que apenas com tal rigidez é possível manter a moralidade social (GOLDSTEIN, 2021). Essa moralidade em geral está ligada à contrariedade à existência de muitas minorias, como, por exemplo, a população LGBT.

Todavia, com a mudança de presidente nos Estados Unidos, aflora uma nova gestão de crise pelo atual presidente Joe Biden, que firmou sua campanha em contrário à de Donald Trump, visando o combate mais firme à pandemia. Isso ficou claro através de uma pesquisa realizada pelo Pew Research Cente, em que se observou que 82% das pessoas que afirmam ser importante levantar pautas sobre a Pandemia, são eleitoras de Biden, enquanto que, menos de um quarto dessa porcentagem, que alegou não ser importante tais debates, eram eleitores de Trump (ALVES, 2022).

Verifica-se, portanto, que a figura do Presidente da República é visualizada como representante da instituição política, e, por consequência, havendo uma polarização e populismo, principalmente diante de crises na saúde pública, as pessoas são facilmente influenciadas a contrariar até mesmo dados científicos devidamente comprovados. A troca de gestão entre os presidentes nos Estados Unidos colaborou para o combate ao vírus no país, haja vista “Biden logrou tomar posse no dia 20 de janeiro de 2021 e percebemos que o país adentrou em uma outra fase da pandemia” (ALVES, 2022,p. 63), pois houve um forte investimento nas medidas de segurança contra o vírus como fomentado pela OMS. De logo houve resultados rápidos, pois com apenas três meses de governo já diminuiu o avanço do vírus que, até março de 2021, possuía uma média de crescimento de 7% por semana (ALVES, 2021). Enquanto que no Brasil essa diminuição no avanço do COVID 19 apenas começou a ocorrer em setembro de 2021 como relata o gráfico abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gráfico 1- Dados do COVID 19 no Brasil.

Fonte- Our World in Data, 2022.

Esses dados até então expostos apenas comprovam as razões para o Brasil ser considerado o país com a pior gestão entre os demais, conforme já citado nesta pesquisa, demonstrando que os atos do então presidente foram focadas em: se manter no poder e com alta porcentagem de aprovação de seus eleitores, não ensejando, em contrapartida, a efetiva gestão em busca de combater a pandemia. 

Conclusiones:

Do que se depreende das conjunturas expostas, tem-se que a gestão de crise brasileira não foi efetiva durante a Pandemia do COVID 19, principalmente em razão da postura do atual presidente Jair Messias Bolsonaro. Suas propostas de ser o “novo” na política, foi uma estratégia de gerar um populismo a favor de seu governo, em virtude principalmente, das grandes ondas de ódio contra o Partido dos Trabalhadores-PT, que norteia muitos atos da esquerda. 

Todavia, suas ações ancoradas no ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, geraram a relegação dos tratamentos contra a COVID 19 no início da Pandemia, o que agravou a situação no país. Além disso, firmou uma campanha sob o viés de que governaria sem precisar formar uma coalizão estável com o parlamento e os entes federativos. Tal discurso foi incisivo para gerar a crise no Pacto Federativo, pois, caso seguisse essa ideologia, a União estaria acima de todas as ações dos estados, legisladores e judiciário, o que consequentemente fere a ideia de “freios e contrapesos” entre os três poderes.

Seria neste caso o chamado por alguns autores como Censon e Barcellos (2020), de “Federalismo Bolsonarista", ou “hiperpresidencialismo bolsonarista”, que se refere exatamente ação de fazer com que a União “paire” sob estados e municípios, o que é vedado expressamente pela Constituição Federal de 1988, especificamente em seu artigo 2º, presente no rol de Princípios Fundamentais. 

Portanto, sob a lógica Neoinstituicional, é possível afirmar que as ações do Presidente da República são cruciais no comportamento social, pois através de um discurso que “externa o que povo quer ouvir”, ou seja, proteção da moral e bons costume, Bolsonaro gerou uma grande polarização de apoio.

Nesse aspecto se destaca a importância da instituição política, pois sua organização pode impactar severamente a vida da população e, como no caso em questão, ocasionar a morte de milhares de pessoas. Pode-se observar através da presente pesquisa, sob a ótica da escolha racional, que para haver uma gestão efetiva no Brasil, deveria o presidente formular planos estratégicos, investindo de forma mais severa no combate ao Vírus, pois, como se observou, os países que tiveram uma política fiscal mais focalizada a barrar o avanço da Pandemia obtiveram resultados mais afirmativos, além do respeito às normas sanitárias impostas pelos órgãos de saúde. 

Quanto aos países, o fato supracitado demonstra que uma instituição política voltada não apenas no populismo, mas também para os interesses sociais, havendo momentos de instabilidade, que requeiram gestão de crises, conseguem obter melhores resultados. Não se busca na presente pesquisa afirmar que o governo principalmente do Canadá e Estados Unidos (haja vista obterem melhores resultados) foram, deveras, categoricamente efetivos, obviamente existem falhas que não são alvos da presente pesquisa, em razão de se tratar apenas das ações para o combate da Pandemia do COVID 19. 

Por conseguinte, é necessário destacar que os inúmeros atos da gestão de crise brasileira podem ser caracterizados com base nas diferentes vertentes da teoria neoinstitucional, mas se observa uma preponderância do neoinstitucionalismo sociológico, em razão de que Bolsonaro se utilizou de um prisma cultural brasileiro, que defende preceitos já explicitados, como a família tradicional e a defesa da crença cristã. Isso fica claro, inclusive, ao se visualizar que Bolsonaro ancora suas falas utilizando o termo “Deus Acima de Todos, Brasil Acima de Tudo”.

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Palabras clave:

Gestão de Crise; Jair Bolsonaro; Pandemia do COVID 19; Teoria Neoinstitucional. 

Resumen de la Ponencia:

A pesar de que, con la Reforma de 2008 en materia penal en México se propone un sistema más democrático para enfrentar el delito y la desconfianza en el Sistema Penal, comienza a verse un aumento en un fenómeno alterno a la respuesta estatal, tal es el punitivismo. El punitivismo plantea al castigo ejemplar como el centro del Sistema Penal, esto significa centrar la atención en castigar, lo que lleva a que la víctima continúe quedando en segundo plano, muchas veces sin la oportunidad de obtener una reparación del daño o incluso justicia. El objetivo de este trabajo fue observar cómo la población estudiada representa a la persona imputada, ya que al ser un nuevo actor que se introduce con dicha reforma se suele confundir con personas acusadas lo que funciona en detrimento del principio de presunción de inocencia principal garante de Derechos Humanos dentro de un sistema penal. Se trabajó con una población alejada del Sistema Penal o que al menos tuviera menos posibilidades de tener relación con él por sus características sociales, creemos que el estudio de esta población nos permitiría identificar en mayor cantidad muestras de punitivismo debido principalmente a la lejanía de su vida cotidiana con el Sistema Penal. Esta ponencia deriva de una investigación que se llevó a cabo en 2021 como parte de un trabajo de tesis de licenciatura que busca saber de qué manera estos fenómenos están resonando en nuestra población a estudiar y, sobre todo, si se están reproduciendo discursos punitivistas. Se buscó explorar por medio de las representaciones sociales las ideas que existen actualmente respecto a la figura del imputado y la recepción de sus derechos; a partir de esto, pudimos observar que nuestra población está recurriendo al punitivismo como una respuesta al reconocimiento de los derechos de las personas imputadas en el país bajo una mala percepción de los Derechos Humanos siendo concebidos como recompensas más que como propiedades inherentes a toda persona. Bajo la idea de que si no hay prisión como consecuencia lo que rige es la impunidad, en un contexto donde coinciden otros fenómenos como el aumento de desconfianza en las autoridades, una inconformidad generalizada con el sistema penal y la facilidad con la que se difunde la información hoy en día, las personas ya no ven al punitivismo solo como un discurso o exigencia sino como una forma de actuar socialmente.

Introducción:

En el 2008 y el 2011 se llevaron a cabo grandes reformas en materia penal y de Derechos Humanos respectivamente. Estas modificaciones legislativas significaron también la inserción de nuevos actores en la esfera legal y política y también, a grandes rasgos, la modernización de las instituciones en el país y específicamente de un sistema judicial que mostraba ya varias carencias y atrasos en muchos aspectos.

Para la reforma de 2008 algunos autores (Aguilar, 2016; Carbonell, 2013; Valencia, 2009; Zamora, 2016), son muy puntuales respecto a las diferencias que esta reforma trajo consigo; en un primer lugar se debe hacer una diferenciación con base en el tipo de justicia que buscan satisfacer: el de tipo inquisitivo se caracteriza porque basa su funcionamiento en la justicia retributiva, mientras que para el acusatorio el núcleo es la justicia restaurativa. Estos dos tipos de justicia guardan una diferencia esencial al tener distintos tipos de objetivo, es decir, si bien las dos buscan la obtención de justicia, la de tipo retributiva tiene como fin retribuir a la sociedad el daño que se le hizo a partir de un delito a través del castigo por medio de la función penal en un sistema con pocas opciones fuera del castigo (Aguilar, 2016), esto significa que el uso de la prisión tiende a ser muy elevado en sociedades con un SP de tipo inquisitivo. 

Por otro lado, el objeto del proceso penal en un sistema de tipo acusatorio se basa en la justicia restaurativa, lo que implica un cambio de paradigma respecto al castigo: este deja de ser el fin. Además de eso, este tipo de justicia tiene un fin distinto, el cual es resarcir el daño causado a la víctima en el delito, de ahí que el eje central sea la reparación del daño sobre el castigo (Aguilar, 2016). El segundo cambio viene con la reforma constitucional de 2011 en materia de Derechos Humanos la cual implica que estos adquieran un rasgo constitucional, es decir, fueran definidos como inviolables y prioritarios, lo que en teoría obliga a que dicho Estado persiga las violaciones a los DD. HH. y promueva su cuidado como una prioridad nacional hacia el horizonte normativo internacional, el cual respalda muchos aspectos de la vida social y todas las leyes inscritas en la constitución deberán responder a éste volviéndose un factor siempre presente.

Este cambio judicial es el telón de fondo de este trabajo, pues el viraje hacia la justicia restaurativa que tiene como prioridad garantizar los derechos de las personas, hace cuestionarnos sobre las representaciones que estas tienen sobre ella y, sobre todo, surgen dudas respecto a la relación entre estas representaciones y las prácticas de las personas en torno a dicho sistema, el cual nos plantea una nueva forma de ver la justicia penal, que va más allá del uso de prisiones como consecuencia de la comisión de un delito, y comienza a contemplar los Derechos Humanos de las personas involucradas y la necesidad de despresurización de un sistema penal saturado e ineficiente. 

A pesar de esta propuesta más democrática para enfrentar el delito y la desconfianza en el sistema penal, comienza a verse un aumento en un fenómeno alterno a la respuesta estatal, tal es el punitivismo. El punitivismo plantea al castigo ejemplar como el centro del Sistema Penal, esto es un problema ya que se centra la atención en castigar, lo que lleva a que la víctima quede en segundo plano, muchas veces sin la oportunidad de obtener una reparación del daño o incluso justicia. Este trabajo busca explorar por medio de las representaciones sociales que existen actualmente respecto a la figura del imputado, la recepción de sus derechos y así observar si nuestra población está recurriendo al punitivismo como una respuesta a la idea de que las personas imputadas sean sujetos de derechos, es decir, si el reconocimiento de los derechos de las personas imputadas se da al mismo tiempo que un aumento de los discursos punitivistas.

