Resumen de la Ponencia:
Com a mudança das ‘regras do jogo’ em tempos de modernidade líquida ou pós-modernidade, o sistema educacional perdeu a promessa de equiparar as oportunidades por meio de uma educação universal no que se refere à emancipação do indivíduo, tornando-se uma instância socializadora e mediadora do indivíduo no mundo, controlada pelos grupos dominantes, como expressão do modelo político, econômico e cultural capitalista vigente. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho é realizar uma comparação entre a dimensão ideológica mercadológica ou economicista da Teoria do Capital Humano e suas implicações nos novos sentidos que a Teoria do Capital Social vai adquirir nos anos 2000 até o presente. Considera-se que a Teoria do Capital Social é a Teoria do Capital Humano ressignificada em Capital Social. Para demonstrar, foram utilizadas análises bibliográficas dos sociólogos pioneiros da Teoria do Capital Social, iniciando por Pierre Bourdieu, em seguida James Colleman. Posteriormente foram estudadas as literaturas que trabalham atualmente com o significado politológico de Capital Social vigente nas Políticas de Desenvolvimento Social do Banco Mundial como Fukuyama (1996), Putnam (2002) e Sen (2010). Por fim, se tem uma análise crítica baseada em Alder e Kwon (2002); Higgins (2005); Motta (2007); Silva e Santos (2009); Baumann (2013), Gonçalves (2019) entre outros, sobre os velhos e novos elementos dos capitais Capital Social e Humano, e a base para demonstrar o argumento da ressignificação da Teoria do Capital Humano em Capital Social. Os resultados apontam que em tempos de pós modernidade, a ressignificação da Teoria do Capital Humano, mostra que se trata de um ‘remodelamento’ desta em Capital Social para dar à primeira, um ‘novo significado’ humanista e sociológico, pois a estrutura de referência do Capital Social, como desenvolvimento social e sustentável, cultura moral, cívica e empreendedora seria mantida, aliada aos imperativos da lógica de mercado da TCH pautadas na autoresponsabilização e da competência do sucesso ou fracasso dos indivíduos, destacando suas capacidades empreendedoras de autogestão e a necessidade de gerar ativos humanos para o mercado via educação. Ademais, considera-se que a função do capital social no atual contexto de contradições sociais e econômicas, sob a lógica neoliberal predominante de manter a harmonia social reforçando sua retórica de interdependência entre educação e a formação do indivíduo adaptado aos anseios e normas sociais, ressignifica o sentido de Capital Humano, ao buscar compatibilizar as contradições entre i) competitividade e harmonia, ii) consumismo e caridade assistencialista, iii) meritocracia e desigualdades sociais, iv) competência e segurança social e v) eficiência econômica e solidariedade. Conclui-se que o atual sentido da Teoria do Capital Social é o mesmo da Teoria do Capital Humano, Ressignificada, transformada em Capital Social.
Introducción:
O termo Capital Social possui diversas abordagens nas Ciências Sociais. Na abordagem sociológica há dois argumentos divergentes. Pierre Bourdieu defende que o Capital Humano gera Capital Social, enquanto que James Colleman defende que Capital Social gera Capital Humano. Porém, ambos convergem com a ideia que a educação é a liga entre os dois Capitais. No entanto, a visão de Colleman é a predominante na abordagem politológica de Capital Social (Gonçalves, 2019).
É no âmbito dessa convergência, priorizando a visão de Colleman, em que se encontram as discussões da visão politológica dentro das políticas e programas de caráter internacional provenientes de Organismos Internacionais (Vieira, 2014, p. 16). Pois a abordagem politológica, encabeçada principalmente por Robert Putnam, tem raízes em Colleman (Higgins, 2005; Silva e Santos, 2009). Nesse sentido, a elaboração das novas políticas internacionais para o desenvolvimento dentro do contexto de globalização insere, aparentemente, elementos da Teoria do Capital Social (TCS) voltadas para fortalecer o Capital Humano individual, visando conter as possíveis consequências da exclusão estrutural do capital em níveis globais, promovendo ações de alívio à pobreza (?sic) para uma parcela significativa da classe trabalhadora que não se insere, ou se insere de forma marginal, no circuito de acumulação capitalista (Motta, 2007).
