Resumen de la Ponencia:
Pretendo refletir sobre a obra de Florestan Fernandes, em particular sua interpretação sobre os padrões e dilemas (Gabriel Cohn) brasileiros, a partir do crivo da tese da singularidade brasileira, chave de leitura formalizada por Sergio Tavolaro para a análise crítica de amplamente reconhecidos intérpretes do Brasil. Primeiramente, buscarei sintetizar a leitura de Tavolaro do pensamento social brasileiro pelo prisma da tese da singularidade brasileira. Darei ênfase: por um lado, à relação intrínseca entre essa tese e o discurso sociológico hegemônico sobre a modernidade; por outro lado, à forma como Tavolaro aponta tanto os limites (conceituais e metodológicos) como as potencialidades (quando lidas pelas lentes dos debates contemporâneos em teoria social) dos autores enquadrados naquela tese. No sentido preciso de exprimir fragilidades e potencialidades, buscarei apontar em quais termos específicos Florestan é tomado como um pensador da singularidade brasileira. Em uma segunda seção, reforçarei, em parte, o argumento de Tavolaro, defendendo a plausibilidade de pensar um período significativo da obra de Florestan como uma reflexão sobre a singularidade brasileira como desviante e inautêntica frente a modelos “plenos” de capitalismo e modernidade, sobretudo quando tomamos os seus textos dos anos 1950 e início dos 1960 como material de análise. Diferente de Tavolaro, argumentarei que nos textos mais amplamente citados por este – Sociedade de Classes e Subdesenvolvimento (1968) e A Revolução Burguesa no Brasil (1975) –, são perceptíveis importantes deslocamentos: por um lado, a singularidade brasileira (como situação heteronômica ou capitalismo dependente) se desatrela do imaginário do desvio e da inautenticidade; por outro lado, a segunda obra, ao tempo que endossa e formaliza a singularidade brasileira (modelo autocrático-burguês em contraste com o modelo democrático-burguês), também sugere elementos conceituais e heurísticos para além da singularidade, principalmente quando identifica tendências de generalização global das formas autocráticas de dominação burguesa. Tendências estas que ganham notoriedade e reflexão sistemática em Apontamentos Sobre a “Teoria do Autoritarismo”, publicação original de 1979 a partir de um curso oferecido em 1977. Concluirei sintetizando os principais resultados alcançados e apontando, rapidamente, como há em Florestan aspectos que dialogam com as ricas proposições de Tavolaro para irmos além dos impasses essencializantes de um pensamento organizado a partir dos dualismos universalidade/singularidade, autenticidade/inautenticidade, norma/desvio.Resumen de la Ponencia:
En el momento actual de América Latina y el Caribe, dada la configuración actual de los Estados y un conjunto de ideas y prácticas dominantes que se auto afirman como espíritu de época, la cuestión revolucionaria parece ausente, propia de un pasado que dejó ciertos vestigios en Cuba –para unos pocos que así lo reconocen– y quizás en Venezuela –para unos pocos menos que llegan a decirlo. Su opción como alternativa a la situación dramática que se vive en la región es calificada de inviable.La ponencia plantea situar el debate en torno a las alternativas y la débil presencia de posiciones revolucionarias (en la práctica y en la teoría) para cuestionar el sentido común dominante en torno a la ausencia de posibilidad de concebir como posibles (y deseables) los caminos revolucionarios en la región. La base de esta argumentación no se basa en una formulación nueva ni inédita, sino en el estudio crítico de las revoluciones latinoamericanas en Cuba y Venezuela y como ellas, a veces tomando senderos inhóspitos más por la fuerza que pusieron en contra de ellas sus enemigos que por decisión deliberada, han abierto las bases para creaciones nuevas en la región. El núcleo central de la ponencia se centra en exponer el aporte, en tanto praxis, de estas revoluciones al debate contemporáneo a partir de: 1) la afirmación de la forma natural sobre la forma de valorización del valor 2) Los esfuerzos por extinción del Estado y un ejercicio del poder civil 3) La generación de cultura de lo nacional como un rasgo propio 4) Los cambios en el régimen de propiedad 5) Las cuestión de clases y razas sociales 6) Sus propuestas de humanización opuestas al proceso civilizatorio 7) Sus propuesta de relación geopolítica distinta para enfrentar la escala mundial del capitalismo y el choque con el imperialismo.Los siete núcleos enlistados son a penas los elementos en bosquejo, medio frustrados, que se mueven a destiempo y con muchas limitaciones, que esas revolución han aportado y que, a pesar de ello y por ello, constituyen su aporte actual, en tanto aprendizaje del pasado y vivencia del presente, al debate en torno a la actualidad de la revolución y sus caminos posibles hoy.Resumen de la Ponencia:
Desde uma leitura que relaciona a categoria imperialismo dentro do marco conceitual marxista - apoiado nas teses de Lenin de fenômeno essencial ao capitalismo em sua forma superior e configurado pela subjugação histórica colonial da desigualdade de países no sistema internacional - assim como nos debates posteriores e atuais sobre as transformações do imperialismo, em relação às mudanças no modo de acumulação do capital, a pesquisa parte de uma revisão bibliográfica que busca elencar as principais tensões e contradições apresentadas pelo imperialismo estadunidense sobre a América Latina. O trabalho analisa, brevemente e como primeira parte, a relação política e ideológica historicamente construída entre Estados Unidos e América Latina. Na segunda parte, integram-se os debates sobre diferentes formas intervencionistas contemporâneas. Trata-se de uma breve análise sobre as diferentes táticas e estratégias atuais, utilizadas como modo de intervenção direta ou indireta nos países na América Latina, através do debate sobre teses como guerras híbridas, contrainsurgência soft e influência ideológica do pensamento liberal. Por último, busca-se sistematizar as análises feitas sobre uma relação das diferentes ações intervencionistas com os diferentes Estados no continente, focando nos principais acontecimentos políticos do período 2011-2021. A análise procura encontrar a relação entre o porquê das variações entre formas intervencionistas com diferenças dos países latino-americanos, partindo de três fatores considerados mais centrais: i) a posição geográfica e fonte de recursos de cada país; ii) alianças ou distanciamentos, não-alinhamento ou subordinação-capitalista histórico; iii) e o caráter político-ideológico dos governos dentro do período delimitado. O trabalho é parte de reflexões preliminares de um projeto de pesquisa sobre a dialética entre as formas intervencionistas do imperialismo dos Estados Unidos e as diferenças estruturais e conjunturais entre os países latino-americanos. Dada a abrangência da proposta, adota-se uma análise de modo mais abstrato-teórico sem poder levar em consideração todas as singularidades das diferenças entre as sociedades concretas no espaço latino-americano, mas compreende-se que a abstração teórica-conceitual permite entender, e como próprio resultado não mecânico, o movimento histórico concreto das lutas de classes. Assim, o trabalho aprofunda uma exploração e revisão bibliográfica, apontando os conceitos centrais que permitem traçar a hipótese do tema proposto. A proposta de entender as formas utilizadas pelo intervencionismo estadunidense busca contribuir para pensar nas formas de contestação destas: do anti-imperialismo nas lutas dos povos latino-americanos.Resumen de la Ponencia:
La ponencia se propone recorrer las reflexiones producidas desde América Latina luego del golpe militar del 11 de septiembre de 1973 que derrocó al presidente chileno Salvador Allende. Para ello, se centra en las elaboraciones teóricas de autores como Norbert Lechner, René Zavaleta Mercado, Agustín Cueva y Ruy Mauro Marini. Las dimensiones a considerar son las siguientes: en primer lugar, distintas propuestas para complejizar la relación entre economía y política o bien, entre infraestructura/superestructura, sociedad civil/Estado, según cuál sea el autor considerado. Observaremos que, con posterioridad a la derrota, emerge un modo de considerar este problema centrado en la tópica o espacialidad jerarquizada con que se piensan las distintas esferas de la totalidad social (que alcanza, además, a la relación centro/periferia, cuestión que nos ocuparemos de señalar). Aunque no es el propósito central del trabajo, notaremos también que esta reflexión se emparenta con aquella que contemporáneamente producía Louis Althusser. No obstante, en el caso latinoamericano ella se vincula estrechamente a una segunda dimensión, que es importante no descuidar: un interrogante sobre la derrota de los movimientos populares latinoamericanos en manos de las Fuerzas Armadas. En este punto, incorporaremos al análisis las reflexiones sobre diversos protagonistas del gobierno de la Unidad Popular, como Pedro Vuskovic, Gonzalo Martner, Clodomiro Almeyda, Carlos Matus y Tomás Moulian. Veremos que, en los albores de la derrota, la reflexión se articula con una problemática materialista que tenderá, hacia finales de los años ochenta, a ser abandonada por algunos autores. Así, por ejemplo, las reflexiones de Matus, Almeyda y Moulian tenderán a concentrarse en un giro “autocrítico”, desplazando el interrogante por la totalidad hacia una concepción más bien plural del espacio social, que considera la derrota en términos de las capacidades de gobierno, de la virtú, utilizando el lenguaje de Maquiavelo. Sostendremos entonces que el pensamiento en la derrota tendió a ser reemplazado por un pensamiento sobre la derrota. Habiendo considerado las dos dimensiones a las que nos referimos al comienzo, es decir, aquella teórica concerniente a la tópica y aquella política vinculada a las razones de la derrota, nos abocaremos por último a destacar la vigencia de estas reflexiones para el presente y los costos en términos críticos que tuvo su desplazamiento con la consolidación de la hegemonía neoliberal.Resumen de la Ponencia:
