Resumen de la Ponencia:

La presente investigación propone como categoría de análisis rural Transferencistas como una clase social, basado en el análisis de la estructura económica de los hogares rurales de la Zona Maya de Quintana Roo, México, puesto que los diferentes cambios económicos y sociales que han experimentado los hogares rurales transformo la estructura de sus ingresos, puesto que ya no son mayoritariamente compuestos por la venta de productos agrícolas. Por tanto, han dejado de ser campesinos, desde el punto de vista teórico, puesto que la producción de auto abasto ya no es el principal explicativo de su sustento. Sin embargo, tampoco son jornaleros agrícolas o lo que se llamaría proletarios del campesinado, puesto que los salarios no son la principal fuente de ingresos del hogar, sino que los hogares rurales dependen económicamente, cada vez en mayor medida, de las transferencias públicas y privadas que hacen otros hogares, pero principalmente de las transferencias gubernamentales. Por tanto, el campesinado de la zona de estudio se enfrenta al desmantelamiento de sus capacidades como unidad de producción, reduciendo su vínculo con la agricultura y la pertenencia a un grupo indígena a un carácter simbólico, cultural y ceremonial pero nunca productivo. Al mismo tiempo, el presente trabajo intenta desasociar la idea de que la desagrarización solo es posible con desruralización, producto de la mundialización que busca incorporar la fuerza de trabajo expulsada de lo rural a los centros de trabajo urbanos. Puesto que los hogares rurales, como los de la zona sujeta de estudio, son transferencistas netos. Por tanto, las transferencias son la forma en que una desagrarización es posible sin que ocurra necesariamente una desruralización, puesto que, al mismo tiempo que las transferencias hacen posible la producción agropecuaria, también permiten permanecer en el ámbito rural a los hogares dependientes de transferencias. Por tanto, la forma de reproducción de las unidades productivas se vuelve un esquema D’-M-D.

Resumen de la Ponencia:

Levando em consideração a dissociação entre a formação acadêmica e o contexto sócio histórico em que o professor atua, sobretudo no que concerne ao vigente processo migratório, onde o saber atuar é tão importante quanto o saber teórico, as Universidades são colocadas em cheque. Relacionar teorias educacionais com práticas contextualizadas na realidade regional e nacional, é e será o grande desafio para o novo modelo educacional, conscritos na Lei de Subvenção Escolar Preferencial (SEP), de 2008, no Chile. Nesse sentido, destaca-se que a inclusão educacional deve desenvolve-se em dois eixos principais: por um lado, o direito universal à educação que todas as pessoas têm, a partir da diversidade e da diferença, apresentando-se como um desafio que possibilita abordagens inovadoras para quem é educador, porque transforma a realidade e impede a exclusão do diferente. O segundo eixo é a dinâmica dos processos de ensino e aprendizagem inclusivos na formação de professores, que nos orientam para novas práticas de ensino, apropriadas e melhores, no contexto que se desenrola.Desde 2001, o Chile se posicionou como um dos principais países de destino das migrações na América do Sul, devido à segurança das fronteiras na América do Norte, à ameaça terrorista após o ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos, e devido ao quadro econômico e crise política na Argentina. Essa migração ocorre porque os países menos desenvolvidos migram para os países mais desenvolvidos próximos. Portanto, pode-se dizer que os fluxos migratórios são motivados pela atração de oportunidades oferecidas por países mais bem posicionados. Além disso, desde 2001 há uma maior presença feminina de indígenas e afrodescendentes no país.No caso da migração haitiana, existem duas correntes migratórias históricas: “a diáspora histórica”, aquela migração qualificada, com maior nível de estudos, redes e contatos em países como França, Canadá e Estados Unidos; e os “empobrecidos”, essa migração com menor nível de estudos, que procuram trabalho para sobreviver e emigram para a República Dominicana para trabalhar. Esses autores apontam que os haitianos veem o Chile como um destino com promessas de melhoria e que a recente chegada de afrodescendentes ao Chile, faz com que os nacionais percebam que o país está se enchendo de migrantes.Neste sentido, a nossa hipótese para esta exposição é a de que a inclusão educacional é um desafio que possibilita novas abordagens na formação de professores, e que permite o desenvolvimento de processos de ensino e aprendizagem inclusivos, durante a prática profissional dos estudantes de Pedagogia. O nexo teórico que se estabelece entre a formação e a prática do professor no Chile é que, as Universidades ainda não conseguiram fazer uma relação entre a formação teórico prática e o atual processo migratório.

Resumen de la Ponencia:

Por todo o mundo a pobreza é maioritariamente feminina - a nível de salários e das profissões historicamente desempenhadas por mulheres ligadas ao cuidar.  Pretendemos demonstrar a importância do valor económico do trabalho reprodutivo na sociedade capitalista. Temos por objetivos compreender as condições de vida das trabalhadoras domésticas na sociedade portuguesa, comparando diferentes épocas históricas. Numa primeira parte iremos abordar quem eram as trabalhadoras domésticas no país e, por último, refletir sobre o trabalho doméstico das mulheres muitas atualmente imigrantes.  Como vários autores salientaram para o resto da Europa (Danielle Chabaud et al, 1985) também a condição do trabalho doméstico, em Portugal, tem sido tradicionalmente marcada pela pobreza, vulnerabilidade e pela falta de direitos sociais, levando as trabalhadoras domésticos a uma subjugação permanente relativamente aos seus empregadores e a experiências de vida difíceis.    Até ao final da década de 1950, Portugal era um país essencialmente rural. Verificou-se que desde o final do século XIX que a maioria das trabalhadoras domésticas eram jovens migrantes das zonas rurais, analfabetas, que vinham trabalhar nas cidades. Muitas viviam nas casas dos seus empregadores, sem horários fixos de trabalho e dormindo em espaços limitados, frequentemente enfrentando gravidezes e partos não desejados. Em regra, os filhos das trabalhadoras domésticas nasceram nas maternidades públicas, sendo muitos deles considerados ilegítimos, por não serem reconhecidos pelos pais. Nestes casos, algumas crianças, em Lisboa, eram entregues aos cuidados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, uma instituição de assistência, até que as suas mães tivessem recursos económicos para cuidar delas. O que está a acontecer atualmente? Existem mulheres trabalhadoras domésticas, maioritariamente oriundas de África e do Brasil, com condições precárias de trabalho, muitas sem contratos e sem direitos sociais (Soeiro e al, 2020). Visamos debater estas questões: Como se situam estas mulheres isoladas no mercado de trabalho? Como se enquadram socialmente estas mulheres trabalhadoras que são sujeitas à dominação, frequentemente, de outras mulheres? Como atuam estas trabalhadoras para a mobilização associativa para superar aleatoriedades laborais? No atual contexto pandémico que vivemos estas trabalhadoras foram muito afetadas pelo desemprego e pela pobreza. Baseámos-mos em dados estatísticos de diversas épocas e realizámos entrevistas a trabalhadoras domésticas e a dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD). Concluímos que apesar da profunda transformação social que ocorreu em Portugal nas últimas décadas, muitas características das trabalhadoras domésticas permanecem, em particular a condição precária e vulnerável, sendo a pobreza e a falta de direitos sociais um reflexo da desigualdade de género e das políticas estatais.  

Introducción:

Introdução: 

 

Este texto centra-se nas mulheres denominadas de trabalhadoras domésticas em Portugal. O nosso objetivo é demonstrar a importância do valor económico deste trabalho produtivo para a reprodução da sociedade capitalista. 

Baseámo-nos, em fontes primárias, nos recenseamentos da população de 1890 a 2011, em bibliografia nacional e internacional e em testemunhos orais que recolhemos de trabalhadoras domésticas e de dirigente do STAD – Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas. 

Em primeiro lugar, iremos referir as atividades que foram integradas na nomenclatura profissional «trabalho doméstico» nestas fontes primárias. Em seguida, mostraremos como as percentagens destas trabalhadoras evoluíram diacronicamente no mercado de trabalho, através dos números que recolhemos. 

Numa segunda parte, debateremos as perspetivas e as realidades das trabalhadoras domésticas na atualidade, com base em entrevistas com trabalhadoras portuguesas e imigrantes e dirigentes sindicais do STAD. 

Até ao final da década de 1950, Portugal era um país essencialmente rural. Raparigas e mulher jovens migraram dos campos para as cidades, a maioria para trabalharem como criadas de servir ou trabalhadoras domésticas (Brasão, 2012). Pelo Recenseamento Geral da População, sabemos que no ano de 1940, em Lisboa, a capital do país, as criadas de servir eram 45,5% da população ativa feminina e, no Porto, a segunda cidade mais importante, eram 40.6% das mulheres trabalhadoras. Em regra, os filhos das criadas de servir/trabalhadoras domésticas nasceram nas maternidades públicas, por serem muito pobres, muitas eram solteiras, grande parte dos filhos não eram reconhecidos pelos pais e eram considerados ilegítimos, ou bastardos pela sociedade. Devido à impossibilidade destas mães cuidarem dos filhos, muitas crianças eram entregues aos cuidados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, uma instituição de assistência social, até que as suas mães tivessem recursos económicos para cuidar delas ou serem educadas pela instituição, aprenderem um ofício e começarem a trabalhar. 

Na cidade de Lisboa, existiu um albergue noturno, fundado pelo rei D. Luís I, situado no Largo do Intendente, próximo de diversos hospitais: Hospital de S. José, Hospital de São Lázaro, Hospital do Desterro e Hospital D. Estefânia, para as pessoas necessitadas pernoitarem por alguns dias. Entre 1883 e 1899, o albergue noturno acolheu 3254 mulheres, destas 197 eram parturientes, a maioria das mulheres albergadas tinham o estado civil de solteiras, 2042, sendo 1798 criadas de servir (Baptista, 2016, p. 192-198).

Como vários autores salientaram para o resto da Europa (Chabaud-Rychter, D., Fougeyrollas-Schwebel, D., & Sonthonnax, F., 1985) também a condição do trabalho doméstico, em Portugal, tem sido tradicionalmente marcada pela pobreza, vulnerabilidade e pela falta de direitos sociais, levando as trabalhadoras domésticos a uma subjugação permanente relativamente aos seus empregadores e a experiências de vida difíceis.  O que está a acontecer atualmente? Existem mulheres trabalhadoras domésticas, maioritariamente oriundas de África e do Brasil, com condições precárias de trabalho, muitas sem contratos e sem direitos sociais (Soeiro e al, 2020). Visamos debater estas questões: Como se situam estas mulheres isoladas no mercado de trabalho? Como se enquadram socialmente estas mulheres trabalhadoras que são sujeitas à dominação, frequentemente, do patronato e de outras mulheres? Como atuam estas trabalhadoras para a mobilização associativa para superar aleatoriedades laborais? No atual contexto pandémico que vivemos estas trabalhadoras foram muito afetadas pelo desemprego e pela pobreza. 

Mostraremos que as representações dadas pelos números e as realidades mencionadas por estas trabalhadoras são divergentes, uma vez que uma grande parte delas são invisíveis nas estatísticas e na sociedade portuguesa, porque o seu trabalho pertence à economia informal. 

Desarrollo:

A identificação dos trabalhadores/as domésticos/as (finais do século XIX - início do século XXI)

Desde o final do século XIX, a nomenclatura profissional «Trabalho Doméstico» (geralmente excluindo domésticas e donas de casa) tem sido expressa em Portugal nos recenseamentos.

Devido às visões dos tempos, os «trabalhadores domésticos» foram classificados de forma diferente nos censos ou permaneceram invisíveis, o que está relacionado com um universo de representações do trabalho realizado e a sua relação com o mercado de trabalho. É também preciso fazer a ressalva de que as categorias ou nomenclaturas profissionais mudaram ao longo dos tempos. No geral, nos recenseamentos as profissões estão claramente identificadas para os homens: cocheiros, cozinheiros, porteiros, sineiros, guardas de armazém, motoristas, jardineiros e sacristães. Para as mulheres observa-se uma grande diversidade de critérios para a sua classificação. Geralmente, neste grupo estão incluídas cozinheiras, governantas, lavadeiras, costureiras, criadas de servir, trabalhadoras domésticas e até as domésticas.  

Com base nos censos, podemos ver como evoluíram as percentagens dos homens e mulheres no sector doméstico. 

No contexto da população ativa verificou-se um aumento da proporção de mulheres registadas como trabalhadoras domésticas: em 1890, elas representavam 6% da população ativa, em 1900, 2,5%, em 1911, 1,4%, em 1930, 7% em 1940, 0,6%, em 1950 6,9%, em 1960, 5,5% em 1970, 3,2%, em 1981 2,6%, em 1991 0,6%, em 2001 5,5% e em 2011, 7,2% (Recenseamentos Gerais da População, 1890-2011). 

Por outro lado, e tendo em atenção que as nomenclaturas profissionais mudaram decenalmente, verificamos que este sector do trabalho doméstico é altamente feminizado: 1890, 95%; 1900, 89%; 1911, 84,6%; 1930, 100,0% e 1940, 29,0%, 1960, 94,9%, 1970, 91,9%, 1981, 97,7%, 2001, 96,4% e 2011, 98,3% (Recenseamentos Gerais da População, 1890-2011).

Sabemos que até aos anos 70, as criadas de servir, em regra, eram de origem rural e tinham ido trabalhar para as cidades, para casas de patrões, ainda muito jovens, algumas a partir dos 12 anos, como se observa na imagem seguinte. Muitas ficavam solteiras, acabavam por servir toda a vida nas casas dos empregadores e só regressavam às suas terras de origem já numa idade avançada ou morriam em casa dos patrões (Baptista, 1999). 

 

Trabalho reprodutivo versus trabalho produtivo para manter a sociedade capitalista 

 

 Foi com a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, que surgiu o conceito de «mulheres domésticas», dando-se início à divisão sexual do trabalho e à separação entre as esferas privada e pública. Portanto, a emergência do trabalho doméstico e o desenvolvimento do capitalismo estão ligados.

Neste sentido se pronunciou Hole (1995 apud Roberts, 1995, p. 2), que colocou a formação desta «ideologia doméstica» entre 1780 e 1830, entre a burguesia.  As mulheres domésticas eram um símbolo da sociedade burguesa, que transformou as mulheres das classes privilegiadas em «donas de casa», muitas contratando outras mulheres para realizar o trabalho doméstico ‒ as criadas de servir, muitas vivendo nas casas dos patrões, e as trabalhadoras domésticas, desempenhando diversas tarefas diárias, como a limpeza da casa, cozinhar, lavar a roupa e mesmo sendo amas de crianças e regressando as suas casas após a realização das mesmas.  Assim, surgiu uma sociedade em que a produção inundou a vida quotidiana e em função da reprodução. Igualmente foi estabelecida uma fronteira entre pessoas ativas e não ativas, separando-se as classes sociais, bem como atividades dos homens e das mulheres.

Também, entre as mulheres somos confrontados com uma relação de classe - por um lado a «dona de casa», a empregadora, e por outro lado a trabalhadora doméstica assalariada, vista como subvalorizada, apesar de desenvolver atividades a bem da família. 

Por sua vez, Roberts (1995) salientou que uma vez que todo o trabalho doméstico realizado por mulheres numa família era não remunerado, presumiu-se e interiorizou-se que não era trabalho real e, consequentemente, tornou-se inútil aos olhos da sociedade.  Segundo Vandelac (apud Chabaud-Rychter, D., Fougeyrollas-Schwebel, D., & Sonthonnax, F., p. 73-74), como «trabalho doméstico» significa servir os indivíduos, as mulheres interiorizaram progressivamente a sua nova função «doméstica» como uma característica fundamental da sua feminilidade.

As mulheres eram responsáveis pelo trabalho de subsistência e reprodução familiar, atividades que embora indispensáveis para a sociedade, não eram oficialmente consideradas produtivas. 

Os homens garantiam a produção através de trabalho remunerado diretamente relacionado com o mercado. Como referem Chabaud-Rychter, D., Fougeyrollas-Schwebel, D., & Sonthonnax, F.: «Todas as atividades que são identificadas com a reprodução de indivíduos são separadas da produção de bens. Esta separação está subjacente a esta identificação: a existência na sociedade capitalista de relações sociais de reprodução distintas das relações de produção» (Chabaud-Rychter, D., Fougeyrollas-Schwebel, D., & Sonthonnax, F., 1985, p.p. 49-51).

Por sua vez, Marguerete Benston (apud Chabaud-Rychter, D., Fougeyrollas-Schwebel, D., & Sonthonnax, F., 1985, pp. 73-74) retomou a definição marxista de trabalho doméstico feminino como a produção de valores simples: o trabalho feminino na família é importante devido à quantidade de tarefas realizadas e ao tempo gasto; é fundamental para o funcionamento do capitalismo porque contribui para a reprodução da força de trabalho masculina e para a produção de valor acrescentado, do qual se conclui a importância e o valor do trabalho doméstico.

O trabalho não remunerado, as atividades e serviços de subsistência na família explicam, segundo estas autoras a discriminação histórica do estatuto dos trabalhadores domésticos no mercado de trabalho e a integração no mesmo de mulheres em situação de pobreza e baixa escolaridade.  

Através das entrevistas realizadas encontrámos agora como a novidade de identificar mulheres imigrantes nos trabalhos domésticos nas empresas ou em casa de particulares. 

