Resumen de la Ponencia:

El capitalismo actual requiere que sigamos siendo productivos como en su etapa anterior; proyectando nuevas subjetividades con base en el rendimiento y afecciones neuronales, que lo convierten en un problema social, específicamente, de salud colectiva. Las transformaciones del y en el capitalismo tensionan el conocimiento científico, particularmente, en el campo de la rehabilitación y el movimiento humano; en la medida que, sostenemos a modo de hipótesis, los tratamientos rehabilitadores, por su propia función integradora del paciente a la vida cotidiana, se estructuran (re)produciendo las condiciones de las rutinas diarias, y con ello, los niveles de autonomía individual ejercidos. En consecuencia, el presente trabajo se interroga en torno a los tratamientos kinésicos neurorehabilitadores en Argentina, centralmente, en cuanto a qué rasgos de subjetividad (re)producen en la búsqueda de rehabilitar al paciente; y qué aspectos de autonomía individual proyectan sobre la subjetividad del paciente. Para ello, indagamos, desde un enfoque sociológico, en una investigación exploratoria de tipo cualitativa, con perspectiva hermenéutica-interpretativa (Giddens, 1983), basada en entrevistas semiestructuradas a profesionales de la salud -informantes clave-, con una muestra no probabilística, cómo afecta este nuevo contexto del capitalismo a quienes trabajan en neurorrehabilitación, en el campo de la Kinesiología y Fisiatría en las ciudades de Rosario y Santa Fe -Argentina- (2018-2020), aplicando el Concepto Bobath (CB) como encuadre de los tratamientos en pacientes adultos. La decisión metodológica de seleccionar el CB responde a que, además de proveer un saber científico-técnico al profesional, indica al momento de diseñar el tratamiento atender a las condiciones del contexto histórico-social donde la relación profesional-paciente se desarrolla (Bobath, 1997). El presente trabajo da cuenta de antecedentes y marcos teóricos que abordan la incidencia de las transformaciones sociales del capitalismo y sus relaciones con condiciones epidemiológicas actuales (Han, 2012; Fisher, 2019), que permiten visibilizar la relevancia social de las ciencias rehabilitadoras –aplicadas específicamente en neurorehabilitación-, en un marco donde el movimiento del cuerpo humano ha perdido su exclusivo significado instrumental para la creación de capital (Bauman, 2000). Entre los hallazgos de la investigación, se identificó que, en el campo de la Kinesiología y Fisiatría, en las ciudades seleccionadas, el tratamiento neurorehabilitador bajo CB presenta características cada vez más de tipo ambulatorio, tanto por parte del paciente como del profesional; desplazándose la tarea, significativamente, de las instituciones cerradas de internación. A su vez, estos cambios presentan que la relación profesional-paciente durante el tratamiento se estructuren en torno a acuerdos interpersonales sobre saberes expertos y criterios éticos específicos y generales que contribuyen a desarrollar una noción de autonomía individual fijada a una subjetividad del rendimiento (Han, 2012), próxima al capitalismo actual.

Resumen de la Ponencia:

A atual conjuntura brasileira encontra-se permeada por instabilidades, sobretudo com o advento da pandemia global que assolou o país vitimando mais de 600 mil pessoas. No universo do trabalho, a informalidade tem encontrado bases cada vez mais sólidas frente ao  aprofundamento do cenário de crise e desemprego estrutural enfrentado pelo país. As diaristas se inserem neste campo, enquanto trabalhadoras que exercem suas atividades sem vínculo formal, na medida em que a atividade se constitui enquanto metamorfose do emprego doméstico frente às alterações no mundo do trabalho.  O objetivo desta pesquisa é investigar e refletir sobre os sentidos e representações produzidos por estas mulheres sobre seu cotidiano laboral. Para isto, nos utilizamos de uma abordagem qualitativa onde realizamos entrevistas semiestruturadas com 20 mulheres, analisadas a partir de categorias de análise que emergem de suas narrativas. Nesse sentido evidencia-se a precariedade e subalternidade da atividade frente a um cenário de desgaste na medida em que as entrevistadas afirmam realizar mais de uma faxina por dia. Apesar disso, o fato de ser diarista aparece como elemento positivo ao criar condições para que sejam melhor remuneradas do que empregadas com vínculo formal.

Resumen de la Ponencia:

O trabalho distingue duas perspectivas sobre a memória da violência sexual contra mulheres indígenas no conflito armado na Guatemala, praticado pelas forças militares, entre 1962 e 1996: a perspectiva estatal e uma perspectiva feminista comunitária das mulheres indígenas. O período de Guerra Fria na América Latina e no Caribe, foi marcado pela emergência de ditaduras, a maior parte civis-militares, cujo impacto resultou em graves violações de direitos humanos. O surgimento do conflito interno guatemalteco foi o resultado do acúmulo de múltiplos fatores estruturais, enraizados na história do país, o que resultou, segundo estimativas, em 200 mil mortos, 45 mil desaparecidos, além de mais de 100 mil deslocados. As variáveis raça e gênero não foram devidamente consideradas para o levantamento do número estimado de vítimas desses massacres. São crimes de violência, realizados por parte do Estado, que terminaram em assassinatos e desaparecimentos, e que, contudo, não deveriam ser classificados apenas como genocídio. A teoria social afirma que, na Guatemala, o Estado praticou uma política de terra arrasada, cujo ápice ocorreu em 1982, com massacres dos povos indígenas. Logo, este estudo realiza um recorte de gênero e raça, especificando a violência sexual contra a mulher indígena, a partir dos conceitos de femigenocídio e pedagogia da crueldade de Rita Segato e ainda traz críticas sobre a inefetividade dos instrumentos internacionais para a reparação às mulheres, mesmo após a justiça de transição. Em resposta aos massacres, em 1994, implementou-se a Comisión para el Esclarecimiento Histórico (CEH) no país, que publicou seu Relatório Final “Guatemala: Memoria del Silencio", em 1999. Este trabalho analisou tal documento oficial, concluindo pela ausência de instrumentos mais sensíveis e capazes de identificação da violência de gênero e a presente invenção femigenocida do próprio Estado, além da violência continuada diante da impunidade dos responsáveis pelos massacres. Por não serem representadas adequadamente na CEH, as sobreviventes se organizaram em movimentos, dos quais destaca-se coletiva Actoras de Cambio, composta por mulheres ativistas preocupadas com os danos e a cura das mulheres indígenas. O diálogo com elas é objeto central do estudo, que busca compreender a dimensão dos danos da guerra sob o corpo das mulheres.

Introducción:

O documento da Comissão da Verdade e Reparação da Guatemala, decorrente da guerra civil guatemalteca, iniciada na década de 1960 e com término nos anos 1990,  é  o ponto de partida do presente estudo, em especial, em sua parte que trata da violência contra as mulheres. Dele se extrai o legado de morte e violência extrema, que a teoria social chama de ‘política de terra arrasada’, principalmente contra as populações indígenas. Afirma-se que neste episódio, 42 mil pessoas foram vítimas de diferentes tipos de violência, sendo que 85% delas eram indígenas (CEH, 1999).

Especificamente, a partir da década de 1960, e à luz do impacto da Revolução Cubana de 1952, observa-se na região centro-americana a aparição de grupos de luta armada contra o regime da terra e do latifúndio historicamente amparados em governos ditatoriais, em processo continuado do fenômeno do colonialismo interno. 

A história guatemalteca não foi indiferente a esta tendência, pois a partir dos anos 1960, intensos enfrentamentos marcam o início da luta armada sob comando da Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG) que articulou militantes de esquerda com movimentos rurais de camponeses e indígenas, contra as Forças Armadas e o governo, que os oprimiam e usurpavam suas terras e sua cultura. 

A luta entre a guerrilha e o Estado se estendeu por mais de trinta anos, entre 1962 e 1996, havendo um agravamento da violência principalmente a partir da década de 1980, quando ocorrem os episódios de maior violência, resultando em mortes e o desaparecimento de cerca de 200 mil pessoas. 

Em 1987, o governo guatemalteco criou a Comissão Nacional de Reconciliação da qual emergiram os Acordos de Oslo (1990) entre o governo e a URNG, colocando um fim ao conflito armado vivido na Guatemala.Posteriormente, os Acordos de Paz culminaram na criação da Comisión para el Esclarecimiento Historico (CEH), que teve como propósito analisar não apenas o momento de maior influxo da violência no país, como também buscou resgatar todo o período do conflito, iniciado em 1962 com o golpe de Estado, até 1996, data da assinatura definitiva dos Acordos de Paz.

Em 1999, a CEH divulgou seu Relatório final “Guatemala: Memoria del Silencio” (CEH, 1999). Este documento forma parte de um conjunto de mecanismos políticos e jurídicos desenvolvidos pelo direito internacional e é um suporte fundamental para a justiça transicional, por isto, é também um dos instrumentos oficiais de um Estado na retomada da democracia e da paz social e política depois de períodos de graves violações aos direitos humanos. 

Assim, o seu propósito não é apenas trazer à tona a verdade e a memória dos acontecimentos, identificar as vítimas e os violadores, como também elaborar recomendações para remediar as violações e prevenir sua repetição.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos, em 1988, sancionou obrigações fundamentais do Estado que estão na base jurídica da Justiça de Transição, entre elas, estão: realizar investigações profundas quando violações foram cometidas; impor sanções adequadas aos responsáveis das violações; e garantir a reparação das vítimas.

Sob esta base de princípios e obrigações, os registros oficiais da CEH trouxeram que o conflito armado no território guatemalteco provocou 42.275 vítimas, das quais 83% eram mayas, pertencentes a alguma das 22 etnias existentes na Guatemala, e 17% eram ladinos (Gamarra, 2018, p. 17). Além disso, o Exército da Guatemala foi responsável por 85% das violações registradas pela CEH, seguidos pelos grupos de Autodefesas Civis (18%), os comissários militares (11%), outras forças de segurança do Estado (4%) e as organizações de guerrilha (3%) (CEH, 1999, Volume II, p. 317).

A partir da análise dos documentos da Comissão como uma narrativa formal da violência - narrativa impulsionada pelos mecanismos internacionais de direitos de onde advém seus alcances e suas limitações - atentemo-nos à narrativa das sobreviventes de um tipo específico de violência na Guerra Civil guatemalteca, a violência sexual contra as mulheres indígenas, resgatando assim as críticas que estas realizam acerca do processo de Paz.

Essa violência não deixa de existir após os Acordos de Paz, ela continua a ser sentida nos corpos precarizados, racializados e castigados, ou seja, nos corpos colonizados, principalmente nos corpos das mulheres, que são sexualizados e assediados ao mesmo tempo. E todas essas violências são uma manifestação das relações de poder que vêm sendo exercidas entre colonizadores e colonizados.

Assim, ao buscar tratar nesta pesquisa sobre a memória dos acontecimentos ocorridos de forma violenta contra as mulheres indígenas no período do conflito armado na Guatemala, tentamos ressignificar o olhar sobre as violações, a partir da perspectiva das próprias mulheres sobreviventes. De forma que, ao procurar visibilizar suas perspectivas e vozes por meio do texto aqui transmitido, também atuamos em conjunto para transgredir, tomar consciência e buscar a emancipação para desafiar a ordem colonizadora estabelecida.

Isto posto, este artigo está constituído em seis capítulos principais, sendo que, o primeiro destes foi esta Introdução, na qual insere-se o assunto a ser elaborado ao longo do estudo; o segundo capítulo refere-se aos aspectos mais conceituais acerca do processo de Justiça de Transição; o terceiro capítulo busca dar conta do processo de invisibilização dos crimes ocorridos contras as mulheres indígenas; o quarto capítulo aborda os limites do sistema internacional de proteção às vítimas de direitos humanos; o quinto capítulo traz mais especificamente o olhar das mulheres indígenas guatemaltecas acerca das violações ocorridas, a partir da conexão com a Coletiva Actoras de Cambio; e por fim, o sexto e último capítulo, realiza as considerações finais acerca do tema abordado neste artigo.

Desarrollo:

2. JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO

 

Compreende-se por Justiça de Transição um conjunto de medidas adotadas para enfrentar um passado ditatorial.

Ou seja,  após o restabelecimento da normalidade institucional, devem ser adotadas todas as medidas necessárias para garantir a paz e impedir que as violações ocorridas nos períodos de exceção se repitam. Tais medidas baseiam-se, sobretudo, no direito à verdade, à memória e à efetivação da justiça, com a identificação e punição dos agentes responsáveis por tais violações. A crítica trazida pelo sistema interamericano de direitos humanos é que a justiça transicional tem sido prejudicada por leis de anistia que  acabam banalizando as violências cometidas pelo Estado militarizado e “perdoando” os contra insurgentes a em Estado opressor e injusto. 

A história da Guatemala, assim como de outros países da América Latina, está marcada pelo legado de colonialidade (Quijano, 2005) nas relações de produção, modelo que se arrasta desde o século XIX até os dias atuais. A visão dos povos indígenas como uma “raça miserável” e inferior, força de trabalho compulsória, é comum no imaginário social e político não indígena.

Diante de um cenário de conflito, sob o governo de liberais, a Guatemala, a partir da década de 1960, se torna um território marcado por intensos enfrentamentos entre as Forças Armadas estatais e grupos insurgentes.

A partir da década de 1990, o desgaste dos governos militares, em conjunto com campanhas internacionais e o apoio das Nações Unidas, além da atuação da cúpula da Igreja Católica, resultaram em pressões por redemocratização. Depois de um longo processo de diálogo, instaurou-se o Acuerdo sobre el Establecimiento de la Comisión para el Esclarecimiento Histórico de las Violaciones a los Derechos Humanos y los Hechos de Violencia que han Causado Sufrimiento de la Población Guatemalteca - a CEH -, de 1994.

Em seu Relatório Final, a CEH concluiu que no auge do enfrentamento, entre 1981 e 1983, cometeram-se atos de genocídio contra as etnias Maya em Huehuetenango e Rabinal (CEH, 1999, Volume II, p. 422). A Comissão indicou que os massacres de aldeias desencadearam a fuga massiva de comunidades e famílias mayas. Cerca de 150 mil pessoas buscaram sua segurança no México.

Dessa forma, os relatos trazidos pela CEH marcam o fim do conflito armado na Guatemala e a instauração da Justiça de Transição.

Ao pensarmos sobre os processos de transição de uma ditadura para uma democracia, observa-se que estes normalmente são marcados pela abertura de caminhos para os direitos humanos e demandas por verdade, justiça e memória, sendo que ambos os processos se apoiam.

A Justiça de Transição é um tema de estudo que ainda passa por construções teóricas e metodológicas. Um dos seus mecanismos principais são as Comissões da Verdade, caracterizadas por serem órgãos temporários, estabelecidos por meio de um mandato oficial, com a finalidade de investigar violações de direitos humanos, identificar os padrões e causas dos processos de violência e publicar um relatório final por meio de um procedimento politicamente autônomo.

Em seu relatório final, as Comissões da Verdade formulam um conjunto de recomendações visando atingir os principais objetivos da Justiça de Transição, quais sejam: verdade, justiça, reparação e garantias de não repetição. Este último direito tem como principal finalidade  garantir a manutenção da paz.

Assim, nos cenários de pós-conflito há três dimensões importantes que devem ser trabalhadas: a legitimidade, eficiência e a segurança. Cabe destacar que as reformas das áreas de Segurança e Defesa constituem pilares fundamentais das Comissões da Verdade.

 

3. INVISIBILIZAÇÃO DA VIOLÊNCIAS CONTRA A MULHER INDÍGENA  

 

Na tese doutoral de Amandine Fulchiron, que resulta do diálogo com a Coletiva “Actoras de Cambio” e com as indígenas guatemaltecas, trata-se das consequências da negação de direitos humanos (Fulchiron, 2020, p. 74), por meio de uma sentença judicial que tratava de estupros de mulheres indígenas durante os anos do conflito

 

A humilhação e a exclusão persistem em Sepur Zarco após a decisão do tribunal, enquanto a vergonha da comunidade e o silenciamento masculino que dela decorre continuam a culpar as mulheres em Libertad..

 

A violação sexual, principalmente em cenários de conflitos armados, é um dos maiores silêncios da história dos conflitos de alta intensidade. 