O objetivo principal deste trabalho é realizar uma análise entre a dimensão ideológica mercadológica/economicista da Teoria do Capital Humano (TCH) e suas implicações aos novos sentidos que a Teoria do Capital Social vai adquirir nos anos 2000 até o presente, sendo utilizada no desenho das políticas de desenvolvimento elaboradas por Organismos Internacionais. Considera-se que a Teoria do Capital Social é a Teoria do Capital Humano ressignificada em ‘ares’ de Capital Social. Portanto, o sentido da TCS necessita ser debatido, uma vez que, a teoria é usada no contorno de políticas de desenvolvimento elaboradas por Organismos Internacionais, como, por exemplo, o Banco Mundial, que elabora e recomenda políticas educacionais mundo à fora (Mota, 2007), é importante debater os sentidos desta ressignificação.
A metodologia priorizou uma análise exploratória bibliográfica. Primeiramente, estudou-se a introdução do Capital Social na agenda de pesquisa nas Ciências Sociais pelos sociólogos Pierre Bourdieu e James Colleman. Em seguida abordou a inclusão da visão de Colleman na agenda da Ciência Política pelos pensadores Fukuyama, Putnam e Sen. Finalmente, foi realizada uma análise crítica da visão Politológica de Capital Social sobre os elementos educação e família, presentes na Teoria do Capital Humano, no intuíto de demonstrar a ressignifição do Capital Humano em Capital Social. Assim, o trabalho está dividido em três partes, além desta introdução e considerações finais. O primeiro tópico discute sobre a TCS no âmbito das Ciências Sociais, com ênfase na Sociologia e Ciência Política. O segundo, aborda as críticas à visão polítológica da TCS. Por fim, o terceiro trás o novo sentido de Capital Social com a incorporação dos preceitos da Teoria neoliberal de Capital Humano. Espera-se contribuir com o debate da visão crítica às diretrizes das políticas internacionais de desenvolvimento aplicadas no campo educacional, sobretudo, em países subdesenvolvidos.
Desarrollo:
2 A TEORIA DO CAPITAL SOCIAL NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
O termo Capital Social (CS) possui diversas abordagens nas Ciências Sociais. É possível identificar estudos, ao menos, nas áreas: sociológica (precussora), politológica, administradológica, econômica e etc (Melo, Regis e Vanbellen, 2015). No entanto, o presente tópico interessa discorrer apenas sobre as áreas: Sociologia e Política.
Foi em 1979 que o sociólogo francês, Pierre Bourdieu, introduziu o conceito Capital Social na agenda das Ciências Sociais e na sociologia com o seu livro “Le trois états du capital culturel” (Os três estados do capital cultural. Tradução Minha). Neste livro, Bourdieu sistematiza e conceitua Capital Social como sendo um “conjunto de recursos atuais ou potenciais que estão vinculados a um grupo, por sua vez, constituído por um conjunto de agentes que não só são dotadas de propriedades comuns, mas também são unidas por relações permanentes e úteis” (Silva e Santos, 2009, p. 02).
Tempos depois, outro sociólogo também contribuiu para colocar o tema na agenda de pesquisa, foi o norte-americano James Colleman, em 1987. De acordo com a síntese de Silva e Santos (2009, p.03), para Colleman, o Capital Social é o “conjunto das relações sociais em que um indivíduo se encontra inserido e que o ajuda a atingir os objetivos que, sem tais relações, seriam inalcançáveis ou somente a um custo muito elevado”. Percebe-se que para os dois teóricos, a maior premissa do CS se encontra em nível individual, sendo este realçado no contexto social que fortalece o grau de confiança das relações existentes entre as determinadas estruturas sociais.
Assim, para os dois pensadores o catalisador do CS estaria presente na estrutura familiar que, juntamente com as demais estruturas (Capital Econômico Familiar e Capital Cultural Familiar) formariam o Capital Social. Dessa forma, o contexto familiar, econômico, social e cultural é particularmente importante para a formação de CS intergeracional. Nessa mesma perspectiva, os dois sociólogos também consideram que há uma relação de interferência entre Capital Social e Capital Humano, no entanto, Bourdieu e Colleman divergem em um aspecto.