 

O trabalho doméstico exercido na atualidade: Representações da entrevistada sobre as vantagens e desvantagens do trabalho doméstico

 

Realizámos seis entrevistas com trabalhadoras domésticas, por telefone, em outubro de 2019, duas nascidas em Portugal, as outras imigrantes: uma nascida em São Tomé, outra em Cabo Verde, uma jovem proveniente do Brasil e uma imigrante da Suazilândia, que serão apresentadas de forma resumida. Em seguida, identificaremos as suas representações sobre as vantagens e desvantagens do trabalho doméstico.  As entrevistas foram realizadas por telefone. Tivemos por critérios ouvir pessoas que tivessem nascido em Portugal e imigrantes de longa data e recente sobre as suas visões relativamente ao trabalho que realizam, vantagens e desvantagens.  

A primeira entrevistada, nasceu em Portugal.  Depois da concluída a Faculdade iniciou uma carreira numa profissão liberal.  Durante a crise de 2012, com 50 anos, ficou desempregada. Como o subsídio de desemprego não era suficiente para as despesas correntes aceitou trabalhar, como governanta, em casa de um estrangeiro de idade já avançada. Tinha a seu cargo as tarefas da arrumação da casa, a ida às compras e cuidar da pessoa, levando-a ao médico e a passear, por exemplo. Ficou um ano com este trabalho e reconhece-lhe a dureza pelo cuidar permanente de pessoas que estão dependentes e com fraca mobilidade física.  Mais recentemente, conseguiu retomar o seu anterior ramo profissional.  

A segunda entrevistada, atualmente com 70 anos, nasceu em Portugal, oriunda de uma família rural muito pobre, na periferia de Lisboa. Grande parte das situações que foram contadas ocorreram durante a ditadura fascista do Estado Novo (até ao 25 de Abril de 1974). É analfabeta, não sabe ler nem escrever, o que lhe provoca um grande desgosto e profunda tristeza. Durante a infância, a mãe ia buscá-la à escola para ir trabalhar no campo, na agricultura, o que fez até aos 17 anos. Depois dessa idade, a mãe arranjou-lhe um trabalho como empregada interna numa casa particular, ou seja, como criada de servir, segundo a terminologia da época. Todo o dinheiro do salário que lhe era devido foi entregue diretamente à família. Lembra-se que trabalhou cerca de 14 horas por dia, durante todos os dias do ano, exceto aos domingos. Recorda a pobreza da sua família. Quando ia visitar os pais, o pai dizia-lhe para não comer em casa e ir comer a casa da patroa, para não gastar comida. Ficou lá até se casar, tendo depois a sua própria habitação. Com o casamento tornou-se trabalhadora doméstica, mulher a dias, segundo a denominação da época. Trabalhou em várias casas de famílias, na zona onde reside, considerando que sempre a respeitaram e pagaram-lhe o salário que pedia, segundo o que era usual na profissão. Apesar de ter trabalhado toda a vida não sabia que poderia descontar para a Segurança Social. Foi o marido que lhe fez o desconto e atualmente recebe uma pensão de 160 euros (em 2023 o salário mínimo nacional é de 760 euros). 

A terceira entrevistada nasceu em São Tomé e veio para Portugal com 22 anos. Ainda está no ativo e tem trabalhado para empresas no setor industrial e também em casas particulares. Explicou que nas empresas descontou sempre para a Segurança Social, pelo que tem tido benefícios aquando de doenças e depois terá para a reforma. Mantém o trabalho em casas particulares para aumentar o seu rendimento mensal.

Outra das entrevistadas nasceu em Cabo Verde e veio muito pequena para Portugal, a seguir ao 25 de Abril de 1974, com a implantação da democracia. Quando lhe perguntei a nacionalidade respondeu-me que sempre foi portuguesa porque quando nasceu estava içada a bandeira portuguesa na sua ilha, logo é portuguesa desde sempre e não se considera imigrante. Viveu num bairro periférico de Lisboa, onde cedo as crianças abandonavam a escola, como foi o seu caso. Casou-se aos 17 anos e começou a trabalhar como empregada doméstica. Trabalhou sempre em várias casas. Considera que teve muita sorte porque foi o seu primeiro empregador que lhe explicou como fazer as contribuições para a Segurança Social. Atingindo a idade da reforma aos 66,6 anos irá reformar-se e ter direito a uma reforma, o que a deixa tranquila. Disse ter tido uma vida muito dura, deixando muito vezes as crianças a cuidarem umas das outras o que lhe causava remorsos porque «criaram-se sozinhos». 

A quinta entrevistada nasceu na Suazilândia e está na casa dos 60 anos. Assume que não queria estudar e o trabalho doméstico, ou de mulher a dias, surgiu-lhe como uma oportunidade. Considera que sempre foi bem recebida em todas as casas e paga de acordo com o que se estipulava inicialmente, oralmente. Pensa que o trabalho doméstico é um trabalho que deve ser valorizado porque alguém tem de o realizar em cada casa. 

A última entrevistada ainda é jovem, tem 30 anos e é casada. Nasceu no Brasil e é emigrante há 11 anos. Realizava um trabalho doméstico para uma empresa, mas devido à crise de 2012 ficou desempregada. Aceitou um convite de uma senhora para trabalhadora doméstica e não está arrependida. Vê vantagens neste emprego, porque pode escolher as horas, os dias e as casas de família em que trabalha. Gosta de no final do seu trabalho ver uma casa arrumada e cuidada por si. Ainda não paga contribuição para a Segurança Social, mas quer fazê-lo em breve. 

Todas as mulheres trabalhadoras domésticas entrevistadas afirmaram que conseguiram um emprego facilmente. Fazem todo o trabalho em casa, assim como vão às compras, ou cuidam de crianças ou pessoas mais velhas e no geral mostram-se satisfeitas com o trabalho que realizam e valorizam-no. Veem como vantagens no seu trabalho o puderem gerir os horários de trabalho e conhecer pessoas diferentes.

Porém, apontam diversos aspetos negativos. É um trabalho mal pago e têm poucos direitos sociais. Inclusive, uma das entrevistadas relatou de apesar de ter as suas poupanças no banco, este recusou a conceder-lhe um empréstimo para comprar uma casa porque não ter um contrato de trabalho. Outra entrevistada salienta que no sector da indústria da limpeza as trabalhadoras têm alguns direitos sociais, como o gozo de férias, e como pagam contribuições o direito à segurança social, na doença, maternidade e na reforma, direitos que as trabalhadoras nas casas particulares não têm.

Várias das trabalhadoras referiram que é um trabalho duro que causa muitas doenças e fadiga. As mais velhas reconhecem que tiveram pouco tempo para cuidar dos seus próprios filhos. Em alguns casos, contam com culpabilização que foram os filhos que cuidaram de si; noutros casos tiveram de pagar a amas. A mais nova das entrevistadas considera a hipótese de não ter filhos devido ao facto de não ter direito à licença de maternidade nem ao subsídio de maternidade.  

Concluímos que as trabalhadoras domésticas atualmente, são-no por terem ficado numa situação de desemprego, serem imigrantes ou terem uma reduzida escolaridade.  A maior parte das entrevistadas trabalha em casas em que os empregadores/as pertencem à população ativa. Sendo Portugal um país com uma forte índice de envelhecimento, há já pessoas contratadas para cuidarem de pessoas dependentes ou com fraca mobilidade, como contou a nossa primeira entrevistada.  

A vida laboral destas trabalhadoras é marcada pela insegurança, como se verificou durante a pandemia do Covid 19, muitas ficaram desempregadas e empobreceram. Para estas trabalhadoras existe uma grande pobreza, vulnerabilidade e falta de direitos sociais, levando as trabalhadoras domésticos a uma subjugação permanente relativamente aos seus empregadores e a experiências de vida difíceis. 

Perspetivas dos líderes sindicais do STAD – Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas

 

Realizámos uma entrevista, por telefone, com um dos dirigentes do sindicato STAD, em 1 de outubro de 2019. 

Foram-nos relatados os principais problemas que o sindicato identifica. Há trabalhadoras domésticas internas, que trabalham de manhã à noite, em regra com folga ao domingo, e trabalhadoras domésticas externas que trabalham 3 a 4 horas em casas de famílias.  A maioria das trabalhadoras não tem contratos escritos e não possuem direito à Segurança Social. Há trabalhadoras domésticas em empresas com contratos de trabalho e direito à Segurança Social que podem acumular com o trabalho em casa de famílias. 

O Sindicato calcula que 2/3 das trabalhadoras domésticas, em Portugal, são provenientes do Brasil, Cabo Verde e de Angola. 

Há também homens classificados como trabalhadores domésticos, mas são uma minoria: motoristas, jardineiros, porteiros, trabalhos de bricolage e trabalham nas zonas mais ricas e privilegiadas das cidades, em Lisboa, no Restelo, em Cascais e no Porto, na Foz do Douro. 

O trabalho doméstico é considerado desqualificado; os salários são baixos, mas tem uma grande importância social. O cuidar de crianças, de pessoas mais velhas, das famílias. As famílias, geralmente as mulheres que contratam uma empregada doméstica podem usufruir de mais tempo livre para o desfrutarem de muitas maneiras. Por estimativa, 95% dos empregadores/as são pessoas que estão no mercado de trabalho. 

Em regra, as trabalhadoras domésticas só chegam ao Sindicato quando existem problemas com o patronato e este procura sempre a solução para os conflitos económicos, o pagamento de salários, o assédio sexual (no caso das empregadas internas) e a sobrecarga de trabalho. 

As trabalhadoras domésticas podem descontar para a Segurança Social, com um certo número de horas de trabalho, mas verifica-se que a maioria das trabalhadoras domésticas, mesmo conhecendo a lei, não o faz, o que trará consequências no acesso a direitos sociais e na reforma. O facto de estrem isoladas a trabalhar em cada casa leva-as a não se associarem e reivindicarem contratos de trabalho escritos, com contribuições para a Segurança Social. 

O Sindicato conclui que nesta profissão arranja-se sempre emprego, a procura de mão-de-obra excede a oferta, logo parece existir uma contradição no facto de não ser um emprego valorizado convenientemente. 

 

 

Conclusiones:

Algumas notas conclusões 

 

Tal como no início da sociedade capitalista, o trabalho doméstico continua mal remunerado, apesar da legislação o prever, é maioritariamente realizado com base num contrato informal, não escrito, logo não dando acesso a direitos sociais e desfavorável às trabalhadoras, pela insegurança causada. Pelo verificado, também muitas trabalhadoras domésticas em casas particulares optam por não descontar para a Segurança Social. 

No século XIX, o trabalho doméstico era essencialmente realizado por mulheres das zonas rurais que afluíam para as zonas urbanas, hoje dois terços das mulheres trabalhadoras são imigrantes dos PALOP e do Brasil, como afirmou um dirigente sindical do STAD.  

Efetivamente, esta trabalho permanece altamente feminizado e, embora mulheres mais qualificadas tenham acedido a ele por necessidade económica (como a primeira entrevistada), é fundamentalmente exercida por mulheres com baixa escolarização e imigrantes não qualificadas. 

Esta situação acontece porque o trabalho doméstico é desvalorizado; a sociedade mantém a memória do trabalho não remunerado das mulheres que cuidam da sua casa e da sua família, contribuindo para a manutenção do trabalho produtivo do «chefe de família» masculino. 

De notar que este contexto ocorre numa profissão onde a procura de trabalho excede a oferta de mão-de-obra existente.

É de relevar que existe uma diferença relevante de indicador da mudança social: atualmente, contratar uma trabalhadora doméstica deixou de ser um símbolo de luxo, é devido às necessidades que tem a pessoa que emprega, que também trabalha e precisa de ter alguém a cuidar de pessoas jovens ou mais velhas, com menos mobilidade ou por se ter um emprego em que não existe tempo para cuidar da casa e da família.    

Assim, fica demonstrado que o trabalho doméstico tem um valor de produção porque contribui para a manutenção dos trabalhadores/as produtivos/as na sociedade capitalista. Contribui para a reprodução da força de trabalho e para a produção de mais-valia. 

Durante a pandemia do coronavírus muitas trabalhadoras domésticas foram rudemente penalizadas ao serem despedidas. Concluímos que apesar da profunda transformação social que ocorreu em Portugal nas últimas décadas, muitas características das trabalhadoras domésticas permanecem, em particular a condição precária e vulnerável, sendo a pobreza e a falta de direitos sociais um reflexo da desigualdade de género, de classe e das políticas estatais.  

Bibliografía:

Fontes escritas Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa. Arquivo Fotográfico. Recenseamentos Gerais da População de 1890 a 2011.

Fontes orais Testemunho orais em outubro de 2019.

Bibliografia principal Baptista, V. R. (1999). As mulheres no mercado de trabalho em Portugal: representações e quotidianos (1890-1940. CIDM. Baptista, V. (2016). Proteção e direitos das mulheres trabalhadoras em Portugal 1880-1943. ICS. Brasão, I. (2012). O tempo das criadas. A condição servil em Portugal 1940-1970. Tinta da China.  Chabaud-Rychter, D., Fougeyrollas-Schwebel, D., & Sonthonnax, F. (1985). Espace et temps du travail domestique. Librairie des Méridien. Roberts, E. (1995). Women´s work 1890-1940. Cambridge University Press.Soeiro, J., Araújo, M., & Figueiredo, S. (2020), Cuidar de quem cuida. Objetiva.  

Palabras clave:

Trabalhadoras domésticas; pobreza; isolamento; sindicatos

Justificación del Panel:

El texto siempre convoca a una otredad, implica en sí una trascendencia, pues esculpe con su pronunciamiento un decir para existir por fuera del ego que lo articula. La inscripción del texto, en este sentido, ya construye una praxis dialógica. El texto como manifiesto subjetivo recuperará adhesión en la medida que en su locus y sus significados resulten empáticos al próximo o bien que el poder emisor los imponga de por sí. En cambio una proclama lanzada urbi et orbi proveniente ya no de un ego sino de un colectivo intelectual posee en sí un doble don, el que se deriva de sus interpretaciones y el poder que le otorga provenir del plural, de un colectivo. En época post-1989 de primacía hegemónica sobre las nociones la supresión de los grandes relatos. Las crisis sucesivas en el “orden global capitalista” han incidido cada vez más con un replanteo geopolítico e intelectual sobre este horizonte social de cierre, de fin de la historia. Justamente en medio esta expansión mundial distópica, que se ha agudizado o precipitado por la crisis planetaria provocada por la pandemia del virus covid-19. Resulta propicio entonces introducir en el debate científico las contribuciones de los manifiestos de índole progresista tales como los Manifiestos: Convivialista (2021), Grupo de Puebla (2019), Internacional Progresista (2020) y el  Pacto Ecosocial del Sur (2020), como así colocar en análisis en contraposición el guión de la denominada Internacional Reaccionaria. Los que alientan por un lado a dirigirse hacia nuevos y posible horizontes sociales alternativos y su contraparte del pensamiento conservador. Así como se propone este Panel se trata de explorar mediante sus análisis y debate tomar de ellos los saberes que puedan conducir a una praxis dialógica para y con los pueblos y sociedades emancipadas.

Resumen de la Ponencia:

México y toda Latinoamérica viven un proceso de envejecimiento y se ha convertido en uno de los principales retos demográficos, será un desafío aunado a implicaciones económicas, políticas y del sector social. Las intervenciones educativas tienen la finalidad de introducir técnicas para lograr la resignificación sobre el tema de vejez y poder lograr una transformación como sociedad y disminuir los mitos y prejuicios que rodean al adulto mayor.

El objetivo de la ponencia consistió en relacionar a la práctica docente con la importancia en la formación integral de la vejez ya que el docente reúne un gran número de individuos y se divide en diferentes ámbitos y puede influir en la resignificación sobre el envejecimiento.  La vejez es un tema complejo e interesante digno de cualquier proceso social y de ser investigado. 

Es muy importante la creación de modelos educativos para incluirlos en los programas curriculares de las universidades mexicanas para reivindicar la figura de la persona mayor en la sociedad y puedan lograr cambios importantes a favor de esta población.

Introducción:

México actualmente cuenta con un progresivo envejecimiento en su población, un fenómeno que vive la sociedad contemporánea a nivel mundial. El envejecimiento es un proceso que ha evolucionado a lo largo de la historia por medio de diversos factores, tan solo en México según proyecciones para el 2050 serán 24 893 097 personas de ese grupo residiendo en la República Mexicana (Consejo Nacional de Población [República Mexicana], 2019).

Las personas mayores tienen gran experiencia en varios ámbitos de la vida gracias a los años transcurridos es importante aprovechar la oportunidad de observar y analizar a esta comunidad dado que pueden brindar información valiosa sobre la cultura y regalar remembranzas de los cambios a lo largo de los años. La resignificación de los prejuicios hacia los adultos mayores son fuente de malestar y afectan su vida, hoy en día causa miedo ser una persona mayor porque se visualiza esta etapa como la última de la vida, generalmente como una época de tristeza e improductividad (Quintanar, 2011).

Las propuestas de talleres en las universidades son de suma importancia para poder sensibilizar a las personas sobre el envejecimiento, la realización de una intervención psicoeducativa en la Escuela Superior de Educación Física implico un acercamiento al tema de vejez, destinado a modificar actitudes negativas en los estudiantes. La ESEF cuenta con un programa institucional creado por la Secretaría de Educación Pública en 2002 y algunos profesores de educación física, para el trabajo con niños y preadolescentes en la educación básica de México, pero a la fecha no se ha diseñado programa alguno destinado a la población adulta mayor.

El taller para la resignificación de prejuicios fue una oportunidad para los alumnos de educación física, para desarrollar las habilidades prácticas obtenidas en el transcurso de su carrera y aplicarlas para la creación de actividades recreativas, informativas y sociales con adultos mayores en un futuro cercano y poder construir nuevos significados sobre el proceso de envejecimiento.

