Resumen de la Ponencia:

Resumen de la Ponencia:

Descripción de la Publicación académica:

Resumen de la Ponencia:

Compreender as contribuições do pensamento político de Floreal Antonio Ferrara para repensar a participação social no SUS na atual conjuntura brasileira. Método: Inicialmente, foi realizada uma revisão sistemática crítica nas revistas marxistas sobre a categoria “participação social”, para compreender os limites e possibilidades da construção desta prática de relação social no capitalismo contemporâneo. Num segundo momento, propomos uma análise do conteúdo crítico para extração dos excertos do livro de Floreal que tratam sobre “participação social”. Seguimos com uma metassíntese qualitativa sobre os desafios das práticas dos conselhos de saúde no SUS e, por fim, analisaremos esta síntese dos resultados à luz do pensamento de Floreal sobre participação social. Resultados: Realizar uma explicitação mais aprofundada dos termos “controle e participação social”, neste contexto representa um desafio já que acreditamos que através da teoria social marxista possamos elucidar essas categorias leva, invariavelmente a construção de uma saúde popular cujo o papel da tutela estatal é questionada. Assim como os estudos de base marxista podem trazer melhores compreensões dessas categorias, a percepção de Floreal Antonio Ferrara sobre a temática pode promover uma discussão crítica, contribuindo, deste modo, para os estudos propostos pela saúde coletiva brasileira, num momento em que o assolamento das verbas orçamentárias destinadas às políticas sociais se faz cada vez mais comprometido, evidenciando a crise estrutural do capital, que vem se aprofundando sobre a égide de um governo neofacista.

Introducción:

Mesmo que sob intensas disputas, a participação social é lei no Sistema Único de Saúde (SUS), preconizada a partir da Constituição Federal de 1988. A participação social refere-se à possibilidade da sociedade civil cooperar nas instâncias decisórias do sistema único e, é materializada através dos conselhos e das conferências em saúde, possuindo legislações específicas. Estes espaços se colocam como ferramentas para construção de uma gestão institucional coletiva, buscando construir um SUS mais democrático e que entenda a gestão da saúde como parte integrante do fazer saúde. Mesmo reconhecendo o avanço que os conselhos e as conferências representam, podemos observar que, como parte do Estado capitalista, a tendência à cooptação destes espaços e a baixa efetividade da construção de uma gestão coletiva findam por permitirem o avanço dos interesses privados que inviabilizam algum tipo de direcionamento político radical dificultando a articulação da luta política. Reconhecendo a experiência de participação social em saúde narrada por Floreal Antonio Ferrara e sua análise de inspiração na tradição social marxista, podemos repensar e compreender os limites e as possibilidades da participação social no SUS a partir deste autor, que pode ser objeto de uma reflexão mais aprofundada. Objetivos: Compreender as contribuições do pensamento político de Floreal Antonio Ferrara para repensar a participação social no SUS na atual conjuntura brasileira. Método: Inicialmente, foi realizada uma revisão sistemática crítica nas revistas marxistas sobre a categoria “participação social”, para compreender os limites e possibilidades da construção desta prática de relação social no capitalismo contemporâneo. Num segundo momento, propomos uma análise do conteúdo crítico para extração dos excertos do livro de Floreal que tratam sobre “participação social”. Seguimos com uma metassíntese qualitativa sobre os desafios das práticas dos conselhos de saúde no SUS e, por fim, analisaremos esta síntese dos resultados à luz do pensamento de Floreal sobre participação social. Resultados: Realizar uma explicitação mais aprofundada dos termos “controle e participação social”, neste contexto representa um desafio já que acreditamos que através da teoria social marxista possamos elucidar essas categorias leva, invariavelmente a construção de uma saúde popular cujo o papel da tutela estatal é questionada. Assim como os estudos de base marxista podem trazer melhores compreensões dessas categorias, a percepção de Floreal Antonio Ferrara sobre a temática pode promover uma discussão crítica, contribuindo, deste modo, para os estudos propostos pela saúde coletiva brasileira, num momento em que o assolamento das verbas orçamentárias destinadas às políticas sociais se faz cada vez mais comprometido, evidenciando a crise estrutural do capital, que vem se aprofundando sobre a égide de um governo neofacista. 

Desarrollo:

Mesmo que sob intensas disputas, a participação social é lei no SUS, preconizada a partir da Constituição Federal de 1988. Entre as divergências políticas em torno do termo (participação social, participação da comunidade, ou ainda, controle social), grosso modo, trata-se da possibilidade da sociedade civil participar das instâncias decisórias do sistema, fato que significa um avanço essencial para a democratização das instituições na sociedade brasileira. Assim, a participação social se coloca como a principal diretriz que auxilia no desenvolvimento do Sistema Único de Saúde em nosso país.

 A principal forma pela qual a participação social é materializada se dá através dos conselhos e das conferências em saúde, possuindo legislações específicas para sua prática e desenvolvimento no cotidiano, sendo estes espaços mecanismos essenciais para efetivação de uma prática democrática institucional. Neste contexto, visando a construção de uma gestão institucional coletiva, os conselhos e conferências foram implementados em todas as esferas de governo, sendo assim, municipais, estaduais e federais. 

