Resumen de la Ponencia:

A presente pesquisa propõe reflexões sobre o patrimônio cultural de povos indígenas e comunidades tradicionais no Brasil, especificamente no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – sítio do Patrimônio Natural da Humanidade (UNESCO, 2002). Os efeitos da crise socioambiental incidem no patrimônio cultural de pescadores, ribeirinhos, indígenas e quilombolas, ameaçando a salvaguarda de seus bens culturais e o turismo de base comunitária. As assimetrias identificadas na geopolítica do Pantanal mostram-se condicionadas por fatores econômicos, alinhados às perspectivas das diretrizes desenvolvimentistas, que promovem a destruição e degradação ambiental. O conjunto de crises – ambiental, hídrica e climática – compromete o próprio patrimônio natural, flora e fauna, como também a reprodução cultural entre povos indígenas e comunidades tradicionais, tornando o cenário mais complexo. Colocam em risco o patrimônio cultural das comunidades – como a viola de cocho, a canoa de um pau só ou canoa pantaneira, a celebração do banho de São João e a cerâmica do povo terena, bens registrados como patrimônio imaterial – que dependem desse território e bioma para a reprodução cultural. Nesse processo, o turismo de base comunitária, realizado na forma de associativismo e desenvolvimento sustentável, igualmente é prejudicado. O Pantanal e o patrimônio cultural de comunidades tradicionais que o habitam e que dependem desse bioma, apresentam significativa vulnerabilidade aos riscos, provenientes e intensificados pelas alterações climáticas. Sob todas as adversidades descritas, geradas pela crise socioambiental, ainda pesa a crise sanitária imposta pela pandemia do coronavírus, que recrudesceu o cenário das comunidades que habitam o Pantanal.  Quanto ao procedimento metodológico adotado na pesquisa, este consistiu na análise de documentos escritos, como relatórios do IPHAN, da UNESCO e da "Comissão de Registro de Saberes Imateriais dos Pescadores e das Pescadoras Tradicionais no Município de Cáceres", e de entrevistas realizadas com indígenas da etnia Terena e comunidades tradicionais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, como pescadores e pescadoras, que pescam em sua maior parte do rio Paraguai, e quilombolas.

Resumen de la Ponencia:

La propaganda nacionalista posrevolucionaria impulsada por José Vasconcelos, secretario de instrucción pública durante la presidencia de Álvaro Obregón (1920-1924), redefinió la identidad mexicana a través de una abundante producción artística popular como más institucional apoyando a artistas dentro de los cuales destacan David Alfaro Siqueiros, José Clemente Orozco y Diego Rivera. Este esfuerzo hizo del caudillo del Sur, Emiliano Zapata, parte de las nuevas figuras míticas nacionales. Su representación guerrera de un libertador popular mártir de la causa campesina también reforzó los estereotipos machistas de una masculinidad heroica desde un México agrario de índole conservadora.No obstante, el ícono Zapata resulta ser incontenible, según la expresión de Vargas Santiago (2015), y por lo tanto objeto de un sinnúmero de apropiaciones. Lo que dio cuenta la exposición Emiliano. Zapata después de Zapata que tuvo lugar en el Museo del Palacio de Bellas Artes del 26 de noviembre del 2019 al 17 de febrero del 2020. El evento dio lugar a una conmoción cuando el servicio de comunicación puso adelante, para el cartel de difusión, la pintura “La Revolución” del artista Fabián Cháirez que ponía en escena un Zapata cuir (ver capa).Los enfrentamientos revelan evoluciones de la identidad mejicana que se juegan en procesos de monumentalización y desmonumentalización. Después de presentar brevemente características claves de la desmonumentalización epistemológica según Sousa Santos, propondremos un breve análisis del escandalo provocado por la obra de Fabián Cháirez como proceso de producción de conocimiento y reconocimiento en la sociedad mexicana contemporánea.Bibliografía:Aguilar, Yanet, y Alida Piñon. « El machismo y la homofobia detrás de la protesta ». El Universal, 10 décembre 2019. .Bautista, Uriel Vides. « Emiliano Zapata después de Zapata, VARGAS Santiago, Luis (editor), 2019, México, Secretaría de Cultura, Instituto Nacional de Bellas Artes y Literatura, Museo del Palacio de Bellas Artes, Fundación Jenkins. » Artelogie, no 15 (7 avril 2020). .Duncan, Veka G. « Pintar a Zapata más allá de la censura y el escándalo ». Nexos Cultura y vida cotidiana (blog), 14 décembre 2019. .Fraser, Nancy (2000). Rethinking recognition. New left review, 3, 107.hooks, bell. (2020). Teoría feminista: De los márgenes al centro. Traficantes de Sueños.Nivón Bolán, Eduardo. « ¿Es censura modificar la difusión y la curaduría de Emiliano. Zapata después de Zapata? », 15 décembre 2019.Secretaría de Cultura, Gobierno de México. (2019, diciembre 5). Zapata después de Zapata; ¿a quién pertenece la imagen del Caudillo del Sur? https://www.gob.mx/cultura/articulos/zapata-despues-de-zapata-a-quien-pertenece-la-imagen-del-caudillo-del-sur?idiom=esSousa Santos, Boaventura (de). (2011). Epistemologías del sur. Utopía y praxis latinoamericana, 16(54), 17-39.Sousa Santos, Boaventura (de). (2019). El fin del imperio cognitivo: La afirmación de las epistemologías del Sur (Á. Tarradellas Gordo, Trad.). Editorial Trotta.Vargas Santiago, Luis Adrián. (2015). Uncontainable Zapata: Iconicity, religiosity, and visual diaspora [Art History, University of Texas at Austin]. 