Consideramos que los Derechos Humanos atraviesan la vida de toda persona, pero lo que observamos en este trabajo es que el punitivismo está comenzando a formar parte de las formas de actuar para resolver problemas (como los de seguridad pública o impunidad), fenómeno que afecta los Derechos Humanos de las personas que son imputadas de un delito. Es en esa línea que esta investigación busca observar como las personas imputadas de un delito son propensas a sufrir violaciones a sus derechos fundamentales, violaciones que a veces nos son perseguidas o castigadas debido a las representaciones sociales que las personas tienen del Sistema Penal, las personas privadas de la libertad y los Derechos Humanos. Esto aumenta la clara ruptura del Estado de Derecho en el país y sobre todo la falta de protección hacia las vidas de las personas privadas de la libertad, acusadas e imputadas, pero también de las víctimas de delitos quienes a veces son olvidadas en un sistema cuyo fin es reparar el daño que se les hizo.

Desarrollo:

Para esta investigación fue fundamental retomar la teoría de las representaciones sociales de Serge Moscovici, donde expone que las representaciones son sociales en la medida en que son: la relación entre el sujeto ya sea un individuo o grupos sociales, y el objeto que también puede ser una persona específica, grupos, fenómenos o circunstancias sociales; las representaciones sociales se conforman por percepciones, opiniones, imágenes o actitudes de lo que alguien se representa sobre otra cosa según su relación con ello; así podemos decir que la representación toma una dimensión social debido a que solo surge en tanto existe una relación entre dos partes en un contexto determinado, de esta forma:

Se entenderá que este sistema de representación no es independiente de las relaciones sociales particulares de cada sociedad. Por último, las fuerzas representacionales así constituidas deben situarse en presencia de las relaciones sociales, para que el proceso de representación adquiera toda su significación. (Valleé, 2011:109)

Es por esto por lo que también podemos decir que las representaciones sociales son un pensamiento constituido y constituyente (Piña y Cuevas, 2004) ya que por una parte se utilizan para explicar la realidad social; por otro lado, ayudan a determinar esa realidad social por medio de la acción que desencadenan dentro de esa realidad social, modificando por tanto a dicha realidad (Jodelete, 1986). Esto involucra a los individuos que pertenecen a esa sociedad dado que otra característica es que estas representaciones llevan a las personas a un actuar, limitado por las representaciones que se hacen las personas y la relación que guardan con el objeto (persona, grupo, fenómeno, situación) que se representan:

sí partimos de que una representación social es una “preparación para la acción”, no lo es solo en la medida en que guía el comportamiento, sino sobre todo en la medida en que remodela y reconstruye los elementos del medio en el que el comportamiento debe tener lugar. Llega a dar un sentido al comportamiento. A integrarlo en una red de relaciones donde está ligado a su objeto. Al mismo tiempo proporciona las nociones, las teorías y el fondo de observaciones que hacen estables y eficaces a estas relaciones. (Moscovici, 1979:32)

Además de lo anterior Moscovici identifica dos partes del proceso de apropiación de una representación social en algún grupo social determinado, estas son la objetivación y el anclaje. La objetivación se refiere a

una operación formadora de imagen y estructurante. (Aquí) La representación permite intercambiar percepción y concepto. Al poner en imágenes las opciones abstractas de una textura material a las ideas, hace corresponder cosas con palabras, da cuerpo a esquemas conceptuales. […] (en complemento, el anclaje) se refiere al enraizamiento social de la representación y de su objeto. En este caso, la intervención de lo social se traduce en el significado y la utilidad que les son conferidos. Ya no se trata como en el caso de la objetivación, de la construcción formal de un conocimiento, sino de su inserción orgánica dentro de un pensamiento constituido. (Jodelete, 1986:481-486)

Es decir, dentro de la realidad social. Con lo anterior podemos ver que estos procesos se deben observar en conjunto para poder comprender la conformación de una representación social. A partir de esto, se toma la decisión que elegir una población para estudiar ya que las representaciones sociales están vinculadas a un grupo social especifico.

Dado que las representaciones sociales son formas en las que las personas organizan la información que les permite explicar su mundo y las orientan en su vida diaria, nos ayudarán a identificar lo que saben y se representan acerca de los DD. HH., específicamente sobre las personas imputadas, y a partir de esto evaluar si estas representaciones tienden al punitivismo o no. Como menciona Araya:

Las personas conocen la realidad que les circunda mediante explicaciones que extraen de los procesos de comunicación y del pensamiento social. Las representaciones sociales sintetizan dichas explicaciones y, en consecuencia, hacen referencia a un tipo específico de conocimiento que juega un papel crucial sobre cómo la gente piensa y organiza su vida cotidiana: el conocimiento del sentido común. (Araya, 2002: 11)

Si bien, lo que nos interesa son las representaciones sociales acerca de los imputados, es importante tener en cuenta que estas se forman en el campo de la vida cotidiana a partir de las interacciones que los sujetos llevan a cabo de forma constante en sus actividades diarias, en relaciones cara a cara, así como por medio de relatos que se difunden no sólo a través de medios de comunicación convencionales, sino también a través de las redes sociales digitales a las cuales se accede con cada vez más mayor facilidad. 

Debido a que la base teórica de esta investigación fueron las representaciones sociales, la investigación tuvo un corte exploratorio y el abordaje de tipo cualitativo, por medio de grupos focales se buscó tener un panorama de lo que las personas interpretan en un nivel colectivo, lo que nos llevará a la identificación de un discurso predominante, y a su vez permitirá saber si efectivamente los discursos se están volviendo más punitivos con la procuración de DD. HH. de los imputados, acusados o personas privadas de la libertad.

Uno de los objetivos generales que tiene este trabajo es entender la relación actual entre las personas en su plano cotidiano y el sistema jurídico, esto lo podemos lograr al establecer si hay conocimiento de los cambios en el Sistema Penal que se han dado desde 2008 y cómo se relaciona dicho conocimiento con los discursos de los jóvenes acerca de los Derechos Humanos de las personas imputadas. 

Para este propósito fue que resultó pertinente retomar la teoría de las representaciones sociales, ya que, con esta, es posible explorar las concepciones que los jóvenes de sectores medios tienen respecto a las personas imputadas en un proceso penal, lo que además nos ayudará a clasificar el contenido de dicha representación. Las representaciones que se formulen en el ejercicio empírico nos permitieron identificar cómo se perciben jóvenes de sectores medios frente al sistema penal, si se perciben expuestos o no a él, de ahí la importancia de diferenciar entre las persona más expuestas al sistema penal como imputadas y las que son menos propensas a ello, ya que se ha mostrado mayor criminalización a sectores y personas identificadas como socialmente vulnerables. 

Para observar el punitivismo en las representaciones sociales acerca del SP y cómo estas influyen en la forma de percibir a los imputados y por tanto sus DD. HH., debemos tener en cuenta la realidad de las personas imputadas en el SP para no perder de vista que las representaciones que buscamos refieren únicamente a un grupo social determinado teniendo en cuenta las implicaciones políticas, sociales y jurídicas que entran en disputa respecto a las realidades de estas personas. En segundo lugar, es importante metodológicamente para la delimitación de nuestra población, ya que nos permitirán hacer un contraste que ayudará a delimitar los sujetos cuyas representaciones en torno a las personas imputadas buscamos conocer. Las personas imputadas funcionan como el objeto de nuestra investigación respecto a quienes nuestra población tiene una representación social; identificarla, ayudará a indagar la actitud que tienen respecto a esta población y con ello determinar si existe el punitivismo y cómo se expresa actualmente en los discursos de la población a estudiar.

En ese sentido, es necesario revisar las características de las personas que viven privadas de la libertad. Según la Encuesta Nacional de Población Privada de la Libertad (ENPOL) (INEGI,2016)  para el 2016, 32.8% tenía entre 18 a 29 años, el 35.3% entre 30 a 39 años, 20.6% corresponde al grupo de 40 a 49 años y 11.2% tenía 50 años y más; esto nos muestra que más de la mitad de la población ( 68.1%) pertenecía al grupo de entre 18 y 39 años de edad; de esta población, 94.1% sabía leer y escribir, 72.1% contaba con estudios de educación básica, esto es, preescolar, primaria, secundaria o carrera técnica con secundaria terminada, 19.2% con educación media superior, 4.6% con educación superior y 3.8%  no tenía ningún tipo de educación. 

A nivel nacional, se estima que 97.1% de la población privada de la libertad en 2016 trabajó alguna vez, desempeñando una actividad específica, antes de su arresto. De ella, señaló haberse dedicado en su última ocupación a: labores artesanales 18.7%, operador de maquinaria industrial 16.3%, trabajador en actividades agrícolas o ganaderas 13.3%, comerciante o empleado de ventas 12.9%, comerciante informal 9.6%, servicios personales y vigilancia 9.1%, entre otras con menores números.

A partir de esto, se decidió llevar a cabo 3 grupos focales con 3 hombres y 3 mujeres cada uno, de jóvenes de la Ciudad de México con edades entre 25 y 35 años y pertenecientes a un estrato social medio alto, es decir, que cuenten con estudios superiores y que actualmente sean profesionistas o estudiantes de posgrado. Para recabar la información se preparó un guion de 12 preguntas que responden a 3 ejes centrales cuyo fin es guiar una conversación en los grupos donde se tocarán diversos temas sobre DD.HH. y el Sistema Penal Acusatorio, siempre delimitando la conversación a estos ejes los cuales corresponden a las tres dimensiones de una representación: información (¿Qué se sabe), campo de representación (¿Qué se cree?) y la actitud (¿Qué se hace?).

Para el análisis de información se utilizó la transcripción de los grupos focales a partir d ellos cuales se clasificaron las intervenciones que hicieron los participantes. Se hacen tres grandes grupos que, a su vez, se clasifican en subgrupos basado en los temas que se plantean en el cuestionario agregando también, temas a los que más atención prestaron las personas entrevistadas. 

A continuación, se muestra la clasificación:

 Sistemas y ReformasSistema penal Prisión preventivaLey de amnistía  Personas imputadas y privadas de la libertadPersonas privadas de la libertadPersonas imputadasViolencia a personas imputadasDerechos de personas imputadas y privadas de la libertadDisminución o pérdida de derechos Penas y Castigos.La prisión en la sociedadPenas fuertes y castigos físicosLinchamientos

Obtención de justicia para las víctimas 

Conclusiones:

Las Reformas expuestas en este trabajo pueden ser vistas como una respuesta estatal al cambio social, el contenido de estas nos presenta una búsqueda de respeto a los DD. HH. de todas las personas. Para el caso del Sistema Penal, el cambio jurídico representa un gran avance no solo en DD. HH., sino en mecanismos e instancias, estos cambios plantean virar hacia un paradigma de democracia, sin embargo, las representaciones sociales demuestran una tendencia negativa hacia el Sistema Penal y las personas privadas de la libertad lo cual no es gratuito, ya que muchas de estas representaciones se basan en la información que se tiene sobre el tema, ya sea por las experiencias personales en su plano cotidiano o de experiencias de terceros, donde se incluyen los relatos en redes sociales y medios de comunicación.