Para Colleman (1987 Apud Silva e Santos, 2009), o Capital Humano é subordinado ao Capital Social, pois este último precede as estruturas responsáveis pela construção de Capital Humano, reforçando que o ambiente familiar e comunitário é importante para a criação intergeracional de Capital Humano prevalecendo uma relação virtuosa entre eles ao longo do tempo. Simplificando: para Colleman, Capital Social gera Capital Humano (Silva e Santos, 2009).
Já em Bourdieu, ocorre o inverso, Capital Social é um ativo individual que determina as vantagens extraídas do capital econômico, e por sua vez, influencia no nível de bem-estar do indivíduo. Apesar de Bourdieu não ter discorrido minuciosamente acerca da relação entre Capital Social e Capital Humano, autores que adotaram a perspectiva de Bourdieu em suas pesquisas, como é o caso de Neri (2000), inferem que há a relação de dependência do Capital Social em relação ao Capital Humano, pois o autor observou que nos níveis mais elevados de Capital Humano encontram-se os níveis mais elevados de Capital Social e conclui que Capital Humano gera Capital Social.
Dentro desta discussão, o cerne é que os dois sociólogos contam com o escopo educacional à geração desses capitais [social e humano]. Contudo, usualmente é a abordagem de Colleman a que prevalece nas políticas fomentadoras de Capital Social (Alder e Kwon, 2002; Higgins, 2005; Silva e Santos, 2009). É nessa perspectiva que a abordagem politológica, encabeçada principalmente por Robert Putnam, cujas raízes estão em Colleman (Higgins, 2005; Silva e Santos, 2009), necessita ser debatida. Esta abordagem é usada no contorno das políticas de desenvolvimento elaboradas por Organismos Internacionais, como por exemplo, o Banco Mundial, desde o início dos anos 2000, amplamente absorvidas nas políticas educacionais de diversos países emergentes.
A perspectiva mainstream de Colleman [Capital Social gera Capital Humano] fortaleceu a base politológica da TCS à partir da ‘crise de governabilidade’ que se instaura no mundo no fim do século XX e início do século XXI (Mota, 2007). Esta vertente busca através da solidariedade social e da valorização das pessoas, reforçar a coesão social e contenção dos conflitos. Os principais teóricos politólogos do Capital Social: Putnam, Fukuyama e Sen, defendem a relação entre valores culturais e vida econômica como fomentadores do CS. Em síntese, seus postulados em conjunto vislumbram que a participação, a solidariedade e as oportunidades são elementos-chave que possibilitam formar um tipo de Capital Social a partir da confiança entre as intuições e os membros da sociedade. Essa confiança criaria um elo entre os indivíduos e as associações de forma a rapidamente se adaptarem para enfrentar os desafios econômicos. Para os três teóricos, a democracia liberal e o capitalismo são modelos essenciais para a organização política e econômica das sociedades modernas e defendem que as sociedades cuja cultura de associação e cooperação sejam precárias se dão por causa de uma formação histórico-social marcada por uma forte presença do Estado (Motta, 2007).
Na perspectiva de Putnam (2002), o Capital Social seria o garantidor da coesão social, sendo este mais importante do que o capital físico ou humano para o equilíbrio social, para a estabilidade política, para a ‘boa governança’ e para o desenvolvimento econômico. A coesão social a que se refere Putnam perpassa pelo avanço dos hábitos de cooperação, solidariedade e espírito mútuo de uma comunidade, articulando tanto a integração econômica quanto moral. Motta (2007) advoga que as ideias e a metodologia de Putnam, em sua essência, incorporam elementos da sociologia de Durkheim, onde “Os fatos sociais que desviam da normalidade são vistos como uma patologia” (Motta, 2007, p. 202).
Enquanto Putnam se aproxima das ideias de Durkheim, Fukuyama se aproxima das de Weber para clarificar o que seria Capital Social ao elogiar a análise de Weber em sua obra ‘A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo’. Nessa obra, Weber deixa impresso que é a cultura associada à ideologia e à religião (protestantismo) que seriam os responsáveis pela produção de certas formas de comportamento econômico e não o contrário (Fukuyama, 1996).