En América Latina, la trayectoria de los estudios sociales de la ciencia y la tecnología, cuya institucionalización académica se produjo hacia el interior de las ciencias sociales y humanidades durante la década del ochenta, exhibe hoy una serie de señales de consolidación. Esta ponencia propone analizar el devenir histórico del campo en la región, considerándolo como una totalidad dialéctica. Partiendo de la revisión de un conjunto de investigaciones acerca de sus procesos de conformación y desarrollo, y en particular aquellas que advierten acerca de tensiones que lo han atravesado históricamente, este trabajo postula como hipótesis que tres tensiones constitutivas operan como marcadores de cambio de etapa histórica: interdisciplinariedad amplia/reducida, intencionalidad política/rigor académico, y enfoques humanistas/no humanistas. En primer lugar, consideramos la tensión por la definición de la naturaleza interdisciplinaria del campo CTS, entre perspectivas que asumen este carácter en el sentido más amplio —estudios híbridos de ciencias naturales y ciencias sociales— y otras que circunscriben esta característica dentro de las ciencias sociales. En segundo lugar, se halla la tensión entre la intencionalidad política, consistente en el compromiso con la transformación de las sociedades latinoamericanas, y la rigurosidad académica, ligada a la profesionalización de las investigaciones. En tercer lugar, exploramos la relación de las perspectivas teórico-metodológicas con el humanismo como concepción del mundo, para dar cuenta de una tensión entre enfoques humanistas y no humanistas, expresados tácita o explícitamente en el análisis de los conocimientos. El devenir histórico del campo, bajo la lupa de estas tensiones constitutivas, exhibe tres etapas históricas. La primera, consistente en el proceso inicial de conformación, se observa en los aportes del pensamiento clásico latinoamericano en ciencia, tecnología y desarrollo. El segundo período se identifica en el proceso de institucionalización académica, por el cual el campo adopta la forma particular de estudios sociales de la ciencia y la tecnología. Los albores de la tercera etapa se advierten a partir de la producción teórica del materialismo cognitivo y su articulación reciente con objetos y categorías analíticas contrahegemónicos, propuestos por las generaciones previas. La tesis principal es que esta matriz teórica proporciona una oportunidad para el despliegue de una corriente de pensamiento latinoamericano crítico que, lejos de representar una resolución definitiva de dichas tensiones, constituya puentes entre aspectos característicos de las etapas precedentes, posibilitando la apertura de un nuevo movimiento dialéctico del campo CTS en la región.Resumen de la Ponencia:
Existe en el orden teórico una dispersión de literatura científica publicada en torno al pensamiento, tendencias y prácticas referentes a la ciencia, la tecnología y la innovación en Latinoamérica. Se plantea como objetivos del estudio: 1) examinar las políticas latinoamericanas en materia de ciencia, tecnología e innovación y 2) identificar tendencias y patrones en torno al pensamiento, determinantes y prácticas llevadas a cabo para el desarrollo de la ciencia en Latinoamérica. Se identifican los aspectos que tipifican las políticas de ciencia y tecnología en América Latina, los paradigmas eurocentristas y la colonialidad del saber. Se examinan las iniciativas latinoamericanas para la emancipación de la ciencia. Se concluye que el desarrollo de la ciencia, la tecnología y la innovación en América Latina se han dado fundamentalmente de la mano del estado, por lo que las iniciativas gubernamentales han tenido un papel protagónico en la Región. Las políticas de ciencia y tecnología han sido impulsadas desde iniciativas gubernamentales donde la academia ha jugado un papel protagónico. Lo anterior le otorga una carga escolarizada a las regulaciones que siguen los investigadores que generalmente comparten la docencia con la actividad científica. Los enfoques científicos en Latinoamérica tienen un enfoque eurocentrista que favorece la colonialidad del saber. Lo anterior se sustenta en la dinámica de autoconservación de los campos al ser generalmente dominantes y responder a los intereses hegemónicos. Las formas en que se construye y socializa la ciencia en la Región son medidas por los indicadores impuestos por países del primer mundo, aspecto que desvaloriza y pone en desventaja la investigación en la Región. Se trata de una ciencia construida desde países periféricos donde los medios y formas de socialización fueron tradicionalmente dependientes a las naciones desarrolladas. América Latina y el Caribe como espacio de interacción entre sujetos, está estructurada por un conjunto de prácticas determinadas desde las políticas y las agendas simbólicas de investigación. Las inversiones en I + D en la Región se concentran en Brasil, México y Argentina y se enfocan fundamentalmente en las llamadas ciencias duras. Las ciencias sociales y humanísticas ocupan un segundo plano dentro de la asignación de recursos en la investigación. Consecuentemente los estudios sociales acerca del desarrollo comunitario son relegados e integrados a temáticas donde se abordan, generalmente, de forma transversal. Dentro de las iniciativas Latinoamericanas más relevantes en torno a la construcción y socialización de la ciencia se encuentra la creación de la base de datos SciELO por parte de Brasil. La iniciativa logró el reconocimiento del consorcio científico más importante del mundo al crearse un índice específico para esa base de datos en la Web Of Science.
Introducción:
La evolución de la CyT en ALC ha sido un aspecto recurrente en la literatura científica publicada. La sistematización que ofrece Vessuri (1996) destaca por clasificar y establecer una periodización desde finales del siglo XIX hasta 1990. El autor citado identifica desde las últimas décadas del siglo XIX hasta principios del XX como una etapa positivista de la ciencia donde se evidencia un estado incipiente de las comunidades científicas. Se realizaron exploraciones de reconocimiento de los territorios y sus recursos naturales. Fueron creadas las primeras instituciones científicas, iniciándose los debates con investigadores de otras latitudes.
Entre los años 1918 hasta 1940 se institucionaliza la ciencia experimental y se consolidan las instituciones científicas. Se modernizan las universidades y se comienza la cooperación internacional con organismos extrarregionales. De 1940 hasta 1960 se evidenciaron décadas de desarrollo en CyT promovidas por políticas desarrollistas. Se fortalecieron vínculos entre la ciencia y las universidades. A criterio de Vaccarezza (1998): en ALC, a finales de los cincuentas las actividades científicas se daban sobre el esfuerzo exclusivo del Estado así como la actividad de las universidades públicas. Entre los años desde 1960 hasta 1980 el autor Vessuri (1996) nombra el período como: edad de política científica. Los años anteriores se caracterizaron por la fundación de instituciones, consejos científicos gubernamentales y un amplio respaldo estatal a la investigación.
Las décadas del sesenta y del setenta se desenvuelven a través de la maximización de la productividad (Dagnino, Thomas y Davyt, 1996). El período se caracterizó por la expansión y proliferación de conglomerados transnacionales, generándose nuevas formas de organización de la sociedad y mutaciones en la división internacional del trabajo (transnacionalización). Durante la segunda mitad del siglo XX gran parte de la investigación científica y tecnológica en ALC se financió desde el Banco Interamericano de Desarrollo (BID) (Gómez, 2015).
Desde fines de los años cincuenta se genera una oleada de radicaciones de subsidiarias de transnacionales en países de ALC. A diferencia de las anteriores, realizadas fundamentalmente con fines extractivos, las nuevas están orientadas a la producción para los mercados internos de los países receptores. El patrón de inserción de las empresas transnacionales “implicó el inicio de un proceso de homogeneización de los espacios económicos, basado en la difusión de las 'mejores prácticas' y de los medios de producción, de los cuales eran portadoras” (Dagnino, Thomas y Davyt, 1996, p. 17).
Previo a las décadas del sesenta y del setenta el discurso legitimador se centraba en el desarrollismo. Los avances científicos y tecnológicos eran condición necesaria y suficiente para generar el desarrollo económico y social de los países periféricos. Los organismos internacionales (fundamentalmente la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura: Unesco) tuvieron un papel protagónico en la difusión de un modelo institucional en ALC. Lo anterior implicaba la difusión a escala planetaria de las experiencias de reconstrucción de posguerra de los sistemas de CyT de algunos países europeos.
La implantación de los modelos de CyT europeos en la Región devino en intención de cambio al modelo lineal de innovación. En consecuencia, en la década del sesenta se generó lo que podría denominarse como: pensamiento latinoamericano en Ciencia, Tecnología y Sociedad. A propósito, se evidenciaron dos líneas conductoras que funcionaron simultáneamente: 1) un diagnóstico crítico del modelo vigente y 2) una intención de cambio social para los países de ALC.
Uno de sus principales logros fue la crítica al modelo lineal de innovación. Al mismo tiempo que refutaba sus fundamentos, el desarrollismo permitió enfatizar los aspectos históricos y políticos que explicaban la génesis dialéctica de la situación existente. Se proponían instrumentos analíticos como: proyecto nacional, demanda social por CyT, política implícita y explícita, estilos tecnológicos, paquetes tecnológicos.
Las políticas de CyT del período se sustentaron en cuatro elementos principales: ofertismo, vinculacionismo, transferencia de tecnologías y autonomía restringida. Los instrumentos formulados fueron herramientas que permitían comprender el cambio en términos globales y no solamente explicar la situación local. En el período surgen diversos tipos de instituciones: a) instituciones de I+D, b) instituciones de transferencia e c) instituciones productivas.