Para las personas es clara la gravedad del asunto donde muchas veces ni siquiera es justicia lo que se obtiene de prácticas punitivistas, sin embargo, estas mismas personas recurren a ellas como una posible forma de pensar (y actuar como se explicará más adelante) soluciones a la criminalidad e inseguridad que viven cotidianamente en la ciudad. Hablar de punitivismo, requiere que se ignore la proporcionalidad, es decir la pena que corresponde al delito que se cometió; en ese sentido, notamos que la proporcionalidad se toma en cuenta por las personas, pero es desproporcionada como lo observamos en los grupos focales. “Hay de delitos a delitos” o “no es lo mismo robar comida que matar a una persona” se suele expresar con el fin de hacer notar que hay delitos mucho más fuertes que otros; el marco legal lo tiene contemplado por medio del principio de proporcionalidad, sin embargo, lo que observamos en los grupos focales fue que, si bien se contempla la diferenciación entre gravedad de delitos, no se percibe que por tanto las penas deban ser diferenciadas de igual forma y que estas no siempre ameriten prisión. Esto resulta contradictorio, siendo que respetar la proporcionalidad implicaría no tener respuestas punitivistas contra ningún tipo de delito.

Es notoria la frustración de muchas personas al hablar sobre la inseguridad que sienten al vivir en las condiciones en que actualmente está la ciudad y el país entero, además de la falta de una respuesta para aminorar dichas condiciones, de esta forma las personas buscan una forma de “hacerlo ellas mismas”; en este sentido se comienzan a desdibujar los límites entre las penas resultado de un proceso penal legal y las penas extra legales que por tanto violan rotundamente garantías penales y Derechos Humanos, en esta categoría entran los linchamientos o el uso desmedido e ilegal de la fuerza por parte de las autoridades.

Vemos que esta desilusión genera representaciones que pueden venir de experiencias pasadas; se tiene la idea de que el sistema “no cambia” a pesar de haber habido una reforma en 2008, que no se conoce bien. Esto puede indicar lo que ya varios autores mencionan; los funcionarios siguen reproduciendo practicas del sistema anterior, ¿de qué sirve un nuevo sistema más democrático, acusatorio, adversarial y oral, si las personas encargadas de ayudar a conseguir justicia continúan reproduciendo los problemas del sistema anterior? Se expresa continuamente la desconfianza hacia las autoridades, problemas de corrupción, falta de transparencia, tratos diferenciados, abuso de autoridad, discriminación, racismo, violencia de género, son estas algunas de las causas de no querer denunciar un delito “¿para qué, si no va a pasar nada?”

El punitivismo está siendo considerado cada vez más como respuesta a la problemática del sentimiento colectivo de inseguridad que si bien no depende totalmente de la seguridad pública y entran otros factores, se está asumiendo que, al castigar ejemplarmente a algunos delincuentes, disminuirá esta inseguridad. En ese sentido algunos autores mencionan que incluso aunque la inseguridad pública disminuyera, habría otros problemas que, de igual forma, afectarían la forma en que colectivamente nos sentimos respecto a la incertidumbre social.

Aunado a este fenómeno, el uso del populismo punitivo por parte de la esfera política o estatal puede resultar en extremo peligroso cuando esta respuesta se da también por parte de la ciudadanía en los espacios públicos ya que por los dos lados las personas imputadas o acusadas se encuentran desprotegidas; el populismo punitivo empleado desde la esfera gubernamental y política legitima los discursos punitivistas de las personas y viceversa. 

Se nota un aumento en la violencia entre individuos con el fin de cuidar sus propios derechos ante las amenazas de la inseguridad puestas en la figura de otros individuos. El uso de la violencia puede ser rastreado entre la ciudadanía, ya no solo de parte de agentes del Estado, esto se vuelve alarmante porque se convierte en una lucha entre derechos de forma individual que las instituciones y agentes estatales ya no puede detener y que amenaza con aumentar ante su “incompetencia”; esto resulta en extremo peligroso porque con ello cada individuo podría ejercer violencia contra otro fundado en la violación de sus derechos por esta persona, el hecho de que estas prácticas sean extralegales implica que la ley no es medidora en un conflicto y con esto se pueden presentar múltiples formas de abuso de poder y violación de derechos a muchas personas. 

La respuesta a esta falta del Estado para solucionar problemas es el punitivismo hacia los pocos delitos que se llegan a denunciar o procesar y una recurrencia a prácticas extralegales como forma de “prevención” o castigo, tal es el caso de los linchamientos o solicitar penas fuertes como puede ser incluso la pena de muerte. Aquí comenzamos a ver como el punitivismo deja de ser solo un discurso, las personas recurren a los linchamientos u otras acciones guiadas por él, las personas mencionan estar dispuestas a llegar a la violencia sea lo que esto implique, pero es una respuesta justificada por una realidad que se vive actualmente. Las personas están recurriendo a la extralegalidad, no solo de forma discursiva, sino como una posibilidad de acción que lleve a la “obtención de justicia”. 

Se debe destacar también un muy evidente punitivismo hacia las personas privadas de la libertad que aun cuando estas ya están cumpliendo una pena por el delito que cometieron, muchas opiniones se tornan punitivas cuestionado ¿Por qué deberían tener derechos? Lo anterior deja ver una cuestión que no se está tomando en cuenta dentro del punitivismo, esto es que las penas grandes, los castigos fuertes o la vida deplorable de las personas culpables de un delito no siempre implican la obtención de justicia para la víctima. 

El punitivismo no solo afecta los derechos de las personas imputadas, sino también llega a afectar el de las víctimas, ya que al centrar el fin del sistema penal en el castigo de las personas acusadas, las victimas pueden terminar en el olvido o sin una reparación del daño; no se debe perder de vista la necesidad de tener en cuenta la voz de las víctimas, ya que la reparación del daño es una forma de hacer que ellas puedan encontrar justicia según su propia interpretación, esto sin dañar la dignidad de las personas acusadas y con acciones contempladas en un marco legal. 

Respecto a los DD. HH., este sigue siendo un discurso alejado de las personas, poco o mal comprendido; hay quienes los perciben como externos al marco legal y no como parte de él, también como una vía por la cual se genera impunidad y no como la única vía posible para que se pueda garantizar la justicia. Los derechos humanos aún tienen un largo camino para ser considerados parte del universo de posibilidades en la vida cotidiana. Si bien ha habido grandes cambios en la esfera jurídica aun es esencial que se continue trabajando en la apropiación de ellos, esto implica la democratización del lenguaje que rodea a los DD. HH. lo cual no implica una “vulgarización”, sino entender la relevancia que estos tienen en nuestras vidas como ciudadanos y sujetos sociales de derechos. 

En ese sentido, las representaciones sociales sobre personas imputadas nos ayudan a entender cuál es la distancia que nuestra población siente que tiene con respecto el SP, en los grupos focales observamos que es común pensar que no se tiene nada que ver con el SP, las garantías penales o los Derechos Humanos porque nunca nos ha pasado o creemos que nunca nos va a pasar, porque no “nos metemos en esos problemas” es un obstáculo para la apropiación de los DD. HH.  en general. Entender los derechos de personas imputadas como un beneficio exclusivo para esa población es un ejemplo claro para observar cómo se ven los DD. HH.: se invocan en situaciones específicas y no se perciben como portadores de ellos en todos los ámbitos de sus vidas. Eso puede ser la razón de que los derechos de personas imputadas se perciban como ventajas o premios (que no merecen), cuando en realidad todos y todas gozamos de ellos en todo momento, no solo ante una autoridad o figura estatal. 

La forma en que entendemos los Derechos Humanos es importante para tener una posición respecto a ellos, aunque estos deberían ser incuestionables, observamos una parte de la población que cuestiona su fin, fundamento o utilidad. Nuestra forma de aplicar todo lo que conocemos a nuestra vida cotidiana es lo que nos permite considerarlo útil para la vida individual o colectiva, nos muestra una forma de actuar en el mundo. Los DD. HH. y el SP no encuentran (en conceptos de Moscovici) su anclaje y la objetivación es apenas observable; esto quiere decir que, por un lado, las personas no saben cómo representarse los Derechos Humanos y, aunado a esto, no saben cómo estos se relacionan con ellos de forma personal. Eso hace que la representación que tienen de los Derechos Humanos esté incompleta, existe en su campo de representación, pero no se completa una representación en su totalidad, por eso podemos ver que en las preguntas de información se trataba de usar ejemplos hipotéticos; ante la falta de comprensión se busca una forma familiar de entenderlos.

Muchas de las ideas que se tienen acerca de los DD. HH. son resultado del contenido y la forma en que algunos medios de comunicación presentan la información, el acercamiento que las personas tienen con los DD.HH. tiene una gran impacto en la posición que se toma al respecto, en ese sentido resultó importante ver como los medios de comunicación hablaban sobre un tema y como ellos influían en la forma que las personas construían sus representaciones acerca de DD. HH. o el SP; la información y como se comunica es muchas veces el problema para no poder entenderlos o incluso “no apoyarlos” en algunas circunstancias.

La institucionalización del delito, concepto de Garland, fue un fenómeno fácil de notar conforme se desarrollaban los grupos focales; se tenía mucha información sobre linchamientos o propuestas políticas punitivistas, pero al contrario se sabía muy poco sobre las Reformas al SP o de DD. HH., sobre cómo estas impactan la vida cotidiana o los mecanismos que existen para acercarse a la justicia y esto tiene que ver con la información que se difunde, las formas de pensar y actuar respecto a la justicia se basan en una experiencia del delito culturalmente construida más que en el delito en sí mismo (Garland, 2005), lo cual actualmente con las redes sociales digitales se vuelve incluso más tangible, ya que hacemos de la experiencia de otro el común en la realidad, lo cual no es el problema sino, hacerlo sin tener más información al respecto y que ese único relato se vuelva la única realidad. 

No conocer acerca del SP o DD. HH. no es un problema de “ignorancia general”, sino de la poca información de calidad que se tiene al alcance para la vida cotidiana. Esto afecta en la forma como actúan las autoridades; al no conocer las capacidades y límites del sistema en nuestras vidas cotidianas es fácil que no exijamos un buen funcionamiento, derechos básicos y buenos tratos. El sistema penal se ha conocido por ser difícil y corrupto, no interesa a las personas a saber de él, aunque en teoría todxs podríamos ser imputados.