A CEH afirma que os estupros contra mulheres foram uma prática incluída no treinamento militar, já que havia prostitutas para acostumar o soldado a essa prática. Logo, a objetificação a que foram submetidas as mulheres era de desumanização absoluta, o que permitiu que elementos do Exército as atacassem com total impunidade. 

Assim, observando-se alguns casos repetitivos e gravíssimos de violência sexual e feminicídios contra as mulheres indígenas na América Latina, nota-se que há uma prática genocida, ou femigenocida, conforme categoria trazida pela antropóloga Rita Segato (2014) e denunciada em documentos históricos e peticionamentos junto à organismos internacionais e da anistia internacional, que afeta mais gravemente as mulheres de origem indígena.

O ataque a essas comunidades, lhes restringe ou afasta possibilidades de sobrevivência futura. Segato (2016b) relata o caso Sepur Zarco, por exemplo, ocorrido em uma pequena comunidade Q'equchi Maya na Guatemala ao longo dos anos 80, no meio de um conflito armado interno e com uma forte política de repressão militar. 

Essa comunidade foi atravessada por uma história de conflitos agrários, apesar de serem ocupantes da terra desde a era colonial. Suas lideranças, na tentativa de oposição à usurpação das terras que sofriam, foram criminalizadas. Sofreram assassinatos, torturas e desaparecimentos, e suas mulheres, sofreram submissão à escravidão sexual e doméstica na própria base militar constituída no local. A escravidão sexual a que foram submetidas as mulheres da comunidade nos anos 80 cedeu em uma sociedade profundamente patriarcal, isso somado à repressão estatal, criou um ambiente de silêncio, tabus, preconceitos e estigmas.

A destruição do tecido comunitário, portanto,  é um método,  facilitado pela destruição dos corpos femininos, com humilhação a toda a sociedade, sobretudo a partir dessa violência sexual utilizada como tortura. Seu propósito violento é de terror e portanto, de crueldade intensa. 

Observa-se assim que a pedagogia da crueldade tem duas consequências nos vitimadores e nas vítimas: a primeira consequência se refere a quem recebeu treinamento do estupro e que concretiza sua lição na rapina dos corpos femininos ou feminizados, convertidos em territórios ocupados. Esta prática naturaliza em longo prazo formas de dominação e práticas socioculturais cruéis na violência cotidiana contra a mulher. 

É importante definir que Segato (2021,p.13) nomina de “pedagogías de la crueldad” a todos os atos e práticas “que enseñam, habitúan y programan a los sujetos a transmutar lo vivo y su vitalidad en cosas”.

Explica que esta pedagogía“enseña algo que va mucho más allá del matar, enseña a matar de una muerte desritualizada, de una muerte que deja apenas residuos en el lugar del difunto”. 

Na Guatemala de hoje, bem como em outros países submetidos ao femigenocídio, como El Salvador, o crime organizado nas periferias das cidades ainda utiliza o estupro das mulheres dos inimigos derrotados.

As mulheres estupradas costumam afirmar que foram separadas dos seus corpos, que não mais lhes pertence ou não mais lhes permite o gozo. Que elas perderam sua força vital e suas possibilidades de felicidade. O estranhamento do próprio corpo tem um resultado em longo prazo, pois reafirma as posições de gênero na comunidade. A violência sexual coloca as vítimas como estranhas nas suas famílias, repudiadas regularmente pelos companheiros ou pela comunidade. 

Relatam sentimentos como "Trataram-nos pior que os animais" , como  expressão partilhada pelas mulheres mayas da Guatemala, para falar do sofrimento vivido e caracterizar a desumanização a que foram submetidas.

As injustiças sociais se expressam como sofrimento porque coincidem com uma convicção interior de que não é justo o que lhes fizeram, apesar do discurso ideológico patriarcal e racista da guerra tentar normalizar e justificar os acontecimentos criminosos. As injustiças sociais constituem então em dano moral, porque são uma transgressão do que é considerado como um tratamento justo, de como deve ser tratado. 

Segundo os relatos apresentados em Fulchiron (2021, p. 207),  as sobreviventes  costumam relatar "Eu sou uma pessoa", e questionam "O que eles fizeram conosco está certo? Fizeram tudo conosco, nos estupraram, nos assustaram, nos deixaram com muita dor [...]. É muito dano o que eles nos fizeram".

A forma como as mulheres descrevem os danos que o estupro causou em suas vidas vai de encontro a uma abordagem da injustiça como um ataque social a demandas por reconhecimento. A partir de Fulchiron (2021, p. 208), as sobreviventes expressam frases como: "Ninguém me ouve", "não acreditam em nós", "me batem", "me maltratam", "zombam de mim", "me criticam", "nos chamam de putas", " ninguém nos reconheceu, ninguém nos ama", "eles me lembram de novo". Estas são as palavras usadas para nomear seu sofrimento associado ao estupro e às injustiças de humilhação, silenciamento e exclusão que desencadeou na vida delas.

No caso dos crimes sexuais na guerra, não se trata apenas da falta de respeito pela integridade e valor dos corpos e espíritos das mulheres indígenas afetadas, mas também pela intenção de aniquilamento perpetrada pelas forças militares do Estado. 

A expressão usada pelos sobreviventes "Estou morta em vida", ilustra a intencionalidade da violação sexual na guerra e a dimensão da destruição que isso significou em suas vidas. A injustiça do estupro consiste não apenas na brutal invasão, uso, tortura e destruição dos corpos das mulheres, mas também no sofrimento gerado pela interpretação patriarcal colonial que transforma o crime em algo “desejado” pelas mulheres e vítimas de tortura sexual, transformando-as em "prostitutas", por meio da interpretação patriarcal. Isso gera uma cadeia contínua de humilhações, agressões físicas e sexuais e uma dinâmica de exclusão social que as leva a desaparecer socialmente.

Dessa forma, a injustiça do estupro está também na morte social e subjetiva das mulheres. Sem compreender a especificidade e dimensão da injustiça social dos crimes sexuais e os danos morais que eles acarretam, não podemos entender por que a justiça formal e processual não responde às expectativas de reconhecimento e reparação dos danos que fundamentam os anseios da justiça para sobreviventes.

Com isso, alinhamo-nos à proposta de Segato (2021), a qual sugere que sejam concebidas contra pedagogias da crueldade, que sejam capazes de resgatar a sensibilidade acerca dos sofrimentos e afastar a crueldade banalizada contra os corpos das mulheres. 

A autora propõe uma contra pedagogia do patriarcado, elencando a baixa empatia, o mandato de masculinidade e o corporativismo masculino, por exemplo, como alguns dos elementos que reforçam o patriarcado, que por sua vez, é a primeira pedagogia do poder e expropriação de valor. Segato propõe que essa política não seja utópica e sim, pragmática, preservadora da vida no cotidiano. 

 

4. LIMITES DO SISTEMA INTERNACIONAL DE PROTEÇÃO ÀS VÍTIMAS DE ESTRUPO

 

O viés, extremamente limitado da legislação guatemalteca na interpretação da violência sexual, corroborando a invisibilização das agressões, da dominação de gênero e raça, e da rapina sexual sofrida pelas mulheres indígenas, motivou em 2014 a CIDH a manifestar sua profunda preocupação com a negação do genocídio. 

Some-se a isto a fragilidade das instituições democráticas atuais na Guatemala. 

Desde a Constituição de 1985, introduziu-se no Congresso o Projeto de Lei 5.377 cujo propósito seria alterar a Lei de Reconciliação Nacional, de 1996, anistiando os crimes políticos entre 1960 e 1996. Dessa forma, extinguir-se-ia a responsabilidade criminal relacionada ao conflito armado interno, dando condições para aplicar o princípio da não retroatividade da lei.

O Estado da Guatemala, indiferente à existência de um sistema de proteção internacional de direitos humanos, não teve pudor em inserir em seus documentos oficiais a autorização da violência sexual, como prática militar, realizando treinamentos nesse propósito. 

De fato , somente em 1946, no pós-Segunda Guerra Mundial, o estupro passou a fazer parte das discussões de crimes de guerra e violações de direitos humanos no Tribunal para Crimes de Guerra de Tóquio. Adotando em 1949 as Convenções de Genebra para as situações de guerra, e entre elas, o destaque para a previsão de que “as mulheres serão especialmente protegidas contra qualquer ataque à sua honra, e particularmente contra violação, prostituição forçada ou qualquer forma de atentado ao seu pudor" (CICV, 2016, p. 173). 

Desde aquele momento, a negociação de compromissos e de acordos internacionais como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher - CEDAW (ONU, 1980) tem incidido diretamente sobre a legislação e as políticas públicas nos países-membros do tratado.

As conferências mundiais sobre a mulher, por seu turno, constituíram marcos inquestionáveis nesse processo. A IV Conferência das Nações Unidas sobre a Mulher, realizada em Pequim, em setembro de 1995, foi sem dúvida a maior e a mais importante delas: pelo número de participantes que reuniu, pelos avanços conceituais e programáticos que propiciou e pela influência que continua a ter na promoção da situação da mulher. Intitulada “Ação para a Igualdade, o Desenvolvimento e a Paz”, a Conferência de Pequim partiu de uma avaliação dos avanços obtidos desde as conferências anteriores (Nairobi, 1985; Copenhague, 1980; e México, 1975) e de uma análise dos obstáculos a superar para que as mulheres possam exercer plenamente seus direitos e alcançar seu desenvolvimento integral como pessoas.

Em seus objetivos estratégicos destaca que as imagens de violência contra a mulher que aparecem nos meios de comunicação, em particular as representações de estupro ou de escravidão sexual, assim como a utilização de mulheres e meninas como objetos sexuais, inclusive a pornografia, são fatores que contribuem para a prevalência dessa violência, prejudicial à comunidade e, em particular, às crianças e aos jovens. 

Todavia, para além da perspectiva de gênero, faz-se necessário compreender as políticas e práticas racistas, que ainda excluem diversos povos originários, na América Latina e Caribe, do real acesso à justiça e à dignidade humana.

As violações sofridas por mulheres em situações de conflito armado constituem violações dos princípios fundamentais dos direitos humanos internacionais e do direito humanitário. A violação maciça dos direitos humanos, especialmente sob a forma de genocídio, de depuração étnica como estratégia de guerra e suas consequências, o estupro, inclusive o estupro sistemático de mulheres em situações de guerra, que criam o êxodo em massa de refugiados e de pessoas deslocadas, são práticas vigorosamente condenadas e os perpetradores de tais crimes devem ser punidos. 

Também em âmbito regional interamericano essa preocupação se acentua, ao menos formalmente. Em “Situación de derechos humanos en Guatemala”, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos indica a vulnerabilidade de mulheres e indígenas em relação a “delitos [que] se atribuyen a las maras, los carteles del narcotráfico y el crimen organizado” (CIDH, 2017, p. 14). E muito embora a maior parte da violência sexual contra as mulheres ainda seja doméstica, a teoria social considera errado o tratamento desta violência como problema de foro privado. 

Constatando que a cultura do estupro ainda não teria sido superada, Segato (2016a) qualifica a esta nova etapa da violência pós-conflito, como a sexualização extensiva da violência, como uma forma de guerra interna nos bairros periféricos ou regiões em que poderes paraestatais estruturam os poderes locais e de culturas de violência paraestatal. A Guatemala era o terceiro país em violência de gênero na América Latina em 2016: duas mulheres morriam por dia em situação de feminicídio.

Dessa forma, apesar de, atualmente, tanto o Brasil quanto a Guatemala se adequarem às normas internacionais de Direitos Humanos, reconhecendo direitos específicos dos povos originários, as populações indígenas ainda compõem um dos setores da população com os menores níveis educativos, com menos acesso à terra, saúde e justiça, e que estão menos representados em instituições democráticas. Dentro desse grupo, são as mulheres indígenas as mais afetadas pelas brechas de equidade.

A lista de problemas que os povos indígenas têm sofrido durante muitas gerações é longa e se mantém até nossos dias, incluindo: a exploração mineira e florestal de terras que afetam seu sustento, a redução dos seus territórios ancestrais devido a projetos de diversas finalidades, a destruição do meio ambiente por causa de construções públicas ou privadas e a violência contra dirigentes indígenas que lutam pelos direitos das suas comunidades.

Além disso, o racismo continua sendo parte da realidade da sociedade guatemalteca, e afeta especificamente populações indígenas. A herança colonial busca homogeneizar, branquear e ladinizar as mentes e corpos dos povos originários.

Apoiados no conceito da colonialidade do poder, introduzido pelo sociólogo peruano Aníbal Quijano (2005), e de colonialidade de gênero, desenvolvido em um refinamento da ideia Quijano, pela filósofa feminista María Lugones (2008), argumenta-se que a violência sofrida durante os conflitos armados, principalmente por homens e mulheres indígenas, tem sua origem num padrão de poder com origem colonial. A colonialidade impôs relações de inferioridade e superioridade entre os seres humanos baseadas na raça resultando a marginalização, exploração e a dispensabilidade das vidas de homens e mulheres indígenas ao longo da história dos países latino americanos.

 

5. QUANDO A REPARAÇÃO NÃO DÁ CONTA DA SANACIÓN

 

Para tornar visível o estupro cometido contra as mulheres durante a guerra e para contribuir para quebrar o círculo da impunidade, a Unión Nacional de las Mujeres de Guatemala, e o Equipo de Estudios Comunitarios y Acción Psicosocial - de direitos humanos- se organizaram no pós-guerra. Dessa aliança surgiu, em 2003, a Coletiva “De vítimas de violencia sexual a actoras de cambio: la lucha de las mujeres por justicia” em sua forma abreviada, “Actoras de Cambio”.

Para as mulheres guatemaltecas, pelo que se viu, não houve uma reparação efetiva, inclusive nos casos em que a justiça avançou na punição dos culpados, como em Sepur Zarco. Nesse caso, por exemplo, a reparação econômica não foi uma resposta adequada ao imenso dano moral e social que o estupro gerou.

Diante deste cenário, as mulheres organizadas em coletivas têm apostado em formas diferentes e mais sensíveis daquilo que, resgatando sua memória ancestral, chamam de sanación.

Para Actoras de Cambio, la sanación es una capacidad que está dentro de cada una de nosotras, y una vez logramos sanar, podemos acompañar a otras, para que ellas pueden hacer lo mismo. 

A Coletiva é pioneira em processos comunitários de recuperação da memória histórica a partir da voz e da experiência de mulheres sobreviventes de estupro durante o período de conflito armado na Guatemala. 

Esses grupos de mulheres tornaram-se o único ambiente social no qual elas se sentiram validadas em seus relatos, sendo então denunciada toda a injustiça perpetrada contra elas. A partir disso, são criadas condições para que suas existências sejam reconhecidas, começando um processo de acreditar em si mesmas e de ter suas próprias palavras e experiências aceitas como legítimas.

Realizam festivais de memória comunitária, que depois são levados a âmbitos regionais e nacionais: o primeiro festival regional de memória, “Sobrevivi. Estoy aquí. Estoy viva", levava um nome que sintetizava seu propósito e utopias. Nesse evento também ocorreu o primeiro fórum público na história do país que se realizou em Huehuetenango, em novembro de 2008, quando as sobreviventes quebraram o silêncio em torno dos crimes sexuais que vivenciaram na guerra. 

Desde então, e como uma das iniciativas de justiça social, de forma a criar espaços de verdade para as mulheres, de dignidade e um caminho de não repetição da violência, as sobreviventes organizam anualmente seus próprios festivais de memória em suas comunidades na região Mam e na região de Chuj de Huehuetenango, sob o nome de "Festivales comunitarios por la voz, la memoria y la libertad de las mujeres” (Fulchiron, 2020, p. 27).

Apesar do horror que compartilham, as mulheres se escutam e se validam. Em grupo, elas não se julgam, não desconfiam, porque sabem que os relatos são verdadeiros. Compartem o mesmo sofrimento e legitimam as experiências umas das outras. Suas vozes e sofrimentos encontram então um espaço de escuta.