Na perspectiva de Fukuyama (1996), a polarização entre ricos e pobres é uma ameaça à coesão social. Nesse sentido, a implementação de políticas macroeconômicas que não sejam ‘perturbadoras’, que possibilitem assegurar a liquidez monetária estável e o controle dos déficits orçamentários para manter as instituições políticas e econômicas liberais, seriam necessárias. Mas, mais do que isso, para cessar essa ameaça é necessário o fortalecimento do Capital Social. É nessa esteira que o seio da família é o instrumento primordial que possibilita a socialização das pessoas no âmago da sua cultura e transmissão de valores e conhecimentos que permitam providenciar suas capacidades. Para este teórico do Capital Social, é a cultura que interfere na dinâmica da vida econômica. Na opinião de Fukuyama (1996), Capital Humano e Capital Social são duas coisas distintas. O motivo se dá por causa da criação e da transmissão desses tipos de capitais que são diferentes. No caso, o Capital Social é transmitido através de mecanismos culturais, como a religião e a tradição perpassada por seus ancestrais, já o Capital Humano seria transmitido de forma mais imediata com o treinamento ou cursos de qualificação.
Ainda em Fukuyama (1996), a cultura seria o costume ético herdado e transmitido através de um processo educativo mais amplo - na vida familiar, na relação com amigos e vizinhos e na escola - que se transforma em hábito. Na concepção do teórico, a partir do hábito que vise à cultura da cooperação e associação, os problemas sociais persistentes seriam atenuados, pois tais problemas são mais de natureza cultural do que políticas, ideológicas ou institucionais. Assim, o Capital Social seria adquirido ao longo do processo histórico-cultural da sociedade à qual pertence e vai penetrar no senso comum do indivíduo. Segundo Fukuyama (1996, p. 37) o “hábitos éticos vai se revelar também resistente às mudanças ou à destruição” e serão virtudes sociais e individuais.
Por fim, Amartya Sen, Nobel em 1998 (Nobel Prize, 1998), por suas contribuições à economia do bem estar, também forneceu elementos para a compreensão do Capital Social de caráter politológico abordando e relacionando a conceitos como miséria, pobreza, fome e bem-estar social. O teórico demonstra como o desenvolvimento depende de variáveis como serviços de educação, saúde, direitos civis, liberdade política, cujos elementos convergem para a promoção de liberdades substantivas (Sen, 2010). Ampliando, assim, o leque de meios promovedores do processo de desenvolvimento, que vão além da industrialização, do progresso tecnológico e da modernização social. Em seu livro ‘Desenvolvimento como liberdade’, Sen defende que “o que as pessoas conseguem realizar é influenciado por oportunidades econômicas, liberdades políticas, poderes sociais e por condições habilitadoras, como boa saúde, educação básica e incentivo e aperfeiçoamento de iniciativas” (Sen, 2010, pág. 18).
Portanto, as teses de Robert Putnam sobre desenvolvimento social através da ‘consciência cívica, cooperação e redes solidárias’, juntamente com a de Francis Fukuyama que aborda a ideia de fortalecer ‘laços de confiança’ para a superação da pobreza, associada à visão de ‘pobreza como deficiência cultural’ e as de Amartya Sen como ‘privação de capacidades’, fizeram parte das orientações para a estabilização política como promoção do desenvolvimento de uma sociedade solidária nas camadas mais pobres da população, patrocinadas pelos Organismos Internacionais (Motta, 2007).
Sob uma perspectiva ampliada, as diretrizes de Capital Social apresentadas pelo Banco Mundial, sugerem o fortalecimento do Capital Social para que o Capital Humano também seja fortalecido. As diretrizes apontam que o indivíduo quando investir na qualificação de sua força de trabalho conquistará uma qualidade de vida melhor resultante de um bom emprego ou de uma ‘ocupação’ rentável, uma sociedade solidária e harmônica, pois através da educação o indivíduo desenvolve, também, sua capacidade de ‘participar das redes, serviços e benefícios sociais’ de controle da gestão pública e dos ativos mantendo, dessa forma, a coesão social, isto é, reduzindo possibilidades de conflitos (Oliveira, 2003; Mazza, 2004; Motta, 2007).
