Resumen de la Ponencia:

A proposta a partir desse trabalho é analisar as pautas socioambientais junto a organizações e movimentos sociais com grupos de juventude rural organizados politicamente no Brasil. A questão central proposta é: quais são as lutas e a percepção da juventude rural sobre as pautas e conflitos socioambientais no Brasil, levando em consideração sua identidade geracional e projetos de vida? Assim, o objetivo geral é compreender as inter-relações e como ocorre a construção das pautas nas organizações e movimentos sociais em juventude rural no Brasil e as percepções sobre os conflitos socioambientais que vivenciam em seus espaços e territórios. Para compreender como os (as) jovens se percebem nas mobilizações e conflitos será acionado o aporte teórico a partir de Elias (1999 e 2004) e Bourdieu (1997) e a configuração dessas lutas e pautas socioambientais a partir de Acselrad (2004), Zhouri (2005 e 2018) dentre outros. A metodologia da pesquisa é qualitativa com o método de análise de conteúdo. As fontes primárias foram acessadas a partir da observação em eventos de formação política destes jovens e a realização de entrevistas com roteiro aberto. As fontes secundárias são sites, cartilhas, materiais de divulgação e redes sociais dessas organizações e movimentos sociais. Considera-se que é apropriado enfatizar esse ator social e as suas vivências e a sua relação intrínseca com a dimensão ambiental no Brasil. 

Introducción:

A proposta é analisar as pautas nas organizações e movimentos sociais em juventude rural no Brasil e as percepções sobre os conflitos socioambientais que vivenciam em seus espaços e territórios e as estratégias de resistência elaboradas. Assim, o objetivo geral é compreender as inter-relações e como ocorre a construção das pautas nas organizações e movimentos sociais em juventude rural no Brasil e as suas percepções sobre os conflitos socioambientais e as estratégias de resistência elaboradas em seu cotidiano[1].

Sob essa perspectiva, mediante a questão central de pesquisa e o objetivo geral, especificamente propõe-se: quais são as transformações nas pautas das organizações e movimentos sociais e nos conflitos socioambientais tendo a teorização das configurações de Elias (1999 e 2005) e Bourdieu (1997); a configuração dessas lutas e pautas ambientais a partir de Acselrad (2004), Zhouri (2005 e 2018); discutir quais são as estratégias de resistência (Scott et al, 2002, Scott 2013) como práticas de base agroecológica e segurança alimentar.

A mesma se justifica pela questão social relacionada à diversidade das condições de vida e trabalho dos (as) jovens que vivem no meio rural brasileiro que se configura em diferentes inserções produtivas, formas de acesso a serviços públicos e sociabilidades. Muitos (as) jovens compartilham o desafio de vivenciar a agricultura familiar e camponesa atualmente no Brasil e, a partir dela, tentar viabilizar sua autonomia econômica e sociabilidade nos territórios rurais. Além disso, conforme evidenciado na própria pesquisa realizada, também cabe ser considerado é que muitas organizações e movimentos sociais, para fins de fortalecimento e aumento de sua expressão política, atualmente agem em uma diversidade de campos temáticos (IBARRA et al., 2002). Dessa maneira, por exemplo, observa-se a emergência de temas relacionados ao tema ambiental como a agroecologia, agricultura orgânica, biodinâmica, dentre outros temas e discursos como possíveis mobilizadores e agregadores de novas relações de poder, bem como movimentando recursos de raiz cultural e cognitiva.

Para compreender como os (as) jovens se percebem nas mobilizações, conflitos e jogos políticos e como compreendem os mesmos, será proposto o resgate dos principais períodos históricos na configuração dessas lutas e pautas ambientais nessas organizações e movimentos sociais para compreender como se configuram essas relações de interdependência ao longo do seu processo social (ELIAS, 1994; 2000). 

A partir da ideia de representação política de Bourdieu, pretendo problematizar a ação dos atores nos espaços de formulação e reivindicação sobre as temáticas socioambientais como representantes políticos de suas organizações e movimentos sociais. Desta maneira, os atores nesse campo social empenham, em sua concorrência com os outros, as forças relativas que detêm e, por meio disso, buscam definir sua posição nesse campo político e, em consequência, possíveis estratégias para a luta (BOURDIEU, 1997), seja transformando ou conservando o campo e o objeto em disputa.

Em relação aos conflitos socioambientais, vale destacar a discussão de Acselrad (2004), no qual ele descreveu que dois processos caracterizaram a territorialidade do capitalismo brasileiro. O primeiro é relacionado à concentração crescente do poder de controle dos recursos naturais por poucos atores e a acumulação capitalista efetiva de escalas cada vez mais amplas de produção, de avanços sobre novos espaços sociais para a exploração do trabalho e de especulação fundiária e imobiliária. E, o segundo processo na construção da territorialidade capitalista do Brasil foi à privatização do uso de espaços com recursos naturais de uso comum, mais especificamente do ar e das águas, com a reprodução de um modelo da sociedade capitalista moderna e com a aceleração da intensidade sobre a produção do trabalho no ambiente (ACSELRAD, 2004). 

A metodologia da pesquisa é qualitativa e a pesquisa foi realizada entre o período de fevereiro de 2017 até outubro de 2020 e é uma das partes constituintes do Projeto de financiado pelo Edital Universal CNPQ no ano de 2016 intitulado “Mapeamento das ações da juventude rural sobre as mobilizações e conflitos socioambientais no Brasil” (BARCELLOS, 2020). Nesse artigo também há dados da dissertação de Pádua (2021) a qual orientei, sob a lente da educação ambiental, e que traz dados de pesquisa mais atualizados. Na dimensão empírica, a pesquisa foi realizada com jovens que tem uma atuação política e participaram do IIº Curso Nacional de Formação do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (2018) e no espaço da Escola Família Agrícola EFASul em Canguçu – RS a partir de observação e realização de entrevistas com roteiro aberto. As fontes secundárias foram acessadas por meio de sites, cartilhas, materiais de divulgação e redes sociais dessas organizações e movimentos sociais e os dados foram coletados pelo método de análise do conteúdo. Os movimentos abarcados nesse estudo são o Coletivo Nacional de Jovens da Via Campesina, dentre eles PJR, MST, MAM etc. e também de jovens da CONTAG e FETRAF-Brasil.

Desarrollo:

De acordo com a CPT, no Mapeamento dos Conflitos do Campo em 2021, Brasil foram registradas 1.576 ocorrências de conflitos por terra no ano de 2020, o maior número desde 1985 e 25% superior a 2019 (CPT, 2021). Os principais tipos de violência cometidos em 2020 são “invasão”, “grilagem” e “desmatamento ilegal”. Foram vitimadas por invasão 81.225 famílias, das quais 58.327 são indígenas (72%); 19.489 sofreram grilagem (37% indígenas); e 25.559, desmatamento ilegal (60% indígenas). Segundo a CPT (2021) os conflitos pela água em 2020 também foram demarcados pelos mesmos protagonistas históricos, as mineradoras internacionais, responsáveis por 39% das 350 ocorrências, que envolveram 56.292 famílias, cujas categorias mais afetadas foram ribeirinhos (23% dos eventos), pescadores (21%) e indígenas (16%). Ainda, em CPT (2022) dados parciais apontam que em 2022 já são 14 assassinatos por conflitos no campo (4 no Pará) Estados da Amazônia concentram 28 dos 35 assassinatos de 2021 (80%) Das 35 vítimas, 33 eram homens e 02 eram mulheres Entre as ocorrências de conflitos, duas foram massacres (morreram 3 pessoas ou mais). Ao todo, 100 pessoas foram presas no ano passado, um aumento de 45% em relação a 2020. Dessas, 30, quase um terço do total, foram presas em um conflito em Rondônia. Os estados com maior número de assassinatos: Rondônia, com 11; Maranhão, com 09; Roraima, Tocantins e Rio Grande do Sul, cada um com 03 (CPT. 2022).

Em consonância com estes dados, no Brasil, de acordo com o estudo e a sistematização dos dados realizada pelo Projeto Latentes (2018) existem 4.536 áreas em que assentamentos, quilombolas, reservas indígenas e áreas de proteção são vizinhas ou têm intersecção com áreas ativas de exploração mineral. Ressalta-se, que estes conflitos socioambientais, além de representar novas dinâmicas espaciais locais e regionais se somam a escalada de violências e conflitos agrários no Brasil. 

Ou seja, em um período mais recente a potencialidade dos riscos ambientais e de potenciais conflitos socioambientais motivados pelos empreendimentos de mineração e a suas formas de territorialização se destacam no Brasil. Exemplo disto, é que a Agência Nacional de Mineração (ANM) estima que há um grande potencial geológico brasileiro não explorado e, como pode ser visto pelo Plano Nacional de Mineração 2030, é forte o estímulo à atividade de mineração. Atualmente, estima-se que há cerca de 30 mil empreendimentos de mineração no Brasil.

Nesse processo, observa-se que as monoculturas agrícolas junto com empreendimentos hidrelétricos, projetos de mineração, entre outros, estão ao longo da história progressivamente crescendo no Brasil, acionando discursos de viés evolucionista e baseados na ideia de crescimento econômico neoliberal, para denominar de forma falaciosa as regiões que tem interesse de exploração como “pobres”, “pouco desenvolvidas”, “pouco povoadas”, para subverter o seu interesse apenas em auferir lucros e exportar os elementos da natureza apenas como recursos, não levando em consideração aspectos históricos, culturais, sociais das comunidades e povos, incluso dos jovens que vivem no rural.

As pautas das organizações e movimentos sociais aqui analisadas aparecem na cena pública formuladas com base em ideias relacionadas a transformação social e continuidade da luta, sendo que os (as) jovens se auto identificam como responsáveis pela sua própria organização. A educação aparece relacionada aos processos formativos que essas juventudes vivenciam nos espaços dos movimentos sociais, com ênfase a importância de uma educação do campo. As categorias “rural” e “questões socioambientais” trazem em seu conteúdo diversas categorias sociais, como: conflitos socioambientais, a crise do capitalismo, a defesa dos bens naturais, a busca por um novo modelo produtivo e o enfrentamento ao agronegócio aparecem ligados ao contexto rural e ambiental (FIGURA – 1). Os principais conflitos socioambientais foram relacionados à água, ao agronegócio e à mineração. Outras temáticas ligadas ao rural que emergem é o fortalecimento da relação campo-cidade, o acesso à tecnologia no campo e o debate ligado ao êxodo rural (PÁDUA, 2021).

No que tange as pautas especificamente, observa-se recentemente tanto nos nas organizações e movimentos sociais em juventude rural, como em ONG’s há uma associação em comum à pauta socioambiental com à produção, soberania e a segurança alimentar, bem como a qualidade da alimentação. De acordo com Pádua (2021) diante deste cenário, a produção de alimentos saudáveis foi apontada pelos (as) jovens como uma saída para conseguir renda durante a pandemia da COVID-19, alguns produtores têm recorrido ao delivery de alimentos em substituição às feiras que foram suspensas no início da pandemia, já que a busca por produtos sem agrotóxicos, segundo os relatos, cresceu nas cidades. É o caso de militantes do MST, do MPA, da PJR e do MMC (PÀDUA, 2021). Assim, podemos perceber uma associação entre a questão alimentar e o desmantelando das políticas públicas de segurança alimentar, assistência social e de comercialização direta. 