Resumen de la Ponencia:

 En Colombia el narcotráfico ha sido parte relevante a partir de  la segunda mitad del siglo XX, traspasado barreras materiales para insertarse dentro de un esquema cultural en el que permea prácticas sociales de manera notoria. La presente ponencia visibiliza como una predilección a determinado tipo de música, como es el caso del narco corrido y el reggaetón influye en comportamientos específicos relacionados con la narco cultura tales como la violencia, conductas machistas y consumo de SPA. Este estudio se basa en una revisión de fuentes secundarias y una  revisión de productos musicales ligados a estos  géneros que se refieran al modo de vida narco. Se argumenta que  el crecimiento exponencial y el importante papel que tienen el narco corrido y el reggaetón como referente cultural durante los últimos años ha traído consigo la reproducción de valores comunes presentes en la narco cultura  debido a que el contexto histórico colombiano responde a unas lógicas de influencia que se ha fortalecido. Palabras clave: Estética, Narco corridos, Realización social, Reproductores sociales, Representación social, violencia, características, actitudes machistas,  consumo de SPA,  violencia. 

Resumen de la Ponencia:

A presente pesquisa trata da agência de mulheres no graffiti e na arte urbana na região do Distrito Federal e Entorno, que se refere à Brasília e sua Área Metropolitana.  Atualmente, existem cerca de 60 grafiteiras atuantes nessa região, grupo do qual eu faço parte. Mulheres que afirmam sua presença em um espaço composto majoritariamente por homens, articulam-se entre si por redes sociais, encontros presenciais, produção de mutirões e eventos sobre graffiti ou voltados para a prática do graffiti. Nos últimos anos, mais oportunidades de visibilidade foram promovidas  em decorrência dessa atuação. Como exemplo, algumas matérias foram publicadas em jornais sobre as grafiteiras do Distrito Federal e Entorno, há uma maior articulação entre as grafiteiras e foram abertos espaços de diálogo sobre a participação feminina no graffiti, havendo, inclusive,  mais possibilidades de negociação com os grafiteiros homens. Além disso, estabeleceu-se contato direto com o poder público local, especialmente por meio do Comitê de Grafite do Distrito Federal, que culminou, mais recentemente, na implementação de cotas de 30% para a participação de mulheres no Encontro de Grafite do Distrito Federal que ocorre anualmente. Dessa forma, o objetivo geral desta pesquisa é compreender quais são as estratégias que as grafiteiras do Distrito Federal e Entorno empreendem para alcançar visibilidade em um universo masculinizado e quais foram as mudanças promovidas por estas estratégias ao longo dos últimos anos. Os objetivos específicos são: mapear as grafiteiras do Distrito Federal e Entorno; elaborar um histórico da atuação das grafiteiras do Distrito Federal e Entorno e; delinear os caminhos que foram percorridos para estabelecer um diálogo com o poder público local.As metodologias a serem utilizadas para alcançar os objetivos são: revisão bibliográfica; elaboração de questionário; entrevista semiestruturada e; etnografia virtual. Por fim, será realizada a descrição e análise dos dados obtidos, ou seja, o trabalho a ser apresentado será predominantemente descritivo. Ademais, a interseccionalidade (AKOTIRENE, 2020; CRENSHAW) e o Pensamento feminista negro (COLLINS, 2019; hooks, 2019) serão o eixo teórico transversal desta pesquisa. *Graffiti é o plural de grafito em italiano. A despeito de outras grafias utilizadas, mesmo daquela dicionarizada pelo Aurélio, escolhemos a de origem italiana, porque sua grafia original remete à intensidade significativa com a qual se textualiza dentro de um contexto (GITAHY, 1999).  