Conclusiones:

A violência perpetrada no regime ditatorial Guatemalteco gerou danos continuados, em especial, às mulheres mayas. O presente artigo chamou a atenção para dois aspectos indissociáveis dessa violência de extrema crueldade: o propósito de dizimar o tecido social indígena Maya a partir da violência sexual contra as suas mulheres, o que evidencia a violência majorada por duas interseccionalidades, raça e gênero.

O estupro foi massivamente utilizado pelo exército guatemalteco contra as mulheres mayas como política de guerra e genocídio entre os anos de 1978 e 1985, visando massacrar as suas comunidades. Esta é uma tragédia humana cujas raízes estão no centro do contrato sexual colonial sobre o qual se fundam os Estados colonizados da América Latina, e que se torna brutalmente visível durante as guerras. 

A impunidade nos casos das violações sexuais na Guatemala, tanto em tempos de "paz" quanto de guerra, é quase total. A justiça formal não é justa para as mulheres sobreviventes, e ainda mais quando se trata de mulheres mayas. A culpabilização e a estigmatização, a interpretação patriarcal e racista da lei, a impunidade e a proteção dos agressores imperam no processo de Justiça de Transição para as sobreviventes de tortura sexual.

O relatório da Comisión para el Esclarecimiento Histórico (CEH) estima o número de pessoas executadas no período de massacres, mas negligencia as variáveis raça e gênero. E mesmo quando há dados relativos à morte de indígenas, não precisa especificamente de quais comunidades e etnias esta população era originária. Com isso foi fortalecido o sentimento de descrença das vítimas quanto à vontade e interesse, ou competência do Estado para desenvolver os mecanismos de reparação material e simbólica.

Apesar da assinatura de normativas de direitos humanos pelo Estado da Guatemala para proteger, prevenir e reparar as mulheres vítimas, as recomendações da CEH recebiam muitas críticas quanto à efetividade. 

Nesta pesquisa foi possível identificar que as conclusões, a despeito das estatísticas apresentadas e das violações nomeadas, não foram sensíveis para captar o sofrimento psíquico, físico, sexual e espiritual das mulheres mayas violadas sexualmente na Guatemala. Tampouco, receberam reparação, e quando o fizeram, não foram de modo justo nem para restituir sua dignidade.

O processo de descolonização nos motiva a pensar quem somos, onde estamos e até onde queremos ir. Assim, ao pensar nas atrocidades causadas às comunidades indígenas guatemaltecas, em especial as mulheres dessas comunidades, buscamos observar os fenômenos de violência além dos parâmetros normativos, judiciais, formulados pelos Estados.

Considerando tudo o que expressam a Coletiva “Actoras de Cambio” a partir do trabalha que desenolvem com as mulheres sobreviventes dessas violências, percebemos que a justiça interna e o sistema internacional de direitos humanos ainda estão muito distantes de sentir a real dimensão dos traumas continuados de mulheres vítimas de violência sexual. 

Para além da impunidade dos agentes estatais e do quase inexistente comprometimento do Estado da Guatemala com a reparação dessas mulheres, os dados oficiais de documentos internos e internacionais ainda revelam a barreira linguística e a negligência sobre os dados que se referem às mulheres indígenas, deixando de descrever quais etnias, que línguas falam e muito menos traduzindo os seus documentos ou disponibilizando tradutores para elas.

Bibliografía:

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Palabras clave:

Conflitos armados

Violência sexual

Reparação

Resumen de la Ponencia:

A proposta apresentada busca relacionar análises teóricas e práticas em torno da antropologia da alimentação e as relações que se estabelecem no processo de produção e comercialização de alimentos em embarcações na cidade de Salvador. Trilhando nas memórias dos comerciantes e identificando os caminhos que levam à produção desses alimentos, no ponto da composição ou status de comida típica de um determinado estabelecimento, que vai tomar proporções e escanear ou preparar como algo necessário essencialmente à subsistência das famílias, que em muitos casos se encontra em condição de vulnerabilidade social, passa a fazer parte de uma tradição local. Ficar sem comer e comer, além da necessidade básica de se alimentar, existem motivações e necessidades que compõem a natureza ritualística da culinária. Com a necessidade de gerar renda e prover a subsistência de sua família, muitas pessoas decidem se inserir na cozinha como local para atingir esse objetivo primordial. Sendo especialistas ou efetivamente possuindo um "bom tempero", muitas mulheres e homens passam a comercializar alimentos. As formas e locais de produção e comercialização variam de acordo com os recursos financeiros que temos para investir em nossos insumos, utensílios e equipamentos. Motivado por experiências vividas, tentarei dialogar com esse empírico a partir de abordagens qualitativas por meio de processos etnográficos desenvolvidos a partir da observação participante em lojas de barcos localizadas em bairros periféricos da cidade. Sendo especialistas ou efetivamente possuindo um "bom tempero", muitas mulheres e homens passam a comercializar alimentos. As formas e locais de produção e comercialização variam de acordo com os recursos financeiros que temos para investir em nossos insumos, utensílios e equipamentos. Motivado por experiências vividas, tentarei dialogar com esse empírico a partir de abordagens qualitativas por meio de processos etnográficos desenvolvidos a partir da observação participante em lojas de barcos localizadas em bairros periféricos da cidade. Sendo especialistas ou efetivamente possuindo um "bom tempero", muitas mulheres e homens passam a comercializar alimentos. As formas e locais de produção e comercialização variam de acordo com os recursos financeiros que temos para investir em nossos insumos, utensílios e equipamentos. Motivado por experiências vividas, tentarei dialogar com esse empírico a partir de abordagens qualitativas por meio de processos etnográficos desenvolvidos a partir da observação participante em lojas de barcos localizadas em bairros periféricos da cidade. 

Resumen de la Ponencia:

A partir de la reflexión teórico-epistemológica y de la propia práctica investigativa, nace un modelo teórico denominado “Semiosis del Imaginario Social”, que contribuye a la realización de análisis cualitativos y fue desarrollado durante la elaboración de la tesis doctoral (2015) de quien aquí suscribe. Posteriormente, se profundiza en el estudio y aplicación de dicho modelo, siendo utilizado en su proyecto de investigación postdoctoral Nº 3170473 (2017-2019) FONDECYT-Chile. Y, finalmente, en la actualidad, el modelo vuelve a cobrar relevancia en el marco de un nuevo proyecto investigativo, financiado con fondos internos de la UCSC, DI REG 06/2020 (2020-2022).      Entonces, en el presente artículo se tomarán casos de las tres investigaciones mencionadas para dar cuenta de la operatividad teórico-epistémica del modelo y sus deslizamientos metodológicos, realizando previamente una explicación teórica que sustenta su denominación: Modelo teórico de análisis: “Semiosis del Imaginario Social”. Por lo tanto, en base a lo anterior, en este trabajo se abordará como objetivo general, describir y explicar el aporte teórico-epistémico y metodológico de dicho modelo en relación con el análisis de construcción de realidad intencionada, lo cual se puede también entender como construcción de significación social atendiendo a intereses de diversa índole. Y a nivel de objetivos específicos, se analizará el contenido discursivo proveniente de hablantes (entrevistados), así como también el contenido escrito/hablado de medios de comunicación y, finalmente, se analizarán imágenes que nutren, refuerzan y complementan los relatos en cuestión. En síntesis, podemos decir que, en términos metodológicos, estamos frente a un estudio teórico-documental donde se analizan casos de investigaciones anteriores y en curso, para argumentar la operatividad teórico-metodológica del modelo.      De este modo, en el presente trabajo nos adentramos en la comprensión del lenguaje simbólico, que adquiere gran relevancia comunicativa para la construcción de la significación del mundo. En este sentido, el esfuerzo teórico-epistemológico -aquí propuesto- emana de un abordaje multidisciplinar con mirada transdisciplinaria en las Ciencias Sociales, Ciencias de la Comunicación y las Humanidades, puesto que se hacen debatir perspectivas como la Fenomenología (Schütz y Luckmann, 1973), el Constructivismo Sistémico (Pintos, 1995) y la Socio-semiótica (Verón, 1993), todo ello atravesado por la teoría de los Imaginarios Sociales (Castoriadis, 1989) y sin dejar de lado una visión analítica desde la Hermenéutica (Gadamer, 2000). Todo lo cual, es abordado desde una perspectiva de complementariedad epistémica-metodológica, que deja ver la relevancia que puede suscitar el modelo a presentar, para la comprensión de la significación social desde diversos universos simbólicos inacabados y en permanente estado de construcción.  Palabras clave:  Modelo de análisis - Socio-semiótica - Imaginario Social - Fenomenología - Constructivismo Sistémico - Hermenéutica 

Resumen de la Ponencia:

El movimiento feminista ha sido determinante en el reconocimiento del derecho al voto ,así como en la ampliación de los derechos políticos, civiles y sociales de las mujeres, contribuyendo con ello a la visibilizarían de la mujer como sujeto pleno de derechos en una esfera de igualdad entre los sexos. Las cuotas de género es uno de los mecanismos más importantes en México y América Latina, que fomentan y garantizan la participación de las mujeres en la vida pública; mismo que evoluciona y se constituye el concepto de Paridad de Género. Tiene como finalidad la igualdad sustantiva entre los sexos, así como el ejercicio de los derechos político electorales de las y los ciudadanos en condiciones de igualdad. Diversos estudios se han realizado en torno a la representación política de las mujeres. Autoras como Flavia Freidenberg, ponen a discusión los conceptos de Régimen Electoral de Género, para explicar y dar cuenta de los avances, retrocesos y obstáculos para la representación política de las mujeres a nivel descriptivo a partir de la aplicación de las reformas electorales en materia de género. Sin embargo, aún persisten retos mayores para alcanzar la representación de las mujeres en su dimensión sustantiva, lo cual se traduce en una baja producción legislativa que se inserta dentro de la agenda de género. En esta investigación se basa en analizar los conceptos de representación, género y política y la relación entre ellos. La metodología empleada es de corte mixto, la parte cuantitativa se enfoca a investigar la distribución interna del poder dentro del Congreso Local de Zacatecas en el periodo 2018-2021, que corresponde a la LXIII Legislatura, a fin de identificar tendencias en asignación de cargos basados en roles y estereotipos de género. Para investigar la dimensión sustantiva de la representación, se realizó un análisis de la producción legislativa realizada por las diputadas en esa legislatura, la orientación de las mismas (si se insertan en la agenda de género) y la tasa de efectividad de dichas iniciativas (se refiere a aquellas que fueron aprobadas sobre el total de iniciativas presentadas). Para identificar los obstáculos que se presentaron contra el libre ejercicio de los cargos hacia las legisladoras. Se llevaron a cabo una serie de entrevistas a las propias legisladoras, integrantes de colectivos feministas en el estado, autoridades electorales y presidentes de organismos autónomos electorales que comprende la parte cualitativa. El presente estudio de caso, es uno de los pocos realizados con enfoque en determinar el nivel de representación sustantiva de las mujeres, lo cual establece las bases para futuras investigaciones en cuanto a metodología y resultados obtenidos, por lo cual, consideramos importante su divulgación y necesidad de ampliar y profundizar los estudios en México y en América Latina.

Resumen de la Ponencia:

Las medidas de aislamiento y restricción impuestas en numerosos países a raíz de la pandemia del COVID19 redujeron durante mucho tiempo las prácticas sociales habituales de circulación y ocupación del espacio público, de entretenimiento, de estudio y de trabajo. Esta disminución de determinadas interacciones sociales tuvo sus efectos en la magnitud de delitos ocurridos a nivel nacional en la República Argentina, y se vió reflejado en las estadísticas criminales registradas durante el período de aislamiento. Este trabajo pretende revisar las variaciones entre los años 2018 a 2021 de los delitos contra las personas en homicidio, delitos sexuales, amenazas, agresiones y contra la propiedad en robos y hurtos, a partir del análisis de la información del Sistema Nacional de Estadística Criminal (SNIC), fuente oficial de las estadísticas criminales de la República Argentina. El período seleccionado nos permitirá evaluar el impacto de la pandemia en los eventos criminales, al incluir años previos a la declaración de emergencia, un año con pandemia y altas restricciones y un año con disminución progresiva de las mismas. Para enriquecer esta ponencia se realizará una comparativa a nivel regional de los delitos seleccionados entre el SNIC y los países de Uruguay, Chile, Brasil y Paraguay utilizando como fuente de datos el “Estudio de las Naciones Unidas sobre Tendencias del Delito y Operaciones de los Sistemas de Justicia Penal” (UN-CTS por su sigla en inglés). Por último, se realizará una evaluación exploratoria de fuentes secundarias nacionales y regionales respecto de la ocurrencia de ciberdelitos ya que, de alguna manera, el avance de la tecnología pasó a suplir el espacio de interacción social habitual del ocio, el trabajo, el estudio, la familia, con el objetivo de establecer observaciones preliminares que se podrán profundizar en futuras investigaciones. El análisis estadístico de estas circunstancias excepcionales en las que se dieron las variaciones delictuales puede permitirnos explorar ciertas hipótesis sobre la elasticidad o inelasticidad de la ocurrencia de determinados tipos de delitos respecto de la circulación de bienes y personas en el espacio público y en los entornos educativos y laborales.La importancia de esta observación radica en comprender el comportamiento de los delitos seleccionados, sus mutaciones, adaptaciones y las variaciones respecto a períodos de libre circulación partiendo de algunas preguntas disparadoras ¿han disminuido los delitos contra la propiedad en relación a los delitos contra las personas? si fue así ¿en qué magnitud? ¿Han aumentado los conflictos interpersonales? ¿Las restricciones ambulatorias y laborales pueden explicar en parte el comportamiento de esos indicadores? ¿Han variado las características y modalidades de los delitos, adaptándose a las nuevas circunstancias?

Introducción:

Entre 2020 y 2021, las medidas de aislamiento y restricción impuestas en numerosos países a raíz de la pandemia del COVID 19 redujeron durante largos períodos las prácticas sociales habituales de circulación y ocupación del espacio público, de entretenimiento, de estudio y de trabajo. Esta disminución de determinadas interacciones sociales tuvo sus efectos en la magnitud y en los tipos de delitos ocurridos a nivel nacional en la República Argentina, y se vio reflejado en las estadísticas criminales registradas durante el período de aislamiento.  El propósito del presente trabajo es, en primer lugar, exponer esas variaciones; y en segundo lugar, aproximar algunas hipótesis sobre sus causas.

Siguiendo a Olaeta y Comba (2015) podemos mencionar 4 fuentes de información sobre hechos delictivos, a) las estadísticas oficiales, que nuclean datos aportados por las fuerzas de seguridad y las fuentes judiciales; b) las encuestas de victimización;  c) las encuestas internacionales de opinión pública que incluyen temas de seguridad;  d) las fuentes internacionales sobre temas de seguridad.[1]

En el presente trabajo nos vamos a centrar en las estadísticas oficiales de la República Argentina, en relación a las cuales encontramos algunas limitaciones. Por un lado, la llamada cifra oculta que representa el conjunto de conductas realizadas efectivamente en la vida social que, presuntamente, se asocian a los tipos penales y que no han sido registradas y oficializadas por los organismos con competencia en la materia, ni por las instituciones policiales o judiciales.

Por otro lado, en el V Congreso de las Naciones Unidas para la Prevención del Crimen y el Tratamiento del Delincuente realizado en Ginebra en 1975, se hizo referencia a la “cifra dorada” de la criminalidad, definida como las acciones cometidas por aquellos “delincuentes que detentan el poder político y que lo ejercen impunemente, lesionando ciudadanos y a la colectividad en beneficio de su oligarquía, o que disponen de un poderío económico que se desarrolla en detrimento de la sociedad”[2], éste término hace referencia específicamente a aquellos delitos con grandes ganancias económicas que son llevados adelante por personas vinculadas al poder político y/o financiero, tanto a nivel nacional como internacional pero que no son registradas ni contabilizadas en las estadísticas oficiales. 

Y por último, otra de las limitaciones es el carácter manufacturado, ya que las estadísticas policiales y judiciales dependen fundamentalmente de las decisiones de registración y oficialización de hechos presuntamente delictuosos tomadas por miembros de la institución policial y judicial, en función de parámetros culturales que no son homogéneos a través del tiempo y el espacio, y sobre las cuales inciden múltiples variables de diversa naturaleza. 