Bibliografía:

- AGUILAR, Luis. (2016) Reforma Constitucional en materia penal de 2008. Antecedentes, objetivos y ejes rectores. En Gómez, Arely (2016) Reforma penal 2008-2016 El Sistema Penal Acusatorio en México. México: INACIPE.- ARAYA, Sandra. (2002) Las representaciones sociales: Ejes teóricos para su discusión. Costa Rica: FLACSO. Disponible en: http://www.efamiliarycomunitaria.fcm.unc.edu.ar/libros/Araya%20Uma%F1a%20Representaciones%20sociales.pdf - CARBONELL, Miguel. (2013) La reforma constitucional en materia penal: luces y sombras. México: Instituto de investigaciones Jurídicas, UNAM.- GARLAND, David. (2005) La cultura del control: crimen y orden social en la sociedad contemporánea. Gedisa editorial. Barcelona.- JODELET, Denise. (1986) La representación social: fenómenos, concepto y teoría. En Moscovici, S. Psicología Social II. Pensamiento y vida social. Moscovici. 469-494. Paidós.- MOSCOVICI, Serge. (1979) El psicoanálisis, su imagen y su público. Buenos Aires: Ed. Huemul.- PIÑA, Juan Manuel y Cuevas, Yazmín (2004) La teoría de las representaciones sociales. Su uso en la investigación educativa en México. Perfiles Educativos, vol. XXVI, núm. 106, tercera época, pp. 102-124. México: Instituto de Investigaciones sobre la Universidad y la Educación.- VALENCIA, Salvador. (2009) Constitución y nuevo proceso penal. México: Instituto de investigaciones Jurídicas, UNAM.- VALLÉE, Lionel. (2011). Representaciones colectivas y sociedades. En Cuadernos De Administración, 14(20), 67 -120. Disponible en:  https://doi.org/10.25100/cdea.v14i20.254 - ZAMORA, José. (2016) Derecho victimal. La víctima en el nuevo sistema penal mexicano. Instituto Nacional de Ciencias Penales, México. - INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA Y GEOGRAFÍA (INEGI) (2016) Encuesta Nacional de Población Privada de la Libertad (ENPOL)2016. México: INEGI.

Palabras clave:

Sistema penal, Punitivismo, Derechos Humanos

Resumen de la Ponencia:

Nos encontramos en un periodo crucial del derrumbe del patrón de poder colonial/moderno. La universidad nos es inmune a esta crisis y se está transformando tanto en el ámbito intersubjetivo –las estructuras de saber/conocer- como en el ámbito institucional. Las reflexiones que nos dejó Darcy Ribeiro sobre la situación de la universidad latinoamericana son fundamentales para comprender su actual crisis y para debatir un conjunto de cuestiones esenciales para acometer el proyecto de construcción de una universidad nueva, necesaria a América Latina, que permita avanzar en la tarea de lograr su descolonialidad. El núcleo central del examen que proponemos gira en torno a la consideración de que la naturaleza de la universidad, como la de todo fenómeno social, está definida por la trama de relaciones sociales –que son relaciones de poder, es decir, relaciones de dominación y de conflicto- dentro de las cuales se desenvuelve. De allí que la situación y las tendencias que se producen en el conjunto del tejido social constituyen el punto de partida del debate y la investigación sobre la universidad, tanto en sus aspectos materiales como intersubjetivos. En los análisis de Darcy Ribeiro encontramos aspectos que son significativos para comprender la situación actual de la universidad y los procesos de transformación de sus estructuras tradicionales. Los elementos más relevantes de sus reflexiones pueden agruparse en las siguientes problemáticas:a) Los cambios en las estructuras del saber que están en la base del quehacer universitario.b) La institucionalización de esos saberes en la jerárquica estructura académico-administrativa de la universidad.c) La formación de cuadros profesionales calificados que ocuparán las posiciones más altas en la estructura de poder.d) La contribución de la universidad a la construcción de los diferentes intereses e identidades sociales.e) El significado y las implicaciones de estos elementos para la estructura de poder dominante.Teniendo en consideración estos temas, la investigación de la problemática universitaria nos lleva a un replanteamiento de las aproximaciones teóricas que permitan esbozar un conjunto de problemas que tienen que ser explorados evitando todo análisis puramente ideológico o tecnocrático. Los cambios que están ocurriendo en la actualidad en las relaciones de poder son tan profundos y drásticos que están alterando de manera radical las relaciones entre la universidad y el conjunto de la sociedad: entre la universidad y el capital; entre la universidad y las estructuras del saber; entre la universidad y el Estado; entre la universidad y las relaciones de género, las relaciones étnico/raciales, las relaciones de clase y las relaciones con el medio ambiente. Los análisis realizados por Darcy Ribeiro sobre la universidad latinoamericana constituyen una valiosa ayuda para avanzar en esta imprescindible investigación.

Resumen de la Ponencia:

A falta de emprego assola a vida da massa proletária mundial, que precisa de salário para sua subsistência e reprodução social. Enquanto verifica-se, globalmente, um aumento absoluto da força de trabalho mundial, há uma diminuição na taxa da população empregada. Cada localidade tem uma expressão particular desse fenômeno global e estuda-se aqui, comparativamente, os casos mexicano e brasileiro. A parcela da população que não tem sua força de trabalho comprada, em relação àquela que vende, se manifesta na chamada “superpopulação relativa”, uma magnitude "relativa" do exército industrial de reserva. A complexidade contemporânea das formas “latente”, “fluida” e “estagnada” da “superpopulação relativa" se expressa na orientação da Organização Internacional do Trabalho, desde 2012, em registro e acompanhamento da chamada “subutilização da força de trabalho”. No desenvolvimento dialético do capital em forma de crise, a "superpopulação relativa" tende a aumentar com o crescimento das forças produtivas. Trata-se de uma das expressões da crise de reprodução do valor em escala ampliada, que, tendencialmente, dispensa força de trabalho. As tentativas de administração dessa crise aparecem nos constantes esforços de reorganização da compra e venda da força de trabalho. As legislações são adaptadas às formas que a crise capitalista assume em meio à diminuição, tendencial e relativa, de compra da força de trabalho socialmente disponibilizada para venda. O fenômeno global de aprovação das reformas trabalhistas, expressivo nas últimas décadas, influencia e é influenciado, em cada território nacional, pela forma de existência que a superpopulação relativa assume. Esse processo acaba por manifestar particularidades histórico-geográficas da crise capitalista, assim como do gerenciamento da diminuição relativa e tendencial de compra da força de trabalho. As recentes reformas trabalhistas, mexicana (2017 e 2019) e brasileira (2017), influenciam diretamente a realidade de pouco mais da metade da população latino-americana, que vive nesses dois territórios. As modificações na legislação brasileira indicam maior flexibilização das formas de compra e venda da força de trabalho do que as do caso mexicano que, por sua vez, aponta para um caráter mais regulatório. A combinação de alterações nas diversas leis trabalhistas, inseridas nos contextos singulares de crise do capital nesses países, tende a desdobramentos particulares na regulação da venda e compra da força de trabalho. É na circunstância da pandemia de COVID-19 que o enraizamento social dessas alterações legais vem ganhando forma ou sendo catalisado. Nesse mesmo contexto pandêmico, a superpopulação relativa, no Brasil e no México, se evidenciou conjunturalmente, de forma rápida e expressiva, sob as novas regulamentações. Explora-se e compara-se, aqui, o desenvolvimento da "superpopulação relativa", no México e no Brasil, em suas circunstâncias específicas, frente à aprovação das recentes reformas trabalhistas brasileira (2017) e mexicana (2017 e 2019).

Resumen de la Ponencia:

O objetivo principal do trabalho é identificar a influência das lutas de classe de imigrantes italianos no Brasil nos primeiros 20 anos do século XX e sua relação com os primórdios da legislação trabalhista brasileira. A partir da experiência histórica brasileira, investiga-se como a política migratória dinamizou os movimentos sociais e, consequentemente, o Direito do Trabalho. Como paradigma teórico, adotamos a análise crítica da forma jurídica buscando elementos empíricos na materialidade histórica brasileira no período analisado. Para tanto, foi feito um estudo interdisciplinar em bibliografias de três áreas do conhecimento: história, sociologia e direito, com suporte em fontes primárias, como documentos e a legislação promulgada. Resultados preliminares permitem identificar que a política migratória de atração de imigrantes italianos estimulou movimentos de classe naqueles primeiros anos de República no Brasil, o que determinou a superação da fase xenofílica anterior, quando os imigrantes eram vistos como necessários ao desenvolvimento econômico, para adentrar em uma fase xenofóbica a constituir um verdadeiro “estado de exceção” contra imigrantes, existente no Brasil até os dias atuais. Nos 20 anos estudados, que coincidem com os primórdios da exploração do trabalho assalariado e constituição do capitalismo brasileiro, verificou-se certa concretização de iniciativas de leis trabalhistas. No entanto, somente após a intensificação dos movimentos operários no final desse período, representada, especialmente, pelas greves de 1917 em São Paulo, houve maior notoriedade das reivindicações sociais das classes operárias urbanas e percepção da força da luta dos imigrantes. Em contrapartida, foi igualmente possível identificar que o atendimento dos pleitos operários pelos patrões, associado à violenta repressão dos movimentos, foi instrumento para desencaminhar suas lutas, ao transferir as reivindicações das ruas para a esfera institucional e a forma jurídica, fator importante ao arrefecimento das reivindicações de classe no nascente capitalismo brasileiro. Verificada a influência dos imigrantes italianos na conscientização e construção de uma classe operária brasileira, forjada no campo da luta e menos submissa aos patrões, o Estado brasileiro adotou como estratégia política pró capitalista, a rejeição àqueles imigrantes e a repressão jurídica à sua atuação com limitações reforçadas tanto na legislação migratória como na trabalhista.

Resumen de la Ponencia:

Neste artigo apresentamos a discussão, análise atualização dos resultados da minha tese de doutoramento que versou sobre a formação social e espacial da cidade de Fortaleza, Ceará, no qual se expôs uma proposta de periodização da cidade e foi debatido um conflito territorial contemporâneo, qual seja, a tentativa de construção da megaobra Acquário Ceará, proposta pelo governo do estado no contexto da Copa do Mundo da Fifa de 2014, que teve Fortaleza como uma das cidade-sede. Foi feito uma reflexão teórica sobre conflitos territoriais, movimentos sociais e que balizam a análise de um dos quatro principais conflitos ocorridos em Fortaleza neste início do século XXI. O objetivo deste estudo foi identificar os elementos dos chamados “espaços transitórios” ou “espaços de transição”, na formação socioespacial de Fortaleza no século XXI. Para tanto, buscou-se responder ao seguinte questionamento: que elementos presentes na produção capitalista do espaço de uma metrópole como Fortaleza apontam para a superação da própria produção capitalista do espaço? Fortaleza, enquanto núcleo urbano-metropolitano, apresenta particularidades na produção do espaço em relação aos demais municípios, e estas foram identificadas por meio do estudo dos conflitos territoriais. Levantamento biográfico, clipping, entrevistas, análise de documentos oficiais e cartografia foram algumas das técnicas de pesquisa usadas para a elaboração deste artigo. Por fim, formam identificados quatro elementos do espaço transitório nos eventos investigados: i) consciência política e ação coletiva; ii) densidade orgânica do território; iii) metamorfose dos meios técnicos; iv) presença de instrumentos de democratização da gestão pública.