La década de los ochenta fue denominada como: etapa del empresariado industrial. Lo anterior se corresponde con un mayor interés del sector en la actividad científica en sintonía con las políticas neoliberales en detrimento del apoyo estatal (Vessuri, 1996). Uno de los aspectos que caracterizó el período fueron los innumerables cambios tecnológicos que modificaron los modos de hacer y construir la CyT. Las innovaciones en la informática generaron nuevos patrones tecnológicos que potenció “una nueva base tecno –económica y nuevas formas de organización socio – institucional” (Dagnino, Thomas y Davyt, 1996, p. 31).
Consecuentemente el patrón tecno – económico favoreció la acumulación de capital. Las innovaciones en esta área fueron protagonizadas por los países del primer mundo, permitiendo adquirir mayor cantidad de recursos a partir de la automatización. Se produjo una nueva división del trabajo donde la industria requirió de menor capital humano y mayor cantidad de profesionales que facilitaran contenido científico y tecnológico de los productos y procesos. La inserción constante de innovaciones cortó la brecha entre la concepción de la innovación y su aplicación, siendo prácticamente inmediata.
La periodización de Vessuri (1996) finaliza en 1990, precisamente cuando estaban en marcha la aplicación de las políticas neoliberales en la mayor parte de los países de ALC. Predominaba la hegemonía del empresariado industrial (y del sector privado en general) en la actividad científica (Díaz, 2017). Durante la década de 1990 se evidencia un aumento de la inversión y el financiamiento en CyT desde los países del norte hacia ALC, fundamentalmente en países en vías de desarrollo. La agenda de internacionalización en ALC ha llevado a incurrir en un conjunto de costos institucionales en términos de isomorfismo estructural. Fueron asumidos y asimilados patrones de consumo y producción de conocimientos idénticos a los de los científicos mainstream.
A partir de 2000 en la región ocurren una serie de cambios en los ámbitos científico y social. Hamburguer (2014) opina que, en algunos países como Argentina, Brasil, Bolivia y Ecuador, habrían sido el punto de partida de una sexta etapa del desarrollo histórico – científico regional basada en un mayor intervencionismo estatal en la economía y un nuevo impulso de la actividad científica desde el Estado. Esta etapa podría extenderse hasta 2015, cuando se evidencian cambios regulares en las políticas de CyT. Lo anterior podría traer sus consecuencias en el desarrollo científico latinoamericano en los próximos años. Hasta 2019 se evidenció un aumento paulatino global de la inversión en investigación y desarrollo (I+D) en la región.
Al respecto, las inversiones constituyen un indicador para visualizar la dinámica de financiamiento-resultados. En América Latina y el Caribe, en comparación con el resto del mundo, se visualiza poco financiamiento. Lo anterior no favorece la incorporación de investigadores al sector de la ciencia e investigación, y repercute en los resultados globales en torno a la innovación y a las publicaciones obtenidas como resultados de la actividad científica. En correspondencia a la escasa producción, el impacto (citas recibidas en los artículos publicados) son pocos y no permiten avanzar en los rankings e indicadores globales de CyT.
El gráfico muestra la desvalorización de la región en torno a la inversión en I+D, esto va de la mano con el bajo crecimiento del producto interno bruto (PIB) de las economías en América Latina y el Caribe. Al respecto, RICYEL (2021) establece que la inversión regional en I+D siempre estuvo vinculada a la evolución de la economía. Sin embargo, esta inversión dejó de crecer a pesar de que la economía de la región retomó cierto crecimiento entre 2016 y 2019. Sobre este aspecto, Hirschfeld (2021) establece que el esfuerzo de gasto estuvo más concentrado, al igual que la década anterior, en crear capacidades en el ámbito público y de educación superior con financiamiento público.
El modelo eurocentrista de la ciencia en la región ha sido mecanismo de dominación y legitimación de posiciones epistemológicas. América Latina participa como tubo de ensayo de múltiples proyectos de colaboración intrarregionales, donde el predominio de los investigadores es foráneo. En este sentido, Paz, Núñez y Garcés (2021) concuerdan en que las políticas en I+D en la América Latina y el Caribe han estado determinadas por una relación de dependencia. Los patrones de desarrollo a seguir constituyen estándares y parámetros originados en otros contextos. La presenta contribución se enfoca en identificar las características de Latinoamérica en materia de ciencia, tecnología e innovación.
Desarrollo:
Políticas de ciencia y tecnología e innovación en América Latina y el CaribeFrecuentemente las políticas públicas en materia de CyT presionan a los investigadores a aumentar su producción científica. “Esto ha llevado a una serie de fenómenos que limitan el progreso de la investigación, ciencia y tecnología” (Cristancho y Posada, 2015, p. 53). Uno de estos fenómenos es la “salamización de la investigación” (Spinak, 2003). Esto consiste en tratar de sacar la mayor cantidad de artículos de un estudio realizado, aspecto que limita posteriormente el análisis del objeto de forma más amplia.
Los modelos de política científica y tecnológica son promovidos por distintas organizaciones internacionales, basados en la experiencia de los países más industrializados (Gómez, 2015). La tendencia a la homogeneización de las políticas públicas en CyT tiene una amplia tradición. Instituciones internacionales como la Organización de Estados Americanos (OEA), el BID y la Unesco impulsan políticas comunes de CyT en ALC.
El investigador Zurbano (2008) realiza un análisis de la influencia de la gobernanza, el desarrollo local, la innovación social y su respaldo desde las políticas en materia de CyT. El autor identifica que este tipo de políticas favorece el respaldo de los esfuerzos para potenciar la investigación y los servicios que se relacionan con el conocimiento. “En consecuencia, la reducción y deterioro de los servicios sociales públicos llegan a afectar seriamente a la cohesión social de la comunidad y a su potencial de innovación social” (Zurbano, 2008, p. 76).
Los estudios sociales de la CyT comenzaron a desarrollarse en ALC durante la década de 1960 como una competencia de las políticas públicas (Paz y Taborga, 2013, p. 29). La organización institucional de los “consejos nacionales” de CyT en ALC se realizaron principalmente en la década del setenta, condicionado por las políticas desarrollistas que involucraban a las entidades estatales como protagonistas centrales en la distribución de los recursos. Hacia finales de 1970 y durante 1980 se produjo un estancamiento en el campo de los estudios sociales de la CyT al coincidir con la crisis de los modelos de desarrollo de la Región. Hasta ese momento habían constituido el sustento de los planteamientos de política pública en el ámbito de la CyT de la década anterior (Albornoz, Kreimer y Galvich, 1996). Durante los ochenta y noventa se ingresó a la etapa de crisis y ajuste económico neoliberal, que condujo a un proceso de contracción drástica del papel del Estado y de las políticas de CyT.
En la década de 1990 los estudios sociales sobre CyT tuvieron un aumento a partir de la proliferación de publicaciones. A criterio de Kreimer y Thomas (2004) durante este período se pasó de los grandes temas de política de CyT en escala nacional hacia la focalización de objetos discretos: grupos y líneas de investigación, instituciones de investigación y desarrollo y procesos de producción de conocimientos. De igual forma se evidenció mayor rigurosidad teórica y metodológica y una proliferación de los estudios de caso.
En ALC la actividad científica se da de la mano del Estado (Ibáñes, 2018). Cuestión que ha propiciado un modelo de investigación basado en el trabajo de la academia, fundamentalmente en universidades y cercana a la comunidad científica internacional de la que “recibe su legitimidad, orientaciones y formas de organización, apoyándose en los criterios de calidad y excelencia” (p. 25). Lo anterior constituye una dinámica naturalizada donde la ciencia se asocia a la lógica académica, por lo que depende de una organización escolarizada y de los mecanismos formales con los que se estructura.
El trabajo científico más consolidado se produce en el entorno académico, lo que propicia condiciones extras por su circunstancia institucional. La dinámica propia de las universidades y centros de investigación están circunscritas en contextos políticos y organizacionales que dan otro sentido al quehacer científico (Rodríguez, 2017). Como consecuencia se producen y reproducen las normas académicas y la adscripción universitaria también le impregna un tipo de esquemas escolarizados y tradicionales. Los mismos no necesariamente responden a la naturaleza y necesidades del desarrollo científico debido a que no solo se hace ciencia en las universidades.
Los centros de educación superior en la Región juegan un rol activo en el cumplimiento de las políticas científicas. En ALC las políticas de CyT contribuyen a generar bienes de conocimiento público desde las instituciones académicas y las universidades (Mejía, 2020, p. 21). Sin embargo, existen determinantes externas que condicionan la producción de conocimiento: 1) el financiamiento externo, 2) las asociaciones internacionales a las que se adscriben los investigadores, 3) las temáticas priorizadas a nivel global y 4) los proyectos de colaboración internacional.
Las políticas públicas sobre CyT en ALC se orientan en tres direcciones. La primera está dirigida a establecer los mecanismos que promueven la internacionalización de la CyT. Buscan que la producción de la ciencia y la innovación puedan estar a la altura de los estándares de la sociedad global del conocimiento. Se organiza bajo el predominio de los grandes centros de investigación de los países más desarrollados y con escasa intervención de las comunidades académicas de los países del tercer mundo.
El segundo aspecto de las políticas radica en garantizar la calidad de la educación superior. Para el logro de esta finalidad se facilita la constitución de espacios de investigación y de equipos de investigadores. Se implementan sistemas de evaluación y mediciones de la eficacia institucional en rankings universitarios y puntajes de los investigadores. El tercer aspecto se orienta a impulsar la producción de un conocimiento dirigido al mercado y la innovación tecnológica del sector productivo y el desarrollo de los países. En el contexto anterior las humanidades y las ciencias sociales aparecen como marginales a la esfera productora, aspecto que se manifiesta en que las principales inversiones se realizan en ciencias básicas y tecnologías.