No obstante las limitaciones mencionadas, en el presente trabajo se revisan las variaciones producidas entre los años 2018 a 2021 sobre los delitos contra las personas en homicidio, delitos sexuales, amenazas, agresiones y contra la propiedad en robos y hurtos, a partir del análisis de la información del Sistema Nacional de Estadística Criminal (SNIC), entendida como fuente oficial de las estadísticas criminales de la República Argentina. 

El SNIC es la estructura única de registración de hechos delictuales y víctimas en todo el territorio nacional. Su fuente de datos son los registros policiales o denuncias realizadas por las propias víctimas. Los organismos que recopilan los datos delictuales son las policías de las 23 Provincias y de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires; los Ministerios Públicos Fiscales en algunas jurisdicciones; y las Fuerzas Federales: Policía Federal; Gendarmería Nacional, Prefectura Naval y Policía de Seguridad Aeroportuaria.

El SNIC, se encuentra en la órbita de la Dirección Nacional de Estadística Criminal del Ministerio de Seguridad de la Nación, cuyo objetivo es gestionar, integrar y validar la información recibida y elaborar estadísticas e informes a nivel país y en sus diferentes niveles, los microdatos y los informes se encuentran disponibles en:

https://www.argentina.gob.ar/seguridad/estadisticascriminales/bases-de-datos

Para enriquecer esta ponencia se incorporan dos aspectos metodológicos. Por un lado, se incluye un ciclo ampliado desde 2015, lo que permite revisar las variaciones estadísticas en un período largo. Y, además, se analizan a nivel regional de los delitos seleccionados entre el SNIC y los países de Uruguay, Chile, Brasil y Paraguay, limítrofes con Argentina, utilizando como fuente de datos el “Estudio de las Naciones Unidas sobre Tendencias del Delito y Operaciones de los Sistemas de Justicia Penal” (UN-CTS por su sigla en inglés), disponible en https://dataunodc.un.org/.

Por el otro lado, se realiza una evaluación exploratoria de fuentes secundarias nacionales respecto de la ocurrencia de ciberdelitos, ya que el análisis de estos datos importa a la hora de explorar hipótesis sobre las mutaciones encontradas en los datos estadísticos anteriormente mencionados.

El análisis estadístico en el contexto de las circunstancias excepcionales en las que se dieron las variaciones delictuales puede permitirnos explorar ciertas hipótesis sobre la elasticidad o inelasticidad de la ocurrencia de determinados tipos de delitos respecto de la circulación de bienes y personas en el espacio público y en los entornos educativos y laborales.

La importancia de esta observación radica en comprender el comportamiento de los delitos seleccionados, sus mutaciones, adaptaciones y las variaciones respecto a períodos de libre circulación, partiendo de algunas preguntas disparadoras ¿han disminuido los delitos contra la propiedad en relación a los delitos contra las personas? si fue así ¿en qué magnitud? ¿Han aumentado los conflictos interpersonales? ¿Las restricciones ambulatorias y laborales pueden explicar en parte el comportamiento de esos indicadores? ¿Han variado las características y modalidades de los delitos, adaptándose a las nuevas circunstancias?

[1] Hernán Olaeta y Antonella Comba (2015). Reflexiones metodológicas: apuntes para una investigación empírica y cualitativa del Delito Económico Organizado. XI Jornadas de Sociología. Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires. Disponible en  https://www.aacademica.org/000-061/485

[2] Ibidem.

Desarrollo:

Análisis de la información delictual

Para profundizar en el cotejo de los datos se utilizan como fuentes de datos, para la República Argentina el Sistema Nacional de Estadística Criminal, disponible en la página oficial del Ministerio de Seguridad de la Nación; y para el caso de los países de Brasil, Chile, Paraguay y Uruguay, se extraen datos del United Nations Surveys on Crime Trends (CTS) and the Operations of Criminal Justice Systems (UN-CTS).

El CTS es un reporte anual que realizan los países asociados a la ONU para determinados tipos delictivos en base a la Clasificación Internacional de Delitos con Fines Estadísticos (ICCS, por su sigla en inglés).

 

Algunas precisiones metodológicas:

La información presentada son las tasas publicadas por los organismos oficiales, indicados en la Introducción.

Considerando, de acuerdo a los estándares internacionales, el cálculo de la tasa como cantidad de víctimas o hechos en un determinado período y territorio sobre la población en un determinado período y territorio dividido por 100.000.

A su vez, si bien se toman los datos de tasas del CTS se cotejaron las poblaciones de los institutos de estadísticas de cada país[1] y con sus proyecciones publicadas contra publicación del Banco Mundial para 2021[2]. Para el caso de Argentina es la población publicada por el INDEC según documento “Instituto Nacional de Estadística y Censos, Proyecciones provinciales de población por sexo y grupo de edad 2010- 2040”, Nº36 Serie Análisis demográfico, 2013.

Por último, los datos para el año 2021 no están disponibles ni en el SNIC ni en el CTS, normalmente los datos se cierran entre julio y agosto del año siguiente y el reporte al CTS se hace en dos momentos al año junio y los ajustes que se requieran en el mes de diciembre.

 

Análisis de datos delictuales sobre las personas y la propiedad

Se observa que desde 2015 hay un descenso importante en las tasas y para el 2020 alcanza el mismo valor que en 2017 de 5,3. Sin embargo es posible afirmar que la tendencia a la baja se mantuvo aún en el primer año de la pandemia.

 

Considerando desde 2015 al 2020, en los países limítrofes se observa una tendencia a la baja de este delito, salvo en Chile y Uruguay. 

Según lo informado en el Grupo de Trabajo de Seguridad Ciudadana de las Reuniones de Ministros del Interior y Seguridad del MERCOSUR, Mercado Común del Sur, para la armonización de estadística criminal llevado adelante entre 2018 y 2021, Uruguay mejoró su sistema de registración de estadística delictual ajustando, asimismo, el código penal. Por su parte Brasil no incluye en Homicidios dolosos las muertes ocasionadas por las fuerzas policiales ni militares considerándolas como en cumplimiento del deber, esto no es así en el resto de los países que incluyen en el conteo todas las víctimas de homicidios dolosos más allá de quien lo ejecute.

 

A lo largo del período analizado hay un descenso de las tasas en lesiones dolosas, y que, para el 2020, la tasa de víctimas tuvo el mismo comportamiento a la baja que los años anteriores.

En cambio la tasa de hechos de Amenaza aumentan en 2,6% del 2020 con respecto al 2019 y desde 2015 tiene un comportamiento fluctuante. Este delito se efectúa, en la mayoría de los casos, durante la interacción social de los/as sujetos, sin embargo también se realizan amenazas a través de las redes sociales o de manera telefónica.

Con respecto a los países limítrofes no se pudo obtener datos específicos sobre estos tipos delictuales.

Estos delitos tienen la particularidad de un alza en los casos denunciados a partir de las luchas feministas en Argentina, lo cual de alguna manera habilita hablar de ciertos temas y dar cuenta de las vejaciones sufridas sobre todo por las mujeres, aunque se contabilizan los hechos contra varones y disidencias sexuales.

La violación o los delitos contra la integridad sexual son, en su mayoría, delitos que ocurren en ámbitos privados y por personas cercanas a las víctimas, aun cuando se contabilizan casos en espacios públicos y por personas desconocidas. Sin embargo se considera un delito penal y dejó de estar amparado bajo el manto de silencio del espacio privado lo cual habilita y facilita que se realicen las denuncias del caso. Por ello, el alza en la tasa de víctimas puede deberse más bien al aumento de cantidad de denuncias, que sigue esa tendencia desde el inicio de la serie en análisis. Sobre

Es destacable el salto entre el 2019 y el 2020, desde el 37 al 51 en las tasas de delitos contra la integridad sexual.

 

No se podría afirmar que en los países limítrofes sucedió el mismo fenómeno que en Argentina con este delito, dado que las tasas fluctúan con saltos importantes en los extremos del rango periódico en análisis. En el caso de Chile (en 10%) y Brasil (0,6%) aumenta en el 2020 con respecto al 2015, mientras que para Paraguay y Uruguay la tendencia fue a la baja en alrededor de 1 punto porcentual.

Con respecto a otros delitos contra la integridad sexual se observa que Brasil sub informó o no registraba este delito en los primeros años y para el 2019 y 2020 hay una sub registración en relación a las tasas informadas por los otros países de la región, por lo tanto se excluye del análisis.

En el caso de Uruguay hay un descenso marcado en la tasa, de 41,5 en 2015 pasa a 25,8 en el año 2020, con lo cual se puede deducir una subregristración o políticas públicas eficientes que previenen este tipo de delitos contra las personas.

En el caso de Chile y Paraguay los datos tienen la misma tendencia que Argentina con una importante variación de la tasa en los extremos del período analizado.

Con respecto a los delitos contra la propiedad, según se identificó en el trabajo de armonización estadística en el MERCOSUR, es necesario aclarar que para Argentina el robo es cuando se sustrae un bien con violencia sobre las cosas o las personas y el hurto es la sustracción de un bien sin violencia. 

Para el resto de los países, de manera coincidente con los criterios utilizados por el ICCS, en sus legislaciones distinguen el robo cuando hay violencia sobre la persona y hurto cuando hay o no violencia sobre la propiedad para consumar la sustracción de un bien. Es por ello que no corresponde comparar entre países dado que el concepto de cada delito es diferente entre Argentina y el resto de los países.

Con respecto a los robos, en Argentina, hubo tendencia a la baja desde 2015 hasta el 2019, con una suba de alrededor del 12%, pasando de 1005,3 a 1049,9 con una drástica baja (del 30,3%) en 2020.

En los hechos de robos, aun ante la falta de datos de los países limítrofes para el año 2020, de la pandemia, se observa una variabilidad de las tasas a lo largo del período analizado. Lamentablemente no se puede comparar con el año de la pandemia. 

En tanto que había subido un 17,7% entre 2019 y 2015, para los hechos del delito de hurtos ocurre una tendencia similar a los hechos de robos. Hay una baja significativa de 32,2% del 2020 con respecto a 2019.

Datos sobre ciberdelitos

Los ciberdelitos abarcan a todas aquellas conductas ilícitas que vulneran los derechos o libertades de las personas y que se realizan por medio de un dispositivo informático o que procesa automáticamente datos e información. Al referirse en la mayoría de los casos a una modalidad (la preeminencia de un medio informático o virtual con el que se realiza o donde sucede el hecho delictual) de tipos penales ya existentes (estafa, robo, por ejemplo), y no a un tipo penal específico, la registración de los denominados “ciberdelitos” es todo un desafío para los organismos encargados de registrar y consolidar las estadísticas oficiales. Por este motivo en muchos análisis debemos recurrir a informes de organismos o instituciones especializadas.

En el caso de Argentina, el SNIC no registra de manera discriminada cada uno de los tipos delictuales previstos en el Código Penal Argentino, por ello hemos tomado como fuentes secundarias los siguientes 

El Informe publicado por la Secretaría de Innovación Tecnológica (SIT) dependiente de la Jefatura de Gabinete de Ministros, “Delitos informáticos en Argentina: Modalidades detectadas durante la pandemia del COVID-19”[1].El Informe de gestión de la Unidad Fiscal Especializada en Ciberdelincuencia (UFECI)[2] correspondiente al año 2020.El Informe de INTERPOL “Ciberdelincuencia: efectos de la covid19” de agosto de 2020.

El primero de los informes realiza algunas observaciones más que interesantes. Destacamos algunas de ellas, en virtud de los objetivos de nuestra investigación. En primer lugar, destaca que en Argentina, a partir de marzo de 2020 y durante toda la pandemia, aumentaron las denuncias por modalidades delictivas realizadas a través de internet. Según la SIT, estos delitos, que se han incrementado durante este período, pueden agruparse en 3 grupos grandes grupos: a) fraudes y estafas online a usuarios particulares[3], b) ataques de ransomware a organizaciones y c) lavado de activos por Internet. En segundo lugar, la SIT detecta un desplazamiento dentro el mismo universo de “ciberdelitos”: antes de la pandemia, el fraude más común en Argentina era el phishing bancario, y durante la pandemia toma preeminencia el denominado “spearphishing”, similar a la anterior pero donde las solicitudes de información están dirigidas y son personalizadas, lo que implica un nivel de sofisticación mayor. Por último, destacamos que el informe concluye que durante la pandemia han surgido nuevas organizaciones ilícitas vinculadas a estas nuevas modalidades.

El Informe de la UFECI incluye algunos análisis comparativos de reportes sobre ciberdelitos recibidos. Destacamos dos: reportes recibidos entre los primeros trimestres de los años 2019, 2020 y 2021; y reportes recibidos del 04/2019 al 03/2020 contra reportes recibidos de 04/2020 a 03/2021.

Finalmente, el informe de Interpol destaca un cambio importante en los objetivos de los ataques, que si antes eran mayormente dirigidos a particulares y pequeñas empresas, ahora tienden a ser contra grandes multinacionales, administraciones estatales e infraestructuras esenciales. El mismo informe esboza que el aumento del trabajo remoto ha sido una ventana de oportunidad para esta mutación, generando más vulnerabilidades informáticas en las empresas. 

[1] El informe está disponible en https://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/2022/04/ciberdelitos_en_pandemia.pdf        

[2] La UFECI fue creada en 2015 con el objetivo de fortalecer la política criminal contra el cibercrimen, e intensificar las tareas para su   abordaje de modo articulado mediante Resolución de la Procuración General de Nacional N° 3743/2015.

[3] La modalidad más utilizada fue el phishing - derivado de las palabras en inglés password harvesting fishing- a través de la cual se busca pescar datos personales de una víctima que posteriormente son utilizados para suplantar o usurpar la identidad en un hecho ilícito.

 

 

[1] Instituto Nacional de Estadísticas de Chile disponible en https://www.ine.cl/estadisticas/sociales/censos-de-poblacion-y-vivienda/censo-de-poblacion-y-vivienda. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística disponible en https://www.ibge.gov.br/. Instituto Nacional de Estadística de Paraguay disponible en https://www.ine.gov.py/default.php?publicacion=2. Instituto Nacional de Estadística de Uruguay disponible en https://www.ine.gub.uy/anuario-estadistico

[2] Disponible en https://datos.bancomundial.org/indicator/SP.POP.TOTL

Conclusiones:

De los datos e informes analizados podemos extraer algunas conclusiones preliminares, que deberán ser contrastadas con investigaciones complementarias de mayor profundidad.

Respecto de las preguntas que nos hacíamos en nuestra introducción podemos decir, con cierta seguridad, que algunas magnitudes de los delitos analizados se han visto afectadas por la pandemia, pero no de todos ellos, ni en la misma medida. 

Por ejemplo, observamos que la tasa de homicidios no parece haberse visto afectada especialmente por la pandemia, sino que su comportamiento, tanto en Argentina como en el resto de los países analizados, sugiere una continuidad respecto de la tendencia que cada país traía de años anteriores. Una investigación complementaria podría profundizar dentro de la categoría de homicidios dolosos, para determinar si hubo alguna variación entre las distintas modalidades, ámbitos de ocurrencia o relación entre víctimas y victimarios; y si esas variaciones pueden explicarse por las restricciones vinculadas a la pandemia (por ejemplo si disminuyeron los homicidios en ocasión de otros delitos y si aumentaron los homicidios vinculados a conflictos interpersonales o violencia de género).

Respecto de los delitos contra la integridad sexual, los datos analizados para Argentina y el resto de los países no nos permite concluir cuánto y cómo han influido las restricciones en la incidencia de estos casos. No puede inferirse un comportamiento homogéneo entre los países analizados, ya sea de aumento, disminución o continuidad de tendencias. Al mismo tiempo, el período analizado coincide con el aumento del activismo y la lucha feminista en la región, lo que impacta tanto en la ocurrencia como en la realización de denuncias.  Por estas razones, debería realizarse también una investigación más exhaustiva y cualitativa, sobre estos tipos delictivos en particular, para poder llegar a algunas aproximaciones más concluyentes. 