Resumen de la Ponencia:

El proceso de comunicación implica la participación de un emisor, un receptor, el contexto, un mensaje y un canal a través del cual se emite el mensaje; la capacidad de comunicación que cada sujeto posee se estructura y desarrolla mediante la interacción que establece con otros sujetos que lo rodean y es un proceso marcado por el contexto, por la cultura, y por el ambiente; en este sentido el lenguaje ejerce un papel básico en el proceso comunicativo al ser una herramienta social a través del cual el ser humano establece relaciones con los otros seres humanos que lo rodean, además el lenguaje es el medio para expresar pensamientos, ideas, experiencias, y necesidades.Un ser humano que se comunica de manera comprensible con los demás se desenvuelve apropiadamente en la sociedad. Si una persona no puede comunicarse con sus semejantes, puede limitar muchos aspectos de la cotidianidad donde requiere interacción y entendimiento mutuo. En este sentido es válido acotar que, dentro del contexto escolar, de acuerdo a Ramos y Méndez (2011), los educandos desarrollan su personalidad según las influencias que reciben de las relaciones comunicativas interpersonales dentro del contexto escolar.Sin embargo, hay contextos en los que la expresión oral se ve limitada a la transmisión de mensajes por parte del docente que no favorecen eldesarrollo expresivo de los estudiantes, por ello la necesidad de mejorar el proceso comunicativo; así las cosas, en la presente investigación se observó elproceso comunicativo de estudiantes de una escuela rural del Municipio de Pasto; donde se determinó un proceso comunicativo reducido a lo ya mencionado: la transmisión de mensajes por parte del docente sin la utilización de estrategias que mejoren la capacidad expresiva de los estudiantes.Frente a la problemática expuesta, se determinó que la anécdota podría ser una estrategia eficaz para desarrollar en los estudiantes una adecuada habilidad de la expresión oral con sus compañeros y con sus docentes, dado que la anécdota, como una narración corta o extensa, puede mejorar la expresión de quien la realiza, al ser referida como algo real, significativo, una experiencia interesante o graciosa ocurrida a quien la cuenta, y que llama la atención porque contiene algo curioso.Así pues, la anécdota es una de las estrategias que permite afrontar graves deficiencias comunicativas orales que presentan los estudiantes en edades tempranas, ya que es por medio del habla que los niños mejoran su aprendizaje. Por medio de la expresión oral, los estudiantes pueden expresar los conceptos previos que tienen en sus mentes, permitiendo retener y entender con mayor facilidad la información de dichas concepciones; es por ello que se debe dar la oportunidad a los estudiantes de expresar sus propias ideas y de escuchar otras.

Resumen de la Ponencia:

               La dieta del siglo XXI en el Sur Global es una forma de desigualdad social porque el acceso limitado a nutrientes es un factor de reproducción intra e intergeneracional de la pobreza. Es un problema que involucra tanto a la seguridad como a la soberanía alimentaria y demanda un conjunto de herramientas analíticas para abordar las distintas escalas de un fenómeno que vincula las biografías con la historia. La reflexividad, entendida como la capacidad del actor de monitorear, evaluar y modificar sus acciones mientras las ejecuta, es un concepto clave de la Modernidad tardía (Giddens, Beck, Lash) que tiene importantes consecuencias en la elección de aquellos alimentos cotidianos.

            Este trabajo analiza la malnutrición a partir de las prácticas alimentarias del actor que son parte de un contexto donde se reduce de forma significativa el carácter omnívoro de la dieta (Fischler). Los alimentos ultraprocesados adquieren mayor participación en la dieta y cuestionan las lógicas reflexivas porque están diseñados para gustar a bajo costo (Proctor y Cross, 2014; Winson, 2013). Es el resultado de una elección mayormente determinada desde la oferta, donde la planificación de la nutrición y la construcción de las identidades alimentarias pasan a un segundo plano. Este panorama alimentario exige identificar y caracterizar  límites o dobles de la reflexividad que es una cuestión muy poco trabajada por la sociología contemporánea, porque prioriza los aspectos potenciales de un concepto que se define como ilimitado.

            Los límites o las tensiones asociadas a las prácticas reflexivas en relación con la alimentación permiten explicar la generalización de dietas caracterizadas por la gran densidad calórica y la baja calidad nutricional. Los alimentos ultraprocesados desplazan a los frescos como el principal aporte calórico de las dietas desde finales del siglo XX (Bray y Popkin, 1998; Otero, 2018; Clapp e Isakson, 2018; Mc Michael, 2014). Calibrar los límites y las contradicciones inherentes a la formación de las identidades y culturas alimentarias del siglo XXI, no soslaya el papel ejercido por una reflexividad que, operacionalizada en tiempos y espacios específicos, resulta clave en el diseño de soluciones alimentarias que permitan la inclusión social. La co-construcción de estas soluciones permite el acercamiento de productores y consumidores, atendiendo las estrategias capaces de analizar, debatir y mitigar la desigualdad nutricional. Las calorías a bajo costo de la oferta industrializada son gustosas pero incrementan el impacto del hambre en la población. La sustentabilidad de las estrategias, necesarias para la seguridad y soberanía alimentaria demanda la implementación de prácticas reflexivas instituidas por fuera de los límites que imponen las grandes empresas transnacionales de la alimentación. Con este objetivo se presentan en este estudio un conjunto de herramientas teóricas como insumo en la lucha contra la malnutrición.

Introducción:

La dieta del siglo XXI en el Sur Global es una forma de desigualdad social porque el acceso limitado a nutrientes es un factor de reproducción intra e intergeneracional de la pobreza. Es un problema que involucra tanto a la seguridad como a la soberanía alimentaria y demanda un conjunto de herramientas analíticas para abordar las distintas escalas de un fenómeno que vincula las biografías con la historia. La reflexividad, entendida como la capacidad del actor para monitorear, evaluar y modificar la realidad social y sus acciones mientras las ejecuta, es un concepto clave de la Modernidad tardía (Beck, Giddens y Lash, 1994) que tiene importantes consecuencias en la elección de aquellos alimentos constituyen la dieta cotidiana.

            Este trabajo analiza la malnutrición por exceso a partir de las prácticas alimentarias del actor en un contexto donde se reduce de forma significativa el carácter omnívoro de la dieta (Fischler, 1995). Los alimentos industrializados adquieren mayor participación en la dieta en detrimento de frutas y verduras. Es un proceso denominado “transición nutricional” (Bray y Popkin, 1998) que también pone en cuestión las lógicas reflexivas porque en la oferta hay cada vez más alimentos que están diseñados para gustar a bajo costo (Proctor y Cross, 2014; Winson, 2013), escindiendo a su vez las dietas de sus consecuencias para el cuerpo y la salud de los individuos. El modo en que se incorporan estos alimentos a la vida cotidianos interpela, en el marco de la sociología de la alimentación, los alcances y las aristas de la reflexividad como hecho cultural de las sociedades tardo-modernas (Giddens, 2015; Beck, 1996). Remarcar los límites o contradicciones asociadas o inherentes a las prácticas reflexivas contemporáneas es clave para explicar la expansión de dietas con gran densidad calórica y la baja calidad nutricional que se convierten en factores de exclusión social pero que también internalizan preferencias en los actores que incrementan la desigualdad socio-alimentaria. 

Desarrollo:

El encuadre teórico metodológico se enmarca en la reflexividad como  una característica principal de la modernidad tardía. Sus variantes y contrapuntos -o dobles- permiten analizar la complejidad de los fenómenos sociales contemporáneos. La malnutrición por exceso puede ser abordada desde la reflexividad porque esta herramienta analítica permite incorporar la perspectiva del actor en el vínculo social que se establece con los alimentos. En la conformación de la dieta intervienen prácticas reflexivas al momento de definir qué, cómo, cuándo y con quien comer. Sin embargo esta elección también está determinada por esos contrapuntos que conforman la reflexividad.

La investigación sociológica es abordada como una “totalidad”, cuyas “partes” o “momentos” (Torres, 2021) –desde la formalización de supuestos y el diseño teórico-conceptual hasta las observaciones y conclusiones empíricas– se encuentran en una relación dialéctica. Este imperativo holístico-sintético propone superar los reduccionismos teoricistas y empiristas, donde el pensamiento sociológico es una práctica permanente que abarca desde sus presupuestos más generales hasta las clasificaciones más simples de la realidad social  (Alexander, 1989). Estas “revisiones” permiten a los sistemas teóricos sociológicos abordar la importancia social que tienen las interacciones de la vida cotidiana, aún las que se consideran más “automáticas” o repetitivas. 

Para explicar el diseño y la mutación de las identidades y prácticas alimentarias del siglo XXI objetivadas en formas diversas de malnutrición (por excesos, inhibiciones, etc.), es necesario enriquecer la teorización sociológica a partir de la reflexividad -incluida la autorreflexividad- con sus “dobles” o “contrapuestos” (Blacha y Torterola, 2021). Dada la estructura compleja y dinámica de la vida sociocultural actual, es necesario que estas herramientas teóricas sean puestas a prueba y –eventualmente–  reformuladas (Beinhocker, 2013). Para Anthony Giddens, la “reflexión de la vida moderna consiste en el hecho de que las prácticas sociales son examinadas constantemente y reformuladas a la luz de nueva información sobre esas mismas prácticas”, hecho que “altera su carácter constituyente” (Giddens, 2015: 46; Torterola y Blacha, 2021: 50-52). 

Para los teóricos de la modernización reflexiva, la permanente retroalimentación entre pensamiento-observación-acción a la que alude Giddens se ha radicalizado. Sistemas sociales e individuos cotidianamente examinan y someten a revisión la información disponible, sus trayectorias, metas y expectativas así como también se ha socializado tal ejercicio. La reflexividad no puede entenderse ya como un patrimonio exclusivo o cuasi-exclusivo de los “sistemas expertos” (científico-técnicos) o las “vanguardias” (políticas, artísticas, intelectuales), sino que se entiende como una práctica generalizada, mediante la cual los sujetos se autoperciben como  agentes sociales (Paladino, 2011; Costa, 2004; Beck, 1996).   

De acuerdo con  Lash (2001), es posible afirmar que la definición y el empleo adecuado del concepto reflexividad requiere tanto calibrar sus “variantes” –cognitiva, estética y ética (Lash, 2001)– como problematizar su capacidad explicativa del mundo contemporáneo. En la modernidad tardía, la información sólo es válida hasta nuevo aviso y los “actores” (individuos o colectivos sociales) monitorean (y eventualmente resignifican y rediseñan) sus identidades –y sus dietas– de acuerdo a este carácter “actualizable” de los vínculos sociales (Dyke, 2009). Sin embargo, esa capacidad de monitoreo también encuentra límites.

Son múltiples los patrones sociales que influyen en la percepción y apropiación social de los alimentos, con los cuales los consumidores mantienen un registro reflexivo. Es un proceso abierto, donde el hogar y la infancia moldean las preferencias pero también las interacciones sociales de la vida cotidiana pueden cambiarlas (Paladino, 2011). La influencia de la industria alimentaria en las últimas décadas del siglo XX es un buen ejemplo de esta flexibilidad en cómo se interpreta un alimento y cómo se determina el  impacto sociocultural de su ingesta (McKenzie y Watts, 2021: 14). La reflexividad permite destacar la influencia social en las preferencias subjetivas y sus “razones”, conviertiéndose en una herramienta analítica muy útil para identificar las estrategias implementadas por el actor en la construcción social de “su” dieta. Es un límite que impone la industria, que los actores no perciben como tal.

La sociología de la alimentación no sólo constituye un campo sugestivo para dimensionar y calibrar las formas de la modernización reflexiva. También afecta la problematización de sus herramientas teóricas y sus diagnósticos específicos. En tal sentido, se identifican dos límites constitutivos de la categoría y sus implicancias para el estudio de la realidad psicosocial o cultural contemporánea porque actúan como fundamento de las elecciones alimentarias tanto en la escala social como en la subjetiva. 