Por fim, considera-se que o sentido politológico de CS, na ótica do Banco Mundial, está relacionado a lógica Sociológica de James Colleman, onde Capital Social gera Capital Humano. Neste caso, as políticas do Banco Mundial [lócus da concretização da visão politológica] de ampliação do acesso aos bens sociais [inclusive educação] das camadas mais pobres da população visam gerar ‘Capital Social’. A partir do acesso aos bens sociais, haveria o aumento da produtividade da população [sentido mercadológico] provocando incrementos em seu Capital Humano, ou seja, às políticas do Banco Mundial, investir no Capital Social gerará Capital Humano.
3 CRÍTICAS A VISÃO POLITOLÓGICA DA TEORIA DO CAPITAL SOCIAL
Viu-se que na abordagem sociológica de Capital Social há dois argumentos divergentes. Bourdieu defende que o Capital Humano gera Capital Social, enquanto que Colleman defende que o Capital Social gera Capital humano, mas ambos convergem que a educação é a liga entre os dois capitais. No entanto, a visão de Colleman é a predominante. O presente tópico irá apresentar a visão crítica a esta segunda abordagem.
A primeira crítica é trazida por Higgins (2005), no qual defende que os pressupostos teóricos vigentes sobre CS em uso nas políticas de desenvolvimento das instituições multilaterais [com destaque a sua experiência profissional com o Banco Mundial] relegam as instituições estatais a um segundo lugar, enfatizando as capacidades de autogestão das organizações sociais, contribuindo para o aprofundamento relações sociais reduzidas à relações de mercado.
Ainda segundo Higgins (2005) os teóricos do campo politológico desconfiam das ‘regulamentações normativas com critérios de universalidade’ e também consideram que há uma relação retroalimentada entre a perspectiva ‘neoconservadora’ de Putnam e ‘a perspectiva utilitarista e neoliberal’ de Colleman, onde ambos apóiam um tipo de Estado neoliberal, pois transfere à sociedade a responsabilidade pelo desempenho das instituições e, consequentemente, seu próprio desempenho, enxergando a sombra do Estado como ameaçadora.
Em sua experiência com políticas do Banco Mundial para a América Latina, Higgins (2005), confirma que tais políticas que visam investir, sobretudo, em Capital Social, impulsionam a eficiência competitiva dos empreendimentos econômicos, reproduzindo o mesmo processo de redistribuição de riqueza e poder, sem romper com os problemas estruturais do ciclo de pobreza.
De acordo com Motta (2007) e Castro (2013), há um cenário de novas formas de sociabilidade que tem como referência as Teorias de Desenvolvimento, associando Capital Social e Capital Humano, em meio às políticas macroeconômicas de ajuste estrutural. Para os autores, observa-se uma nova função à educação nas orientações de políticas sociais de combate à pobreza, definidas pelos principais Organismos Internacionais para os países dependentes. Essas orientações seguem as metas do encontro da Cúpula do Milênio da Organização das Nações Unidas (Motta, 2007).
No mesmo sentido, Motta (2007) destaca que na literatura crítica sobre novas mediações entre Capital Social e Capital Humano presentes nas políticas de desenvolvimento do Banco Mundial, há quatro grupos de aspectos centrais que merecem análise: 1) o favorecimento dos investimentos rentistas e especulativos em detrimento ao investimento produtivo, provocando a redução dos níveis de emprego, do agravamento da questão social e da regressão das políticas sociais; 2) as formas flexíveis de gestão da força de trabalho, aumentando a precarização das condições de trabalho, ampliação da competitividade entre trabalhadores, desemprego, informalidade, afetando os direitos sociais; 3) a redução da ação do Estado, com a restrição de gastos sociais e programas assistenciais focalizados de ‘combate à pobreza’ e de segurança e 4) as formas de sociabilidade com a invasão da lógica pragmática e produtivista em diferentes esferas da vida social.