Desarrollo:

La intervención tuvo el efecto de evaluar si una intervención psicoeducativa en formato de taller a distancia sobre los prejuicios y estereotipos hacia los adultos mayores modifica las actitudes negativas sobre la vejez de alumnos de nivel licenciatura de la Escuela Superior de Educación Física.

Población del estudio: Participaron 24 estudiantes pertenecientes a la ESEF de nivel licenciatura divididos en dos grupos de 12 personas. Debido a muerte experimental en ambos grupos, al final solo se analiza la información de 18 alumnos.

La información se colectó en el mes de Julio 2021, la mayoría de los participantes fueron mujeres (66.7%), el promedio de edad fue de 24 años, no se encontraron diferencias estadísticamente significativas respecto a las características sociodemográficas de ambos grupos.

Variable independiente: Taller psicoeducativo

Variable dependiente: Actitudes negativas hacia el envejecimiento

Las actitudes negativas refieren al grado en que, debido al condicionamiento semántico, el tema de la vejez evoca asociaciones negativas cuando se trata de ideaciones sobre la senectud propia o la de terceros, las reacciones estereotipadas hacia esta etapa de la vida, así como su relación con el género femenino y masculino (González, 2009).

La disminución de actitudes negativas se identificó mediante las puntuaciones del Cuestionario de Actitudes a la Vejez (González, 2009).

Los instrumentos utilizados fue el Cuestionario de Actitudes a la Vejez (CAV). González (2009) consta de 21 reactivos, que valoran las opiniones negativas asociadas al tema de envejecer, con una escala tipo Likert de completamente en desacuerdo a completamente de acuerdo. La interpretación es que, a mayor puntuación, mayores actitudes negativas hacia la vejez.

Se utilizo un cuestionario para la evaluación del taller diseñado específicamente para esta investigación, el cuestionario contaba con tres apartados: Instructor, Metodología e Impacto. Se evaluaban algunos aspectos por medio de la escala: Excelente, Muy bien, Bien, Regular, Deficiente y No aplica.

Proceso de recolección de datos:

Se realizó un tamizaje en el que se preguntó el interés de estudiantes de la ESEF a tomar un taller con temas relacionados a la vejez y la educación física. El cuestionario tuvo como pregunta principal: ¿Qué temas de la vejez les parecen interesantes?, de esta manera se conocieron los intereses de los alumnos de la ESEF y este sondeo sirvió como apoyo para la construcción del taller.

Se diseñó la propuesta de intervención para el taller psicoeducativo denominado “Educación y Promoción para la Resignificación del Adulto Mayor”, así como el consentimiento informado y otros formatos que se utilizaron para el taller.

En Google Forms se programó el Cuestionario de Actitudes a la Vejez (CAV) para medir las actitudes negativas hacia la vejez antes y después de la aplicación del taller, así como dos apartados para recopilar información relacionada con datos demográficos, en este caso edad y sexo.

Al final del taller, además de la aplicación del CAV, se utilizó un cuestionario en Google Forms para poder recopilar evaluaciones sobre la calidad del Taller, con cuatro indicadores a calificar: Estrategia, Impacto, Relevancia y Profundidad. Después de 44 días de concluido el taller, se volvió a solicitar a los participantes responder al CAV.

Intervención: 

El taller cuenta con 6 sesiones, cada sesión tuvo dos horas de contenido con un total de 12 horas. La intervención incluyó técnicas de integración grupal para favorecer la comunicación e interacción en la formación del grupo y antes de comenzar se aplicó el CAV para medir las creencias antes de la intervención.

El taller contiene distintas actividades como presentación y las alternativas de juego, pero no sólo como un instrumento pedagógico, sino como una experiencia para la comunicación con los otros, constituye una línea pedagógica que ofrecen aportaciones sobre las realidades de conflicto y cooperación (Cascón y Beristain, 2000). Otras herramientas que formaron parte del taller fueron: videos ligados con la temática de cada sesión y actividades de reflexión.

Se contó con 6 temáticas de conocimientos diversos para lograr un conocimiento más profundo entre las personas sobre la vejez: 1) conocer las proyecciones demográficas del envejecimiento en México, 2) ¿qué es el envejecimiento? Cambios físicos, psicológicos y sociales, 3) conociendo la vejez, 4) mitos y estereotipos, 5) integración del adulto mayor a la sociedad y conocer las ventajas de la interacción entre la educación física y el adulto mayor, 6) prevención para la salud del adulto mayor y cuidado. Una vez concluida la intervención psicopedagógica, se aplicó el CAV para evaluar el efecto de la intervención y el cuestionario de evaluación del taller. Al mes, se realizó una sesión de seguimiento, en la que se registró de nuevo el CAV para poder evaluar sus puntajes.

Análisis de datos: 

Se empleó el paquete estadístico de IBM SPSS Statistics Versión 26, se realizó la prueba estadística no paramétrica de Friedman para medidas repetidas en las mediciones con distribución no normal en las mediciones pretest, postest y seguimiento. Se consideró un nivel de significancia estadística α =< 0.05; también se realizó la prueba estadística no paramétrica de Wilcoxon para muestras relacionadas en las mediciones con distribución no normal para el análisis de los reactivos del CAV en el pre, post y seguimiento.

Resultados:

 En el pretest los participantes obtuvieron una puntuación de las actitudes hacia la vejez en el rango entre 26 y 51 puntos, con una x̄= 38.7 (DE= 8.6). La subescala de estereotipos negativos físicos y conductuales obtuvo una x̄= 17.7 (DE= 4.7), el miedo al propio envejecimiento una x̄= 7 (DE= 2.4) y el miedo al deterioro intelectual y abandono obtuvo una x̄= 14.6 (DE= 3.5).

En el postest las puntuaciones de las actitudes hacia la vejez fueron en el rango 21 y 46 putos, con una x̄= 26.4 (DE= 6.7). La subescala de estereotipos negativos físicos y conductuales obtuvo una x̄= 12.5 (DE= 2.2), el miedo al propio envejecimiento una x̄= 5 (DE= 2.4), y el miedo al deterioro intelectual y abandono obtuvo una x̄= 8.8 (DE= 4).

En el seguimiento las puntuaciones de las actitudes hacia la vejez fueron entre los rangos de 21 a 38 puntos, con una x̄= 26.5 (DE= 6.2). La subescala de estereotipos negativos físicos y conductuales obtuvo una x̄= 12.5 (DE= 2.9), el miedo al propio envejecimiento una x̄= 4.8 (DE= 2.1) y el miedo al deterioro intelectual y abandono obtuvo una x̄= 9.0 (DE= 2.9). 

En las comparaciones de los tres momentos (pre, post y seguimiento), los participantes tuvieron los puntajes más altos durante el pre en los estereotipos negativos físicos y conductuales respecto a la vejez y en el miedo al deterioro intelectual y al abandono y puntajes más bajos en el miedo al propio envejecimiento. De acuerdo con los resultados, después de la intervención psicológica se observa una disminución de los puntajes en todas las escalas y un aparente mantenimiento en la etapa de seguimiento, lo que indica que los participantes disminuyeron sus actitudes negativas ante la vejez.

Conclusiones:

El objetivo de esta investigación fue crear una intervención psicopedagógica para disminuir las actitudes negativas hacia la vejez en participantes de la Escuela Superior de Educación Física, así como determinar el efecto del tratamiento midiendo los puntajes en el instrumento CAV en tres etapas: pre, post y seguimiento. Además, de forma indirecta, al haber realizado esta investigación en un formato a distancia, se está abonando evidencia a la funcionalidad de la telepsicología en este tema. 

 Los resultados de esta investigación reportaron que el grupo de participantes del taller, disminuyeron sus puntajes de reacciones negativas ante la vejez después de haber recibido el tratamiento, lo que sugiere que la intervención propuesta fue eficaz para disminuir dichas actitudes negativas.

Un predominio de percepciones negativas y generalizadas hacia la vejez afecta la perspectiva sobre el bienestar de los mayores actuales y futuros en un contexto creciente de envejecimiento poblacional, por lo que es pertinente el entrenamiento de profesionales que atiendan a las personas mayores y a la par puedan visualizar su proceso de envejecimiento, integrarlo a la experiencia y criticarlo. Todo con el afán de sensibilizar a la población y que el envejecimiento pueda ser reconocido como una etapa llena de posibilidades (González, 2009), de diversidad y de cambios.

Distintas aproximaciones de estudio han sugerido que el cronologismo al ser un fenómeno construido en sociedad y sostener opiniones estereotipadas y actitudes negativas hacia los adultos mayores, puede llegar afectar la calidad de las interacciones generacionales, estas actitudes están presentes en culturas que muestran un gran respeto por sus ancestros, es el caso de los orientales. Al indagar los prejuicios negativos hacia la vejez en el Oriente, algunos investigadores no encontraron diferencias entre ambas sociedades, se cree que los estereotipos relacionados con la edad reflejan normas culturales de interacción social, por ejemplo, se ha encontrado que el rasgo de vitalidad por parte de adultos jóvenes y mayores disminuía durante el proceso de envejecimiento, mientras que la benevolencia aumentaba en la vejez (Boduroglu et al., 2006).

En el presente estudio, la comparación de los resultados entre sexos no formó parte de los objetivos de la investigación; sin embargo, se observaron cambios en los dos sexos en sus niveles de actitudes negativas.

Quintanar (2011) comparte el interés por indagar en temas de vejez en el sentido de la salud pública debido a que tales conductas verbales y no verbales afectan la calidad de vida de los adultos mayores y modulan algunas interacciones como la familia. Parece fundamental la inclusión de programas educativos para reivindicar la figura de la persona mayor en la sociedad y reducir los estereotipos negativos hacia ese colectivo para lograr que goce de un mayor bienestar físico y psicológico, minimizando de este modo las consecuencias de las actitudes negativas en la sociedad. 

La medición de Medina (2019) con estudiantes de enfermería resalta la necesidad de crear intervenciones para reforzar las actitudes positivas entre estudiantes y profesionales ya que repercutirá en una mejor atención profesional en el futuro. 

En esta intervención se conjuntaron las técnicas de aprendizaje con un modelo para la paz, una forma de trabajar de manera horizontal, participativa y lúdica; se plantearon contenidos a partir de la experiencia y realidades distintas que se viven día con día y sentirlas como una experiencia personal y cercana para profundizar y analizar. El taller trato de tener un buen ambiente, plantear problemáticas y soluciones con una comunicación afectiva para seguir trabajando sobre el tema de envejecimiento y encontrar un cambio social (Bastida y Cascón, 2020).

El efecto de esta intervención psicológica fue clínica y estadísticamente significativo puesto que el grupo mostró una disminución sobre sus prejuicios y mitos sobre el tema del envejecimiento del pre al post. En la fase del postest al seguimiento se observa que las actitudes negativas no volvieron a aparecer, no hubo un regreso de los indicadores a su estado anterior a pesar de haber pasado varias semanas sin intervención, lo cual es un aspecto loable de este trabajo.

 Es importante poder seguir con más intervenciones, talleres, cursos o distintas formas de sensibilizar a las personas, para que los estereotipos que rodean a la vejez puedan ser disminuidos y, según el Instituto Nacional de Geriatría (2020),  poder cambiar las políticas públicas a favor del envejecimiento, sin duda un proceso en el cual todos debemos involucrarnos, puesto que a todos nos sería conveniente, vivir el proceso de envejecimiento de manera benéfica y con un abanico de oportunidades que puedan satisfacer las oportunidades de esta comunidad tan plural.

Es importante el uso de material tecnológico para hacer frente a diversas situaciones como menciona González y Torres (2017) existe una gran necesidad de información de los psicólogos en la práctica en línea, el uso de ella generalmente se da mediante necesidades diversas y no aspectos programados, lo cual muestra una falta real de información sobre estos temas y toca el camino para detectar y acompañar estas propuestas para poner en práctica la telepsicología en México.

Aunque se considera que esta es una intervención piloto para disminuir las actitudes negativas que rodean al adulto mayor, es importante que a futuro se contemplen más talleres en distintas disciplinas, además de la de educadores físicos. Los escenarios de la sociedad son importantes porque se toman decisiones a diario que afecta a la población de la tercera edad, la importancia de las organizaciones gubernamentales para estar sensibles a la necesidad de este sector y que los dirigentes eviten sesgos y prejuicios contra los grupos de gente en edad avanzada, también es importante que la sociedad vele por los intereses de las personas mayores, pero esto no puede ser posible si existen escenarios de discriminación y estimación porque solo aleja a las generaciones (Consejo Nacional para la Prevención de la Discriminación, 2020).

Juárez y Silva (2018) hablan de la Universidad como un espacio de gran impacto para el alumnado, en donde aprenden sobre la independencia y el autocuidado, y donde las instituciones deben ofertar distintas alternativas para el bienestar de los estudiantes y como un motivador para la vida; en este sentido, son precisamente las universidades quienes pueden, implementar temáticas de envejecimiento que ayuden tanto a la población joven, quienes requieren aprender autocuidado en la etapa en la que se encuentran con tal de prevenir para la vejez, como por supuesto con la intención de preparar para el futuro a quienes brindarán servicios de atención a esta población. 

El conocimiento del adulto mayor se debe abordar con modelos de envejecimiento que abarquen todas las perspectivas del ser humano, para aplicarlo a la vida y cuidado. Es necesario crear una cultura de envejecimiento para disminuir o eliminar los prejuicios y actitudes hacia el proceso de envejecer, aportará personas con la posibilidad de reflejar empatía y conocimiento para brindar un conocimiento integral (Belando, 2007).

También es importante considerar que los gobiernos no están preparados para las consecuencias físicas, mentales, sociales y sanitarias de la vejez, motivo por el cual se requiere ahondar en el conocimiento de este desde múltiples perspectivas. Prieto et al. (2021) mencionan la importancia de la inclusión de programas educativos para reivindicar la figura de la persona mayor en la sociedad para que goce de un mayor bienestar en distintas áreas. Es preciso que la intervención psicológica, cultural y social, ayude a disminuir las actitudes negativas y a evitar los mitos y prejuicios.

Al impartir el taller de manera digital, se tuvo la posibilidad de llegar a más personas, pero también tiene desventajas en aquellos casos que carecen de conexión a internet, tienen desconocimiento de la tecnología o no cuentan con tiempo para poder entrar a un taller, por ello también será importante aplicar el taller de manera presencial y comparar los resultados con la implementación digital.

Aunque el tamaño de la muestra de este estudio no es representativa de la población, lo que indica que los resultados describen el comportamiento de los participantes exclusivamente y no pueden generalizarse sus resultados, los hallazgos son alentadores pues dan cuenta de una necesidad de modificar las creencias asociadas a la vejez en educadores físicos. Y será pertinente que, para futuras emisiones de este, se tenga cautela o quizá un proceso de adaptación de los materiales replicar la intervención de forma presencial. 

Una limitación del estudio es que no se incluyeron en la evaluación datos demográficos específicos, que probablemente pudieran impactar en el resultado, por ejemplo, la influencia respecto al género o entre otros participantes de diversas Normales por lo que se sugiere en futuras investigaciones aplicar los psicométricos con otras poblaciones y evaluar la influencia de otros datos demográficos sobre los efectos en las percepciones de los participantes y considerar una muestra más grande para poder tener datos que representen a la población adecuadamente. También sería importante, realizar un seguimiento a seis meses o al año para observar si la intervención psicológica sigue manteniendo los cambios.

Es importante que las nuevas generaciones puedan modificar su percepción de la vejez ya que como se ha visto, el tener una percepción negativa puede producir efectos negativos en la calidad de vida y en el proceso de envejecimiento. Respecto a la creación de políticas públicas los encargados pueden tener un sesgo negativo por tener actitudes negativas y eso dificulta tener una equidad entre la población joven y adulta mayor en distintos servicios sanitarios, políticos, económicos, culturales, etc. 

Por ello resulta pertinente diseñar y aplicar programas educativos que fortalezcan el componente cognitivo y refuercen el afectivo y conductual de la actitud hacia la vejez, para fomentar actitudes que den una mayor calidad de vida a toda la población de adultos mayores (Árraga et al., 2016).

Este tipo de investigaciones son importantes porque además de permitirnos comparar los cambios sobre la percepción de los profesionales que estarán en contacto con la vejez en el futuro, también contribuyen con la autopercepción del envejecimiento. De esta forma, se disminuyen las brechas entre las generaciones y se fomenta el envejecimiento exitoso en el que los adultos mayores puedan gozar de la autoestima y bienestar. Considerando que existen posibilidades para resignificar los aspectos que dañan a esta población tan plural y llena de energía, es importante continuar con estos esfuerzos para poder seguir creando y transformando a México.

Bibliografía:

Árraga, M., Sánchez, M., Pirela, L., & Mariotti, L. (2016). Actitud de adultos venezolanos hacia la vejez. Espacio Abierto, 25(4). https://produccioncientificaluz.org/index.php/espacio/article/view/22026 

Bastida, A y Cascón, P. (2000). La alternativa del Juego II. Juegos y dinámicas de educación para la paz. Seminario de educación para la paz. Los libros de la Catarata.

Belando, M. (2007). Modelos sociológicos de la vejez y su repercusión en los medios: Reconstruyendo identidades. Una visión desde el ámbito educativo. Comunicación y Ciudadanía,2, 77-94. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2651197

Boduroglu, A., Yoon, C., Luo, T. & Park, D. (2006). Age-related stereotpes: A comparison of American and Chinese Cultures. Gerontology, 52, (5), 324.333.