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En esta ponencia se reflexiona sobre violencia, cultura del buen trato y feminismos rurales, enfocando el municipio de Tenosique en el estado de Tabasco, vergel donde se cruzan añejas violencias estructurales y nuevas violencias y despojo asociados al impulso de megaproyectos públicos y privados, a la expansión de monocultivos como palma de aceite y a la violación sistemática de derechos humanos de migrantes de diversos países que arriban a México desde Centroamérica. Ante la intersección de tantas violencias, diversos núcleos de mujeres rurales, están impulsando procesos, reflexiones y acciones de defensa para contrarrestarlas y para generar otra manera de relación humana que ponga por delante la vida y el buen trato. Los procesos protagonizados por mujeres adoptan la figura de “comunidades de aprendizaje local” (CAL) y se impulsan en la Rivera, la planicie y la sierra de ese municipio fronterizo. Llama la atención que la respuesta ante las violencias sea la “cultura del buen trato” y la defensa de derechos humanos, que se tratan de impulsar con la población rural, con la que transita por el corredor migratorio y con la que toma aliento en “La 72”, Casa -Refugio con la que se solidarizan las CAL. Las acciones y articulaciones de las Comunidades de Aprendizaje se dan en un marco de diálogo con algunos feminismos, y en esa interacción van produciéndose cambios culturales y políticos profundos al tiempo en que emergen “feminismos rurales” en contextos fronterizos.

Resumen de la Ponencia:

Esta pesquisa propõe uma reflexão crítica sobre as políticas públicas, especialmente a política habitacional, implementadas durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), no período de 2005-2015. Propomos discutir esses governos por meio do fenômeno do lullismo e da agenda econômica e social para a qual se baseia em um ensaio desenvolvimentista. Tal proposta pressupõe um projeto de Estado de bem-estar social, na medida em que promove o desenvolvimento econômico atendendo às necessidades da classe subalterna brasileira, bem como defende a soberania nacional por meio da modernização conservadora. Através de uma revisão bibliográfica, mas também através da recolha de dados (entrevistas e/ou aplicação de questionários), Buscamos entender como essas políticas são capazes ou incapazes de produzir um projeto de Estado que leve em consideração as necessidades das classes subalternas. Nossa hipótese é que os governos do PT mediam os interesses desenvolvimentistas do capital com as necessidades da classe subalterna, assumindo um projeto de estado de bem-estar social no país, ao mesmo tempo em que produz diferentes formas de reformismo. Partindo da perspectiva de que a formação da sociedade brasileira se dá de forma desigual e conjugada, buscamos dialogar com a ideia de que o projeto Lulista provocou disputas de classe, criando um limbo, embora continuemos pobres, por conta do subproletariado, se inclui como indivíduo, mas não como classe ou desenvolvimento do capitalismo em um país que estaria nas regiões Norte e Nordeste ou no centro, nas regiões Sudeste e Sul, Curador na periferia do projeto Lulista. Com isso, podemos entender que, para a burguesia nacional, ao invés de optar pela dependência, produziria uma alternativa de desenvolvimento baseada no não “reformismo fracassado”. Ou seja, ou seja, ou seja, o projeto lulista de opção de “falso reformismo”, buscou neutralizar o capital, na medida em que produziu uma política de distribuição de renda e procurou alcançar sua integralidade e seu desenvolvimento por meio de uma estrutura fragmentada. Esse processo dialoga não apenas com as contradições do projeto Lulista, mas também com os caminhos possíveis da sociedade brasileira. Produziu uma política de distribuição de renda e buscou alcançar a completude, não se desenvolveu por meio de uma estrutura fragmentada. Esse processo dialoga não apenas com as contradições do projeto Lulista, mas também com os caminhos possíveis da sociedade brasileira. Produziu uma política de distribuição de renda e buscou alcançar a completude, não se desenvolveu por meio de uma estrutura fragmentada. Esse processo dialoga não apenas com as contradições do projeto Lulista, mas também com os caminhos possíveis para o desenvolvimento da sociedade brasileira. 