A insegurança alimentar, agravada nos últimos anos no país, também emerge nas falas e pautas da juventude. Em um documento produzido em 2021 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN) sobre o aumento da fome no país no período da pandemia da COVID-19 a partir de levantamentos realizados por todo o território brasileiro durante dezembro de 2020. O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (VIGISAN, 2021) mostra como ao fim de 2020 55,2% da população brasileira se encontrava em situação de insegurança alimentar e dentre eles 9% conviviam com a fome. Este relatório aponta também que na zona rural esse dado é ainda mais grave, 12% dos domicílios localizados no campo se encontravam em situação de grave insegurança alimentar. Uma associação feita neste relatório é entre a insegurança alimentar e a insegurança hídrica, principalmente nas zonas rurais. Outro fator que influenciou na redução da segurança alimentar dos domicílios da área rural foi a diminuição dos preços dos produtos comercializados por essa parte da população. Os níveis de insegurança alimentar moderada e grave obtidos em 2020 chegaram a valores similares aos encontrados antes no ano de 2004 (VIGISAN, 2021). 

Foi possível encontrar entre nas pautas e manifestações de jovens discursos que sinalizam, apesar das dificuldades apontadas, a vontade de seguir produzindo alimentos. A pauta da alimentação saudável surge associada a um "ato político" no âmbito da produção de base agroecológica e também como algo que pode criar as condições para a permanência no campo associada a pautas como acesso à saúde, à educação, ao lazer, ao esporte. A produção de base agroecológica com suporte de políticas públicas de Estado é apontada como um modelo de vida e uma das pautas em nível nacional para as organizações e os movimentos sociais em juventude rural que participaram da pesquisa em Barcellos (2020) e Pádua (2021).

Ressalta-se, em Pádua (2021) que nos últimos anos de governo Bolsonaro as políticas voltadas ao incentivo das práticas agroecológicas vêm dando lugar a políticas de incentivo ao uso de agrotóxicos. Com a reforma administrativa operada pelo governo Bolsonaro (Lei 13.844, quem tem como origem a MP 870/2019) e o Decreto 9.759/2019, instâncias estruturantes da execução da PNAPO foram extintas: a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo) e a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo). 

Analisa-se que as questões socioambientais se configuram de forma intrínseca à luta pelo acesso aos bens naturais, à defesa do território, à escolha do modelo produtivo nas mapeadas das organizações e movimentos sociais em juventude rural. As mesmas surgem ligadas ao contexto específico de cada um dos (as) jovens, que reivindicam o reconhecimento dos seus direitos sociais e poder viver nos diversos territórios no campo brasileiro (PÁDUA, 2021). Em suas pautas, formulações políticas e experiências cotidianas é perceptível uma combinação da denúncia e do anúncio em suas falas, por exemplo: a lógica do agronegócio e de grandes empreendimentos, que geram danos ambientais e uma exploração intensiva de bens naturais, como uso e contaminação de águas, desmatamentos; contaminação e envenenamento de flora e fauna por agrotóxicos; da distribuição e do acesso desigual da lógica capitalista aos território e dos bens naturais presentes nele; das consequências sociais e ambientais dessas lógicas de produção; da ausência de políticas públicas contextualizadas e apropriadas às populações do campo e aos biomas naturais (PÁDUA, 2021). Junto a isso a pauta da sucessão rural permanece como uma pauta constante, mesmo que nos eventos realizados nos últimos três anos as formulações e pautas estivessem enfaticamente associadas ao aporte e a necessidade de acesso às políticas públicas governamentais.

É diante desse contexto que as organizações e movimentos sociais em juventude rural buscam, a partir das suas mobilizações, experiências e pautas, reafirmar suas lutas e a construção das suas pautas recentes (PÁDUA, 2021). 

Conclusiones:

Considera-se que nem todos esses (as) jovens se dedicam apenas ao trabalho agrícola. Muitos transitam intensamente entre o rural e o urbano, seja para trabalhar, estudar ou encontrar alternativas de vivência, por meio da cultura, esporte e lazer. As trajetórias podem ser diversas e dependem das condições de trabalho e renda no meio rural, dos níveis de escolaridade alcançados e dos contextos etnoculturais e socioambientais que esses jovens estão vivenciando. Em meio a esse processo social de reconhecimento da juventude rural há também a exploração intensiva de diferentes tipos de bens naturais nos territórios por diferentes grupos de indivíduos, o avanço do progresso tecnológico e a geração de conflitos socioambientais derivados dessas relações de disputa por interesses e sentidos sobre estilos de vida no rural brasileiro. Tais conflitos surgem muitas vezes devido a superposição de vivências e percepções diferentes em um mesmo território. Esse processo social ainda é permeado por impasses, principalmente diante do atual contexto sociopolítico em que vivemos, marcado pelo desmantelamento de diversas políticas públicas que atendem aos povos do campo, pelo avanço da insegurança alimentar e pela crise sanitária da Covid-19.

Por meio da coleta de dados secundários nessa pesquisa alguns aspectos e categorias vieram à tona em relação ao cotidiano dos (as) jovens que foram interlocutores (as) na pesquisa. Foi mencionado em depoimentos aspectos como a “necessidade de ter pesquisas e estudos em juventude rural em relação com a questão ambiental no Brasil” e a partir disso a possibilidade de perceber o processo de “entendimento dos (as) jovens buscando em meio a um conflito socioambiental” e como isso remete aos “aspectos psicológicos relativos a ser jovem no Brasil”. Sob essa perspectiva foi afirmado por muitos (as) jovens que tanto “os conflitos socioambientais são um dos aspectos relevantes que influenciam no processo decisório dos (as) jovens ficarem ou sair do campo”, quanto aspectos como educação, saúde, emprego, esporte e lazer. 

Sobretudo, destaca-se que, apesar do contexto com adversidades os (as) jovens reconhecem que o rural pode ser um espaço viável para se viver e isso tem que ser promovido a partir de “ações e atividades em que os (as) jovens sejam protagonistas de suas ações desde as atividades produtivas, até as políticas”. Observa-se que junto às organizações e movimentos sociais está sendo configurada a identidade política da “juventude rural” e os conflitos e experiências sobre a questão socioambiental, como possíveis mobilizadores e agregadores de novas relações de poder e resistência que configuram as pautas, experiências e outras diferentes expressões políticas das juventudes que lutam pelas suas vidas nos diversos territórios do campo brasileiro. Além dos dilemas relacionados aos conflitos, a produção de base agroecológica surge em diversas pautas e discursos analisados como uma alternativa que permita os (as) jovens permanecerem vivendo nos territórios. Desse modo, considera-se que a formulação das pautas, as estratégias políticas e resistência em meio aos conflitos socioambientais estão em constante (re) formulação. 

Bibliografía:

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PÁDUA, Jacqueline de Freitas. Movimentos sociais e as juventudes rurais no Brasil: uma análise a partir da Educação Ambiental Crítica / Jacqueline de Freitas Pádua. Orientador: Dr. Sérgio Botton Barcellos. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande – FURG, Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental, Rio Grande/RS, 2021.136 f. 

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ZHOURI, Andréa (Org.) Mineração, violências e resistências [livro eletrônico]: um campo aberto à produção do conhecimento no Brasil. Marabá, PA: Editorial iGuana; ABA, 2018.

Palabras clave:

Juventude rural; Conflitos socioambientais; Territórios; produção de base agroecológica.

Resumen de la Ponencia:

El presente trabajo se enmarca en el campo de los estudios culturales en discapacidad, así como en el modelo cultural de la discapacidad, todo lo cual permite ampliar la perspectiva analítica para poner en claro las relaciones que se establecen entre los sistemas simbólicos (imaginarios), los procesos de categorización (normalidad, anormalidad, incompletitud, etcétera) y las prácticas discursivas, así como sus consecuencias e implicaciones socioculturales y sociopolíticas para las personas con y sin discapacidad (Ingstad & Whyte, 1995; Davis, 1995, 2006; Garland-Thomson, 2006; McRuer, 2006; Siebers, 2006; Waldschmidt, Berressem & Ingwersen, 2017).Por tanto, la investigación se enfoca en develar, desde un ámbito específico como lo es el discurso parlamentario, cuáles son los imaginarios que se construyen en torno al fenómeno de la discapacidad, los cuales, presuntamente, fijan una línea divisoria entre normalidad/anormalidad, exclusión/ inclusión, capacidad/(dis)capacidad. Resulta relevante ubicar la investigación en Chile debido a que se trata de uno de los primeros países signatarios de la Convención sobre los Derechos de las Persona con Discapacidad que, además, cumplió más de 10 años desde su implementación a partir de la promulgación de la Ley 20.422. De esta manera, la investigación también pretende contribuir a dotar de elementos(conceptuales) que servirán para el necesario balance de los efectos de la Ley. Sumado a lo anterior, de acuerdo con Senadis (2016), el 16,7% de la población chilena vive con alguna condición de discapacidad, esto representa, aproximadamente, 2,8 millones de personas y convierte al país en uno de los de mayor prevalencia del fenómeno en la región latinoamericana. Concretamente, para lograr desarrollar esta propuesta de investigación, se analizó el discurso político de los parlamentarios que participaron en la discusión de los proyectos de  Ley No. 20.422 (2010) que establece las normas sobre igualdad de oportunidades e inclusión social de personas con discapacidad en Chile; Ley No. 21.015 (2017) que incentiva la inclusión de personas con discapacidad al mundo laboral y, finalmente, la Ley 21.091(2018) sobre educación superior;  esto en virtud de que en las discusiones de los proyectos de ley antes mencionados se obtuvo y se configuró un corpus de 123 manifestaciones discursivas, el cual fue estudiado por medio del análisis del discurso a través del modelo teórico-metodológico de Giménez (1989), lo cual permitió identificar la descripción de los imaginarios en torno a la discapacidad como fenómeno sociocultural y sociopolítico a partir de registrar los argumentos y objetos del discurso que se asentaron durante la discusión de las leyes por parte de los diputados y senadores de la República de Chile. 

Resumen de la Ponencia:

Las consecuencias éticas de las plataformas digitales de trabajo: el caso de los repartidores de Ubereats y Didi Eats en la Ciudad de MéxicoLa economía de plataformas digitales de trabajo o economía gig tiene afectan social y emocionalmente a sus usuarios y socios en la ciudad de México. Por ejemplo, las herramientas de inteligencia artificial en las plataformas transgreden los principios éticos de privacidad, transparencia, responsabilidad, e imparcialidad propuestos por Van Dijck et. al; sin embargo, estas plataformas también tienen un impacto positivo en los usuarios, y brindan una oportunidad de empleo significativa para sus socios. Por consiguiente, este trabajo plantea examinar el impacto social y emocional de Ubereats y Didi Eats a través del análisis de sus herramientas de inteligencia artificial. Para ello, se usará el método de análisis de constelaciones junto al objeto de contorno y las herramientas de la teoría de actor red. Dado que estos armamentos teóricos y metodológicos permiten traducir los conceptos y categorías de cada disciplina, y por qué ayudan a explicar el rol de los objetos dentro de la red de relaciones sociales. Con ello, se crea un aparato explicativo más sólido ligado a conceptos que y evidencia mediante un aparato que aclara las relaciones entre los diferentes actores.Hay que resaltar que el método de análisis de constelaciones es una herramienta para examinar la trayectoría de innovación desde su red de actores humanos y no humanos. De acuerdo con Ohlhorst y Schön (2015), la herramienta de análisis de constelaciones “...funciona como un método analítico que se basa en los hallazgos disciplinarios, que agita de manera interdisciplinaria; los hallazgos pueden luego reintegrarse en la teoría existente específica de la disciplina, así como en conceptos técnicos y políticos”. Es decir, el método permite integrar la interpretación de distintas disciplinas. Para el caso de este trabajo, las dimensiones disciplinarias que se usarán serán la perspectiva de la teoría de actor red, la economía y la ciencia de datos. Esto permite las consecuencias éticas de la inteligencia artificial de las plataformas en los socios y usuarios que las emplean desde una perspectiva transversal. Lo cual genera una comprensión holística .Ahora bien, la importancia de este trabajo radica en el nuevo contexto laboral y tecnológico. Dado que desde el año 2020 una pandemia no solamente afectó momentáneamente las dinámicas laborales, sino que sus efectos económicos subyacentes obligaron a muchas personas a usar y laborar dentro de plataformas supuestamente colaborativas de trabajo. Por ello, es importante examinar la relevancia de este proceso y sus implicaciones éticas; en especial, del sector de repartición de alimentos que se ha vuelto una profesión de entrada y de refugio para muchas personas frente a la inflación y el estancamiento económico.   