Consejo Nacional para Prevenir la Discriminación. (2020, 02-15 noviembre). Curso “Pautas para un periodismo incluyente”. http://conectate.conapred.org.mx/index.php/2020/07/29/pautas-para-un-periodismo-incluyente/

Consejo Nacional de Población. (2019). Proyecciones de la población de México y de las entidades federativas, República Mexicana. Consejo Nacional de Población. Gobierno de México. https://www.gob.mx/cms/uploads/attachment/file/487366/33_RMEX.pdf 

González, A. (2009). Evaluación en psicogerontología. El manual moderno

González, P., Torres, R., Del Barrio, V y Olmedo, M. (2017). Uso de las nuevas tecnologías por parte de los psicólogos españoles y sus necesidades. Clínica y salud, 28, 81-9. https://scielo.isciii.es/pdf/clinsa/v28n2/1130-5274-clinsa-28-02-00081.pdf 

Juárez, A. y Silva, C. (2018). La experiencia de ser universitario. Revista de Investigación Educativa, 28, 7-30. https://doi.org/10.25009/cpue.v0i28.2597

Medina, I., Medina, J., Torres, R., Sosa, R, Williams, G. y Chaparro, L. (2019). Actitudes hacia la vejez y actitudes hacia la sexualidad del adulto mayor en estudiantes y profesionales de enfermería. Gerokomos, 32 (1), 17-27. https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1134-928X2021000100017

Prieto, P., Sánchez, A., Urchaga, J.., Wobbeking, M. y López, A. (2021). Actitudes negativas hacia la vejez: un estudio comparativo entre México y España. Enseñanza e Investigación en Psicología, 3(1), 101-110. https://www.lavanguardia.com/historiayvida/historia-contemporanea/20191207/472058603147/tesoro-vita-segunda-republica-nevado-toluca.html

Quintanar, F. (2011). Apoyo psicogerontológico en la atención del adulto mayor. Estrategias para cuidadores. UNAM

 

Palabras clave:

vejez, adultos mayores, intervención psicoeducativa

Resumen de la Ponencia:

A história do Brasil passou por diversos desdobramentos que culminam diretamente na forma de ver o mundo e se impor sobre ele. O capitalismo mercantil já nos anos iniciais da colonização, se apresenta como a principal manobra de dominação e exploração da colônia, e tudo que depois venha ser o capitalismo mundial. Pode-se dizer que as estruturas sociais, econômicas e industriais deste país de proporções continentais foram erguidas em pilares muitas vezes efêmeros. A escravidão é um ponto marcante em toda a história do Brasil, não sendo esquecida ou superada após a sua abolição em 1888. O olhar sobre o diferente se manteve como marca dominante no país quando ainda se propaga um entendimento de errônea superioridade, o que se pode considerar princípios que ainda hoje causam problemas, haja vista o racismo estrutural, o descaso com as populações indígenas, o olhar romantizado do país para o exterior e as manobras muitas vezes embaçadas para um desenvolvimento entrelaçado aos interesses externos, e que não refletem em sua maioria a demanda nacional. O artigo busca elucidar o local histórico e social dos ribeirinhos da Amazônia e sua posição na comunidade nacional. Para além do fato da Amazônia já estar sendo ocupada antes das grandes navegações europeias, o conhecimento da área pela perspectiva eurocêntrica trouxe uma nova maneira de se olhar a terra. Entende-se como uma oportunidade de pontuar como essas comunidades, pós colonização, se formaram e talvez explicar o por quê que estas populações se encontram neste grau de vulnerabilidade social e econômica no país. O objetivo geral do trabalho é entender como as comunidades ribeirinhas se formaram e como se tornaram periféricas após sua utilidade para o capital na região. Com isso os objetivos específicos podem ser elencados em; a) como se deu a formação dessas comunidades; b) como a pobreza e a desigualdade destes povos contribuiu para o crescimento do capitalismo na região e; c) qual o reflexo disso para as comunidades ribeirinhas. A pergunta problema do artigo perfaz em “pode-se entender as comunidades ribeirinhas como importantes para o nascimento do capital na Amazônia?” A metodologia entende-se como uma pesquisa exploratória descritiva, realizada através da análise de conteúdo em levantamentos bibliográficos, análises de exemplos, artigos e revistas, a fim de entender melhor e basear empiricamente sobre o que o artigo propõe. Uma das hipóteses é de que influenciadas pelas manivelas do capital e pelo empenho da colonização no território, os povos que se originaram em ribeirinho ameríndios influenciaram as relações de controle da floresta amazônica, bem como controle às riquezas que a região concede tanto no período da colônia quanto na pós colonização, influenciando quase que diretamente na exclusão social, pobreza e desigualdade desses povos periféricos.

Resumen de la Ponencia:

En el siglo XX, ha surgido fuertemente una corriente teórica y de políticas públicas que versan sobre el supuesto poder que tiene la cárcel para corregir, educar y reformar a las comúnmente denominadas personas desviadas. La prisión se ha entendido, mayoritariamente, desde una perspectiva instrumental en donde la cárcel aparece como una institución que cumple funciones sociales más allá del sentido retributivo de pagar la pena sobre el delito cometido. La historia latinoamericana parece tener en sus cimientos una serie de condicionantes tales como el pasado colonial, las oligarquías fundantes de los Estados Nacionales, el patronazgo laboral, el caudillismo, que parecen ser fenómenos separados entre sí pero están entretejidos por un proceso en constante devenir. El presente trabajo se interesa por estudiar el fenómeno de la prisión corporal en latinoamérica, a través del prisma de la desigualdad común que se encuentra en la región. El primer territorio de la política, es el cuerpo, y en este sentido la privación de la libertad supone un tema relevante de estudio para la sociología. El debate sobre los supuestos desvíos sociales no deja de ser importante, en una actualidad en la que la construcción del otro aumenta y las poblaciones penitenciarias siguen la misma tendencia al alza. A su vez, pareciera haber un crecimiento del populismo punitivo y esto, acompañado a una interesante legitimación fundada, muchas veces, en discursos científicos.  Se pretende estudiar de forma comparada este tema a la luz de los ultimos acontecimientos, centrando especial interes en la politica penitenciaria Latinoamericana en Chile y Costa Rica, puntualmente.  

Resumen de la Ponencia:

El advenimiento de un gobierno neoliberal en 2016 significó para Argentina un empeoramiento de las condiciones laborales de los trabajadores. Durante este período neoliberal, que comprende los años 2016- 2019, se evidencia un proceso de alta recesión y caída de salarios principalmente que, junto a los procesos de “cancelación” de ciertas actividades económicas por la expansión del COVID 19 a partir de marzo de 2020, tiende a profundizarse. Esta situación, que llamamos de “doble crisis” por  las políticas económicas producidas durante el período 2016-2019 agravadas por la pandemia Covid-19, y sus medidas de morigeración, ha tenido un impacto regresivo pero también transformador a nivel laboral, en tanto se ha producido una profundización de los problemas estructurales ocupacionales del país, y una transformación en  las experiencias de trabajo. Los impactos en el sector de ocupados fueron disímiles para las distintas ramas de actividad y para distintos segmentos de trabajadores. Las mayores pérdidas han sido en las actividades de contacto más intensivo, con escasa calificación y limitada capacidad de uso de Tecnologías Digitales que experimentaron más restricciones por las medidas de prevención (comercio, construcción,  hoteles y gastronomía, servicio doméstico, servicios personales). En esta ponencia se abordan las desigualdades socio-ocupacionales producidas en Argentina como resultado de la “doble crisis” en el marco de la tradición de los estudios basados en metodologías mixtas (Creswell y Plano, 2007,  Driessnack, Sousa y Costa, 2007). En particular se desarrolla un análisis de la evolución de la estructura ocupacional y de las experiencias atravesadas por trabajadores de distintas ramas de actividad que se vieron más o menos perjudicados por esta “doble crisis”, entre los cuales se encuentran los trabajadores de la construcción, turismo, de la economía popular y los docentes.    

Resumen de la Ponencia:

Ante escenarios complejos como la crisis sanitaria actual, se visualizan significativamente las problemáticas urbanas de los territorios latinoamericanos, así como también agendas públicas postergadas en la región en materia de integración y equidad social y territorial. Una de estas problemáticas es la segregación residencial, proceso que en América Latina se ha estructurado principalmente de acuerdo al nivel socioeconómico de la población y se ha materializado en ciudades polarizadas y fragmentadas, con barrios de pobreza homogénea, viviendas y entornos precarios. 

La liberalización económica de los estados latinoamericanos es uno de los procesos que está detrás de la diferenciación sociorresidencial y sus transformaciones. El mercado inmobiliario privado, en contextos de economías desreguladas, va marcando las pautas de la distribución territorial de la población. En tanto el Estado en su rol subsidiario en materia de planificación urbana, va generando las condiciones para las dinámicas del mercado privado. El resultado ha sido una ciudad latinoamericana residencialmente segregada y una deuda pública pendiente en el ámbito de la inclusión y equidad socioespacial. 

En este contexto, el objetivo del estudio es analizar la calidad de las viviendas en los barrios pobres segregados del Área Metropolitana de Valparaíso, una de las grandes ciudades de Chile. La finalidad es plantear desafíos actuales y futuros de las sociedades latinoamericanas en materia de vivienda y de segregación residencial. Este análisis se desarrolla a partir de datos censales del año 2017. 

El contexto actual ha revelado con fuerza las significativas desigualdades territoriales de la ciudad latinoamericana y la compleja realidad de los barrios segregados de los sectores más desfavorecidos de la población, dada la precariedad que frecuentemente caracteriza su situación habitacional. Una complejidad que se acentúa en escenarios como la pandemia y las nuevas condiciones de habitar que trajo consigo. Esta realidad de la segregación conduce a producir conocimiento que sea útil para la formulación de políticas públicas orientadas a avanzar hacia ciudades latinoamericanas menos segregadas y más integradas y equitativas social y territorialmente. 

Introducción:

La segregación residencial corresponde a una problemática vigente en las ciudades latinoamericanas, que se complejiza ante escenarios como la reciente pandemia. Esta segregación se estructura principalmente de acuerdo al nivel socioeconómico de la población, y se ha caracterizado por una importante concentración de los grupos de altos ingresos y los grupos medios ascendentes en áreas donde la diversidad social es significativa, así como por extensas zonas de pobreza localizadas principalmente en la periferia (Rasse, 2016; Sabatini, 2006; Soldano et al., 2018). Respecto a esta última característica, se observa que las grandes metrópolis latinoamericanas como Bogotá, Buenos Aires y Santiago de Chile, concentran a gran escala(1) barrios donde predomina significativamente la población de bajos ingresos (Duhau, 2013).

(1) La gran escala hace referencia a “las formas que adopta la distribución de los barrios y localidades intraurbanas e implica, en mayor o menor medida, la conformación de zonas o incluso distritos o municipalidades completos en los que predominan barrios o localidades correspondientes a una determinada posición o estrato en la jerarquía socioespacial” (Duhau, 2013, p. 87).

En América Latina, la segregación residencial socioeconómica se vincula con diversos asuntos de la agenda pública, como la reproducción de la pobreza y la desigualdad social (Comisión Económica para América Latina y el Caribe [CEPAL], 2014):

La distribución de la población en el espacio urbano no es aleatoria y por diferentes razones suele favorecer a los grupos más acomodados... El emplazamiento ventajoso de estos grupos tiende a reforzar su bienestar y de esta manera, a reproducir la riqueza. Como contrapartida, el emplazamiento desventajoso de los grupos de nivel socioeconómico inferior tiende al deterioro de sus condiciones de vida ya desmedradas, lo que favorece la reproducción de la pobreza. (p.  213)

Así también, en el contexto de un estudio sobre los efectos de los cambios que experimenta el patrón de segregación residencial tradicional de las ciudades chilenas desde la década del 80 (Sabatini et al., 2001), se observa una relación entre la segregación de los pobres y los problemas urbanos y sociales: “cuanto mayor es el tamaño de las áreas homogéneas en pobreza, los problemas urbanos y sociales para sus residentes se agravan” (p. 29), es decir, una segregación a gran escala implica mayor tiempo de viaje dentro de la ciudad, una mayor proporción de desempleados, de jóvenes sin empleo y de inacción juvenil. 

En este estudio se observa, además, que la transformación del patrón de segregación tradicional de las ciudades chilenas se relaciona con un aumento de su “malignidad”, es decir, se agudizan las consecuencias perjudiciales de la segregación residencial de los grupos de bajo nivel socioeconómico, tales como el retraso escolar, el embarazo adolescente y la inacción juvenil.  Los cambios del patrón de segregación de las ciudades chilenas, según indican los autores, parecen afectar a la mayoría de las ciudades latinoamericanas.

La compleja realidad de la segregación de los sectores más desfavorecidos de la población de la ciudad latinoamericana, donde son frecuentes viviendas y entornos precarios, se acentúa en escenarios como la pandemia y las nuevas condiciones de habitar que trajo consigo. En este contexto, el estudio que se presenta se plantea como objetivo analizar la calidad de las viviendas en los barrios pobres segregados del Área Metropolitana de Valparaíso, una de las grandes ciudades de Chile. Para dar respuesta a este objetivo general, se establecen dos objetivos específicos: el primero es identificar los barrios pobres segregados del área metropolitana, y el segundo se orienta a analizar el tipo de vivienda y el nivel de hacinamiento en estos barrios. El análisis se desarrolla a partir de datos censales del año 2017 sobre educación, ya que permiten aproximarse a las características socioeconómicas de la población, y sobre tipo de vivienda y hacinamiento, que informan sobre la calidad de la vivienda. La finalidad del estudio es plantear desafíos de las sociedades latinoamericanas en materia de vivienda y de segregación residencial y contribuir con la producción de conocimiento para la formulación de políticas públicas orientadas a avanzar hacia ciudades latinoamericanas menos segregadas y más integradas y equitativas social y territorialmente. 

En el presente estudio, la segregación residencial se entiende como un proceso de diversas dimensiones, considerando perspectivas como la de Massey & Denton (1988), de acuerdo a la cual la segregación incorpora cinco dimensiones de variación espacial, conceptualmente distintas, si bien en la práctica tienden a superponerse: la uniformidad, la exposición, la concentración, la centralización y la agrupación. La uniformidad es el grado en el cual los grupos de la población están distribuidos proporcionalmente en las subdivisiones de la ciudad; la exposición es el grado en que miembros de diferentes grupos residen en un mismo sector, y se refiere a la posibilidad de interacción entre miembros del grupo minoritario y miembros del grupo mayoritario; la concentración es el grado de aglomeración territorial de un grupo de la población, y se refiere a la cantidad relativa de espacio que ocupa un grupo minoritario en la ciudad; la centralización es el grado en el cual un grupo de la población reside en torno al centro de la ciudad; la agrupación, por último, es el grado de proximidad entre las áreas residenciales del grupo minoritario (Massey & Denton, 1988).

Por otra parte, desde una perspectiva latinoamericana (Sabatini, 2006; Sabatini et al., 2001) se distinguen las dimensiones objetivas y la dimensión subjetiva de la segregación residencial, donde las primeras corresponden a la concentración espacial de los grupos sociales y la homogeneidad social de las áreas de la ciudad, mientras la dimensión subjetiva de la segregación se relaciona con percepciones y estigmas territoriales. Esta última dimensión se define como “el prestigio (o desprestigio) social de las distintas áreas o barrios de cada ciudad” (Sabatini, 2006, p. 7). Las dimensiones objetivas de la segregación residencial caracterizan el patrón de segregación tradicional de la ciudad latinoamericana, y se aproximan a las dimensiones desde la perspectiva de Massey & Denton (1988): la concentración espacial de los grupos sociales a la uniformidad, y la homogeneidad social del espacio a la agrupación.

El estudio que se expone se enmarca en una investigación doctoral en curso titulada “Segregación Residencial en el Área Metropolitana de Valparaíso, Chile. Vivienda, Mercado inmobiliario y Política habitacional”.

 

Desarrollo:

METODOLOGÍA

Caso de Estudio 

El caso de estudio corresponde al Área Metropolitana de Valparaíso, la cual se localiza en la Región de Valparaíso, en la zona central de Chile. Limita al oeste con el océano Pacífico y al este con la Región Metropolitana de Santiago. Cinco comunas componen el área de estudio: Valparaíso, Viña del Mar, Concón, Quilpué y Villa Alemana (Gobierno Regional de Valparaíso [GORE], 2021), las tres primeras situadas en el litoral, y las comunas de Quilpué y de Villa Alemana se localizan en el interior (Mapa 1).

Mapa 1. Área Metropolitana de Valparaíso: Comunas

Fuente: Elaboración propia a partir de Instituto Nacional de Estadísticas (INE, 2018b).

 

El Área Metropolitana de Valparaíso cuenta con una superficie que bordea los 1.000 Km2, y con 951.311 habitantes en el año 2017, representando el 5,4% de la población nacional (Tabla 1). La población de esta área metropolitana se concentra en el litoral, principalmente en las comunas de Valparaíso y de Viña del Mar.

Datos y Métodos

Para dar respuesta a los objetivos específicos del estudio se utilizan datos de las variables que se exponen en la Tabla 2. La fuente de información corresponde al Censo de Población y Vivienda 2017. Las categorías de la variable Nivel del curso más alto aprobado se agrupan en los correspondientes niveles y modalidades educativas que organizan la educación formal o regular en Chile (Decreto 2 de 2009).