Tampoco las tasas de delitos contra las personas en Argentina no parecen verse especialmente afectadas. Si bien las lesiones han disminuido respecto al año pre pandémico, se encuentra también dentro de una serie con tendencia a la baja, por lo que la disminución no podría ser automáticamente adjudicada a la disminución en la interacción social por las restricciones. Al mismo tiempo, si bien la tasa de 2020 es la más baja del período, es sólo 1,78% menor a la de 2018. 

Por otro lado, tampoco puede ser concluyente el aumento del 2,5% en las denuncias por amenazas respecto del año 2019, ya que durante el período analizado el comportamiento de la tasa es fluctuante. Una exploración interesante sería profundizar si las modalidades en las amenazas “presenciales” tuvieron una disminución respecto de las “virtuales” (realizadas a través de redes sociales, telefonía celular, entre otras).

Donde sí se puede inferir, con claridad, de los datos analizados que las mayores restricciones de circulación a causa de la pandemia se correspondieron con la disminución en la interacción social y sobre la ocurrencia de delitos callejeros como es el caso de los delitos contra la propiedad (robos y hurtos). En todos los países del sur del Cono Sur se observa una baja de las tasas, independientemente de las tendencias en los años analizados. 

Consideramos que esto es un indicador concluyente de que el factor determinante para la baja tasa de los delitos de robo y hurto fue la disminución de la circulación de bienes y personas en la vía pública, lugar de mayor ocurrencia de estos delitos. 

Por último, el análisis de los informes sobre los denominados ciberdelitos nos permite concluir que si bien el aumento de los mismos es coherente con una tendencia al alza que ya existía antes de la pandemia, la magnitud del aumento entre el año pre pandémico y el año de la pandemia, indica que las condiciones de encierro generadas por la pandemia han propiciado este aumento. 

Al mismo tiempo ha causado un desplazamiento, como menciona el informe de Interpol, en los objetivos/víctimas de estos delitos.  A diferencia del caso de los robos y hurtos, dónde el ámbito de ocurrencia (la vía pública) se vio “disminuido”, reduciendo las oportunidades para la realización de este tipo de delitos, en el caso de los ciberdelitos, la masiva implementación del trabajo remoto y del uso de herramientas informáticas para la comunicación social, han ampliado enormemente el ámbito de ocurrencia de los ciberdelitos. Sin embargo, el desplazamiento hacia estrategias más complejas así como a objetivos más grandes (de personas hacia empresas o instituciones), refleja también una sofisticación y organización relativamente compleja. 

Una investigación ampliatoria podría determinar si hubo un desplazamiento de personas infractoras u organizaciones desde el robo y hurto hacia el ciberdelito o si se trata de universos diferenciados. 

Bibliografía:

Anexo: Glosario delictual utilizado por el Sistema Nacional de Estadística Criminal (SNIC):

1. Homicidio doloso consumado: es un delito que se configura cuando se quita la vida a una o más personas con “dolo”, es decir, con intención de provocar la muerte de la o las víctimas. El conteo de este tipo penal, incluye todas las variaciones que contempla el Código Penal de la Nación: Homicidio doloso simple; Homicidio doloso agravado; Homicidio doloso en estado de emoción violenta; Homicidio doloso en ocasión de robo; Homicidio doloso en riña.

5. Lesiones dolosas: son todos aquellos daños en el cuerpo de una persona que hayan sido ocasionados con dolo, es decir, con intención de dañar o lesionar. Dentro de esta categoría se incluirán los registros por lesiones leves, graves, gravísimas, agravadas y en riña. En este código se deben incluir el total de hechos y víctimas de lesiones, independientemente de la gravedad de las mismas y del contexto en el que se producen (por ejemplo, lesiones en riña o lesiones en contexto de violencia de género o familiar).

13. Amenazas: esta categoría comprende los hechos en los que una persona atemoriza a otra/s anunciando un mal grave, posible y futuro y lo hace con idoneidad para intimidar. Es decir, se deben cumplir las siguientes condiciones: debe darse el anuncio de un daño (una lesión o detrimento de un bien o interés de una persona), debe ser factible de suceder (es decir, que dependa de la voluntad del que realiza la acción), debe ser una acción a futuro (ya que sólo de ese modo puede constituir un peligro potencial –y no un daño ejecutado– para la víctima), debe ser injusto o ilegal (es decir, que no se ajuste a derecho).

10. Abuso sexual con acceso carnal (violación): el abuso sexual con acceso carnal, que anteriormente era llamado “violación”, es todo aquel abuso sexual agravado por la existencia de acceso carnal por cualquier vía y en concurrencia o no con otros agravantes. Esta categoría contempla únicamente los hechos consumados.

El abuso sexual refiere a la existencia de contacto sexual con otra persona (sin importar su género) cuando ésta fuera menor de trece (13) años o cuando mediare violencia, amenaza, abuso coactivo e intimidatorio de una relación de dependencia, autoridad o poder, o aprovechamiento de que a razón de cualquier causa la víctima no puede consentir libremente la acción.

Los casos en que haya habido relaciones sexuales con acceso carnal con menores de 13 años, son contabilizados por más que la víctima haya manifestado su “consentimiento”.

11. Otros delitos contra la integridad sexual: este código es un agrupamiento de delitos contra la integridad sexual y contiene los siguientes tipos delictuales, siempre que no se haya producido con acceso carnal:

Abuso sexual simple, es decir, sin acceso carnal.

Tentativa de abuso sexual con acceso carnal.

Abuso sexual agravado por ser gravemente ultrajante –por su duración o circunstancias, por derivar en daño físico o mental grave, por el vínculo, por tener el agresor conocimiento de portar enfermedad sexual, por ser cometido por dos o más personas o con la intervención de un arma, por ser el agresor miembro de las fuerzas policiales o de seguridad y encontrarse en ejercicio de sus funciones, y por ser cometido contra un menor de edad, aprovechando la situación de convivencia preexistente.

Estupro: son aquellos casos de abuso sexual en los que la víctima es menor de 16 años y el victimario mayor de 18 años. 

Abuso sexual sin acceso carnal con resultado de muerte.

Corrupción de menores.

Promoción o facilitación de la prostitución ajena (proxenetismo).

Promoción o facilitación de la prostitución ajena (proxenetismo) agravado: Cuando mediare engaño, fraude, violencia, amenaza o cualquier otro medio de intimidación o coerción, abuso de autoridad o de una situación de vulnerabilidad, o concesión o recepción de pagos o beneficios para obtener el consentimiento de una persona que tenga autoridad sobre la víctima; cuando el autor fuere ascendiente, descendiente, cónyuge, afín en línea recta, colateral o conviviente, tutor, curador, autoridad o ministro de cualquier culto reconocido o no, o encargado de la educación o de la guarda de la víctima; cuando el autor fuere funcionario público o miembro de una fuerza de seguridad, policial o penitenciaria.

Explotación económica de la prostitución de otra persona (rufianería).

Difusión de imágenes y espectáculos pornográficos de menores.

Exhibiciones obscenas.

Sustracción o retención de una persona con la intención de menoscabar su integridad sexual.

Ciber-acoso sexual infantil (“cibergrooming”).

 

Delitos contra la propiedad

En este agrupamiento se incluyen todos los hechos delictivos que afectan, menoscaban o lesionan el derecho de propiedad de una persona sobre su patrimonio. Incluye:

15. Robos: hay robo cuando una persona se apodera ilegítimamente de una cosa mueble, total o parcialmente ajena, con fuerza en las cosas o con violencia física en las personas, ya sea que la violencia tenga lugar antes del robo para facilitarlo, en el acto de cometerlo o después de cometido para procurar su impunidad. 

19. Hurtos: este tipo delictual implica la apropiación ilegal de una cosa mueble que sea total o parcialmente ajena, sin que medie fuerza sobre la/s cosa/s o sobre la/s persona/s. Deberán contemplarse dentro de esta categoría los siguientes tipos de hurto: simple o agravado caracterizado por la calidad del autor.

Palabras clave:

Ciberdelitos. Estadística criminal. Covid 19.

Resumen de la Ponencia:

Los programas sociales en tanto intervenciones estatales intervenciones estatales configuran sociabilidades, modos de ser hacer, de pensar; por ellos son parte de las políticas de las sensibilidades en tanto conjunto de prácticas sociales cognitivo-afectivas. Las mismas están dirigidas a la producción, gestión y reproducción de horizontes de acción, disposición y cognición. Por ellos nos interesa la revisión detenida de las mismas a partir de las emociones de los sujetos receptores de las mismas en contextos de vulnerabilidad. La presente ponencia pretende mostrar parte de los resultados de tres investigaciones realizadas en el partido de La Matanza, en el Gran Buenos Aires revisando las emociones de los receptores de programas sociales en torno al “plan” pre-pandemia y las observadas durante la pandemia en relación a Covid-19 en el año 2021 y 2021; y revisar lugares de encuentros y desencuentros  

Resumen de la Ponencia:

En México a la democracia se le puede dividir en “cupular” y “no cupular”. Dentro de aquella interactúan, primordialmente, partidos políticos e institutos electorales, dejándole al resto de la gente la condición de electora y no mucho más. Con la democracia no cupular, en cambio, hay más participación social.  Ambos conceptos no están reñidos, sino que se eslabonan. El propio sistema electoral mexicano les pide a muchas personas no partidistas que ayuden a instalar casillas y contar votos.La no cupular suele recibir menos atención mediática y académica. Para equilibrar este orden de cosas, voy a diseccionar, en la ponencia, lo acontecido en la alcaldía de Cuauhtémoc, Ciudad de México, durante el proceso electoral federal 2020-2021.Lo haré cualitativa y cuantitativamente. Comenzaré narrando mi propia experiencia de observador participante en el arduo cómputo correspondiente al distrito local 9. Los cómputos distritales, tanto en su jurisdicción federal como en la local, suceden una vez que los centros de votación cierran y los paquetes electorales son devueltos adonde les corresponda. De tal modo que el capítulo 1 será una suerte de crónica acompañada con diversas fotografías (hechas por mí o por conocidos). En el desarrollo de los cómputos importa mucho la calidad de lo hecho por las mesas directivas de casilla. Reconociendo, empero, que lo cualitativo-narrativo no sería suficiente, por sí solo, para abarcar la democracia no cupular, recurrí a la Plataforma Nacional de Transparencia con el fin de saber: 1) ciertas estadísticas del procedimiento integrador de mesas directivas, y 2) la cantidad de juicios electorales que, contra ellas, interpusieron los partidos políticos en Ciudad de México luego de las votaciones acaecidas el 6 de junio de 2021. Vale advertir que el desempeño del funcionariado de casilla genera consecuencias poco medidas… al menos hasta ahora. Por lo demás, conseguí un análisis cuantitativo acerca de la democracia no cupular, específicamente por cuanto hace a la integración de mesas directivas de casilla y los saldos que estas dejan más allá de los cómputos.Para la ponencia me apoyaré en las ideas de Octavio Paz en “El laberinto de la soledad”, acerca de “lo mexicano” y lo inconveniente que es, en ese país, “rajarse”, abrirse al mundo, pero en ello consiste la encomienda de los funcionariados de casilla. Otro apoyo teórico me lo brindará Fernando Escalante Gonzalbo, quien ha disertado sobre la situación política de México en pandemia, y es que con mi participación en el Congreso deseo mostrar cómo se trabaja, en tiempos de covid-19, la democracia “a ras de calle”, antes enunciada como “no cupular”.

Introducción:

Introducción 

Obsérvense las siguientes imágenes: 

Fotografías hechas por mí 

Arriba, una constancia original de clausura. Abajo, un acercamiento a los datos que permiten identificar mejor el mismo documento. En un primer vistazo no existe nada fuera de lo habitual pues se trata de un papel como muchos otros contenidos en los paquetes electorales suministrados a las casillas. Sin embargo, la constancia apareció en algún paquete distinto al suyo, correspondiente el segundo a otra casilla, ¡de otro distrito, en otra alcaldía de Ciudad de México! 

¿Cómo fue posible eso? ¿Acaso no se jacta el Instituto Nacional Electoral (INE) del buen desempeño de los funcionarios de casilla? La escurridiza constancia es algo más que una anécdota olvidable en poco tiempo, demostrando la distancia entre normas electorales y realidad tangible. Ambas hojas las descubrí en la dirección distrital 09 del Instituto Electoral de la Ciudad de México (IECM). 

Mientras tanto, haré una reflexión introductoria. En el interior de la actual democracia mexicana existen unos Grandes Temas estudiados con mucha profusión: sistema de partidos, justicia electoral, modelo de comunicación política, la dupla financiamiento-fiscalización y un puñado más, cuyas importancias respectivas no niego. Sin embargo, son propios de la cúpula del sistema electoral, cuando la realidad política de México no se agota allá arriba. Hacia la base de la pirámide también hay mucho por escudriñar. El trabajo en casilla y el cómputo distrital constituyen dos elementos poco analizados. 

Cada vez que se avecinan unas elecciones federales o locales (o concurrentes, cuando ambas transcurrirán en una misma jornada dominical), muchas personas son convocadas a laborar en los centros de votación. Quienes aceptan la responsabilidad entrarán a un sistema atiborrado de reglas no cumplidas, procedimientos raros, heteróclitos objetos de trabajo, documentos al por mayor, etcétera. En la misma tesitura se encuentra la teatralidad en las instituciones electorales, gustosas de simularlo (entiéndase, prepararlo) casi todo: desde jornadas completas, pasando por la captura de los datos generados en ellas, sin dejar fuera el tratamiento dable a los paquetes electorales reales, el objetivo de cada simulacro consiste no solamente en saber qué hacer con lo conocido sino también con lo desconocido, aquello capaz de trastocar hasta la más rígida de las normas comiciales. Sirva de ejemplo la foto de abajo (ojalá que, durante el simulacro, el capacitador empleado del INE les haya advertido a los posibles funcionarios que, si la persona carece de extremidades superiores donde untarle líquido indeleble después de haber sufragado, no se le pone nada). 

Junto a la puerta, envuelto en plástico, yace un paquete electoral de utilería. Fotografía hecha por autor desconocido y tomada de INE Capacitadores en Acción (grupo de Facebook) 

Ante la dificultad de llevar a buen puerto las mesas directivas de casilla, la reacción de quienes las tienen a su cargo consiste en no complicarse la existencia. ¿Cómo? Haciendo a un lado parte de lo establecido por un sistema que no siempre respeta sus propias pautas. Esto produce consecuencias sobre algo antes señalado, los cómputos distritales, tanto locales como federales, posteriores a cada jornada electoral. Sé bien lo que estoy afirmando en virtud de que he entrevistado a varios capacitadores, todo con el propósito de fundamentar bien estas líneas.res, todo con el propósito de fundamentar bien estas líneas, así como otras investigaciones. 

El 6 y 7 de junio de 2021 participé en el cómputo correspondiente al distrito local 9 (de 33 que hay) en Ciudad de México. Opté por convertirme en observador participante luego de concursar y ganar una plaza eventual en el IECM. Merced a la Plataforma Nacional de Transparencia obtuve información numérica suministrada por el INE y el IECM. Con todos esos datos conseguí un análisis cuantitativo acerca de la democracia no cupular, específicamente por cuanto hace a la integración de mesas directivas de casilla y los saldos que estas dejan más allá de los cómputos. 

Desarrollo:

Desarrollo y análisis de información 

1. La integración del trabajo en casillas 

A un cómputo distrital lo influyen las mesas directivas de casilla, que suelen contar bien los votos aunque esto no siempre se refleje en la (re) integración de los paquetes. Era importante dejar esto en claro, pues la política mexicana no siempre está pervertida por la corrupción, ni a toda hora dominada por personajes mesiánicos y/o camarillas, como tampoco limitada exclusivamente al cumplimiento celoso de las demasiadas normas electorales que hay en este país. 

Ahora toca analizar el procedimiento para aglutinar los funcionariados, desde la insaculación hasta la jornada electoral. Luego de algunos requerimientos de información tanto al INE como al IECM, obtuve muchos datos, teniendo que ordenarlos de tal manera que pudiera saberse lo ocurrido a tres escalas o dimensiones: nacional, Ciudad de México y alcaldía de Cuauhtémoc. 