A amplitude do campo de atuação dos conselhos de saúde, além de valiosa, é extensa. Como exemplo, a instituição dos conselhos de saúde atende à exigência legal estabelecida para o repasse de recursos financeiros, estaduais ou federais, ao setor Saúde. Sua atuação e variedade de competências fazem com que, hoje em dia, todos os municípios brasileiros disponham de um conselho de saúde (BRASIL, p. 13, 2013)

Mesmo reconhecendo o avanço que significam os conselhos e as conferências na prática da participação dos sujeitos sociais no cotidiano deste sistema, o que cada vez mais vem se observando, é a cooptação destes espaços e a baixa efetividade da construção de uma gestão, de fato, coletiva. Estes locais findam por serem influenciados diretamente por interesses privados, que recebem influência, muitas vezes, das parcerias público-privadas que dominam a gestão dos equipamentos de saúde, ou de segmentos sociais conservadores que inviabilizam o direcionamento político radical destes espaços e dificultando a articulação e organização da luta política. Como Carnut e Ianni (2017) advertem:

Há perda da capacidade política dos conselhos e conferências como espaço de resistência institucional. Mesmo admitindo os limites da democracia representativa parlamentar, há uma cantilena em “suprir os déficits democráticos” do modo tradicional de formulação de políticas públicas restrito aos gestores, técnicos e burocracia governamental, além de parlamentares. (CARNUT & IANNI, p. 2, 2017)

É neste contexto que se torna cada vez mais urgente a repolitização dos debates que envolvem a gestão dos serviços de saúde, sendo essencial um direcionamento político das discussões sobre o que significa a participação social. Resgatar as origens do termo na tradição social marxista para realizar suas reflexões, considerando a totalidade estrutural histórico política tem se tornado um investimento pertinente para iluminar uma crítica a essas práticas.  

Diante desta perspectiva, temos o objetivo de resgatar nesta pesquisa a produção do sanitarista marxista argentino Floreal Antonio Ferrara sobre a participação social em saúde. Este autor, em sua obra intitulada "Teoría Política y Salud”, tomo 3, além de retomar os principais conceitos e abordagens da participação social na saúde em uma perspectiva crítica marxista, apresenta um cenário possibilidades práticas para seu exercício diante da conjuntura político-econômica a que se encontrava em meados da década de 1980.

Mesmo reconhecendo a diferença histórica dos momentos de 1980 e os atuais, estamos de acordo com Chesnaux (1995) quando ele afirma que o estudo do passado só é relevante quando está a serviço do presente; e, nessa direção, pensar historicamente significa pensar politicamente. Por isso, por mais que resgatar a obra de Ferrara possa parecer um procedimento anacrônico ou, ainda, pouco profícuo para pensar a conjuntura político-econômica em que se encerra a participação social no SUS hoje, Chesnaux (1995) nos brinda com a esta máxima sobre o ‘valor político’ de se pensar a história.

Assim, para compreender o contexto de Floreal Antonio Ferrara (1924-2010), é necessário apontar alguns marcadores biográficos de sua própria história. Ferrara foi um importante militante político da saúde e sanitarista argentino, nascido em Punta Alta, filho de um carpinteiro iugoslavo anarquista e uma dona de casa espanhola. Formado em Medicina pela Universidad Nacional de La Plata em 1950, tornou-se especialista em cardiologia e em medicina social. Atuou como Ministro da Saúde por duas vezes na Província de Buenos Aires. Na última posse deste cargo construiu a denominada Atenção Ambulatorial Domiciliar em Saúde (ATAMDOS), que era formado por uma equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, bioquímico e cirurgião-dentista, que se responsabilizavam pelo cuidado de 300 famílias, com destaque para uma importante participação social em assembleias, trabalhando o conceito de corresponsabilização dos sujeitos sociais.

Em síntese, a partir desta experiência, é que este projeto de pesquisa busca resgatar o pensamento político deste autor para repensar a participação social no SUS no atual cenário brasileiro, corporificada pelos conselhos e conferências em saúde.

Trata-se de uma pesquisa social de abordagem qualitativa e para operacionalizar os objetivos específicos deste estudo, usaremos três métodos de coleta e análise de dados, buscando, desta forma, alcançar o fim proposto. Inicialmente, será realizada uma revisão sistemática crítica nas revistas marxistas sobre a categoria “participação social”, para compreender os limites e possibilidades da construção desta prática no Sistema Único de Saúde. Num segundo momento, propomos uma análise do conteúdo crítico para extração e análise dos excertos do livro de Floreal que trata sobre “participação social”. Seguimos com uma metassíntese qualitativa sobre os desafios das práticas dos conselhos de saúde no SUS e, por fim, analisaremos esta síntese dos resultados à luz do pensamento de Floreal sobre participação social.

O referencial teórico metodológico adotado neste projeto vai de encontro com os estudos referenciados na tradição social marxista. Para compreensão da categoria “participação social” sob a luz do materialismo histórico dialético, realizaremos uma revisão bibliográfica sistemática crítica em revistas acadêmicas que seguem esse método de análise, pois acredita-se que através deste caminho torna-se possível avançar na compreensão da categoria mencionada. Gough, Thomas, Oliver (2012) apresentam a revisão sistemática como uma forma de pesquisar a literatura utilizando de métodos explícitos e confiáveis. Uma revisão sistemática crítica segundo Grant e Booth (2009), vai além da descrição de artigos identificados na literatura, ela inclui análise e síntese de material de diversas fontes. 

Serão considerados para construção deste estudo, as revistas marxistas que possuem relação direta com a temática. Deste modo, análises críticas que versam sobre a construção da participação social, no que tange aos limites e possibilidades desta prática institucionalizada diante da  atual fase do capitalismo. A seleção destes estudos ocorrerá por meio de uma pesquisa exploratória online em revistas científicas, onde definiremos palavras e combinações de palavras para delimitar as buscas.

Seguimos com a leitura do tomo 3 da obra “Teoria Política e Saúde” desenvolvida por Floreal Antonio Ferrara, realizando uma análise crítica e sistematizada desta produção, recorrendo para tal ato ao uso da Análise de Conteúdo Crítica descrito por Utt e Short (2018). Tal análise preconiza pontos a serem identificados no texto ajudando o leitor a desvelar as relações de poder que a escrita de um conteúdo pode, porventura, mascarar. O objetivo é identificar os principais pontos da obra “Teoria Política e Saúde” que auxiliem na construção de uma reflexão a respeito da categoria participação social no atual cenário brasileiro - frente ao avanço perverso dos interesses do capitalismo contemporâneo.  