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A globalização ultrapassa fronteiras de países a fim de promover a integração econômica. Assim, surgiu a proposta de criação do corredor bioceânico para interligar territórios cujos destinos são os portos presentes no oceano atlântico e pacífico levando em consideração a importância sociocultural e econômica ocorrendo assim a geração de vantagens competitivas. A finalidade de interligar Brasil, Argentina, Paraguai aos portos do Chile com o intuito de escoar parcela significativa da produção para o continente asiático. Nesta conjuntura, os eixos de integração e desenvolvimento define o corredor bioceânico como instrumento de crescimento das regiões por onde passa o corredor rodoviário. Para Celso Furtado, a integração permite maximização dos ganhos em âmbito regional. Assim, sugere que os países reunidos em objetivos financeiros precisam planejar repartições das unidades produtivas. Ao facilitar o escoamento da produção oriunda dos signatários do Mercado Comum do Sul (Mercosul) o corredor deverá colocar a rota do Pacífico como alternativa ao Atlântico. Neste sentido, a expectativa é que o empreendimento reduza os custos de transporte e solucione problemas logísticos. Dessa forma, destaca-se que a integração econômica regional desenvolvida abertamente deve garantir sustentabilidade econômica, social e ambiental, através da interdependência econômica que avança as fronteiras dos países. A proposta do corredor bioceânico tem como ponto de partida o município de Campo Grande-MS no Brasil, destacando as potencialidades das microrregiões do estado com vistas a exportação. Trata-se de um modelo econômico agroexportador que tem passado por diversificação produtiva. O corredor bioceânico deve aumentar o fluxo de comércio entre essa região e os países por onde passa, além de abrir novas oportunidades de negócios, incluindo as atividades familiares. A inserção do comércio internacional é fundamental para o crescimento econômico de uma região, além de contribuir para reduzir os custos de transações e promover um saldo da balança comercial favorável. Ainda, a proposta prevê o desenvolvimento do turismo no entorno da nova rodovia. A proposta ainda está no nível de estudos em cada país pelo qual passa o corredor e avaliação de cada país sobre as possíveis oportunidades e dificuldades que sobre a questão da integração econômica. 