Resumen de la Ponencia:

Este trabalho é resultado da pesquisa realizada na UFRRJ sobre desaparecimentos forçados nos municípios que compreendem a Baixada Fluminense- RJ. O tema teve contornos mais evidentes na cena pública com a instituição dos regimes militares em muitos países da América Latina, incluindo Brasil, principalmente a partir da denúncia da violência política através dos familiares de vítimas de mortos e desaparecidos. A presente pesquisa se debruçou sobre o período mais recente de nossa história, analisando os últimos 5 anos casos, relatados por familiares, de pessoas desaparecidas e suas correlações com a dinâmica criminal da região. Após a transição democrática, o Rio de Janeiro vivenciou uma ampliação da violência policial contra a população civil, o aumento do comprometimento da polícia com o crime organizado, bem como o crescimento da criminalidade - ordenada em diferentes Facções (do tráfico de drogas) e Milícias (grupos armados com controle territorial que “vendem” segurança). Com esse cenário a prática do desaparecimento forçado ganhou configurações diversas e se tornou parte do repertório da linguagem da violência urbana. Não há hoje legislação vigente no ordenamento jurídico brasileiro que configure o desaparecimento forçado como crime, sendo encontrado apenas como tipo penal no campo do direito internacional, portanto não há uma operação normativa no cotidiano das delegacias brasileiras desta categoria. O termo mais adotado é o de “pessoa desaparecida”. Trata-se, portanto, de um registro administrativo, considerado “provisório” até que o caso possa ser reclassificado no quadro das ocorrências policiais. Nessa pesquisa utilizamos diferentes metodologias qualitativas e quantitativas para compreender e identificar os desaparecimentos forçados na região pesquisada. O que os dados nos mostram até o momento indicam uma complexidade para compreensão do fenômeno dentro da dinâmica criminal dos municípios pesquisados. As tramas envolvem policiais envolvidos com crime nas suas diversas formas; disputas territoriais entre facções que realizam o varejo do tráfico de drogas; e expansão territorial das Milícias que, sobre o argumento de vender mais segurança para população levam terror e controle sobre o território e economia local. Nesse sentido, mães e familiares de pessoas desaparecidas não contam com apoio das polícias (Militar e Civil) para registro e investigação das ocorrências; e precisam, por conta própria, realizar suas investigações e buscas pelo ente desaparecido, percorrendo territórios, entrevistando pessoas e enfrentando o crime. Encontramos mães que buscam seus filhos (há muitos anos e até décadas) e de forma coletiva organizam um movimento de apoio e divulgação dos desaparecimentos, e dessa forma, compartilham sua dor e buscam visibilidade para os desaparecimentos. Finalmente, o que buscamos é identificar os processos sociais, políticos e institucionais sob os quais se processam as informações e investigações sobre o desaparecimento forçado na Baixada Fluminense; e as gramáticas, configurações e tramas que se entrecruzam na dinâmica criminal na região.

Resumen de la Ponencia:

La ponencia forma parte de los estudios de organizaciones políticas regionales. En este caso sobre el proceso de institucionalización de movimiento regional a partido político nacional de Perú Libre, en base a tres ejes principales: campo político, liderazgos y estructuras organizacionales. Se argumenta que la institucionalización nacional actual de Perú Libre se debe a los liderazgos disímiles de Vladimir Cerrón (líder-fundador) y de Pedro Castillo (dirigente sindical, de reciente inscripción y elegido presidente de la república), apoyados en sus estructuras organizacionales iniciales, partidaria, por un lado y sindical por otra. En un campo político polarizado política, ideológica, programática, territorial y electoralmente, con políticas de alianzas con pocos avances y mayores retrocesos, cuyo desenlace parece ser nuevamente de fragmentación, y no de unidad, en la izquierda, tanto en el campo político-programático como en las acciones de gobierno. Así, la complejidad de la institucionalidad nacional de Perú Libre radica en tres elementos: primero, en la coexistencia de dos liderazgos, uno partidario (de antigua militancia) y otro en el gobierno (de reciente militancia); segundo, la fractura organizacional, en por lo menos, dos posturas (el ala dura de militantes y la proveniente del magisterio, en general, en calidad de invitados); y, tercero, la formación, tenencia y distribución inadecuada de los cuadros (técnicos y políticos) en la división del trabajo partidario, tanto en el campo organizacional-político (para acumular fuerzas), como en el gobierno (para mostrar eficacia directiva, así como en la gestión pública y las políticas públicas propiamente).

Resumen de la Ponencia:

En México, retomando la Encuesta Nacional sobre la Dinámica de las Relaciones en los Hogares (ENDIREH) 2016, 66.1% de las mujeres han experimentado violencia (emocional, sexual, física o económica) alguna vez en su vida; mientras que 4 de cada 10 han sido víctimas de violencia sexual, siendo esta de las que mayores afectaciones tiene para ellas en lo reproductivo, mental, conductual y relacional. La presente investigación se propuso analizar si el nivel de escolaridad de las mujeres tiene relación en que estas sean víctimas de violencia sexual en los distintos ámbitos en que se desenvuelven.           La teoría de género y el modelo ecológico de la Organización Mundial de la Salud (OMS) (OMS, 2002) sirven como referentes explicativos para los resultados de esta investigación, puesto que establecen un vínculo entre los ámbitos en que se lleva a cabo la violencia; planteando que existe una conexión entre las experiencias violentas que viven las mujeres en lo público (comunidad, escuela y trabajo) y lo privado (familia y pareja), habiendo una relación de desigualdad definida por construcciones e ideales que se asignan y norman las conductas de las mujeres, dotando características sociales al sexo. Por otra parte, el modelo ecológico establece que el bajo nivel de escolaridad representa para las mujeres un factor de riesgo que las expone de mayor forma a experimentar este tipo de violencia.            Se seleccionó como fuente de datos la ENDIREH 2016 para identificar a las mujeres que han sido víctimas de violencia sexual alguna vez en su vida; recatando cuatro clases (intimidación y/o acoso, hostigamiento, abuso y violación e intento de violación) en los distintos ámbitos en los que suceden. Posteriormente se calcularon las tasas de prevalencia de las mujeres según su nivel de escolaridad para determinar la relación que existe.            En los resultados se aprecia como las tasas de prevalencia de la violencia sexual y el nivel de escolaridad de las mujeres que la experimentan guardan una relación directa; al analizar estas tasas por cada una de las clases se observa la misma relación en la intimidación y/o acoso, hostigamiento y abuso; guardando una relación indirecta en la violación e intento de violación. En los ámbitos la relación directa se observa en lo público; mientras que no hay un claro patrón en lo familiar y una relación inversa en el ámbito de la pareja. Con lo anterior se concluye que el acceso a mayores niveles de escolaridad tiene una relación variada en cuanto a los ámbitos en que padecen la violencia sexual las mujeres; dentro del espacio público aumenta la prevalencia de las mismas, mientras que en los espacios privados tiene un efecto protector.

Resumen de la Ponencia:

Desde el inicio de la pandemia Covid-19 a finales del 2019, el sector turístico global ha tenido importantes impactos, principalmente en el decrecimiento de los flujos de turistas, lo que ha repercutido enormemente sobre las empresas turísticas ocasionando desde quiebras empresariales hasta un aumento desproporcionado del desempleo. Esto a su vez ha causado una gran incertidumbre, especialmente en organizaciones de base local dedicadas a la actividad turística. Costa Rica no ha sido la excepción y ha sufrido un alto impacto en el comportamiento de las llegadas de turistas internacionales, pasando de un índice de visitación, según datos del Instituto Costarricense de Turismo (ICT), de 3.139.008 anuales en el 2019, a  1.011.912  en  el 2020 y a 1.347.055 en el 2021.El objetivo de este artículo es analizar el impacto de la pandemia Covid-19 y las medidas de resiliencia adoptadas por los actores locales vinculados a la actividad turística en el Golfo de Nicoya en Puntarenas en Costa Rica durante el periodo 2020-2021.Para ello se utilizará un diseño de investigación mixto que contemple la utilización de fuentes secundarias: revisión bibliográfica, documentos electrónicos, noticias, entre otros. Además, se tomará como apoyo insumos generados a través de fuentes primarias como: cuestionarios y entrevistas a profundidad dirigidos tanto a actores locales e instituciones vinculados al turismo en la región en estudio.   

Resumen de la Ponencia:

RESUMO: O objetivo do trabalho é estudar o crescimento do número de mulheres no sistema prisional brasileiro, tomando como universo empírico a cidade de Montes Claros no estado de Minas Gerais. Apresenta-se um perfil geral de dois detentos, bem como suas principais motivações para cometer ou cometer um crime que levará à prisão. Foram utilizados dados secundários do presídio feminino de Montes Claros, que foram analisados ​​por meio de estatística descritiva e entrevistas em profundidade com determinadas mulheres. Em geral, os internos já haviam sido presos antes, tinham condições de vida desfavoráveis ​​como atividades econômicas de baixo valor, baixa escolaridade, eram jovens e idosos. O principal crime praticado é o tráfico de drogas, mesmo dentro das atividades desempenhadas por funções secundárias. Palavras-chave: Violência; Mulher; titulares; Montanhas Claras; Brasil.