Tabla 1. Números absolutos del procedimiento integrador de mesas directivas de casilla para el proceso electoral federal 2020-2021 

Fuente: elaboración propia con información entregada por el INE 

Haré las siguientes puntualizaciones: 

1ª. En cada distrito electoral federal (300 en todo el país) hay una junta distrital del INE, que sortea a todas las personas habitantes del distrito e inscritas en la lista nominal. El objetivo de la insaculación es obtener una cantidad de ciudadanos equivalentes al 13% de la lista. Quienes integren este porcentaje deben reunir dos características: haber nacido en el mes que el Consejo General del INE haya obtenido mediante sorteo de los 12 meses del año, y contar con un apellido paterno iniciado con la letra salida de otra rifa: la de todo el abecedario. Al 13% insaculado lo van a visitar los capacitadores. 

2ª. Puede ocurrir, sin embargo, que aquel porcentaje no alcance en algunos distritos –entre otras razones porque no se haya podido contactar a muchas personas–, motivo suficiente para buscar y convencer a la demás gente incluida en la lista nominal, ya sin importar cuándo nacieron ni cómo se apelliden. 

3ª. La primera etapa del proceso concluye una vez que los ciudadanos son contactados, notificados y convencidos de que acepten la capacitación que los dejará listos para trabajar en las casillas. 

4ª. Las juntas realizan otro sorteo: el de quienes aceptaron pasar a la segunda etapa. Un sistema informático acomoda a las personas en los cargos de mesa directiva: presidente, primer secretario, segundo secretario, primer escrutador, segundo escrutador, tercer escrutador y tres suplentes generales. A todas estas personas se les volverá a visitar. La aquí mencionada cantidad de funcionarios es para elecciones concurrentes, pudiendo ser menos para comicios netamente locales o federales (ya sin concurrencia). 

5ª. Suele ocurrir que en la segunda etapa hay personas que rechazan, por tal o cual razón, sus nombramientos como funcionarios de casilla, razón para pedir la colaboración de quienes no salieron en el segundo sorteo (la reserva), o incluso para seguir buscando gente de la lista nominal. Tanto presiona el INE a sus capacitadores que no pocos mienten, o no les dicen toda la verdad, a los ciudadanos contactados en la primera etapa; entonces, al volver con ellos a notificarles que integrarán las mesas directivas, muchos optan por declinar. 

6ª. Si se llega a la jornada sabiendo una o varias mesas no se completaron (algo nada raro), y que ni la reserva alcanzó, quedarán dos opciones: tomar, entre la fila de electores, a los funcionarios faltantes, en una operación que a veces tampoco alcanza para cubrir las vacantes; o de plano resignarse a que la casilla opere incompleta. 

Gráfico 1. Porcentajes del procedimiento integrador de mesas directivas de casilla para el proceso electoral federal 2020-2021 

 

Fuente: elaboración propia con información entregada por el INE 

Con el análisis de los datos es posible llegar a las siguientes determinaciones: 

1ª. En cada dimensión geográfica, su barra del 100% representa solamente a los ciudadanos contactados en la primera etapa, y sirvió como ponderadora para sacar los demás porcentajes. 

2ª Conforme las otras barras van achicándose, queda de manifiesto el rechazo a trabajar en los centros de votación. El caso de la Cuauhtémoc resulta grave puesto que prácticamente seis de cada diez personas no aceptan ir a la segunda etapa, superando por 18 puntos al porcentaje nacional. En esta alcaldía el trabajo de los capacitadores, a duras penas, llega al 40% de efectividad. El INE debería tomar nota y dotar a sus operarios con técnicas de mucha mayor persuasión. Por mis indagaciones entre capacitadores y excapacitadores, supe que en la aludida demarcación se ponen miles de pretextos para no involucrarse en las casillas. 

3ª. También es muy alto el incumplimiento en la segunda etapa. Y la Cuauhtémoc, de nuevo, supera al porcentaje nacional, ahora con nueve puntos. Menos presión del INE podría redundar en capacitadores más francos, dispuestos a explicar a cabalidad el papel de las mesas directivas, sin el temor a sufrir muchos rechazos a trabajar en ellas. 

4ª. Si en Ciudad de México y la Cuauhtémoc las casillas necesitan del mismo número de funcionarios, ¿por qué en tales dimensiones geográficas se disminuyen, con respecto a lo nacional, los porcentajes de gente requerida? Se trata de un cálculo que el INE realiza con base en la reserva obtenida luego del segundo sorteo: en ella pone o quita ciudadanos en función del realismo, pues de nada sirve tener bastantes reservistas si no se les convencerá de involucrarse y estar listos para entrar en acción. 

5ª. Aunque el porcentaje de funcionarios tomados de la fila es casi el mismo en las tres dimensiones, en Ciudad de México y la Cuauhtémoc hubo, comparativamente con el resto del país, menos gente que de la fila pasó a trabajar en las casillas. ¿Qué indica esto? Pues que muchas mesas directivas obraron incompletas. Por algo se explican las cuantiosas horas que consumen los cómputos distritales y los recuentos, así como las actas desaparecidas. A menos funcionarios, más quehacer para los que sí aceptaron esa condición. Así se entiende la premura de clausurar las casillas y enviar los paquetes cuanto antes, sin importar cómo vayan a llegar. 

6ª. Si en 2021 solamente el 7% de las personas insaculadas y contactadas actuó en los centros de votación, ¿no sería mejor establecer un nuevo procedimiento para reclutar la gente necesaria para sostenerlos? 

2. Las quejas contra el trabajo en casillas 

También me interesaba conocer los saldos dejados por las mesas directivas de casilla, no limitándome a los paquetes electorales ni a los cómputos distritales. Lo hecho, o dejado de hacer por presidentes, secretarios y escrutadores, genera consecuencias legales y contribuye a la de por sí abundante litigiosidad en el sistema electoral mexicano. 

Por cuanto hace concretamente a las elecciones de cargos locales –recordando que hubo dos: alcalde y diputado–, le pregunté al IECM cuántos juicios se interpusieron contra lo realizado en casillas, los distritos impugnados y cuáles partidos promovieron las impugnaciones. 

Tabla 2. Recursos interpuestos en 2021 por partidos y candidatos (por derecho propio71) contra las mesas directivas de casilla en Ciudad de México 

Fuente: elaboración propia con información entregada por el IECM 

El recurso llamado juicio electoral, incluido en la Ley Procesal Electoral de la Ciudad de México, puede emplearse, con distintos propósitos, por partidos y candidatos: por ejemplo, impugnar una o varias casillas. Las inconformidades contra estas pueden provenir de situaciones tan variadas como la apertura anticipada, haber permitido que al funcionariado se integraran personas no residentes en la sección electoral, y más. 

El hecho de que un mismo partido y/o candidato presenten más de un recurso en un distrito, se deriva de la naturaleza de los actos impugnados, así como de la economía procesal: una demanda contra todas las aperturas anticipadas, una contra todos los obstáculos puestos a los representantes partidistas, etcétera. 

Del examen de los datos brotan estas determinaciones: 

1ª. Los partidos nuevos, y al cabo fracasados, impugnaron mucho más que el resto. Fuerza por México y el local Elige (acrónimo de Equidad, Libertad y Género) se aferraron a la lucha contra las casillas, todo para ver si lograban salvar sus respectivos registros. No lo consiguieron y ambos han desaparecido de sus ámbitos competenciales. Esto hace reflexionar sobre la inconveniencia de que haya más partidos. Mientras que las normas federales y locales solamente pidan ciertas cantidades de afiliados y de asambleas constitutivas para permitirles competir a bisoños institutos políticos, seguirán dándose situaciones como la criticada en este párrafo. Las normas deberían exigirle, a todo embrión de partido, un plan viable para conservar el registro en caso de obtenerlo. 

2ª. Mientras que con sus recursos la alianza del PRI, PRD y Acción Nacional impugnó en muchos distritos, incluso algunos que llevaba ganados, el bando oficialista -Morena, Partido del Trabajo y Partido Verde-, que inició 16 juicios, básicamente se quejó contra casillas en distritos que de plano perdió tras los cómputos distritales, como los dos en la Cuauhtémoc. ¿Por qué un partido habría de impugnar un distrito ganado? En muchas ocasiones, por estrategia: amarrar bien el triunfo, anulando ‹‹casillas malas›› y dejando nada más las ‹‹buenas››. A veces, con maquiavelismo, los ganadores recurren al Tribunal Electoral de la Ciudad de México para saturarlo de trabajo: como los magistrados tienen plazos acotados para fallar, con tal de cumplirlos no siempre analizan bien todos los asuntos, pudiendo perjudicar a quienes sí tengan inconformidades fundamentadas. 

3ª. Ocasionalmente, con los juicios electorales solo se pretende ganar tiempo y poder negociar más desahogadamente con los rivales, máxime cuando se pueda ganar alguna posición más alta (una alcaldía), a cambio de ceder dos o tres diputaciones. Cuando el trato queda cerrado, las partes se desisten de sus juicios. 

4ª. El distrito 25 (en la Xochimilco) fue el único impugnado, lo mismo por toda la alianza opositora, que por Morena. Esto hace reflexionar sobre lo peligroso de llegar a 2024 con el actual procedimiento integrador de mesas directivas. En 2018 había el temor de un conflicto poselectoral causado por la sobrecarga de labores en la casilla única. En donde hubo elecciones concurrentes, como Ciudad de México, fueron seis los cargos elegidos: tres federales y tres locales. Al final no pasó nada porque el arrasador triunfo de Morena no dejó espacio para mayores dudas. Sin embargo, ¿qué pasaría si en una elección presidencial se diese algo como lo vivido en la Xochimilco? No es ilógico suponer, desde ahora, que todas, o la mayor parte de las culpas, recaerían sobre los funcionariados de casilla. Además los cómputos locales y federales se tornarían más ríspidos, lentos y pesados. 

5ª. A los partidos no les importó la pandemia, imponiéndoles trabajo a quienes deben recibir las demandas de juicio electoral (direcciones distritales) y resolverlas (magistrados electorales y demás empleados del órgano jurisdiccional). 

6ª. ¿Hubo sentencias que hayan cambiado los resultados dejados por los cómputos locales? No. A lo mucho, en la alcaldía de Xochimilco hubo un recuento de paquetes que no se recontaron en los cómputos distritales, ratificando el muy apretado triunfo de Morena por encima de la oposición coaligada. 

 

 

Conclusiones:

Conclusiones 

Al desarrollar esta ponencia tenía en mente una doble intención. Primera, contar cómo se desarrolla un cómputo distrital, tema del que muy poco se habla, salvo que haya episodios conflictivos, como los de aquellos distritos locales en la Xochimilco: el 19 y el 25. Segundo, conseguir información cuantitativa, ordenarla y estudiarla para disipar las penumbras sobre el procedimiento integrador de mesas directivas, que le aportan doble legitimidad al sistema electoral mexicano (además de influir en los cómputos y más allá de ellos). ¿Doble legitimidad? La de quienes sufragan y la de quienes sostienen los centros de votación. ¿Penumbras? Sí, pues el integrador tampoco se salva de quedar eclipsado por la democracia cupular, que en 2021-2022 ha crecido exponencialmente por las reyertas del oficialismo contra el INE. 

Demostrado quedó que la más gentil y valiente colaboración con el sistema, pero al mismo tiempo la más débil, radica en las mesas directivas72. La verdad está con el INE cuando afirma que en ellas se cuentan bien los votos; le falta reconocer que otras partes del trabajo se hacen mal. Disposición no siempre implica solvencia. Mucho convendrá dejar de pensar en términos minimalistas, como si lo único importante fuera el correcto procesamiento de los sufragios. 

La siguiente reforma político-electoral no debería eludir cuanto aquí se ha dicho. Sugiero que, con voto electrónico o en papel, si van a continuar las casillas, sus funcionarios queden profesionalizados en calidad de trabajadores eventuales, remunerándolos en tal cuantía que se les puedan exigir buenas cuentas de principio a fin. Esto se lograría dejando de contratar capacitadores y supervisores, tanto federales como locales, liberando recursos directamente canalizables hacia los funcionariados. Tentativamente disminuirían también las cargas de trabajo en los tribunales. 

Si en 2014 los procesos electorales locales quedaron nacionalizados casi por completo, el IECM les paga a quienes atienden sus mesas receptoras en las Consultas Ciudadana sobre Presupuesto Participativo y demás ejercicios de la democracia participativa. ¿Por qué, entonces, no localitizar todos los procesos electorales mexicanos, remunerando a los funcionarios de casilla? Una cosa más: el OPL capitalino sí permite la votación electrónica, incluso a distancia. ¿No se podría tan siquiera explorar la posibilidad de implantar medidas así a escala nacional? 

Aunque en muchos países ya se practica el voto electrónico, aquí no se ha instituido porque la cúpula no confía en él (salvo una que otra muestra experimental que el INE realiza en las votaciones enteramente a su cargo). Los cómputos distritales recrean la desconfianza sistémica73, sí. ¿Estoy equivocado? ¿Entonces por qué no se eliminan aquellos y únicamente se quedan los resultados anotados en las casillas? La pandemia de covid-19 ha generado mucha nostalgia por el contacto con amigos, familiares, colegas, etcétera, pero hay episodios de mucha cercanía entre personas (los mismos cómputos, esos medios de verificación y vigilancia a posteriori) que, si se eliminasen por decreto, ley o de la manera que fuese, nadie los echaría de menos. Escribo esto para que la siguiente reforma político-electoral simplifique procesos y le apueste más a la confianza, lo que implicaría ir contracorriente de sus antecesoras. 

 

 

Anexo 

Conclusiones 

Al desarrollar esta ponencia tenía en mente una doble intención. Primera, contar cómo se desarrolla un cómputo distrital, tema del que muy poco se habla, salvo que haya episodios conflictivos, como los de aquellos distritos locales en la Xochimilco: el 19 y el 25. Segundo, conseguir información cuantitativa, ordenarla y estudiarla para disipar las penumbras sobre el procedimiento integrador de mesas directivas, que le aportan doble legitimidad al sistema electoral mexicano (además de influir en los cómputos y más allá de ellos). ¿Doble legitimidad? La de quienes sufragan y la de quienes sostienen los centros de votación. ¿Penumbras? Sí, pues el integrador tampoco se salva de quedar eclipsado por la democracia cupular, que en 2021-2022 ha crecido exponencialmente por las reyertas del oficialismo contra el INE. 

Demostrado quedó que la más gentil y valiente colaboración con el sistema, pero al mismo tiempo la más débil, radica en las mesas directivas72. La verdad está con el INE cuando afirma que en ellas se cuentan bien los votos; le falta reconocer que otras partes del trabajo se hacen mal. Disposición no siempre implica solvencia. Mucho convendrá dejar de pensar en términos minimalistas, como si lo único importante fuera el correcto procesamiento de los sufragios. 

La siguiente reforma político-electoral no debería eludir cuanto aquí se ha dicho. Sugiero que, con voto electrónico o en papel, si van a continuar las casillas, sus funcionarios queden profesionalizados en calidad de trabajadores eventuales, remunerándolos en tal cuantía que se les puedan exigir buenas cuentas de principio a fin. Esto se lograría dejando de contratar capacitadores y supervisores, tanto federales como locales, liberando recursos directamente canalizables hacia los funcionariados. Tentativamente disminuirían también las cargas de trabajo en los tribunales. 

Si en 2014 los procesos electorales locales quedaron nacionalizados casi por completo, el IECM les paga a quienes atienden sus mesas receptoras en las Consultas Ciudadana sobre Presupuesto Participativo y demás ejercicios de la democracia participativa. ¿Por qué, entonces, no localitizar todos los procesos electorales mexicanos, remunerando a los funcionarios de casilla? Una cosa más: el OPL capitalino sí permite la votación electrónica, incluso a distancia. ¿No se podría tan siquiera explorar la posibilidad de implantar medidas así a escala nacional? 