Las políticas sobre CyT en ALC han estado influenciadas por la dependencia de las relaciones norte – sur. Este aspecto contribuye a perpetuar la dominación e influencia de los países del primer mundo en las pautas que debe considerar la Región para alcanzar un nivel de desarrollo en ese ámbito. En última instancia los parámetros y estándares abordados pautan las modalidades de financiación y son determinantes en las políticas nacionales.
En algunos casos muchos países dependen de becas y entidades que financian proyectos a fin de desarrollar los propios. Si los países de ALC son dependientes o están integrados, la balanza se inclina a la dependencia. El acceso a los fondos exige la participación de distintos países en proyectos conjuntos de investigación. De esta forma se destaca que dichos instrumentos de financiamiento son fomentados principalmente por los gobiernos de los países centrales, “a través de políticas que implican la fijación de prioridades, la concentración de recursos en sectores estratégicos y el fomento de la cooperación entre países” (Paz y Taborga, 2013, p. 33).
La ciencia se presenta como “aquella instancia con el poder para decir lo que es verdad. Los países más desarrollados reconocen ese poder y la inversión en ciencia generalmente es fuerte” (Rodríguez, 2017, p. 27). Es necesario en el diseño e implementación de políticas sobre CyT tener en cuenta una serie de factores de orden socioeconómico existentes en el contexto donde se desarrolla la actividad científica. A criterio de Ríos y Herrero (2005) algunos de esos factores son: “inversión destinada a I+D, producto interno bruto (PIB), población económicamente activa (PEA), número de investigadores, entre otros” (p. 44). Según la Red de Indicadores de Ciencia y Tecnología Iberoamericana e Interamericana: RICYT (2019) la inversión de ALC en I+D se ha mantenido en un 3.1% del monto mundial, mientras que Asia se incrementó al 41.5%, EEUU – Canadá llegó al 26.7% y Europa al 22.1%.
En 2020 la inversión en innovación y desarrollo tuvo un crecimiento del 106 % para toda ALC, pero continúa siendo lenta e insuficiente. Sólo tres países de la Región concentran el 88 % del esfuerzo de inversión en innovación y desarrollo: Brasil, con el 64 %; México, el 17 %, y Argentina, el 7 %. La inversión en innovación y desarrollo en Colombia creció 116 % de 2009 a 2015.
Es característica de la región la fuerte concentración del capital en la inversión en I+D. Brasil cuenta con más del 60 % de las inversiones, aunque ha disminuido discretamente con respecto a otros años. El resto del esfuerzo regional se divide entre México y Argentina, con el 13 % y el 9 %, respectivamente. Más alejados se encuentran Colombia y Chile. Se calcula que los investigadores latinoamericanos representan el 3,9 % del total mundial, 40 % más que hace 10 años (Redacción Vivir, 2017). Los investigadores latinoamericanos, se calcula que representan el 3,9 % del total mundial, 40 % más que hace 10 años (Matharan, 2020). El grueso de los investigadores se distribuye en universidades, por lo que deben dividir su tiempo con la docencia. Al respecto, los centros de educación superior son los que poseen la mayor cantidad de capital intelectual.
La región de ALC es reconocida por presentar importantes desigualdades en el ámbito político – institucional, sistemas de enseñanza superior, objetivos de CyT, situación económica, entre otros. Lo anterior hace necesario tener una imagen diferenciada entre los países que la conforman para entender los avances y limitaciones en el desarrollo de la investigación científica. En 1999 las naciones de Brasil, México y Argentina tuvieron una actividad investigativa destacada. Veinte años más tarde la ONU (2019) establece que los mayores índices de innovación en Chile (51), Costa Rica (55) y México (56).
Los resultados mencionados en el caso de Chile se corresponden con mejoras en la educación, patentes, modelos de utilidad y la creación de aplicaciones para teléfonos móviles. La posición de México se relaciona con el intercambio comercial de alta tecnología y las exportaciones de bienes creativos. Brasil (la mayor economía de la Región) ocupó ese año el puesto 66 en el ranking mundial atendiendo a innovación. Entre las variables más sólidas resaltan la inversión en investigación y desarrollo, empresas internacionales con inversión en esta área, así como la calidad de las publicaciones científicas y las universidades. La nación es la única de la Región que cuenta con polos de CyT.
Las actuales entidades estatales de ALC son esenciales en el diseño de las inversiones en CyT. Participaron con el 59% de su financiamiento en el 2016. Contaron con el apoyo de los organismos internacionales, especialmente del BID mediante préstamos, asesorías y normatividad internacional. Las políticas de CyT en la Región continúan siendo deficitarias. Se evidencia una incapacidad para definir un sistema de producción de CyT, incluso en los países de mayor desarrollo. Continúan dependientes de las vicisitudes de las fluctuaciones económicas y gubernamentales. En los últimos años Argentina ha reducido en un 50% su presupuesto de ciencia e investigación y Brasil lo ha disminuido en 44%.
En las restricciones de financiamiento de la investigación, las ciencias sociales son las que menor beneficio obtienen en la distribución de recursos y apoyo de proyectos. En la Región las políticas científicas favorecen a las técnicas y naturales debido a que se privilegian aquellos hallazgos aplicados a la industria como vía productiva para alcanzar mayor desarrollo. Por tanto, son las que mayor valor se les otorga en la formulación de políticas de CyT. La inversión en I+D se orienta substancialmente a las ciencias exactas, naturales, biológicas, químicas, ingenierías y tecnologías. Mientras se deja fuera de las políticas a las humanidades y ciencias sociales, por no considerarse un sector estratégico del desarrollo científico de los países, donde sus niveles de participación en I+D son mínimos.
Lo anterior instaura un cuestionamiento en términos de investigación dado que se imposibilita cerrar el ciclo completo que comienza con la problemática y cierra con la contribución a su solución. La interface y la introducción real del resultado científico solo transcurren en el ámbito de relaciones sociales. Una mediación definitoria del resultado científico de cualquier otra ciencia y por tanto de la contribución real a la solución de la problemática de partida.
Las inversiones en las ciencias de la Región muestran el poco interés que se presta a las investigaciones sobre la pobreza y marginación que afecta a amplios sectores poblacionales. A las temáticas mencionadas se suma el desarrollo comunitario, la participación, el desarrollo local, la disminución de asimetrías sociales y la formación de la ciudadanía en los países de ALC. El desarrollo comunitario se integra a agendas de investigación preestablecidas, siendo un eje de investigación y no constituyendo una temática independiente, lo cual hace que la producción científica sea inestable.
Conclusiones:
El desarrollo de la ciencia, la tecnología y la innovación en América Latina se han dado fundamentalmente de la mano del Estado, por lo que las iniciativas gubernamentales han tenido un papel protagónico en la región. Las políticas de CyT han sido impulsadas desde iniciativas gubernamentales y la academia ha jugado un papel protagónico. Esto le otorga una carga escolarizada a las regulaciones que siguen los investigadores que generalmente comparten la docencia con la actividad científica.
Los enfoques científicos en Latinoamérica tienen un enfoque eurocentrista que favorece la colonialidad del saber. Lo anterior se sustenta en la dinámica de autoconservación de los campos al ser generalmente dominantes y responder a los intereses hegemónicos. Las formas en que se construye y socializa la ciencia en la región son medidas por los indicadores impuestos por países del primer mundo, aspecto que desvaloriza y pone en desventaja la investigación regional. Se trata de una ciencia construida desde países periféricos, donde los medios y formas de socialización fueron tradicionalmente dependientes a las naciones desarrolladas.
América Latina y el Caribe, como espacio de interacción entre sujetos, está estructurada por un conjunto de prácticas determinadas desde las políticas y las agendas simbólicas de investigación. Las inversiones en I+D en la región se concentran en Brasil, México y Argentina, y se enfocan fundamentalmente en las llamadas ciencias duras. Las ciencias sociales y humanísticas ocupan un segundo plano dentro de la asignación de recursos en la investigación. Consecuentemente, los estudios sociales acerca del desarrollo comunitario son relegados e integrados a temáticas donde se abordan, generalmente, de forma transversal.
Bibliografía:
Albornoz, M., Kreimer, P. y Galvich, E. (1996). Ciencia y sociedad en América Latina. Universidad Nacional de Quilmes.
Álvarez, P. y Pérez-Montoro, M. (2016). Políticas científicas públicas en Latinoamérica: El caso de Ecuador y Colombia. El Profesional de la Información, 25(5), pp. 758-766.
Cristancho, S. y Posada, I. C. (2015). ¿Para quién publicamos? La producción académica de la investigación cualitativa en salud en el contexto de las políticas oficiales y universitarias en ciencia, tecnología e innovación. Revista Facultad Nacional de Salud Pública, 33(1), pp. 52-54.
Dagnino, R., Thomas, H. y Davyt, A. (1996). El pensamiento en ciencia, tecnología y sociedad en Latinoamérica: una interpretación política de su trayectoria. Redes, 7(3), pp. 13-51.
Díaz, R. E. (2017). Ciencia y tecnología en América Latina: Una aproximación desde la Historia de la Cultura. Revista Humanidades, 7(2), pp. 14-24.