Descripción de la Publicación académica:

La “dis-capacidad” es un fenómeno multicausal, complejo y multi-situado, representado e interpretado desde distintas corrientes teóricas, que aún constituye un campo de exploración marginal al interior de las Ciencias Humanas y Sociales. Desde nuestra perspectiva consideramos importante aclarar que utilizamos la categoría “dis-capacidad” apelando al método derridiano de la deconstrucción (des-construcción), entendiéndolo como una estrategia político-epistemológica que subvierte criterios filosóficos tradicionales (Derrida, 1986) esto implica una resistencia ante cualquier instancia de totalización. De esta manera, en la actualidad, gracias a las luchas que se entretejen entre el activismo y la academia, los estudios críticos en “dis-capacidad” constituyen un escenario prolífico para la deliberación en torno a las opresiones, las desigualdades y las múltiples realidades asociadas al fenómeno, así como para reflexionar respecto a la acción colectiva, al disfrute, y las nuevas identidades que se configuran en un mundo cada vez más contingente. El presente dossier busca, desde una perspectiva crítica, visibilizar nuestra diversidad cultural y, aunado a ello, la serie de problemáticas que caracterizan a la región, como la desigualdad en la distribución de los ingresos, la carente participación en los ámbitos socio-culturales y socio-políticos en detrimento del ejercicio de la ciudadanía y, por supuesto, los efectos adversos que ha traído consigo la COVID-19. De esta forma, creemos que se hace cada vez más necesario responder a las siempre complejas y cambiantes situaciones que el siglo XXI ha traído consigo, contribuyendo no solo a la ‘producción’ de “dis-capacidad” a través de procesos políticos, económicos y sociales que dan lugar fenómenos como las migraciones forzadas, la guerra, la hambruna o el uso de agrotóxicos; sino también a profundizar la brecha entre quienes tienen “dis-capacidad” y quienes no, siendo un claro ejemplo los efectos adversos que ha acarreado la actual pandemia de la COVID-19. Precisamente, los estudios críticos en “dis-capacidad” representan la oportunidad para emprender un constante cuestionamiento crítico de las instituciones y organizaciones, de las ideas, los imaginarios, las representaciones y los conocimientos (epistémicos, técnicos y éticos), los símbolos y los valores, los significados e interpretaciones, las narraciones, los discursos e historias, las tradiciones, los rituales y las costumbres, los comportamientos sociales, las actitudes y las identidades que configuran la “dis-capacidad” en una región diversa como América Latina. Así, consideramos que a través de los estudios críticos es posible amplificar las voces de las personas con “dis- capacidad” y sus aliados, incluso posibilitando el establecimiento de conexiones con otros colectivos sociales igualmente oprimidos. Sin desconocer los aportes ni la influencia de los estudios en “dis-capacidad” realizados desde el mundo anglosajón, proponemos dar un paso más allá de los ejercicios exegéticos de sus teorías y conocimientos, para convocar a sentipensar la “dis-capacidad” desde nuestra condición latinoamericana. 

Resumen de la Ponencia:

Inscribimos este trabajo en los estudios de la longevidad impulsados en parte por el incremento de la esperanza de vida de las personas de 80 y más años y, en particular, de los centenarios. Por ello, nuestro interés se dirige al estudio de los y las centenarios residentes en Argentina. En efecto, entre los censos de 2001 y de 2010 los centenarios argentinos se duplicaron pasando de 1855 a 3500 respectivamente, de los cuales 2700 eran mujeres lo que subraya el perfil feminizado de esta población. Recuperando los supuestos teóricos del paradigma del curso de vida nos planteamos como objetivo analizar las trayectorias de centenarios/as para evaluar cuáles son los arreglos familiares, la percepción de la salud y las estrategias que emprenden para hacer frente a la vida cotidiana. También analizamos el papel de la emergencia sanitaria impuesta por el Covid-19. Nos focalizamos en tres elementos claves de la perspectiva del curso de vida: trayectorias (familiares, laborales y de salud), transiciones y puntos de inflexión que experimentaron a lo largo de la vida y que estuvieron influenciadas por el contexto histórico. A partir de una metodología cualitativa, de estudio de casos, reconstruimos las biografías utilizando entrevistas en profundidad. La muestra consta actualmente de ocho casos (siete mujeres y un varón) y se ampliará durante 2022. Dada las características de esta población optamos por encuentros presenciales que nos permiten comprender sus vidas de primera mano. Muchas veces en los encuentros están presentes cuidadores, familiares y/o allegados que constituyen una polifonía de voces que, en ocasiones, facilitan, pero también, condicionan la expresión de las personas entrevistadas. Entre los principales resultados destacamos que las personas centenarias han atravesado situaciones límite (enfermedades, pérdidas, crisis) frente a las cuales desarrollaron estrategias para sobreponerse y salir fortalecidas (capacidad de resiliencia). Hemos observado que el pasaje a la centuria funge como un punto de inflexión, vinculado a una suerte de veneración “sagrada” que los ubica en el lugar de semi-dioses. Este “rito” de pasaje eleva el estatus de las personas y determina la percepción que el contexto, sus redes y la sociedad tiene de ellos/as. A su vez, observamos que poseen una positiva percepción de su salud y que cumplen la función de sostén familiar en sus redes primarias. En cuanto a la historia de vida individual, aún cuando su infancia y su presente parecieran ser irreconciliables, muy por el contrario los recuerdos y el pasado se convierten en sostén de la identidad. Así, el pasado se constituye como aquello que da sentido a su vida y a su vejez. Palabras claves: Trayectorias biográficas; Centenarios/as; Curso de vida; Argentina

Resumen de la Ponencia:

La presente ponencia se orienta a explorar la influencia de la geopolítica manifestada por la agenda sanitaria global en las dinámicas, acciones y resultados obtenidos por el sistema de salud peruano frente a la pandemia de COVID-19. Para ello, se realizó una revisión de fuentes secundarias y datos estadísticos, teniendo en cuenta la historicidad de la agenda sanitaria global y los últimos acontecimientos de la pandemia en el país. De acuerdo a lo observado, esta influencia se dio a través de dos procesos: (a) la comprensión de la salud siguiendo el modelo biomédico hegemónico y (b) la mercantilización de la salud y la vida, ambas vinculadas con políticas y agendas promovidas desde gobiernos, empresas y organizaciones del Norte Global.  Con respecto al primer proceso, la pandemia fue abordada desde una perspectiva individualista y biologicista que no tomó en cuenta los contextos sociales de distintos grupos poblacionales. Esto implicó mayor padecimiento para los sectores más vulnerables e históricamente marginados, acentuando las desigualdades sociales ya existentes. Por otro lado, el segundo proceso se relaciona con las bajas regulaciones estatales para el mercado y el poder del mismo, lo cual también acrecentó las brechas socioeconómicas entre quienes pudieron hacer frente a la pandemia y quienes no. En este sentido, este trabajo argumenta que determinados actores de la geopolítica mundial tuvieron y siguen teniendo un impacto directo en el sistema de salud peruano, y, por consiguiente, en las implicancias que tuvo la pandemia para la población peruana.

Resumen de la Ponencia:

Siendo el turismo una nueva actividad productiva en las zonas rurales –y que se ha ido intensificando en los últimos años-, resulta de suma importancia analizar los efectos que este puede generar en las comunidades, las relaciones sociales y su composición. Esta investigación tiene por principal objetivo indagar sobre los cambios que trae la inserción e intensificación del turismo en el mundo rural y la influencia que ejerce sobre las identidades de género de hombres y mujeres. Para dicho fin, se realiza un estudio de caso con metodología cualitativa en las comunidades de Amaru y Quello Quello de la región Cusco (Perú) y se descubre que las dinámicas vinculadas al turismo rural han influido en las funciones socialmente asignadas de hombres y mujeres en el ámbito familiar y el comunitario. En lo familiar, el turismo influye a través de la monetarización del trabajo doméstico, lo que origina el ingreso de las mujeres al mercado laboral remunerado asociado a un rol más productivo y una creciente participación de los varones en el rol reproductivo y el trabajo en el hogar. Con respecto a lo comunitario, las modificaciones en los roles se dan a partir de la participación de las mujeres en asociaciones turísticas y su vinculación con los socialmente valorados espacios urbanos. Estas modificaciones en los discursos y prácticas generan diversos cambios en la autopercepción de hombres y mujeres y en sus relaciones, lo cual influye en como constituyen sus masculinidades y feminidades. En este sentido, se busca analizar la magnitud del impacto del turismo en dicho aspecto y las posibilidades que abre en torno a la igualdad de género.

Resumen de la Ponencia:

El análisis cualitativo comparado (QCA), propuesto por Ragin (2008), se define en función de cuatro características. Primero, es un método basado en la teoría de conjuntos porque los datos que utiliza corresponden a las puntuaciones de pertenencia de los casos en los conjuntos que, a su vez, representan conceptos o categorías de la realidad social que se estudia. Segundo, el QCA es un método comparativo para muestras medianas (de 20 a 50 casos), que combina dos objetivos: tener una visión profunda de los casos y producir un cierto nivel de generalización de las explicaciones que obtiene (Rihoux y Lobe 2009: 223). Tercero, el QCA es un enfoque o diseño de investigación, porque marca la organización general del proceso, en particular: la formulación de la pregunta de investigación, la identificación del resultado a explicar (variable dependientemente); la selección de casos; y la definición de condiciones (variables independientes) (Rihoux, 2017: 54). Finalmente, QCA es una técnica de investigación que involucra una serie de pasos analíticos como: la construcción de tablas de verdad, la minimización lógica y el cálculo de los parámetros de consistencia y cobertura (Rihoux y Lobe 2009).Para operar el conjunto de pasos técnicos del análisis cualitativo comparado de conjuntos difusos o fsQCA, se requiere una matriz de datos numéricos, que serán calibrados. En la calibración se usa la información empírica de los casos y se les asigna valores de pertenencia o "grados de relevancia" en los conjuntos (Schneider y Wagemann, 2012: 32). Operacionalmente, "calibrar es transformar una variable de intervalo o razón, sin límites aparentes, en una variable que oscila entre [0,1]”. (Medina, 2017, p. 120). Entonces, nos preguntamos cómo integrar los datos que no son numéricos (Love and Corr, 2021), cómo transformarlos (Anguera et.al, 2016), o cómo cuantificarlos (Hannah and Lautsch, 2011) para aplicar el fsQCA, en la investigación.En respuesta, la ponencia presenta tres ejemplos de transformación de información cualitativa en cuantitativa. Su base empírica, una investigación comparada sobre los cambios en las estructuras de la Función ejecutiva en Ecuador, durante la presidencia de Rafael Correa. El primer ejemplo, utilizamos simplemente el conteo, en el segundo realizamos un análisis de contenido para medir la frecuencia de palabras clave y en el tercero, medimos las matrices textuales resultantes del análisis temático con escalas de Likert. En los ejemplos, resaltamos el proceso de definición y principalmente de operacionalización de los conceptos; que si bien se realiza antes de la recopilación de la información (momento deductivo), se fortalece con los primeros análisis (momento inductivo). Consideramos que la ponencia, desde la administración pública, contribuye al debate en dos líneas del Grupo de trabajo: en la comparación (10) y en las relaciones entre paradigmas y el aporte de los métodos mixtos (6). 