Aunque en muchos países ya se practica el voto electrónico, aquí no se ha instituido porque la cúpula no confía en él (salvo una que otra muestra experimental que el INE realiza en las votaciones enteramente a su cargo). Los cómputos distritales recrean la desconfianza sistémica73, sí. ¿Estoy equivocado? ¿Entonces por qué no se eliminan aquellos y únicamente se quedan los resultados anotados en las casillas? La pandemia de covid-19 ha generado mucha nostalgia por el contacto con amigos, familiares, colegas, etcétera, pero hay episodios de mucha cercanía entre personas (los mismos cómputos, esos medios de verificación y vigilancia a posteriori) que, si se eliminasen por decreto, ley o de la manera que fuese, nadie los echaría de menos. Escribo esto para que la siguiente reforma político-electoral simplifique procesos y le apueste más a la confianza, lo que implicaría ir contracorriente de sus antecesoras. 

 

 

Anexo 

Bibliografía:

En este sistema no pude colocar imágenes y un cuadro, todas cosas importantes para mi ponencia. El sistema no me permitió poner nada de eso. Por eso, he usado este espacio de bibliografía, para quejarme de lo anterior. Desde que alguien se ponga en contacto conmigo para que le pueda mandar la ponencia, completa, a través de correo electrónico u otro medio distinto a este sistema.

Palabras clave:

Palabras clave    

1. Elecciones 

2. Pandemia 

3. Partidos 

Key words 

1. Elections 

2. Pandemic 

3. Parties 

Resumen de la Ponencia:

La ponencia reflexionará sobre la experiencia del proyecto Laboratorio comunitario Aures: Tejidos de Memorias vivas, llevado a cabo en los barrios Aures 1 y 2 de la comuna 7- Robledo ubicada en Medellín Colombia, cuyo objetivo fue desarrollar un curso taller con énfasis en la organización social para pobladores de estos territorios en pro del fortalecimiento de sus procesos creativos de lectura, escritura y oralidad, alrededor de las memorias comunitarias. Esta ponencia se basa en los conceptos de memorias vivas, referentes comunes, común-unidad, resistencia, territorio y territorialidades discutidos ampliamente desde las Ciencias Sociales, y con base en la co-creación desde las voces de los y las protagonistas recogidas en metodologías participativas: talleres, entrevistas y otras fuentes documentales como revisión de prensa, documentos institucionales y archivos personales. Las comunidades de estos barrios históricamente han batallado con situaciones de violencia y precariedad, que han dado como resultado la desintegración social y la ausencia de representaciones sociales asociadas a la lectura, escritura y oralidad; pero también han estado inmersas en la gestación de procesos de organización social y comunitaria enfocados en la construcción de escenarios para la resistencia. Como resultado de la experiencia se construyó una bitácora colectiva basada en las bitácoras individuales de los participantes y los formadores; un mapa interactivo donde dialogaron las percepciones espaciales y sentires del territorio; y una línea del tiempo kairologica que recogió los momentos, los personajes y los espacios más emblemáticas del territorio para los y las habitantes. Estos esfuerzos colectivos y multidisciplinarios permitieron generar posibilidades hacia la articulación entre academia, conocimiento empírico y saberes político-culturales, en función de crear y mantener redes en el contexto de pandemia y postpandemia originados por el Covid 19.

Descripción de la Publicación académica:

Cuaderno de Trabajo, resultado del Proyecto para el Mejoramiento de la Enseñanza 2019 “La participación femenina en el periodo fundacional de la Sociología” del Centro de Estudios Sociológicos de la FCPyS de la UNAM. Es un material didáctico auxiliar en la reconstrucción feminista de los Planes de Estudio de Sociología Clásica de modo que incluyan como unidades temáticas a las autoras Harriet Martineau, Marianne Schnitger, Clara Zetkin y Rosa Luxemburg.

Resumen de la Ponencia:

Luego de varias décadas y de movilizaciones sociales, los derechos humanos de los grupos LGBTI comenzaron a reconocerse e institucionalizarse de forma progresiva en algunas de las principales ciudades de Latinoamérica. Sin embargo, al mismo tiempo que las minorías sexuales lograron conquistar en derechos sus demandas históricas, surgieron contramovimientos y violentas reacciones de sectores conservadores impulsados principalmente por la Iglesia Católica para oponerse al avance de los derechos de la diversidad sexual en particular, y de los derechos “morales” en general. En México estas reacciones junto a otros factores generaron que algunos estados de la república todavía no aprueben el matrimonio igualitario ni el derecho a ejercer la identidad de género; pero también, como una consecuencia indirecta, estos contramovimientos “impulsaron” cambios en las estrategias, marcos y discursos al interior del activismo LGBTI para contrarrestar los efectos violentos y continuar con la conquista de sus derechos. Precisamente, en la ponencia me interesa desarrollar y problematizar las transformaciones que se generaron a nivel subnacional al interior del activismo LGBTI en México como consecuencia de las reacciones conservadoras. Para ello, utilizó el caso de Michoacán bajo una metodología que recupera las principales acciones que implementaron los sectores conservadores y las adecuaciones que realizaron los liderazgos, organizaciones y colectivos para oponérseles con relativa efectividad. 

Resumen de la Ponencia:

La presente exposición tiene el objetivo de proponer un enfoque de análisis de la corrupción que trate de reflexionar el auge de políticas nacionales anticorrupción en los últimos años en América Latina y su relación con conceptos como participación ciudadana,  Estado de derecho democrático y sus instituciones. Asimismo, a partir de la discusión del papel del Estado democrático con la sociedad se propone un análisis de las instituciones que incluyan en su estudio las aspectos formales e informales.En síntesis, el objetivo del trabajo es situar el marco donde se insertan las políticas nacionales anticorrupción en América Latina, especialmente México y Chile para reflexionar las prácticas de corrupción dentro de la función pública.El presente enfoque se realizó a través de la lectura de autores como Guillermo O'Donnell, Michel Crozier, de manera que consideramos el auge de las políticas nacionales anticorrupción en América Latina como producto de diversas transformaciones democráticas que buscan establecer requisitos mínimos de competitividad, equidad y mecanismos de control institucional. Es decir, un Estado democrático, además, de garantizar derechos políticos básicos debe formalizar otros derechos insoslayables como la rendición de cuentas, la transparencia, y el acceso a la información. Mecanismos enfocados en disminuir las asimetrías que puedan afectar el desempeño institucional. Así desde un nivel normativo o formal tradicional, la corrupción se considera no solo opuesta a los valores y procedimientos formales en las instituciones, sino un problema institucional.  De manera que dentro de las organizaciones gubernamentales la corrupción es visto como un problema procedimental basado en la poca aplicación de las normas por parte de los funcionarios públicos. Dejando de lado que en la práctica cotidiana, la corrupción es una forma de llegar acuerdos dentro de las organizaciones, lo que la sitúa como consecuencia del mal desempeño normativo democrático y no como su causa. De ahí la importancia de reflexionar el papel de la corrupción desde su relación con la democracia. El presente trabajo de investigación documental es parte de un proyecto que realizo como estudiante de doctorado del Posgrado de Estudios Latinoamericanos de la UNAM titulada “Prácticas de corrupción y la instauración de mecanismos de participación ciudadana anticorrupción en América Latina, una comparación entre el municipio de Quillota, región de Valparaíso Chile y el municipio de Zapotlán de Juárez Hidalgo, México”

Resumen de la Ponencia:

Luego de más de dos años conviviendo con la pandemia del COVID 19 y a pesar de la recuperacion incipiente por la que transitan los paises, los efectos a mediano y largo plazo, todavía representan importantes retos para el Estado.Desde el primer caso confirmado de COVID en Paraguay, el país puso en marcha acciones en carácter de emergencia para contener las consecuencias negativas en la población en todas las  áreas.En paises como Paraguay, con un sistema de salud inmaduro, con condiciones estructurales dificiles de modificar, la llegada de la pandemia, visibilizó, amplificó y profundizó las necesidades y brechas sociales. La calidad del empleo empeoró y aumentó el nivel de informalidad, afectando especialmente a las mujeres, los jóvenes y las personas con baja escolaridad. Todo esto llevó a que la pobreza que había estado disminuyendo sosteniblemente a lo largo de varios años, aumentara un poco durante el 2020 y se mantuviera en ese nivel en el 2021.La estrategia que implementó Paraguay a principios de la pandemia, fue elogiada en la región por ser ejecutada de manera temprana. Sin embargo, si bien contuvo el avance crítico de la enfermedad en el pais, no fue suficiente para evitar que las personas se enfrentaran a pérdidas económicas y vulneración de derechos. Este trabajo reconoce que las medidas ejecutadas en Paraguay para evitar el contagio masivo y el fallecimiento desproporcionado fueron acertadas y generaron nuevas formas de relacionamiento y convivencia, pero no pudieron evitar el descenso de la actividad económica. Por lo tanto, el objetivo es valorar el impacto de las politicas sociales creadas para enfrentar al COVID 19 en la pobreza, pobreza extrema y desigualdad en el periodo 2019 - 2021 y reflexionar sobre los desafíos para la recuperación sostenible post pandemia.En primer lugar, se presentará un análisis de las estrategias públicas diseñadas y ejecutadas durante el auge del COVID 19, dirigidas a la población en pobreza y vulnerabilidad, entendiéndolas en el marco de las políticas sociales. Para posteriormente identificar los principales desafios para la vuelta a la “normalidad” y entender las políticas públicas para la sostenibilidad del crecimiento económico y el desarrollo social.El análisis de la política social, desde la economía política que se presentará en esta ponencia, reflexiona sobre la eficiencia y la efectividad de las medidas implementadas por el Estado paraguayo durante la pandemia del COVID 19 y su impacto en la pobreza y la desigualdad.

Resumen de la Ponencia:

Este trabalho analisa padrões de práticas socioespaciais urbanas em cidades brasileiras, a partir da referência do campo de estudos da análise de redes sociais, particularmente pesquisando redes sociais pessoais nas cidades de Maringá (PR) e Ribeirão Preto (SP), duas cidades brasileiras que apresentam diferentes características quanto aos níveis de desigualdades intraurbanas e que, embora estejam institucionalizadas como regiões metropolitanas, apresentam características de cidades médias. Trata-se de pesquisa junto ao Projeto Temático “Fragmentação socioespacial e urbanização brasileira: escalas, vetores, ritmos, formas e conteúdos”, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), particularmente relacionando fragmentação socioespacial urbana e redes sociais e pessoais. O objetivo é identificar e compreender processos socioespaciais passivos de geração de rupturas e seletividades em redes e entre redes pessoais, a partir das tendências impostas pela lógica fragmentária, advinda dos macroprocessos socioeconômicos. O que permite caracterizar novas configurações intraurbanas, para as quais são necessárias novas articulações conceituais em busca de respostas que visem explicar os padrões de desigualdades em relação ao grau de complexidade atual. Para tal, utilizamos a metodologia de Análise de Redes Sociais (ARS), que identifica as redes pessoais egocentradas e permite caracterizar sua estrutura de vínculos socioespaciais em vários tipos de relações sociais e processos de espacializações, em quadros qualitativos de aplicação de questionários que permitiu a elaboração de sociogramas, mapeamentos e posterior caracterização geral das redes pessoais, considerando os perfis e os recortes espaciais intraurbanos adotados. Os resultados apontam para diferentes padrões de espacialização das redes pessoais, de acordo com a inserção atual dos egos, indicando práticas espaciais em que observa-se circunstâncias passíveis de seletividades e rupturas estruturais e estruturantes. Trata-se, assim de analisar tendências ou potencialidades de fragmentação sopcioespacial urbana como um mecanismo de acirramento e legitimação das desigualdades, em que a concentração de renda e a fossilização da ascensão social acabam por criar redes socioespaciais disjuntivas em meio aos efeitos nocivos da urbanização. Ao analisar os diferentes padrões obtidos em relação aos citadinos de baixa renda, média e alta renda, nota-se que existem formatos bastante distintos de práticas espaciais nas interações das redes de pessoas. Essa característica pode indicar que os processos de estruturação e reestruturação de dois espaços urbanos contemporâneos possuem diferentes níveis de acesso e mobilidade urbana. Dessa forma, de acordo com a inserção socioespacial, haveria disjunções entre as áreas de desigualdades, nas quais não há reciprocidade nas relações sociais passadas por novos padrões de mediação, como, por exemplo, aquelas circunstanciadas por posições econômicas em que a ausência de espontaneidade e submissão estariam presentes. Os resultados remetem, assim, para a hipótese das redes socioespaciais disjuntivas.  

Resumen de la Ponencia:

De acuerdo con Warman[1], a principios del siglo XX la población rural mexicana era del 75% del total nacional, mientras que para finales del mismo siglo tan solo representaba una cuarta parte. Es decir, al culminar la década antepasada el país ya era predominantemente urbano en términos de su población. Sin embargo, al respecto surge la pregunta: ¿cómo es que ocurrió este proceso en las diferentes regiones del territorio nacional y qué implicaciones tuvo el impulso del desarrollo regional sobre el territorio y el uso de sus recursos, en especial de los hídricos? Para dar cuenta de dicho proceso y con un carácter de exploratorio, es que en la presente ponencia se abordará el caso de la denominada región del río Santiago en el estado de Jalisco, haciendo énfasis en las relaciones asimétricas entre los espacios rurales y los urbano industriales. A manera de adelanto, puede mencionarse que la política de desarrollo regional a partir de la industrialización, en especial mediante la creación de corredores industriales, acompañada de procesos de urbanización, trajo consigo evidentes asimetrías que terminaron, por así decirlo, marginando al sector rural, en especial respecto al territorio y sus recursos, en específico los hídricos. A ese respecto puede decirse que, en términos de población ocupada, para la década de 1970 el sector primario era predominante con un 56.4% en promedio de los 13 municipios que integran la región, pero que al paso de los años fue que para 2020 dicho sector apenas es representativo con un 13.4%. Desde luego que esto puede aludirse al crecimiento de la población y a las limitaciones de la necesidad de brazos para las labores cotidianas propias del modelo agrícola industrial, ante todo en base de la irrigación, y al incremento del uso de recursos hídricos, en especial subterráneos. Pero no solo se trata de eso, sino también de la instalación de diferentes industrias en el campo y las crecientes ciudades y del propio crecimiento urbano, así como en ciertos casos la absorción de territorios ejidales irrigados desde antaño. Así las cosas, que a la fecha se observa un acaparamiento de territorios rurales y una creciente sobre explotación de recursos hídricos subterráneos. Una evidencia de lo anterior puede observarse en el crecimiento urbano sobre tierras ejidales irrigadas de una ciudad industrial como Ocotlán, al igual que en el crecimiento de la agroindustrial ciudad de La Barca sobre el mismo tipo de propiedad. En términos hídricos, lo anterior se expresa en la decreciente disponibilidad del acceso al agua subterránea, así como la preocupante sobre explotación de varios de los acuíferos de la región en comento. [1] Warman, Arturo (2001), El campo mexicano en el siglo XX, México, Fondo de Cultura Económica

Descripción de la Publicación académica:

La colección de sociología clínica en español reúne, hasta la fecha, ocho títulos dedicados al “enfoque clínico en ciencias sociales”. Este enfoque plantea una epistemología caracterizada por trabajar mediante una escucha atenta y horizontal, al sujeto social, su trayectoria y sus vivencias, para acompañar cambios que contribuyan a su emancipación. La sociología clínica se interesa por la dimensión existencial de las relaciones sociales, es decir, por los lazos profundos que vinculan al ser del hombre y al ser de la sociedad. Es una mirada y una construcción metodológica rigurosa y pluridisciplinar. La colección de SC incluye autores de renombre internacional considerados padres del enfoque tales como Vincent de Gaulejac y Eugène Enríquez, así como libros colectivos como “Sociología clínica. Reflexiones e investigaciones hoy” elaborado a partir de la red internacional de sociología clínica RISC, que incluye 25 autor@s de Latinoamérica y España. La culminación de esta colección ha llegado con la publicación del “Diccionario de sociología clínica” en el año 2022. El diccionario recoge 245 entradas que recorren conceptos, temáticas, metodologías, dispositivos de intervención, campos de estudio, así como teorías y enfoques con los que dialoga la sociología clínica. En el diccionario colaboraron 131 autor@s de todo el mundo, incluyendo una veintena de Latinoamérica. La colección de sociología clínica ha publicado hasta el momento ocho libros, los dos últimos en 2022: Vincent de Gaulejac: “Las fuentes de la vergüenza” (2015), “La neurosis de clase” (2019). Nicole Aubert y Vincent de Gaulejac: “El coste de la excelencia” (2017). Isabel Cerdeira: “Novela e historias de vida” (2017). Fernando Gil Villa: “Estar bien” (2018). Ana María Araújo y Fernando de Yzaguirre: “Sociología clínica. Reflexiones e investigaciones hoy” (2021). Agnès Vandevelde-Rougale y Pascal Fugier: “Diccionario de sociología clínica” (2022). Eugène Enríquez: “Análisis e intervención en procesos relacionales e institucionales” (2022).