              El primer límite es la forma-contradictoria, que recala en el reconocimiento de los “dobles articulados” –o negaciones y/o impugnaciones– del concepto en cuestión. Las sociedades tardomodernas son tanto reflexivas como irreflexivas porque generan ámbitos, reglas y recursos que estimulan la autonomía subjetiva pero también la condicionan.  Es un contexto donde las certezas conviven con las incertidumbres como parte de la vida cotidiana (Lamo de Espinosa, 1990). La disminución del umbral del riesgo a través del consumo diario de información y el establecimiento de “regímenes” alimentarios, coexiste con la emergencia de nuevos riesgos (Giddens, 1999: 165). Es lo que sucede, por ejemplo, con el ultraprocesamiento o las informaciones erróneas o parciales disponibles en las redes digitales. Al interior de esta variante-límite o antinómica se encuentra la paradoja: la reflexividad se desenvuelve, en las biografías subjetivas o colectivas contradictoriamente; se operacionaliza a través del contrasentido. Señalar esta primera forma “contra-reflexiva” tiene por objetivo primordial articular la reflexividad al carácter contingente, ambiguo, del devenir social o las trayectorias individuales, propósito en diversas ocasiones señalado, por cierto, por los propios teóricos de la modernización reflexiva. 

El segundo límite, la forma-incompleta, señala que la reflexividad no se institucionaliza por igual en todos los territorios, estructuras o esferas sociales. Puede concebirse a la reflexividad como un “bien” o una “capacidad” distribuida desigualmente. Existen entonces territorios, grupos, individuos (diferenciados por clase, edad, pertenencia étnica-cultural, etc.) parcialmente “tocados” o “no alcanzados (y que por razones estructurales tampoco podrían llegar a estarlo) por las bondades de la reflexividad” (Blacha y Torterola, 2021: 59). Los individuos de la modernidad radicalizada tienden a cultivar una mayor disposición hacia la exploración y experimentación activa de alimentos que ofrece la industria alimentaria. Sin embargo, esta capacidad reflexiva también se caracteriza por la internalización de límites. El rol del comensal moderno que establece vínculos activos con los productores, pasa a reconfigurarse como un consumidor tardomoderno que cada vez tiene menos capacidad de influir en la composición de su dieta porque ésta se vuelve más dependiente de la oferta.

Identificar, dimensionar y caracterizar tanto la forma-contradictoria como la forma-incompleta, en relación dialéctica con la reflexividad, supone caracterizar a la modernidad tardía y sus procesos constitutivos como un modo complejo, abierto y ambivalente de organización y experiencia social. Se propone abordar la modernidad contemporánea y su desenvolvimiento desde un enfoque situado, contextual, inductivo. Los límites permite explicar cómo ciertas prácticas se convierten en sustento de las decisiones alimentarias aún cuando no resuelven problemas de base. 

El análisis de la alimentación tiene importancia sociológica porque está influenciado tanto por lo que se come, por quien lo hace y donde se realiza el acto alimentario (Köster, 2007). Es parte de un abordaje transdisciplinar que incluye aspectos biológicos, fisiológicos, culturales, económicos, políticos y sociales que se combinan para hacer de la dieta un factor de desigualdad social. Las cuestiones biológicas, como el balance energético, determinan cuáles son los alimentos que permiten al cuerpo seguir funcionando (Lupton, 1996). También influyen características fisiológicas, como la imposibilidad de digerir la celulosa de algunos alimentos (Seldes, 2015; Campillo Álvarez, 2015). Tampoco deben minimizarse los aspectos psicológicos de la alimentación que apelan tanto a los estímulos  como al proceso biográfico de constitución del comensal y sus emociones (Franchi, 2012). Estas preferencias también dependen del entramado social y de las distintas identidades culturales, de género, de status y económicas que apelan tanto a quien come y dónde como parte del monitoreo reflexivo de la dieta. 

Por ejemplo en las metrópolis globales latinoamericanas, la reflexividad encuentra fuertes contrapuntos –aunque no sólo en ellos– por un lado, en la difusión de la posmodernista satisfacción hedonista e inmediata de la alimentación asociada al placer, el confort, el snackeo o la inconsistencia gastronómica. La dieta se transforma así en un campo de batalla entre el principio-de-realidad (la reflexividad permite clasificar, organizar y controlar las conductas) y el principio-placer o, más aún, el principio-practicidad o simplicidad (en los cuales, v. gr., las consecuencias riesgosas pueden ser reconocidas pero no determinantes en actitudes alimentarias). 

Como parte de este proceso se consolida un doble reflexivo donde no puede haber afinidad entre una subjetividad descentrada y hedonista (Bericat Alastuey, 2003) y las prácticas alimentarias que –fruto de sus límites– llevan a la irreflexidad. El individuo utiliza como guía aquellos alimentos que generan placer, saciedad y atracón, como forma característica de la comensalidad. En contrapartida, la alimentación saludable, nutritiva y equilibrada pasa a ser etiquetada como “aburrida”, “insípida”, “escasa” porque carecen del sabor que se espera encontrar en base a consumos precedentes. Los límites a la reflexividad también se encuentran en la conformación del paladar, como un gusto social y culturalmente adquirido que constituye la identidad del comensal aislado del siglo XXI.

En paralelo a esta antinomia o pugna entre “valores culturales”, se desenvuelve otra en la cotidianeidad de un hogar de renta media o media-baja metropolitano. Los adultos pueden percibirse desbordados por las responsabilidades laborales, familiares y domésticas donde la reflexividad “teórica” (que traza una “hoja de ruta” sobre qué comer, por ejemplo) parece mantener una relación paradójica con una racionalidad “práctica” (lo que, efectivamente, y en parte más allá o prescindiendo de tal brújula, sucede en el día a día). En el caso de los alimentos, aun cuando los sujetos son conscientes de las consecuencias positivas y negativas, directas e indirectas que genera una dieta poco saludable (en el cuerpo, el estado de ánimo, etc.), tal registro puede verse superado por las cargadas agendas cotidianas. 

Ciertos valores e ideales alimentarios diseñados (v. gr., dieta sana, balanceada y reducida en grasas, transgénicos, carbohidratos; la ingesta pausada o parsimoniosa requerida para optimizar la digestión, etc.) encuentran así una contracara en la imagen de la gastro-anomia sobre la que teoriza Claude Fischler (1995); pero también en la ideología del comensal aislado (Aguirre, 2004) que interactúa con una oferta limitada que también influye en el marco de referencia y en la percepción para tomar “buenas” decisiones alimentarias. Es parte de “una individuación en el sentido de la atomización de consumidores normalizados, en «nichos de mercado»” (Lash y Urry, 1998: 160).

A su vez, la racionalidad económica impone ciertos límites o cuanto menos condicionantes al ejercicio fáctico de la reflexividad, dada su voluntad de colonización del mundo de la vida. Por ejemplo, la productividad intensiva por hectárea promovida por el agronegocio tiene por efecto una ampliación de las desigualdades sociales en relación con el acceso a nutrientes: tal modelo produce commodities que priorizan la oferta sobre la accesibilidad nutricional (Blacha, 2022). Las mercancías ultraprocesadas pueden pensarse aquí como un dispositivo que consolida y profundiza las brechas entre “ricos” y “pobres” en nutrición. 

La legitimidad del modelo se asienta en buena medida a través del reconocimiento, por parte de los consumidores de la relación positiva entre valor-de-uso y valor-de-cambio: a un costo económico bajo se obtiene gran densidad calórica y sensación de saciedad inmediata. Con ello, la ecuación instrumental típica de la modernidad simple, centrada en la relación medios-fines, gana terreno frente a la ecuación reflexiva de la modernidad compleja, sensible a revisar los objetivos  pero también a evaluar y sopesar consecuencias (Beck, 1996). Tal legitimación se traslada a la esfera cultural, en la cual se asocia a la mercancía ultraprocesada con lo resolutivo, práctico, sencillo, sabroso y hasta amigable, para quienes, por ejemplo, no tienen tiempo para cocinar.

La tensión entre libertad y constricción que guía la conformación de la dieta en la modernidad tardía también influyen las expectativas (Delormier et. al 2009). Las paradojas de la reflexividad también afectan a estas expectativas, en tanto posibilitan que una elección condicionada (sugestionada, inducida, facilitada) “desde afuera” se “siente” como propia (Lash, 2001). Tal es el caso de las calorías a bajo costo de la oferta industrializada que son gustosas pero incrementan el impacto del hambre en la población porque abarca tanto situaciones de carencia (de nutrientes) como de exceso (de kcal).  El vínculo con los alimentos da cuenta, tal vez como ninguna otra expresión, de estos límites a los que está sometida la reflexividad porque ésta actúa como un fundamento de esas elecciones “personales”. 

En el caso argentino la mayor incidencia de la obesidad entre las enfermedades crónicas no transmisibles (ECNT) pareciera cobrar independencia de la situación macroeconómica del país. La oferta alimentaria actúa como un límite a la reflexividad que se va a combinar con distintos discursos sobre “qué comer” y con las prácticas que inciden en la percepción de los alimentos (Butler, 2018). Pero, por otro lado, la obesidad  (IMC ≥25) trasciende los condicionantes socioeconómicos, y puede ser abordada como parte del proceso de construcción social de las identidades de los comensales a partir de un monitoreo reflexivo de la dieta. En especial cuando se obtienen más kcal por menos dinero y en un formato más amigable con los estilos de vida de las grandes ciudades. La combinación de estos factores actúa como un límite a la reflexividad que fundamentan nuevas formas de hambre sustentadas en un acceso desigual a nutrientes (Bielaski, 2013). 

Los aspectos calóricos de la seguridad alimentaria permiten identificar límites dentro de la reflexividad. El desacoplamiento entre una reflexividad “teórica” o “discursiva” y una desorganización “práctica” también afecta a los elementos que los actores ponen en juego para definir su alimentación. El resultado es un abordaje de tipo reduccionista que minimiza el impacto social de estas prácticas que nunca son totalmente subjetivas. Es la libertad de elegir dentro una oferta que está condicionada de antemano por la industria. Desde estas paradojas de la reflexividad es posible explicar cómo el hambre modifica sus componentes sin dejar de ser un problema social que todavía no ha sido resuelto. Ya no es una cuestión de productividad que limita la oferta sino que se enmarca en la distribución de los alimentos como el principal  factor que determina la acccesibilidad a nutrientes. Estas transformaciones no siempre son tenidas en cuenta por las políticas públicas que proponen una dieta saludable pero que no incorporan estrategias para reconstruir los vínculos sociales entre productores y consumidores. 