Resumen de la Ponencia:

Resumo: O texto aqui apresentado é um recorte do projeto de pós-doutorado intitulado REDES FEMINISTAS NA AMÉRICA LATINA: MOVIMENTO, TERNURA, CONFLITOS E RESISTÊNCIAS que está sendo realizado na Universidad Autónoma Metropolitana-UAM/CDMX e tem como objetivo principal conhecer e visibilizar as redes feministas na América Latina, sobretudo no Brasil e no México, criadas para enfrentar o patriarcado que tem sido enrijecido com o avanço da extrema-direita, principalmente entre 2016 a 2021. Os últimos anos têm sido realmente difíceis para o movimento de mulheres. Em 2016, no Brasil, a presidenta democraticamente eleita, Dilma Rousseff, sofreu um golpe e foi retirada do poder. No ano seguinte, em 2017, o candidato republicano Donald Trump é eleito presidente dos E.U.A e, em 2018, ganha a eleição presidencial no Brasil o candidato de extrema-direita (declaradamente, racista, homofóbico e misógino) Jair Messias Bolsonaro. Com esse cenário, as lutas feministas não recuaram, mas se intensificaram  buscando nossas redes de resistência. Para tanto as mulheres Latino-americana tem criado redes para o enfrentamento da atual conjuntura. Essa questão será analisada através do referencial teórico feminista sistematizado e escrito pelas mãos das mulheres latino-americanas. Esta pesquisa terá como base metodológica, análise de documentos e levantamento bibliográfico do que vem sendo produzido sobre o tema e entrevistas. Para isso,  baseamo-nos nos princípios da pesquisa participante e da metodologia feminista.  Ao propor apresentar essas questões no ALAS 2022, pensamos que a partir das discussões realizadas nesse congresso podemos ampliar o debate, bem como encontrar novas redes de sororidade e dororidade feminista.  Palavras- chave: Feminismo, América-Latina, Rede de mulheres.

Resumen de la Ponencia:

El arribo del COVID-19 en el mundo contemporáneo ha favorecido la implementación de medidas excepcionales, las cuales, a pesar de ser violatorias de derechos humanos, se han convertido en la regla que rige gran parte del orbe. La paradójica institucionalización de la anomia en el derecho se ha materializado en aquellas normas y decisiones políticas, administrativas o judiciales que, buscando salvaguardar la vida humana, terminan por menoscabarla o destruirla. La exacerbación de prácticas necropolíticas, orientadas hacia un hacer morir y dejar morir, ha propiciado, por una parte, la indistinción entre un estado constitucional y un estado de excepción y, por otro lado, ha generado la transmutación de democracias en necrocracias, tornando indistinguibles las metrópolis de las necrópolis. En este sentido, la relación entre el poder soberano y la vida humana en el mundo contemporáneo se ha erigido sobre el menoscabo o vulneración de los derechos humanos, los cuales, en el marco del actual desarrollo neuro-tecnológico, requieren ampliarse para garantizar la protección tanto de las personas como de la mente de las personas. Es decir, con el arribo de las neurociencias han emergido proyectos de índole militar que pretenden ampliar el uso de la neuro-tecnología para buscar instaurar una inédita modalidad de guerra, la cual es definida como guerra cognitiva. Por lo que, a las guerras por tierra, por mar, por aire, en el espacio y en el ciberespacio, habrá que considerar una modalidad de guerra en el campo cognitivo, la cual pretende menoscabar o vulnerar el binomio mente-cerebro. Por último, esta propuesta es resultado de una investigación documental, fundamentada en la teoría del estado de excepción de Giorgio Agamben, así como en los términos estado de excepción, necrocracia, necropolítica y guerra cognitiva.  

Resumen de la Ponencia:

Este proyecto fue llevado a cabo en la Universidad de Costa Rica (sede de Guanacaste) por la unidad académica de salud ambiental, con el apoyo de la Vicerrectoría de Acción Social (VAS) y su dependencia la sección de extensión cultural, a partir del año 2021. La calidad de vida de los habitantes de la región es amenazada por la variabilidad climática, el acceso y la calidad del agua y por conflictos ambientales asociados a este recurso. Aproximadamente 60.423 habitantes de las provincias costeras no disponen de agua potable. Por si fuera poco, se ha evidenciado limitaciones técnicas de las ASADAS, una cuarta parte no aplica ningún método de cloración y el 34% no efectúa análisis de la calidad en laboratorios. Del 66% que sí los llevan a cabo, un 20% no cumple con los parámetros reglamentados (Informe del Estado de la Nación en desarrollo humano sostenible, 2019). Algunas universidades estatales han intervenido el fenómeno a partir de la articulación entre investigación y acción social, sin embargo, en ocasiones se emprende sólo desde la visión del investigador, este proyecto buscó involucrar y apropiar a la comunidad en aras de abordar sus historias de vida. Por ello, el objetivo: Documentar relatos sobre conflictos socioambientales del agua en la provincia de Guanacaste, a través de 5 productos audiovisuales que promuevan el reconocimiento de los impactos a la salud ambiental y la integración social como un mecanismo para la gestión comunitaria del agua.  Dicha pretensión fue operacionalizada con una metodología mixta reflejada en siete etapas/técnicas: Método Delphi, análisis bibliográfico, mapeo de actores, entrevistas a los actores locales, entre otros. Cabe destacar que se tuvieron que adaptar al contexto de las restricciones gubernamentales de Costa Rica ante el Covid-19 y los lineamientos de la VAS, curiosamente asociado como recurso de primera necesidad. Se proyecta interpretar teóricamente los resultados con base en la guía para aplicación de la Gestión Integrada del Recurso Hídrico a nivel municipal (Global Water Partnership Centroamérica, 2013),  la cual sustenta una pluralidad de dimensiones interrelacionadas en función del contexto histórico centroamericano, gobernabilidad local del agua dulce (marco político y jurídico regional), salud medioambiental, economía/producción, cultura y sociedad, punto transversal donde coexisten las deficiencias; problematizadas mediante la articulación teórica de Overtourism, Conflictos Ecológico-Distributivos, Desarrollo Inclusivo (Cañada, 2019), Sustentabilidad (Blanco, 2018) Economía-Mundo (Ramírez, 2007-2008), Igualdad y Equidad de género (Siles, Soares y Alemán, 2003). Así pues, se elaboraron insumos para fomentar culturalmente el uso adecuado y responsable del agua, así como reconocimiento comunal de sus capacidades ante la lucha por sus derechos constitucionales, la política nacional de derechos culturales (2013-2024) reconoce a la cultura como un catalizador de la cohesión social y como una figura preponderante en el desarrollo comunitario.

Resumen de la Ponencia:

A chegada de empreendimentos do setor automotivo, alinhados à reestruturação produtiva do capital, potencialmente desencadeia dinâmicas de vulnerabilização a determinados grupos sociais, a exemplo da instalação do complexo automotivo da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) no entorno da reserva extrativista na cidade de Goiana, Pernambuco, Brasil, expressão de um modelo de desenvolvimento econômico, tardio e periférico, que vem ocasionando modificações no território. A Resex de Goiana envolve quatro comunidades tradicionais, Baldo do Rio, Tejucupapo, Carne de Vaca e São Lourenço (quilombola), compostas expressivamente por mulheres das águas, pescadoras e marisqueiras, que vêm resistindo ao perceber as contradições de tal processo. O objetivo deste trabalho é compreender o processo de vulnerabilização em saúde ambiental no contexto local, a partir da percepção de comunitárias da Resex, desencadeado pela chegada do empreendimento global da FCA. Para tal, foram utilizadas as categorias de análise da reprodução social propostas por Samaja, a fim de localizar as dimensões das vulnerabilidades nas narrativas das trabalhadoras extrativistas. Apreendemos que o tripé Capital, alavancado pela FCA; o Estado, promotor de políticas de isenções e investimentos em prol desta; e o Trabalho, por meio do qual viabiliza aquela; é fundante para as vulnerabilizações do Bem Viver, afetando a saúde, a natureza, a cultura e as relações socioeconômicas mediadas pelo trabalho.Palavras-chave: comunidades; capital industrial; bem-viver.

Resumen de la Ponencia:

El objetivo del estudio, que se presenta en esta ponencia, es identificar las narrativas de la Ecología Política que emergen en el conflicto socio-territorial por el desarrollo de energía eólica en la Comuna de Renaico, sur de Chile, en el contexto nacional de la transición hacia la sostenibilidad energética impulsada por la Política Energética “E2050”. Para dar cuenta del objetivo, se emplearon las cinco narrativas dominantes en la Ecología Política propuestas por Paul Robbins (2012), escasamente trabajada en contextos de América Latina. El aporte del estudio realizado es de doble consideración, por una parte, contribuye a comprender los factores contextuales que influyen en las resistencias sociales a las infraestructuras eólicas, y por otra, entrega antecedentes empíricos sobre las dificultades de los procesos de transición energética en el Sur Global. 

Resumen de la Ponencia:

El estudio sobre la universidad ha tomado importancia durante los últimos 50 o 60 años en El Salvador y la región. Desde el Cordobazo en 1918, las discusiones sobre la educación pública surgieron en distintos momentos del siglo XX, particularmente los cambios en la democratización, acceso de más estudiantes, entre otros, le puso un rumbo distinto al desarrollo del hombre y la mujer, es decir, la formación académica sufrió un cambio sustancial.Asimismo, la universidad ha pasado por distintas reformas en su historia, las primeras en fundarse se ocuparon de la docencia. En el siglo XIX y XX da un salto de calidad hacia la investigación y los últimos modelos aparecidos en el XX muestran un viraje a la formación de profesionales. En tal sentido, López (2015), expresa que la educación superior sufrió muchas críticas al volverse un modelo estático, transitando por distintas etapas que la volvieron una institución mercantilista, con muy poca investigación.El objetivo del presente artículo es examinar los principales aportes de la reforma universitaria a la educación superior en El Salvador en 1963, desde la historia social e institucional de la educación. 

Introducción:

El estudio sobre la universidad ha tomado importancia durante los últimos 50 o 60 años en el país y la región. Desde el Cordobazo en 1918, las discusiones sobre la educación pública surgieron en distintos momentos del siglo XX. El rol jugado desde el siglo XII le puso un rumbo distinto al desarrollo del hombre y la mujer, es decir, la formación académica ocupaba un nuevo espacio en el animal racional. 

El papel de las instituciones y de los intelectuales que surgieron en la edad media, fue generando la necesidad de expandir la educación, vinculada a la mejora de las condiciones de las sociedades en que se fundaban. Le Goff (1996) sostenía que el maestro era el que transmitía su pensamiento a los estudiantes en las escuelas y posteriormente en las universidades. 

Asimismo, la universidad ha pasado por distintas reformas en su historia, las primeras en fundarse se ocuparon de la docencia. En el siglo XIX y XX da un salto de calidad hacia la investigación y los últimos modelos aparecidos en el XX muestran un viraje a la formación de profesionales. En tal sentido, López (2015) expresa que la educación superior sufrió muchas críticas al volverse un modelo estático, transitando por distintas etapas que la volvieron una institución mercantilista, sin ningún tipo de investigación en su interior.

Por ello, el objetivo del presente artículo es exponer los principales aportes de la reforma universitaria a la Educación Superior en El Salvador durante el periodo 1963-1980, enfocada desde la historia social e institucional de la educación propuesta por el profesor colombiano Reinaldo Rojas, tomando como elementos complementarios, los factores sociales y políticos que influyeron en la misma. 

Así pues, el gran pensador francés Edgar Morín (2002) ha planteado que la reforma dentro de la universidad debe proporcionar profesores actualizados a las nuevas demandas y del mismo modo debe ir más allá de esto, la formación de una actitud investigativa creadora de un pensamiento complejo dentro de la misma.              