Conforme Utt e Short (2018) o processo de análise de conteúdo não se dá de forma neutra. Esse método preconiza alguns elementos, como os de selecionar e ler textos,  realizar leitura aprofundada com aporte de uma teoria crítica - no caso marxismo, selecionar fragmentos do texto, explorar o contexto sociocultural e, também, histórico do texto. Além disso, os autores mencionados, preconizam que deve se considerar a própria implicação e posição do pesquisador em relação ao tema, examinar questões de relação de poder pelo texto, determinar unidades de análise e organizar as informações de maneira sistemática sobre o que o autor apresenta sobre a “construção da participação social”. No último momento desta pesquisa, seguiremos com uma metassíntese qualitativa sobre os desafios e as contradições postas nas práticas dos conselhos de saúde no SUS. Vamos analisar e interpretar esta síntese à luz do pensamento de Floreal Antonio Ferrara sobre a categoria participação social. É importante destacar que para tal ato, será demarcado o contexto no qual essas práticas ocorrem, recorrendo assim, a categoria da totalidade social que segundo Bravo (2011) tem como corolário, a historicidade. Temos como objetivo tensionar os limites do movimento social institucionalizado, que se transfigurou nos últimos 30 anos no SUS, como participação social. Neste contexto, pretende-se pensar caminhos futuros para reorientar o posicionamento, bem como, as práticas da participação social no SUS, visto que, segundo Flick (2009) os resultados de uma pesquisa social devem ser relevantes para o campo da prática e para a solução de problemas na prática. 

Conclusiones:

Nesta pesquisa pretendemos explicitar de modo mais aprofundado o termo “participação social” sob a luz da teoria social marxista. Compreendemos que assim como os estudos de base marxista podem trazer melhores compreensões a respeito da participação social, a percepção de Floreal Antonio Ferrara sobre a temática pode promover uma discussão crítica, contribuindo, deste modo, para os estudos propostos pela saúde coletiva brasileira, num momento em que práticas despóticas assolam o Sistema Único de Saúde. Por fim, entendemos que o atual cenário é um momento propício para requalificar as formas de participação social institucionalizadas, superando seus limites em direção a uma ação democrática mais radical (CARNUT, 2021). 

Bibliografía:

BRASIL. Ministério da Saúde. Para entender o controle social na saúde / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

BRAVO, Maria Inês Souza. Serviço Social e Reforma Sanitária: lutas sociais e práticas profissionais/Maria Inês Souza Bravo. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2011.

CARNUT, Leonardo; IANNI, Áurea Maria Zöllner. Para repensar ‘o político’ na saúde: o pensamento de Floreal Antonio Ferrara – primeiras contribuições. Anais Seminário FNCPS: Saúde em Tempos de Retrocessos e Retirada de Direitos, v. 1, n. 1, 2017.

CARNUT, Leonardo; IANNI, Aurea Maria Zöllner. O pensamento político em saúde latinoamericano: Floreal Antonio Ferrara e seus primeiros passos para repensar os caminhos da Saúde Coletiva. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, v. 64, 2019.

CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? Sobre a história e historiadores. São Paulo: Ática S. A.; 1995.

FLICK U. Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.

GOUGH, D.; THOMAS, J.; OLIVER, S. Clarifying differences between review designs and methods. Systematic Reviews, EUA, v. 1, n. 28, p. 1-9. 2012. Disponível em: https://systematicreviewsjournal.biomedcentral.com/track/pdf/10.1186/2046-4053-1-28.pdf Acesso em: 06 out. 2021.

UTT, J.; SHORT, K. G. Critical Content Analysis: A Flexible Method for Thinking with Theory. Understanding and Dismantling Privilege, v. 8, n. 2. 2018. Disponível em: https://www.wpcjournal.com/article/view/18826 Acesso em: 06 out. 2021.

Palabras clave:

Sistema Único de Saúde; Participação Social; Floreal Antonio Ferrara; Teoria Social Marxista;

Resumen de la Ponencia:

La sexualidad y la discapacidad parecieran términos no compatibles según las creencias sociales que atribuyen la sexualidad a personas con ciertos parámetros y estereotipos sociales de belleza o salud. Pues socialmente predominan pensamientos reduccionistas que sugieren que estas personas no deberían relacionarse con lo que esta implica; teniendo en cuenta que la sexualidad en este grupo de la población es considerada más un problema que un atributo humano, por tanto se ha intentado vedar esta dimensión, al concebirlos y tratarlos cotidianamente como “bebes” o “muñecos”.Por eso, esta ponencia, se posiciona como una mirada crítica acerca de la negación que se tiene en torno a la sexualidad de las personas con síndrome de Down en tanto se pretende invisibilizar y negar su humanidad en sí misma, una apuesta que contribuirá a hacer evidentes las prácticas, pensamientos e ideas que se han normalizado y que deshumanizan a estas personas. Partiendo de lo anterior, me remito al autor Frantz Fanon porque su propuesta de deshumanización se da a partir de una línea divisoria entre el ser y el no ser, este autor plantea que existe esta división, en la que quienes están sobre la línea del ser, son personas reconocidas por la sociedad como sujetos de derechos, mientras que quienes se encuentran por debajo, son negados de su humanidad. El cuerpo es la principal frontera frente al mundo, y el reconocer la sexualidad y lo que de ella se desprende comprende un acto de agencia y de autoafirmación. Subestimar individuos y por ende construir sus identidades como no meritorias de sus dimensiones, limita la comprensión que se tiene de ellas, como en la situación en cuestión, donde se niega la dimensión sexual y el derecho a sentir placer de las personas con discapacidad. Por otra parte, teniendo en cuenta que Fanon basa sus postulados en la colonialidad, este será un aspecto a tener en cuenta, pues se buscará entrelazar el pensamiento colonial que dejo muchos vestigios, entre ellos la deshumanización, que todavía se reproduce y está inmersa en el pensamiento de un gran cantidad de personas de forma normalizada, es decir, muchos individuos no son conscientes de que llevan a cabo prácticas deshumanizantes pues estos comportamientos son de antaño y se han incorporado socialmente al punto de no reconocer que se generan formas de interacción por medio de las cuales se privilegia a algunas personas y otras tantas se les relega por considerársele inferiores, es decir, se les deshumaniza.