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El programa de abasto rural en México, límites y alcances para recuperar la autosuficiencia alimentariaBlanca Olivia Acuña Rodarte Resumen Las tiendas rurales, mejor conocidas como tiendas Diconsa, han sido por más de 40 años, el programa de abasto de alimentos subsidiados más importante en México. A pesar de las múltiples dificultades para funcionar y el proceso de reestructuración que vivieron tras la ola neoliberal, para muchas comunidades campesinas, las tiendas de abasto rural continúan representando una de las principales opciones para adquirir maíz y otros alimentos básicos a precios bajos. El gobierno actual ha promovido la autosuficiencia alimentaria a través de la entidad Seguridad Alimentaria Mexicana (Segalmex), en la que el papel del organismo Diconsa, que opera el programa de abasto rural, resulta sustantivo, ya que se propone fortalecer la distribución subsidiada de alimentos e incrementar los productos de la canasta básica alimentaria entre otras tareas, sin embargo, problemas en la operación del programa, la pandemia y la corrupción del organismo, han acotado en mucho la función de las tiendas.  La presente ponencia, busca aproximarse al problema de escasez, desabasto y encarecimiento de maíz en las tiendas Diconsa durante el gobierno de AMLO; los problemas derivados de la distribución del organismo que actualmente opera el programa de abasto, los enfrentados durante la pandemia, así como aquellos vinculados al alza del precio del grano a nivel internacional, todo ello, con el objetivo de dar cuenta de los alcances y límites de la estrategia de autosuficiencia alimentaria impulsada por el gobierno federal. El punto de partida será reconocer la trayectoria de esta entidad, sus transformaciones y sus dificultades para garantizar el abasto en un entorno económicamente adverso. La ponencia está sustentada con información periodísticas, cápsulas de radios comunitarias, informes oficiales que han dado cuenta del problema y trabajo de campo. 

Resumen de la Ponencia:

Diakânga Kalunga é uma expressão Bakongo que pode significar “codificado por Kalunga”. Tal sentença pode ser vista refletida em muitos aspectos da vida em uma comunidade de terreiro bantu no Brasil. Ao expressar o que seria uma agência africana produtora de sentido e significado, podemos perceber a síntese da operacionalidade do mundo na perspectiva do candomblé Angola-Congo. Codificar, amarrar, kangar faz parte da potência criadora bantu que assimila todos os elementos do mundo e os organiza de modo a possibilitar a continuidade de uma forma de ser. Ou seja, em uma perspectiva bantu, não é possível deixar de levar em consideração os fluxos étnicos, as conjunturas políticas institucionais, o racismo, as histórias das pessoas e das coisas e, sobretudo, o tempo e a espacialidade. Nossa pesquisa visa demonstrar se a codificação é o elemento vivo que impulsiona e mantém a ontologia dos povos de tradição bantu na diáspora brasileira. Aqui, não estamos a falar de um processo puramente substantivo, mas performático que põe tudo em movimento etéreo. Como se costuma dizer, a festa tem hora para começar, não para terminar. Nesse sentido, nunca ouse mandar um caboclo embora. Ou, como diz o mestre quilombola Antônio Bispo, a vida é “princípio-meio-princípio”. Tanto no dikenga diakongo (também chamado cosmograma Bakongo), quanto no kodya (ou espiral da vida), podemos notar o movimento (sempre circular) que conduz o ser bantu seja nas rodas de capoeira, nas pescarias quilombolas ou, sobretudo, na vida em uma comunidade de terreiro Angola-Congo. Seja quando se canta “canguei, ta cangado. Marrei, ta marrado”, ou quando se invoca o provérbio futu dia n’Kisi Diakânga Kalûnga mu diâmbu dia môyo o processo de criação, em uma perspectiva bantu, é sempre um entrelaçar das coisas e um transbordar as contingências aparentes. Isso não significa, de maneira nenhuma, descompromisso com determinados hábitos, ritos ou instituições.Se a forma bantu de ser é codificar a vida e as relações, trazemos a seguinte questão: quais são os elementos do código produzido pela vivência em uma tradição, mais especificamente, em uma comunidade de terreiro Angola-Congo? Ao ouvir o que meus interlocutores informaram, penso que não são apenas os elementos cosmológicos/cosmogônicos tipicamente bantu, mas todas as disposições do mundo, dispersos no passado, no presente e no porvir. Não são apenas as línguas bantu – notadamente o kimbundu e o kikongo, o culto aos nKisi, a reverência aos ancestrais e a intimidade com a natureza que compõe o candomblé Angola-Congo. Os elementos do código são representados, sobretudo, (a) na Milonga (mistura) - fruto das relações entre os grupos étnicos que vieram no tráfico transatlântico,(b) nas demandas do mundo contemporâneo, (c) na resistência histórica ao racismo religioso, (d) no apagamento epistemológico, (e) no retorno às filosofias africanas bantu. 