Como se observa (Tabla 2), para identificar los barrios pobres segregados del área de estudio (objetivo específico 1) se utilizan datos sobre educación, ya que son los datos disponibles en el Censo 2017 que permiten aproximarse al nivel socioeconómico de la población. Este censo no recoge datos del ingreso ni del tipo de trabajo. La educación ha sido utilizada como variable de segmentación de la población en diferentes estudios de segregación residencial de ciudades latinoamericanas (CEPAL, 2014; Garreton et al., 2020; Rodríguez y Arriagada, 2004; Valdebenito et al., 2020). 

En el análisis del objetivo específico 1 se aplican el Índice de Segregación y el Cociente de Localización (Tabla 3), medidas que informan sobre la dimensión de uniformidad de la segregación residencial, y se representan en mapas los valores de la última medida.

El Índice de Segregación (IS) mide la diferencia en la distribución territorial entre un grupo y el resto de la población (Duncan & Duncan, 1955). Varía entre cero y uno, donde cero indica una distribución exactamente igualitaria y uno indica una distribución de máxima segregación, obteniéndose el primer valor sólo cuando la proporción entre el grupo minoritario y el resto de la población es igual en todas las unidades espaciales (Martori y Hoberg, 2004). El valor del Índice de Segregación se puede interpretar como “la proporción del grupo minoritario que tendría que cambiar de residencia para obtener una distribución igualitaria” (Jakubs, 1981 y Massey & Denton, 1988b, como se citó en Martori y Hoberg, 2004, párr. 17). 

El Cociente de Localización (CL) indica la representación de un grupo de la población en una zona en relación con su proporción en la ciudad: varía entre 0 y 1 cuando el grupo está subrepresentado, y su valor es mayor que 1 cuando el grupo está sobrerrepresentado (Rodríguez, 2016).

Para analizar el tipo de vivienda y el nivel de hacinamiento en los barrios pobres segregados del Área Metropolitana de Valparaíso (objetivo específico 2), se utilizan datos de estas variables, ya que informan sobre la calidad de la vivienda (Tabla 2). La variable Hacinamiento se refiere a las viviendas con 2,5 o más personas por dormitorio, y comprende dos indicadores: Hacinamiento medio y Hacinamiento crítico. El Hacinamiento medio corresponde a las viviendas con 2,5 a 4,9 personas por dormitorio y el Hacinamiento crítico corresponde a las viviendas con 5 o más personas por dormitorio (INE, s.f.-b).

En el análisis del objetivo específico 2 se calculan porcentajes de los tipos de vivienda particular precarios: categorías 4. Pieza en casa antigua o en conventillo y 5. Mediagua, mejora, rancho o choza, de la variable Tipo de vivienda (Tabla 2), y se elaboran mapas de representación de estos porcentajes y de los correspondientes a viviendas con hacinamiento medio y viviendas con hacinamiento crítico.

La Pieza en casa antigua o en conventillo“es una pieza o conjunto de piezas que constituyen una vivienda independiente, están ubicadas a lo largo de un pasillo de uso común y tiene servicios higiénicos compartidos” (INE, 2018c, p. 22). La Mediagua, mejora, rancho o choza “es una construcción de material ligero. En el caso de la mediagua y mejora su construcción tiende a ser, casi siempre de madera, de carácter semi-permanente. Normalmente está compuesta por una o dos piezas, generalmente con piso de tierra o madera. El techo puede tener más de una caída de agua y los servicios higiénicos (WC) en general están ubicados al exterior de la vivienda. En el caso del rancho y la choza, son construcciones separadas e independientes típicamente rurales construidas con materiales ligeros como barro empajado, totora, quincha, pirca, entre otros” (INE, 2018c, p. 22).

El nivel de desagregación territorial es la zona censal, que corresponde a “la división del distrito censal urbano y área urbana de los distritos censales mixtos, formada por un conglomerado de manzanas, cuya finalidad es facilitar la organización, control y levantamiento del censo” (INE, 2018d, p. 7). Este nivel es el que más se aproxima a un barrio entre las desagregaciones territoriales de la base de datos del Censo 2017 y, por tanto, el más idóneo en el contexto del presente estudio cuyo objetivo es analizar la calidad de las viviendas en los barrios pobres segregados del Área Metropolitana de Valparaíso.

ANÁLISIS Y RESULTADOS

Para identificar los barrios pobres segregados del Área Metropolitana de Valparaíso (objetivo específico 1) se delimita a la población de bajo nivel socioeconómico de esta área metropolitana, considerando la categoría Nunca asistió de la variable Asiste actualmente a la educación formal y los grupos de categorías Preescolar y Básica o Primaria de la variable Nivel del curso más alto aprobado (Tabla 2). Estos dos grupos corresponden a los niveles educativos iniciales de la educación formal o regular en Chile (Decreto 2 de 2009). 

Se consideran también las variables Edad y Sexo (Tabla 2) para delimitar a la población de bajo nivel socioeconómico: hombres y mujeres de 25 y más años. Esta edad permite excluir a la población aún integrada al sistema educativo, ya que el nivel educativo obligatorio más alto correspondiente a la educación media tiene una edad máxima de ingreso de 18 años y una duración de 4 años (Ministerio de Educación [MINEDUC], s.f.-a, s.f.-b).

De acuerdo a los criterios mencionados, la población de bajo nivel socioeconómico del Área Metropolitana de Valparaíso corresponde a hombres y mujeres de 25 y más años que Nunca asistieron a la educación formal o cuyo Nivel del curso más alto aprobado corresponde a Preescolar o Básica (Tabla 4).

Al aplicar el Índice de Segregación a la población de bajo nivel socioeconómico del Área Metropolitana de Valparaíso, se obtienen bajos niveles de segregación residencial (Tabla 5). Las comunas litorales (Viña del Mar, Valparaíso y Concón) exhiben los valores más altos, en tanto las comunas localizadas en el interior del área metropolitana (Quilpué y Villa Alemana), registran los valores más bajos.

Al aplicar el Cociente de Localización a la población de bajo nivel socioeconómico, sin embargo, se obtienen valores que varían entre 0,00 y 2,48, identificándose, de esta forma, los barrios pobres segregados de esta área metropolitana, es decir, zonas con sobrerrepresentación de población pobre (Mapa 2). Considerando la disposición de los cocientes, se crean las siguientes categorías: Subrepresentación de población de bajo nivel socioeconómico, cuando los valores varían entre 0,00 y 1,00; Sobrerrepresentación, cuando los valores varían entre 1,01 y 2,00; y Sobrerrepresentación Alta, cuando los valores se sitúan desde 2,01. 

Mapa 2. Zonas censales del Área Metropolitana de Valparaíso: 

Cocientes de Localización (CL) de la Población de bajo nivel socioeconómico. Año 2017

Fuente: Elaboración propia a partir de INE (2018a, 2018b).

 

Es significativa la cantidad de zonas con sobrerrepresentación de población de bajo nivel socioeconómico, observándose también las que registran sobrerrepresentación alta (Mapa 2). Los barrios pobres segregados se localizan, en general, en el área interior hasta alcanzar la periferia urbana del Área Metropolitana de Valparaíso. Considerando en lo específico las zonas con sobrerrepresentación alta de población pobre, la tendencia de localización es en los bordes. Así también se observa que la disposición de los barrios pobres segregados es, en general, adyacente, lo cual da cuenta de una segregación residencial a gran escala, es decir, zonas donde predominan barrios de un grupo de la población.

El análisis del tipo de vivienda y del nivel de hacinamiento en los barrios pobres segregados del Área Metropolitana de Valparaíso (objetivo específico 2), contempla la representación de los tipos de vivienda particular precarios: categorías 4. Pieza en casa antigua o en conventillo y 5. Mediagua, mejora, rancho o choza de la variable Tipo de vivienda (Tabla 2). Las viviendas precarias en las zonas censales del área metropolitana varían entre 0% y 25,2%. Se crean para esta variable 5 categorías de porcentajes: 0,0 de viviendas precarias; De 0,1 a 5,0; De 5,1 a 10,0; De 10,1 a 20,0; y Desde 20,1 (Mapa 3).

 

Mapa 3. Zonas censales del Área Metropolitana de Valparaíso: 

Viviendas precarias (%). Año 2017

Fuente: Elaboración propia a partir de INE (2018a, 2018b).

 

El Área Metropolitana de Valparaíso se ve afectado por la vivienda precaria, ya que casi la totalidad de las zonas censales registra porcentajes de este tipo de vivienda (Mapa 3), así como también la mayoría de los barrios pobres segregados (Mapas 2 y 3, a continuación). Es reducida la cantidad de estos últimos, sin embargo, que sobrepasa el 5%. Inclusive hay barrios pobres segregados sin viviendas precarias. 

Lo que indican estos resultados es una presencia generalizada pero no significativa de viviendas precarias en los barrios pobres segregados, observándose también que la vivienda precaria existente en el Área Metropolitana de Valparaíso se concentra en estos barrios.

 

El análisis del objetivo específico 2 también contempla la representación de la variable Hacinamiento, cuyas categorías son Hacinamiento medio y Hacinamiento crítico (Tabla 2). Los porcentajes de viviendas con hacinamiento medio en las zonas censales del Área Metropolitana de Valparaíso varían entre 0 y 15. Al respecto, se crean 5 categorías: 0%; De 1% a 3%; De 4% a 6%; De 7% a 9%; y Desde 10% de viviendas con hacinamiento medio (Mapa 4). Para el hacinamiento crítico, cuyos porcentajes varían entre los valores 0 y 5, se crean 5 categorías: 0% de viviendas con hacinamiento crítico; 1%; 2%; 3%; y Desde 4% (Mapa 5).

 

Mapa 4. Zonas censales del Área Metropolitana de Valparaíso:

Viviendas con Hacinamiento medio (%). Año 2017

Fuente: Elaboración propia a partir de INE (s.f.-a, 2018b).

 

Mapa 5. Zonas censales del Área Metropolitana de Valparaíso:

Viviendas con Hacinamiento crítico (%). Año 2017

Fuente: Elaboración propia a partir de INE (s.f.-a, 2018b).

 

Respecto al hacinamiento medio, se reproduce la tendencia observada para la vivienda precaria: afecta tanto al Área Metropolitana de Valparaíso como a la mayoría de los barrios pobres segregados (Mapas 2 y 4, a continuación). Sin embargo, la afectación en estos barrios es ahora más alta: la mayoría concentra entre 4% y 9% de viviendas con hacinamiento medio, siendo también importante la cantidad que registra desde el 10%. Además, la mayoría de las zonas con sobrerrepresentación alta de población de bajo nivel socioeconómico exhiben altos porcentajes de viviendas con este nivel de hacinamiento (desde 7%). Así entonces, el hacinamiento medio afecta en general al Área Metropolitana de Valparaíso, y más significativamente a los barrios pobres segregados.

 

El hacinamiento crítico, por otra parte, no afecta significativamente el Área Metropolitana de Valparaíso, ni a los barrios pobres segregados (Mapas 2 y 5, a continuación), siendo estos últimos, sin embargo, los que tienden a concentrar las viviendas del área metropolitana con este nivel de hacinamiento. Los barrios pobres segregados registran los porcentajes más altos de viviendas con hacinamiento crítico del Área Metropolitana de Valparaíso (desde 3%).

 

 

 

Conclusiones:

Los resultados del estudio conducen a concluir que la población de bajo nivel socioeconómico del Área Metropolitana de Valparaíso se encuentra segregada en la dimensión de uniformidad, dada su sobrerrepresentación en una significativa cantidad de zonas.

Los barrios pobres segregados se localizan, en general, de forma adyacente en el zona interior y en la periferia urbana del Área Metropolitana de Valparaíso. La disposición adyacente de estos barrios da cuenta de segregación residencial en la dimensión de agrupación (Massey & Denton, 1988) / homogeneidad social del espacio (Sabatini, 2006; Sabatini et al., 2001), así como también de segregación a gran escala. La segregación periférica de la población de bajo nivel socioeconómico, así como la gran escala de la segregación, corresponden a tendencias del proceso en la ciudad latinoamericana (Duhau, 2013; Rasse, 2016; Sabatini, 2006; Soldano et al., 2018).

Las comunas litorales exhiben los niveles de segregación más altos, destacando Viña del Mar. En esta comuna, la expansión urbana liderada por el mercado inmobiliario ha contribuido a la fragmentación y al aislamiento residencial, la cual se materializa en una cantidad significativa de proyectos inmobiliarios en el inicio de la década del 90, principalmente orientados a primera y segunda residencia de los estratos socioeconómicos medio-alto y alto, y una cantidad de proyectos durante el período 1992-2009 que sobrepasa al observado en el resto de las comunas del Área Metropolitana de Valparaíso (Panez, 2015).

La calidad de la vivienda es baja en los barrios pobres segregados, una tendencia que también se observa en la región latinoamericana (Soldano et al., 2018). Los indicadores de la calidad de la vivienda analizados afectan estos barrios del Área Metropolitana de Valparaíso, especialmente el hacinamiento medio que tiene una representación significativa. Así también se observa que la vivienda precaria, el hacinamiento medio y el hacinamiento crítico del área metropolitana de estudio se concentran en los barrios pobres segregados.

A partir del caso del Área Metropolitana de Valparaíso, donde se observan tendencias de la segregación residencial en Latinoamérica, se plantean los siguientes desafíos para las ciudades de la región en materia de vivienda y de segregación: ¿Cómo mejorar la calidad de las viviendas en los barrios de población de bajo nivel socioeconómico? Algunas medidas que podrían contribuir a esta mejora corresponden a proyectos habitacionales con estándares de calidad en términos de materialidad, espacio y servicios de la vivienda, programas de mejoramiento de viviendas y subsidios a la vivienda focalizados (por ejemplo, orientados a familias numerosas); y ¿Cómo reducir la segregación residencial de la población de bajo nivel socioeconómico? Algunas medidas corresponden a regulación del precio de la vivienda y dispersión de la vivienda pública considerando porcentajes mínimos en las subdivisiones de la ciudad.

 

La segregación residencial es un proceso de diversas dimensiones, y de significativa complejidad en las ciudades latinoamericanas. La calidad de la vivienda, por otra parte, también comprende diferentes dimensiones, además del tipo de vivienda y del hacinamiento. En este sentido, a partir del desarrollo del presente estudio, se pueden desprender una serie de análisis para profundizar en el conocimiento sobre la calidad de la vivienda en los barrios pobres segregados. Algunos de ellos son los siguientes: Medir diferentes dimensiones de la segregación residencial; Analizar indicadores de la calidad de la vivienda como materialidad y acceso a agua potable; Análisis comparativos entre ciudades latinoamericanas; Incorporar variables demográficas como género y tipo de hogar en el análisis de los barrios de pobreza. Estos análisis permitirían, además, afinar las medidas planteadas orientadas a mejorar la calidad de la vivienda y reducir la segregación residencial de la población más desfavorecida de la ciudad latinoamericana.

Bibliografía:

Referencias

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Decreto 2 de 2009 [con fuerza de ley]. Fija texto refundido, coordinado y sistematizado de la ley Nº 20.370 con las normas no derogadas del decreto con fuerza de ley Nº 1, de 2005. 16 de diciembre de 2009.

 

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Valdebenito, C., Álvarez, L., Hidalgo, R. y Vergara, C. (2020). Transformaciones sociodemográficas y diferenciación social del espacio residencial en el área metropolitana de Valparaíso, Chile (1992-2017). Investigaciones Geográficas, (74), 271-290. https://doi.org/10.14198/INGEO2020.VVAAHDVC

Palabras clave:

Vivienda, Segregación Residencial, Ciudad Latinoamericana

Resumen de la Ponencia:

Esta pesquisa tem como tema a inserção juvenil no mercado formal de trabalho do setor de serviços. A análise parte do caso dos restaurantes do Grupo Madero, empresa de capital nacional, que se propõe a oferecer a tão almejada oportunidade do primeiro emprego a jovens sem formação profissional. Essa empresa tem atualmente uma força de trabalho composta por cerca de oito mil funcionários, de maioria jovem, trabalhando nas mais de 250 unidades distribuídas pelo país: números que revelam a sua impressionante expansão nos pouco mais de 15 anos de sua existência. Nosso intuito aqui é trazer reflexões sobre os dilemas enfrentados por esses jovens trabalhadoras/es que, por ter “carteira assinada”, ou seja, um contrato formal de emprego, são consideradas/os privilegiadas/os. Nossa base teórica-conceitual está ancorada na perspectiva da acumulação flexível como princípio estruturante das relações de trabalho de nossa época. Assim entendemos que é a sua lógica efetivada no mercado de trabalho que desencadeia a progressiva retirada dos direitos trabalhistas, o aumento da informalidade, a descartabilidade dos trabalhadores/as, a intensificação do trabalho e também a crescente exclusão dos jovens e mulheres. Desse ponto de vista, não surpreende que a oportunidade de um primeiro emprego com vínculo formal seja entendido como um “privilégio”. Diante disso, nos questionamos: Quais os desafios que esses jovens enfrentam para alcançar esse posto? Precisam abrir mão de outros projetos? Qual o impacto desse tipo de emprego na sua trajetória profissional? Ao final deste trabalho, esperamos que essas reflexões contribuam para uma maior compreensão do papel do trabalho juvenil para a acumulação de capital. 