Foladori, G. (2016). Políticas públicas en nanotecnología en América Latina. Revista Problemas del Desarrollo, 186(47), pp. 59-81.
Gómez, M. I. (2015). La política científica y tecnológica en Colombia, 1968- 1991. Transferencia y aprendizaje a partir de modelos internacionales. Opera, 17(2015), pp. 159-163.
Hamburguer, A. A. (2014). El socialismo del siglo XXI en América Latina: Características, desarrollos y desafíos. Revista de Relaciones Internacionales, Estrategia y Seguridad, 9(1), pp. 131-154.
Hirschfeld, D. (2021). Inversión en ciencia se desacelera en América Latina y el Caribe. https://noticiasncc.com/cartelera/articulos-o-noticias/12/15/inversion-en-ciencia-se-desacelera-en-america-latina-y-el-caribe/
Ibáñes, J. J. (2018). La ciencia en Latinoamérica: tendencias y patrones. Revista de la Facultad de Ciencias, 7(1), pp. 23-39.
Martínez, R. y Soto, E. (2012). El Consenso de Washington: la instauración de las políticas neoliberales en América Latina. Política y Cultura, 37(2012), pp. 35-64.
Matharan, J. A. (2020). Reflexiones sobre el carácter situado de la ciencia: sus aportes para una historia de la microbiología en América Latina. Diálogos. Revista Electrónica de Historia, 21(1), pp. 166-184.
Organización de las Naciones Unidas, ONU. (2019). América Latina avanza lentamente en el terreno de la innovación. https://news.un.org/es/story/2019/07/1459671
Paz, L. E., Núñez, J. y Garcés, R. (2021). Construcción de la ciencia desde Latinoamérica: Eurocentrismo e iniciativas emancipatorias. ReHuSo, 6(3), pp. 68-84.
Paz, M. y Taborga, A. M. (2013). Dimensiones internacionales de la ciencia y la tecnología en América Latina. Latinoamérica, 1(2013), pp. 27-56.
QS World University Rankings (2021). QS Latin America University Rankings 2021. https://www.scimagojr.com/journalrank.php?scielo=trueyorder=sjryord=desc
Redacción Vivir. (2017). ¿Cómo va la ciencia latinoamericana? https://www.elespectador.com/noticias/ciencia/como-va-la-ciencia-latinoamericana-articulo-730438
Red de Indicadores de Ciencia y Tecnología Iberoamericana e Interamericana, RICYEL. (2021). Estado de la ciencia. Principales Indicadores de Ciencia y Tecnología Iberoamericanos / Interamericanos. Unesco.
Ríos, C. y Herrero, R. (2005). La producción científica latinoamericana y la ciencia mundial: Una revisión bibliográfica (1989-2003). Revista Interamericana de Bibliotecología, 28(1), pp. 43-61.
Rodríguez, A. (2017). Configuración del campo de la comunicación política: prácticas y redes de investigadores mexicanos. Instituto de Ciencias de Gobierno y Desarrollo Estratégico.
Sagasti, F. R. (1981). Ciencia, tecnología y desarrollo latinoamericano. Fondo de Cultura Económica.
Sagasti, F. y Málaga, L. (2017). Un desafío persistente. Políticas de ciencia, tecnología e innovación en el Perú del siglo XXI. Fondo de Cultura Económica y Fondo Editorial de la Pontificia Universidad Católica del Perú
Shenhav, Y. y Kamens, D. H. (1991). The ‘costs’ of institutional isomorphism: Science in Non Western Countries. Social Studies of Science, 21(4), pp. 51-63.
Spinak, E. (2003). Ética editorial y el problema del autoplagio. SciELO en Perspectiva. http://blog.scielo.org/es/2013/11/11/etica-editorial-y-el-problema-del-autoplagio/
Suárez, W., Díaz, J. y Pereira, M. (2020). Investigar para educar: Visiones sin fronteras. Universidade Óscar Ribas/High Rate Consulting.
Vaccarezza, L. (1998). Ciencia, tecnología y sociedad: el estado de la cuestión en América Latina. Revista Iberoamericana de Educación, 18(2), pp. 13-40.
Vessuri, H. M. C. (1996). La ciencia académica en América Latina en el siglo XX. La historia social de las ciencias en América Latina. Porrúa.
Zurbano, M. (2008). Gobernanza e innovación social. El caso de las políticas públicas en materia de ciencia y tecnología en Euskad. Revista de Economía Pública, Social y Cooperativa, 60(2008), pp. 73-93.
Palabras clave:
Ciencia, tecnología, innovación, Latinoamérica, políticas de ciencia y tecnología
Resumen de la Ponencia:
Hugo Zemelman Merino (Concepción-Chile,7 de octubre de1931-Pátzcuaro-México 3 de octubre de 2013) fue un sociólogo, epistemólogo, metodólogo, dirigente político, profesor universitario, ensayista y dirigente político socialista. En Chile se va a vincular desde muy joven al Partido Socialista de Chile (PSCh), y será dirigente en el movimiento estudiantil en la década de 1950, luego en la década de 1960 será el director de la revista teórica del PSCh, Arauco. En esa misma década alternara su militancia política con la docencia universitaria y la investigación en el área de la sociología rural y la sociología política. Vivió intensamente desde el PSCh y la academia la experiencia del gobierno de la Unidad Popular (1970-1973). Tras el golpe militar del 11 de septiembre de 1973, se exilia en México, donde será docente investigador del Colegio de México, y producirá una obra epistemológica, teórica y metodológica, cuyas preguntas estuvieron signadas por la derrota de la vía chilena al socialismo.La obra de Zemelman se ubica en el horizonte de los marxismos abiertos. Pero el marxismo como corriente hegemónica del pensamiento crítico en Latinoamérica y el mundo, entró en crisis ya desde la segunda mitad década de 1970. Pese a esto se generaron algunos esfuerzos por crear teorías críticas desde la especificidad latinoamericana, y se buscó formular preguntas que replantearan la teoría y la praxis de una transformación social profunda.La producción ensayística y la investigación de este autor sobre la génesis y las consecuencias del corto periodo del gobierno de la Unidad Popular en Chile, testimonia lo creativo y fructífero de sus planteamientos epistémicos, teóricos y metodológicos.Para cumplir con el propósito de esta ponencia nos orientamos por la siguiente pregunta central: ¿cómo transita en el pensador derrotado y esperanzado la problemática de reconstruir y desarrollar la dialéctica para la investigación social y la praxis política orientada a renovados proyectos de cambio de la sociedad?En primer lugar, hemos ubicado a Hugo Zemelman en la perspectiva de una fructífera cultura de la derrota, que ha producido, en diferentes momentos y geografías, lo mejor del pensamiento crítico-dialéctico. En segundo lugar, hemos situado y caracterizado el periodo del gobierno de Salvador Allende como un proceso de repercusiones latinoamericanas y mundiales. Luego ubicamos, a manera de croquis cognitivo y cronológico, la tensión entre algunas de las principales reflexiones que hizo el autor del proceso chileno con su producción epistemológica y metodológica. Por último, a modo de conclusiones —siempre tentativas—, exponemos lo que podría denominarse una epistemología crítica, fraguada en la derrota preñada de herramientas para la praxis esperanzadora; de tal forma que proponemos algunas tareas investigativas y políticas que, creemos, nos ha legado el diálogo con Zemelman.Resumen de la Ponencia:
En el trabajo buscamos reflexionar sobre el aporte conceptual de Enrique Dussel al pensamiento político contemporáneo y la teoría social latinoamericana. Nos referimos a la vigencia de su propuesta histórico crítica en su filosofía y política de la liberación. Nos centramos en el análisis de la interrelación categorial entre: sujeto político, exterioridad, y praxis de liberación. En ese sentido, el trabajo es netamente teórico y para hacerlo consideramos las obras de Dussel de sus distintas etapas intelectuales. Esas tres nociones adoptan, a lo largo de la obra de Dussel, distintas figuras. Sin embargo, haremos pie principalmente en la última etapa de su pensamiento, donde el sujeto de la política es el colectivo de sujetos y sujetas que experimentan negativamente sus vidas. El horizonte de afirmación de este sujeto es la negación del sujeto moderno. Por otro lado, la categoría de exterioridad es la herramienta teórica con la que Dussel va calibrando a lo largo de su obra la posición estratégica de afirmación del sujeto. Pero como sólo en la praxis liberadora, que genera un compromiso ético y político, se accede a una nueva idea de justicia, y sólo así llega una “cierta identidad analógica, el sujeto político deviene pueblo para su realización, se desprende el interrogante sobre el carácter o el grado de exterioridad radical con la que Dussel piensa al sujeto.
Introducción:
Nuestra situación latinoamericana nos indica para nosotros el origen del filosofar y del pensamiento es un sujeto, que siempre es colectivo. Dicho de otro modo, la filosofía y el pensamiento latinoamericano y caribeño es un conocimiento que se manifiesta como objetivación de un sujeto/a plural que se pone a sí mismo como valioso (Roig, 1993). Es en ese sentido que nos vamos a referir de forma breve a un hilo conceptual, dentro de una trama mayor que es todo el edificio filosófico político que intenta construir Enrique Dussel a lo largo de sus obras, a partir de nuevas herramientas teóricas que ha ido calibrando con el tiempo. Ese hilo es la interrelación categorial o implicancia mutua de tres cuestiones: los sujetos de la política, la exterioridad, y las praxis de liberación. Creemos que ahí podemos encontrar herramientas teóricas útiles para las ciencias sociales a la hora de analizar y comprender los desafíos que nos plantea el siglo XXI.