Nas análises atuais sobre as transformações nas condições de trabalho no contexto produtivo, há o apontamento de mudanças nas estratégias de enfrentamento da chamada ‘crise estrutural do capitalismo’ (Frigotto, 2002; Ramos, 2015). Nesse contexto, a mudança mais substantiva está no campo da educação, elemento presente nas Teorias do Capital Social e Humano.
Conforme afirmou Ramos (2015), o sistema escolar é transformado no dia a dia, como um espaço que delimita as possibilidades de crescimento e desenvolvimento da economia, pois determina o perfil da população, define o leque de empregos e renda que o indivíduo terá em sua vida ativa, explica a pobreza e sua reprodução entre gerações, dissemina valores e modela o perfil de trabalhadores que a estrutura produtiva terá à sua disposição no longo prazo.
É importante mencionar que Bourdieu e Adorno já haviam criticado a função da educação como ótica produtivista/mercadológica antes do início dos acontecimentos em voga. Para Adorno (1993), a educação seria uma instância socializadora e mediadora do indivíduo no mundo controlada pelos grupos dominantes. Adorno (1993), ressaltou também que a escola não é para ser assim, mas está assim [e ainda continua], pois encontra-se inserida num contexto que é a expressão do modelo político, econômico e cultural capitalista, cuja função é apenas alienar o indivíduo, pouco contribuindo para sua autonomia. Bourdieu (1980) também enfatiza suas críticas ao modelo de educação [à época]. Para ele a cultura escolar é a dominante. Segundo o sociólogo, a escola mantém e legitima privilégios sociais e representa crença, postura e valores dos grupos dominantes como cultura universal (Bourdieu, 1980), perdendo sua função transformadora e reforçando a alienadora à cultura dominante (Motta, 2007).
O papel político da educação presente nas políticas de desenvolvimento do Banco Mundial é reforçar a coesão social, articulando tanto a integração econômica quanto moral, exaltando valores como religião, tradição e cultura e enfatizando o papel socializador da família e da escola.
Para além da educação como fator determinante de crescimento econômico e de aumento da produtividade, ideologia difundida nas etapas iniciais de implementação do neoliberalismo cuja expressão encontrava-se na “teoria do capital humano”, a função educativa incorpora a tarefa de transmitir valores culturais de solidariedade e civismo, como uma estratégia fundamental para a redução das desigualdades sociais e da pobreza e na construção de uma sociedade coesa e harmoniosa, expressão da “teoria do capital social” (Motta, 2007, p. 223):
Da mesma forma, Castro (2013, p. 363) pensa que:
A dimensão ideológica tem forte peso no (re)ordenamento social, amparando-se na ideia de capital humano, dissemina um novo ideário para o trabalho, a educação e para a própria individualidade (...) trata-se de um novo projeto do capital, baseado na ideologia neoliberal, que busca equilibrar crescimento econômico e desenvolvimento social, tendo como referências as teorias de desenvolvimento, de capital social e capital humano.
Portanto, diante destes argumentos percebe-se que a dimensão mercadológica que o Capital Social passou a adquirir nos anos 2000, com a ‘vitória’ da abordagem de Colleman e o uso desta, nas políticas, vai implicar em um novo sentido à TCS, que no caso seria a agregação da visão mercadológica/economicista do Capital Humano na TCS (Saul, 2004; Higgins, 2005; Ruckstadter, 2005; Silva e Santos, 2009). Nesse contexto, a educação será uma ponte entre os dois capitais.
4 A TEORIA DO CAPITAL HUMANO RESSIGNIFICADA
A ressignificação da Teoria do Capital Humano presente neste texto, defende que se trata de um ‘remodelamento’ desta [TCH] em Capital Social para dar à primeira, um ‘novo significado’ mais humanista e sociológico, aumentando sua aceitação nas orientações de diversas políticas públicas. No campo da psicologia, entende-se por ‘significado’ construções elaboradas coletivamente em um determinado contexto histórico, econômico e social concreto (Coutinho, 2009). Em neurolinguista, ressignificar é atribuir novo sentido. De acordo com a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBIE), ressignificação constitui uma das técnicas de Programação Neurolinguística, isto é, um método utilizado para que as pessoas possam atribuir novo significado para os acontecimentos, através da mudança de sua visão de mundo, percebendo-os de maneira mais agradável, proveitosa e eficiente (SBIE, 2015).