Resumen de la Ponencia:

Es mi interés presentar los resultados de mi investigación sobre la vulnerabilidad de las personas migrantes centroamericanas que pasan por México, de la cual propongo una “doble cara” que no puede entenderse sin problematizarla, por un lado, desde una noción de asimetría, es decir, que la vulnerabilidad entre grupos migrantes es desigual, siendo las mujeres, las mujeres trans, y las niñas y niños, los grupos más vulnerables en comparación con los varones; por el otro lado, retomando la noción de ética de la alteridad de Emmanuel Levinas, la vulnerabilidad también se ve expresada en la medida en que la sociedad civil, voluntarios, entre otros grupos, ofrecen ayuda humanitaria, desde una conciencia hospitalaria del “amar y servir”, hacia las personas centroamericanas que llegan a los albergues, en este caso, “Hermanos en el Camino” ubicado en Ixtepec, en el estado de Oaxaca.La metodología empleada para está investigación fue de corte cualitativa y las herramientas de recopilación de datos consistieron en la observación participante como voluntaria en el albergue durante semana y media, además de la aplicación de entrevistas con preguntas semiestructuradas, principalmente hacia mujeres y hombres que se encontraban en el lugar al momento de mi trabajo de campo, además de realizar una entrevista al psicólogo del albergue.Como conclusiones, expongo que la vulnerabilidad no solo es una característica inherente a estos grupos migrantes que los posiciona como blanco fácil de múltiples violencias, sino que al profundizar sobre esta categoría, encontramos que dentro de esos mismos grupos, la vulnerabilidad es asimétrica y se ve atravesada por marcadores sociales como la raza, la clase, la no-ciudadanía y, para el caso de las mujeres centroamericanas, también por el género. Sin embargo, ante la necesidad de estás personas, existen otros grupos sociales que, lejos de estigmatizar a estas personas, les brindan apoyo, precisamente porque esa misma vulnerabilidad es un llamado a nuestra sensibilidad como seres humanos que nos vuelve responsables ante aquellos y aquellas que lo necesitan. 

Resumen de la Ponencia:

Durante 2020, en materia deportiva, la universidad (UAEM) mantuvo su práctica a distancia, optando por un modelo de promoción de la activación física y el de- porte por medio de videos que mostraban rutinas, con pláticas y carteles en redes sociales sobre nutrición, promoviendo la cultura a partir de películas con temáti- cas deportivas. En los meses de marzo de 2020 a agosto de 2021 se realizaron 22 sesiones de activación física a través de Facebook, compuestas por diferentes especialistas y disciplinas. La gestión deportiva en la universidad se ajusta respondiendo a la actual situación de salud que vivimos. Sin poner en riesgo a sus jóvenes deportistas, elabora, gestiona y desarrolla propuestas para continuar con el entrenamiento desde el confinamiento, desde casa. Durante 2020 se promovieron torneos en línea, como el de los atletas en la disciplina de tiro con arco en el 1er Torneo con Arco Online, selectivo para representar a México en el Online Archery Cup of the Americas. En la disciplina de ajedrez participaron alumnos de la universidad en el selectivo para el Campeonato Mundial Universitario de Ajedrez Online 2020. Por otra parte, los entrenadores tuvieron adecuaciones en su macrociclo, meso- ciclo y sesión de entrenamiento, donde los deportes de pelota se volvieron más coordinativos y técnicos: desde el bote usado en el baloncesto, golpeo de balón de futbol hasta fuerza general como en el levantamiento de pesas. Los cuestionamientos de cuándo regresar y cómo regresar a una nueva normalidad surgían constantemente, dado que los deportistas también se estaban acostumbrando a clases virtuales y los horarios eran dispersos, junto con una mayor absorción de tiempo para hacer tareas, así como otras actividades en el hogar. Villa (2020) señala la importancia del trabajo de los entrenadores deportivos, es el caso del equipo de Flag Football representado por Topacio Daniela Conde, quien diseñó un plan de ejercicios para realizarse desde casa, haciendo hincapié en que las rutinas deberían ser similares a las que desarrollaban en los entrenamientos normales, sobre todo los ejercicios de fuerza como lagartijas, abdominales o sentadillas. La entrenadora proporciona su plan de trabajo y solicita evidencias a los deportistas con el propósito de brindar a los jóvenes retroalimentación para corregir posturas y, sobre todo, por la posibilidad del regreso a las competencias. Ejercitarse en casa fue totalmente diferente al trabajo que se realiza en los gimnasios universitarios. También es de destacarse que muchos atletas no contaban con el equipo para llevar a cabo sus rutinas. Ante ello, la creatividad se hizo presente, consiguiendo hacer sus rutinas con los objetos que tenían en casa: garrafones, libros, palos de escoba, sillones, etcétera (Villa, 2020).    

Resumen de la Ponencia:

A comunidade ribeirinha do Acampamento Coragem ocupa um território em Palmeiras do Tocantins (TO), que é de posse do Consórcio Estreito Energia (CESTE) empreendedor da usina, que disputa judicialmente a posse da terra desde outubro de 2015. Essa população tem enfrentado os conflitos ocasionados pela barragem de Estreito desde a sua instalação e continuam a sofrer os efeitos ocasionados pelo empreendimento. Diante disso, que busco analisar os conflitos socioambientais da Usina Hidrelétrica de Estreito (MA), assim como, compreender a territorialização do lugar ribeirinho traçando o entendimento de como uma comunidade ribeirinha situada no Norte do Tocantins tem exercido suas práticas culturais e profissionais após os conflitos causados pela barragem, e as alterações em seus modos de vida, e quais as alternativas utilizadas para ocupação do território em que atualmente disputam judicialmente. Com isso, busca-se identificar as percepções dos/as moradores/as dessa comunidade perante os conflitos socioambientais causados pela UHE de Estreito, da mesma forma que identificar nos processo de territorialização o lugar ribeirinho definido por eles/as, e os processos de luta e resistência no território que atualmente ocupam. Descrevendo como a vida se moldou perante os conflitos enfrentados contra os empreendedores da barragem, e as formas de luta e resistência a continuarem exercendo práticas em ambientes que são culturalmente identificados como lugar de subsistência.

Resumen de la Ponencia:

La ponencia propone abordar el problema de cómo desde las redes sociales el Ministerio Público Fiscal de la Ciudad de Buenos Aires construye políticas de las sensibilidades en torno a delitos en contexto de violencia de género durante la pandemia Covid-19.

Con la irrupción del Coronavirus se ha consolidado una sociedad en la que las redes sociales lejos de ser únicamente un espacio de entretenimiento se han convertido en uno de socialización en donde se traman emociones que no pueden ser ya reducidas al ámbito de “lo virtual” como uno contrapuesto al de “lo real”.

Al mismo tiempo, también durante la pandemia, se ha agravado uno de los problemas sociales a los que se ha prestado más atención durante los últimos tiempos, como lo es el de la violencia de género.

El Ministerio Público Fiscal, en tanto poder del Estado encargado de perseguir a los victimarios no está exento de lo que se conoce como la Sociedad 4.0, y gestiona no solo en los tribunales sino también a través de las redes sociales. En este punto resulta central traer a Adrián Scribano cuando señala que las redes en tanto prácticas sociales cumplen al menos tres funciones: comunicar, distribuir/contagiar y producir prácticas del sentir. 

En este marco, a través de una etnografía virtual se analizan el Instagram y el Facebook del MPF en el período comprendido entre enero y diciembre de 2020. Dicho análisis se estructura a partir de una grilla de variables que considera tanto a lo publicado por la institución como a las intervenciones que produce en el público.

 

Introducción:

“Las personas tienen ojos con los que miran el mundo, y las ciencias sociales no pueden seguir ignorando lo que estas personas ven con sus ojos”

Eduardo Bericat

 

Con la irrupción de la pandemia se ha consolidado una sociedad en la que las redes sociales lejos de ser únicamente un espacio de entretenimiento se han convertido en uno de socialización en donde se traman emociones que no pueden ser ya reducidas al ámbito de “lo virtual” como uno contrapuesto al de “lo real”.

Al mismo tiempo, también durante la pandemia, se ha agravado uno de los problemas sociales a los que se ha prestado más atención durante los últimos tiempos, como lo es el de la violencia de género.

El Ministerio Público Fiscal (MPF) de la Ciudad de Buenos Aires, en tanto poder del Estado encargado de perseguir a los victimarios no está exento de la Sociedad 4.0 y gestiona no solo en los tribunales sino también a través de las redes sociales. El MPF es el organismo encargado de “promover la actuación de la justicia en defensa de la legalidad y de los intereses generales de la sociedad”[1]. En ese marco el Fiscal General de la Ciudad entiende a la violencia de género como un fenómeno criminal estratégico y de ahí que procure la “persecución penal eficiente de los casos de violencia de género, así como la protección y cuidado de las personas víctimas”[2]. En otros términos, la Fiscalía es quien persigue a los acusados y protege a las víctimas.

La violencia contra las mujeres es una de las problemáticas sociales que se agravó durante la pandemia y el aislamiento, siendo definida por ONU Mujeres como “la pandemia en la sombra”[3]. Según datos del Ministerio Público Fiscal el promedio mensual de casos ingresados con indicadores de violencia de género en el primer trimestre de 2020 fue de 1760, mientras que en abril, en pleno aislamiento, la cantidad de ingresos fue de 951[4]. No resulta necesario ahondar en que esa caída no obedece a una merma en la violencia de género en la sociedad sino a las restricciones propias del confinamiento. En ese marco tiene lugar, a principios de mayo, la primera publicación específica sobre canales alternativos a los presenciales para hacer denuncias por violencia de género. Más allá de este ejemplo, las redes sociales no solo comunican, sino que además, como se mencionó, contagian y producen prácticas del sentir. Y es sobre esa producción de políticas de sensibilidades, en torno a causa judiciales concretas, que versa este trabajo. 

La ponencia propone entonces abordar el problema de cómo desde las redes sociales el MPF construye políticas de las sensibilidades en torno a delitos en contexto de violencia de género durante la pandemia Covid-19.

En este marco, a través de una etnografía virtual se analizan el Instagram y el Facebook del MPF en el período comprendido entre enero y diciembre de 2020. Dicho análisis se estructura a partir de una grilla de variables que considera tanto a lo publicado por la institución como a las intervenciones que produce en el público.

Para ello, la estrategia argumentativa será la siguiente: a) se presenta el marco teórico metodológico que da cuenta de la posibilidad y de la necesidad de investigar mediante la etnografía virtual, b) se presentan los resultados obtenidos y finalmente, c) se propone a modo de cierre un análisis crítico del uso de las redes sociales.

 

[1] https://mpfciudad.gob.ar/institucional/misiones_funciones

[2] https://mpfciudad.gob.ar/storage/archivos/29af09fb9e9bcc962f9c8ac2d992dbbf.pdf

[3] https://www.unwomen.org/es/news/in-focus/in-focus-gender-equality-in-covid-19-response/violence-against-women-during-covid-19

[4] Dato elaborado a partir del Decimotercer Informe de Conflictividad del MPF (2021) disponible en: https://mpfciudad.gob.ar/informes_estadisticos/search

 

Desarrollo:

Marco teórico metodológico

La siguiente ponencia parte de la premisa de que ya no resulta posible diferenciar un ámbito virtual de otro real, como si el primero fuese extraño al segundo. Basta señalar a modo de ejemplo el grave problema del ciberacoso[1] entre niños y adolescentes para rápidamente despejar cualquier duda respecto de las consecuencias del orden de “lo virtual”. Lo que sucede en las redes sociales tiene consecuencias en el orden de “lo real”.

No existe ya la posibilidad de diferenciar una vida online de una offline (De Sena y Lisdero, 2015). Con la pandemia y el aislamiento a escala planetaria, impulsando la utilización de internet y de redes sociales como formas imprescindibles de interacción social, se consolida la sensibilidad de plataforma y que supone el uso cotidiano de las redes sociales. (Scribano, 2020). Piia Varis (2014) dice que la dinámica online/offline es una cuestión fundamental para quienes trabajan mediante la etnografía digital, fundamentalmente a partir de la extensión de los teléfonos con acceso a internet.    

Adrián Scribano (2017a) señala que las redes sociales, en tanto prácticas sociales, cumplen al menos tres funciones entre las que se encuentran las de comunicar, distribuir/contagiar y producir prácticas del sentir. 

Dicha práctica no es llevada a cabo solo por personas sino también por instituciones que, siguiendo al mencionado autor, podemos decir entonces qué a través de sus redes, comunican, distribuyen/contagian y producen prácticas del sentir. El ámbito jurídico, aquel que inspiró a Franz Kafka a la realización de El Proceso, no ha permanecido ajeno a las nuevas dinámicas sociales. La vieja sentencia, propia de una institución de espaldas a la sociedad, que rezaba que “La Justicia habla a través de sus fallos” ha quedado desactualizada: la Justicia habla también a través de Instagram y de Facebook.

Al hacerlo, al publicar una determinada foto y no otra, al publicar determinados casos y no otros, al escribir determinados textos y no otros, está hablando y está produciendo políticas de las sensibilidades. Estas son:

“el conjunto de prácticas sociales cognitivo-afectivas tendientes a la producción, gestión y reproducción de horizontes de acción, disposición y cognición. Dichos horizontes refieren: i) la organización de la vida cotidiana (día-a-día, vigilia/sueño, comida/ abstinencia, etc.); ii) las informaciones para ordenar preferencias y valores (adecuado/ inadecuado; aceptable/inaceptable; soportable/insoportable); y iii) los parámetros para la gestión del tiempo/espacio (desplazamiento/emplazamiento; murallas/puentes; infraestructura para la valorización del disfrute)” (Scribano y De Sena, 2019, 28-29.)

Los Estados, plantean Scribano y D´hers (2018, p. 12) “se preocupan sistemáticamente por la gestión y regulación emocional de manera sistemática y organizada”. En el marco de esta investigación, parte del dar cuenta de cómo se traman esas políticas de las sensibilidades, de cómo operan esa gestión y regulación, tiene que ver con identificar que emociones se producen en la red social a partir de las publicaciones del Ministerio Público Fiscal (fundamentalmente imágenes, pero también textos y videos) y de las interacciones que generan.

En este punto resulta central una distinción trabajada por Scribano y Lisdero (2018) entre la noción de “dato visual” y la de “experiencia visual”. La primera tiene que ver con la idea de la imagen como una realidad dada, como un reflejo de “lo real”, casi como si hablara por sí misma. La segunda en cambio, y es hacía donde apuntan los autores, tiene que ver con una mirada inscripta en un régimen de sensibilidades específico. Por este entienden a las “formas socialmente adecuadas de regular los flujos e intercambios de los sujetos con otros sujetos, con su entorno material y simbólico, y con sí mismo. No es difícil imaginar que al advenimiento de internet vino a complejizar esta relación” (p. 174).

Instagram y esas miradas se insertan en lo que Scribano define como “sociabilidades normalizadas en el disfrute inmediato a través del consumo” ligadas a “vínculos, cada vez más fuertes, entre vivencialidades y sensibilidades espectaculares/sacrificiales” (2015, p. 3).

Es decir que hay una articulación entre la imagen publicada y la mirada, entre el posteo y las condiciones de receptividad de la imagen en la sociedad. “La imagen” dicen Scribano y Lisdero ”es una producción intersubjetiva que adquiere característica de práctica instanciada en el momento que se produce la captación de la producción hecha para quien ve” (2018, p. 177). Esa captación está asociada en la sociedad 4.0 a lo que definen como “la cultura del touch”, a un mirar tocando, desplazando, haciendo click, apretando un “Me gusta”.

En la definición de Etnografía Digital de Cyborg Anthropology se señala que así como el etnógrafo tradicional tiene su caja de herramientas (grabadora, cuaderno de campo, diagramas de parentesco, etc.) el etnógrafo digital debe también tener la suya propia[2]. En esa lógica, a fin de cumplir con el objetivo propuesto se ha construido una base de datos con todas las publicaciones del año 2020 vinculadas a causas judiciales concretas que incluyan violencia de género. 

Para su análisis se elaboró una grilla con distintas variables como por ejemplo el objetivo de la publicación, el valor destacado por el Ministerio Público Fiscal, la presencia/ausencia del victimario, las emociones identificadas en los comentarios de la gente o la cantidad de likes de cada publicación, en tanto pautas orientadoras de la etnografía digital.

 

Resultados provisorios

Para la institución encargada de perseguir a los presuntos victimarios, indudablemente constituye un logro que aquellos sean detenidos, que sean juzgados y que sean condenados. Ese es su trabajo. Y siendo que se trata de una problemática tan grave y de tanta relevancia social, es de esperar que la institución de cuenta de esos logros en sus redes.

Algunos ejemplos de esos logros tienen que ver con medidas cautelares, detenciones, y condenas: “Prohibición de acercamiento y contacto para el acosador de Montecastro” (23/7)[3], “Detienen a un barra de Boca Juniors por amenazar a su ex pareja con armas de fuego“ (14/2), “Prisión preventiva por golpear y arrojarle combustible a su expareja" (8/1), “Condenan a un hombre por fracturarle el cráneo y la mandíbula a su pareja” (16/1).

Ahora bien, las personas acusadas tienen derecho a ser defendidas, y el Estado así lo garantiza a través del Ministerio Público de la Defensa. Sin embargo, en el actual contexto de una sociedad movilizada contra la violencia de género, resultaría inimaginable que esta institución comunique como un logro -que institucionalmente lo es- que consiguió la absolución de una persona acusada de, por ejemplo, lesiones en contexto de violencia de género. Es decir que si existe una “construcción de la personalidad online” como señalan algunos autores, existe lo propio para las instituciones.

Las publicaciones del MPF son en general bien recibidas por el público: emojis de aplausos, “Felicitaciones a la Fiscalía”, “Que buena noticia gracias”, “Esto es justicia! Gracias!” son algunos ejemplos repetidos de un determinado tipo de reacción que generan.