Desarrollo:

La guerra fría en El Salvador 

La guerra fría ocurrió en un contexto político ajeno a la realidad latinoamericana y centroamericana, tuvo efectos en la región a través de diversos conflictos políticos. Pettina (2009) plantea:

(…) El término Cold War, acuñado por el escritor británico George Orwell y retomado por el ensayista estadounidense Walter Lippmann, a quien se debe su popularidad para un público más amplio, fue efectivamente pensado para describir el conflicto que surgió entre Moscú y Washington, después de la Segunda Guerra Mundial, en torno al control de Europa (…). (p. 15) 

En 1950 después de cinco años de finalizada, la Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos y la Unión Soviética, se enfrentan en el primer gran conflicto, la guerra de Corea. Del mismo modo, en América Latina dicho fenómeno se mostró con la lucha por derrocar a muchos caudillos que se habían instalado con las dictaduras militares. El primer gran conflicto que reflejó esa lucha política fue la Revolución Cubana de 1959, encabezada por Fidel Castro y otros guerrilleros los cuales derrocaron a Fulgencio Baptista. 

Tobar (2017) sostiene que la importancia de América Latina en la URSS, recobraron interés después de la Segunda Guerra Mundial y sobre todo, con el triunfo de la Revolución Cubana. La alianza tomo mucha importancia cuando los cubanos aliados de los soviéticos, permitieron la instalación de misiles en su país en 1961, año también en el cual se divide el mundo, bajo el telón de acero. 

En Centroamérica, las dictaduras militares eran muy inestables y el gobierno de los Estados Unidos encontró una forma de enviar ayuda con la intención de borrar la idea del comunismo de la población. Además, dicho contexto estuvo marcado por la política del buen vecino impuesta por los estadounidenses desde principios de la década de 1940, para intervenir en los países bajo la lógica de la doctrina Monroe. Suarez y García (2008) exponen:  

La política del Buen Vecino” fue sustituida por “la política de socios en la guerra”. La imprecisión de esa denominación puede argumentarse, entre otras cosas, con la manera oportunista en que el gobierno estadounidense utilizó ese conflicto bélico con vistas a lograr la aceptación tácita o expresa de la mayor parte de los gobiernos latinoamericanos y caribeños de los principales presupuestos de la doctrina Monroe (…). (pp. 73-74)   

En la década del 60, en la Universidad de El Salvador se vivía una convulsión social en la que diversos frentes de izquierda buscaban un cambio en el manejo de la institución, lo cual iba a marcar el rumbo de la Educación Superior hasta la década del 70. Del mismo modo, las ideas de la Revolución Cubana estaban filtrándose en la sociedad, por lo que, Estados Unidos promovió un golpe en la Junta Revolucionaria de Gobierno, debido a que se les consideraba de un orden progresista, influenciado por las ideas comunistas. A la luz del análisis realizado por Ching y Lindo (2017) en este tiempo sucedió un conflicto entre los jóvenes militares y las élites cafetaleras. 

Por otro lado, Turcios (2018) establece que la crisis del modelo modernizante ha llegado a una etapa no experimentado desde las elecciones de 1950, cuando Osorio llegó al poder a través del voto. Las contradicciones del modelo, planteo la inviabilidad de gobernar poniendo la carga sobre el pueblo salvadoreño. Además, el fenómeno de la guerra fría trajo una serie de consecuencias para los países latinoamericanos utilizando un discurso anticomunista y poniendo soluciones coyunturalistas.

Al realizar un análisis minucioso sobre la guerra fría, Ribera (2006) lo sitúa posterior a la segunda guerra mundial y dentro del conflicto este-oeste, al expresar: 

(…) A pesar de haber sido aliados frente a la Alemania nazi y del acuerdo para un nuevo orden mundial, alcanzado en consecutivas conferencias presidenciales en Teherán, Moscú, Potsdam y Yalta, las potencias vencedoras guardaban una profunda desconfianza mutua. George Kennan, embajador de Estados Unidos en Moscú, envió en 1946 un larguísimo telegrama a su gobierno donde proponía adoptar una política de “contención” a fin de frenar la “expansión” que, según su apreciación, constituía la estrategia de Stalin (…). (p. 640)  

De esta manera, la alianza para el progreso fue una respuesta para contrarrestar las ideas comunistas en el país se evitaría la llegada de ideas subversivas y apaciguar el descontento de las minorías. Sin embargo, como se dijo al interior de la Universidad el ambiente era muy convulso y la necesidad de un sistema educativo crítico era necesario. Toda esta serie de eventos, culminaría con la llegada de la guerra civil al país, donde la toma de la Universidad en 1972 y 1980 mostraría el nivel de polarización de la sociedad salvadoreña.        

Contexto socio-político 1970-1980

El año de 1970 en la sociedad salvadoreña fue clave para definir el rumbo para replantear algunas ideas, es decir, determinó el cambio sociopolítico que ocurriría una década más tarde. Se podría afirmar que fue el germen de la sociedad agroexportadora construida un siglo atrás por los liberales, fue el final de una “belle epoque” causante de grandes desigualdades. En otras palabras, fue el final de los que Guidos (1982) llamó “los frutos de mayor esperanza”.  

Asimismo, fue una década convulsa, donde las organizaciones de izquierda fueron creando grupos de choque contra el gobierno. En 1970 se fundan las FPL, por parte de ex miembros del Partido Comunista aliado de la doctrina sobre la coexistencia pacífica impuesta por los soviéticos, en 1974 se funda el Frente de Acción Popular Unificada (FAPU) el Bloque Popular Revolucionario (BPR) en 1975 y las Ligas Populares “28 de febrero” (LP-28) en 1977, entre otras. Esta década y la del ochenta fue catalogada por Menjívar (2007) como “tiempos de locura”, debido a que toda la desestabilización social consecuencia de una historia llena de desigualdades y represión, acabarían con el surgimiento de la guerra civil.

 Misma idea es compartida por Torres-Rivas (2008) cuando expone, “nuestra clase dominante ha demostrado desde hace mucho tiempo una incapacidad estructural para resolver adecuadamente los efectos sociales y políticos que produce el tipo de crecimiento económico (…)”. (p. 126) Es decir, los problemas que genera el estilo de desarrollo impuesto por los intereses de la burguesía local y del gran capital internacional. 

Con base a los anterior, 1980 fue la culminación de décadas de desigualdad social, represión y persecución política por parte de los regímenes militares en El Salvador y Centroamérica, en materia educativa significó el cierre de la Universidad de El Salvador por cuatros años, el asesinato de su rector, ingeniero Félix Antonio Ulloa y el asesinato de Monseñor Óscar Arnulfo Romero por los escuadrones de la muerte. Esta serie de sucesos desataría la violencia política en el país, hasta la firma de los acuerdos de paz en 1992. 

De igual manera, sería catalogada como la más violenta por sus implicaciones políticas-ideológicas, el FMLN lanza la primera gran ofensiva, con la intención de que el pueblo se incorporará a la lucha social por cambiar el sistema político existente. Al interior del alma mater se vive un fervor de organización social por parte de los estudiantes, trabajadores y profesores, muchos de los cuales serán parte importante en la guerra. El papel de la Universidad pues, será importante para denunciar las injusticias cometidas durante las décadas anteriores. 

La revista La Universidad (2013) plasmaría esto al referirse a la época al exponer, “Durante el largo periodo de la Guerra Popular Revolucionaria (1980-1992) la UES asumió su papel como conciencia crítica de la sociedad y como uno de los pilares más sólidos del movimiento y la lucha popular (…)”. (p. 62) 

 

 

La Educación Superior en El Salvador 1963-1980 

Comprender la Educación Superior desde la década de los sesenta hasta los años ochenta, es hablar del periodo de la época de oro de la única universidad pública en El Salvador y consecuentemente de su mayor desarrollo científico-académico. Tampoco se puede ignorar que la década del setenta fue la entrada en crisis del modelo de la reforma universitaria de 1963, impulsada por Fabio Castillo Figueroa. Desde la década de 1930, se empezaba a discutir la necesidad de una reforma profunda en la universidad. Navarrete (1972) quien llegaría al puesto de rector, hacia énfasis en dicha necesidad, al mencionar: 

(…) Toda reforma en la enseñanza debe hacerse de verdad, es decir, sobre la realidad, a conciencia y en serio. No importa que esa reforma sea exigua: ella será grande si responde a las posibilidades del momento. De lo contrario, innovar solo por innovar seria caer en el charlatanismo; todo se volverá farándula, pedantería, exhibicionismo, que en definitiva no conducen a nada solido y perdurable (…). (p. 29) 

Lo anterior, hace referencia a un cambio que se hacía necesario en la institución, ideas que se van a complementar con dos hechos sucedidos en 1948 y que cambiaron el rumbo del país y de la UES, estos son: el primero fue el inicio de la etapa modernizadora y un cambio en el rumbo del autoritarismo militar iniciado con Martínez en 1931 y el segundo la Fundación de la Facultad de Humanidades por el rector Dr. Carlos Llerena, quien había regresado del exilio en 1944.  Turcios (2018) al exponer el cambio político de la época, expone: 

El 14 de diciembre de 1948 un grupo de jóvenes militares encabezó el Consejo Revolucionario de Gobierno y formó una nueva alianza de poder con intelectuales y empresarios. El golpe de estado del 14 de diciembre proclamo la revolución y las movilizaciones a favor del grupo dirigente fueron casi como las de 1944. (p. 31)  

Asa también, al explicar la fundación de la Facultad de Humanidades, Prada y Silva (2010) manifiestan que dicha fundación estuvo inspirada en las ideas de Córdoba de 1918. Es decir, producto de la ola democratizadora y de las necesidades de formar humanistas en la máxima casa de estudios del país. Las ideas del gobierno para ese momento se habían filtrado en algunos grupos al interior de la universidad, por tal razón, cuando en 1950 Llerena buscó la relección la AGEUS se volcó en contra. 

Herrera (2008) plantea una serie de propuestas que conllevó la construcción de la universidad a principios de los años cincuenta, enumerando las principales exigencias de los estudiantes y académicos, entre ellas: 

la reacción contra un positivismo reduccionista de lo humano que, en ese momento, peligraba con fortalecerse bajo concepciones desarrollistas; la concepción de un alma máter integral, donde el estudiantado se convertía en parte constitutiva de su esencia al igual que los catedráticos; la apuesta por la cultura y la crítica a la idea de universidad como «fábrica» de profesiones. (p. 666)  

Esta nueva visión de entender la universidad, creció rápido y logro cambios importantes para mejorar la Educación Superior en El Salvador, hasta llegada la década del sesenta, donde los ideales de 1950 se cumplieron mediante la llamada “reforma universitaria”. Hasta esta época los gobiernos de turno habían tenido influencias en la elección de las autoridades, la relativa autonomía ganada en 1950 no fue del todo permitida.

La revolución del 48 trajo consigo muchas reformas a la constitución y mejoras sociales; sin embargo, la represión hacia la población estuvo presente de manera sistemática. La universidad se convirtió en el referente de la izquierda salvadoreña, muchos de sus catedráticos y autoridades fueron reprendidas, las ideas de la guerra fría y el triunfo de la revolución cubana hizo que cualquier manifestación se considerara como una expresión subversiva. Aparecieron en este momento, la creación de movimientos estudiantiles vinculados a la izquierda como Acción Estudiantil Universitaria (AEU) y de derecha, Acción Católica Universitaria (ACUS). A este conjunto de ideas provenientes de la reforma de Córdoba de 1918, se le unió el más grande proyecto de reforma universitaria en El Salvador. 