Introducción:

La presente ponencia está enmarcada en una investigación de la Maestría en Discapacidad e inclusión social de la Universidad Nacional de Colombia que aún se encuentra en curso, el objetivo de la misma es: Visibilizar las vivencias deshumanizantes percibidas y experimentadas  con respecto a la sexualidad de las personas con síndrome de Down en contraste con los postulados que propone Frantz Fanon. 

Por lo anterior se hace necesario contextualizar al autor Frantz Fanon, quien fue un psiquiatra francés, que se interesó por los estudios poscoloniales y utilizó términos como raza, clase, cuerpo, lenguaje y cultura para referirse a la discriminación y demarcación de lo que comprende lo que se considera humano. Pues este autor según Grosfoguel (2011, P. 2) plantea que “el racismo es una jerarquía global de superioridad e inferioridad sobre la línea de lo humano que ha sido políticamente producida y reproducida durante siglos”, es importante mencionar que cuando se habla sobre el racismo, no se hace referencia únicamente a la discriminación por el color de piel, sino que este autor aborda más categorías que se pueden desprender desde el racismo y que no se sitúan necesariamente en alguna locación, pues este se puede reproducir de acuerdo a las dinámicas, prácticas, creencias e historias coloniales de los diferentes contextos. (Grosfoguel, 2011). Como menciona Rojas (2019) son justamente estas historias coloniales en las cuales se ejerció la dominación sobre unos cuerpos considerados inferiores, que dejó como resultado no solo marcas al infringir dolor, sino también la aniquilación de sus historias y tradiciones, pretendiendo acabar con sus vestigios de humanidad. Entonces la discriminación como producto del racismo, tuvo sus inicios desde la época de la colonia en la que se sometieron territorios por medio de la violencia y donde aquellos oprimidos y violentados acumularon su furia y al no poderla manifestar hacia sus agresores, esta se expresó entre ellos mismos, dañando así a los propios oprimidos, quienes “acaban por matarse entre sí: las tribus luchan unas contra otras al no poder enfrentarse al enemigo verdadero y, naturalmente, la política colonial fomenta sus rivalidades” (Fanon, 1983, p. 8). Es decir, la discriminación no solo venía de quienes colonizaron, sino que entre los colonizados se empezaron a crear dinámicas de discriminación y deshumanización. 

Teniendo en cuenta la línea del ser y el no ser enmarcada en la definición de Fanon, quien considera que existe esta división, en la que quienes están sobre la línea del ser, son personas reconocidas por la sociedad como sujetos de derechos, mientras que quienes se encuentran por debajo, son negados de su humanidad. El hecho de pertenecer a un lado u otro de la línea no implica una exención de conflictos, pues en ambos lugares hay heterogeneidad y jerarquías, pero dependiendo el lugar, estas se trabajarán de manera diferenciada, en un lado se hará desde el privilegio y en el otro se hará desde la opresión, sin embargo sus vivencias y experiencias serán determinadas por las posición social, condiciones físicas o de salud, ventajas o desventajas con que cuente la persona.

Desarrollo:

Guiándose bajo la perspectiva de Fanon, se podría decir que gran parte de las personas con discapacidad se encuentran en la línea del no ser ¿por qué? Porque justamente se han caracterizado por ser una población históricamente oprimida a la que se le ha negado el acceso a la justicia, a la salud, a la vida en sociedad, y en muchos casos a la independencia, sin embargo habrá quienes por privilegios de clase, raza o nacionalidad, puedan tener acceso con menor dificultad a estos derechos aun siendo personas con discapacidad, haciendo visible la línea de lo humano; se pensaría entonces que aquellos que se encuentran por encima de esta línea viven la opresión desde otra perspectiva, y pueda que en algunas esferas de sus vidas sea así, sin embargo para el caso de las personas con discapacidad intelectual, particularmente personas con síndrome de Down, al hablar de su sexualidad, las condiciones son las mismas tanto para quienes se encuentran por encima como por debajo de la línea de lo humano, porque ya sea en un caso o en el otro, se rechaza el hecho de que personas  con síndrome de Down puedan identificarse dentro de lo que la sexualidad implica.

 Como lo menciona Rojas (2019), “particularmente el cuerpo con discapacidad. Desmembrado, atomizado, reducido a la satisfacción de otros. Imaginarios, lenguajes y prácticas que van configurando subjetividades sin deseo, sin afecto, sin placer y sin autonomía. Cuerpos/objetos” (p. 119). Así mismo, se niega y obstaculiza el proceso de crecimiento de las personas con discapacidad al tratarlos y nombrarlos como “angelitos” o “bebés”, apelativos usados para atribuirles un estado de inmadurez e incapacidad jurídica que es propio de la infancia, argumentando esto en el hecho de que la etapa evolutiva de las personas con discapacidad no corresponde a su edad cronológica, por eso a pesar de ser adultos se les trata como niños, sin embargo esta no es Síndrome de Down desde la hipersexualidad, pues se presume una sexualidad exacerbada (Contino y Micheletti, 2019). Situándolos como personas sin control sexual, atribuyéndoles características de tipo animal, lo cual refuerza esa idea de mantenerlos fuera de lo que se considera humano. Estos pensamientos perpetúan la idea de que los cuerpos con discapacidad se deben subestimar porque se consideran dependientes en todo aspecto, más aún cuando se habla de la sexualidad y las decisiones en torno a esta. 