Motta (2007) considera que as transformações do período 1990 – 2000, formam um terreno fértil para a mediação de ‘novas idéias’ de superação de pobreza, pois foram oportunamente fortalecidas pela redução do papel do Estado na questão social, aliado ao aumento da violência, da exclusão sociocultural de grupos indígenas e afrodescendentes, desencadeada pelos movimentos globalizantes; a discriminação de gênero, sexual e de pessoas com deficiências, na interface com a crescente degradação das condições de vida da maioria esmagadora da população.
Assim, com a mudança nas ‘regras do jogo’ em tempos de modernidade líquida (Bauman, 2013), ou pós-modernidade (Lyotard, 2004), o sistema educacional tornou-se uma instância mediadora para as ‘novas idéias’ de superação da pobreza, à medida que pode socializar e mediar o indivíduo no mundo via educação. Conforme Adorno (1993) citou, a escola é uma instância controlada pelos grupos dominantes como expressão do modelo político, econômico e cultural capitalista vigente. O fato é que essas ‘novas idéias’ apelam à moralidade e solidariedade social, ao lado da naturalização da autoresponsabilização do indivíduo por situações (des)favoráveis em suas vidas, ao favorecem à abordagem politológica de Colleman da TCS, sem deixar de lado a abordagem produtivista/marcadológica da TCH.
Nesses termos, em época de pós-modernidade, as TCH e do CS, fortalecem os imperativos de que é preciso implementar programas educacionais que melhorem as aptidões, ampliem as oportunidades para a construção de capital humano e social dos indivíduos, e que também contribuam à redução dos comportamentos de risco e mantenham a cultura cívica e a governabilidade dos territórios. No entanto, ressalta-se que o maior incômodo deste viés está no acortinamento do debate de luta contra a pobreza sem levantar as questões de sua origem, dos conflitos de classe e da crítica a responsabilização individual pelo (in)sucesso dos indivíduos em sua trajetória de vida. Estas estratégias políticas ocultam a natureza conflitual de luta de classes e exaltam a cultura cívica e o mérito individual, contribuindo fundamentalmente para instauração do conformismo (Semeraro, 2001, Higgins, 2005 e Motta, 2007).
Além da escola, a família também representa uma instituição responsável por disseminar valores. Conforme cita Motta (2007), tanto a família, quanto a escola, são responsáveis pela transmissão de uma educação que conduza a responsabilidades e ofereça oportunidades para o indivíduo realizar seu potencial. De modo geral, tanto na TCS, como na TCH, o seio familiar é um instrumento primordial à socialização das pessoas na sua cultura, valores, poder, conhecimentos e aptidões que permitam providenciar suas capacidades e incrementar seus ativos individuais (Gonçalves, 2019). Nestes termos, para os teóricos do Capital Social, o debate sobre a família é voltado para a transmissão um habitus. Contudo, não se trata da reprodução de qualquer hábito, trata-se da ética/cultura do trabalho no modo de produção capitalista. Para Fukuyama (1996), seria a partir do hábito que visasse à cultura do trabalho, que muitos problemas sociais persistentes seriam atenuados.
Nessa perspectiva, percebe-se que os teóricos da TCS buscam explicar como conter os conflitos da polarização de classes reforçando a coesão social com a transmissão de costumes, valores, moral e regras sociais através de um processo amplo de interação entre família, escola, meio social e produtivo. Estas instâncias são responsáveis por reproduzir certos tipos de valores como: trabalho, solidariedade, associativismo, valorização das pessoas e religião, indispensáveis à formação de uma sociedade coesa e livre de conflitos, ativando o perfil solidário, associativo e caridoso, que em momentos de dificuldades possam atravessar seus impasses sem maiores conflitos (Fukuyama, 1996; Putnam, 2002; Sen, 2010).