La justicia en general, pero mucho más aquella que involucra violencia de género, precisa de celeridad no sólo para reparar a la víctima y castigar al victimario sino para fundamentalmente proteger a la primera del segundo. En las publicaciones del MPF es una constante la alusión a la rapidez con la que se actúa.

Algunos ejemplos de esto son: “En una medida inédita para casos de violencia de género, a menos de 24 horas de realizada la denuncia por una mujer, la justicia de la ciudad ordenó un procedimiento para impedir la difusión de imágenes íntimas no consentidas” (1/6), “La condena se dictó dos días después de que el hombre atacara ferozmente a su pareja” (13/10), “La condena fue dictada siete días después de que ocurrieran los hechos” (16/1), “La veloz condena se enmarca en la lucha contra el flagelo de la violencia de género” (7/2).

En el marco de la pandemia, ante una sociedad que parecía detenerse y que tuvo su correlato en una fuerte caída en la cantidad de causas judiciales -dijimos que en lo que tenía que ver con violencia de género, la caída estaba ligada a una baja en las denuncias y no a una baja en la conflictividad- parte de esa celeridad estuvo en la rápida adaptación al inédito contexto.

Ejemplos de esto son: “En medio del confinamiento. Fue condenado a través de videoconferencia por golpear a su pareja” (1/4), “En una audiencia realizada por video conferencia se dictó la prisión preventiva de la ex pareja” (17/6).

Resulta comprensible que la institución quiera mostrar respuestas frente a la demanda social de una justicia más rápida, que de hecho trasciende a las causas en contexto de violencia de género, pero que en aquel es aún más necesaria. Y asimismo mostrar respuestas más allá de las dificultades planteadas por la pandemia. 

Ahora bien, hay en algunas publicaciones una relación con el tiempo, con la inmediatez, casi con el seguimiento online que obedece a otra lógica. 

Algunos ejemplos de este son: “El detenido se encuentra alojado en una alcaidía de la Policía de la Ciudad y a la brevedad será trasladado a Fiscalía para ser intimado de los hechos” (24/4), “El agresor se encuentra detenido en una alcaidía de la Ciudad, a la espera de la audiencia de imputación correspondiente que se hará esta tarde” (6/8).

Ese seguimiento en vivo de lo que está sucediendo, que excede ya a la satisfacción de la demanda de justicia, nos permite pensar a “los dispositivos como anfiteatro griego” (Scribano, 2017). “Por favor mantenernos informados de este hecho” dice ilustrativamente una persona frente a una publicación que lleva el título: “Murió por quemaduras de primer grado: investigan femicidio” (8/6). Es decir que, y ahondaremos en eso, se puede comenzar a ver esa articulación entre el mostrar/decir y un régimen de sensibilidades específico ligado además a las sensibilidades de plataformas.

¿Cuál es el sentido de publicar que una persona esta siendo en ese momento traslada a la Fiscalía? ¿Cuál es el sentido de mostrar a la persona detenida? ¿Y que es lo que esto genera? Estas son algunas preguntas que resultan útiles para pensar lo que viene, y que tiene que ver con cierta exhibición del victimario, casi a modo de botín, exhibido desde distintos ángulos, en el marco de esos legítimos logros que el MPF está interesado en difundir y que hacen a su lucha contra la violencia de género.

En una publicación en la que aparece en primer plano el rostro borrado de un victimario se genera una secuencia de intervenciones que vale la pena leer. El título de la publicación dice: “Violencia de género: prisión preventiva para un golpeador que estaba prófugo tras conocerse su caso en TV” (16/10)

- “Un hombre” Nombre? Apellido? Rostro?

- Porque le tapan la cara al Hdp!!!????

- Y que no salga más

- Ojalá lo golpearan así sabe lo que es el dolor físico… Pero que no salga nunca más

- Porque se oculta el rostro? Dejemos de esconder a los culpables, de que los cuidamos?

- Y que no salga más!!!! 

- Hdp

La descripción del caso, dando cuenta de la violencia ejercida por el victimario, que culminó con la mujer gravemente herida e inconsciente, indudablemente contribuye a esa reacción violenta por parte de quienes comentaron la publicación. Por supuesto no se trata de juzgar esas opiniones sino de pensarlas como una reacción producida por el Estado a través del Ministerio Público Fiscal. E insistir en la pregunta sobre el sentido de publicar el rostro (borrado) de un victimario. Una persona, en lo que parece más una fantasía, tratándose de una Ciudad en la que circulan 6 millones de personas por día, sugiere que “deberían dejar su cara al descubierto para advertir a otras mujeres… y puedan alejarse de una relación”. Otra avanza un poco más y dice “Ahí están casi todas sus fotos de perfil” y comparte un link.

Al referirme a estos comentarios como intentos de solución, como fantasías, lo hago pensando en la medida en que “ocluyen el conflicto, invierten (y consagran) el lugar de lo particular como universal e imposibilitan la inclusión del sujeto en los terrenos fantaseados” (Scribano, 2013, p. 103).

También cabe preguntarse cual es el sentido de publicar el instrumento con el cual el hombre agredió a la mujer. El texto (8/1) dice que “el imputado golpeó en el ojo y en la nuca a su expareja para luego arrojarle un balde con combustible encima” y se muestra una foto del balde con el combustible arrojado. 

El Juez interviniente decide que la detención se convierta en prisión preventiva por 30 días, como medida justamente preventiva, mientras continúa analizando el caso. Una persona, seguramente más encolerizada por las imágenes que habiendo leído y comprendido el texto dirá, evidenciando no entender: “30 días nada más a semejante bestia?????”.

Y este comentario nos sirve como ejemplo de algo que interesa destacar y que es la inconformidad del público con las penas y la demanda de mayores castigos. Algunos ejemplos son: “Cadena perpetua le tendrían que dar”, “Porque 5 días?? Y en suspenso???”, “Mano dura para estas basuras no se merecen nada!!!!”, “3 años por intento de femicidio?? Festejamos cualquier cosa”, “A esta gente hay que darle muerte o castración”.

Una cuestión interesante de destacar es la diferente valoración del trabajo del MPF que realizan hombres y mujeres. Los comentarios de las mujeres tienden a ser positivos, a agradecer, felicitar, más allá de que también realicen críticas como considerar bajas las penas conseguidas o pedir actuar con mayor celeridad. En cambio, entre los hombres se observan (además de algunos del estilo señalados) otros que apuntan a cierta desligitimación que parecería no ser sólo del trabajo del MPD sino de la lucha contra la violencia de género.

Por ejemplo ante una publicación que da cuenta de la agresión de un hombre a dos mujeres (6/1), aparecen las siguientes reacciones: “¿Lesbofobia? Dejen de inventar palabras”, “A mi muchas veces me han dicho cosas y acá estoy. No me morí ni me afectó. Cada vez más hipersensibles todos”. 

Otra publicación, que lleva el título “Lo detuvieron por hostigar a su ex pareja y tenía un arsenal de armas de fuego” (12/5) es contundente respecto a las diferentes valoraciones y preocupaciones de hombres y mujeres:

H: “Que la hostigue es una cosa, la otra, las armas son casi antigüedades y están declaradas con su tarjeta de consumo de munición…”

M: “Yo denuncié, allanaron, encontraron armas, municiones, etc. y está libre… a veces pienso que está libre porque todavía estoy viva…”

H: “En las fotos se ven todas las credenciales y las tarjetas de consumo de munición”.

M: “Y luego lo liberan hasta un juicio?? Cómo es la cosa porque después siempre terminan matando” 

La diferencia es evidente. Por un lado, la reacción es exponer el haber denunciado y el sentir que el agresor “está libre porque todavía estoy viva”, es la indignación por sentir que quien representa una amenaza pueda continuar en libertad. Por el otro el eje está puesto en que la posesión de las armas sería reglamentaria.

Una vez más tiene sentido preguntarse cual es el motivo para publicar las armas con las balas, que además no hacen al caso judicial, más allá de que lógicamente representen un mayor peligro para la mujer. Insisto con recordar que Instagram, Facebook, no son el expediente judicial, son redes sociales. Hay fotos de los objetos utilizados que en realidad son fotos de la foto que consta en el expediente. Y descripciones como “la tomó de los brazos, le mordió el brazo izquierdo, luego de lo cual la tomó del cuello con ambas manos y le apretó la tráquea, impidiéndole la respiración”, que parecen extraídas del mismo lugar. 

En el otro extremo de publicar fotos del expediente, o del agresor exhibido desde distintos ángulos casi como un botín, se encuentran publicaciones donde se utilizan imágenes genéricas, como la mano de una mujer extendida queriendo protegerse de un ataque (16/1, 7/2). No es entonces la publicación de una foto con un texto complementario, sino un texto que interesa comunicar y una foto genérica para cumplir con el requisito de la red social.

 

[1] https://www.unicef.org/es/end-violence/ciberacoso-que-es-y-como-detenerlo

[2]http://cyborganthropology.com/Digital_Ethnography#:~:text=And%20just%20as%20a%20traditional,and%20recording%20the%20digital%20space.

[3] Día y mes de la publicación en Instagram. Los comentarios de las personas fueron extraídos de Instagram y de las mismas publicaciones en Facebook.

 

Conclusiones:

Al comenzar mencionábamos que lo sucede en las redes sociales, en el mundo virtual, tiene consecuencias en el orden de “lo real”, y en la imposibilidad de establecer tal distinción. Y de ahí la necesidad y la pertinencia de las etnografías digitales. Por si aun quedara alguna duda, piénsese en los casos de difusión de imágenes intimas en contextos de violencia de género. “En menos de 24 horas desde la denuncia, allanan e impiden la difusión de imágenes íntimas no consentidas en un caso de violencia de género” (3/6). En dicho procedimiento se secuestraron justamente “dispositivos informáticos que el hombre tenía en su poder -computadora, cámara de fotos y un celular- por medio de los cuales extorsionaba”.

Decíamos que las redes son prácticas sociales que comunican, distribuyen/contagian y producen prácticas del sentir. Hemos visto distintas publicaciones donde el MPD comunica sus logros vinculados a causas en contexto de violencia de género y como la foto de un agresor puede despertar comentarios violentos que a su vez generan otros. Es interesante un ejemplo que muestra como se continúa una misma clasificación: “Lacras como estas no deberían andar sueltas” e inmediatamente “A estas lacras hay que matarlos”. Se observó además agradecimiento, indignación, miedo, tristeza, ira, pedido de justicia, etc.

Decíamos que la Justicia ya no habla sólo a través de sus fallos, sino también a través de sus redes en las que inclusive da el nombre y apellido de los imputados. Tan es así que comparte fotos de los expedientes y en algún caso hasta convoca a potenciales testigos: “Ataque homofóbico en Palermo: buscan testigos y revisan cámaras” (2/10).

No se mencionó antes pero no se puede dejar de señalar que si bien en líneas generales, lógicamente, no existen fotos de las víctimas y sus lesiones, si existen publicaciones donde se presentan ese tipo de fotos y en ambos casos se trata de hombres víctimas de ataque homofóbicos (17/2, 2/10).

Señalamos la diferencia entre la imagen como “dato visual” y como “experiencia visual”, entre el hombre que en la foto de un arma destaca la supuesta legitimidad de portarla del acusado de violencia de género y la mujer que al ver la misma foto comparte el haber denunciado y el sentir que su agresor está libre porque ella aún está viva. 

Hemos visto como Estado y Sociedad civil a partir de las redes del Ministerio Público Fiscal “encuentran en las sensibilidades un punto nodal de su articulación, tensión y reproducción (Scribano, A. y D´hers V., 2018, p. 12”. Sin embargo no podemos dejar de señalar una vez más que el MPF representa a una parte de la causa judicial, a una parte del Estado, y que hay otra que es representada por el Ministerio Público de la Defensa y que tiene también sus objetivos institucionales. En un contexto donde “los procesos para obtener la verdad se alejan de los procedimientos científicos tradicionales y se mueven hacia lógicas articuladas en torno a la sensibilidad y la emotividad” (Scribano, 2017b, p. 69) no se debe perder de vista que en última instancia es el Juzgado, en un expediente, quien en base a la contienda entre MPF y MPD, resuelve cada uno de los conflictos que hemos visto. Es ahí donde debe definirse quien es culpable.

Podemos preguntarnos entonces si la sola presencia del MPF en el escenario no puede generar ciertas expectativas desmedidas, generar confusiones, e inclusive violencia entre las personas que leen sus publicaciones.

Fotos y videos de la Policía en el momento en que ingresa a barrios marginales a detener a una persona, filmaciones áreas mediante drones, son algunos elementos que de algún modo “espectacularizan” la cuestión, en escenas que parecen sacadas de programas de televisión y que generan al menos la duda de que sean el tipo de publicación que más puedan contribuir a la lucha contra la violencia de género.   

 

Bibliografía:

De Sena, A. y Lisdero, P. (2015). “Etnografía Virtual: aportes para su discusión y diseño en Caminos cualitativos. Aportes para la investigación en ciencias sociales” (p. 71-100), Buenos Aires: CICCUS, Imago Mundi.

Scribano, A. (2013) “Sociología de los cuerpos/emociones” en: Revista Latinoamericana de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad. N° 10, pp. 93‐113.

Scribano, A. (2015). “Comienzo del Siglo XXI y Ciencias Sociales: Un rompecabezas posible”. Polis [En línea], 41 | 2015, Publicado el 20 septiembre 2015. URL: http://journals.openedition.org/polis/11005

Scribano, A. (2017a). Instaimagen: mirar tocando para sentir. Dossier: “Las razones y las Emociones de las imágenes”. Revista Brasileira de Sociología da Emoçao, v. 16, n. 47, p.46-55, ago. 2017.

Scribano, A. (2017b). “Drones: una manera de ver”. BCSR, vol. 7, n.º 2, pp. 65-77, jul. 2017.

Scribano, A. (2020). “La guerra de las curvas: pandemia, sensibilidades y estructuración social”, Universidade Federal do Espírito Santo, Simbiótica, vol. 7, n. 1, jun. 2020.

Scribano, A. y De Sena A. (2019). “Los programas sociales como mecanismos de “represión desapercibida” en Argentina (2007-2019). Un análisis desde las políticas de las sensibilidades” (p. 27-45), Polis, vol.18, n. 53, Santiago, ago. 2019.

Scribano, A. y D´hers, V. (2018). Presentación. Dossier: “Las sensibilidades sociales hoy. Sociología de los cuerpos/emociones en el sur global” (p. 11-15). Revista Controversias y concurrencias latinoamericanas, vol. 10, 2018.

Scribano, A. y Lisdero, P. (2018). “Experiencia visual e Investigación Social: hacia una crítica de la economía política” (p. 165-181). Religación. Revista de Ciencias Sociales y Humanidades, Quito, vol. 3, n. 9, mar. 2018. 

Varis, P. (2014). “Digital ethnography”, Tilburg University, Tilburg Papers in Culture Studies; n. 104.

 

Palabras clave:

redes sociales - políticas de las sensibilidades - violencia de género - pandemia - delito

Descripción de la Publicación académica:

El libro electrónico colectivo, arbitrado y colaborativo, es producto del trabajo innovador de dos cuerpos académicos de la Universidad Intercultural del Estado de Puebla y de la Benemérita Universidad Autónoma de Puebla. En esta obra se registra, estudia y analiza la primera ola pandémica de la Covid 19, sus afectaciones en la población de uno de los siete pueblos indígenas del sur de Puebla: la cultura ngigua o popoloca. A pesar de la relevancia histórica, la cultura ngigua fue olvidada por las políticas indigenistas y educativas, fue hasta el año 2019 que se propuso una Universidad con enfoque Intercultural y la pandemia obligó al trabajo virtual a pocos meses de su fundación, en una comunidad con problemas de acceso a las TIC’s y con alto rezago educativo. El libro está dividido en tres partes, contiene nueve capítulos en los que participan investigadores, profesores y miembros de la comunidad ngigua, por lo que representa un proyecto editorial de fuerte impacto para la educación intercultural y para la comunidad ngigua. La primera parte del libro trata sobre la posición histórica, etnográfica y educativa; la segunda presenta problemáticas relacionadas a discursos producidos en la región del valle de Tehuacán y la migración. La tercera parte muestra la voz de la cultura ngigua, con un análisis sobre el resguardo de la memoria colectiva en los archivos. El libro es el primer producto editorial de la unidad sur de la UIEP y ha sido presentado para la comunidad ngigua. 

Resumen de la Ponencia:

O trabalho tem como objetivo construir um diálogo entre duas correntes do pensamento crítico latino-americano: o marxismo e a decolonialidade. A complementaridade existente entre essas duas teorias se dará a partir do uso da interseccionalidade enquanto ferramenta analítica: a necessidade de se desenvolver uma teoria revolucionária latino-americana que compreenda as categorias de classe, raça e gênero na América Latina permitirá esse movimento de aproximação entre marxismo e decolonialidade. Esta pesquisa irá abordar a análise marxista a partir da sua compreensão da realidade periférica da América Latina como uma região de capitalismo dependente, a partir de uma análise materialista histórica e dialética proveniente da Teoria Marxista da Dependência, com foco no conceito de superexploração do trabalho. O pensamento decolonial promoverá o entendimento acerca da heterogeneidade estrutural do poder na região latino-americana, a partir do conceito de colonialidade do poder de Aníbal Quijano. Uma vez explicitadas suas contribuições teóricas, identificaremos que um diálogo entre ambas teorias já pode ser visto a partir dos estudos interseccionais de Lélia Gonzalez que, juntando a teoria com a prática, conseguiu desenvolver um pensamento crítico e emancipatório que abarcou a realidade múltipla e interseccional que o sujeito latino-americano experiencia.