Según Galicia (2020) el cuerpo es la principal frontera frente al mundo, y el reconocer la sexualidad y lo que de ella se desprende comprende un acto de agencia y de autoafirmación. Subestimar individuos y por ende construir sus identidades como no meritorias de sus dimensiones, limita la comprensión que se tiene de ellas, como en la situación en cuestión, donde se niega la dimensión sexual y el derecho a sentir placer de las personas con Síndrome de Down, el cual pertenece a todos los individuos por el simple hecho de tener un cuerpo, como muy bien lo dice Galicia (2020), “La sexualidad de las personas con discapacidad —que nace de su cuer­po como nacen todas las sexualidades del mundo— se niega, reduce, fe­tichiza, limita y/o prohíbe como consecuencia de la mirada discrimina­toria que existe hacia estas personas” (p. 90). Sin embargo, citando a Rojas (2019) a lo largo de la historia se pueden encontrar muchos relatos de violencia a los cuerpos, no solo desde agresiones físicas sino también de sometimiento porque muchos individuos eran negados de su autonomía al considerarse esclavos y propiedad de otros tantos con privilegios y poder, ya que el cuerpo de aquellos considerados inferiores era visto como un objeto sobre el cual se podía decidir, y aunque actualmente no se vive propiamente en esclavitud, se siguen dominando cuerpos pero de distintas maneras, para el caso en cuestión se hace decidiendo que cuerpos e individuos pueden incluirse en lo que a la sexualidad respecta, invisibilizando su opinión y claramente ubicándolos en la zona del no ser bajo la línea de lo humano. Trazando de esta manera “Cuerpos sin sujeto dirían las personas con discapacidad que a diario se encuentran con una práctica violenta, en el que hasta el nombre desaparece y con él todos sus rasgos de humanidad” (Rojas, 2019, p. 113).

Conclusiones:

Partiendo de lo anterior, me remito al autor Frantz Fanon porque su propuesta de deshumanización se da a partir de una línea divisoria entre el ser y el no ser y tiene sus bases en el racismo, que fue fundamentado en la época de la colonia, en la que se discriminaban ciertas poblaciones principalmente por motivos de raza, entonces, justamente hacer evidentes estás prácticas y pensamientos es hacer un giro decolonial, en el que se muestre desde que momento histórico se evidencian comportamientos deshumanizantes hacia ciertas poblaciones basados en las premisas del racismo, pero además se hagan visibles para que se entienda porqué ciertos pensamientos deshumanizan aunque estén normalizados socialmente. 

Para realizar este giro, es necesario aterrizar el término de decolonialidad, el cual hace referencia a la temporalidad asociada al atraso que se generó por los procesos de despojo de identidad enmarcados en la época de la colonia y que busca desprenderse de la tiranía y ese deber ser que fue impuesto para considerar formas de ser y habitar el mundo, distintas a las establecidas como correctas (Danel, 2019). 

Partiendo de lo anterior, es necesario contemplar de qué manera la decolonialidad reconoce la sexualidad, y aunque quizá no la aborde de forma específica, sí atiende a la importancia de romper con las matrices de dominación que se han representado por medio de opresiones, las cuales se han manifestado de diversas maneras, en concordancia con lo anterior,  Failla et al. (2019) comentan, que el colectivo feminista negro Combahee River Collective en el texto "Un manifiesto Negro" (1977) hacen referencia por primera vez al término “simultaneidad de opresiones”, pues para estas mujeres, opresiones como la sexualidad, raza, clase o género se establecen paralelamente, entonces la idea de una existencia aislada de cada una es rechazada, por ende su contribución posibilita una noción que acaba con el paradigma de la homogeneidad y unidireccionalidad que impera en el abordaje de las distintas formas de subordinación.

Así mismo Patricia Hill Collins (2000), socióloga estadounidense quien aborda el feminismo interseccional, afirma que la discriminación se conforma por patrones de opresión que no se pueden aislar pues se encuentran entrelazados, ella se refiere a los sistemas de opresión que existen, pues estructuras de racismo, género, clase y sexualidad no se pueden abordar como variables independientes, ya que la opresión de cada una se encuentra inscrita dentro de la otra, entonces el aspecto macro, contempla las estructuras ya mencionadas mientras que el aspecto micro funciona a través de prácticas rutinarias y cotidianas, por ejemplo cómo las personas se tratan entre sí, basándose en la posición social.

De acuerdo con lo anteriormente expuesto, reitero la importancia de hacer un giro decolonial que dé cuenta de cómo se han normalizado comportamientos e ideas que generan dinámicas de opresión hacia grupos considerados no normativos, pues evidenciarlas permitirá entender por qué se han instaurado y reproducido ciertas acciones y pensamientos que buscan aislar a personas con Síndrome de Down de la sexualidad y todo lo que ella implica, pues el no permitirla es una muestra de la colonialidad que ha permeado a la sociedad clasificando a las personas por sus características y funcionalidades, rechazando a todo aquel que se salga de la norma, pues existe una lógica normativa del cuerpo y de la sexualidad.

Bibliografía:

Contino, A. & Micheletti, A. (2019). Niñez eterna. La infantilización en la discapacidad intelectual. F@ro: revista teórica del Departamento de Ciencias de la Comunicación, 1(29), 5.

Danel, P. M. (2019). Discapacidad y matriz colonial: el caso de las políticas de discapacidad en Argentina. A. Yarza et al, 75-100.

Failla, S., Hermida, M. E., & Roldán, Y. (2019). Géneros disidencias sexuales y Descolonialidad en Ciencias Sociales. De problemas sociales a perspectivas críticas. Actas De Las II Jornadas De Sociología UNMDP: La Sociología Ante Las Transformaciones De La Sociedad Argentina.

Fanon, F. (1983). Los condenados de la tierra (Julieta Campos., Séptima reimpresión) Fondo de Cultura Económica México. (Trabajo original publicado en 1961).

Galicia, C. (2020). Instrucciones para el placer: Tener un cuerpo. Revista de la Universidad de México, (10), 90-95.

Grosfoguel, R. (2011). La descolonización del conocimiento: diálogo crítico entre la visión descolonial de Frantz Fanon y la sociología descolonial de Boaventura de Sousa Santos. Formas-Otras: Saber, nombrar, narrar, hacer, 97-108.

Hill Collins, P (2000). “ Black Feminist Epistemology.” Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness, and the Politics of Empowerment, 2nd ed. New York, NY: Routledge.

Rojas, S. (2019). Trazos de deshumanización: la discapacidad en la línea del no-ser. En A. Yarza. B. Pérez, L. Sosa. (Eds.), Estudios Críticos en Discapacidad una Polifonía desde América Latina (pp.101-131).Clacso.

Palabras clave:

Deshumanización, Discapacidad,  Frantz Fanon, Sexualidad, Síndrome de Down.