Desarrollo:
I El sujeto de la política
Hay narrativas políticas que instalan sentidos en un nivel común sobre los distintos agentes sociales. Pero hay confusión en torno a cómo identificar al sujeto de la política, en las diversas narrativas que la constituyen. Hablar de narrativas para el análisis político en el nivel particular “de las mediaciones hermenéuticas e institucionales con las que se disputa el campo de los significados y se motiva la construcción de estructuras en la historia de cada comunidad política”[1] nos permite, aunque con matices y diferencia, señalar que existen, al menos: una narrativa neoliberal, una liberal republicana, una populista, una populista republicana, una marxista, etc. El carácter particular de cada una de ellas está dado por el acento que ponen en las distintas categorías o conceptos claves de la política. Por ejemplo, todas tienen una representación, una idea, o una noción de un referente intersubjetivo o sujeto político en el sentido más general. Aunque no con exactitud, podemos identificar cada una de ellas en las opciones conceptuales que proponen: “ciudadanos”, “trabajadores (con referencia a la clase social)”, “pueblo”, pero podemos agregar también algunas variaciones como “masa”, “multitud”, “nosotros”, “subalternos”, “pobres”, “vecinos”, “víctimas”, etc. Todos están dichos desde un enfoque determinado.
Este esquema nos sirve para corrernos de la mirada simplista que quiere pensar que el referente de la política tiene que ser individual, único o universal, y poner de manifiesto que hay disputa entre las distintas corrientes teóricas, económicas y sobre todo políticas, con sus narrativas, por imponer un sentido de la política, montado sobre un sentido de sujeto político. Entre ellas la narrativa neoliberal es, si se quiere, la menos “purista” o la más flexible, porque a menudo toma palabras y categorías de otros relatos, para disfrazar su discurso real con sus verdaderas intenciones. Esta elección no es casual porque se trata de categorías que, con toda su carga semántica, organizan y orientan nuestra comprensión y nuestra acción. Por supuesto que no se presentan solas o separadas, sino adentro de la “narración” adquiriendo significados diferenciales con las constelaciones de categorías con las que entran en juego.
La narrativa neoliberal hace una reconfiguración de sus sentidos constantemente al entrar en contacto permanente con otros elementos. Esa capacidad de adaptabilidad es lo que hace imposible todo intento de explicación secuencial, ya que las formas de su implantación son por demás heterogéneas. El neoliberalismo realiza un planteo moderno radicalizado por la globalización que anula las posiciones identitarias regionales de los sujetos, a las que subsume. Desde la década de los noventa, el debate académico en Latinoamérica es la discusión neoliberalismo o populismo, forma política que adopta el “viejo” debate sobre modernidad-identidad (Devés Valdés, 2012). El neoliberalismo de los noventa en Latinoamérica fue positivista, no identificable del todo al “original”, pero analogable.
Por esto hay que pensar también que el pensamiento latinoamericano se construye contra el neoliberalismo, pero también con elementos suyos incorporados, por esa capacidad de mutabilidad y penetración. Hoy el elemento neoliberal aparece oculto bajo la forma de amenaza a la libertad individual del sujeto político, reducida a conservación de una identidad que ocupa un lugar de privilegios, y que necesita de la jerarquización social como mecanismo de exclusión. Lo central es la idea de que la narrativa neoliberalismo se adapta a cada cultura, y para hacerlo, toma o se apoya en rasgos preexistentes en la misma, a partir de los cuales hace una reconfiguración de su sentido.
Entonces, decimos, en el neoliberalismo hay una articulación de forma renovada de factores que se pueden intuir, o que aparecen desordenados en la cultura a dónde se lo importe, pero logrando formulación más tecnicista. Selecciona de la oferta simbólica disponible determinadas propuestas y las articula en función de afianzar el proyecto globalizador de corte neoliberal. Un Mc Donalds puede incluir en su menú un plato típico para vender y todo eso con el discurso de la diversidad y el respeto por las otras culturas. Es decir, el neoliberalismo de mercado penetra todo ámbito de la vida, por eso cambian los sentidos de la industria, del Estado, de la producción, del marketing, etc. Pero no sólo pervierte el orden institucional, sino que también intenta, al mismo tiempo, reemplazar al sujeto centrado en sí mismo, por el “yo fragmentado”, o “deshilachado” (Murillo, 2012), que tiene que adaptarse al contexto para sobrevivir en un mundo lleno de grietas e incertidumbres, logrando así que las subjetividades abandonen la búsqueda de anclajes identitarios firmes o estables[2], y no lleguen a emerger como actores en el espacio social.
En ese contexto consideramos que puede estar un aporte importante de Enrique Dussel. Una categoría es un instrumento hermenéutico que tiene un contenido determinado, que es un concepto. Ocurre que muchos de los conceptos ético y políticos no tienen un solo sentido, son polisémicos. El problema de estos conceptos polisémicos es el de cómo lograr un discurso político que después se constituya como proyecto de hegemonía. Entonces se puede usar la polisemia en clave crítica para evitar comprensiones unívocas o equívocas. Es así que Dussel realiza una recuperación filosófica de la noción de sujeto introduciendo al pueblo como actor principal de la política, frente al sujeto neoliberal.
En concreto, en sus últimas obras el sujeto de la política para Dussel no es individual ni homogéneo, se trata más bien de bloques conformados por sectores sociales de los más heterogéneos, todos ellos marcados por la negatividad, la negación de sus identidades, que luchan por la hegemonía política y alternan períodos en el manejo de las instituciones con lo que él denomina el “bloque histórico en el poder”. No preguntamos aquí cual es el sujeto de la política presuponiendo que es el pueblo, sino que nos preguntamos qué lugar ocupa dentro de la política el pueblo, y si es el lugar de sujeto, cómo se conforma y cuál es su posición.
En este punto Dussel se desplaza de concepciones escépticas y universalistas respecto al modo de constitución del sujeto, principalmente de Santos quien habla de un proceso de traducción intercultural de experiencias, o del mismo Ernesto Laclau que habla desde una lógica equivalencial en la articulación de demandas mediante la razón populista. Para Dussel el pueblo en tanto que sujeto de la política, y como categoría estrictamente filosófico-política, es el colectivo de los sujetos y sujetas que experimentan negativamente sus vidas. Una plebs como bloque social de oprimidos y excluidos, que buscan constituirse como un populus, un pueblo de un nuevo orden más justo.Plebs entendido como pueblo opuesto a las élites. Una parte que engloba a todos los ciudadanos en un populus que se postula como un nuevo orden futuro de igualdad. Esto lo toma Dussel de Laclau, pero lo reformula. En Laclau, se produce por una relación que es hegemónica: una parte que asume el rol de una universalidad que es imposible. En este planteo no hay universalidad que no sea hegemónica[3].
La emergencia del pueblo depende de tres variables (...) relaciones equivalenciales representadas hegemónicamente a través de significantes vacíos; desplazamientos de fronteras internas a través de la producción de significantes flotantes; y una heterogeneidad constitutiva que (...) otorga su verdadera centralidad a la articulación política.[4]
Dussel no habla en el nivel de articulación de demandas por lógica equivalencial, opera más bien una lógica dialéctica por analogías en la conformación de ese bloque. El pueblo establece en una fractura en la comunidad política[5] y como sujeto-actor se opone al bloque histórico en el poder. Entiende que en la propuesta de Laclau una demanda particular que persigue una reivindicación diferencial encamina la lucha por la hegemonía de determinado movimiento de forma unívoca. Como tiene un carácter equivalencial, es capaz de colocarse en condición de hegemónica. Laclau parte del disenso, Dussel habla ahí de consenso crítico: la toma de conciencia de las necesidades materiales insatisfechas, desde dónde comienza la organización.
Boaventura de Sousa Santos entiende que las luchas de todos los movimientos son legítimas, pero como todas son necesariamente “incompletas”, parciales, necesitan de una traducción intercultural de las distintas reivindicaciones diferenciales, mediante un diálogo ininterrumpido de los movimientos sociales. Traducción como un procedimiento que crea inteligibilidad mutua entre las experiencias posibles y disponibles sin que la identidad diferencial particular se destruya. La tarea de una razón cosmopolita es “identificar nuevas totalidades y adoptar otros sentidos para la transformación social[6]”. Es un trabajo intelectual, político, emocional, que tiene como eje la imaginación. La imaginación epistemológica tiene que ver con la construcción de concepciones de liberación plurales en contraposición a las concepciones dominantes de emancipación propias de la modernidad. Es la base de la traducción de saberes, que tiene por objetivo la justicia cognitiva. La imaginación democrática tiene que ver con la traducción de prácticas y agentes vinculado a la creación de condiciones de posibilidad de una justicia social global[7].
Pero la edad colonial sobredetermina el diálogo intercultural dice Dussel (2015). Pero como para él hay conceptos y categorías que tienen polisemia, que no son ambiguos, sino más bien analogables, también lo son las distintas praxis de los movimientos sociales, a las que identifica como praxis de liberación, porque son las que posibilitan el marco de aplicación de la analogía en el intercambio de experiencias de lucha y resistencia contra el sistema global desde los distintos frentes. Por eso propone el concepto de analogía, que hace referencia a la función que le permite criticar conceptos complejos desde sentidos otros. El aporte de Dussel es entonces el de construir un concepto de identidad analógica en términos políticos a partir de los nuevos actores que emergen en el espacio social. La conformación material de ese sujeto se da por mediación un analogado principal.