La etapa progresista de la universidad se caracterizó en 1963, por una toma de conciencia sobre el papel de los estudiantes y profesores en la educación y su accionar en la sociedad. Valle (1993) al ser uno de los protagonistas de la reforma, en su tiempo de estudiante organizado, al referirse al proyecto expresa, “en estas condiciones, hay otro proceso que considero importante mencionar en la evolución del decenio de 1960; es lo que podemos llamar, simplistamente, el Movimiento de Reforma Universitaria (…)”. (p. 68) 

La importancia del este decenio significó muchos avances en materia de educación superior, es decir, en la única universidad pública y del país hasta entonces. La reforma mencionada implemento un modelo de universidad innovador hasta la época en Centroamérica, donde las funciones de la docencia, la investigación y la participación estudiantil en el gobierno universitario genero un éxito. Entre esos cambios importantes se pueden mencionar: la construcción de la Ciudad Universitaria, creación de programas de bienestar estudiantil, intercambios académicos, becas de pregrado y posgrado, creación de facultades, entre otros. 

Tomando en cuenta el aporte en la creación de las facultades, la de humanidades sufre una trasformación en 1969, tomado en el Consejo Superior Universitario y esta pasa a llamarse Facultad de Ciencias y Humanidades, donde se integraron los Institutos de Ciencias Naturales y Matemáticas y el Instituto de Humanidades y Ciencias Sociales. Se crea el Departamento de Sociología y la carrera de Filosofía y Letras que era una sola se divide en Licenciatura en Filosofía y su Departamento, igualmente pasa con la de Letras. 

Otro de los aportes y no menos importante, fue la democratización de la Universidad, con la inauguración de nuevos campus en Santa Ana en 1965 y San Miguel en 1966. Esto permitió la aceptación de 1000 estudiantes en 1960 a 3000 en 1965-70. Muchas figuras académicas tomaron la dirección de distintos departamentos y facultades. Así, por ejemplo: Manuel Luis Escamilla, Alejandro Dagoberto Marroquín, Jorge Arias Gómez, Rafael Menjívar Larín, profesores brillantes de la época que acompañaron a Fabio Castillo. En el caso de Escamilla, citado por Tunnerman (1980), al escribir sobre los principales aportes de la reforma en la institución planteaba: 

La reforma no podría ser definida más que a condición de hacerlo en dos estratos diferentes uno referido a los sistemas pedagógicos docentes y otro a los estudiantes. El profesor y el estudiante son las dos raíces básicas de la Universidad y a ellas va dirigida la reforma. Pero como la naturaleza de esos dos elementos es completamente diferente, no hay concepto que pueda encerrarlos unívocamente. (p. 339) 

Las ideas anteriores muestran lo holístico de la reforma y por ello, no se puede ofrecer una definición de la misma. El diseño con que se construyó le dio la categoría de una de las mejores de la época y un modelo digno de seguir en la región. Lo enriquecedor de la formación académica, la producción de conocimiento y el bienestar estudiantil. Flores (1976) enumera los principales programas ejecutados en el periodo de 1963-1967: 

Reformas académicasReforma docente Planificación Extensión universitaria y bienestar estudiantil Participación de ayuda internacional y privada

Hasta 1970, el modelo de universidad implementado, había funcionado perfectamente, en esta misma fecha hubo una huelga de las áreas comunes, aunque según Martínez (2010) fue una revuelta de estudiantes. Las principales quejas de los alumnos eran las severas reprobaciones de estudiantes y la mala práctica pedagógica de los profesores. Casualmente dicha revuelta inició en el Departamento de Física de la Facultad de Ciencias y Humanidades, cuyo decano era Fabio Castillo. 

Asimismo, entre 1971 y 1972 se vivieron otras tensiones dentro del Alma Mater, la crisis de cupos en medicina, cuya medida para solucionarlo fue lo que se llamó las puertas abiertas, es decir, no estableció ningún criterio para aceptar estudiantes. Además, se impugnaron las elecciones de 1971 por carecer de bases legales, por lo que, la Corte Suprema de Justicia las declaró ilegales y esto dio paso para la intervención de la universidad en 1972.

A partir de esta fecha, muchos profesores fueron expulsados, algunos por las revueltas de 1970 y otros porque fueron acusados de subversivos por el gobierno del coronel Molina, quien fraudulentamente ganó las elecciones en 1972. Hasta 1974 la universidad fue entregada a las autoridades, pero las condiciones de funcionamiento ya no sería la misma. La llegada de los análisis marxistas a diferentes líderes estudiantiles y académicos, permitió la fundación de algunos frentes guerrilleros, los cuales en 1980 formarían parte del FMLN histórico. 

A esta etapa que vivió la UES, Herrera (2008) le llamó la “crisis del modelo desarrollista”, donde se realizó un análisis amplio del verdadero papel de la universidad, el cual ya no respondía a la situación de una década antes. El sistema educativo era visto por algunos marxistas como una estructura injusta que reproducía su dominación y no liberaba al ser humano. La situación se volvió crítica cuando en 1979 Félix Ulloa toma la rectoría de la institución y es asesinado por los escuadrones de la muerte en 1980. 

De aquí en adelante, la calidad del modelo educativo de la UES no volvió a ser el mismo, el conflicto militar que vivió el país, representó el saqueo de los bienes de la institución y de la cual no ha podido levantarse. La llegada de cuadros intelectuales de otros países se acabó con la crisis de 1970-71 y el éxito de la reforma no volvió a suceder en la máxima casa de estudios. En los años 80 apareció otro concepto formulado por las autoridades de la UCA, la cultura liberadora. Para concluir, se muestra la tabla que simboliza el éxito del modelo universitario en el periodo 1963-68, el cual debió modernizarse a partir de los setenta y terminó en una revuelta de estudiantes universitarios y el despido de muchos profesores.

Tabla 1

Principales avances de la reforma universitaria

Sector 19631968Estudiantes 3,2006,500Docentes tiempo completo60350Metros cuadrados construidos 20,00060,000Becarios internos 0400Centros regionales 02Docentes, investigadores, administradores becados en el exterior 080Graduados 90290 

Fuente: Elaboración propia tomado de Valle (1991). p. 263.

Conclusiones:

El conflicto de la guerra fría fue un fenómeno político externo a la región, pero que, tuvo muchas implicaciones sociopolíticas en El Salvador al establecerse la lucha entre dos bandos: capitalistas y socialistas. Esto obligó al gobierno a mantener bajo control a toda la población, incluyendo a la universitaria. 

La reforma universitaria marcó un antes y después de la educación en el país, debido a que modificó todo lo que se venía haciendo dentro del Alma Mater, durante más de una década la formación de los estudiantes y profesores contó con programas estratégicos para fortalecer la Educación Superior. 

El movimiento de reforma universitaria expresó el descontento de la comunidad por una educación autoritaria y desfasada, inspiradas en las ideas de Córdoba, la cual ponía al centro el bienestar estudiantil, la investigación y la formación docente como pilares principales. Por ello, se rechazó a la universidad solo como formadora de profesionales, sin un pensamiento crítico. 

La crisis de la reforma se originó a causa de las quejas de estudiantes sobre los métodos de evaluar e impartir clases de los catedráticos. Ello contribuyó a que las autoridades buscaran soluciones inmediatas, pero, las cuales no ayudaron a detener la caída del modelo más exitoso de la UES. Las autoridades no comprendieron que los que debió hacer era una actualización de la reforma al contexto del momento.

A partir de la década de los setenta y ochenta, la Universidad vivió su peor crisis de la historia. El exilio de muchos profesores brillantes, asesinato de estudiantes, deterioro de infraestructura, laboratorios, el cierre de la misma por los militares, la condenaron a la baja de la calidad académica. El asesinato de Félix Ulloa y el cierre de la universidad en 1980, desencadenó el descontento universitario.               

Bibliografía:

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Universidad de El Salvador. (2013). Bosquejo histórico de la UES. Revista La Universidad, (20), pp. 11-75. 

Palabras clave:

Reforma universitaria, Educación superior, Guerra fría, Contexto sociopolítico, Movimiento estudiantil

Resumen de la Ponencia:

Paulo Freire (1921-1997) publicou em 1974 o livro “Pedagogia do Oprimido”, uma das obras de maior impacto no campo educacional no século XX, que travava um diálogo direto com “Os condenados da terra” (1968) de Franz Fanon (1925-1961), tendo sido um dos primeiros trabalhos no Brasil a dialogar com o chamado “pensamento pós-colonial”. Em 1985 Gayatri Spivak lançou “Pode o subalterno falar?”, considerado um marco no debate pós-colonial. Partindo de questões distintas, tanto Freire quanto Spivak  se voltam para a questão da agência dos sujeitos subalternizados, ainda que no caso de Freire haja uma dimensão propositiva própria da práxis educacional, ao passo que o trabalho de Spivak possui uma dimensão mais reflexiva. Neste trabalho proponho-me a realizar um diálogo entre Freire e Spivak, refletindo sobre a possibilidade de pensarmos a capacidade de agência dos sujeitos subalternizados no contexto escolar, a análise se volta para uma dupla dimensão considerando o binômio agência/estrutura, examinando não apenas a capacidade efetiva destes agentes produzirem uma mudança no mundo a partir da escola, como também os limites estruturais existentes para esta ação no contexto de uma educação conservadora, que se organiza a partir de uma escola inserida na sociedade capitalista. 

Resumen de la Ponencia:

A teoria do sociólogo franco-romeno Lucien Goldmann destaca-se especialmente nas discussões da sociologia da cultura. Isso porque ele desenvolveu conceitos e estudos bastante particulares para a análise sociológica da literatura, embora sua obra seja criticada (com razão) em vários aspectos. Com isso, muitos intelectuais relegam sua teoria, rotulando-a de “simplista”, como se o autor não tivesse nos deixado nenhuma herança intelectual que ainda valeria a pena ser estudada. No presente trabalho temos como objetivo evidenciar que, na verdade, parte de suas reflexões teóricas ainda portam e podem portar frutos no interior da sociologia da cultura. Atualmente podemos constatar duas tendências para se pensar sobre sua atualidade teórica: 1) a partir da mobilização de alguns de seus conceitos (notadamente o de “visão do mundo”), ainda que de forma parcialmente repaginada, como vemos, por exemplo, nas obras de Michael Löwy e Robert Sayre (cf. “Révolte et Mélancolie. Le romantisme à contre-courant de la modernité”); 2) a partir da sua noção de totalidade, que compreende não apenas um sentido teórico-metodológico (da relação dinâmica entre as partes e o todo), mas também um sentido prático que se realiza na sua ideia de comunidade humana autêntica (ou da “aposta comunitária”). Desde a juventude, a formação intelectual e política de Goldmann já era marcada pela oposição entre o “eu” e o “nós”, o “indivíduo” e a “comunidade”, com sua participação, ainda na Romênia, do grupo sionista de esquerda Ha-Shomer ha-Tsair. Na sua primeira tese de doutorado, originalmente denominada “La communauté humaine et l'univers chez Kant: études sur la pensée dialectique et son histoire”, a ideia de comunidade no contexto da filosofia alemã ocupa um espaço central. Já em sua segunda tese de doutoramento, “Le Dieu caché”, tal problemática também aparece de forma contundente, ao se contrastar a visão do mundo racionalista (cartesiana, que coloca do indivíduo acima do coletivo) com a concepção filosófica de Pascal que, embora trágica, ainda guarda certa ideia comunitária. Politicamente, nos anos 1960, sua concepção de comunidade humana se concretizará a partir da ideia de autogestão social. Nesse sentido, argumentamos que especialmente no contexto do capitalismo neoliberal no qual vivemos, onde o individualismo, o egoísmo e a competição são valores dominantes (os quais fundamentam ideologicamente esta sociedade), a sociologia da cultura de Lucien Goldmann ainda se revela frutífera não apenas para refletirmos sobre a barbárie atual, como também sobre os meios para superá-la a partir do possível (outra categoria importante de sua teoria). Para tanto, nos apoiaremos na análise bibliográfica de suas obras como também em alguns de seus intérpretes, notadamente Michael Löwy, Robert Sayre e Jacques Leenhardt.