Justificación del Panel:

Introducción:

Se pondera que el impacto económico del Covid -19 puede ser irreversible y catastrófico. Según (CEPAL 2020) en su informe especial, las medidas de autoaislamiento, cuarentena y distanciamiento social han provocado efectos directos en la oferta y la demanda: suspensión de actividades productivas y mayor desempleo. Así también, recesión mundial en educación, comercio, turismo, transporte, manufactura y recursos naturales. Esta pandemia, según los expertos en economía, agrava la crisis mundial que se estaba padeciendo desde 2008. Hasta este punto el panorama económico está más que estimado y, conforme a dichas proyecciones, se aplicarán las medidas y estrategias correspondientes para solucionar el problema.

Sin embargo, en materia educativa, esto no es así. En educación pareciera no haber una estrategia clara en cuanto a cómo abordar las afectaciones en este ámbito.

Desarrollo:

La escuela comprendida como la Institución del Proceso Formativo

Desde esta perspectiva, la escuela –comprendida como la institucionalización del proceso formativo-educacional socialmente válido, impartida ya sea por el Estado o por la administración privada– ha tenido que adecuarse al contexto de la pandemia por Covid-19. De acuerdo a la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO 2020) Alrededor de 70% de la población estudiantil del mundo se está viendo afectada; mientras que en Ecuador (preescolar, primaria, secundaria, media superior y superior) un total de 4.4 millones de estudiantes se han visto afectados. Estos números se agravan cuando se promueve la idea de que el curso escolar debe continuar; según el World Economic Forum.

Brecha Digital 

Agudiza la crisis de desigualdad mundial y que en Ecuador se acentúa más, puesto que en un periodo regular, en particular en el ciclo escolar 2017-2018, 46.5% de las escuelas contaban, al menos, con una computadora para uso educativo y 74.7% del total de escuelas secundarias disponía de este mismo recurso, sólo 56.5% de las primarias y 57.9% de las secundarias tenían conectividad a Internet.

De acuerdo a la Encuesta del INEC, ENEMDU de 2017, la mitad de las niñas, niños y adolescentes que viven en Ecuador (52%) tienen acceso a internet en su hogar. Sin embargo se aprecian diferencias significativas al desagregar esta información de acuerdo con la región, la auto identificación étnica y la situación socio-económica. Así, en el área urbana el 62% tiene acceso al internet y en el área rural el 31%. Por otra parte, el 57% de la niñez y adolescencia mestiza tiene este acceso; el 40% de la afrodescendiente, el 39% de la montubia y el 15% de la indígena. Y dentro de la población indígena, el acceso a internet cae al 7% en el área rural. Además, en el caso de la población no pobre llega al 61% mientras que en la población empobrecida del Ecuador es del 26%.

METODOLOGÍA

La presente investigación busca mostrar las voces de los actores educativos del nivel superior ante este ajuste de la modalidad presencial a la virtual. En otras palabras, analizar aspectos como el sentir, los obstáculos, los retos y las competencias a desarrollar tanto por estudiantes y docentes, como la parte administrativa de las IES.

El diseño de la investigación es mixto, ya que, de acuerdo con Hernández, Fernández-Collado y Baptista (2006, pp. 536-537) “la naturaleza compleja de la gran mayoría de los fenómenos o problemas de investigación abordados en las distintas ciencias están constituidos por dos realidades, una objetiva y la otra subjetiva”; por lo que se quiere un diseño investigativo que pueda “lograr una perspectiva más amplia y profunda”; o en palabras de Johnson y Onwuegbuzie (citado por Pereira, 2011, p. 18), es el tipo de estudio en el cual el investigador combina técnicas de investigación, métodos, enfoques, conceptos o lenguaje cuantitativo o cualitativo en un solo estudio. Por lo que, esta investigación presentará un enfoque basado en el análisis del discurso de las categorías que se identificaron en la sistematización de los cuestionarios semiestructurados que se aplicaron (enfoque cualitativo); mientras que, ya categorizadas las respuestas, se utilizó estadística descriptiva para explicar las gráficas.

Compréndase por análisis del discurso, de acuerdo con Morris (citado por Miguelez, 2004, p. 131):

Con base en lo anterior, se procurará dar significación al sentir de los actores académicos en educación superior, utilizando una muestra no probabilística de conveniencia, constituida por 16 docentes, 200 estudiantes, un administrativos (cuadro 1). Cabe mencionar que se optó por este muestreo por el obstáculo que representó contexto pandémico y la premura de los tiempos. Por lo que, para dar objetividad y evitar sesgos,

para la selección de la muestra se partió de los siguientes criterios de inclusión: estudiantes, estar matriculados en una IES , docentes, impartir cátedra en alguna IES del Estado (Instituto Eugenio Espejo); administrativos, estar activos en las funciones propias de su área de trabajo.

Participantes de la Investigación

Los Estudiantes, docentes y Administrativos participantes en la presente investigación se encontraban adscriptos al IES del Instituto Superior Tecnológico Eugenio Espejo Institución Pública.

La recolección de datos se realizó a través del formulario Google, en el cual se hicieron 19 preguntas a docentes y administrativos y estudiantes, las cuales se categorizaron en cuatro grupos: 

Resultado

Estudiantes, docentes y administrativos son los actores tácitos en el proceso educativo, cualquiera que sea el nivel escolar; no obstante, pocas veces sus opiniones o su sentir son tomados en cuenta. Ahí radica la importancia de recuperar las voces de los principales actores educativos desde dentro del proceso formativo en educación superior.

A continuación, se presentan estas voces en cuatro categorías: sentir ante los cambios que implica el ajuste de clases presenciales a virtuales; obstáculos significativos ante el ajuste de clases presenciales a virtuales; competencias desarrolladas en educación superior en el contexto sanitario, y los retos de los actores académicos en la educación superior en tiempos de Covid-19.