Resumen de la Ponencia:

Se pretende presentar algunos datos obtenidos en el trabajo de campo, con la finalidad de explorar las vivencias que las mujeres trans experimentan al practicar deporte y analizar las tensiones que se configuran tanto al interior como al exterior del mundo LGBT+. A lo largo de la ponencia se abordarán distintas formas en las que se expresa y materializa la discriminación de género dentro del campo deportivo, con el firme interés de exponer la forma en la que las prácticas deportivas y cotidianas de las mujeres se conectan con categorías más amplias como el sistema normativo de género, la percepción sociobiológica de los cuerpos y cuestiones de clase y capital que se cruzan a la hora de estructurar las aperturas y reconocimientos a la diversidad sexo-genérica.

Resumen de la Ponencia:

La vida cotidiana de las últimas décadas ha estado envuelta dentro de una revolución digital, un mundo electrónico y la generación de interacción por medio de canales de comunicación diseñados por medio del internet. Este trabajo describe y analiza qué tipo de procesos están ocurriendo dentro de los espacios digitales llamados InCel que están abiertas a usuarios mexicanos jóvenes en tres redes sociales (Twitter, Facebook e Instagram).Dicho trabajo se engloba desde una ruta reflexiva en torno a los estudios de masculinidades, violencia de género y formas tecnológicas de vida. Las cuales buscan, desde una perspectiva fenomenológica, conocer qué sucede en los espacios digitales dedicados a descargar una serie de violencias en contra de las mujeres. Un fenómeno que llegó a México prácticamente desde la expansión masiva del internet en el país pero que hoy en día se consolida dentro de los grupos consolidados en donde observamos una participación juvenil importante.Ahora bien, adentrarse a un espacio nacido y reproducido para la expresión de ataques en razón de género nos puede mostrar gran parte de las formas actuales de violencia machista, consecuencias del patriarcado y expresiones de la masculinidad hegemónica. El fenómeno de violencia contra las mujeres en espacios digitales por razones de una frustración sexual o un empoderamiento femenino que no entra en la lógica de la construcción de masculinidad, se observa en comentarios de Facebook, en retwitts de insultos explícitos, en ofrecimiento de ayuda para descalificar o atacar a una mujer de manera abierta en un foro, entre muchas otras expresiones. Lo descrito anteriormente entra en la expresión genuina de lo que Connell (1997) llama masculinidad hegemónica. Con ello, colocamos un estudio del InCel dentro de los planteamiento de Connell, pues entender desde dónde nace la frustración, la desidia por entender el mundo de hoy, las expresiones de violencia explícita sin miedo a una censura. Junto con ello, es comprender desde donde los jóvenes mexicanos que interactúan bajo sus esquemas de sociabilidad digital están inmersos en lógicas de violencia de género. Es entender hacia qué mujeres son los ataques de un varón joven que ha expandido su mundo por medio de la pantalla y reconstruye discursos de odio en el mundo digital. Por último, debemos de estudiar cómo y hacía dónde se maneja la censura de estos espacios, cómo intervenir directamente en parar esos espacios. Cómo reducir la propagación de nuevos usuarios, nuevos foros y, por supuestos, escenarios catastróficos como se han vivido en otros países al punto de cometer asesinatos en nombre de estos espacios.

Resumen de la Ponencia:

Los primeros pobladores de América, en su carácter de nómadas, la fuente de  alimentación, la obtenían de la caza, pesca, recolección de frutos, hierbas y granos. A través del tiempo y sus experiencias, empezaron a obtener otros conocimientos, transformando su hábitat, dando lugar a la invención de la AGRICULTURA. En ese tiempo, en lo que hoy conocemos como MESOAMERICA, paulatinamente se inventó la MILPA y posteriormente la CHINAMPA, en el lago de Texcoco.   ¿PERO QUE ES LA MILPA? Al principio empezaron a cultivar y domesticar, la calabaza, frijol, maíz, para después incorporar en estas parcelas, chile, tomates, quelites, según la región y todo esto lo adoptaron para su alimentación, inventando utensilios para su cocina, con sus respectivos procesos de cocción y la NIXTAMALIZACION. Esto hasta la llegada de la invasión Europea, que trajeron su alimentación, surgiendo un MESTIZAJE CULINARIO. En el segundo tercio del siglo XX, llego una invasión alimenticia, LA ALIMENTACION CHATARRA que se caracteriza por no contar con un estudio previo de IMPACTO SOCIAL, o si lo tiene, la política gubernamental de ese tiempo, se volvió cómplice del daño sistemático de esta alimentación ultra procesada, rica en harinas, azúcares, grasas, que trajo como consecuencia, problemas sociales, económicos, ecológicos y sobre todo en la salud, ya que la población sufre de sobrepeso, obesidad, diabetes, hipertensión, problemas oncológicos; pero además incongruentemente  DESNUTRICION. ALTERNATIVAS A LA AGRICULTURA INDUSTRIALIZADA. LA MILPA, AGRICULTURA SUSTENTABLELa MILPA es la base de la cocina tradicional mexicana, y no solo representa el esquema de una agricultura y una alimentación que tenemos que preservar, defender, difundir, sino que tenemos que INNOVAR porque es todo un modelo de alimentación y nutrición, completo, equilibrado, perfectible y que con la participación de los diferentes actores como productores, campesinos, ambientalistas, políticas y programas adecuados, ciencia aplicada responsablemente en favor del medio ambiente y de la salud social , así como consumidores más conscientes, para lograr un consumo y comercio accesible y justo . Con los estudios recientes de los elementos de la milpa,  han descubierto las bondades NUTRICIONALES y encontraron todas las vitaminas, minerales, proteínas, fibras, ácidos grasos esenciales, antioxidantes, prebióticos , anticancerígenos; dicho de otra manera, elementos con efectos medicinales y NUTRACEUTICOS, dando pauta para combatir de manera frontal al sobrepeso, obesidad, diabetes, ciertos cáncer en etapa primaria; recomendando la actividad física. Prueba de ello, los nutriólogos, comparten  dietas precisas  conforme a la carencia de un nutriente  o a los excesos por ingesta de alimentación chatarra. Sumando a esta iniciativa, proyectos de huertos urbanos, azoteas verdes, manejos de residuos, en fin más información y concientización hacia la comunidad, paulatinamente nos ofrecerá, LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA, transformando en una civilización más sustentable para el bienestar presente y de las generaciones futuras. Pascual Gasca 

Resumen de la Ponencia:

En octubre de 2019, estudiantes de distintas universidades públicas costarricenses protagonizaron un movimiento contra las intenciones del gobierno de recortar y “redireccionar” el presupuesto universitario estatal. Meses antes, el gobierno había promulgado una reforma fiscal regresiva que, entre otras medidas, pretendía someter a las universidades públicas a la denominada “regla fiscal”, la cual era contraria al mandato Constitucional relativo al financiamiento y a la autonomía de la educación superior. El movimiento, que se prolongó varias semanas e incluyó múltiples acciones, realizó la ocupación ("toma") de distintas instalaciones universitarias y llevó adelante una intervención gráfica masiva en algunos edificios, plasmando espontáneamente una serie de imágenes y textos que demandaban el respeto al presupuesto y la autonomía, pero también incorporaban una amplia variedad de temáticas que trascendían esa problemática y preocupaban a los y las estudiantes universitarios movilizados.  La ponencia que se propone tiene como fin presentar una aproximación a las particularidades de esta movilización universitaria mediante el análisis de contenido la gráfica de protesta estampada por los y las estudiantes en los muros, pilares, ventanas y otros espacios de los edificios universitarios.  Para ello, se utilizará la información contenida en una base de datos con más de cinco mil registros, producida por el proyecto Gráfica de protesta. Memoria visual del movimiento estudiantil universitario costarricense (2019), coordinado por el autor de esta ponencia y realizado en la Escuela de Sociología de la Universidad de Costa Rica.

Resumen de la Ponencia:

Son escasos en América Latina y en Chile los estudios sociales que aborden la depresión masculina desde sus aspectos cualitativos y narrativos, y menores aun en hombres gay. En Chile uno de cada diez hombres puede presentar síntomas de depresión cada año (COES, 2018; MINSAL, 2018). La literatura señala que a los hombres en general les cuesta identificar cuando están pasando por un proceso depresivo, son resistentes a pedir ayuda y que en la depresión se ponen en contradicción algunos valores de la masculinidad hegemónica como mostrarse fuerte e invulnerable (Krumm et al, 2017; Mahalik & Dagirmanjian, 2019; Seidler et al., 2018; Whittle et al., 2015). Asimismo diversos estudios señalan que existen altas barreras para la atención en salud mental de los hombres (Farrimond, 2011; Mahalik y Dagirmanjian, 2019; Patrick y Robertson, 2016; Seidler et al., 2018). En el caso de los procesos depresivos en hombres gay aspectos relacionados con el estigma social, estigma internalizado, victimización y orientación sexual pueden incidir en su trayectoria de salud mental y de búsqueda de ayuda (Tomicic et al., 2020; Tomicic et al, 2016)Se presentan hallazgos de una investigación cualitativa sobre depresión en hombres gay chilenos con énfasis en las singularidades relacionadas con las contradicciones y tensiones en la masculinidad y aspectos como el estigma y experiencias de victimización. Se busca entender como estas singularidades influyen en la trayectoria de la depresión y de la búsqueda de ayuda.La investigación se enmarca en los estudios críticos de masculinidades y se realizó con un diseño cualitativo basado en el método biográfico (Bertaux, 2005; Cornejo, 2006; Cornejo, Mendoza, & Rojas, 2008; Piña, 1988; Sanz, 2005). El relato de vida (life story) es una narración biográfica acerca de un episodio, etapa o proceso tal como es contado por su protagonista (Bertaux, 2005; Sanz, 2005). Con esta metodología de relato de vida (Bertaux, 2005) se exploraron los procesos depresivos en sus biografías y sus trayectorias de búsqueda de ayuda. Se realizaron 4 entrevistas  a hombres gay chilenos que habían pasado por un proceso depresivo. Esta corresponde a una submuestra de un estudio sobre depresión masculina con 16 casos.Los resultados muestran que los hombres gay narran la depresión y su malestar a partir de una crisis o drama principal – como frustración, inseguridad o quiebre- y según aspectos en tensión con los valores de la masculinidad hegemónica y heteronormada. Dimensiones tales como el estigma social, estigma internalizado, y experiencias de victimización influyeron en el curso de su depresión así como en la búsqueda de ayuda. Considerar estos aspectos biográfico narrativos involucrados en la depresión en hombres gay es un aporte para la investigación y la clínica de la salud mental de los hombres de la diversidad sexual.

Resumen de la Ponencia:

La presente aportación forma parte de la investigación posdoctoral del autor en el marco del proyecto FONDECYT N° 3220252 “ Análisis de la violencia estructural y cultural que experimentan las mujeres, niñas, niños y adolescentes no acompañados de la comunidad migrante andina en el tránsito por Chile, a partir de un enfoque interserccional”.El conflicto migratorio relativo a la violencia estructural que experimenta la población migrante andina y venezolana tanto en sus países de origen como en su tránsito por Chile ha provocado una interrogante sobre la protección de los derechos de la población sujeta de estudio, especialmente de quienes se encuentran en situación irregular. Aquello ha generado una violencia cultural, aumentando la exclusión social, estigmatización, y por consiguiente la vulnerabilidad social, conforme observamos acciones violentas, xenófobas, racistas y discriminatorias a partir de un racismo institucional y social, configurando la condición del estatus precario de las y los sujetos migrantes en el país.Estas prácticas cotidianas obedecen a una realidad dada debido a las dinámicas de los Estados en establecer lo nacional y lo foráneo, donde se preestablecen configuraciones étnicas y sociales a los y las sujetas por un orden social previamente establecido “la inmigración es un fenómeno que tiene constancia en el tiempo, que experimenta pequeños cambios producto de la objetivación de decisiones de los Estados que reflejan sus propias estructuras hechas cuerpo, dado que se trata de estructuras “nacionales” –del país de origen y de llegada− que predeterminan y organizan la representación del mundo” (Tijoux, 2019, p.35)La producción y reproducción de la violencia estructural y cultural en el fenómeno migratorio en Chile, representa una interseccionalidad que configura la condición de los y las sujetas migrantes en territorio nacional, aumentando la vulnerabilidad social de este grupo de por si vulnerable, al encarnar a la población migrante como un “otro” con rasgos de una subclase social, económica y cultural, En términos prácticos, supone un desafío en la reestructuración de las políticas migratorias nacionales para superar la condición de exclusión social hacia la integración efectiva. La falta de protección de este grupo vulnerable en la sociedad produce el aumento de las brechas de desigualdad y la consiguiente exclusión de la población “la violencia estructural podría ser entendida como un tipo de violencia presente en la injusticia social, y otras circunstancias que la apoyan, ha permitido hallar las formas sistémicas y ocultas de la violencia presentes y generadas por estructuras, instituciones y culturas -miseria, dependencia, hambruna, desigualdades de género, etc- y, sobre todo, de las interacciones posibles entre una y otras (Muñoz y Jiménez, 2015, p.52-53). 

Descripción de la Publicación académica:

El libro ofrece un acercamiento al “proceso de cambio” iniciado en Bolivia el año 2006, desde una perspectiva usualmente relegada al plano anecdótico: el deporte. Presenta una aproximación al lugar histórico del deporte en las comunidades y movimientos indígenas, con base en el cual se analiza tanto a la trayectoria personal del presidente “indígena” Evo Morales en el campo deportivo, como las políticas deportivas implementadas por su gobierno. Algunas de las preguntas que orientan la indagación son las siguientes: ¿Qué lugar ocupa el deporte en el mundo indígena? ¿Cómo se inserta el deporte en “el proceso de cambio” que implementa el gobierno de Evo Morales? ¿Cuál es el estilo de conducción política de Evo Morales en el campo deportivo? ¿Cuáles son los alcances, logros y limitaciones de las acciones presidenciales y las políticas deportivas de su gobierno?

Resumen de la Ponencia:

En julio de 2020 la Cancillería Nacional de la República Argentina publicó un comunicado oficial en el que informaba que la institución se encontraba desarrollando las tratativas con las autoridades chinas para formar un acuerdo que permita aumentar la producción de carne de cerdo a 9 millones de toneladas por año (más de diez veces la producción actual). Este número fue corregido por la misma Cancillería el 27 de julio a 900 mil toneladas por año. A partir de este evento, tanto en el ámbito mediático como académico, se reavivaron los debates en torno a la relación de la producción y el uso de los recursos naturales, es decir, la discusión respecto a los modelos productivos y sus correspondientes implicancias ambientales. El acuerdo establece que las inversiones de origen chino se destinarán a la instalación de granjas industriales porcinas de producción intensiva. La carne producida será destinada exclusivamente a la exportación hacia China.  Estas características generaron preocupación y rechazo en la opinión pública expresada en las varias protestas sociales que se llevaron adelante durante ese año lideradas por movimientos sociales ecologistas en rechazo al acuerdo. Las denuncias hacia la profundización del modelo extractivista a partir de este acuerdo constituyen una expresión de las disputas actuales en relación a los modelos de desarrollo. Particularmente, expresan ciertas características sobre la relación entre el modelo neo-desarrollista (Neffa, 2013; De Angelis, 2015) al que apuesta el gobierno nacional y los patrones del modelo neo-extrativista (Svampa, 2013) que han sido una constante en las últimas décadas de varios países de la región. De esta forma, en esta investigación se analizan las características socioeconómicas y ambientales del acuerdo porcino entre Argentina y China, poniendo el foco en las relaciones que pueden establecerse con los modelos de desarrollo en disputa. En este trabajo se exponen los resultados preliminares de la investigación realizada en el marco de la beca EVC-CIN 2020 para estudiantes de carreras de grado que tuvo inicio en septiembre del 2021. Por lo tanto, los resultados preliminares expuestos en este trabajo comprenden los resultados de diferentes tareas realizadas en este periodo, tales como elaboración de informes sobre modelos de desarrollo, relevamiento de información obtenida de medios de prensa sobre el acuerdo y entrevistas a profesionales de las áreas involucradas. Con todo, en esta ponencia se busca analizar las características de los modelos de desarrollo a partir de la observación de un caso concreto de producción a gran escala a fin de aportar información al debate sobre desarrollo sostenible.  

Resumen de la Ponencia:

Evaluación de las Ponencias:Los interesados en participar en el Seminario en carácter de expositor deberán enviar un resumen de su ponencia de entre 800 y 1000 palabras.Dicho resumen deberá ser presentado on-line en la web del Seminario, mediante un link que se pondrá a disposición oportunamente.La recepción de resúmenes estará abierta desde martes 15 de marzo hasta el sábado 30 de abril de 2022.Los resúmenes serán evaluados por un Comité Académico quien definirá su aceptación, siguiendo los siguientes criterios.Pertinencia del contenido a los ejes del seminario.Claridad en la descripción y coherencia interna.Producción de conocimiento y originalidad del tema.Metodología adecuada para los objetivos del trabajo.La aceptación de los resúmenes será comunicada en junio de 2022. El dictamen del Comité Académico será inapelable.

Introducción:

 

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Desarrollo:

 

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Conclusiones:

 

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Bibliografía:

 

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Type: Lumbar Support

Sport Type: Fitness

Exercise Type: support

 

 

IOS Ortho. Bite Wings - PK/10

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Bite Wings - PK/10. Immediate bite opening. One to four may be placed on the lingual of upper interiors. A sand-blasted base for maximum retention.