En un contexto de gran densidad calórica y baja calidad nutricional, las prácticas reflexivas del consumidor ponen en juego distintos tipos de saberes que proponen tanto la ruptura de reglas establecidas (Lash y Urry, 1998) –que llevan a rutinas automatizadas– como la incorporación de culturas alimentarias que remiten a nuevas recetas, productos y técnicas culinarias. Dentro de las estrategias involucradas para consolidar una dieta “saludable” se busca controlar riesgos pero, al mismo tiempo, el actor debe reconocer su desconocimiento de las formas de producción así como los efectos que los productos industrializados tienen en el cuerpo humano. Como parte de la reflexividad los individuos también establecen reglas para salirse de esa alimentación deseable (McKenzie y Watts, 2020). Es un elemento más del  monitoreo reflexivo de la acción que resulta central para convertir a la dieta en un factor de inclusión social porque permite reconocer la influencia del gusto en tanto construcción social. También facilita el acercamiento de productores y consumidores, atendiendo a estrategias capaces de analizar, debatir y mitigar la desigualdad nutricional. Es así como un concepto teórico central para la sociología contemporánea permite incorporar la investigación de la vida cotidiana y complejizar el impacto de los conocimientos -legos y expertos- que los actores utilizan para constituir su dieta. Estas herramientas también deberían incluirse en la lucha contra el hambre porque juegan un rol clave en la co-construcción de soluciones alimentarias. 

Conclusiones:

Los consumidores reflexivos de finales del siglo XX tienden a desplazar progresivamente la preocupación por el acceso a los alimentos para enfocarse en su calidad y en el impacto que tienen en el cuerpo. La creciente asimetría entre productores/consumidores y quienes se encargan de vincular a ambos –las grandes empresas transnacionales de alimentos– imponen un límite al monitoreo reflexivo de la ingesta. En especial cuando la alimentación cotidiana pareciera buscar un equilibrio entre lo saludable y el disfrute que no ponga en cuestión una (auto)imagen “bella”, “delgada”, “armónica” del cuerpo. Las articulaciones a las que debe responder una dieta en el siglo XXI muestran las tensiones entre el carácter habilitante de la reflexividad, así como las constricciones a la que se ve sometida. 

            Hay límites internalizados que toman la forma de esquemas individualizados de percepción, apreciación y apropiación o consumo. En última instancia, este consumidor reflexivo termina siendo un comensal aislado que es una construcción de la industria alimentaria. En los alimentos, consumo e identidad parecieran haberse escindido, convirtiendo el acceso a nutrientes en una forma de desigualdad social que potencia las ya existentes. Es parte de lo que Claude Fischler (1995) denomina una gastroanomia y en donde la industria alimentaria interviene para imponer significados en sus productos homogéneos (Warde, 2016). El desafío para las ciencias sociales es cómo generar inclusión desde la dieta, reconstruyendo los vínculos reflexivos entre productores y consumidores (pero también autorreflexivos, en lo que concierne a los sujetos-objeto de la observación-evaluación).

            Con este objetivo cobran especial importancia las “soluciones alimentarias”. Un conjunto de prácticas institucionales, tecnológicas (de producción agropecuaria, de conservación, de inocuidad y distribución), artefactos/alimentos e interacciones sociales que se orientan a resolver  de forma colectiva el problema del hambre y la malnutrición por exceso. El monitoreo reflexivo de la conformación de la dieta, en tanto práctica social alimentaria, permite identificar las alianzas entre los distintos actores que generan -o impiden- el funcionamiento de estrategias orientadas a incrementar la accesibilidad a nutrientes. Los límites de la reflexividad son parte de estos condicionantes donde el vínculo con los alimentos es parte de una combinación de factores económicos, socio-culturales, tecnológicos y ambientales. La multiplicidad de saberes y estrategias que entran en juego van a influir tanto en la percepción de los alimentos como en las estrategias para acceder a ellos, combinarlos, cocinarlos y disfrutarlos. 

            Incorporar el monitoreo reflexivo de la acción a las soluciones alimentarias es una forma de involucrar al consumidor –que la industria aborda como aislado, pasivo, normalizado– dentro de las estrategias que determinan la incorporación de un alimento en la dieta cotidiana. También es parte de la sustentabilidad de la propuesta porque los comensales pueden compartir sus prácticas para convivir con la tensión entre “salud” y “hedonismo”. Es también un punto de partida -que será abordado en futuros trabajos- para promover nuevos vínculos a partir de estas estrategias que buscan hacer del acceso a nutrientes una forma de inclusión social. 

Los límites de la reflexividad permiten reconocer el carácter condicionado de la elección alimentaria que genera nuevas formas de hambre. Esta combinación de carencia y exceso incrementan las desigualdades sociales preexistentes que, como resultado de la influencia de los dobles reflexivos, son percibidos como irresolubles. La reconstrucción de vínculos sociales y la conformación de alianzas entre distintos grupos de actores –productores, consumidores, distribuidores, cocineros, policy makers– son parte de las soluciones alimentarias, no mediadas y colonizadas por la racionalidad económica. Un abordaje reflexivo (de naturaleza ético-moral) permite destacar la elasticidad de las preferencias alimentarias cuando están acompañadas por prácticas sociales, identidades culturales y estilos de vida que permiten acceder a nutrientes como una forma de inclusión social. Desde esta perspectiva el hambre nunca puede ser un problema individual, subjetivo, aislado sino que refleja las asimetrías sociales contemporáneas. El desafío es cómo re-configurar estos vínculos sociales para combinar gusto, calidad nutricional y accesibilidad. 

Bibliografía:

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Palabras clave:

Reflexividad – Malnutrición – Soluciones alimentarias

Reflexividade – Desnutrição – Soluções alimentares

Reflexivity – Malnutrition – Food solutions

Resumen de la Ponencia:

El gusto interviene en el comer, es una condición fisiológica pero la cultura construye y reproduce en un esquema simbólico independiente de la conciencia. Cuando se evalúan sensorialmente a los alimentos múltiples condicionantes influyen en la dinámica humana. Para determinar si los factores sociodemográficos modifican la aceptabilidad de un producto agroecológico, y sustentable como las limonadas endulzadas con Stevia variedad criolla, se realizó un panel de evaluación sensorial (prueba de aceptabilidad de 7 puntos) y una encuesta que incluía: edad, género, país de nacimiento y presencia o no de enfermedades en personas que conforman la comunidad UNLa en octubre del 2018. Los jueces probaron dos muestras elaboradas con dos técnicas de extracción de glicósidos de Stevia responsables del dulzor, solución hidroalcohólica e infusión de Stevia. Luego de la degustación completaron la encuesta. La muestra (n=56) quedó representada por 17,86% de adolescentes y 82,14 % adultos. La mediana de edad fue de 28,5 años. El género quedó conformado por un 73,21% de población femenina. En cuanto el país de nacimiento, el 94,64% nacieron en Argentina, los restantes nacieron en Paraguay, Australia y México. El 87,5% no refirió padecer enfermedades. Analizando estas variables en conjunto con la aceptabilidad de las limonadas en cuanto a la edad, tanto para los adolescentes como adultos la limonada endulzada con infusión de Stevia presentó más valores positivos. Si se analiza según género se plantean los mismos resultados. En cuanto al país de nacimiento, las limonadas endulzadas con infusión de Stevia presentaron mayor aceptación en los nacidos en Argentina, en cuanto a los tres restantes nacidos en el exterior no hubo diferencias entre las limonadas. La media para aquellas personas que refirieron enfermedades en cuanto a las dos limonadas evaluadas, no presentó diferencias. Aquellos que no nombraron enfermedades manifestaron para la infusión de Stevia una media superior. En base a lo antepuesto, en este trabajo no se evidenciaron diferencias intra edad y género. Se puede observar, una igualdad en el gusto por las dos limonadas según la nacionalidad extranjera y en aquellos que no presentan enfermedades. La limonada endulzada con infusión de Stevia presentó mayores apreciaciones positivas, pudiéndose deber a la familiaridad y al fenómeno cultural de tomar té o mate dulce de hierbas, ya que sensorialmente se asemeja a estas características. Esto se correlaciona con los aprendizajes primitivos de los gustos alimenticios, los que más tiempo sobreviven al alejamiento o al derrumbamiento del mundo natal (el mundo de los gustos primordiales y los alimentos originarios) y cuya nostalgia se mantiene de forma más duradera (Bourdieu, 1972). Esta investigación es una primera aproximación a aquellos condicionantes de las preferencias alimentarias, en especial en los alimentos dulces, dejando una matriz para continuar en las futuras intervenciones. 

Resumen de la Ponencia:

Com o fim do ciclo das commodities dos anos 2000, em 2014, se encerra o ciclo de crescimento das economias agroexportadoras da primeira década deste século. Neste cenário, o petróleo sofre queda expressiva de seus preços, afetando seus países produtores, principalmente os países latino-americanos, que haviam percorrido um expressivo ciclo de desenvolvimento no período anterior. Esse recente contra-choque do preço do petróleo acarretou em prejuízos às empresas estatais, desestruturação do setor e redução da renda dos Estados, protagonizando importantes eventos que marcam o desenvolvimento dos conflitos econômicos e políticos atuais dos países exportadores. Entretanto, se a queda dos preços é identificada como a inauguração da crise econômica e política na América Latina, a subsequente elevação dos preços observada a partir de 2016 nada mais faz do que aprofundar a crise na região. As consecutivas elevações dos preços internos dos produtos derivados do petróleo, como o gás de cozinha, o diesel e a gasolina, reduzem o custo de vida da população e reverberam em revoltas massivas em torno do preço dos combustíveis em todo subcontinente, alcançando, em 2022, os contornos de uma crise energética mundial, com oscilações de preços comparáveis aos que seguem com os choques do petróleo (1973 e 1979). Assim, considerando (1) o caráter persistente e estrutural da atual crise mundial desde 2008, o papel central que o petróleo exerce dentro da produção e circulação capitalista; (2) a dimensão e a concentração do capital que envolve essa indústria e (3) a estrutura desigual que marca as relações comerciais entre os países dentro da economia mundial, essa pesquisa realiza uma discussão tendo como problemática central a aguda contradição entre o desenvolvimento da capacidade produtiva de petróleo da região e a crescente incapacidade de consumo de seus derivados por parte da população latino-americana. Busca-se observar, na prática, mecanismos de transferência de renda intra-capitalistas diante de um cenário de esgotamento dos mecanismos gerais de acumulação do capital global. 

Descripción de la Publicación académica:

La anécdota como estrategia didáctica para solventar las dificultades en la expresión oral de los estudiantes de primaria.

Resumen de la Ponencia:

El aumento del movimiento de (ciertos) cuerpos a través de las fronteras nacionales como efecto de la globalización ha posibilitado la diversificación de la oferta y la demanda de sexo en contextos turísticos, lo que exige ampliar las perspectivas analíticas a partir de las cuales se intenta comprender cómo se inserta un lugar específico en el mercado internacional del sexo y por qué. La literatura existente sobre el tema plantea diversos factores a partir de los cuales se podría explicar esto, entendiendo que hablar de turismo sexual implica hablar de lugares transnacionales, donde se localizan procesos globales caracterizados en la actualidad por un acceso masivo a la información y una ampliación de redes transnacionales que facilitan la movilidad de personas de un país a otro con el (tal vez no único) propósito de encontrar una determinada oferta sexual. En este sentido, la mirada sobre los imaginarios que se construyen alrededor de los lugares de turismo sexual y quienes los habitan cobra especial importancia, dado que, como han demostrado investigaciones previas en el Caribe, el Sudeste asiático y Brasil, por ejemplo, el turismo sexual está comúnmente asociado a la exotización de cuerpos y prácticas en lugares determinados. Dichos imaginarios responden a representaciones del cuerpo, la sexualidad y las relaciones sociales caracterizadas por una mercantilización del cuerpo, casi siempre femenino, al presentarlo como atractivo turístico u objeto de consumo. Estas representaciones no solo pueden encontrarse en la publicidad, sino que van desde la literatura y el cine hasta blogs y sitios de internet destinados al encuentro de turistas entre sí, con intermediarios o directamente con mujeres, en búsqueda de determinada oferta sexual que no se limita a la prostitución tradicional, sino que involucra una serie de intercambios en los que el pago parece no ser explícito. Este tipo de prácticas desdibujan las fronteras de lo que típicamente se identifica como turismo sexual. El caso de Medellín resulta interesante debido al imaginario que se ha construido alrededor del auge del narcotráfico en la ciudad a finales del siglo pasado, relacionado con prácticas de ostentación, dominación y violencia que ubican a las mujeres en un rol de ornamento sexual, a partir del cual ha surgido el turismo asociado al narcotráfico, el consumo de drogas y el sexo. En este sentido, esta ponencia se plantea analizar las imágenes y discursos difundidos a partir de varios medios virtuales (blogs, sitios web, canales de YouTube, etc), como parte de una investigación más amplia sobre prácticas, cuerpos y espacios del turismo sexual en Medellín.  Específicamente, se busca entender cómo estos tres conceptos se relacionan con los imaginarios de la ciudad como destino para el turismo sexual en la actualidad, teniendo como metodología el análisis de contenido.   