Resumen de la Ponencia:

Esta pesquisa parte da premissa que as universidades são espaços de diálogo democrático e, por muitas vezes, equitativo. Entretanto, na história de diversos países as mulheres e as pessoas negras somente passam a ocupar este espaço muito recente, abrindo-se o questionamento acerca desta participação.Portanto, buscou-se analisar documentos de níveis: nacionais, internacionais e da Universidad Nacional de Colômbia, a fim de perceber a participação política de mulheres nesta universidade, sendo de tal maneira, uma forma de avaliar se as políticas de equidade de gênero têm contribuído no empoderamento de mulheres em cargos de poder.De tal maneira, foi-se investigado se tais políticas são suficientes para diminuir a diferença de participação de mulheres em cargos de poder, dado que tal desigualdade é palpável pela diferente socialização de gênero e o impedimento de liderança de mulheres dados alguns estereótipos de gênero.Esta pesquisa teve a duração de dois anos, sendo divida no seguinte formato: no primeiro ano a investigação foi teórica buscando aprofundar-se nos conceitos e teorias aqui discutidos baseados na leitura de  acadêmicas do tema e diálogos administrativos com a Universidad Nacional de Colombia, no segundo ano o foco do trabalho foi o campo, que deu-se por meio da participação da investigadora nas reuniões e espaços de decisão dentro da universidade, para a escrita deste trabalho tem-se como base teórico-metodológico a metodologia feminista as principais abordagens das feministas acadêmicas. 

Resumen de la Ponencia:

La ponencia surge del proyecto: Indigeneity and Pathways Through Higher Education, el cual es una colaboración entre la Universidad de Bath, la Universidad Veracruzana y la Universidad Nacional Autónoma de México. El objetivo de este proyecto es analizar el papel y los alcances de la educación superior en los pueblos indígenas, enfocándose en los impactos que el tipo de universidad tiene en las experiencias, habilidades e identidades desarrolladas por los estudiantes indígenas en sus diferentes dimensiones sociales. La investigación se está desarrollando desde una perspectiva cualitativa, etnográfica y colaborativa. Para ello, estamos realizando entrevistas a una muestra de estudiantes universitarios indígenas, a los docentes, así como a los y las egresadoas/os. Una de las aristas del proyecto es comprender las experiencias de racismo, discriminación y segregación social que las y los estudiantes indígenas viven al interior de diversos modelos de formación universitaria. Para esta ponencia, nos centraremos en dos universidades de la Ciudad de México, una pública y otra privada.  Hasta ahora, los resultados nos han permitido observar que, aún con la creciente reflexión y problematización en torno a la presencia de la diversidad sociocultural y lingüística, así como de la creciente implementación de políticas interculturales, en las universidades siguen prevaleciendo expresiones de discriminación, racismo y exclusión para jóvenes de comunidades indígenas. Estas expresiones emergen en el discurso o las prácticas de los pares, los profesores y, en ocasiones, de la misma estructura de institución. Entre estas tensiones los estudiantes indígenas buscan formas de resistencia, ya sea a través de la creación de redes, con el apoyo de profesores, o bien, desde la misma inserción a los grupos hegemónicos de estudiantes al interior de la universidad, con todas las complejidades que ello implica. Palabras Clave: Estudiantes indígenas, educación superior, racismo, discriminación, exclusión. 

Resumen de la Ponencia:

Los debates en torno al cuidado tomaron un vigor decisivo en el contexto de la pandemia de Covid19, que puso a los cuidados en el centro de la escena y también visibilizó la necesidad de transformar la forma como hoy socialmente se resuelven.La agenda de los cuidados no es nueva. Se viene impulsando en América Latina y el Caribe desde mediados de la década pasada, desde las Conferencias Regionales sobre la Mujer, el activismo feminista, la producción académica y el trabajo desde las áreas de género de las agencias de Naciones Unidas. Esta agenda es crucial para una región con los niveles de desigual estructural y persistente que presenta ALyC, y en el reconocimiento de que la forma actual de la organización social del cuidado (OSC) es injusta y un nudo básico de reproducción de desigualdades. Esta ponencia presenta una indagación exploratoria de los avances recientes de la agenda de los cuidados en la región, tomando como referencia cuatro casos específicos: México, Costa Rica, Colombia (con énfasis en Bogotá) y Argentina. Se toman esos casos porque justamente muestran avances, desiguales entre sí, con respecto a la forma en que se han resuelto típicamente los cuidados, a la vez que permiten pensar cómo la agenda de la política pública puede articularse y fortalecerse con una agenda feminista de los cuidados.La ponencia presenta de manera breve la situación de la OSC en cada país, incluyendo las dimensiones del tiempo del trabajo doméstico y de cuidados no remunerado, los marcos normativos de los esquemas de licencias laborales vinculadas con responsabilidades de cuidado, la oferta de provisión pública de servicios de cuidado y el lento avance de la protección de los y las trabajadores del cuidado. Luego hacemos un breve panorama de las respuestas de política pública en torno a los cuidados durante la pandemia.A partir de este panorama, nos preguntamos: ¿cuáles son las orientaciones que están adoptando los avances en materia de sistemas de cuidado en la región?, ¿qué diferencia implica un abordaje feminista de los mismos?, ¿cuáles son las condiciones de posibilidad para que esta perspetiva prevalezca?, ¿qué rol juegan otros elementos con potencial transformador de la actual OSC? En particular, ¿cuál es y cuál debiera ser el rol de los sindicatos? ¿qué papel juegan los servicios públicos de cuidados?

Resumen de la Ponencia:

Estudiar el Chile contemporáneo en base a estos tres conceptos Democracia – Violencia de Estado - Subjetividad es el objetivo principal de la presente  investigación, ya que  entendemos que la realidad política de un país latinoamericano, en el siglo XXI, no se puede analizar objetivamente sin tener presente que la idea de Democracia nació desde la violencia de Estado, en otras palabras, en Chile el concepto de democracia surge en el proceso de transición política que provoca la dictadura militar del año 1973, así como los cambios generacionales y culturales que produjo este hecho.  El golpe de Estado del año 1973 en Chile  se rompe el orden constitucional y la soberanía de un pueblo, con la finalidad de instaurar un nuevo modelo económico, político y social alojado en el más puro Neoliberalismo, en otras palabras, es durante la dictadura cívico militar donde  se crea una nueva carta fundamental del orden social y económica de Chile, la llamada Constitución  de 1980, la que fue aprobada en un plebiscito organizado por los militares Chilenos, sin ninguna validación internacional y local, bajo este contexto de violencia de Estado  nace nuestra democracia y orden social actual,  con  cambios y reformas realizadas por los gobiernos en las distintas temáticas del orden social, pero en lo sustancial, el núcleo de modelo neoliberal no ha sido cambiado, es más este se ha profundizado.  Por consecuencia, si hablamos de Subjetividad lo que intentamos es mostrar el cambio cultural que ocurre en Chile, producto en primer lugar de un desmantelamiento del orden constitucional que implica un cambio en las estructuras sociales principales como la Educación, la salud, la Previsión y en segundo la eliminación de un razonamiento orientado hacia un horizonte socialista con la muerte y tortura de dirigentes políticos, sindicalistas, militantes de partidos y como ese cambio en los chilenos nos diferencia del resto de los países de la región, en consecuencia los Chilenos y las generaciones actuales han naturalizado por ejemplo que los derechos sociales son  bienes de consumo que se tranzan en el mercado (Educación, Salud, Vivienda), ahora bien desde el año 2011, fueron  los movimientos sociales los que disputaron (la subjetividad )en relación de recuperar a través de la memoria histórica la noción de derechos sociales contra la idea de la clase política que aun pretende mantener mantiene instalada la violencia de Estado consolidada  en la “democracia”.   La metodología a utilizar es una investigación de tipo documental y de revisión bibliográfica de los temas y conceptos antes descritos en el resumen. 

Resumen de la Ponencia:

Derechas y democracia en las elecciones 2021 en América Latina: una caracterizaciónFrancisco Reveles VázquezResumen de ponenciaEn las elecciones que se realizaron en distintos países de América Latina en 2021 se expresaron diferentes fuerzas políticas que dieron pie a la participación de actores que respaldan valores propios del neoconservadurismo, el neoliberalismo, el liberalismo y la democracia cristiana. Se trata de partidos, organizaciones sociales, asociaciones cívicas, grupos de interés de corte empresarial, especialmente los propietarios de medios de comunicación, iglesias y agentes internacionales (que pueden ser gobiernos, asociaciones civiles o políticas, partidos, etcétera). Aquí se propone hacer una caracterización de tales fuerzas políticas que participaron en los comicios presidenciales de 2021 en América Latina, dentro de un relativamente amplio espectro, donde se presentan posturas moderadas y extremistas. Para ello se tomarán en cuenta los siguientes indicadores: partido político, coalición electoral, perfil de la candidatura presidencial, oferta electoral, agrupaciones sociales aliadas, apoyo de actores políticos y sociales no partidistas (nacionales o extranjeros) y base electoral de apoyo. El fenómeno es interesante por el atractivo que para muchas ciudadanas y ciudadanos han mostrado liderazgos personalistas y actores políticos que manejan incluso un discurso antisistema desde la derecha. Los hay de perfil populista y también otro tipo de expresiones, todas ellas cargadas de valores conservadores o neoconservadores. El trabajo pretende distanciarse de las caracterizaciones maniqueas, parciales o proclives a asumir como válida la calificación que los gobernantes progresistas hacen de sus adversarios. Como punto de partida, se puntualiza una premisa metodológica indispensable para el análisis político: la derecha no es lo que la izquierda asegura, ni a la inversa. Mucho menos si la descalificación del otro parte desde una posición de poder. Hay partidos de derecha que están presentes en los países de la región desde hace mucho tiempo. Fueron parte esencial de sus respectivos regímenes políticos, logrando legitimidad mediante pactos inter élites o bien gracias al voto de los ciudadanos, directo o indirecto pero mayoritario al fin. Sin embargo, la mayoría de estos partidos han sido superados por nuevas fuerzas o liderazgos que cuestionan su proceder, sus gobiernos y sus añejas identidades ideológicas. El objetivo de la ponencia es caracterizar a estas fuerzas de extrema derecha y también a las más moderadas. Todas ellas participaron y lograron avances sustantivos en los comicios más recientes en la región e incluso conquistaron los principales cargos públicos en disputa.

Resumen de la Ponencia:

Los procesos de acción colectiva se han venido transformado en los contextos urbanos de acuerdo a diferentes tipos de reivindicaciones sociales, los cuales vienen resignificando la relación entre territorio y procesos comunitarios, especialmente, lo relacionado con formas de resistencia y protección de espacios ambientales. La acción colectiva se convierte en elemento constitutivo en la construcción del tejido social y la apropiación del territorio.  Para esta investigación se aborda la experiencia del Ecobarrio El Cortijo - Ciudadela Colsubsidio en la ciudad de Bogotá, que propone el desarrollo de diferentes estrategias de apropiación y conservación ambiental, que tras el estallido social en Colombia en 2021 se fortaleció y aunó el tejido social en el barrio. Para ello se realizaron 5 entrevistas a integrantes de organizaciones sociales de base y funcionarios institucionales vinculados con este proceso. De esta forma la presente ponencia amplía el debate sobre procesos de organización, formas de lucha y repertorios de acción en contextos de resistencia ambiental.

Resumen de la Ponencia:

Para un desarrollo saludable no es solo necesaria una alimentación adecuada, por el contrario, es inevitable tener los conocimientos precisos para fortalecer cada una de las etapas de crecimiento que tiene un individuo dentro de una sociedad. En las aulas colombianas no existen lineamientos para atender a la comunidad educativa que sufren de algún tipo de enfermedad mental. A pesar de que en Colombia se han realizado avances para transformar las realidades de quienes sufren alguna enfermedad de salud mental, no se ha desarrollado ningún lineamiento pedagógico que brinde estructuras sólidas que lleven a establecer un apoyo en los contextos formativos; esto también para lo casos de varios países Latinoamericanos. Nuestra investigación se centra en como estas problemáticas se diagnostican mayormente en las comunidades más vulnerables de los contextos escolarizados y de educación informal. Este mismo investiga aspectos cuantitativos y cualitativos frente a la salud mental y la educación en las escuelas colombianas, visibilizando las principales limitaciones que tiene el sistema educativo actual y el docente, en búsqueda de una estrategia que permita a la comunidad educativa enriquecer su desarrollo humano; para ello se ha estructurado una batería de preguntas que examinan las formas de violencia dentro del aula y fuera de ella, en la familia, la comunidad, la sociedad y en lo individual; así mismo se han utilizado herramientas para el análisis como SPSS y Atlas Ti, realizando tres muestreos, uno de carácter nación escolarizado, el otro de carácter regional escolarizado y el ultimo de carácter local con educación informal. La salud metal continúa siendo la oveja negra en la creación de leyes y políticas públicas, ya que es evidente la falta de implementación y normatividad para la prevención de enfermedades de salud mental, delimitando el problema no en la educación oportuna sino en el tratamiento; debido a esto Colombia se ha caracterizado por invisibilizar la articulación entre el sistema educativo y el sistema de salud, fallando en ofrecer herramientas como capacitaciones, instrumentos pedagógicos, atención psicosocial oportuna, escucha activa y por supuesto información acerca de la salud mental tanto a los docentes y estudiantes, la falta de educación integral no es problema netamente colombiano, sino por el contrario es una constante en el continente Americano. 

Resumen de la Ponencia:

Para un desarrollo saludable no es solo necesaria una alimentación adecuada, por el contrario, es inevitable tener los conocimientos precisos para fortalecer cada una de las etapas de crecimiento que tiene un individuo dentro de una sociedad. En las aulas colombianas no existen lineamientos para atender a la comunidad educativa que sufren de algún tipo de enfermedad mental. A pesar de que en Colombia se han realizado avances para transformar las realidades de quienes sufren alguna enfermedad de salud mental, no se ha desarrollado ningún lineamiento pedagógico que brinde estructuras sólidas que lleven a establecer un apoyo en los contextos formativos; esto también para lo casos de varios países Latinoamericanos. Nuestra investigación se centra en como estas problemáticas se diagnostican mayormente en las comunidades más vulnerables de los contextos escolarizados y de educación informal. Este mismo investiga aspectos cuantitativos y cualitativos frente a la salud mental y la educación en las escuelas colombianas, visibilizando las principales limitaciones que tiene el sistema educativo actual y el docente, en búsqueda de una estrategia que permita a la comunidad educativa enriquecer su desarrollo humano; para ello se ha estructurado una batería de preguntas que examinan las formas de violencia dentro del aula y fuera de ella, en la familia, la comunidad, la sociedad y en lo individual; así mismo se han utilizado herramientas para el análisis como SPSS y Atlas Ti, realizando tres muestreos, uno de carácter nación escolarizado, el otro de carácter regional escolarizado y el ultimo de carácter local con educación informal. La salud metal continúa siendo la oveja negra en la creación de leyes y políticas públicas, ya que es evidente la falta de implementación y normatividad para la prevención de enfermedades de salud mental, delimitando el problema no en la educación oportuna sino en el tratamiento; debido a esto Colombia se ha caracterizado por invisibilizar la articulación entre el sistema educativo y el sistema de salud, fallando en ofrecer herramientas como capacitaciones, instrumentos pedagógicos, atención psicosocial oportuna, escucha activa y por supuesto información acerca de la salud mental tanto a los docentes y estudiantes, la falta de educación integral no es problema netamente colombiano, sino por el contrario es una constante en el continente Americano.