Resumen de la Ponencia:

 ARTE E CIENCIA NA PRODUÇAO DE CONHECIMENTO SOCIAL A PARTIR DA ONTOLOGIA CRÍTICAA presenta-se aqui fundamentos de um estudo em execução, através de projetos de pesquisa , que parte do entendimento de que a articulação entre ciência e arte é produtiva acadêmica e politicamente e precisa ser estimulada no enfrentamento de processos de reificação das relações sociais,  posto poder desenvolver uma dialética clara entre ação/investigação/ação, teoria e prática, a partir do que essencializa cada uma destas atividades e das especificidades de suas linguagens. Seu pressuposto é de que tal relação favorece a produção de um conhecimento científico mais profundo acerca da complexidade das experiências de vida dos sujeitos, à medida que possibilita a incorporação de elementos de suas subjetividades e individualidades de forma mais sensível e integral, visto que a riqueza da subjetividade humana, ao ser acessada pela arte, consegue expressar formas de individualidades carregadas de sentidos e de significados. A pesquisa em desenvolvimento tem por objetivo analisar contribuições da ação integrada entre atividades artísticas no processo de geração de conhecimentos, análises e intervenções junto a particularidades socioeconômicas, de violação de direitos humanos, produzidas pela intersecção entre gênero, classe, raça/etnia e geração. O trabalho é realizado através do estudo de caso do projeto de extensão universitária UFF-SSC “Outras Palavras”, realizado entre 1994-2000, que se desenvolveu com o suporte de atividades com desenho, escultura, dança, musicalização e teatro. Procurar-se neste estudo identificar intervenções apoiadas na ação integrada destas atividades, que tenham corroborado para o desenvolvimento de um trabalho investigativo e educativo para a vontade política orientada por referências éticas emancipatórias dos direitos humanos, a partir das próprias experiências de vida de segmentos das classes subalternas. A identificação e análise destas contribuições deve estabelecer relação com a conjuntura dos tempos atuais, no sentido de utilidade para os desafios colocados a estes.O estudo fundamenta-se em autores que, concebem a abordagem da pesquisa e da arte a partir do trabalho como uma categoria fundante de ambas as atividades e necessária a compreensão de seu desenvolvimento de maneira comprometida e propositiva com as relações sociais.  O estudo, portanto, procura explorar as  possibilidades das atividades com as  artes integradas poderem contribuir na afirmação da condição de indivíduo social de forma concreta, portanto,  em sua diversidade expressa em níveis muitas vezes difíceis de acesso pelas metodologias de pesquisa mais convencionais, mas que a experiência com a arte tem poder de acessar. O trabalho integrado compreende a ativação educativa de todos os sentidos humanos,  voltada a captação de realidades ainda ocultas pelos processos de planejamento, avalição e execução de políticas públicas.    

Resumen de la Ponencia:

Este trabalho, que é parte de uma dissertação de mestrado em andamento sobre a implementação do Artigo 26-A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96- LDB), objetiva discutir sobre o papel dos movimentos sociais negros na aprovação da Lei 10.639/03 no Brasil, e dos servidores públicos inseridos na burocracia estatal que atuam em prol da implementação da Lei na Secretaria de Educação do Distrito Federal (DF). Partindo da categoria de “ativismo institucional” (ABERS, 2021) e de “gestores pró-ativos” (FILICE, 2010) identificamos que professoras/es e gestoras/es comprometidos com uma causa antirracista são os principais articuladores e responsáveis por ações voltadas à implementação da Lei 10.639/03 -que altera o artigo 26-A da LDB e institui a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos estabelecimentos educacionais no -DF. A educação para a população negra no Brasil é marcada por uma trajetória de exclusão, reivindicações, conquistas e lutas constantes. A construção das primeiras políticas educacionais refletia interesses unilaterais e não garantiu o ingresso das crianças na escola, como nos mostra a História a partir da promulgação da Lei do Ventre Livre (Lei nº 2.040/1871). Iniciativas autônomas de entidades, clubes e associações negras garantiam a alguns o acesso à alfabetização e à cultura nos grandes centros urbanos do país no início do século XX. Na segunda metade do século, mesmo com acesso à educação, crianças negras conviviam com o racismo presente nos conteúdos dos livros didáticos e nas ações dos professores. O período é marcado pelas reivindicações e denúncias do Movimento Negro, que protagonizou as principais conquistas para a população negra nos âmbitos sociais, como saúde e educação. A ascenção da democracia nos governos latinos, o caráter participativo da Assembleia Nacional Constituinte no final dos anos 1980 e a pressão exercida pelo movimento social negro, principalmente pelo Movimento Negro Unificado- MNU,   permitiu que representantes da luta social negra participassem ativamente da construção do texto da Constituição Cidadã (Constituição Federal de 1988), considerada um marco no exercício da democracia e na abertura para a participação da sociedade civil. Tal feito viabilizou que atores mesmo de fora da burocracia estatal formulem, implementem e avaliem políticas públicas no país.Esta pesquisa utilizou como fonte de dados documentos da Secretaria de Educação e entrevistas com professores e gestores da pasta de Direitos Humanos do referido órgão. Identificamos que, embora seja lei, os esforços para implementação do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana no DF são realizados principalmente por professores e gestores que se identificam com a causa. Apesar das dificuldades impostas pelo racismo institucional como falta de orçamento, extinção de gerências e coordenações, estes ativistas integram uma rede pessoal de ação coletiva que resiste para a implementação da lei.

Resumen de la Ponencia:

La historia de la democracia en México no puede entenderse si se deja de lado el papel desempeñado por los movimientos sociales y sus luchas por la reivindicación de las garantías individuales y el reconocimiento de los derechos humanos, lo que ha obligado al Estado, en muchos casos, a transformar su actuación. Tampoco puede dejarse de lado la violencia ejercida por el Estado a través de la criminalización de los movimientos sociales y el terror de la violencia política, la tortura, la ejecución y la desaparición forzada; prácticas que han sido utilizadas por el ejército, la policía y los grupos paramilitares con el objeto de mantener el orden establecido y garantizar (más allá de su función), la hegemonía de las elites dominantes. Lo anterior, sólo puede comprenderse a partir del conocimiento de las estrategias que el Estado mexicano utilizó durante la llamada “guerra sucia”, tales como la tortura, el asesinato y la desaparición de personas; mismas que en la actualidad están siendo replicadas por los grupos de narcotráfico. Aunado a ello, observamos cómo los cuerpos de seguridad estatales pueden o no, participar de forma directa en los casos de desaparición. Sin embargo, creemos que las omisiones en la procuración de justicia por parte del Estado, generan procesos de impunidad que son igualmente dolosos y perpetúan la violencia. En este trabajo proponemos explicar cómo la violencia sufrida y la criminalización de las víctimas de desaparición, aunadas a la impunidad, generan terror y falta de apoyo de la sociedad en general, dejando desprotegidas a las familias de los desaparecidos y a las organizaciones sociales que las acompañan y sirven de sostén, en su exigencia de esclarecer los hechos en la búsqueda de sus familiares. La desaparición de personas en México es un fenómeno que llena de terror a la comunidad, al ser las víctimas sometidas a un proceso de criminalización y olvido. Frente a ella, la movilización social juega un papel importante en la búsqueda de justicia, la reconstrucción de la memoria histórica y el ejercicio de los derechos de ciudadanía. En esta exposición explicamos el fenómeno de la desaparición a partir de las tácticas contrainsurgentes del Estado y la paramilitarización de la delincuencia organizada. Ambos insertos en un modelo neoliberal que todo lo mercantiliza, que induce al horror en su forma más violenta: la desaparición de personas. Aquí planteamos el poder de la organización social y las dificultades que enfrenta la movilización social para recuperar la tranquilidad que tanto se añora.Palabras clave: desaparición, criminalización, movimiento social, memoria histórica, Estado.