Resumen de la Ponencia:

El trabajado problematiza  sobre diversos hallazgos al trabajar con hombres que deciden parar su violencia en grupos de reflexión. En primer lugar se problematiza teórica y metodológicamente sobre las implicaciones epistemológicas y metodológicas del trabajo de intervención con hombres en los Programas “Hombres Renunciando a Su Violencia”, “Caminando Hacia la Equidad”, el “Programa de Reeducación” de la Secretaría de Salud de México y “Nuevas Habilidades para los Hombres”, y su diferencia con los llamados estudios de las masculinidades en América Latina. Se proponen aportes relevantes de éstas metodologías para la atención a la violencia contra las mujeres, la perspectiva de género y las ciencias sociales en general, opuestas a los estudios de las masculinidades que sostienen una posturas euro y androcéntrica. En segundo lugar se reflexiona sobre el dispositivo denominado “grupos de reflexión de hombres” -común a todos los programas arriba señalados- como espacios situados donde se construyen saberes de hombres. Sostengo que con base al análisis de las experiencias de opresión de los usuarios se puede problematizar cómo funciona la cosmovisión de los sujetos con poder y su relación con las identidades masculina, blanca, burguesa, adulta, heterosexual, y otras con posiciones jerárquicas. Se presenta las características de éstas cosmovisiones en los hombres.En tercer lugar, se sostiene que los saberes generados en dichos grupos permiten comprender las estrategias de dominación no sólo por motivos de género, sino también los de raza, edad, clase social, orientación sexual, etc. Al dialogar sobre la opresión con los hombres se comprenden los procesos de reproducción, resistencia y cambio a los mandatos que demandan el abuso. De esto, se propone que pueden vislumbrarse al menos tres epistemologías vinculadas a una ontología, una axiología y una metodología que perpetúa o cambia el ejercicio del poder de estos sujetos. Propongo denominar a estos saberes como tres epistemologías: la epistemología de la  opresión, la epistemología de la resistencia y finalmente la epistemología de "lo nuevo”. Considero que éstas no sólo reflejan la construcción de conocimientos y estrategias de los hombres en su proceso de opresión, resistencia y cambio; sino además, que estos saberes reflejan la lógica de la cultura y las instituciones que avalan el poder de dichos sujetos.Concluyo problematizando sobre diversos aspectos de la intervención con hombres y su conexión con la teoría social de género y decolonial. Particularmente,  la importancia de problematizar y formular una teoría social de la opresión situada en sujetos, contextos con perspectiva feminista, decolonial e interseccional. En segundo problematizo sobre el lugar de las estrategias y métodos de intervención idóneos para trabajar con culturas, instituciones y sujetos que avalen y reproduzcan las opresiones. Finalmente, comento la relevancia de esforzarse teóricamente para elaborar posturas epistemológicas lejos de los eurocentrismos y androcentrismos.  

Resumen de la Ponencia:

¿Múltiples universidades? o ¿una sola universidad? Luis Dufuur C.Resumen            El congreso de sociología ALAS 2022, nos invita a pensar sobre distintos aspectos de la realidad Latinoamericana en tal sentido un tema clave es el papel que juega la Universidad y en particular la Universidad pública como lugar de desarrollo y reflexión de conocimiento científico. La definición que presenta el Grupo de Trabajo 16 sobre Educación Superior, es clave para pensar el vínculo entre la Universidad con el Estado, el gobierno, las empresas y los movimientos sociales. En tal sentido la participación de las universidades públicas en este vínculo público-privado; determinan un nuevo mapa donde la institución debe transformase producto de los cambios que se presentan en una sociedad globalizada. En este complejo mapa intentaremos insertar nuestro trabajo que tiene como finalidad reflexionar y discutir sobre el fin de un modelo de enseñanza universitaria decimonónica en pos de otro que se configura desde la hibridación entre dos modelos: uno financiero y otro tecnológico que propician el desarrollo del conocimiento como un bien de capital. Este trabajo pretende ser una continuación de lo presentado en ALAS 2019 donde expuse los riesgos a los que está sometida la universidad pública producto del impacto que las tecnologías de la información y la comunicación. Universidades que asociadas con las corporaciones financieras y tecnológicas desarrollan un conjunto de variaciones en el campo de la educación superior pasando a formar parte de lo que hoy se denomina Universidad 4.0. Esta nueva institución pensada desde la confluencia del conocimiento con un bien de capital y las TICs como parte operativa del proceso, pretende consolidar definitivamente un estilo de formación unidimensional y global regida por la inteligencia artificial (IA) situación que transforma a la universidad pública en una institución más en la cadena de producción del conocimiento debido al estrecho vínculo que se establece entre las universidades y las corporaciones tecnológicas que son a la postre quienes diseñan las políticas educativas a nivel global. Entendemos que esta nueva educación universitaria, global, unidimensional e igualitaria -producto de la Sociedad del Conocimiento (SC)- determinan nuevas formas de acceso y producción del conocimiento. No obstante, lo anterior, paradójicamente este nuevo modelo de educación disuelve lo diverso para dar paso a un pensamiento unidimensional y global que se opone a los propósitos de quienes pensaron la universidad pública como un lugar de reflexión y creación de conocimiento al servicio de la sociedad. Palabras claves: Universidad pública, Educación Superior, Tecnología, Capitalismo, Globalización

Resumen de la Ponencia:

¿Tensiones insuperables? La tecnificación de la protección social. GT 01: Ciencias, Innovación y Tecnologías digitales  La tecnificación de políticas y trabajo asistenciales es un tema que habita diversa literatura. Ha sido poco analizada en términos de la supuesta oposición/ complementariedad de dos tipos de prácticas profesionales: aquellas de carácter vincular y subjetivo y a otras de naturaleza estrictamente informatizada y mediada por la tecnología. En términos culturales y éticos pensamos que, en la actualidad, ambos tipos de ejercicios profesionales e institucionales apuestan a apartar un conjunto de experiencias humanas del universo reflexivo de los sujetos, ya sean éstos los asistidos como los profesionales. Esta es la tesis de central de la cual parte nuestra ponencia. Nos apoyaremos en la categoría “secuestro de la experiencia” acuñada por Giddens (1991), para dilucidar algunos aspectos del tema.  Fácticamente esta ponencia se encuadra en el Proyecto de Investigación e Innovación para la Inclusión Social, financiado por la Comisión Sectorial de Investigaciones Científicas de la Universidad de la República-Uruguay titulado Familias y Pandemia. Impactos de la Pandemia en las condiciones de ejercicio de la Paterno-Maternidades, del cual soy Responsable. Este proyecto pretende desentrañar los impactos de la pandemia en las familias, niñeces y adolescencias e sectores populares.  Uno de los ejes que conforman nuestra grilla analítica lo constituye el aceleramiento de lo que el actual Ministro de Desarrollo Social denomina como “tele-asistencia”, en aquellas políticas y programas de protección social destinados a familias pobres. Para abordar este eje, se realizarán grupos focales integrados por técnicos y referentes tanto de programas sociales previamen de movimientos que han surgido bajo la pandemia del Sars - Cov -2 y que apuntaron a paliar necesidades básicas de la población (ollas populares, etc.).  El material empírico recogido alimentará nuestra ponencia. Para concluir, se realizarán sugerencias para el desarrollo de una configuración democrática y participativa del diseño y la aplicación de tecnologías en el campo asistencial.   La necesidad de consolidar una relación amable entre una racionalidad objetiva/formal (software, TICs) y otra asociada al momento subjetivo que implica toda práctica profesional (vínculos face to face) en los debates actuales asociadas a las figuras de Zuboff (2020) y Morozov (2015), así como en los procesos del new management public analizados en la década de los 2000 por Brown (2016) en EE.UU. Respecto a estos procesos   en el campo asistencial nos remitiremos a una amplia bibliografía disponible entre la que señalamos, a modo de ejemplo:  Vu, B.; Ndumu, A., Mon, l. y Fan, Z. (2018);  Gillingham (2015, 2019);  Binimelis Espinoza (2017; 2018); Castillo de Mesa, J.; Palma García, M.O. y Gómez Jacinto, l. (2018);   Castillo de Mesa, J., Gómez-Jacinto, l., López Peláez, A. y Erro-Garés (2018):  A., De  Matino, M. (2015, 2022). .     

Resumen de la Ponencia:

¿Por qué plantear estos dos métodos? Sabemos que los imaginarios sociales en tanto esquemas de interpretación de la realidad, no son fácilmente cognoscibles, porque aún estando en las mentes de las personas, y guiando su actuar en el mundo, son un estrato profundo, constituido socialmente a lo largo de la vida a través de los procesos de socialización. Tienen elementos atávicos, pueden ser influidos y modificados a lo largo del tiempo como medios de poder e influencia; pueden contraponerse con otros dentro de una misma sociedad y época o grupos determinado; siendo simbólicos en sus contenidos, psicológicos en razón de su existencia en mentes individuales, pueden sin embargo constituirse en razones y emociones que lleven a una persona o a un grupo a actuar de determinada manera, y son por su origen, eminentemente sociales y epocales, e impregnan la vida cotidiana y condicionan el destino de la gente, aunque no se sea consciente de ello. Podemos acceder a ellos a través de las representaciones sociales, que son las manifestaciones tangibles de los imaginarios subyacentes. Estas concreciones o manifestaciones asumen diversas formas, desde el lenguaje, los discursos, los dibujos, las imágenes, hasta los objetos materiales que utilizamos habitualmente. Imaginarios y representaciones se complementan, no es posible estudiar a los imaginarios sin hacer referencia a las representaciones que los concretizan y muestran en su operación. La etnografía es un método apropiado para identificar y observar representaciones. Tanto en su faceta tradicional de observación participante, como en los usos actuales, que implican el acceso a través de medios digitales, virtuales, la etnografía ha sido siempre un instrumento crucial para la investigación social. Pero como tal, brinda una primera aproximación al objeto/sujetos de estudio. Los datos proporcionados por la investigación etnográfica deben ser filtrados, interpretados, para que adquieran  significado dentro del marco científico que la investigadora o el investigador está utilizando. La interpretación, como ya lo dijera Gadamer, es un recurso indispensable para otorgarle sentido a nuestras observaciones y sólo así se puede llegar a la explicación del mundo. cualquiera que sea el punto de partida teórico de la investigación, de corte fenomenológico o sistémico, o estructuralista o de la teoría del actor red, la etnografía es la base, y la interpretación, la hermenéutica de los datos obtenidos, es lo que permite lograr el conocimiento profundo y crítico que la investigación se propone. El propósito de esta presentación es por lo tanto, ahondar en las peculiaridades y los alcances de estas dos perspectivas metodológicas, como una forma de aclarar su importancia para la investigación en imaginarios y representaciones sociales.