En un texto de 1974, Método para una filosofía de la Liberación, Dussel señalaba que Lo que hay que hacer es asumir y superar las críticas a Hegel y Heidegger, dueños de la lógica y la ontología Occidental, pero teniendo por principio la escucha de la palabra provocativa del otro, que para él en la historia mundial es el pueblo latinoamericano, pobre, oprimido y excluído. De esa experiencia nace la filosofía latinoamericana, que analógicamente será africana y asiática, por su herencia colonial, disruptiva, diferencial. El método que Dussel compone es es aná-léctico: aná es un prefijo que indica que algo viene de más allá, no solamente viene “de” allí, sino desde. Desde más allá que la mera dialéctica que es el camino que realiza la totalidad, indica cómo se expande de forma dominadora desde sí. Por eso, justamente, el método que propone Dussel parte desde el otro, desde su palabra como revelación, para servirle creativamente, y llegar a un crecimiento justo de la totalidad, más allá de ella: la transmodernidad que adviene de la exterioridad del sistema y no de dentro de él. La dialéctica que es un movimiento para conquistar al otro es falsa. “Lo propio del método ana-léctico es que es intrínsecamente ético y no meramente teórico”[8]. La aceptación del otro como otro es un compromiso moral para el cual es necesario negarse como identidad en términos de totalidad, asumirse como un ser finito y ser ateo de la identidad como fundamento, dejando abierta la posibilidad a la alteridad y la exterioridad.
II La exterioridad
Se puede apreciar que el bloque del pueblo tiene para Dussel una posición rara en la política. Alicia Hopkins propone un mapa categorial de la categoría de exterioridad en la obra de Dussel[9], entendiendo que es lo que le permite pensar al sujeto desde el lugar del fracaso del sistema, donde es más violenta su intención de cerrarse sobre sí pero no llega a totalizarse. La exterioridad es una categoría transversal a todo el planteo, junto con otras, pero esta se relaciona de manera directa con el sujeto político, como su espacio desde donde el cual se manifiesta. Hopkins señala que se puede comprender la exterioridad en la obra de Dussel en dos sentidos: asociada al Otro y al concepto de persona. La figura del Otro como otro, más allá del horizonte del mundo del ser, que por Levinas sabe que es un otro diferente, no es algo abstracto sino en concreto el conjunto de personas que son dominadas y no pueden ser totalizadas por el sistema. Exterioridad como afuera, la de los que viven la opresión, marginación y exclusión del sistema. El potencial político empieza a verse porque estas personas no tienen objetivo de integrarse en el sistema, sino que persiguen su destrucción.
Hopkins piensa que en Dussel hay una diferenciación en los sujetos políticos respecto de su relación de exterioridad. El “oprimido como oprimido” no es exterior al sistema, es dominado a través de una cosificación dentro del mismo. Se refiere al ser humano como negado en su libertad. El “oprimido como exterioridad” del sistema es el “pobre”, categoría que, aunque pueda absorber algunos rasgos socioeconómicos, en realidad más bien nombra la dimensión política de la “persona”. En ese sentido para Dussel el pobre no es sólo el mendigo, sino la nación colonial, la clase trabajadora, la mujer explotada o vulnerada en sus derechos, etc[10].
Entonces pareciese que Dussel cambia la forma de categorización de acuerdo al carácter del enfoque. Por ejemplo, en el libro Filosofia de la Liberación Dussel distingue entre “pobre como exterioridad” y “pobre según el Espíritu”. Muestra según Hopkins dos dimensiones de la exterioridad: pobre como imposibilidad de cierre del sistema, condición última de libertad, imposible de ser subsumido y negado en su totalidad: sólo existe. Por otro lado, exterioridad en sentido ético más estricto, como servicio, ligado al profetismo, con tintes más teológicos. O también podemos leer que si Dussel se hubiese quedado en una lectura de Marx solamente como crítico de la totalidad, aparece el oprimido como oprimido, si se quiere desde una lectura marxista tradicional, como la clase obrera explotada; pero al aplicar una lectura en función de “el oprimido como persona” - gracias a la mediación de Schelling y Levinas - como trabajo vivo no objetivado, se lee al pobre en un nivel singular y en el nivel comunitario al pueblo, o a la región, y así sucesivamente ampliando la escala. Entonces, puede leerse a la clase como la condición social del oprimido como subsumido en el capital; mientras que el pueblo es la condición comunitaria del oprimido como exterioridad[11]. Pueblo es una categoría filosófica para referirse a un sujeto de una política que se pretenda de liberación, que no debe confundirse con la categoría económica de clase -señala Dussel- aunque se co-determinen mutuamente, porque el campo de lo político debe distinguirse formalmente del campo económico.
Pero el lugar del sujeto en Dussel, señala Y. Acosta (2018), es la transmodernidad como proceso que acompaña a la modernidad como crítica y la trasciende como un sentido futuro[12]. A raíz de su lectura crítica de Marx desde la tradición latinoamericana, Dussel hace su aporte a la cuestión del sujeto en la dimensión política, trazando un puente del sujeto al actor. Un actor articulado sobre la base de que el sujeto en realidad no forma parte del sistema, por su posición de exterioridad, y por lo tanto no opera en sentido de reproducirlo, sino más bien que se enfrenta al mismo. Es en ese marco Dussel propone el concepto de pueblo como categoría estricta para designar a este sujeto como sujeto de liberación, porque es el único sujeto empírico que puede efectuar la liberación del sistema opresor sin aniquilarse en la negación del mismo, por ser exterioridad radical, pero además por los principios implícitos, la trascendentalidad inmanente a las instituciones y sistemas, por ser transmoderno y por ser un bloque social de los oprimidos.
En definitiva, no hay que pensar la exterioridad como un espacio geográfico o un lugar político definido, más allá de la referencialidad espacial, sino que la leemos como una herramienta conceptual que le permite medir y calibrar los posicionamientos que adoptan estratégicamente los nuevos sujetos políticos en tanto que actores en la conformación del bloque del pueblo. La transmodernidad, dice Dussel, indica la radicalidad con la que irrumpe desde la exterioridad lo distinto, como un proceso que desde culturas universales alternas a lo que propone la historia canónica, responden a los desafíos que también se propuso la modernidad europea, pero desde lugares otros: situadas desde su propia situación cultural. Por eso señala Dussel que una futura cultura que pretenda ser transmoderna tiene que ser también pluriversal, como producto de un dialogo intercultural verdadero. La afirmacion de la alteridad de pueblos poscoloniales tendría que orientarse a un “pluriverso transmoderno”, o multiverso multi e intercultural (Dussel, 2015). Desde ese marco entendemos al pueblo, como colectivo histórico, orgánico, no solo como suma o multitud, sino como sujeto histórico no fijo con memoria e identidad, con estructuras propias que incluye la totalidad de los oprimidos como oprimidos en un sistema dado, pero al mismo tiempo como exterioridad[13].
III Las praxis de liberación
En la Política Dussel introduce una serie distinciones analíticas necesarias para plantear la complejidad de los temas que aborda. La primera a la que hay que hacer referencia, es a la diferenciación entre lo que es la comunidad política en el plano abstracto, y el pueblo, en el plano concreto.
Está, por un lado, el poder político que se origina en la voluntad de vivir del pueblo, y por otro lado tenemos el poder político objetivado en el orden institucional. A lo primero designará con el nombre de potentia, a lo segundo como potestas[15].La primera es el pueblo como poder en sí, una potencia indeterminada como origen de la política; la segunda es el poder fuera de sí, institucionalizado, que deviene cuando el pueblo delega el poder para ser representado. Allí radica el peligro del que Dussel nos advierte: la fetichización del poder político, que es la corrupción originaria. Esto es, quien ejerce el poder delegado se afirma a sí mismo como sede del poder de forma autorreferencial, produce una dominación legitimada, y ejerce el monopolio del poder.
Contra esa corrupción del orden político es que aparece fenoménicamente el pueblo en las praxis de liberación. Se produce lo que Dussel llama “estado de rebelión”[16] ,donde aparece el poder del pueblo como una hiperpotentia, es decir, soberanía y autoridad, pero sobre todo la voluntad del pueblo[17] que emerge en los momentos de transformaciones sociales. Hiperpotentia como concepto filosófico político al que Dussel lo denomina como el anti-poder del dominador. Es lo que puede transformar la potestas de fetichizada al servicio de las necesidades del pueblo. Aparece únicamente en coyunturas específicas, y generalmente sólo en circunstancias críticas. Entonces es cuando la praxis política pasa a constituirse como praxis de liberación porque va más allá de lo dado, cuestiona estructuras antiguas del sistema político vigente, desde el aporte de la exterioridad. La acción política, si es crítico-práctica, es praxis de liberación, la cual consta de dos momentos: uno negativo constituido por la lucha o momento deconstructivo, y una parte positiva que es la salida, la construcción de un nuevo orden. Cuando el pueblo irrumpe en la política mediante la praxis de liberación, comienzan a cambiar las instituciones del Estado. El pueblo es el sujeto que se transforma en actor, que es el motor y la fuerza que hacen la historia. Es ese el poder del pueblo, irrumpir en la historia por las praxis de liberación. Para Dussel el pueblo es un sujeto que como actor es intersubjetivo, de consenso crítico y democrático[18].