Resumen de la Ponencia:

El objetivo de este trabajo es analizar desde la sociología de los alimentos las nuevas formas de hambre del siglo XXI que convierten a la dieta en un factor de exclusión social. Es una coyuntura donde la industrialización tiene cada vez mayor presencia en la alimentación cotidiana. El hambre  va a combinar la carencia (de nutrientes) con el exceso de (calorías) desafiando la efectividad de las recetas tradicionales para combatirlo. También van a verse afectados los vínculos entre productores y consumidores de alimentos.            El modelo de agronegocios -que además del monocultivo incluye al feed-lot y a la industria forestal- incrementa las calorías (kcal) disponibles y reduce su costó económico. Sin embargo, estos cambios en la oferta dificultan el acceso a nutrientes aún en países que son roductores muy eficientes de bienes primarios agropecuarios para el mercado mundial. Es así como los saltos en la productividad por hectárea que se producen en Argentina a finales del siglo XX agravan y complejizan el problema del hambre. La apertura neoliberal que se implementa en la región consolida una dieta que reduce de forma significativa su carácter omnívoro. (Otero, 2018) La re-definición de identidades sociales y la pérdida de capacidad explicativa de las normas que guiaron la conformación de la dieta, llevan a una gastro-anomia que explica la pérdida de soberanía alimentaria (Fischler, 1994).             El resultado es una oferta abundante en kcal pero con nutrientes degradados (Winson, 2013). La evolución de la oferta y la accesibilidad alimentaria van a presentar caminos divergentes que  caracterizan al hambre en el siglo XXI. Los actores sociales, por su parte, deben adaptarse a esta coyuntura utilizando discursos  y prácticas que producen tensiones al definir una “buena comida”. En especial cuando los alimentos industrializados se presentan como más convenientes, más ricos y mejor adaptados a las capacidades culinarias de los comensales aislados del siglo XXI. Las góndolas de los supermercados son parte del agronegocio porque la oferta alimentaria industrializada se adapta a estos espacios de consumo masivo que borran identidades sociales.             Esta oferta separa nutrición de sabor. El “flavor” de los alimentos es una  experiencia sensorial compleja  que combina las percepciones organolépticas con la consolidación social de los comensales. Una herramienta qu pemite abordar identidades y fundamentar “elecciones” condicionadas que convierten a la malnutrición por exceso en una forma de desigualdad social. Identificar y caracterizar las nuevas formas de hambre  del siglo XXI es indispensable para diseñar e implementar soluciones alimentarias con impacto social. El “flavor” es clave para asegurar  su sustentabilidad de las soluciones alimentarias, generando vínculos sociales entre productores y consumidores que incrementen el carácter omnivoro de la dieta. 

Resumen de la Ponencia:

La presente propuesta se basa en describir la creación del discurso de la Cooperación Internacional para el Desarrollo (CID) y de la cooperación Sur-Sur (CSS) como parte de un mismo proceso histórico. Ambas, forman parte del proceso de cooperación Latinoamericano desde donde se ha contribuido a la construcción de alternativas desde el Sur para resolver la crisis sistémica actual. El recorrido histórico de esta cooperación converge en un momento crucial en el que se requieren propuestas y soluciones a la crisis derivada de la pandemia de la Covid-19 , cuyas tendencias no son nada favorables según la perspectiva de estancamiento de los Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS) y la importancia de una recuperación hacia 2030.Desde esta perspectiva, la cooperación Sur-Sur ha sido presentada como un nuevo paradigma de la cooperación para transformar las condiciones estructurales en los países del Sur, donde América Latina es una de las regiones que más impulso le ha dado a través de los organismos multilaterales. Durante la declaratoria de la pandemia, la CSS se convirtió en una oportunidad de restructuración de la ayuda internacional sin ser solo receptores, la reacción más dinámica fue realizada por la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC), asegurando un acuerdo de diálogo y concertación regional sobre la asistencia sanitaria y la compra de vacunas en conjunto con otras regiones, principalmente guiada por sus foros extrarregionales con la Unión Europea y con China. El desafío de recuperación en la pospandemia se irá conjuntando con la emergencia de más crisis que atenten contra la seguridad internacional tanto económica y financieramente como en el ámbito de la vida misma. Por lo cual, rescatar las experiencias y aportaciones desde la región permite vincular hoy la reacción de la CELAC, desde donde abre la posibilidad de relanzar una nueva cooperación ante el debilitamiento de otros foros regionales, romper y dar continuidad a un sistema de cooperación para replantear las relaciones sociales para con la naturaleza y con la cuestión de las finanzas, y por lo tanto, generar alternativas que posibiliten la búsqueda del bienestar común latinoamericano.

Resumen de la Ponencia:

Tras el golpe militar de 1973 las instituciones desde donde se habían desplegado las ciencias sociales en Chile fueron intervenidas por los militares, persiguiendo y expulsando a profesores, estudiantes y personal no académico, cerrando sus carreras y reduciendo significativamente sus presupuestos. La Sociología en particular, fue estigmatizada y sometida a estricta vigilancia, transformando radicalmente su práctica y ejercicio. Además, junto a estos procesos, se impuso un nuevo modelo, de carácter neoliberal, a la educación superior que hasta el presente supedita su desarrollo a las exigencias y posibilidades del mercado. Frente a ese proceso de intervención y desmantelamiento de la disciplina, se generaron espacios de resistencia académica, como el Instituto Superior de Arte y Ciencias Sociales, que alentaron debates y perspectivas contrahegemónicas. Estas iniciativas precisan ser atendidas en el marco de un trabajo de historización y reflexividad de la sociología chilena y latinoamericana, que dé cuenta de la complejidad de su construcción y permita comprender mejor la relación entre la producción de conocimiento científico en la región y sus condiciones de producción. En esta ponencia se exhiben los resultados preliminares del ejercicio de reconstrucción histórica y análisis sociológico del desarrollo de la sociología en el Instituto Superior de Arte y Ciencias Sociales —predecesor de la Universidad de Arte y Ciencias Sociales (ARCIS)— entre los años 1985 y 1991; examinando también el rol del Centro de Investigaciones Sociopolíticas (CISPO), espacio de investigación crítica alojado en el Instituto, vinculado estrechamente al Partido Comunista Chileno. La investigación se llevó a cabo por medio del trabajo de archivo y de entrevistas semi-estructuradas a actores claves del proceso. A través del análisis de contenido y haciendo uso de algunas de las herramientas teóricas de Bourdieu, los resultados sugieren que, en plena dictadura, en dicho Instituto se congregó una intelectualidad y militancia crítica que desarrolló una forma alternativa de enseñanza en el campo de la sociología y desplegó una serie de discursos críticos para las transformaciones políticas y sociales. En la ponencia se expone que una parte de la sociología que era crítica de la dictadura encontró lugar para el desarrollo de su actividad intelectual en un instituto que se presentó como respuesta activa al régimen dominante. Estudiantes y académicos/as expulsados/as de las universidades se congregaron junto a opositores a la dictadura, participantes de Organizaciones No Gubernamentales e intelectuales formados/as en el extranjero para dar vida al Instituto Superior de Arte y Ciencias Sociales y su carrera de Sociología. Se sostiene que la sociología allí enseñada favoreció la formación de profesionales atentos/as a los procesos políticos nacionales, distanciándose del reclamo por la “autonomía” del campo de la sociología voceado por parte de la intelectualidad orgánica de las clases dominantes chilenas. 

Resumen de la Ponencia:

En el discurso académico existen postulados consagrados como políticamente correctos: como la participación ciudadana, la planeación de abajo hacia arriba, la resistencia vecinal. Son visiones que llevan implícitos legítimos valores sociales, sin embargo, no tienen una solución sencilla en la implementación de las políticas públicas. Existen limitantes técnicas y contradicciones y lo que podríamos llamar “si no dramáticos”, que se vuelven rehenes de usos políticos.Entre los retos técnicos están el problema de la acción colectiva, en particular, el interés de algunos frente al interés de “todos”; la inclusión de actores; los voceros y la representatividad de las posiciones; las escalas del análisis y de las estrategias; y la naturaleza de los problemas complejos y de sus soluciones, entre otros. Se analiza el caso del Programa de Desarrollo Urbano del municipio de Naucalpan de Juárez. Se trata de un municipio del Estado de México pionero de la formación metropolitana de la Ciudad de México que está expuesto a procesos territoriales complejos: pérdida de la base económica de naturaleza industrial, declinación y envejecimiento de los fraccionamientos formales de clase media y alta, crecimiento de las periferias con asentamientos informales con fuerte impacto sobre el medio ambiente.  Entre las estrategias previstas por el programa de desarrollo están el desarrollo de vivienda formal en el borde urbano, con bajos coeficientes de ocupación, con aplicación de exacciones, pago de derechos de edificabilidad, compensaciones no financieras como la restauración y protección de las cañadas ubicadas en sus propiedades, espacios para vivienda de bajo costo y atención de asentamientos irregulares, en algunos casos, con reubicación. La producción social asistida de vivienda. La reconversión de las viejas zonas industriales, y el reaprovechamiento de los fraccionamientos habitacionales de clase media y alta. Este reaprovechamiento se planteaba la posibilidad de una densificación mínima y controlada que podría dar lugar a tener 3 o 4 departamentos en un antigua predio unifamiliar de 400 o 500 m2. Las reacciones de los vecinos de estos fraccionamientos no se hicieron esperar y se caracterizaron por su virulencia, y una serie de argumentaciones falsas que buscaban inquietar al resto de los vecinos, lo que desencadenó un movimiento que sin duda podría llamarse conservador en una lógica de individualismo propietario y sin aceptar el interés colectivo. En el movimiento de los vecinos se presentaron tres tipos de estrategias: la difamación, la jurídica con cientos de amparos y la que podría denominarse física a través de mantas, cierre de calles, panfletos. Debe decirse que nunca se ofreció una contraargumentación técnica. Fue evidente, que detrás del movimiento estaban los intereses políticos de la candidata del Partido Acción Nacional en el contexto de las elecciones (2021).