Aqui, chama-se a atenção que em uma conjuntura de drásticas e rápidas mudanças que o mundo atravessa desde a década de 1970, com transformações tecnológicas, alterações no sistema político, econômico e na seguridade social; a estabilidade social é colocada em xeque, em meio a contradição que a classe trabalhadora se depara com o novo modo de acumulação flexível. Esta conjuntura implica em níveis relativamente altos de desemprego estrutural, rápida destruição e reconstrução de habilidades, ganhos modestos de salários reais, retrocesso do poder sindical, alterações do sistema de seguridade social, perda de abrangência das políticas sociais e deterioração das condições materiais de vida (Gonçalves 2019).
Assim, o atual cenário sobrevaloriza o papel econômico da educação cuja nova função para o século XXI, seguindo as diretrizes dos Organismos Internacionais é o desenvolvimento de competências laborais (Gonçalves, 2019). Dessa forma, seguindo os preceitos da TCH, o papel da educação é “formar para as competências do mundo do trabalho” (Guedes, 2007, p. 02). Ao que parece o papel econômico da educação é um ‘caminho virtuoso’ sem volta, pois para responder aos anseios produtivos, as diretrizes neoliberais presentes nestas políticas reformam a educação para acompanhar as mudanças produtivas que o mundo pós-moderno/líquido exige, formando pessoas aptas a adaptarem-se aos imperativos do mercado (Guedes, 2007).
Portanto, dada a complexidade de fomento de CS, enfatiza-se sua função no atual contexto de contradições sociais e econômicas, sob a lógica da TCH neoliberal para manter a harmonia social pela retórica produtivista. Nesse caminho, o discurso de investimento em Capital Social para se gerar Capital Humano ressignifica o sentido de Capital Humano, em Capital Social, isto é, ressignifica a Teoria de Capital Humano em Capital Social, ao usar a TCS para fomentar CH. Em última análise essa ressignificação buscar compatibilizar as contradições entre competitividade x solidariedade, consumismo x assistencialismo, meritocracia x desigualdades, competência x segurança social e eficiência econômica x harmonia. Dessa forma, reitera-se que o termo mais apropriado para retratar o atual conceito de Capital Social é o de Capital Humano Ressignificado.
Conclusiones:
Ao não abordar a visão de Bourdieu sobre capital social e adotar a visão de Colleman no que tange as conexões entre educação, Capital Humano e Capital Cocial, aliada a versão politológica de Capital Social, a TCS incorpora a função utilitarista da Teoria do Capital Humano nas políticas públicas de fomento do Capital Social patrocinada por Organismos Internacionais.
Neste caso, a compatibilização da estrutura de referência do Capital Social, sobre desenvolvimento social e sustentável através de uma cultura moral, cívica e empreendedora à governabilidade, é aliada a lógica da responsabilização e da competência, destacando as capacidades empreendedoras de autogestão e a necessidade de gerar ativos humanos para o mercado. Tem-se então a Teoria do Capital Humano Ressignificada.
Nessa perspectiva, investir em Capital Social é tão rentável quanto em Capital Humano, embora seja complexo classificá-lo monetariamente, pois o produto da fusão entre as duas Teorias seria coesão social, fortalecimento da cultura do trabalho, indivíduo competitivo, consumista, utilitarista e produtivista. Por outro lado, contribuem à reprodução do processo de concentração de riqueza e poder, sem romper com os problemas estruturais da pobreza. Ademais, transfere à sociedade a responsabilidade pelo desempenho das instituições e, consequentemente, seu próprio desempenho, para enxergar a sombra do Estado como ameaçadora.
Assim, no âmbito microssocial a ressignificalção caminha na geração de um indivíduo competidor, individualista, sem contexto social e sem história, reduzindo sua capacidade de reconhecimento e luta por direitos sociais e coletivos. Já no âmbito macro, prejudica os questionamentos do agir estratégico das instituições, reproduzindo o senso comum da classe dominante em discursos, ações, valores e cultura, aprofundando as desigualdades sociais. Portanto, conclui-se que a ressignificação da TCH é capaz de provocar resultados indesejáveis à maior parte da população, produzindo o acortinamento da natureza conflitual de classes e o conformismo.
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Palabras clave:
Pós Modernidade;
Capital Humano;
Capital Social;
Ressignificação.