1.Sentir ante los cambios que implica el ajuste de clases presenciales a virtuales

Si bien la pandemia por Covid-19 conlleva, hasta el momento, cambios radicales en las áreas económica, social, política, la educación no es la excepción; no obstante, como se muestra, estas transformaciones se observan y evalúan desde una óptica vertical, casi siempre de arriba hacia abajo. Esto es, ninguna presenta una visión desde dentro del propio proceso de formación, sino que sólo muestran lo evidente sin ninguna prueba objetiva de lo que realmente sucede en el centro del proceso didáctico.

Precisamente, esto llevó a preguntar a los estudiantes: ¿Cómo te sientes con el ajuste de clases presenciales a virtuales debido a la contingencia sanitaria Covid-19? Las respuestas fueron variadas, desde confusión, difícil, cómodo, bien o mal; éstas se categorizaron en las respuestas más recurrentes

Resultados Estudiantes

Queda claro que el sentimiento que predominó en este ajuste por parte de los estudiantes fue de:

•Malestar; 18.57 % de éstos está inconforme.•El 7.14% estresado,•Bien y cómodo obtuvieron un porcentaje de 10% y 7.14% respectivamente.•

Algunas de las inconformidades de los estudiantes ante este cambio radicaron en la mala comunicación con los profesores; las clases se basaban en cargas de tareas, sin explicación previa o retroalimentación; en algunos casos, la conectividad representaba un problema.

En palabras del estudiantado: “Es complicado seguirle la pista a los Maestros., las tareas son demasiadas, y en ocasiones no se les entiende a lo que se refiere el docente”; “Muy mal, los docentes no están preparados para dar buenas clase”; “Se me complica la comprensión de las materias y se acumulan las tareas más de lo normal”

Por su parte, quienes manifiestan estar bien y cómodos con el cambio mencionaron que el estar en sus casas les brinda paz, y ahorran tiempo, lo que se puede traducir en optimización del tiempo

El malestar puede deberse a variables como el perfil del estudiante, sus intereses y obligaciones

Resultado Docentes

Con respecto a los docentes, éstos muestran un sentir contrario a lo que mencionan los estudiantes; éstos se sienten cómodos (24.24%); bien (21.21%) y toman la situación como un reto y una oportunidad (9.09%); mientras que (6.06 %) muestra incertidumbre y siente estar cargado de trabajo. Lo que se traduce en los siguientes comentarios: “Al inicio con incertidumbre, porque nunca había dado clases en línea y no sabía si lo haría bien, pero poco a poco he tenido más confianza en lo que hago”, “Me he adaptado perfecto, me siento cómoda y trabajo a gusto. Sin embargo, con dudas respecto a si mis estudiantes están aprendiendo de forma correcta”, “La verdad es una experiencia nueva, considero que las nuevas tecnologías han ayudado mucho a facilitar el proceso de educación.”

Como puede advertirse, quienes se sienten bien y cómodos consideran que las herramientas tecnológicas coadyuvan para hacer frente a la contingencia sanitaria, sus estudiantes son participativos y capaces de adaptarse al nuevo contexto; sin embargo, queda la duda de la calidad del proceso formativo; esto es, preguntarse si realmente los estudiantes están aprendiendo de forma eficaz y eficiente.

Por otra parte, quienes ven un reto y una oportunidad en el actual contexto del Covid-19 manifiestan que están disfrutando aprender sobre el uso de las diferentes herramientas digitales.

Por su lado, los administrativos expresan un ambiente de confianza a nivel coordinacion, se siente una acumulación de nuevas actividades. No obstante, se muestra optimista al mencionar que se encuentra entusiasmada e intrigada en medio de este contexto sanitario

Obstáculos significativos ante el ajuste de clases presenciales a virtuales

Los obstáculos más recurrentes para los estudiantes son: comunicación (25.71%), acceso a Internet (21.43%) y mala organización (14.29%) y así lo hacen saber de forma textual: “El Internet, la conexión, es decir, la señal y los profesores que dejaban mucha tarea”, “El dispositivo a usar, ya que comparto una sola computadora con tres estudiantes en las mismas circunstancias en mi hogar”, “1. Los tiempos, fallas técnicas en las aplicaciones. 2. Los horarios. 3. Trabajos acumulados de todas las materias. 4. Tiempo limitado. 5. Revisar las notificaciones y estar al pendiente las 24 horas del día de actualización”, “Falta de comunicación entre maestro y alumno”

Los docentes, por su parte, coinciden con los estudiantes en que uno de los problemas graves es la conexión a Internet (31.25 %); asimismo, expresan que la actitud del estudiante (18.75 %) y la comunicación y la interacción (12.50 %) representan un obstáculo. De forma textual éstos comentaron: “El acceso al Internet”, “No tener el conocimiento exacto del aprendizaje de los alumnos”, “El hecho de que los alumnos no están preparados para la

modalidad virtual”, “La inconformidad de los alumnos, no están acostumbrados a este sistema y existe cierta resistencia a trabajar en la plataforma virtual, aunque hemos tratado de ajustar las clases para mejorar el proceso de aprendizaje”

Por su parte, la administración señala que la resistencia al cambio por parte de estudiantes y docentes significó, en un primer momento, un obstáculo; sin embargo, las herramientas como la plataforma, Meet y Zoom contribuyeron a mejorar el panorama

Competencias desarrolladas en educación superior en el contexto sanitario (Covid - 19)

La situación sanitaria de la pandemia por Covid-19, no sólo representa una crisis de negatividad económica, social, política y educativa, sino también una oportunidad de desarrollar competencias y habilidades. A partir de esto, los estudiantes consideran tres

competencias necesarias a desarrollar en esta contingencia sanitaria: organización (25%), autoaprendizaje (25%) y tecnológicas (20.59 %). Mientras que, en un nivel medianamente aceptable, buscan desarrollar autonomía (7.35 %), adaptación (5.88 %) y paciencia (4.41%).