El pueblo concebido como un bloque se puede integrar y desintegrar, aparece en determinados momentos históricos y luego desaparece o bien permanece pasivo durante años. Dussel también se diferencia aquí de la concepción que surge entre los pensadores post-althusserianos -como Balibar o Badiou-, al pensar al pueblo como un actor colectivo y no un sujeto histórico. Considera que es una figura vacía que hace referencia a un tipo de subjetividad pasiva. Que el sujeto de la política sea actor colectivo significa que está caracterizado por la intersubjetividad, y que puede redefinirse por las distintas praxis de liberación. Esto es muy importante.
[1]Auat, A. (2018) “Populismo, neoliberalismo y democracia”, en Pensares y Quehaceres. Revista de Políticas de la Filosofía. Dirigida por Horacio Cerutti-Guldberg. 2018. Ed. Eón: México. Nro. 7 Julio-diciembre.
[2] Murillo, S. (2012) Op. Cit. Cap. IV.
[3] Laclau, E. (2005) La Razón Populista. p. 147
[5] Dussel, E. (2012) Para una política de la liberación (20 tesis de política) Op. Cit. p.112
[6] Santos, B. S. (2005) El Milenio Huérfano. Trotta. Madrid. Cap. 4. “Hacia una Sociología de las Ausencias y de las Emergencias”. p. 174
[9] Hopkins, A. (2016) La categoría de “exterioridad” en el pensamiento de Enrique Dussel. En unam.academia.edu/AliciaHopkins. 14p. También publicada en La crítica en el margen: hacia una cartografía conceptual para rediscutir la modernidad. coord. Por Gandarilla Salgado, José. México. (2016), ISBN 978-607-95641-7-9, págs.319-336.
[12] Acosta, Y. (2018) El sujeto más allá de la Modernidad: Franz Hinkelammert y Enrique Dussel. en Jose Guadalupe Gandarilla Salgado y Mabel Moraña (coordinadores): Del Monólogo europeo al diálogo inter-filosófico. Ensayos sobre Enrique Dussel y la Filosofía de la Liberación. Universidad Nacional Autónoma de México, Centro de Investigaciones Interdisciplinarias en Ciencias y Humanidades. México. p. 346.
[13] Dussel, E. (1985) La producción teórica de Marx. Un comentario a los Grundrisse, Siglo XXI, México.
[14] Dussel, E. (2012 Cinco tesis sobre populismo. Op.Cit. Tesis 3.
[15] Dussel, E. (2012) Para una política de la liberación (20 tesis de política) Op. Cit.30-37
Conclusiones:
El neoliberalismo constituye el trasfondo que da sentido a nuestros días porque es el que pone el marco histórico, simbólico y categorial. Es el horizonte político, pero además es el medio en el que se desarrolla la política de nuestro tiempo (Auat, 2021). Pensarlo como medio implica poder pensarlo como algo que puede ser transformado[1]. Hoy nos es más sencillo poder imaginar un cambio del medio que una revolución.
Dussel aporta al debate académico actual en materia política categorías recuperadas de distintas tradiciones, modernas y no-modernas, a las redefine filosóficamente desde la ética y la ontología , con un horizonte latinoamericano. Construye al pueblo como categoría de un agente crítico por excelencia, en el sentido en que se genera a partir de situaciones negativas que el propio sistema produce, de manera intencional o no, y a cuyas necesidades no puede dar respuestas. Sin embargo, no por surgir en momentos de crisis el pueblo tiene principios contingentes: los tiene definidos con anterioridad y están en la base de sus praxis. El poder que se construye desde el colectivo de subjetividades que Dussel describe como pueblo es indeterminado, pero no está contaminado por el aparato político del Estado moderno ni por las divisiones partidarias. La corrupción política fundante es la de la totalidad cerrándose sobre sí misma, fetichizando todas las relaciones. Ésta se produce si en la institucionalización de la política, se desvincula al pueblo como su fundamento, y la toma de decisiones pasa por aspectos partidarios o de mercado, desatendiendo las necesidades principales de los sujetos.
Siguiendo a Acosta, podemos señalar que Dussel esboza en la ética al sujeto como titular de racionalidad práctica desde la alteridad del sistema de exclusión global, el cuál fundamenta en la política al sujeto como poseedor de racionalidad estratégica con potencialidad de una praxis de liberación, que supone trascender el sistema.
Nos interesa destacar que Dussel admite que se van dando superposiciones de capas de identitarias en los actores, todas ellas negativas, en las cuales, en cada caso, su calidad de sujeto vivo es “recortada” por alguna formalidad específica. Es decir, en cada caso se le niega el reconocimiento a la identidad del sujeto en sus distintos ámbitos. Dussel pone de ejemplo el caso de Rigoberta Menchú, para mostrar que por tal motivo la sujeta femenina (falta de reconocimiento en el género), es también y a la vez representa al sujeto indígena (falta de reconocimiento por la raza o etnia), al sujeto sin derechos a tierras (en torno a la cuestión ecológica y jurídica), que también es pobre (en el ámbito de lo económico), campesina (la clase), guatemalteca (periférica) y analfabeta académicamente (en cuanto a la cultura hegemónica). Estos sujetos cuya voluntad de vida es negada, son los que realizan las praxis de liberación[2]. Rigoberta Menchú encabeza un movimiento que deriva en sujeto político porque se opone al gobierno mestizo que impone represión, conformando comunidad crítica. Lo hace indagando las causas de las negatividades en sus hermanos y hermanas. Se posiciona estratégicamente localizada “entre” dos culturas, la propia y la Moderna, interpreta Dussel, que entiende también a las fronteras como lugar para el pensamiento crítico. Es necesario ir buscando un origen positivo de afirmación, que no sea ingenuo ni apologista, porque para Dussel se empieza por la afirmación, la negación de la negación es secundaria. Afirmación de una identidad “procesual y reactiva” ante la modernidad y sus derivas.
Hay que hacer una lectura crítica de la propia tradición para entender nuestra situación, pero desde recursos de la propia cultura, incluso desde el recuerdo de una identidad que ha sido o anterior a la Modernidad o ha evolucionado paralelamente de forma imperceptible, aunque con el inevitable contacto con ella. Entonces la única manera de crecer desde la propia cultura es efectuando una crítica de los presupuestos de la misma, es lo que da el marco para una autocrítica. Como también es cierto que hay un margen de resignificación positiva. Es puesto por nuestra región, nuestra situación, nuestro lugar en la historia que es para Dussel el de la transmodernidad. Tenemos que atravesar la modernidad, el neoliberalismo, la globalización desde nuestra identidad, siempre en construcción, pero con raíces diversas. Hay que apropiarse de los aspectos positivos, invirtiendo el signo ideológico, teniendo siempre presente nuestra situación. Situación que hoy es el neoliberalismo, y para entrar en el debate, no podemos prescindir de la categoría de sujeto en el análisis de la política, como tampoco perder de vista materialmente de quiénes se está hablando cuando se dice pueblo. Veíamos que uno de los desafíos que plantea la modernidad en su fase globalizada es la representación del lugar desde donde construimos nuestras identidades (Auat, 2011), por eso una forma de hacer frente a la avanzada neoliberal es fortaleciendolas desde una concepción de la región como un espacio existencial, mediación de nuestro ser, totalidad en escala humana; y en ese sentido tanto pueblo como región son conceptos operadores de la identidad en la diferencia, analogables. La región aparece como un espacio para empezar a construir una globalización no excluyente, a través de un sujeto transmoderno. La estrategia de resistencia que Dussel sugiere otorgarle mayor importancia al tiempo hermenéutico, apuntando a un diálogo con intelectuales autocríticos y creadores, no meramente reproductores de la modernidad. Dudar y sospechar permanentemente de la narrativa neoliberal y su cinismo, pero también preguntarse si la ilusión de “un mundo, un pueblo” tiene algún sentido.
Bibliografía:
- Auat, A. (2018) “Populismo, neoliberalismo y democracia”, en Pensares y Quehaceres. Revista de Políticas de la Filosofía. Dirigida por Horacio Cerutti-Guldberg. 2018. Ed. Eón: México. Nro. 7 Julio-diciembre.
- Auat, A. (2021) “¿Qué hacer con el neoliberalismo?”, en Situación y Mediaciones. Nuestra democracia entre populismo y neoliberalismo. UNR Editora: Rosario. pp.97-98.
- Roig, A. (1993) Historia de las Ideas, Teoría del Discurso y pensamiento latinoamericano. Editorial Universidad de Santo Tomás, Bogotá, Colombia.
- Dussel, E. (1985) La producción teórica de Marx. Un comentario a los Grundrisse, Siglo XXI, México.
- Dussel, E. (2012 Cinco tesis sobre populismo. Op.Cit. Tesis 3.
- Dussel, E. (2012) Para una política de la liberación (20 tesis de política) Op. Cit.30-37
- Santos, B. S. (2005) El Milenio Huérfano. Trotta. Madrid. Cap. 4. “Hacia una Sociología de las Ausencias y de las Emergencias”. p. 174
- Murillo, S. (2012) Op. Cit. Cap. IV.
- Laclau, E. (2005) La Razón Populista. p. 147
- Hopkins, A. (2016) La categoría de “exterioridad” en el pensamiento de Enrique Dussel. En unam.academia.edu/AliciaHopkins. 14p.
Palabras clave:
Sujetos Políticos; Exterioridad; Praxis de Liberación