Los docentes, pese a lo que mencionan coordinadores y estudiantes, afirman haber desarrollado competencias digitales (53.13%),estrategias didácticas contextualizadas a la naturaleza de las clases virtuales (18.75%), de organización (9.38%), socioemocionales

(9.38%) y comunicación eficaz (9.38%). Así lo hacen saber en sus expresiones: “Más uso de las herramientas tecnológicas, más retroalimentación”, “Administrar mi tiempo para poder dar clases en ambas universidades sin perder de vista las actividades de los alumnos”, “Una mayor capacidad para comunicarme de manera audiovisual

y textual, pues la comunicación con los estudiantes es mediada a través de las tecnologías digitales e interactivas. Esto implica tener cuidado en la redacción, en la ortografía, en el estilo de la comunicación” y “1. Capacidad de aprender a aprender. 2. Capacidad de adaptarse a nuevas situaciones. 3. Capacidad de generar nuevas ideas. 4. Habilidades (básicas) de manejo de la computadora. 5. Trabajo colaborativo”

Por su lado, los administrativos aseveran haber reforzado competencias como la organización, el trabajo colaborativo, dominio de las herramientas digitales y mejor administración del tiempo

Los retos de los actores Académicos en la Educación Superior en tiempos de Covid -19

La pandemia por Covid-19 traía consigo muchas dificultades; los actores de la educación superior se formularon retos para salir exitosos de esta etapa. Así lo hacen ver los estudiantes al mencionar: “1.Mayor conocimiento en el modo digital, 2. Comprensión lectora,

3. Ajustes de horarios, 4. Cumplimento de un mayor número de tareas, 5. Mayor compromiso”

Los docentes coinciden en: “Despertar interés, la falta de herramientas tecnológicas de los alumnos, comprobar el aprendizaje del alumno, atención en clase virtual del alumno, organización de actividades”.

Los administrativos mencionaron: “1. Implementar un conjunto de TIC enfocadas en dar soporte, seguimiento y resultados en las clases virtulaes. 2. Capacitar a los docentes en el uso de TIC. 3. Comprender y difundir la importancia del uso combinado de TIC con clases en modalidad presencial que permitan tener destrezas en el uso de ambas

Conclusiones:

Las condiciones económicas de un país representan un sistema de exclusión con respecto a la calidad de la educación y al aseguramiento de las clases que se imparten.

Por otra parte, observando el proceso didáctico desde su interior, debe advertirse que los perfiles de los estudiantes en modalidad presencial son totalmente diferentes de los de los estudiantes de educación virtual; de igual forma sucede con los docentes.

Estos últimos, si bien son optimistas, se les ha descuidado en gran medida, al punto de no habérseles considerado en alguna línea de acción directa para capacitarlos en Nuevas Tecnologías de la Información y la Comunicación enfocadas a la educación y en didáctica en educación a distancia.

Para finalizar, se ponen de relieve los retos a los que se ven sometidos los estudiantes, los docentes y la parte administrativa en el contexto actual. Si bien para la parte administrativa el reto más significativo es brindar un derecho-servicio de calidad, buscando las estrategias que le permitan resolver los problemas que plantea la brecha digital y las condiciones socioeconómicas de los estudiantes, los docentes se sitúan en un estado de aprendizaje y ruptura, al igual que los estudiantes; ambos actores advierten que es necesario desarrollar el autoaprendizaje, la autonomía y competencias socioemocionales.

En suma, es primordial replantearse que los roles de cada uno de los actores del proceso formativo en educación superior exigen un cambio de paradigma; transformar nuestras limitaciones en fortalezas y apropiarnos cada uno de nuestras responsabilidades

Bibliografía:

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Palabras clave:

Educación

Virtualidad

COVID 19

Docentes

Estudiantes

Resumen de la Ponencia:

Se pondera que el impacto económico del Covid -19 puede ser irreversible y catastrófico. Según (CEPAL 2020) en su informe especial, las medidas de autoaislamiento, cuarentena y distanciamiento social han provocado efectos directos en la oferta y la demanda: suspensión de actividades productivas y mayor desempleo. Así también, recesión mundial en educación, comercio, turismo, transporte, manufactura y recursos naturales. Esta pandemia, según los expertos en economía, agrava la crisis mundial que se estaba padeciendo desde 2008. Hasta este punto el panorama económico está más que estimado y, conforme a dichas proyecciones, se aplicarán las medidas y estrategias correspondientes para solucionar el problema. Sin embargo, en materia educativa, esto no es así. En educación pareciera no haber una estrategia clara en cuanto a cómo abordar las afectaciones en este ámbito.Desde esta perspectiva, la escuela –comprendida como la institucionalización del proceso formativo-educacional socialmente válido, impartida ya sea por el Estado o por la administración privada– ha tenido que adecuarse al contexto de la pandemia por Covid-19. De acuerdo a la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO 2020) Alrededor de 70% de la población estudiantil del mundo se está viendo afectada; mientras que en Ecuador (preescolar, primaria, secundaria, media superior y superior) un total de 4.4 millones de estudiantes se han visto afectados. Estos números se agravan cuando se promueve la idea de que el curso escolar debe continuar; según el World Economic Forum.Significa que la brecha digital agudiza la crisis de desigualdad mundial y que en Ecuador se acentúa más, puesto que en un periodo regular, en particular en el ciclo escolar 2017-2018, 46.5% de las escuelas contaban, al menos, con una computadora para uso educativo y 74.7% del total de escuelas secundarias disponía de este mismo recurso, sólo 56.5% de las primarias y 57.9% de las secundarias tenían conectividad a Internet.De acuerdo a la Encuesta del INEC, ENEMDU de 2017, la mitad de las niñas, niños y adolescentes que viven en Ecuador (52%) tienen acceso a internet en su hogar. Sin embargo se aprecian diferencias significativas al desagregar esta información de acuerdo con la región, la autoidentificación étnica y la situación socio-económica. Así, en el area urbana el 62% tiene acceso al internet y en el área rural el 31%. Por otra parte, el 57% de la niñez y adolescencia mestiza tiene este acceso; el 40% de la afrodescendiente, el 39% de la montubia y el 15% de la indígena. Y dentro de la población indígena, el acceso a internet cae al 7% en el área rural. Además, en el caso de la población no pobre llega al 61% mientras que en la población empobrecida del Ecuador es del 25%